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03 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - INDEFERIMENTO DA JUSTIÇA GRATUITA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXXXXXX
--
FULANO DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade civil RG n° 111111111111, SSP/XX, e inscrito no CPF/MF sob o n° 123.123.123-12, residente e domiciliado na Rua São João, 123, Bairro João de Deus, no município de São João, Estado de João Pessoa, CEP. 12345-678, por seu advogado abaixo subscrito, conforme instrumento de procuração anexo (doc. 01), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 1015, IV e seguintes do CPC/2015, interpor o presente
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO ATIVO
contra a r. decisão interlocutória proferida pelo r. Juízo da XXª Vara Cível do Foro Central da Comarca de XXXXX - XX, que indeferiu o pedido de Assistência Judiciária Gratuita a(o) ora Agravante, nos autos da LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA, Processo nº XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX, em que são Requeridos YMPACTUS COMERCIAL LTDA. ME., (TELEXFREE), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF nº 11.669.325/0001-88, representada por seus sócios CARLOS NATANIEL WANZELER, brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de identidade RG nº 906.999- SSP/ES, inscrito no CPF/MF nº 003.287.887-75; CARLOS ROBERTO COSTA, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidade RG nº M3051121/MG, inscrito no CPF/MF nº 997.944.207-78; e JAMES MATTHEW MERRILL, americano, casado, empresário, portador do passaporte nº 447424047, inscrito no CPF/MF nº 703.167.791-21, todos com endereço sede na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, nº 451, Edifício Petro Tower, 20 andar, sala 2002-2003, Enseada do Suá, CEP. 29050-916, Vitoria/ES, pelas razões que acompanham a presente peça de interposição.
Com fulcro no artigo 1017, I e II do CPC/2015, esclarece que junta as peças obrigatórias para instruir o presente recurso, quais sejam: Petição Inicial, r. Despacho, RG, CPF, Procuração, Declaração de Pobreza, IRRF de 2013, 2014 e 2015, holerites (juntar comprovantes de renda), r. Despacho Agravado, Certidão de Publicação da Decisão.
Em cumprimento ao artigo 1018 do CPC/2015, informa que juntará, oportunamente, cópia do presente recurso ao processo de origem. Esclarece, por fim, que deixa de realizar o devido preparo, pois o motivo do presente recurso é discutir o direito da Assistência Judiciária Gratuita.
Atesta a tempestividade do presente recurso, tendo a r. decisão agravada sido publicada, pelo Diário Oficial, em XX/XX/XXXX, com início do prazo em XX/XX/XXXX e término em XX/XX/XXXX.
Informa, por fim, que os Agravados não foram citados para a demanda principal, motivo pelo qual requer, após apreciação do pedido liminar para concessão do efeito ativo, citem-se os Agravados para apresentar contrarrazões ao presente recurso.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
NOME ADVOGADO
OAB/XX Nº XXXXX
RAZÕES RECURSAIS
AGRAVANTE: 	FULANO DE TAL
AGRAVADOS: 	YMPACTUS COMERCIAL LTDA. ME., (TELEXFREE), CARLOS NATANIEL WANZELER, CARLOS ROBERTO COSTA e JAMES MATTHEWMERRILL.
ADVOGADO(S): 	Os Agravados não foram citados nos autos, razão pela qual não possuem advogados constituídos.
AUTOS Nº: 		XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
ORIGEM: 		Xª Vara Cível do Foro Central Comarca de XXXXX - XX
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Nobres julgadores!
DAS RAZÕES DO INCONFORMISMO
O(a) Agravante propôs AÇÃO DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA em desfavor dos Agravados, requerendo, dentre outros pedidos, a concessão do benefício de Justiça Gratuita, tendo em vista não ter condições financeiras de arcar com as despesas processuais.
Declarou expressamente que “não pode suportar as despesas processuais decorrentes da demanda sem prejuízo do próprio sustento e de minha família, sendo, pois, para fins do benefício da gratuidade de Justiça, nos termos da Lei 1.060/50, pobre no sentido legal da acepção” nos termos da declaração de hipossuficiência que foi devidamente assinada e juntada aos autos.
Os autos foram distribuídos e conclusos ao Juízo daquela Vara, que assim despachou:
COLACIONAR AQUI TRECHO DO INDEFERIMENTO DA JUSTIÇA GRATUITA
“Non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non non”
Ora, Renomados Julgadores, em razão da referida decisão, não fora dado a(o) Agravante sequer a oportunidade da juntada de documentos que ratifiquem sua insuficiência de recursos.
