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Artigo Pedofilia

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1 
 
TRANSTORNO PEDOFÍLICO 
 
Anabely Ney Mariano 
Lucilvania Azeredo 
Nina Célia Guimarães Thurler 
Yngrid Loreti de Souza 
Orientador(a): Vânia Maria Congro Teles 
 
1. INTRODUÇÃO 
Os estudos sobre a sexualidade humana estão em ascensão, visto que este é de 
extrema importância para a existência do ser humano, entretanto muitas questões 
ainda são consideradas tabus para o meio social e não são divulgadas e propagadas 
da maneira correta, pode ser incluído neste contexto, o pensar a respeito dos 
transtornos parafílicos, em especial o transtorno pedofílico. 
O termo pedofilia, amplamente utilizado de forma errônea pelo senso comum, é um 
constructo médico que ganhou popularidade para classificar todos os casos 
envolvendo abuso de crianças e adolescentes. 
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM5 
(2014) o transtorno pedofílico é uma parafilia direcionada a pessoas que veem 
crianças geralmente de até 13 anos como objeto de interesse sexual, podendo 
apresentar fantasias sexuais, impulsos ou comportamentos com crianças de forma 
intensa e recorrente por no mínimo seis meses, causando, geralmente, grande 
sofrimento no sujeito que consequentemente pode apresentar dificuldades 
interpessoais. 
Devido ao grande estigma referente ao transtorno em questão, é de grande valia 
considerar a necessidade a discussão dessa temática e posteriormente instigar novas 
pesquisas acadêmicas. A proposta metodológica para o presente trabalho foi a de 
realizar um levantamento de informações junto à profissionais dos diversos meios que 
perpassam questões relacionadas ao assunto pedofilia. 
Foi realizada uma entrevista, gravada em vídeo, com uma promotora de justiça que 
atualmente atua na vara de família, com 25 anos de experiência no Ministério Público, 
fornecendo então, uma visão jurídica da questão abordada. Para o ponto de vista 
medico, foi utilizado como referência recortes de uma palestra para a OAB SP, 
 
 
2 
 
ministrada pelo psiquiatra Dr. Danilo Antônio Baltieri no dia 07 de Junho de 2011 e 
publicado para visualização em 2016. Como complemento foi realizado uma entrevista 
com uma psicóloga do DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), 
está nos forneceu as respostas do questionário via e-mail, visto que não seria possível 
receber o grupo. É importante mencionar que além de livros e artigos sobre a temática, 
foi utilizado também reportagens com informações pertinentes para o enriquecimento 
da construção teórica do trabalho. 
No processo de construção do trabalho dificuldades surgiram, principalmente no que 
diz respeito aos diversos termos utilizados e seus reais significados, que devem estes 
ser compreendidos da forma apropriada, para que não ocorra uma leitura baseada no 
senso comum. 
Pode-se observar que o estudo e acompanhamento dos transtornos parafílicos em 
geral e principalmente no que diz respeito à pedofilia, deve ser considerado com 
profissionalismo, de forma a não permitir que crenças populares limitem a 
compreensão, considerando então o olhar científico sobre a problemática. Isso é 
essencial para uma postura ética, atendendo o sujeito com o transtorno de forma justa 
e pensando em formas preventivas de atuação, para que não chegue de fato as vias 
criminais. 
A proposta desse presente trabalho se faz necessária para o desenvolvimento de um 
novo olhar sobre o assunto, levando em consideração que este para grande parte da 
sociedade é motivo de revolta, indignação e muitas outras classificações, provocando 
grande comoção popular. Procurou-se construir uma visão sistêmica dos fenômenos 
apresentados e também identificar, assumir e trabalhar nossos limites pessoais como 
futuras profissionais. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
Dada à complexidade de se pensar sobre o transtorno pedofílico, é importante 
mencionar que embora ações preventivas e protetivas no sentido de coibir a violência 
e o abuso sexual contra crianças e adolescentes venha se apropriando de grandes 
conquistas, em consequência das constantes transformações sociais, políticas e 
culturais, trata-se de uma questão presente desde os primórdios da civilização, e que 
pensar nessa temática requer compreender terminologias, características, definições 
 
