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Fitopatologia e fitossanidade

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Leonardo e equipe 
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0 
FITOSSANIDADE 
FITOPATOLOGIA E ENTOMOLOGIA 
 
 
 
 
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AULA 0 
 
 
 
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SUMÁRIO pg. 
INTRODUÇÃO........................................................................... 04 
1. Apresentação....................................................................... 05 
2. O que vamos estudar neste curso........................................ 06 
3. Noção de fitossanidade ...................................................... 08 
4. Histórico da fitopatologia ................................................... 12 
5. Introdução a entomologia agrícola ....................................... 24 
6. Classificação e caracterização dos artrópodes ..................... 25 
7. Importância econômica e ambiental dos artrópodes ............ 28 
8. Questões comentadas......................................................... 33 
9. Lista de questões................................................................ 57 
10. Gabarito.............................................................................. 67 
11. literatura consultada ......................................................... 68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
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Olá, meus amigos e amigas! 
Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito bom 
tê-los aqui. Nossas aulas visam preencher uma lacuna no mundo dos 
concursos com relação as áreas agrícolas, onde faltam materiais de qualidade 
para que possamos estudar os temas pedidos nos editais, nosso objetivo e 
preencher esta lacuna e preparando os alunos a disputar uma vaga, e estar 
entre os classificados. Assim, teremos aulas voltadas para os principais 
concursos nacionais como: FISCAL AGROPECUÁRIO - (MAPA) 
(Agronomia, veterinária, zootecnia), PERÍTO DA POLÍCIA FEDERAL 
(Agronomia, engenharia florestal, engenharia elétrica, etc.), 
POLÍCIA CIENTÍFICA, INCRA E MUITOS OUTROS. Estaremos elaborando 
aulas de acordo com os editais, com muitos exercícios, para que possamos 
gabaritar estas provas. Queremos abordar várias áreas, como engenharia 
agrícola, florestal, ambiental, engenharia civil, engenharia elétrica, 
arquitetura etc. 
ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO 
 
 
O curso de fitossanidade compõem-se de quatro aulas em pdf 
totalmente explicadas contemplando vários exercícios de concursos anteriores 
visando o treinamento do candidato, esse material objetiva ser a única fonte 
do aluno contemplando toda a matéria solicitada no edital Terracap. Então, 
não precisará de livros, apostilas, ou qualquer outro material. Em caso de 
dúvidas, teremos um FÓRUM diretamente ligado aos professores, no qual 
 
 
 
5 
 
 www.agronomiaconcursos.com.br 
você pode entrar em contato, quando julgar necessário, para esclarecimento 
de pontos da aula que não ficaram tão claros ou precisam de um 
aprofundamento. O site foi feito pensando em você, para que alcance seus 
sonhos, passar em um bom concurso. Para isso precisamos de excelentes 
materiais, o que era uma raridade nas áreas específicas, hoje temos 
AGRONOMIACONCURSOS vindo a preencher está lacuna. 
 
 
Acompanhe nossa página no Facebook com a novidade no mundo dos 
concursos. 
 Agronomia concursos 
 
 
 
 
 
www.agronomiaconcursos.com.br 
 
 
 
6 
 
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APRESENTAÇÃO 
 
Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na 
Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG 
(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas 
Gerais). Tenho pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o 
Desenvolvimento Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o 
mestrado em Agricultura Tropical, na área de conservação de solos. Fui 
professor do curso técnico agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e 
forragicultura, fertilidade do solo e culturas anuais e olericultura. Sou 
professor de matemática e física do ensino médio. Ministro vários cursos para 
agricultura familiar, entre eles fertilidade do solo, culturas anuais, 
olericultura, mecanização agrícola, cafeicultura e manejo da bovinocultura de 
leite. Trabalho com crédito rural (custeio e investimento), elaborando projeto 
e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou responsável pela 
elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento 
da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente bancário pelo sistema COPAN.
 Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização 
agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia, 
Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em 
outros, mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde estou 
até hoje. O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de encontro, 
nosso espaço de estudo para gabaritar todas as provas de agronomia. 
Aproveite todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que adquirirem 
nossos cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar a linguagem 
e os temas que não ficarem tão claros. Espero que vocês também aprovem 
e gostem do nosso material, e que ele possa ajudar na sua aprovação! 
 
 
 
 
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O QUE VAMOS ESTUDAR NESTE CURSO? 
ANÁLISE DO EDITAL 
 
 
Analisemos agora a nossa parte de fitossanidade conforme edital 
lançado. Inicialmente, transcrevo o conteúdo programático do edital para a 
área de agronomia. 
ENGENHEIRO AGRÔNOMO 
Assim, vamos montar nosso cronograma. 
Cronograma das aulas 
 
AULA CONTEÚDO DATA 
Aula 0 
INTRODUÇÃO HISTÓRIA DA FITOPATOLOGIA, INTRODUÇÃO A 
ENTOMOLOGIA E A IMPORTÂNCIA DOS INSETOS 
21 QUESTÕES 
05/03/017 
Aula 1 
IMPORTÂNCIA DAS DOENÇAS DE PLANTAS, CLASSIFICAÇÃO, 
SINTOMOLOGIA, DIAGNOSE DA DOENÇAS DAS CULTURAS ANUAIS: 
ARROZ, MILHO, SOJA, ALGODÃO, TRIGO E FEIJÃO. MANDIOCA 
150 QUESTÕES 
18/04/017 
Aula 2 
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA DOS INSETOS, MÉTODOS DE CONTROLE DE 
PRAGAS DAS GRANDES CULTURAS: MILHO, FEIJÃO, ARROZ, TRIGO E 
ALGODÃO 
150 QUESTÕES 
21/04/017 
Aula 3 
PRAGAS DE OLERICULAS E FRUTIFERAS II, PRAGAS DE GRÃOS 
ARMAZENADOS, MANEJO E CONTROLE INTEGRADO DE DOENÇAS, PRAGAS 
E PLANTAS DANINHAS E RECEITUÁRIO AGRONÔMICO 
100 QUESTÕES 
28/04/017 
 
 
 
 
 
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NOÇÕES DE FITOSSANIDADE 
 
Iniciamos, mais um curso de questões e é de fundamental importância 
que exercitemos para podermos sairmos bem na hora da prova, nosso 
objetivo e que estudemos estas duas materiais fitopatologia e entomologia 
através de questões, digo que será um curso inédito, nós não resolveremos 
simplesmente questões, discursaremos sobre a materia abordada então vocês 
terão muito material para ser lida. 
 Esta materia é muita cobrada em prova, vamos entender alguns 
conceitos antes de partimos para as questões. Para quem atua no ramo da 
agricultura, o conhecimento de alguns termos básicos é essencial para 
garantir bons resultados ao trabalhar diretamente com fauna, flora e 
resultados satisfatórios. Com a intenção de auxiliar na preparação deste 
grande concurso –TERRACAP,preparamos um resumo básico sobre três 
termos essenciais da agronomia: FITOSSANIDADE, FITOPATOLOGIA, 
ENTOMOLOGIA. 
FITOSSANIDADE 
É a ciência da agronomia que estuda a sanidade das plantas 
O conceito de fitossanidade está relacionado com à proteção de plantas 
do ataque de pragas ou doenças, foi concebido no início do século XX, antes 
mesmo do aparecimento de tecnologias para controle de organismos que 
podem causar danos aos vegetais. Entretanto, foi a partir de 1950, com os 
constantes avanços da ciência, que a inovação passou a ser uma variável 
central e indispensável nas atividades agropecuárias. 
 Ao compreender que a fitossanidade está relacionada com a proteção 
das plantas ao ataque de pragas e doenças, fica fácil entender seu papel na 
rotina do produtor rural e dos pesquisadores e estudiosos nessa área. Graças 
à fitossanidade é que várias tecnologias e tratamentos foram desenvolvidos 
 
 
 
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para aumentar a rentabilidade e o tempo de vida das diferentes plantações 
espalhadas pelo mundo, tornando a relação entre o homem e os produtos 
agrícolas ainda mais satisfatório. 
 
FITOPATOLOGIA 
 
A fitopatologia é a ciência que estuda todas as doenças relacionadas 
com as plantas e vegetais, provocadas por espécies como vírus, fungos, 
bactérias, insetos, fungos, mamíferos, aves e quaisquer outros animais que 
usam a plantação como fonte de nutrição própria. Os fatores climáticos 
também podem ser estudados como possíveis responsáveis pelo 
desenvolvimento de doenças em lavouras. 
 O conhecimento da manifestação das doenças é essencial para que os 
produtores agrícolas saibam se prevenir e até mesmo tratar as doenças que 
são diagnosticadas em plantações de pequeno, médio e grande porte. Sem o 
estudo da fitopatologia não seria possível proteger e tratar o desenvolvimento 
de qualquer tipo de alteração na saúde das plantas que estão sendo cultivadas 
em um determinado espaço. O estudo da fitopatologia serve para o 
 
 
 
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engenheiro ou produtor rural desenvolver estratégias de prevenção e 
tratamento para sua lavoura. 
ENTOMOLOGIA 
 
A entomologia é a ciência responsável por estudar os insetos e sua 
relação com o meio ambiente. A maneira como eles interagem com a fauna, 
a flora e até mesmo os humanos é estudada detalhadamente nesse ramo da 
ciência biológica. Conhecer a maneira como os insetos se comportam no 
ambiente em que vivem é essencial para ajudar o produtor agrícola a se 
prevenir e até mesmo evitar a contaminação de sua lavoura com suas ações. 
Conceitos de entomologia são utilizados na fitopatologia e também na 
fitossanidade, ajudando a desenvolver as melhores estratégias de proteção 
da lavoura para garantir os melhores resultados. 
VAMOS EXERCITAR!! 
 