Em que pese o costumeiro brilhantismo do D. Magistrado, a decisão merece ser reformada, haja vista que para a concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita é prescindível a comprovação liminar da hipossuficiência jurídica do requerente, pois, a simples afirmação da parte no sentido de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou da família, é suficiente para o deferimento (art. 4º da Lei nº 1.060/50).
Como bem pontua Cândido Rangel Dinamarco, “a oferta constitucional de assistência jurídica integral e gratuita (art. 5º, inciso LXXIV) há de ser cumprida, seja quanto ao juízo cível como ao criminal, de modo que ninguém fique privado de ser convenientemente ouvido pelo juiz, por falta de recursos” (CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. 22º Ed. Editora Malheiros. p. 40).
Ainda inicialmente, cabe aqui frisar que o artigo 4º, da Lei 1060/50 dispõe que “a parte gozará dos benefícios da assistência judiciária mediante simples afirmação, na própria petição inicial, no sentido de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários do advogado, sem prejuízo próprio e de sua família”, prevendo ainda a mesma lei punição para aqueles que efetuem o requerimento indevidamente.
Desse modo, conforme se verifica às fls. destes, o(a) Agravante acostou aos autos declaração de pobreza, devidamente firmada nos termos da lei supra mencionada, daí porque, desde já, verifica-se que todos os requisitos para que ao mesmo pudesse ser deferido os benefícios a assistência gratuita encontram-se nos autos.
Diante disso, um dos fundamentos inseridos no r. despacho ora agravado, qual seja: “COLAR AQUI TRECHO DO DESPACHO QUE MOTIVA O INDEFERIMENTO”, e que portanto possui remuneração que ultrapassa de XX (xxxxx) salários mínimos (ou XX valor – depende dos requisitos do TJ do seu Estado) e não necessita dos benefícios da justiça gratuita, não merece prevalecer.
E mais, Nobres Julgadores, o respeitável juízo daquela vara, equivoca-se profundamente quando, em parte de seu despacho, menciona condições genéricas do Agravante, ou seja, o valor apurado mensalmente pelo Agravante e, não traz revelações do que é utilizado para manter gastos cotidianos de sua família, tais como alimentação, saúde, vestuário, moradia e ainda, despesas com água, luz e etc.
Como é notória a compreensão, o salário acima apurado (de um profissional de xxxxxx), mal dá para suprir suas necessidades, sendo assim, inconcebível negar ao agravante os benefícios da justiça gratuita.
EXCELÊNCIAS!
O PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA É LEGAL, LEGÍTIMO, ATUAL, RAZOÁVEL, CONSISTENTE, PERTINENTE E TRANSPARENTE E MORAL.
Desse modo, conforme se verifica às fls. destes, o Agravante acostou aos autos declaração de pobreza, devidamente firmada nos termos da lei supramencionada, daí porque, desde já, verifica-se que todos os requisitos para que ao mesmo pudesse ser deferido os benefícios da Justiça Gratuita encontram-se nos autos.
Questiona o MM. Magistrado, em seu respeitável despacho, o salário do(a) Agravante, o que merece relevante justificativa.
O(a) Agravante demonstra claramente, em seus demonstrativos de pagamento o quanto percebe, porém, não demonstra o quanto tem de despesas, ou seja, possivelmente o Nobre Juiz a quo, imagina que o valor demonstrado é única e exclusivamente para custeio de processos judiciais os quais o agravante não deu causa, e que o autornão se alimenta, não se veste, não se locomove, não usa eventualmente medicamentos, não representa bem o Poder Familiar em suas obrigações com os filhos e demais familiares.
Com o devido acato ao Nobre Juiz que indeferiu as justas e devidas benesses da gratuidade da justiça a que faz jus com a devida lisura o agravante, cabe salientar que, para não restar dúvidas quanto a cristalina boa-fé processual do agravante eivada de transparência documental e fática, suplicatória para a modificação da justa decisão por essa Colenda Câmara na decisão desse tribunal, o agravante, respeitosamente, faz apenas apontamentos e não cálculos inobservados pelo juízo a quo senão vejamos:
O Nobre julgador se refere ao valor recebido anualmente, porem deixa de observar as despesas e inclusive os vários empréstimos bancários contratados pelo Agravante para poder saldar suas dividas.
Portanto, o fato de o Agravante receber vencimentos que superam o patamar de três salários mínimos, não pode ser motivo bastante para o indeferimento dos benefícios da Justiça Gratuita, pois a quantia recebida mensalmente na função de funcionário público, já se encontra totalmente comprometida com o seu sustento e de sua família, mormente considerando as despesas básicas e fixas, tais como: financiamento, água, luz, colégio de seus filhos, telefone e empréstimos bancários, sem considerar as demais despesas com alimentação, vestuários, uniformes, saúde, locomoção, lazer e outros, que quase superam o montante mensal recebido.