 
3 
 
e ações que contemplem tal reflexão, a fim de ampliar o conhecimento mediante 
expressões estigmatizantes que disseminam o juízo de valor existente ainda em 
grande parte da sociedade (FELIPE, 2006). 
Diante desse cenário, é importante considerar que em meio a uma era digital, as 
conquistas tecnológicas trazem consigo o ônus por viabilizar a prática da pedofilia, 
que nas últimas décadas ganhou força e lugar de exercício a nível mundial, 
representando atualmente um mercado lucrativo e que aguça a experimentação e o 
desejo de quem possui tal inclinação sexual (FELIPE, 2006). 
Parafilia é o termo utilizado para os transtornos referentes à sexualidade, trata-se de 
um desvio de comportamento para obtenção de satisfação sexual, que no caso da 
pedofilia, envolve sentir atração sexual por alguém que não seja outro adulto 
(BARLOW; DURAND, 2008). 
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 (2014, p. 687) 
define o transtorno parifílico como: 
Um transtorno parafílico é uma parafilia que esta causando sofrimento ou 
prejuízo ao indivíduo ou uma parafilia cuja satisfação implica dano ou risco 
de dano pessoal a outros. Uma parafilia é condição necessária, mas não 
suficiente, para que se tenha um transtorno parafílico, e uma parafilia por si 
só não necessariamente justifica ou requer intervenção clínica. 
Os transtornos mentais existem enquanto realidade clínica e precisam ser definidos e 
compreendidos conforme os principais manuais de referência. Segundo o CID (apud 
FELIPE, 2006) as parafilias caracterizam-se por anseios, fantasias ou 
comportamentos sexuais recorrentes e intensos que envolvem objetos, atividades ou 
situações atípicas que resultam em sofrimento ou prejuízo em áreas importantes na 
vida do indivíduo. 
Ainda de acordo com o DSM-5 (2014) para manter a distinção entre parafilias e 
transtornos parafílicos, o indivíduo precisa contemplar critérios estabelecidos, que por 
sua vez precisam ser avaliados por especialistas. O diagnóstico pode ser realizado 
caso haja evidência clínica da continuidade da atração sexual por crianças mesmo 
quando a duração de seis meses não pode ser determinada com precisão. 
Pedofilia é uma forma de parafilia, por isso é considerada um transtorno da preferência 
sexual, caracterizado por fantasias, atividades, comportamentos ou práticas sexuais 
intensas e recorrentes envolvendo crianças ou adolescentes menores de 13 anos ou 
 
 
4 
 
menos, o que significa que o portador de pedofilia é sexualmente atraído em parte, ou 
exclusivamente, por crianças ou púberes (MARIN; BALTIERI, 2013). 
Dalgalarrondo (2008) pontua que na busca em saciar a compulsão sexual, quer seja 
de forma fantasiosa ou ativamente, essas práticas sexuais com crianças podem 
acontecer entre membros da mesma família, com desconhecidos ou com pessoas 
estranhas entre si, e que podem ser usados jogos sexuais, observação, o despir a 
criança ou frente a ela despir-se, masturbação ou relação sexual com penetração 
vaginal ou anal. 
É importante salientar que se configura incesto quando se trata de uma criança 
molestada por um parente. O incesto, bem como outras manifestações da pedofilia, 
traz em questão, a problematização do poder desigual entre adultos e crianças, pois 
por mais que ao serem tocadas, nem sempre de forma violenta, trata-se de uma 
escolha do adulto, por considerar muita das vezes um comportamento amoroso, 
desconsideradoem grande parte dos casos, os danos causados (BARLOW; 
DURAND, 2008). 
Contudo, é válido diferenciar que nem todo molestador de crianças é pedófilo e que, 
nem todo pedófilo é molestador de crianças. Dessa forma, o indivíduo com diagnóstico 
de pedofilia pode manifestar fantasias sexuais intensas e recorrentes envolvendo 
crianças e púberes, mas jamais concretizar tais fantasias (MARIN; BALTIERI, 2013). 
Orlandeli e Grecco (2012), ressaltam que o pedófilo pode praticar a conduta delituosa 
de diversas maneiras e que além do abuso propriamente dito a compulsão pode ser 
por meio de carícias ou do ato sexual em si, podendo utilizar da pornografia infantil. O 
abusador normalmente se mostra menos invasivo na busca da satisfação sexual, 
diferente do molestador, que é mais invasivo e menos discreto, podendo se fazer valer 
da violência. 
Bertoli, Benato e Machado (2017) também pontuam como faz diferença o 
conhecimento a cerca das definições do comportamento do pedófilo para assim, 
diferenciá-lo, uma vez que para o indivíduo ser considerado clinicamente um pedófilo 
não se faz necessário à presença do ato sexual entre o adulto e a criança, sendo 
suficiente a presença de fantasias ou desejos sexuais no pensamento do sujeito, o 
que por assim ser, este pode chegar a casar, ter filhos e inclusive manter relações 
acessíveis com crianças. 
 