1 - NUCEPE/UFPI-Engenheiro Agrônomo/2010- ADAPI 
 
Considerando os conceitos de fitossanidade e fitopatologia, pode-se afirmar 
que: 
a) a fitossanidade se limita ao estudo das pragas de interesse econômico; 
b) a principal diferença entre as duas é que a fitossanidade está relacionada 
às pragas das culturas agrícolas; 
c) na fitopatologia o estudo das doenças das plantas está limitado às formas 
de transmissão e controle; 
d) na fitossanidade o estudo das doenças das plantas está limitado às formas 
de transmissão e controle; 
e) a fitopatologia estuda as doenças das plantas envolvendo as interações 
patógeno-hospedeiro e o meio ambiente, seus sintomas, danos e formas de 
controle. 
SOLUÇÃO 
 
 
 
 
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Como dito acima a fitopatologia é a ciência que estuda todas as doenças 
relacionadas com as plantas e vegetais, provocadas por espécies como vírus, 
fungos, bactérias, insetos, fungos, mamíferos, aves e quaisquer outros 
animais que usam a plantação como fonte de nutrição própria. 
RESPOSTA E 
 
2 - NUCEPE/UFPI-Engenheiro Agrônomo/2010- ADAPI 
 
A técnica que visa avaliar os sintomas causados pelos agentes patogênicos 
nas plantas e seus sinais, ou seja, a quantificação de doenças de plantas é 
denominada de 
a) Fitointerpretação; 
b) Fitopatologia 
c) Fitopatometria; 
d) Fitopatogenicidade; 
e) Fitopatogênese. 
SOLUÇÃO 
 
Aqui não tenha pressa, vai com calma concursando para não perder uma 
questão de bobeira. Aqui, ele quer a TÉCNICA, a quantificação de doenças de 
plantas, também denominada fitopatometria, visa avaliar os sintomas 
causados pelos agentes patogênicos nas plantas e seus sinais (estruturas do 
patógeno associadas aos tecidos doentes). A importância da quantificação das 
doenças pode ser bem compreendida pelas seguintes frases de autores de 
textos sobre o assunto: 
"Diagnose e avaliação de doenças de plantas são duas funções igualmente 
importantes dos fitopatologistas (JAMES, 1974)". 
"A medida da intensidade de doenças tem o mesmo papel-chave que a 
diagnose dentro da fitopatologia (KRANZ, 1988)". 
 
 
 
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“De nada adiantaria conhecer o patógeno de uma doença se não fosse possível 
quantificar os sintomas por ele causados (AMORIM, 1995)". 
RESPOSTA C 
 
HISTÓRICO DA FITOPATOLOGIA 
 
CONCEITO 
 Fitopatologia é uma palavra de origem grega phyton significando planta, 
e pathos com o significado de doença e logos como estudo, sendo assim, a 
ciência que estuda as doenças de plantas, abrangendo todos os seus aspectos, 
desde a diagnose, sintomatologia, etiologia, epidemiologia, até o seu controle.
 No início, a Fitopatologia era uma ciência ligada diretamente à Botânica, 
tornando-se uma disciplina autônoma somente no século passado, passando 
a usar os conhecimentos básicos e técnicas de Botânica, Microbiologia, 
Micologia, Bacteriologia, Virologia, Nematologia, Anatomia Vegetal, Fisiologia 
Vegetal, Ecologia, Bioquímica, Genética, Biologia Molecular, Engenharia 
Genética, Horticultura, Solos, Química, Física, Meteorologia, Estatística e 
vários outros ramos da ciência. 
HISTORIA DA FITOPATOLOGIA 
A história da Fitopatologia pode ser dividida em cinco fases ou períodos (fig. 
1): 
 
 
 
 
 
 
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Fig. 1: períodos da fitopatologia 
PERÍODO MÍSTICO 
 
Compreende desde a mais remota antiguidade até o início do século 
XIX, esse período foi assim denominado devido ao fato do homem, não 
encontrando explicação racional as doenças das plantas, atribuía-as a causas 
místicas. Encontram-se na Bíblia as informações mais antigas sobre doenças 
de plantas, atribuídas a causas místicas, apresentadas como castigos divinos. 
As ferrugens dos cereais, doenças em videiras, figueiras e outras plantas 
causaram fome, morte e até revoluções. Os hebreus e, sobretudo, os gregos 
e romanos viveram estes problemas, de modo que filósofos e estudiosos 
dedicaram atenção às doenças de plantas. Assim, na antiga Grécia, Aristóteles 
e Teofrasto especularam sobre a origem das doenças de plantas e seus 
métodos de cura. Teofrasto, chamado "Pai da Botânica", procurou inclusive 
classificar as enfermidades de plantas em doenças externas e internas, além 
de estudar e escrever sobre doenças de árvores, cereais e legumes. Os 
romanos, como Plínio e Columella, agrônomos da antiguidade, fizeram 
observações importantes sobre as enfermidades, principalmente a ferrugem14 
 
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e o carvão do trigo. A ferrugem do trigo era atribuída ao castigo que o Deus 
Robigo infringia aos homens devido às suas ações. Entre os romanos, a 
"Robigalia" era uma festa religiosa celebrada anualmente em louvor a Robigo, 
pedindo sua clemência e proteção. A festa consistia no sacrifício de animais 
domésticos em vários locais dos campos de trigo. 
 Durante a Idade Média, as referências sobre doenças de plantas são 
esparsas. As mais importantes devem-se aos árabes radicados na Espanha, 
onde Ibn-El-Awn, no século X, em Sevilha, publicou um catálogo sobre 
doenças das plantas, detalhando enfermidades das árvores frutíferas, 
incluindo a videira. 
 No final do período místico, botânicos faziam descrições de sintomas das 
doenças de plantas. Com o progresso da Micologia, a atenção foi despertada 
para a associação fungo-planta doente. Desta forma, Tillet (1714-1791) 
atribuiu ser um fungo a causa da cárie do trigo. Targioni-Tozzetti, em 1767, 
considerou também serem os fungos os agentes causais de ferrugens e 
carvões, os quais cresciam sob a epiderme das folhas das plantas. No entanto, 
durante esse período houve predominância marcante das teorias amparadas 
na geração espontânea e na perpetuidade das espécies, esta proposta por 
Linnaeus quando da apresentação do seu sistema de classificação binomial. 
As doenças eram então apresentadas com base na sintomatologia e 
classificadas pelo sistema binomial de Linnaeus. 
PERÍODO DA PREDISPOSIÇÃO 
 
Inicia-se no começo do século XIX, quando se tornou evidente a 
associação entre fungos e plantas doentes. O suíço Prevost, em 1807, na 
Franca, publica o seu trabalho que mostra ser Tillettia caries o agente causal 
da cárie do trigo, confirmando assim as ideias de Tillet. No entanto, defendiam 
a teoria da geração espontânea. Dentro desse espírito, um botânico alemão 
Unger, em 1833, apresentou sua teoria pela qual as doenças seriam o 
resultado de distúrbios funcionais provenientes de desordens nutricionais que 
 
 
 
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predispunham os tecidos da planta a produzirem fungos, como excrescências 
que neles se desenvolviam por geração espontânea. Assim, seriam as doenças 
que produziam microrganismos e não estes os responsáveis pelas doenças. 
PERÍODO ETIOLÓGICO 
 
Em 1853, De Bary iniciou este período quando propôs serem as doenças 
de plantas de natureza parasitária, baseado nos estudos sobre a requeima da 
batata, provando cientificamente que o fungo Phytophthora infestans era o 
agente causal. As ideias de De Bary revolucionaram os conceitos da época e 
as suas teorias foram aceitas por nomes destacados como Berkeley, Tulasne, 
Kühn e outros. Nos anos subsequentes aos trabalhos de De Bary, os 
fitopatologistas se dedicaram em provar a natureza parasitária das doenças. 
Em 1860, Pasteur destrói a teoria da geração espontânea, iniciando o período 
áureo da Microbiologia e provando a origem bacteriana de várias doenças em 
homens e animais. As técnicas de esterilização, isolamento e purificação de 
microrganismos utilizadas por Pasteur favoreceram, em muito, as pesquisas 
fitopatológicas. 
 Em 1870, o alemão Draenert constatou no Nordeste do Brasil a primeira 
bacteriose de planta, conhecida como gomose da cana-de-açúcar. Por falta de 
divulgação, visto somente ter sido noticiado no "Jornal da Bahia", a ciência 
atribuiu a Burril, em 1877, o primeiro relato sobre bacteriose de plantas. Este 
mostrou que o crestamento da macieira e pereira era induzido por uma 
bactéria, hoje denominada Erwinia amylovora. 
 Posteriormente, em 1890, Smith provou que várias doenças de plantas 
eram causadas por bactérias, incluindo a murcha das solanáceas e 
cucurbitáceas. Em 1874, Koch estabelece seus postulados, há anos 
enunciados por Herle. Através deles torna-se possível provar, 
experimentalmente, a patogenicidade dos microrganismos. Koch aperfeiçoou 
ainda as técnicas de isolamento de microrganismos e adotou os meios de 
cultura sólidos para cultivo de fungos e bactérias. Assim, a Fitopatologia aos 
 
 
 