De mais a mais, é certo ainda que benefício da justiça gratuita pode ser requerido a qualquer momento e em qualquer grau de jurisdição, posto que, com a instabilidade econômica que assola o país, a situação financeira da população oscila diariamente, sendo certo que apenas uma parcela ínfima dos brasileiros possui uma situação econômica e financeira inalterável.
DO PLEITO E DAS DECLARAÇÕES
No mesmo sentido, versa a nossa Jurisprudência Pátria, in verbis:
COLACIONAR AQUI, JURISPRUDENCIA DO TJ DO SEU ESTADO OU TRF DA SUA REGIÃO
“O benefício da assistência judiciária pode ser pleiteado à qualquer tempo.”(TFR, 2ª Turma, Ag. 53.198, Relator Min. William Patterson, j. 16/06/87, DJU 03/09/87).
“RECURSO - Falta de preparo - Justiça gratuita requerida e deferida - Pode ser pleiteada a qualquer tempo - A pobreza é presumida, basta a simples afirmação do beneficiário, cabendo-se provar a sua não existência, por quem a alegar - Recurso provido.” (Tribunal de Justiça de São Paulo, Agravo de Instrumento n. 20.405 -5 - Miracatu - 4ª Câmara de Direito Público - Relator: Viana Santos - 13.02.97 - V. U.)
Ora Exas., pelos mesmos argumentos já mencionados em linhas anteriores, verifica-se que os fundamentos do r. despacho não devem prevalecer, até mesmo porque, frise-se, o artigo 5°, inciso LXXIV da Carta Magna e a Lei n° 1060/50, não contemplam tais restrições, ou seja, não mencionam um limite ou teto para que à parte possa ser ou não concedido os benefícios da justiça gratuita.
De outra parte, denota-se ainda que, “a prestação efetiva da justiça com a tramitação mais célere”, diante dos fundamentos do r. despacho agravado, data maxima venia, foram desrespeitados veementemente.
Note-se ainda que o artigo 219 do Código Civil, dispõe que:
Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários.
Assim, considerando os termos do dispositivo legal acima mencionado, ora aqui reputado também como violado pelo r. despacho, bem assim que a declaração de pobreza juntada às fls. destes pelo agravante encontra-se de acordo com a lei que trata da matéria em questão, motivo não havia para que ao mesmo fosse indeferida a gratuidade.
No entanto, a fim de espancar eventuais dúvidas, urge ressaltar que o Agravante possuí esposa e filhos, declarados dependentes no Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (vide doc. nº ), sendo que, para o custeio das suas necessidades básicas, dependem única e exclusivamente do mesmo, o qual, na qualidade de (empregado ou funcionário público), no cargo de XXXX, percebe remuneração líquida mensal no importe de R$ XXXX (valor por extenso).
Nesse passo, para o gozo dos consagrados direitos sociais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualdade de situações sociais desiguais e garantia ao desenvolvimento da família, esclarece o agravante, que além de residir com seus familiares em um imóvel residencial financiado pela Caixa Econômica Federal, pagando mensalmente a quantia aproximada de R$ XXX,XX (valor por extenso), arca ainda com o custeio mensal, relativo a (Empréstimo, financiamento... dividas, ... demonstrar as despesas que o seu cliente tem: aluguel, financiamento, escola, faculdade... etc...) conforme se verifica através das inclusas cópia dos documentos anexos (vide docs. nº ).
Diante disso, corroborando o valor dos gastos mensais acima mencionados, acrescidos daqueles que independem de provas, conceituados como necessidades básicas, bem como o valor da renda mensal, é certo concluir que o agravante jamais teve intenção de esquivar-se da sua responsabilidade processual, mas ao contrário disto, não tem condições de suportar com o valor relativo às despesas processuais, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, tal como afirmando na declaração acostada às fls. destes, firmada nos termos da lei.
Neste sentido tem caminhado a jurisprudência do E. Tribunal de Justiça do Estado de XXXXXX, senão vejamos:
(COLACIONAR AQUI JULGADO DO TJ DO SEU ESTADO – ABAIXO, JULGADO DO TJ-SP)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE PROCESSUAL DECLARAÇÃO DE POBREZA PRESUNÇÃO DE VERACIDADE ADMISSIBILIDADE. A única exigência legal (Lei 1.060/50, art. 4º) para a concessão do benefício é a mera declaração da impossibilidade de arcar com as despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família. Agravo de instrumento provido (TJ-SP – AI: 20405981120138260000 SP 2040598-11.2013.8.26.0000, Relator: Camargo Pereira, Data de Julgamento: 14/01/2014, 3ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 21/01/2014). (grifo nosso). 