 
5 
 
Portanto, a pedofilia em si parece ser uma condição que perdura por toda a existência 
do indivíduo, contudo, inclui elementos que podem mudar com o tempo, havendo ou 
não tratamento, são eles, o sofrimento subjetivo, o prejuízo psicossocial ou a 
inclinação a agir sexualmente com crianças, ou ambos, podendo oscilar, aumentando 
ou diminuindo com o passar da idade (DSM-5, 2014). 
Os pedófilos constituem uma população bastante heterogênea, e mesmo sendo mais 
frequente entre homens do que entre as mulheres, a identificação e classificação 
englobam vários aspectos concernentes aos traços e transtornos de personalidade, 
considerando então, o relacionamento do agressor com a vítima, o nível de 
impulsividade, o uso de comportamento sedutor ou violento, o tipo e a frequência do 
consumo de pornografia, dentre outros aspectos, o que torna difícil determinar um 
único perfil do indivíduo que apresenta esse quadro. Descontruindo assim, a crença 
de que o pedófilo é tímido, ou um indivíduo com dificuldade em socializar, o que até 
pode ser constatado para alguns casos, contudo, não representa a todos (MARIN; 
BALTIERI, 2013). 
Em uma entrevista para ao portal R7 o psiquiatra Danilo Baltieri menciona que em 15 
anos como coordenador do Ambulatório de Transtornos de Sexualidade da Faculdade 
de Medicina do ABC, foi atendido 5 mulheres portadoras do transtorno e o tratamento 
ofertado é individual, diferente do que é realizado para os homens (ALBUQUERQUE, 
2015). 
Este transtorno é crônico, sendo o tratamento por toda a vida, podendo ser mantido 
em segredo pelo sujeito não expondo seus verdadeiros desejos. Há neste caso um 
complicador, o estigma social negativo carregado de informações distorcidas, que 
impedem de muitos procurarem o devido tratamento (SERAFIM apud SILVA; PINTO; 
MILANI, 2013). 
É importante destacar que o movimento de indignação e repulsa com os sujeitos 
classificados como pedofilos é também contraditório, visto que a sociedade atual por 
um lado busca por meio de leis proteger a criança e ao adolescente, mas em 
contrapartida financia através das diversas mídias uma exposição erotizada destes 
que a princípio devem ser protegidos (FELIPE, 2006). 
Pode ser incluída nesta lista muitos ensaios pornográficos destinado ao público 
masculino heterossexual que consome a imagem de mulheres infantilizadas, fazendo 
uso de utensílios destinados a crianças, ferramenta essa que alimenta o processo 
 