16 
 
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poucos alcança notáveis progressos, iniciando-se como ciência. A maioria das 
doenças importantes são descritas neste período, como os oídios, míldios, 
ferrugens e carvões. 
 As doenças de vírus foram estudadas por muitos anos, antes de ser 
conhecida sua natureza. Mayer, em 1886, publicou um relato sobre uma 
doença do fumo que ele chamou de "mosaico". Mayer descobriu que quando 
macerava o tecido de uma folha doente e injetava o suco na folha sadia, a 
planta mostrava sintomas típicos da doença 10 dias após a inoculação. Este 
foi o primeiro registro conhecido sobre a transmissão mecânica experimental 
de uma doença causada por vírus. O agente causal do mosaico do fumo era 
invisível ao microscópio comum, filtrável, incapaz de ser cultivado em meio 
de cultura e a infectividade era destruída quando submetido a uma 
temperatura de 700C por algumas horas. 
 Em 1898, Beijerinck foi o primeiro a mencionar a expressão "contagium 
vivum fluidum". Ele verificou que uma pequena quantidade de seiva infectada 
com o mosaico do fumo era suficiente para inocular várias plantas. Ele 
demonstrou que a entidade infecciosa se multiplicava na planta infectada e 
chamou de um vírus em sua publicação. Somente em 1935, Stanley, no 
Instituto Rockefeller, verificou que os cristais do vírus do mosaico do fumo 
não se modificavam após 10 cristalizações sucessivas. As moléculas eram 
grandes e 100 vezes mais infecciosas do que o suco de folhas de fumo 
infectadas. A princípio ele pensou serem os cristais constituídos de proteína 
pura. Hoje sabe-se que as partículas de vírus são constituídas de uma capa 
proteica contendo ácido ribonucleico (RNA) nas plantas e alguns animais, e 
ácido desoxirribonucleico (DNA) em bacteriófagos e na maioria das viroses de 
animais. Embora fora deste período, mas apenas como ilustração, em 1971, 
um novo grupo de patógenos foi determinado por Diener, os viróides, os quais 
são pequenas moléculas de RNA sem proteção proteica. Ainda em 1868, dois 
franceses, Nocard e Roux isolaram e cultivaram micoplasma, agente da 
 
 
 
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pleuropneumonia bovina, em meio de cultura. Em 1967, Doi e Ishii, no Japão, 
observaram este tipo de organismo no floema de plantas infectadas com 
doenças transmitidas por cigarrinhas. Eles também demonstraram que estes 
sintomas regrediam quando tetraciclina era aplicada. Muitas das doenças 
causadas por organismos tipo micoplasmas eram antes tidas como causadas 
por vírus. 
 Com relação aos nematoides, Berkeley, em 1855, descobriu que as 
galhas existentes nas raízes de plantas de pepino eram causadas por estes 
organismos. Posteriormente, Goeldi, em 1887, criou o gênero Meloidogyne 
para conter uma espécie que atacava café, denominada M. exígua. Este 
gênero foi revalidado em 1949 por Chitwood, para conter as espécies 
formadoras de galhas. Porem, Cobb, um zoólogo norte-americano, com seus 
estudos sobre taxonomia, morfologia e metodologia, é considerado o grande 
propulsor da Fitonematologia. Hoje a Nematologia constitui uma disciplina 
importante, abrangendo várias espécies pertencentes a diferentes gêneros. 
Atualmente, sabe-se da existência de complexos de doenças formados pela 
presença de nematoides fitoparasitas em combinação com fungos, bactérias, 
vírus e outros nematoides. Estas interações aumentam a severidade das 
doenças, tornando-as mais destrutivas. Ainda no período etiológico, foi 
formulado o primeiro fungicida eficienteno controle das doenças de plantas, 
a calda bordalesa, por Millardet, na França, em 1882. 
PERÍODO ECOLÓGICO 
 
Em 1874, Sorauer teve o mérito de separar as doenças parasitárias das 
não parasitárias ou fisiológicas em seu livro "Handbook of Plant Diseases". A 
partir de então, doença parasitária passou a ser entendida como resultante 
da interação hospedeiro-patógeno-ambiente, sendo reconhecida pela primeira 
vez a importância dos fatores ecológicos sobre as doenças de plantas. Neste 
período foram conduzidos estudos sobre diversos aspectos do meio, como 
fatores climáticos, edáficos e nutricionais, além de outros. No período 
 
 
 
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ecológico foram iniciados os estudos sobre epidemiologia, sobrevivência do 
patógeno, disseminação, penetração, colonização, condições predisponentes, 
ciclo biológico, etc. Paralelamente, foram iniciadas as pesquisas sobre 
resistência e predisposição das plantas aos diferentes patógenos é também 
estudos sobre melhoramento visando resistência às doenças. Dentro deste 
período apareceram os primeiros conceitos de raças fisiológicas, ficando 
esclarecido o importante papel do ambiente tanto na resistência das plantas 
como na variabilidade do patógeno. Também nessa época, graças aos 
trabalhos de Riehm, em 1913, apareceram os fungicidas mercuriais orgânicos 
para o tratamento de sementes. Em 1934, graças a Tisdalle e Williams, 
apareceram os fungicidas orgânicos do grupo dos tiocarbamatos, atingindo a 
Fitopatologia seu valor prático, ou seja, o controle de doenças. 
PERÍODO FISIOLÓGICO 
 
De 1940 a 1950 foram conduzidas pesquisas básicas sobre fisiologia de fungos 
e das plantas e, com a evolução da Fisiologia, da Microbiologia e da 
Bioquímica, surgiram novas teorias sobre a relação planta x patógeno e a sua 
resultante - a doença. Com a publicação do livro "Principles of Plant Infection", 
por Gaümann, em 1946, foi iniciado o período atual da Fitopatologia, ou 
período fisiológico, no qual as doenças de plantas passam a ser encaradas 
com base nas relações fisiológicas entre hospedeiro e patógeno, como um 
processo dinâmico no qual ambos se influenciam mutuamente. A engenharia 
genética aplicada às plantas tem proporcionado importantes conhecimentos e 
técnicas que contribuem para o avanço da Fitopatologia na atualidade. Uma 
das aplicações iniciais da cultura de tecidos foi no estudo de tumores de 
plantas causadas por Agrobacterium tumefaciens, tendo sido obtida a primeira 
cultura de tecidos livre da bactéria por White e Braun, em 1942. Desde então, 
a aplicação da cultura de tecidos para obtenção de plantas livres de patógenos 
é intensivamente utilizada. Protoplastos de plantas são usados para estudar 
infecções e replicações de vírus, ação de toxinas, bem como, através de fusão, 
 
 
 
19 
 
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para regenerar plantas ou obter novos híbridos somáticos que exibam 
diferentes graus de resistência a vários patógenos. Técnicas de engenharia 
genética também tornaram possível a elucidação da natureza de tumores 
induzidos em galha da coroa, e da recombinação genética de vírus e bactérias 
de plantas. Com o sucesso alcançado no uso de Agrobacterium sp. e de certos 
vírus como vetores de material genético estranho para plantas, é esperada a 
abertura de uma era inteiramente nova na transformação genética de plantas. 
FITOPATOLOGIA NO BRASIL 
 
No Brasil, a Fitopatologia desenvolveu-se em dois sentidos diferentes, o 
primeiro sentido como a se desenvolver mais ao fim do século passado, onde 
um grupo de microbiologistas começa a trabalhar no levantamento de fungos 
associados às plantas cultivadas, com interesse voltado a classificação e 
catalogação dos possíveis agentes causais. O outro sentido do 
desenvolvimento da fitopatologia refere-se a um outro grupo interessado em 
estudar e encontrar soluções para problemas fitossanitários que afetavam 
certas culturas, sendo citado entre estes, Sá Pereira, Draenert e Fritz Noak. 
No início deste século, a Fitopatologia passou a ser uma disciplina integrante 
do currículo das Escolas de Agronomia então existentes. Averna- Sacca, 
contratado pela Escola Agrícola "Luiz de Queiroz", em Piracicaba, e depois, 
Edwin E. Honey, contratado pela mesma escola e Albert S. Muller, contratado 
para Viçosa, ambos em 1929, estabeleceram diretamente, ou através de seus 
discípulos, verdadeiras escolas. Hoje, são conhecidos vários nomes de 
fitopatologistas que contribuíram para o progresso dessa ciência no Brasil. 
Entre eles podemos citar: Ferdinando Galli (Professor do Departamento de 
Fitopatologia da ESALQ, Piracicaba - SP), Álvaro Santos Costa (Pesquisador 
da Seção de Virologia do IAC, Campinas - SP, falecido em 1997), A. Chaves 
Batista (Professor de Fitopatologia da UFRPE e Diretor do Instituto de 
Micologia da UFPE, Recife - PE, falecido em 1967), Charles F. Robbs (Professor 
de Fitopatologia da UFRRJ e pesquisador da EMBRAPA, Rio de Janeiro - RJ), 
 
 
 
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Arnaldo Medeiros (Pesquisador da CEPLAC, Ilhéus - BA, falecido em 1978), 
Geraldo M. Chaves (Professor de Fitopatologia da UFV, Viçosa - MG), José Júlio 
da Ponte (Professor de Fitopatologia da UFCE, Fortaleza - CE) e Romero 
Marinho de Moura (Professor de Fitopatologia da UFRPE, Recife – PE). Com a 
criação dos cursos de pós-graduação em Fitopatologia (Mestrado em 1964 e 
Doutorado em 1970) na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", em 
Piracicaba - SP, foram abertos novos horizontes no campo da pesquisa.
 Em 1966, foi fundada a Sociedade Brasileira de Fitopatologia, 
proporcionando assim uma maior difusão desta ciência em todos os pontos do 
Brasil e, como consequência, em 1975, foi criada a revista "Fitopatologia 
Brasileira". Com a fundação do Grupo Paulista de Fitopatologia, foi criado, em 
1975, o periódico "Summa Phytopathologica". Ambos objetivando a 
divulgação, no Brasil e exterior, das pesquisas realizadas no país.
 Atualmente, os cursos de pós-graduação em Fitopatologia e 
Fitossanidade de diversas Universidades e os Centros de Pesquisa da Empresa 
Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, têm contribuído cada vez 
mais para o desenvolvimento da Fitopatologia no Brasil. 
3 - IFRS - FITOPATOLOGIA - 2012 
 
