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Patologias e Recuperação das Construções

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Aula 16
Engenharia Civil p/ TRF 1
Professor: Marcus Campiteli
01436348609 - Tulio Antunes Pinto Coelho
Engenharia Civil ʹ TRF-1/2014 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 16 
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AULA 16: Patologias e Recuperação das 
Construções 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1 
1. INTRODUÇÃO 2 
2. PATOLOGIA 3 
3. MATERIAIS 8 
4. DIAGNÓSTICO E CORREÇÃO DOS PROBLEMAS 19 
5. DEMAIS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO 45 
6. QUESTÕES COMENTADAS 51 
7. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 89 
8. GABARITO 98 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99 
10. ANEXO 100 
 
Pessoal, a primeira parte desta aula, dos capítulos 1 a 4, está 
formulada com as informações trazidas pelo autor Paulo Helene, no 
Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto. 
No capítulo 5, trago as informações do Manual de Obras Públicas ± 
Práticas da SEAP ± Manutenção, que trata sobre os demais elementos 
construtivos. 
Em seguida apresento as questões comentadas sobre o assunto 
de patologias e recuperação das construções para complementar as 
informações apresentadas, com destaque para os livroV� ³3DWRORJLD��
5HFXSHUDomR� H� 5HIRUoR� GH� (VWUXWXUDV� GH� &RQFUHWR´�� GRV� DXWRUHV�
Vicente Custódio Moreira de Souza e Thomaz Ripper e ³7ULQFDV� HP�
(GLItFLRV´��GR�DXWRU�(UFLR�7KRPD]� 
 Boa Aula ! 
01436348609
01436348609 - Tulio Antunes Pinto Coelho
Engenharia Civil ʹ TRF-1/2014 
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1 ± INTRODUÇÃO 
Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que 
estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos 
defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que 
compõem o diagnóstico do problema. (Paulo Helene, 1992) 
A Patologia das Construções estuda as falhas dos edifícios. 
À terapia cabe estudar a correção e a solução desses problemas 
patológicos. Para obter êxito nas medidas terapêuticas, é necessário 
que o estudo precedente, o diagnóstico da questão, tenha sido bem 
conduzido. (Paulo Helene, 1992) 
De acordo com o Professor Pedro Kopschitz, na apostila 
Construção de Edifícios, as patologias mais encontradas em edifícios 
são: 
- descascamento de pinturas 
- mofo 
- corrosão de armaduras de concreto armado 
- descolamento de pisos cerâmicos e azulejos 
- desgaste excessivo de pisos 
- apodrecimento de estruturas de madeira 
- trincas em paredes, pisos e fachadas (na alvenaria, 
argamassa ou concreto), cujas principais causas são: procedimento 
inadequado na aplicação da argamassa (composição imprópria, 
espessura exagerada etc.), recalque das fundações, esmagamento 
dos materiais, movimentações térmicas, movimentações 
higroscópicas, atuação de sobrecargas, deformabilidade excessiva da 
estrutura de concreto armado, retração de produtos à base de 
cimento, alterações químicas dos materiais de construção. 
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2 ± PATOLOGIA 
a) Sintomas 
 Os problemas patológicos, salvo raras exceções, apresentam 
manifestação externa característica, a partir da qual se pode deduzir 
a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos envolvidos, 
assim como pode-se estimar suas prováveis consequências. 
 Esses sintomas, também denominados de lesões, danos, 
defeitos ou manifestações patológicas, podem ser descritos e 
classificados, preliminarmente, a partir de minuciosas e experientes 
observações visuais. 
 Os sintomas mais comuns, de maior incidência nas estruturas 
de concreto, são as fissuras, as eflorescências, as flechas excessivas, 
as manchas no concreto aparente, a corrosão de armaduras e os 
ninhos de concretagem (segregação dos materiais 
constituintes do concreto). 
 Determinadas manifestações têm elevada incidência, tais como 
as manchas superficiais, conforme a figura abaixo, do livro Manual 