 
6 
 
fantasioso do ser masculino representando a criança como objeto para suprir os 
desejos sexuais (FELIPE, 2006). 
É necessário uma desconstrução do imaginário social sobre o que realmente envolve 
a pedofilia, para que até mesmo portadores da doença se sintam permitidos a 
procurarem ajuda (SERAFIM apud SILVA; PINTO; MILANI, 2013). É comum em 
campanhas ser declarado que pedofilia é crime, incentivando a denúncia. Isso pode 
ser considerado um desserviço que contribui ainda mais para o ciclo da doença e 
vitimando ainda mais crianças. 
Para aquele que cumpre pena de abuso sexual infantil, que é considerado pedófilo e 
não possui o devido acompanhamento, o nível de reincidência do crime é alto. Durante 
o encarceramento, não é trabalhado especificamente a reinserção social desse 
sujeito, e poucos são os locais no Brasil que enfocados no tratamento de transtornos 
sexuais (SPIZIRRI apud SILVA; PINTO; MILANI, 2013). O simples encarceramento 
não tem o poder de extinguir os intensos pensamentos e fantasias deste sujeito com 
menores, pelo contrário, pode ter a funcionalidade de potencializar ainda mais o 
desejo, sendo este uma bomba relógio ao fim do cumprimento da pena. 
No que diz respeito a tratamento e acompanhamento, no Ambulatório de Transtornos 
da Sexualidade na faculdade de medicina do ABC, considerado como referência no 
Brasil no tratamento de parafilias, é realizado o diagnóstico do sujeito, após este 
passar por uma série de procedimentos, necessários devido à complexidade do 
problema, sendo estes entrevistas, testes, avaliações neuropsicológicas, realizados 
por uma equipe multidisciplinar. Após o diagnóstico, é iniciado o processo de 
acompanhamento terapêutico, neste é utilizado técnicas em terapia cognitivo-
comportamental no qual é trabalhado com grupos de no máximo 10 indivíduos e 2 
terapeutas facilitadores (NASCIMENTO, 2017). 
A abordagem terapêutica utilizada no ambulatório tem por objetivo segundo Marin e 
Baltieri (2013, p.174): 
a) identificação de situações em que os indivíduos estão em alto risco de uma 
nova agressão; 
b) identificação de comportamentos que não constituem uma recaída de fato, 
mas que podem ser precursores de uma recaída (por exemplo, masturbar-se 
com fantasias sexuais relacionadas ao ato sexual com crianças, consumo de 
álcool e de outras drogas); 
c) desenvolvimento de estratégias para evitar situações de alto risco, como 
passar muito tempo sozinho com uma criança, consumir álcool e outras 
drogas; 
 
 
7 
 
d) desenvolvimento de estratégias de enfrentamento que podem ser usadas 
nas situações de alto risco, as quais não podem ser evitadas; 
e) responder adequadamente a lapsos que possam ocorrer. 
Em grupo, relatando a própria experiência e escutando o outro compartilhar a história 
é fornecido um ambiente acolhedor e elaborado formas de controle do desejo e dos 
próprios pensamentos e fantasias desviantes, trabalhando de forma a evitar situações 
consideradas como gatilho. É preciso que o sujeito portador do transtorno evite 
qualquer situação que possa desencadear o desejo, não permanecendo sozinho em 
ambiente com crianças, neste processo é essencial o apoio e trabalho em conjunto 
com os familiares (NASCIMENTO, 2017). 
Segundo Trindade e Breier (apud ETAPECHUSK; SANTOS, 2017), há uma ausência 
de desconforto emocional. Os autores expõem que, o sujeito acometido pelo 
transtorno pedofílico, dificilmente sentirá necessidade de mudanças comportamentais 
a menos que seja prejudicado em sua interação social, sendo ele obrigado a buscar 
ajuda e tratamento. Neste sentido, uma junção da lei com a saúde faz-se necessária. 
Salientam que o tratamento deve levar o sujeito a percepção do mal provocado, da 
responsabilidade, da consciência e reparação dos danos causados no outro. 
O tratamento para o pedófilo ocorre através da psicoterapia acoplada a proposta 
terapêutica medicamentosa.Estes, se realizados no período adequado, por 
profissionais especializados e com técnicas eficientes, resultam em melhoras 
consideráveis para o pedófilo. Busca-se que o pedófilo entenda e reconheça o 
problema, e manifeste o interesse pelo tratamento para o controle desses impulsos 
(ETAPECHUSK; SANTOS, 2017). 
O pedófilo não é automaticamente um criminoso, para que seja um criminoso ele 
precisa ultrapassar o desejo, ou seja, o indivíduo deve ter exteriorizado esta vontade 
e isto pode acontecer de várias maneiras, como carícias, pornografia infantil, até 
mesmo o ato sexual em si. Quando há manifestação do distúrbio, não é há a 
possibilidade de descartar a prisão. Ainda que considerado doença, não absolve o 
peso da responsabilidade, pois o distúrbio não torna a mente totalmente turva, porém 
pode dificultar o sujeito em tentar inibir seus impulsos sexuais. 
É comum que os pedófilos na maioria dos casos, não sejam violentos, o que pode ser 
prejudicial para a descoberta rápida dos abusos, mas quando de fato se consegue 
descobrir, uma denúncia deve ser feita. No Brasil, a criança e o adolescente têm o 
respaldo da lei, no Código Penal, na Convenção Internacional sobre os Direitos da 
 