Sobre a história da Fitopatologia podemos afirmar que: 
I- Os Períodos são divididos em místico, da predisposição, etimológico, 
ecológico e período atual. 
II– Os romanos, grandes agricultores em sua época, tinham um culto aos 
deuses Robigo e Robigus chamado Robigália em que se fazia culto, relacionado 
com a ferrugem dos cereais e uma raposa vermelha. 
III– Em1913, devido os trabalhos de E. Riehm, apareceram os primeiros 
fungicidas mercuriais orgânicos e em 1934 surgiram os fungicidas orgânicos. 
IV – O nascimento Da Fitopatologia é marcado pela ocorrência da 
 
 
 
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Grande epidemia de requeima da batata, causada por Phytophthora 
penetrans, na Irlanda na metade do século XIX. 
Assinale a alternativa correta: 
A) Apenas a II e III estão corretas 
B) Apenas a I, II e III estão corretas 
C) Apenas a I e II estão corretas 
D) Apenas a II, III e IV estão corretas 
SOLUÇÃO 
 
Vamos analisar cada item: 
I- Os Períodos são divididos em místico, da predisposição, 
etimológico, ecológico e Período Fisiológico período atual. 
Como víamos acima os períodos são divididos em Período Místico, Período da 
Predisposição, Período Etiológico, Período Fisiológico período atual. 
A questão trocou o nome do terceiro período colocando período etimológico eo correto seria etiológico. 
II– Os romanos, grandes agricultores em sua época, tinham um culto aos 
deuses Robigo e Robigus chamado Robigália em que se fazia culto, 
relacionado com a ferrugem dos cereais e uma raposa vermelha. 
 Item certinho conforme descrito em nossa aula 
III– Em1913, devido os trabalhos de E. Riehm, apareceram os primeiros 
fungicidas mercuriais orgânicos e em 1934 surgiram os fungicidas 
orgânicos. 
 Item correto 
IV – O nascimento da Fitopatologia é marcado pela ocorrência da 
Grande epidemia de requeima da batata, causada por Phytophthora 
penetrans, na Irlanda na metade do século XIX. 
 Assim, nossa resposta é: 
 
 
 
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RESPOSTA A 
 
4 - IFRS-FITOPATOLOGIA2012 
 
Com relação a eventos históricos sobre a requeima da batata, causada por 
Phytophthora infestans, é correto afirmar: 
 a. A requeima da batata contribuiu para a decadência do império Inca nos 
Andes. 
b. Provocou a emigração de alemães para o sul do Brasil no início do século 
XIX. 
c. Devastou plantios na Inglaterra no século XIX causando a morte de 
milhares de seus habitantes. 
d. A doença causava perdas na produção desde a introdução da batata na 
Europa. 
e. O botânico Anton de Bary apresentou provas científicas conclusivas sobre 
o agente causal da doença 
SOLUÇÃO 
 
Como já falado acima, em 1853, De Bary iniciou este período etiológico 
quando propôs serem as doenças de plantas de natureza parasitária, baseado 
nos estudos sobre a requeima da batata, provando cientificamente que o 
fungo Phytophthora infestans era o agente causal. 
RESPOSTA E 
 
5 - IFRS - Fitopatologia/Agroecologia - 2010 
 
Assinale as afirmativas abaixo com Verdadeiro (V) ou falso (F) em relação à 
história da Fitopatologia no Brasil: 
( ) A Fitopatologia no Brasil desenvolveu-se em duas linhas diferentes e 
paralelas; de um lado encontram-se já no fim do século passado, alguns 
micologistas que, desenvolvendo trabalhos de levantamento de fungos 
associados a plantas cultivadas ou não. 
( ) os primeiros estudos concentraram seu maior interesse na sua classificação 
 
 
 
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e catalogação, sem maiores preocupações com a importância da doença e dos 
prejuízos por eles eventualmente causados. 
( ) Uma segunda linha de pesquisa com grupo de cientistas mostrou-se mais 
interessado em estudar as doenças que afetavam certas culturas de interesse 
econômico, ao mesmo tempo em que propunham soluções para diminuir seus 
efeitos prejudiciais. 
( ) F.M. Draenert estudou em 1869, uma bacteriose da cana de açúcar na 
Bahia enquanto Sá Pereira trabalhou como chefe da comissão destinada ao 
estudo de moléstias e pragas em Pernambuco. 
( ) com a inclusão da Fitopatologia no currículo das várias Escolas de 
Agronomia então existentes, seu desenvolvimento esteve estreitamente 
ligado ao ensino. Já Álvaro Santos Costa publicou excelente revisão sobre a 
história da Fitopatologia no Brasil, abrangendo desde o trabalho de F.M. 
Draenert em 1896 até os nossos dias. 
A alternativa que completa a sequência de cima para baixo é: 
A) V/F/V/F/V 
B) F/F/V/F/V 
C) V/V/V/V/V 
D) V/V/F/F/V 
E) F/V/V/F/F 
SOLUÇÃO 
 
Podemos analisar o desenvolvimento da Fitopatologia no Brasil em duas 
linhas paralelas. Uma com início no fim do século XIX, com alguns micologistas 
que desenvolveram trabalhos de levantamento de fungos associados a plantas 
cultivadas ou não, concentravam o seu maior interesse na sua classificação e 
catalogação, sem maiores preocupações com a importância da doença e 
prejuízos causados. A outra linha era composta de um grupo de cientistas que 
se interessou a estudar as doenças das culturas de interesse econômico e 
propunham soluções para diminuir seus efeitos prejudiciais. Segundo GALLI e 
 
 
 
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CARVALHO (1968), não se pode traçar um bom histórico da fitopatologia no 
Brasil pois são poucas informações escritas. Em uma revisão sobre o assunto 
COSTA (1975), cita Arséne Puthemans como um dos primeiros fitopatologistas 
do Brasil e menciona como trabalho pioneiro o do alemão Draenert sobre o 
relato de uma bacteriose em cana-de-açúcar na Bahia em 1869. 
 A partir do início do século XX, Fitopatologia foi incluída como matéria 
de várias escolas de agronomia. Seu desenvolvimento está estritamente 
ligado ao ensino. 
RESPOSTA C 
 
INTRODUÇÃO A ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA 
 
 
 
 
 
A palavra Entomologia surgiu da união de dois radicais gregos sendo o 
radical entomon significando inseto, e logos com o significado de estudo; é foi 
empregada por Aristóteles no ano 384 a.C. designando o estudo dos insetos. 
Transformou-se numa ciência, apresentando várias áreas de pesquisa como 
morfologia, taxonomia, ecologia, biologia, resistência de plantas a insetos, 
transmissão de doenças através de insetos, controle biológico, resistência de 
insetos a produtos fitossanitários, controle químico, toxicologia, 
comportamento, apicultura, sericicultura, entomologia urbana, entomologia 
médico-veterinária, entomologia econômica, entre outras. 
 A Entomologia apoia-se em outras ciências, tais como melhoramento 
vegetal, fitotecnia, bioquímica, fitopatologia, climatologia, fisiologia vegetal, 
etc., a fim de elaborar modelos integrados de controle de pragas. Em função 
do grande número de espécies do Reino Animal, este foi dividido em grupos 
de acordo com as características dos animais, formando assim os Filos, que 
 
 
 
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foram subdivididos em Subfilos, Classes, Ordens, Famílias, Gêneros e 
Espécies. 
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ARTHROPODA 
 
Os artrópodes representam os mais diversos filos de animais, 
constituem 85% das espécies do reino animal com estimativas de 1.097. 289 
espécies viventes e entre 30-50 milhões de espécies não descritas. Os 
artrópodes são invertebrados protostômios celomados com organização 
interna bem desenvolvida e metaméricos. Agrupados em 3 subfilos sendo os 
seguintes: 
Subfilo CHELICERATA 
É um grupo antigo de artrópodes que inclui ácaros, aranhas, caranguejo 
ferradura, opiliões, escorpiões, pseudoescorpiões e aranhas do mar, entre 
outros grupos (figura 1). São caracterizados por possuírem seis pares de 
apêndices incluindo um par de quelíceras, um par de pedipalpos e quatro 
pares de apêndices locomotores, temos uma exceção que são os límulos que 
são artrópodes quelicerado, conhecido como caranguejo-ferradura-do-
atlântica, sendo esses mais próxima das aranhas e escorpiões que dos 
caranguejos propriamente ditos possuindo cinco pares de apêndices 
locomotores. Não possuem mandíbulas nem antenas. A maioria suga alimento 
líquido de suas presas. O corpo é geralmente dividido em cefalotórax (cabeça 
mais tórax) e abdômen. O primeiro par de apêndices é modificado em 
quelíceras, usados para alimentação. 
 
 
 
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Fig. 1. Representantes do subfilo família chelicerata: Ácaros, escorpião e aranha 
Subfilo CRUSTACEA 
São representantes deste subfilo os caranguejos, camarões, lagostas, 
siris, pulgas d’água, etc. Os crustáceos somam mais de 70.000 espécies 
descritas, são familiares aos humanos e são os invertebrados dominantes nos 
meios aquáticos. Com exceção dos isópodes (tatuzinhos de jardim) e 
caranguejos, todos os grupos são aquáticos. Os menores crustáceos têm 
aproximadamente100μm de comprimento e vivem nas antênulas de 
copépodos, e o maior é o caranguejo gigante da Tasmânia, com 4m de 
comprimento, carapaça de 46 cm de diâmetro e até 20kg de peso. A 
diversidade do subfilo está ilustrada na figura, O nome deriva do latim crusta 
significando concha que é o envoltório resistente apresentado nos crustáceos. 
São características gerais do subfilo: 
 Corpo composto de cabeça com cinco segmentos, ou céfalo, e uma longa 
região poscefálica; tronco dividido em dois ou mais tagmas distintos. 
 Apêndices multiarticulados. 
 Carapaça geralmente presente, reduzida em anostracos, anfípodes e 
isópodes. 
 Mandíbulas usualmente multiarticuladas que funcionam quebrando, 
cortando ou mastigando, com dentes. 
 
