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07/03/16 – Introdução a traumatologia Trauma Ação de qualquer agente externo que cause injuria ao organismo Etiologia: Violência Agressões Acidentes automobilísticos FPAF (ferimento por projétil de arma de fogo) FAB (ferimento por arma branca) Acidentes domésticos e esportivos Acidentes de trabalho ** FPAF – está em 1º lugar em trauma de face na Zona Sul Traumatismo multissitêmico Equipe multidisciplinar Protocolo de atendimento (ATLS) “protocolo americano” A – vias aéreas com proteção da coluna cervical B – respiração C – circulação D – déficit E – exposição com prevenção da hipotermia Traumatismo localizado Tipos de ferimentos: Ferimento corto contusos Ferimento lacero contusos Ferimento por PAF (ferimento por projétil de arma de fogo) “OE – orifício de entrada / OS – orifício de saída” Contusões Traumatismo dento alveolar (fratura do rebordo) “se caso for adulto, sutura-se e é necessário que que esse dente tenha uma fixação semi-rígida para cicatrização das fibras periodontais. Leva pelo menos 7 dias para que o dente comece a fixar-se no osso) Ferimento por arma branca Fratura do esqueleto facial (glabela e teto de órbita até a região supra-hioidea e posteriormente ao trágus acústico) Fraturas: Solução de contiinuidade do tecido ósseo Intensidade do trauma > resistência Áreas de resistência: Maxila: Pilar zigomatico Pilar pterigoideo (onde temos mais osso compacto e menos osso esponjoso) Pilar canino Sinais e sintomas Sinais: notados pelo examinador Sintomas: relatados pelo paciente Dor Edema (inchaço) Hematoma (acúmulo de sangue embaixo do tecido) Equimose (derramamento de sangue pelo pele – tecido conjuntivo) Desoclusão Degrau oclusal Crepitação (barulho) Disfagia (dificuldade para deglutir) Dispnéia (dificuldade para respirar) Sialorréia (salivação acentuada) Incapacidade de movimentos mandibulares Assimetria facial Anestesia (falta de sensibilidade) Equimose (subconjuntival) Oftalmoplegia (perda do movimentos globo-oculares) Hifema (compressão do globo ocular) Distopia ocular (desalinhamento oclar) Diplopia (visão dupla) Epistaxe (sangramento nasal) Rinolicorreia (extravazamento de liquido pelo nariz) Otolicorreia (extravazamento de liquido pelo ouvido) Etc. Princípios do tratamento de fraturas Redução (retornar a posição original) Contenção (manter o osso em posição) – essa contenção pode ser mantida por: Amarrias “fios de aço No. 0 ou 1” – são fios utilizados em ortopedias e cardiologias “vai preso no dente” Arcos e barras (para manter em oclusão) “barra de Erick” Goteiras (não mais usadas hoje em dia) Arclagens e suspensões Fio de Kirschner Fixadores externos (gaiola) Contenção: “ tratamento Cruento” – aborda diretamente o traço da fratura Osteossíntese a fio (fixação interna semi-rígida) Placas e parafusos (fixação interna rígida) Lag screw (parafuso solitário) “muito parecido com marcenaria – utilizado em fratura com bisel” Tratamento Incruento – quando atingi-se indiretamente a fratura Bioética – dever que o profissional tem de informar o paciente =============================================================================================== 14/03/16 – Fraturas Mandibulares Anatomia mandibular Considerações gerais Zonas de resistência (compactação óssea) Inserções musculares (masseter, pterigoideo medial e pterigoideo lateral) (milo-hiódeo, lingual) Etiologia: Exame do paciente Anamnese: Como? Onde? O que? Sintomas? Inspeção Observação dos sinais clínicos Palpação (bi-digital) Sinais e sintomas da fratura mandibular: Dor Edema (inchaço) Hematoma (acúmulo de sangue embaixo do tecido) Equimose (derramamento de sangue pelo pele – tecido conjuntivo) Desoclusão Degrau oclusal Crepitação (barulho) Disfagia (dificuldade para deglutir) Dispnéia (dificuldade para respirar) Sialorréia (salivação acentuada) Incapacidade de movimentos mandibulares Assimetria facial Anestesia (falta de sensibilidade) Exames complementares Radiografias intrabucais Periapical Oclusal Radiografias extrabucais Lateral obliqua de mandibula (corpo, ângulo, ramo, coronóide – possível visualizar nessa radiografia) PA “póstero-anterior” de mandíbula Towne (para visualizar fratura de condilo) Hirtz (radiografia vertical, feixe de baixo para cima – possível observar parte do condilo e conformação da mandíbula) Panoramica Tomografia computadorizada Classificação Em relação a região anatomica Sinfese Parassinfese 22% das fraturas – 3º lugar Corpo Ângulo (24,5% das fraturas) 2º lugar Ramo ascendente Processo coronóide Condilo (29% das fraturas) 1º lugar Processo alveolar Em relação a região anatomica Em relação a direção do traço da fratura Em relação ao tipo de fratura Galho verde (não se quebra por completo) Completa (quebra totalmente) Cominutiva (vários fragmentos pequenos de osso – geralmente causado por arma de fogo) Em relação à complexidade da fratura Fechada Exposta Em relação à incidencia da fratura Direta Indireta (acerta um lugar e quebar outro) Princípios do tratamento Redução (voltar a anatomia original) Contenção (manter o osso em posição) Tratamento incruento (não aborda diretamente o traço da fratura) Bloqueio maxilo-mandibular (amarrar a boca do paciente) – no minimo 45 dias bloqueado “com a boca fechada” Fratura de condilo – máximo de 10 dias bloqueado Arcos e barras Erick (o mais usado) – barra metalica com argolinhas “sempre por baixo” Winter / Jelenko (menos utilizados) “barra de metal grosso” Amarrias Ivy – pode ocorrer extrusão dental (não é muito eficiente, pois o paciente pode conseguir movimentar a boca) Gilmer (bloqueio provisório de pouca estabilidade, e o maior inconveniente é a não possibilidade de reaproveitar o mesmo fio, além da possibilidade de extrusão dental – BLOQUEIO TRANSITÓRIO) Aparelho ortodontico (qdo paciente usa aparelho, é possível utilizá-lo como bloqueio provisório – transitório) Parafusos Placas Goteiras (moldeira p/ o osso) Tratamento cruento (aborda diretamente o traço da fratura) Bloqueio maxilo-mandibular (amarrar a boca do paciente) – no minimo 45 dias bloqueado “com a boca fechada” Fratura de condilo – máximo de 10 dias bloqueado Arcos e barras Contenção: “ tratamento Cruento” – aborda diretamente o traço da fratura Osteossíntese a fio de aço (fixação interna semi-rígida) e manter o paciente bloqueado “com a boca fechada” Placas e parafusos (fixação interna rígida) – não precisa manter o paciente bloqueado Zonas de tração (superior “maxila”) Zonas de tensão (ramo de mandíbula) – zona de resistência de mandíbula Zonas de torção (mandíbula) Para fraturas em crianças, usam-se placas e parafusos Lag screw (parafuso solitário) “pode ser utilizado em vários locais” Washer Escarificados (região anterior de mandíbula) =============================================================================================== 25/04/16 – Ferimentos por projéteis de arma de fogo Cinética dos projéteis Alta velocidade Baixa velocidade Ultra velocidade Variáveis: Distancia entre alvo e arma Formato do projétil Rotação do projétil (qto maior o no. de estrias e maior o cano, maior sustentação para a bala) Estabilidade durante o vôo Classificação dos ferimentos: Penetrante (baixa velocidade) Tecido absorve e dissipa a energia do projétil Forma orifício de entrada e saída Geralmente projéteis de baixa velocidade Perfurante (alta velocidade) Alta velocidade Orifício de entrada compatível com calibre do projétil Orifício de saída com destruição tecidual Pode criar projétil secundário (estilhaços) Avulsivo (ultra velocidade) Ultra velocidade Usualmente não há orifício de saída (destrói tudo) Desintegração tecidual Fisiopatologia Projétil atinge o alvo Energia cinética inicia processo de cavitação Ondas de choque causam ruptura das membranas celulares, fraturas ósseas indiretas, coagulação de proteínas e destruição de axonios Tratamento primárioespecífico Manutenção da via aérea (principal) Controle de hemorragia local Limpeza exaustiva das feridas c/ líquido antisséptico (p/ evitar contaminação e tatuagem da ferida) Fechamento primário dos tecidos Manutenção dos perímetros, contenção das fraturas Enxertos (quando houver perda de substancia) Retalhos Hipóteses diagnósticas gerais Lesão de grandes vasos Lesão cerebral Lesão de vias aéreas – direta ou indireta (qdo atinge pilares anteriores e posteriores de região de orofaringe) Conduta geral emergencial Dopller (ultrasom) – pouco invasivo (verifica o fluxo sanguineo, não apresenta as lesões) Carotidoangiografia – C.A.G. C.A.G. com embolização Cirurgia exploradora – ligadura a céu aberto (última tentativa – qdo não houver os demais recursos disponíveis) Terapia de suporte UTI – controle rigoroso de funções vitais (PA “pressão arterial”, P “pulso”, T “temperatura”, FC “frequencia cardíaca, FR “frequencia respiratoria”, G “glicemia”) Suporte medicamentoso (pacientes que possam evoluir p/ choque neurigenico “depressão total do sistema nervoso”, injetados até 750mg de corticóides) Tratamento das fraturas por P.A.F. Bloqueio maxilo-mandibular (via aérea) F.I.R. – fixação rígida interna F.E.R. – fixação rigida externa Tratamento tardio Cirurgia reconstrutiva Complicações e sequelas Infecção (fratura não estabilizada leva a infecção) Pseudoartrose (osso não se consolida – formação de tecido conjuntivo fibroso) Consolidação viciosa (consolidação errada da fratura) Maloclusão Perda de dentes Neuropatias (sensitivos ou motores) Tratamento conservador Contenção de hemorragias Sutura dos ferimentos =============================================================================================== 16/05/16 – Fraturas do complexo zigomático Osso zigomático Pilar pterigoideo Pilar zigomático zonas de resistência Pilar canino Parede posterior do seio maxilar (revisão anatômica - Parede lateral do rever) Intimamente ligado com a musculatura ocular Fisiopatologia Força, intensidade e direção do trauma se maior que a resistencia do osso = fratura responsável pelo grau de deslocamento ** trata-se de um osso que fratura com facilidade Classificação das fraturas que caem em concurso Knight & North / Pell & Gregory Classificação – Knight & North Classe I (fratura sem deslocamento) Classe II (fratura do arco zigomático) Classe III (fratura com deslocamento mas sem rotação) Classe IV (fratura com rotação medial) Classe V (fratura com rotação lateral) Classe VI (fraturas complexas “múltiplas fraturas”) Diagnótico Exame clínico (aspecto clínico é soberano “diagnóstico se dá pelo exame clínico” – demais exames: exames de imagem, ex. sangue, etc, são complementares) Sinais e sintomas Afundamento da proeminência zigomática (maças do rosto) – sinal Anestesia da região infra-orbitária (região perde sensibilidade ) – SINTOMA “paciente sente!!” Diplopia (visão duplicada – SINTOMA ** hematoma retrobulbar também pode causar diplopia Limitação de abertura da boca – sintoma e sinal Sinais: Equimose palpebral (derramamento de sangue no tecido conjuntivo) Equimose sub-conjuntival (derramamento de sangue no olho, sem invadir a íris) Equimose em fundo de sulco jugal (região de molares) Edema (inchaço) Hematomas (presença de coleção “acúmulo de sangue sob o tecido) Oftalmoplegia (sinal clássico de fratura do zigomático) Distopia (desalinhamento do globo ocular no sentido vertical) Epistaxe unilateral (sangramento nasal) Exame clínico Palpação (bidigital) Rebordo infra-orbitário Crista zigomático alveolar Sutura fronto zigomático Exames complementares Exame iconológico (exame de imagem) Técnicas radiográficas feitas em hospitais ou clínicas radiográficas: Waters (exame RX técnica de Waters – observa-se seios maxilares) Hirtz (infero-superior – observa-se arco zigomático) PA de face Tomografia computadorizada (a melhor técnica de todas “pela riqueza de detalhes”) Tratamento (redução e contenção “sempre – para todas as fraturas) Redução: Tecnica de Gilles Via acesso cirúrgico Gancho de Ginestet / gancho de Barros Parafuso Garrot Girard Contenção: Incruenta (não aborda o traço da fratura) Fio de Kirchner (pode ser uni ou bilateral) Cruenta (aborda o traço da fratura) Acesso infra-orbitário (sutura-se as palpebras e inciosiona-se abaixo) Acesso fonto-zigomático (incisão supra ciliar) Acesso crista zigomático alveolar (incisão em fundo de sulco) Ostesossíntese a fio (para estabilização da fratura) Placas e parafusos (para estabilização da fratura) Lag Screw
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