 
8 
 
Criança, na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Mas não 
existe de fato uma legislação específica em relação à pedofilia, acontece, então, uma 
adequação das penas existentes, aplicadas à pedofilia (ORLANDELI; GRECCO, 
2012). 
Portanto, o pedófilo e o abusador serão punidos da mesma forma, porque o que será 
julgado será o ato praticado por ele que corresponde ao artigo (Art.) 213 do Código 
Penal (BRASIL, 1940) “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a 
ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato 
libidinoso”. 
A prisão, tão somente, não é de forma alguma um tratamento, ela apenas impedirá 
que o indivíduo, naquele determinado tempo de cumprimento da pena, não cometa o 
delito, mas sozinho ele não consegue resolver seu problema. Não há um consenso 
mundial em relação ao tratamento que se deve ter com o pedófilo considerado 
criminoso. No Brasil o indivíduo encarcerado após cometer o delito de abuso sexual 
infantil, normalmente recebe tratamento psicológico enquanto cumpre a pena ou após, 
assim como ficam em celas separadas, pois há uma intolerância por parte de outros 
presidiários em aceitar o pedófilo abusador (ORLANDELI; GRECCO, 2012). 
O autor fala ainda, em relação ao tratamento, sobre sua demasiada complexidade, 
mas em concomitante lei e atendimento psicológico, é capaz de reduzir 
consideravelmente o índice de recorrência e conclui que o pedófilo somente colocará 
em extinção o comportamento delituoso, quando reconhecer os danos causados por 
sua conduta com a criança (ORLANDELI; GRECCO, 2012). 
Alguns países aderem ao tratamento para aqueles que se identificam como pedófilos 
como prevenção de futuras ocorrências ou prevenção de que um indivíduo cometa 
mais ocorrências, pois, em países como a França, por exemplo, existe um tratamento 
chamado Projeto de Prevenção Dunkelfeld, realizado através da terapia cognitiva 
comportamental, a fim de analisar o comportamento e os sentimentos sexuais para 
conseguir elaborar estratégias visando evitar as situações de abuso futuramente, ou 
seja, os profissionais não denunciam, eles apenas trabalham para o pedófilo consiga 
controlar seus desejos a fim de evitar passar ao ato outras vezes. 
O que é considerado uma controversa entre o direito e a psicologia, pois de acordo 
com o Código de Ética (BOCK, 2005) do Psicólogo no Brasil referente as 
responsabilidades do psicólogo, está descrito no Art. 2° “Ao psicólogo é vedado: a) 
 
 
9 
 
Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão”, tendo em vista que o 
abuso sexual se encaixa nos itens citados, seria então vedado ao psicólogo, ao se 
deparar com uma confissão, denunciar o abusador, segundo o que dispõe o Código 
de Ética, caso contrário seria conivente, diferente da França onde, pelo menos neste 
projeto, não há denúncia criminal caso o indivíduo que busca auxílio relate já ter 
cometido abuso ao menos uma vez, pois o grupo acredita que é “normal” os pedófilos 
já terem cometido um ato de abuso, que o importante é não querer fazer isso 
novamente, para isso o grupo trabalha para criar comportamentos de autocontrole que 
visam evitar a reincidência do ato (MCGUINNESS, 2015). 
No Brasil, segundo uma matéria recente publicada no Jornal online G1 (COELHO, 
2019) o médico psiquiatra entrevistado, Danilo Baltieri, relata que ao falar que a 
pedofilia é uma parafilia, gera certa indignação, pois a visão é de que este está em 
defesa do pedófilo em detrimento da vítima, quando na verdade ele explica que deve-
se proteger a vítima e averiguar se o abusador tem de fato a parafilia, pois no Brasil, 
a maioria dos abusadores não são diagnosticados como pedófilos, segundo o médico 
psiquiatra. Ele explica também que o pedofílico precisa de um tratamento 
interdisciplinar e que muitos profissionais da saúde têm dificuldade de lidar com o 
tema. 
A dificuldade em oferecer tratamento para pessoas com transtorno pedofílico 
é mundial. Na Alemanha, um projeto que começou em Berlim tem dado certo, 
especialmente no trabalho de prevenção de abusos. O projeto Dunkfeld 
funciona desde 2011 e se transformou em uma rede nacional conhecida pelo 
lema "não ataque". Os pedófilos entram para o programa de forma anônima 
e pela lei de confidencialidade entre pacientes e médicos não podem ser 
denunciados para a polícia. Nos EUA é diferente. Em casos de crimes 
revelados pelo paciente ou se o médico detectar um alto potencial para ação 
criminosa, ele deve reportar para as autoridades. No tratamento alemão, a 
terapia de grupo também é parte central. Nas sessões semanais, o grupo 
compartilha sentimentos e aprende, dentre outras coisas, a lidar com 
situações que possam ser estressantes para quem sofre do transtorno e a 
tentar controlá-lo: festa infantis, reuniões familiares com a presença de 
crianças (COELHO, 2019. pag. 8). 
Quanto ao cumprimento de pena, o médico explica ser necessário, mas condena o 
fato de não haver tratamento durante e após o cumprimento da pena. Os atendimentos 
são realizados, como dito anteriormente, no Ambulatório da Faculdade de Medicina do 
ABC, onde 50 pedófilos recebem tratamento gratuito realizados por médicos e residentes da 
faculdade, a procura acontece de forma voluntária e a demanda é muito alta. Este tratamento 
dispõe de terapia em grupo, diário comportamental, presença da família e remédios quando 
 