 
 
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 Trocas gasosas por difusão aquosa entre superfícies branquiais. 
 Excreção por verdadeiras estruturas nefridiais (glândulas antenais, 
glândulas maxilares, etc.). 
 Intestino com ceco digestivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 2. Representantes do filo Crustacea: Caranguejo, pulga d’agua e siri 
Subfilo Unirremes 
Os representantes deste subfilo são às Classes Insecta, Chilopoda e 
Diplopoda (fig. 3). Possuem um par de antenas, um par de mandíbulas, e dois 
pares de maxilas (um deles como maxilípedes). A principal Classe deste 
subfilo e que nos interessa é a Insecta estes organismos apresentam um par 
de antenas, dois pares de asas, três pares de pernas e corpo dividido em 
cabeça, tórax e abdome (Figura 1). É a classe mais evoluída do Filo 
Arthropoda, e hoje são conhecidas cerca de 1.000.000 espécies de insetos 
(70% das espécies animais). Portanto, os insetos são nada mais nada menos 
que: artrópodes com corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, seis pernas, 
quatro asas e duas antenas. Conheceremos melhor a morfologia desta classe 
nas próximas aulas. 
 
 
 
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Fig. 3. Representantes do filo UNIRREMES: classe Chilopoda, diplopoda e insecta 
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E AMBIENTAL DOS ARTRÓPODES 
 
Embora sejam competidores na busca de alimentos provocando diversos 
danos as culturas e sendo transmissores de diversos tipos de doenças, são 
extremamente importantes como agentes de polinização e produtores de 
seda, mel, própolis e a cera de abelha. No ambiente terrestre existem 
diversas espécies de artrópodes de importância econômica local, usados na 
alimentação como por exemplo o consumo do abdômen de rainhas de saúvas 
consumidos na América do Sul e Central; gafanhotos da classe INSECTA da 
família ORTHOPTERA consumidos no México, África e China; larvas de 
escarabeídeos e passalídeos da família COLEOPTERA), larvas de lepidópteros 
consumidas por populações amerindianas, pigmeus africanos e aborígenes 
australianos, larvas de vespas consumidas no Japão e nas Ilhas Reunião. 
 No uso indireto temos a utilização dos ARTHROPODA na dieta de peixes 
de aquário como “comida viva”, cultivado comercialmente. O krill que é 
pescado comercialmente, utilizado como ração para peixes, como isca, e 
também para consumo humano. No meio agrícola temos aspectos econômicos 
diretos dos organismos modificadores do ambiente sendo considerados 
engenheiros de ecossistema por exemplo, os cupins e as formigas, a 
importância e tão grande que o desaparecimento das formigas no meio 
ambiente poderia causar rapidamente a degradação do ecossistema, as 
formigas são responsáveis pela dispersão de sementes, processo chamado de 
 
 
 
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mirmecocoria, que leva as plantas a se estenderem pela natureza, o que é 
essencial para algumas espécies, que necessitam ser levadas para o 
formigueiro para que ocorra sua germinação, outra importância das formigas 
e sua ação como agentes polinizadores, levando o pólen das plantas e 
permitindo a fertilização destas. 
 Com relação aos cupins que digerem a celulose, e alteram a estrutura 
dos ecossistemas por meio do seu comportamento construtor, promovendo 
um aumento na porosidade do solo e no transporte de partículas minerais 
para a superfície e vice-versa. Dessa maneira, eles influenciam a 
disponibilidade de recursos para organismos de cadeias tróficas diferentes. As 
formigas atuam mecanicamente revolvendo o solo movimentando as camadas 
em diferentes sentidos. 
 Outros insetos de grande importância são as abelhas produtoras de mel, 
própolis, pólen e geleia real, sua atuação maior reside também polinização de 
diversas fruteiras. Temos outras famílias de insetos como lepidópteros e 
dípteros que também são importantes agentes polinizadores. Nas regiões 
tropicais são conhecidos os himenópteros polinizadores de maracujá (gênero 
Xylocopa, abelhas conhecidas como mamangava). Assim, na tabela abaixo 
vemos a importância para as 15 culturas economicamente mais importantes 
do país. 
 
 
 
 
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 Agora podemos ver também os aspectos negativos dos artrópodes como 
pragas agrícolas, podendo causar graves prejuízos financeiros. Para 
definirmos como praga dependemos da abundância dos indivíduos, e do tipo 
de incômodo que eles causam. Assim, temos a definição de dano como perda 
mensurável de utilidade do hospedeiro, como a qualidade ou quantidade da 
produção, ou da estética. Algumas vezes o dano provocado por poucos 
indivíduos é inaceitável, como em frutos infestados por moscas-de-fruta. 
Outras vezes é necessária uma alta densidade de indivíduos ou uma epidemia 
destes antes de se tornarem pragas (ex: gafanhotos se alimentando nos 
pastos somente são considerados pragas quando a população é muito 
grande!). Outro problema causado, estão relacionados aos grãos 
armazenados, existindo 28 famílias da ordem Coleóptera (gorgulhos ou 
carunchos) e seis espécies de quatro famílias (Pyralidae, Tineidae, 
Oecophoridae e Gelechiidae) da ordem Lepidóptera (traças). 
 Outras pragas de plantas cultivadas podemos citar a classe INSECTA; 
família HEMIPTERA; da ordem das HOMOPTERA - Bemisia tabaci, Bemisia 
argentifolii, popularmente chamadas de mosca-branca, atacam cultivos de 
caju, melão, soja, tomate, plantas ornamentais, existem cerca de 500 
 
 
 
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espécies. Dentre os coleópteros alguns mais importantes são Lasioderma 
serricorne (F.), também conhecido como "bicho-do-fumo" e Stegobium 
paniceum (L.) (gorgulho-da-farinha). As traças: Traça-das-amêndoas (Cadra 
cautella, Pyralidae), traça mediterrânea-da-farinha (Ephestia kuehniella, 
Pyralidae), traça-do-fumo (E. elutella, Pyralidae), traça-da-passa-de-uva (C. 
figulilella, Pyralidae), traça-indiana-das-farinhas (Plodia interpunctella, 
Pyralidae) e traça-dos-grãos (Sitotroga cerealella, Gelechiidae). 
 Na medicina veterinária espécies de artrópodes podem impor perdas 
significativas na produção animal. Como por exemplo a classe Acari e Insecta, 
como representantes respectivamente temos os carrapatos (Chelicerata; 
Acari-Parasitiformes), que causam prejuízos como diminuição na produção 
animal, perdas no setor coureiro (carrapato-de-boi, Boophilus microplus) com 
queda da qualidade do couro a ser comercializado, diversos dípteros (Diptera; 
Brachycera, Nematocera) vetores de nematódeos e protozoários que causam 
doenças como tripanossomoses e filarioses. Os dípteros pertencem às famílias 
Culicidae, Cuterebriidae (Dermatobia, conhecida como berne), Psychodidae e 
Simuliidae. São também vetores de importância médico-veterinária os 
hemípteros vulgarmente conhecidos como barbeiros (Hemíptera; 
Heteroptera; Reduviidae; Triatoma infestans). Algumasordens de insetos são 
compostas de parasitas obrigatórios como Phithiraptera: Anoplura e 
Mallophaga (piolhos sugadores e mastigadores) e Siphonaptera (pulgas). 
 Outra grande importância reside na saúde pública onde podemos ver 
aspectos positivos e negativos dos artrópodes. Do lado positivos, temos desde 
o antigo Egito, Grécia e China o grande interesse nas propriedades curativas do veneno, foi 
Hipócrates, o pai da medicina, que revelou a importância da apiterapia que e o uso das 
picadas das abelhas Apis mellifera, em diversos tratamentos entre eles a artrite. 
Com relação aos aspectos negativos temos alguns artrópodes da classe 
insecta responsáveis pela transmissão de doenças, como exemplo os piolhos, 
pulgas e ácaros, os mosquitos dípteros da subclasse Nematocera são 
transmissores de dengue, doenças-do-sono, febre amarela, filarioses, 
 
 
 
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leishmaniose, malária, e oncocercoses, entre outras doenças. 
 Temos ainda muitas espécies de artrópodes sendo utilizados na 
manufatura de joias, na indústria cosmética e na fabricação de tintas, como 
por exemplo os besouros das famílias Buprestidae e Scarabaeidae são 
utilizados como matéria-prima na fabricação de joias, na cultura andina, as 
cochonilhas (Hemiptera; Homóptera; Dactylopius coccus) que produzem o 
corante vermelho-carmim, usado nas indústrias alimentícia e farmacêutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1 - NUCEPE/UFPI-Engenheiro Agrônomo/2010- ADAPI 
 
Considerando os conceitos de fitossanidade e fitopatologia, pode-se afirmar que: 
a) a fitossanidade se limita ao estudo das pragas de interesse econômico; 
b) a principal diferença entre as duas é que a fitossanidade está relacionada às pragas 
das culturas agrícolas; 
c) na fitopatologia o estudo das doenças das plantas está limitado às formas de 
transmissão e controle; 
d) na fitossanidade o estudo das doenças das plantas está limitado às formas de 
transmissão e controle; 
e) a fitopatologia estuda as doenças das plantas envolvendo as interações patógeno-
hospedeiro e o meio ambiente, seus sintomas, danos e formas de controle. 
SOLUÇÃO 
 
Como dito acima a fitopatologia é a ciência que estuda todas as doenças 
relacionadas com as plantas e vegetais, provocadas por espécies como vírus, 
fungos, bactérias, insetos, fungos, mamíferos, aves e quaisquer outros 
animais que usam a plantação como fonte de nutrição própria. 
RESPOSTA E 
 
2 - NUCEPE/UFPI-Engenheiro Agrônomo/2010- ADAPI 
 
A técnica que visa avaliar os sintomas causados pelos agentes patogênicos nas 
plantas e seus sinais, ou seja, a quantificação de doenças de plantas é denominada 
de: 
a) Fitointerpretação; 
b) Fitopatologia 
c) Fitopatometria; 
d) Fitopatogenicidade; 
e) Fitopatogênese. 
 