para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto, do autor 
Paulo Helene. 
Contudo, sob o ponto de vista das consequências no 
comportamento estrutural e no custo de correção do problema, uma 
fissura de flexão ou a corrosão das armaduras sejam mais 
significativas e graves. 
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b) Mecanismo 
 Todo problema patológico, chamado em linguagem jurídica de 
vício oculto ou vício de construção, ocorre a partir de um processo, 
de um mecanismo. 
 Por exemplo, a corrosão de armaduras no concreto armado é 
um fenômeno de natureza eletroquímica, que pode ser acelerado pela 
presença de agentes agressivos externos, do ambiente, ou internos, 
incorporados no concreto. Para que a corrosão manifeste-se é 
necessário que haja oxigênio (ar), umidade (água) e o 
estabelecimento de uma célula de corrosão eletroquímica 
(heterogeneidade da estrutura), que só ocorre após a despassivação 
da armadura. 
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Outro exemplo está em limitar as sobrecargas ou reforçadas as 
vigas quando as fissuras são consequência de momento fletor. Neste 
caso, não basta a injeção das fissuras, pois estas poderiam 
reaparecer em posições muito próximas das iniciais. 
c) Origem 
 Os problemas patológicos manifestam-se após o início da 
execução da construção. Contudo, ocorrem com maior incidência na 
etapa de uso. Certos problemas, tais como os resultantes das reações 
álcali-agregados, só aparecem com intensidade após 6 a 12 anos. Há 
casos de corrosão de armadura em lajes de forro/piso de 
apartamentos que se manifestaram intensamente, inclusive com 
colapso parcial, depois de 13 anos do Habite-se. 
 Um diagnóstico adequado do problema deve indicar em que 
etapa do processo construtivo teve origem o fenômeno. Por exemplo, 
uma fissura de momento fletor em vigas tanto pode ter origem num 
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projeto inadequado, quanto na qualidade inferior do aço; tanto na má 
execução com concreto de resistência inadequada, quanto na má 
utilização, com colocação sobre a viga de cargas superiores às 
previstas inicialmente. Para cada origem do problema há uma terapia 
mais adequada, embora o fenômeno e os sintomas possam ser os 
mesmos. 
d) Causas 
 Os agentes causadores dos problemas patológicos podem ser 
vários: cargas, variação da umidade, variações térmicas intrínsecas e 
extrínsecas ao concreto, agentes biológicos, incompatibilidade de 
materiais, agentes atmosféricos etc. 
 No caso de uma fissura em viga por ação de momento fletor, o 
agente causador é a carga, pois se não houver carga, não haverá 
fissura, qualquer que seja a origem do problema. Já fissuras verticais 
nas vigas podem ter como agentes causadores tantoa variação de 
umidade (retração hidráulica por falta de cura), quanto gradientes 
térmicos resultantes do calor de hidratação do cimento ou resultantes 
de variações diárias e sazonais de temperatura ambiente. 
e) Consequências 
 Em geral, os problemas patológicos são evolutivos e tendem a 
se agravar com o passar do tempo, além de acarretarem outros 
problemas associados ao inicial. Por exemplo, uma fissura de 
momento fletor pode dar origem à corrosão de armadura; flechas 
excessivas em vigas e lajes podem acarretar fissuras em paredes e 
deslocamentos em pisos rígidos apoiados sobre os elementos fletidos. 
 As correções serão mais duráveis, efetivas e fáceis de executar 
e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas. A 
GHPRQVWUDomR� PDLV� H[SUHVVLYD� GHVVD� DILUPDomR� p� D� ³OHL� GH� 6LWWHU´��
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que mostra os custos crescendo segundo uma progressão 
geométrica. 
 Dividindo as etapas construtivas e de uso em quatro períodos 
correspondentes ao projeto, à execução propriamente dita, à 
manutenção preventiva efetuada antes dos três primeiros anos e à 
manutenção corretiva efetuada após o surgimento dos problemas, a 
cada um corresponderá um custo que segue uma progressão 
geométrica de razão cinco, conforme a figura a seguir: 
 