 
10 
 
necessários. Este é um tratamento prévio, ou seja, trata-se de um método de 
prevenção, mas caso o abuso já tenha sido cometido, o tratamento pode ser feito 
como medida complementar a pena de prisão, assim afirma o Dr. Balteri médico 
psiquiatra que está a frente no trabalho realizado no ambulatório (LEITE; 
ARCOVERDE, 2017). 
O psicólogo Antônio Serafim, também entrevistado nesta matéria (LEITE; 
ARCOVERDE, 2017), atende no Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria 
Forense e Psicologia Jurídica (NUFOR) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das 
Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Ele aponta para um fator importante, a 
generalização do termo pode dificultar que reais pedófilos busquem ajuda, isto 
acontece pois no senso comum, qualquer pessoa que comete abuso tende a ser 
apontado como pedófilo e logo, um criminoso. 
Isto reflete também no âmbito jurídico, como foi dito anteriormente, onde a 
classificação também se faz de forma generalizada colocando os pedófilos no mesmo 
grupode abusadores não pedófilos, logo, eles não adquirem assistência médica o que 
pode aumentar a chance de reincidir o crime. 
Quanto a inimputabilidade do sujeito acometido por uma doença mental, de acordo 
com o Código Penal (BRASIL, 1940) onde consta a Lei de n° 2.848: 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou 
da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, 
em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Ou seja, a inimputabilidade só poderá ser julgada em caso concreto, não há como 
inferir que todo aquele cometido por uma doença será considerado inimputável. No 
caso do abusador pedófilo, a maioria relata saber que se trata de um desejo impedido, 
errado, mas nem todos conseguem impedir que o ato se concretize, como é possível 
ver no relato a seguir “eu fui confiante de que ia conseguir me tratar e ficar bem. [...] 
Porque eu acho que, quando você não sabe que existe o tratamento é uma coisa; 
depois que você sabe que existe o tratamento muda tudo na vida da gente” (LEITE; 
ARCOVERDE, 2017). 
De acordo com a interpretação jurídica elucidada na Comissão Parlamentar de 
Inquérito (CPI) de pedofilia (MALTA; TUMA; TORRES, 2010) a pedofilia não implica 
 