 
 
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SOLUÇÃO 
 
Aqui não tenha pressa, vai com calma concursando para não perder uma 
questão de bobeira. Aqui, ele quer a TÉCNICA, a quantificação de doenças de 
plantas, também denominada fitopatometria, visa avaliar os sintomas 
causados pelos agentes patogênicos nas plantas e seus sinais (estruturas do 
patógeno associadas aos tecidos doentes). A importância da quantificação das 
doenças pode ser bem compreendida pelas seguintes frases de autores de 
textos sobre o assunto: 
"Diagnose e avaliação de doenças de plantas são duas funções igualmente 
importantes dos fitopatologistas (JAMES, 1974)". 
"A medida da intensidade de doenças tem o mesmo papel-chave que a 
diagnose dentro da fitopatologia (KRANZ, 1988)". 
“De nada adiantaria conhecer o patógeno de uma doença se não fosse possível 
quantificar os sintomas por ele causados (AMORIM, 1995)". 
RESPOSTA C 
 
3 - IFRS - FITOPATOLOGIA - 2012 
 
Sobre a história da Fito patologia podemos afirmar que: 
I- Os Períodos são divididos em místico, da predisposição, etimológico, 
ecológico e período atual. 
II– Os romanos, grandes agricultores em sua época, tinham um culto aos 
deuses Robigo e Robigus chamado Robigália em que se fazia culto, relacionado 
com a ferrugem dos cereais e uma raposa vermelha. 
III– Em1913, devido os trabalhos de E. Riehm, apareceram os primeiros 
fungicidas mercuriais orgânicos e em 1934 surgiram os fungicidas orgânicos. 
IV – O nascimento Da Fitopatologia é marcado pela ocorrência da Grande 
epidemia de requeima da batata, causada por Phytophthora penetrans, na 
Irlanda na metade do século XIX. 
 
 
 
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Assinale a alternativa correta: 
A) Apenas a II e III estão corretas 
B) Apenas a I, II e III estão corretas 
C) Apenas a I e II estão corretas 
D) Apenas a II, III e IV estão corretas 
SOLUÇÃO 
 
Vamos analisar cada item: 
I- Os Períodos são divididos em místico, da predisposição, etimológico, 
ecológico e Período Fisiológico período atual. 
Como víamos acima os períodos são divididos em Período Místico, Período da 
Predisposição, Período Etiológico, Período Fisiológico período atual. 
A questão trocou o nome do terceiro período que é conhecido como etiológico, 
e não período etimológico. 
II– Os romanos, grandes agricultores em sua época, tinham um culto aos 
deuses Robigo e Robigus chamado Robigália em que se fazia culto, 
relacionado com a ferrugem dos cereais e uma raposa vermelha. 
 Item certinho conforme descrito em nossa aula 
III– Em1913, devido os trabalhos de E. Riehm, apareceram os primeiros 
fungicidas mercuriais orgânicos e em 1934 surgiram os fungicidas 
orgânicos. 
Item correto 
IV – O nascimento da Fitopatologia é marcado pela ocorrência da Grande 
epidemia de requeima da batata, causada por Phytophthora penetrans, na 
Irlanda na metade do século XIX. 
As doenças de plantas são conhecidas há muito tempo, praticamente desde o 
início da agricultura. A fitopatologia foi considerada como ciência, a partir do 
século XIX, em 1861 quando De Bary demonstrou que a causa da doença 
requeima da batata era um fungo, Phytophthora infestans. 
 Na questão o nome do fungo está incorreto. 
 
 
 
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RESPOSTA A 
 
4 – IFRS - FITOPATOLOGIA - 2012 
 
Com relação a eventos históricos sobre a requeima da batata, causada por 
Phytophthora infestans, é correto afirmar: 
a. A requeima da batata contribuiu para a decadência do império Inca nos 
Andes. 
b. Provocou a emigração de alemães para o sul do Brasil no início do século 
XIX. c. Devastou plantios na Inglaterra no século XIX causando a morte de 
milhares de seus habitantes. 
d. A doença causava perdas na produção desde a introdução da batata na 
Europa. 
e. O botânico Anton de Bary apresentou provas científicas conclusivas sobre 
o agente causal da doença 
SOLUÇÃO 
 
Como já falado acima, em 1853, De Bary iniciou este período etiológico 
quando propôs serem as doenças de plantas de natureza parasitária, baseado 
nos estudos sobre a requeima da batata, provando cientificamente que o 
fungo Phytophthora infestans era o agentecausal. 
RESPOSTA E 
 
5 - IFRS - Fitopatologia/Agroecologia - 2010 
 
Assinale as afirmativas abaixo com Verdadeiro (V) ou falso (F) em relação à 
história da Fitopatologia no Brasil: 
( ) A Fitopatologia no Brasil desenvolveu-se em duas linhas diferentes e 
paralelas; de um lado encontram-se já no fim do século passado, alguns 
micologistas que, desenvolvendo trabalhos de levantamento de fungos 
associados a plantas cultivadas ou não. 
( ) os primeiros estudos concentraram seu maior interesse na sua classificação 
 
 
 
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e catalogação, sem maiores preocupações com a importância da doença e dos 
prejuízos por eles eventualmente causados. 
( ) Uma segunda linha de pesquisa com grupo de cientistas mostrou-se mais 
interessado em estudar as doenças que afetavam certas culturas de interesse 
econômico, ao mesmo tempo em que propunham soluções para diminuir seus 
efeitos prejudiciais. 
( ) F.M. Draenert estudou em 1869, uma bacteriose da cana de açúcar na 
Bahia enquanto Sá Pereira trabalhou como chefe da comissão destinada ao 
estudo de moléstias e pragas em Pernambuco. 
( ) Com a inclusão da Fitopatologia no currículo das várias Escolas de 
Agronomia então existentes, seu desenvolvimento esteve estreitamente 
ligado ao ensino. Já Álvaro Santos Costa publicou excelente revisão sobre a 
história da Fitopatologia no Brasil, abrangendo desde o trabalho de F.M. 
Draenert em 1896 até os nossos dias. A alternativa que completa a sequência 
de cima para baixo é: 
A) V/F/V/F/V 
B) F/F/V/F/V 
C) V/V/V/V/V 
D) V/V/F/F/V 
E) F/V/V/F/F 
SOLUÇÃO 
 
Podemos analisar o desenvolvimento da Fitopatologia no Brasil em duas 
linhas paralelas. Uma com início no fim do século XIX, com alguns micologistas 
que desenvolveram trabalhos de levantamento de fungos associados a plantas 
cultivadas ou não, concentravam o seu maior interesse na sua classificação e 
catalogação, sem maiores preocupações com a importância da doença e 
prejuízos causados. A outra linha era composta de um grupo de cientistas que 
se interessou a estudar as doenças das culturas de interesse econômico e 
 
 
 
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propunham soluções para diminuir seus efeitos prejudiciais. Segundo GALLI e 
CARVALHO (1968), não se pode traçar um bom histórico da fitopatologia no 
Brasil pois são poucas informações escritas. Em uma revisão sobre o assunto 
COSTA (1975), cita Arséne Puthemans como um dos primeiros fitopatologistas 
do Brasil e menciona como trabalho pioneiro o do alemão Draenert sobre o 
relato de uma bacteriose em cana-de-açúcar na Bahia em 1869. 
 A partir do início do século XX, Fitopatologia foi incluída como matéria 
de várias escolas de agronomia. Seu desenvolvimento está estritamente 
ligado ao ensino. 
RESPOSTA C 
 
6 - TÉCNICO EM ENTOMOLOGIA - NOVO PROGRESSO – FADESP -2012 
 
Entomologia é a ciência que estuda os (as): 
(A) vírus sob todos os aspectos e relações com o homem, as plantas, os 
animais e o meio ambiente. 
(B) bactérias sob todos os aspectos e relações com o homem, as plantas, os 
animais e o meio ambiente. 
(C) fungos sob todos os aspectos e relações com o homem, as plantas, os 
animais e o meio ambiente. 
(D) insetos sob todos os aspectos e relações com o homem, as plantas, os 
animais e o meio ambiente. 
SOLUÇÃO 
 
A entomologia é a ciência que estuda os insetos, ou numa melhor 
definição, é a ciência que estuda os artrópodes, hexápodes. Compreendendo 
os seus vários aspectos, as relações com as plantas, com o homem e com os 
animais. 
RESPOSTA D 
 
 
 
 
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7 - TÉCNICO EM ENTOMOLOGIA - NOVO PROGRESSO – FADESP -2012 
 
O objetivo da entomologia na saúde pública é investigar a 
(A) física, a ecologia, a distribuição dos patógenos e a elaboração de métodos 
de ação e controle. 
(B) química, a física, a ecologia, a distribuição dos patógenos e a elaboração 
de métodos de ação e controle. 
(C) biologia, o comportamento, a distribuição geográfica de vetores e a 
elaboração de métodos de ação e controle. 
(D) geografia, a química, a física, a ecologia, a distribuição dos patógenos e a 
elaboração de métodos de ação e controle. 
SOLUÇÃO 
 