E ainda,
AGRAVO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE. ADMISSIBILIDADE ATÉ PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO. AGRAVO PROVIDO. A parte usufruirá o benefício mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não esteja em condições de arcar com os custos de processo judicial sem prejuízo de seu próprio sustento e/ou de sua família. (TJ-SP – AI: 20269355820148260000 SP 2026935-58.2014.8.26.0000, Relator: Adilson de Araujo, Data de Julgamento: 11/03/2014, 31ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 12/03/2014). (grifo nosso).
No mesmo sentido tem se posicionado o E. Superior Tribunal de Justiça, vale citar:
PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL – JUSTIÇA GRATUITA – DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA – PRESUNÇÃO JURIS TANTUM – REVISÃO – IMPOSSIBILIDADE – SUMULA 7/STJ – CONCLUSÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO STJ – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ – DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. 1.- A ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA, EM CONSONÂNCIA COM O DISPOSTO NA LEI N.º 1.060/50, DEPENDE DA SIMPLES AFIRMAÇÃO DA PARTE INTERESSADA NA PRÓPRIA PETIÇÃO INICIAL DE QUE NÃO ESTÁ EM CONDIÇÕES DE PAGAR AS CUSTAS DO PROCESSO E OS HONORÁRIOS DE ADVOGADO, SEM PREJUÍZO PRÓPRIO OU DE SUA FAMÍLIA. Contudo, nada impede que, havendo fundadas dúvidas ou impugnação da parte adversa, proceda o magistrado à aferição da real necessidade do requerente, análise intrinsecamente relacionada às peculiaridades de cada caso concreto. Precedentes. 2.- “…omissis..” 3. “…omissis..” 4.- Agravo Regimental a que se nega provimento.
(AgRg no AREsp 244640/ES, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/12/2012, DJe 04/02/2013)
Ocorre que, embora tenha o demandante juntado a referida declaração de pobreza, o r. juízo a quo indeferiu o pedido sem resguardar ao Agravante sequer o direito de comprovar sua hipossuficiência jurídica comsuas despesas, violando, por conseguinte, o Princípio da Ampla Defesa (art. 5º, inciso LV, da CF), além do acesso à jurisdição (art. 5º, inciso XXXV, da CF), motivo pelo qual junta, nesta oportunidade, o último holerite e suas ultimas 03 (três) declarações de IR.
Ante o exposto, resta claro o direito do Agravante ao benefício da Assistência Judiciária Gratuita, devendo ser dado provimento ao presente recurso de agravo de instrumento, a fim de reformar a r. decisão agravada, deferindo a gratuidade da justiça, nos termos do requerimento formulado pelo Agravante na petição inicial e na declaração de pobreza firmada e juntada aos autos.
II- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS:
Isto posto, requer à Vossa Excelência:
1. Seja o presente Agravo de Instrumento recebido e distribuído incontinentemente;
2. Seja deferido o efeito ativo ao presente agravo de instrumento para suspender os efeitos da decisão interlocutória, determinando o prosseguimento do feito sem o recolhimento das custas e despesas processuais;
4. A citação dos Agravados nos endereços apontados no preâmbulo deste recurso, para, caso queiram, apresentar no prazo de dez dias contrarrazões.
5. Seja dado provimento ao presente recurso a fim de reformar a r. decisão agravada, deferindo a gratuidade da justiça, nos termos do requerimento formulado pelo Agravante na declaração de pobreza firmada e juntada aos autos.
6. Para instruir o presente Agravo, o Agravante apresenta os documentos obrigatórios (CPC/2015, 1017, I): a) procuração da parte Agravante, deixando de apresentar procuração do Agravado considerando que não houve a citação e constituição de advogado; b) decisão agravada; c) Certidão da intimação do r. despacho; d) cópia do holerite; e) declarações do Imposto de Renda (anos-calendário 2013 e 2014);
7. Deixa de recolher as custas recursais, considerando não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários de advogado, nos moldes da declaração de pobreza firmada e juntada aos autos, requerendo, desde já, o benefício da gratuidade da justiça;
8. Em respeito ao art. 1016, IV do Código de Processo Civil/2015, informa, que são advogados do Autor os Drs. XXXXXXX, brasileiro, estado civil, inscrito na OAB/XX nº XXXXX e CPF XXX.XXX.XXX-XX e XXXXXXX, brasileiro, estado civil, advogado, inscrito na OAB/XX nº XXXXX e CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, ambos com escritório à Rua XXXX, Cidade/Estado.
Com o provimento deste Agravo, com certeza, estará sendo aplicada a mais lídima e autêntica JUSTIÇA!
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
NOME ADVOGADO
OAB/XX Nº XXX

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