 
11 
 
na impossibilidade de discernimento do sujeito acometido pela parafilia, nem tão 
pouco sua irresponsabilização pelo ato, ou seja, o sujeito é então imputável, que 
significa dizer que este sujeito é capaz de compreender uma conduta ilícita e sua 
responsabilidade sobre ela. 
Stetner e Rodrigues (2011), explanam sobre outro procedimento considerado como 
forma de tratamento: castração química. Embora bastante polêmico, o método de 
castração química tem o intuito de inibir a libido controlando os impulsos sexuais do 
indivíduo. Apesar das divisões de opiniões, pouco debate sobre o assunto e consenso 
dos efeitos da utilização do método da castração química, acredita-se que esta seja 
eficiente na redução da ocorrência dos crimes sexuais. Há opiniões que a favorecem 
a castração química como forma de controle das ações do pedófilo. Em contrapartida, 
existem diversidades de críticas à utilização desse método devido aos possíveis 
danos causados por seus efeitos colaterais: inibição da libido; impotência sexual; 
diminuição de massa muscular; e rarefação dos pêlos. 
A castração química tem sido utilizada em diversos países como “[...] a França, 
Dinamarca, Alemanha, Colômbia, Rússia, Argentina e Inglaterra. Neste último, o 
condenado pode escolher entre a prisão e o tratamento” (R7 PLANALTO, 2019), são 
aplicados como forma de tratamento, prevenção ou punição contra crimes sexuais 
violentos. 
Tamada, citado por Seixas (2013) elucida que a castração química consiste em aplicar 
um hormônio chamado Depo-Provera, que age no organismo do sexo masculino 
diminuindo a produção de testosterona, é uma baixa drástica que causa a diminuição 
da libido. Considera uma medida eficaz no que tange a redução da reincidência de 
criminosos sexuais, no entanto, há oposição no meio jurídico, visto que este ato, 
denominado tratamento, fere o princípio da dignidade da pessoa humana, fere 
também o Art. 5° da Constituição Federal (1988) no seu inciso XLIX que dispõe, "é 
assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral". Este seria um dos 
motivos de não aderir o tratamento no Brasil, outro fator, além de ser considerado 
método invasivo, é que no Brasil não se admite penas permanentes e alguns desses 
tratamentos que diminuem a libido muitas vezes são irreversíveis. 
No intuito de prevenção das ações pedofílicas, países como a Espanha vem 
investindo em grupos terapêuticos com os trabalhos voltados para o pedófilo que 
reconhece os danos da doença e busca por ajuda. 
 
 
12 
 
3. METODOLOGIA DA PESQUISA 
Na pesquisa desenvolvida foi utilizado o método qualitativo, dando importância ao 
relato apresentado pela amostra, sendo está composta por dois profissionais que 
possuem experiência com o tema em questão, no qual foram escolhidos por indicação 
ou acessibilidade e conveniência. 
Em uma das entrevistas os dados foram coletados através de uma entrevista 
semiestruturada, permitindo que o pesquisador acrescente perguntas para melhor 
esclarecimento, tendo assim maior flexibilidade, sendo está gravada em vídeo. 
Em outra entrevista foi utilizado um roteiro estruturado, no qual foi respondido pela 
profissional via e-mail. Como fonte de dados foi utilizado também uma palestra 
ministrada pelo psiquiatra Dr. Danilo Antônio Baltieri, fornecido em uma plataforma de 
compartilhamento de vídeos. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Através das entrevistas e das outras ferramentas utilizadas foi possível observar que 
diferentes áreas do saber possuem uma leitura própria do mesmo fenômeno. Essa 
falta de consenso pode corroborar para a não compreensão real da problemática, 
gerando ainda mais dúvidas. 
A promotora de justiça entrevistada, que representa a visão jurídica, apresenta suas 
falas de acordo com o código penal e demonstra bastante firmeza ao expor essas 
ideias e ao narrar os casos em que trabalhou. 
De acordo com pesquisas, foi observado que não há leis próprias, específicas, para 
casos de sujeitos portadores de pedofilia. Os molestadores de crianças com e sem 
pedofilia são julgados, condenados e cumprem a pena sem distinção, legalmente 
estes se enquadram na mesma categoria. 
De acordo com Marin e Baltieri (2013, p.165) para os indivíduos que cometem o crime 
e possuem o transtorno deveram “[...] receber tratamento adequado, ter seu risco de 
reincidência sempre avaliado, e suas necessidades criminogênicas manejadas por 
profissionais altamente qualificados na matéria”. 
É relevante sinalar que o sujeito portador do transtorno pedofílico não está isento de 
punição caso seja responsável por um crime sexual, ele deve ser responsabilizado 
 