No âmbito da Vigilância Ambiental em Saúde, a vigilância entomológica 
direciona suas ações para o monitoramento de insetos que atuam como 
vetores biológicos de patógenos ou causadores de agravos. As atividades 
laboratoriais se integram à vigilância entomológica de vetores, permitindo 
identificar por meio de caracteres morfológicos, espécies de importância em 
saúde que devem ser alvo de programas de vigilância. Assim, identificações 
corretas das espécies vetores oferecem informações que subsidiam ações 
precisas de controle de vetores, detecção precoce das situações de risco à 
saúde humana e a prevenção de riscos relacionados ao meio ambiente. 
RESPOSTA C 
 
8 – INÉDITA 
 
Em relação à importância dos insetos para o ambiente, é correto afirmar que 
os insetos: 
A) participam da reciclagem de nutrientes e estão no topo da cadeia alimentar. 
B) são polinizadores e alimentam-se exclusivamente de plantas. 
C) alimentam-se exclusivamente de plantas e servem de alimento para 
 
 
 
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vertebrados insetívoros. 
D) são polinizadores e servem de alimento para vertebrados insetívoros. 
SOLUÇÃO 
 
Muitos insetos, tais como as abelhas, vespas e borboletas, ajudam na 
polinização das plantas; a polinização é uma espécie de simbiose que dá às 
plantas a capacidade de se reproduzirem com mais eficiência, enquanto que 
os polinizadores ficam com o néctar e pólen. Alguns insetos também 
produzem substâncias úteis para o homem, como o mel, a cera, a laca e a 
seda. As abelhas e os bichos-da-seda têm sido criados pelo homem há 
milhares de anos e pode dizer-se que a seda afetou a história da humanidade, 
através do estabelecimento de relações entre a China e o resto do mundo. Em 
alguns lugares do mundo, os insetos são usados na alimentação humana, 
enquanto que noutros são considerados tabu. 
 Muitos insetos são detritívoros, alimentando-se de animais e plantas 
mortas, contribuindo assim para remineralização dos produtos orgânicos. 
Embora a maior parte das pessoas não saiba, provavelmente a maior utilidade 
dos insetos é que muitos deles são insetívoros, ou seja, alimentam-se de 
outros insetos, ajudando a manter o seu equilíbrio na natureza. Para qualquer 
espécie de inseto-praga existe uma espécie de vespa ou parasitoide ou 
predadora dela. 
 Em função da importância dos insetos benéficos para o homem e meio 
ambiente, o uso de inseticidas tem o efeito contrário ao desejado, uma vez 
que matam, não só os insetos-pragas, mas também os seus inimigos e os 
demais insetos que são benéficos para o homem. 
RESPOSTA D 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 - IFNMG/MG - Professor - Agronomia- 2014 
 
A classe Insecta difere das demais classes de artrópodes com três pares de 
patas por uma característica peculiar. 
Identifique essa característica, assinalando a alternativa CORRETA. 
A. Peças bucais intrusas. 
B. Peças bucais ausentes. 
C. Peças bucais dentro da cavidade bucal. 
D. Peças bucais fora da cavidade bucal. 
SOLUÇÃO 
 
Os insetos são geralmente pequenos e possuem ocorpo segmentado e 
protegido por um exoesqueleto de quitina, sendo dividido em 3 tágmas: 
Cabeça, tórax e abdome. Na cabeça é encontrado as antenas sensoriais, os 
olhos compostos (várias lentes de omatídeos), os olhos simples ou ocelos (luz 
e sombra) e as peças bucais formando diversos tipos de aparelhos bucais 
como o mastigador, sugador, lambedor e triturador. São os únicos artrópodes 
que possuem asas (finas extensões do exoesqueleto), no abdome vão existir 
11 segmentos, sendo que no último segmento de algumas espécies podem 
existir cercos e estilos e um ovopositor. Os verdadeiros insetos distinguem-se 
dos outros artrópodes por serem ectógnatas tendo o aparelho bucal externo, 
e por possuírem 11 segmentos abdominais. 
RESPOSTA D 
 
10 - Fuvest-SP 
 
Metamorfose é a transformação do estágio jovem para o adulto. Alguns 
insetos têm metamorfose completa (holometábolos), em outros a 
metamorfose é incompleta (hemimetábolos). Quais insetos exemplificam o 
primeiro e o segundo tipo de metamorfose, respectivamente? 
a) Gafanhoto e libélula. 
b) Borboleta e barata. 
c) Mariposa e abelha. 
d) Percevejo e mosquito. 
 
 
 
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e) Besouro e mosca. 
SOLUÇÃO 
 
a) errada, gafanhotos e libélulas são animais hemimetábolos. 
b) certa, a borboleta é um animal que apresenta desenvolvimento direto, 
e as baratas são insetos hemimetábolos. 
c) errada, pois as mariposas e as abelhas são insetos hemimetábolos. 
d) errada, os percevejos são insetos hemimetábolos, enquanto que os 
mosquitos possuem metamorfose completa. 
e) errada, pois tanto os besouros quanto as moscas apresentam 
metamorfose completa. 
 
RESPOSTA B 
 
11 - Biólogo – Zoologia – UNIRIO - COSEA/UNIRIO - 2014 
 
Pedomorfose é definido como processo 
a) pelo qual há a retenção de características ancestrais embrionárias ou em 
estágio larval nos adultos descendentes. 
b) pelo qual o desenvolvimento de uma estrutura específica na espécie 
descendente vai além do que era encontrado no adulto ancestral. 
c) de desenvolvimento de um organismo desde o zigoto até o óbito, incluindo 
maturação sexual e crescimento somático. 
d) de crescimento das partes corporais de um dado organismo em taxas 
iguais, resultando em uma relação superfície-volume com desvio em favor da 
superfície. 
e) no qual se avaliam as diferenças no tempo de formação de uma estrutura 
e as transformações sofridas ao longo de sua formação. 
 
 
 
 
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SOLUÇÃO 
 
A pedomorfose envolve a retenção de características larvais por parte 
dos indivíduos. Assim as espécies e populações pedomórficas de urodelos são 
capazes de se reproduzir na fase larval aquática, diferentemente das 
metamórficas que precisam sofrer a metamorfose completa, o que ocorre com 
a formação de um morfo terrestre ou semiterrestre, para daí amadurecer e se 
reproduzir. Existem espécies em que a pedomorfose é obrigatória e outras em 
que ela é facultativa, geralmente, dependendo de mudanças no eixo 
neuroendócrino associadas a alterações ambientais Wells (2007). Existe, 
porém, uma grande confusão terminológica na literatura científica, 
principalmente, por que outros termos como pedogênese e neotenia existem 
e se referem a processos heterocrônicos semelhantes ou ao mesmo processo, 
mas como definido por autores diferentes. O termo pedomorfose, por 
exemplo, é utilizado tanto para descrever o caso específico de retenção de 
caracteres larvais, como as brânquias externas, em salamandras sexualmente 
maduras, como para descrever um fenômeno mais geral da evolução através 
da retenção por parte dos adultos de qualquer tipo de característica em 
espécies derivadas que estavam presentes apenas em estágios iniciais do 
desenvolvimento das espécies ancestrais Wells (2007). 
RESPOSTA A 
 
 
12 - Técnico de Laboratório - Entomologia - IFNMG/MG - LEGITIMUS - 2012 
 
Os insetos são organismos de grande interesse econômico. Os insetos são 
benéficos à população humana porque: 
[A] consomem grande parte do alimento produzido pelo homem. 
[B] desempenham o seu papel nos ecossistemas, contribuindo para o 
equilíbrio. 
 
 
 
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[C] parasitam animais de produção. 
[D] são vetores de várias doenças. 
SOLUÇÃO 
 
 Como víamos os insetos tem grande importância no ecossistema 
atuando na polinização, alimentação de outros insetos e até na alimentação 
humana. 
RESPOSTA B 
 
13 - Técnico de Laboratório - Entomologia - IFNMG/MG - LEGITIMUS - 2012 
 
Os insetos são animais 
I. Pertencentes ao Filo Arthropoda. 
II. Pertencentes a Superclasse Hexápode. 
III. Apresentam dois pares de antenas. 
IV. Apresentam o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. 
V. Apresentam peças bucais aparentes. 
 
