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PAREDE TORÁCICA, PLEURA, MEDIASTINO E PULMÃO Limites da cavidade torácica Dorsal: linha horizontal que passa pela cartilagem escapular e a tuberoside coxal Ventral: linha horizontal que passa pela extremidade proximal do olécrano. Cranial: região do manúbrio do esterno Caudal: diafragma PLEURA: membrana serosa que reveste cada pulmão, também delimita a cavidade torácica. Contém uma pequena quantidade de líquido seroso, que facilita e suaviza o movimento do pulmão e atrito contra a cavidade torácica. A parte que reveste diretamente o pulmão é chamada pleura visceral ou pulmonar; ela se estende ao redor e por trás da raiz do pulmão, e se une continuamente com a pleura mediastinal, que continua com as pleuras costal e diafragmática. O conjunto de pleura mediastinal, pleura costal e pleura diafragmática é denominado pleura parietal. Portanto, existem duas membranas pleurais, cada qual organizada em um saco invaginado fechado. MEDIASTINO: espaço entre sacos direito e esquerdo; mais ou menos mediano ao tórax; local onde está contido o coração e outros órgãos torácicos. O mediastino pode ser subintitulado de cranial e caudal; não é simétrico, pois contém um desvio para esquerda, isso porque a base do pulmão direito é maior. Trata-se de uma estrutura resistente a consideráveis pressões (diferente nas espécies, em ruminantes é mais resistente, enquanto no equino são mais podem até se comunicar por pequenas aberturas) no que diz respeito as cavidades pleurais. As faces pleurais mediastinal e costal encontram-se na margem dorsal, ocupando o espaço entre costelas e vértebras; a margem ventral, constitui o encontro dessas faces ventralmente, recuando sobre o coração para formar a incisura cardíada (local onde se acomoda o coração). Recessos: evaginação/dobra da pleura; costodiafragmático (entre pleura costal e diafragmática), costomediastinal (entre pleura costal e mediastinal); lombodiafragmática (se estende caudalmente até a ultima costela, chegando à vértebra lombar); mediastinodiafragmática (desvio da pleura mediastinal em fixação no diafragma). TRAQUEIA A traqueia é revestida por tecido fibrocartilagíneo, que é composto por inúmeras faixas de cartilagem que se curvam para formar os anéis/faixas; dorsalmente são incompletos. As margens das faixas estão ligadas entre si por lâminas de tecido conjuntivo elástico. As extremidades são unidas pelo músculo traqueal liso (preenche parte incompleta do anel, na maioria das espécies). Os ligamentos anulares são membranas de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas entre uma cartilagem e outra. O músculo traqueal é disposto externamente no cão e no gato; nas demais espécies é interno. CARINA: a carina da traqueia é uma crista interna na bifurcação da traqueia, formada pela margem inferior da ultima cartilagem da traqueia. PULMÃO Pulmões em mamíferos consiste em vias aéreas, não envolvidas em trocas gasosas, que terminam em suma série de sacos cegos terminais interconectados chamados de alvéolos, que formam a superfície respiratória. O pulmão é envolvido pela pleura visceral, que é uma invaginação da pleura parietal, fica suspenso no tórax pelo ligamento pulmonar; forma o saco pleural, onde movimenta-se de forma livre. Os lobos dos pulmões são intensamente divididos por fissuras; a incisura cardíaca é mais profunda no pulmão direito. Limites: - Ápice: extremidade cranial - Base: superfície diafragmática - Face costal: em contato com as costelas - Face medial: voltada para o mediastino BRÔNQUIO PRINCIPAL: bifurcação da traqueia que dá origem aos brônquios principais direito e esquerdo; esses por sua vez originam os brônquios relativamente grandes que ventilam os lobos pulmonares (os brônquios lobares). Hilo pulmonar: local onde ocorre a bifurcação dos brônquios principais, artérias pulmonares, veias pulmonares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos, e nervos adjacentes. BRÔNQUIOS LOBARES: aqueles que ventilam os lobos pulmonares; cada brônquio lobar da origem a brônquios segmentares (ventilam áreas independentes relativamente grandes dentro do lobo. BRÔNQUIO TRAQUEAL: ventila o lobo apical direito do pulmão; esse brônquio surge diretamente da traqueia. Ruminantes e suínos apresentam esse brônquio acessório, o brônquio traqueal. SISTEMA RESPIRATÓRIO (aves) As aves não contém epiglote, além disso, os anéis cartilaginosos da traqueia são completos. Primeiramente a extremidade cranial da traqueia está situada na linha média ventral do esôfago, fixada por tecido conjuntivo. Após cerca de 1/3 do seu tamanho total, a traqueia passa para o lado direito do pescoço, estando ventralmente ao esôfago. A medida que sua extensão se aproxima do tórax, a traqueia volta para linha média, penetrando em seguida a cavidade torácica; o papo fica do lado direito da traqueia. Cada anel traqueal é um círculo completo; há um alargamento das metades esquerda e direita de forma alternada, desta forma, elas ficam sobrepostas; as larguras craniocaudais aumentam de forma progressiva; a forma das cartilagens também divergem, podendo ser oval ou circular. Os brônquios se ramificam de forma diferente; em brônquios primários, secundários e terciários (ou parabrônquios); as aves não apresentam alvéolo, dessa forma, as trocas gasosas são realizadas via capilares aéreos que estão localizados na região dos parabrônquios. Os pulmões são aderidos ao dorso da cavidade celomática e não contém expansividade; além disso, há presença de 9 sacos aéreos e ausência de diafragma. Ainda sobre a troca gasosa, têm-se que esta ocorre de forma muito mais efetiva (até 10 vezes). Os sacos aéreos são dilatações de paredes finas do sistema brônquico, que se estendem até o pulmão; servem como reservatórios de ar, aquecem e umedecem o ar facilitando a ventilação sistêmica. As aves contem 9 sacos aéreos (galinha). (Getty) Os sacos também ajudam na termorregulação e flutuação das aves. O esqueleto se torna mais leve por extensões dos sacos aéreos para dentro dos ossos. Os ossos pneumáticos das aves são adaptações ao vôo; a leveza e resistência são características desses ossos. INSPIRAÇÃO: os sacos aéreos craniais recebem ar fresco e os caudais recebem ar com menos oxigênio; EXPIRAÇÃO: contração muscular da parede do tronco, reduzindo o volume corpóreo, a fim de aumentar a pressão nos sacos aéreos; forçando o ar a entrar no pulmão. SISTEMA RESPIRATÓRIO (peixes) Os peixes contem componentes acessórios no sistema respiratório. A respiração branquial ocorre por meio de brânquias, que são estruturas ricamente vascularizadas. As brânquias de peixes ósseos localizam-se dentro da cavidade opercular, abaixo da abertura do opérculo. Já em peixes cartilagenosos a água é sugada para dentro da cavidade bucal. Os filamentos braquiais são estruturas presentes nas branquias dos peixes; cada um apresenta duas artérias. As lamelas secundárias conectam esses vasos, que são aferente e eferente. A água entra na cavidade oral e fica alojada nas brânquias, que possui uma concentração de oxigênio maior que a dos vasos; desta forma, estabelecendo um gradiente de difusão, de modo que o oxigênio se difunda para o sangue. A passagem de água pela cavidade bucal pode ocorrer por bombeamento bucal (boca e cavidade opercular promovem pressão positiva) e ventilação forçada (peixe cria corrente respiratória por meio de natação contínua com boca entreaberta). O CO2 em maior concentração no sangue passa a se difundir para água. As brânquias favorecem a excreção de amônia e auxiliam na osmorregulação.
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