 
13 
 
por seus atos, entretanto isso não exclui o fato de que ele necessita de tratamento 
adequado, para que até mesmo, não ocorra a reincidência do crime. 
A psicóloga entrevistada forneceu informações voltadas para a vítima, sendo possível 
observar uma relação na fala de ambas as profissionais no que diz respeito ao que 
abrange a violência sexual, a psicóloga relata, “Em crianças pequenas, a maioria dos 
nossos casos é ato libidinoso, então, não há sinais claros.”. Ainda nesta questão a 
promotora complementa dizendo que “Na violência sexual não há testemunhas, é 
praticada na calada da noite [...]”. Devido ao fato de não existir em muitas vezes 
provas concretas e testemunhas, a promotora ainda diz “[...] o fato deve ser analisado 
de forma sistêmica, é observado, por exemplo a dinâmica da família [...]”. 
Outras falas comuns e que se complementam das profissionais diz respeito à 
prevenção, ambas dizem que é essencial a informação. 
“A família pode estabelecer um diálogo estreito com a criança sobre sua rotina e 
estabelecer uma relação de confiança a fim de conhecer sobre o que acontece com 
ela e, assim, orienta-la sobre os riscos dos lugares e, caso alguma coisa diferente 
aconteça a ela que pode contar para sua pessoa de confiança” (PSICÓLOGA). 
Entretanto a profissional complementa, “[...] a maioria dos casos de abuso sexual 
ocorre em âmbito familiar ou com pessoas muito próximas, assim é importante 
também que escolas, igrejas, sejam espaços parase falar sobre isso.” O que 
corrobora o que é dito pela promotora, a maioria dos casos de violência sexual é 
intrafamiliar. 
A vítima apresenta sinais que devem ser observados por todos em sua volta, estes 
comportamentos são de acordo com a psicóloga entrevistada “[...] isolamento, 
dificuldade de aprendizagem, irritabilidade, alterações do sono, enurese [...], é preciso 
observar fase do desenvolvimento, frequência e se há verbalização sobre algo.” 
Ao narrar um dos casos acompanhados, a promotora revela que o acusado em seu 
depoimento deixou claro que a criança de sete anos lhe seduziu, fala está que causa 
indignação e repulsa, é causada segundo o que foi dito pelo Dr. Baltieri pelo 
pensamento disfuncional, que impacta em sua visão distorcida diante a criança, 
acreditando que o menor aprecia toda a prática (CULTURA E EVENTOS – OAB SP, 
2016). 
 
 
 
14 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O transtorno pedofílico é um tema em si multifacetado e complexo, que requer um 
empenho em compreender as definições existentes quando se pensa na realidade 
clínica, descontruindo assim o olhar estigmatizante fundamentado pelo senso comum 
a fim de construir um saber pautado na ética que considere a doença e os sofrimentos 
existentes. 
Por tratar-se de um tratamento complexo, as análises de acerca do tema abordado, 
consideraram necessário uma articulação flexível quando o assunto é o transtorno da 
pedofilia. O processo de aprisionamento do indivíduo somente, reduz a ocorrência das 
ações criminosas, conquanto, não são formas eficientes de tratamento da doença. 
Neste sentido, é preciso um trabalho dos parâmetros legais (prisão), como contenção 
dos comportamentos do pedófilo e tratamento psicológico, com profissionais 
habilitados e munidos com técnicas eficientes e capazes de promover no sujeito a 
aceitação da condição de pedófilo, e o reconhecimento dos danos causados por suas 
atitudes na vida do outro. Estando o portador da parafilia, implicado no enfrentamento 
da doença, torna-se possível que, com o tratamento no período adequado, este 
resulte em grandes benefícios ao indivíduo (ETAPECHUSK; SANTOS, 2017; 
ORLANDELLI; GRECCO, 2012). 
Com base nesta pesquisa, é possível inferir que no âmbito jurídico o sujeito pedófilo 
abusador não é considerado doente e por isso não é tido como inimputável, ele se 
encaixa, legalmente, no mesmo julgamento de qualquer abusador, ainda que os 
crimes não tenham sido através do abuso. É importante ressaltar também que o 
pedófilo não é um criminoso, ele só passa a ser criminoso quando ele passa ao ato, 
ou seja, quando comete abuso de variadas naturezas, como o ato físico em si, 
pornografia infantil, aliciamento, entre outros. 
Este levantamento científico somado a prática profissional dos entrevistados, que por 
sua vez atuam nesse contexto se fez pertinente no objetivo de contemplar e ampliar 
como se deve de fato ser o fazer da psicologia enquanto ciência e profissão, que em 
conjunto com outras áreas e profissionais deve oferecer acompanhamento às vítimas, 
os menores, mas também viabilizar aos portadores do transtorno o acesso ao 
tratamento, pois só assim, poderá se pensar em romper com esse ciclo que por sua 
vez, é gerador de sofrimento psíquico. 
 
 
 
 
15 
 
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