Está correto o que se afirma em 
[A] I, II, III, IV e V. 
[B] I, II e III, apenas. 
[C] I, II, IV e V, apenas. 
[D] I, III, IV e V, apenas. 
SOLUÇÃO 
 
Insetos 
- 3 pares de patas 
- corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen 
- 1 par de antenas – alunos leem as alternativas com calma, lá diz 
dois pares de antenas. CUIDADO !!!!!! 
- Não possuem queliceras e possuem mandíbulas 
- Podem ou não ter asas e se presente possuem 1 ou 2 pares no tórax 
 
 
 
 
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Aracnídeos 
- 4 pares de patas 
- corpo dividido em cefalotórax e abdômen 
- Não possuem antenas 
- Possuem queliceras e não possuem mandíbulas 
- Não possuem asas 
 
Crustáceos 
-Os apêndices dos crustáceos são bi ramosos e estão adaptados a muitas 
funções, nomeadamente locomoção, tacto, respiração e incubação dos 
ovos. 
-dois pares de antenas - os crustáceos são os únicos artrópodes com 
este número de antenas, onde se localizam os órgãos do tacto e do 
gosto; 
- um par de mandíbulas 
-dois pares de maxilas. 
-corpo está geralmente dividido em cefalotórax (frequentemente coberto por 
uma carapaça) e abdómen, cabeça e o tórax. 
RESPOSTA C 
 
14 - Técnico de Laboratório - Entomologia - IFNMG/MG - LEGITIMUS - 2012 
 
A cutícula dos insetos NÃO é caracterizada por: 
[A] Ser formada por polissacarídeos e quitina. 
[B] Apresentar uma camada acelular (ou de Schmidt). 
[C] Formar a camada externa do corpo e invaginações, sistema traqueal, 
partes do canal alimentar, partes do sistema reprodutor e algumas glândulas. 
[C] Ser constituinte muscular dos insetos. 
SOLUÇÃO 
O exoesqueleto 
O grande sucesso dos insetos deve-se em parte ao seu exoesqueleto, 
que confere uma mistura de flexibilidade e força permitindo que o inseto tenha 
liberdade de movimento e ao mesmo tempo não perca em defesa e proteção. 
O integumento (exoesqueleto) é constituído de três partes: a mais externa é 
a cutícula, abaixo desta vem a epiderme e a membrana basal. 
Cutícula: 
 
 
 
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 É uma camada relativamente fina de material não celular que delimita a 
superfície externa do corpo, de estrutura flexível e elástica. Quando 
acaba de ser formada é branca e pode permanecer assim em muitas 
formas jovens. Na maioria dos adultos ela passa por um processo 
químico que resulta no seu endurecimento e escurecimento que é 
denominado esclerotização; 
 Tem como função evitar perda de água, prevenir a predação e prover 
camuflagem, através de uma camada de cera; 
 É formada por quitina (cadeia de n-acetil-glucosamina) que é um 
polímero de alto pesomolecular; 
 Está relacionada com o movimento e extensão do corpo; 
 Pode possuir protuberâncias (espinhos, cerdas, pêlos providos de 
sensilas) cuja função pode ser de ornamentação, gerar sons, ou 
estruturas sensoriais (ligados às células sensitivas); 
 É responsável pela cor (pigmentos oriundos de plantas e do 
metabolismo). 
RESPOSTA D 
 
15 - INÉDITA 
 
Analise as afirmativas abaixo em relação ao Filo Artropoda e identifique com 
“V” as VERDADEIRAS e com “F” as FALSAS, assinalando a seguir a alternativa 
CORRETA, na sequência de cima para baixo: 
( ) Os Artrópodes consistem em dois táxons atuais principais: Chelicerata 
e Mandibulata, sendo que um terceiro grupo, Trilobitomorpha, está extinto. 
( ) Fazem parte dos Mandibulata os grupos Crustácea e Tracheata, que 
compartilham várias características comuns, como apêndices segmentares e 
presença de cílios locomotores. 
( ) O exoesqueleto, ou cutícula, é uma característica que define os 
 
 
 
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artrópodes, sendo constituída por quitina e proteína, e apesar de ser inerte e 
morto, faz parte do sistema sensorial. 
( ) Dois tipos de fotorreceptores são encontrados nos artrópodes: ocelos 
medianos e olhos laterais compostos, sendo que a visão em cores não ocorre 
no grupo. 
A alternativa que contém a sequência de respostas CORRETAS, na ordem de 
cima para baixo é: 
a) V – F – V – V. 
b) V – V – F – V. 
c) V – V – V – V. 
d) V – F – V – F. 
e) F – V – V – V. 
SOLUÇÃO 
 
São animais bilaterais protostômios e eram relacionados aos anelídeos, 
pois compartilham semelhanças morfológicas. Consistem em dois táxons 
atuais principais: Chelicerata (límulos, aranhas-do-mar e aracnídeos) e 
Mandibulata, que contém os grupos irmãos crustácea (caranguejos, cracas, 
pulgas d'agua, entre outros) e Treacheata (insetos, centopeias, piolhos-de-
cobra, entre outros). Esses táxons compartilham várias características 
importantes, incluindo corpo segmentado, exoesqueleto quitinoso e processo 
de ecdise ("muda"), apêndices segmentares pares e articulados e ausência 
de cílios locomotores. 
ESTRUTURA 
Têm o corpo segmentado, tanto externa quanto internamente. No âmbito 
interno, os sistemas nervoso, muscular, hemal e excretor possuem 
componentes repetidos em cada segmento. Em artrópodes derivados os anéis 
se fundem de modo que cada segmento individual possa deixar de ser visível 
 
 
 
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externamente, da mesma forma na estrutura interna. Esse processo é 
chamado de tagmatização 
RESPOSTA A 
 
16 - Técnico de Laboratório - Entomologia - IFNMG/MG - LEGITIMUS - 2012 
 
Das alternativas abaixo, assinale a que NÃO apresenta um inseto social. 
[A] Cupim. 
[B] Formiga. 
[C] Abelha melífera. 
[D] Cigarrinha das pastagens. 
SOLUÇÃO 
 
Insetos sociais são aqueles que vivem organizados em grupos, 
interagindo entre si, numa relação ecológica harmônica denominada 
sociedade. Os insetos sociais mais conhecidos são as abelhas, as formigas e 
os cupins. Nem todos os insetos são verdadeiramente sociais (eusociais), o 
que os diferencia é o grau de organização e cooperação entre eles em aspectos 
reprodutivos, cuidados com a prole e divisão do trabalho. Desse modo, 
segundo o comportamento social, eles podem ser divididos em: 
 Eusociais: são organizados em castas, com clara divisão de trabalhos e 
cooperam no período reprodutivo, com todos do grupo contribuindo nos 
cuidados dos ovos e jovens. As abelhas, formigas e cupins são eusociais; 
 Subsociais: possuem alguns comportamentos de cuidado da prole, podem 
ser os machos, mas geralmente a fêmea que é responsável em proteger os 
ovos dos predadores e garantir o sucesso reprodutivo. Muitos grupos são 
considerados subsociais, entre eles: espécies de percevejos e besouros; 
 Solitários: não apresentam nenhum comportamento social. Não há cuidado 
com a prole, os ninhos solitários são feitos em lugares protegidos, uma vez 
que não há guardiões para os proteger. Os besouros rola-bosta são um 
 
 
 
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exemplo de insetos solitários, outros são as baratas, espécies de grilos, 
besouros e vespas. 
RESPOSTA D 
 
17 - INÉDITA 
 
Observe a figura, a seguir, que representa uma das hipóteses de 
relacionamento entre os quatro subfilos viventes do filo Arthropoda. 
 
Assinale a alternativa que corresponde, correta e respectivamente, às 
características adquiridas ao longo do processo evolutivo dos Arthropoda, 
assinaladas por I, II, III e IV, na figura. 
a) Presença de quelíceras, presença de um par de antenas, apêndices 
unirremes e sistema nervoso dorsal. 
b) Presença de quelíceras, presença de mandíbula, apêndices birremes e 
respiração traqueal. 
c) Presença de quelas, excreção por túbulos de Malpighi, sistema nervoso 
dorsal e presença de seis pernas. 
d) Presença de mandíbulas, apêndices unirremes, respiração traqueal e 
respiração através de pulmões foliáceos. 
e) Apêndices birremes, presença de mandíbulas, respiração traqueal e 
excreção através de glândula antenal. 
SOLUÇÃO 
 
Conforme já lemos e conversamos a alternativa correta é: 
 
 
 
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RESPOSTA B 
 
 
18 - INÉDITA 
 
Para conhecer a diversidade de artrópodes de uma determinada região, um 
grupo de pesquisadores coletou vários desses animais e os organizou em 
grupos conforme a tabela abaixo: 
 
Assinale a alternativa que associa corretamente a classe dos artrópodes com 
as características descritas em cada grupo na tabela. 
a) Grupo I – Insecta; Grupo II – Arachnida; Grupo III – Crustácea; Grupo 
IV – Chilopoda. 
b) Grupo I – Arachnida; Grupo II – Insecta; Grupo III – Crustácea; Grupo 
IV – Chilopoda. 
c) Grupo I – Arachnida, Grupo II – Chilopoda; Grupo III – Crustácea; Grupo 
IV – Insecta. 
d) Grupo I – Chilopoda; Grupo II – Insecta; Grupo III – Arachnida; Grupo 
IV – Crustácea. 
e) Grupo I – Insecta; Grupo II – Chilopoda; Grupo III – Arachnida; Grupo 
IV – Crustácea. 
SOLUÇÃO 
 
Questão tranquila, já explanamos muitas dessas características, então fica 
fácil marcar a alternativa correta. 
RESPOSTA B 
 
 
 
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19 - INÉDITA 
 
Sobre as características do Filo Arthropoda no reino animal, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
A) Corresponde a 80% do reino animal. 
B) Possui pernas não articuladas. 
C) Há presença de exoesqueleto. 
D) Possui aparelho circulatório dorsal. 
SOLUÇÃO 
 
Os artrópodes são animais triblásticos, celomados, com simetria 
bilateral, sistema digestivo completo, corpo segmentado e patas articuladas – 
daí o nome do filo (artro = articulação; podos = pés). O filo dos artrópodes é 
muito diversificado, com mais de um milhão de espécies catalogadas. Esses 
animais possuem esqueleto externo chamado de exoesqueleto, que protege o 
corpo do animal e fornece pontos de apoio firmes para a ação dos músculos, 
fazendo com que a movimentação do animal fique mais eficiente. 
O exoesqueleto é composto por quitina, e nos crustáceos ele é impregnado 
por sais de cálcio, que lhes conferem uma carapaça dura e espessa. Em alguns 
animais terrestres, o exoesqueleto possui uma cobertura de cera impermeável 
que impede sua desidratação. Por ser muito rígido, o exoesqueleto não 
permite aos artrópodes o crescimento corporal, por isso

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