 Segundo Sitter, adiar uma intervenção significa aumentar os 
custos diretos em progressão geométrica de razão 5 (cinco). 
f) Terapia 
 As medidas terapêuticas de correção dos problemas tanto 
podem incluir pequenos reparos localizados, quanto uma recuperação 
generalizada da estrutura ou reforços de fundações, pilares, vigas e 
lajes. 
g) Procedimento 
 A escolha dos materiais e da técnica de correção depende do 
diagnóstico do problema, das características da região a ser corrigida 
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e das exigências de funcionamento do elemento que vai ser objeto da 
correção. 
 Por exemplo, nos casos de elementos estruturais que 
necessitam ser colocados em carga após algumas horas da execução 
da correção, pode ser necessário e conveniente utilizar sistemas de 
base epóxi ou poliéster. Nos casos de prazos um pouco mais 
dilatados (dias), pode ser conveniente utilizar argamassas e grautes 
de base mineral e, nas condições normais de solicitação (após 28 
dias) os materiais podem ser argamassas e concretos 
adequadamente dosados. 
 
3 ± MATERIAIS 
 Há uma gama de materiais e sistemas disponíveis para reparo, 
reforço e proteção de estruturas de concreto. 
a) Concreto 
 O concreto de cimento Portland é o material tradicionalmente 
usado em reparos e reforços. Na grande maioria das vezes requer um 
traço especialmente formulado que altere para melhor algumas de 
suas características naturais. 
 Pode ser necessário obter altas resistências iniciais, ausência de 
retração de secagem, leves e controladas expansões, elevada 
aderência ao substrato, baixa permeabilidade e outras propriedades, 
normalmente obtidas à custa do emprego de aditivos e adições tais 
como plastificantes, redutores de água, impermeabilizantes, escória 
de alto forno, cinza volante, microssílica e, via de regra, baixa relação 
água/cimento. 
 Estão disponíveis no mercado microconcretos e argamassas 
industrializadas adequadamente formulados para uso em reparos e 
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reforços. Os concretos projetados tanto via seca quanto via úmida 
estão incluídos neste grupo (microconcretos ou argamassas 
projetadas), que normalmente usam agregados graúdos de dimensão 
máxima característica igual a 9 mm. 
 Os materiais avançados formulados à base de resinas e 
combinações de resinas com outros materiais (fibras, fíleres etc.) 
podem aplicar-se nas situações em que o concreto precisa ser 
modificado ou quando é inadequado. 
b) Aditivos 
 São produtos formulados para melhorar propriedades dos 
concretos e argamassas, tanto no estado fresco quanto endurecido. 
 Considera-se como aditivo todo produto adicionado até o 
máximo de 5% em relação à massa de cimento. Acima dessa 
porcentagem deve ser considerado como adição. 
 Os aditivos classificam-se segundo a sua ação principal nos 
concretos e argamassas. São de maior interesse para reparos, 
reforços e proteção os aceleradores de pega e endurecimento, os 
retardadores, os redutores de água ou plastificantes e os 
expansores. 
 Os aditivos impermeabilizantes, em geral, reduzem muito 
as resistências mecânicas dos concretos, sendo mais 
recomendados para argamassas de proteção sem função estrutural. 
c) Argamassas Poliméricas 
 São argamassas à base de cimento Portland modificadas com 
polímeros, com agregados de graduação adequada, geralmente 
granulometria contínua atendendo às curvas de Bolomey, ou 
granulometria descontínua no caso de alta resistência à abrasão. 
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 Essas argamassas chamam-se também de argamassas de base 
mineral. Em geral, têm retração compensada e são tixotrópicas para 
uso em superfícies verticais e inclinadas. 
 Podem ser formuladas com resinas acrílicas do tipo 
metilmetacrilato ou estireno-butadieno ou então com resinas à base 
de PVA. Neste último caso têm aplicações restritas, baixa resistência 
à umidade e à ação agressiva do ambiente. 
 Algumas vezes, as argamassas poliméricas de base cimento são 
chamadas de argamassas com látex, devido à similaridade das 
propriedades dessas resinas com as propriedades do material natural 
látex utilizado na fabricação de borrachas. 
d) Grautes de base cimento 
 O graute é um material fluido e autoadensável no estado 
recém-misturado. Ele é formulado para preencher cavidades e tornar-
se aderente, resistente e sem retração no estado endurecido. 
 Um graute de base cimento é constituído por cimento Portland 
comum ou composto (classe 32 ou 40), ou de alta resistência inicial 
(CP V ± ARI), agregados de granulometria adequada, aditivos 
expansores e aditivos superplastificantes. 
 Por suas características de fluidez, boa aderência, baixa 
retração e alta impermeabilidade, este tipo de graute é 
conveniente para reparos em locais de acesso difícil ou em casos 
de seções densamente armadas. 
 
e) Argamassas e grautes orgânicos 
 São argamassas e grautes formulados com resinas orgânicas 
cuja aglomeração e resistência do conjunto obtêm-se pelas reações 
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de polimerização e endurecimento dos componentes das resinas, 
em ausência de água. 
 O cimento Portland pode entrar na composição do produto 
como um agregado fino também chamadode fíler, completando a 
distribuição granulométrica e preenchendo os vazios da areia, de 
forma inerte. 
 Normalmente resultam em argamassas e grautes de elevada 
resistência mecânica e química, apropriadas para ambientes 
altamente agressivos ou onde são exigidos alto desempenho dos 
reparos, reforços e proteções. 
 Em geral são formulados para uso em pequenos volumes e 
espessuras. São também denominados argamassas ou 
revestimentos anticorrosivos. 
 Os grautes de base orgânica podem ser formulados com resina 
praticamente pura quando se destinam ao preenchimento de fissuras, 
sendo chamados também de grautes para injeção de fissuras, tendo 
assim baixa viscosidade. 
e.1) Argamassas base epóxi 
 São geralmente fornecidas em duas ou três componentes: a 
resina (epóxi), o endurecedor (amina e/ou poliamidas) e agregados 
selecionados. 
 Estas argamassas possuem excelente resistência a ácidos não 
oxidantes e álcalis e também boa resistência a alguns solventes 
orgânicos. São atacadas por ácidos oxidantes e alvejantes. A 
resistência térmica não supera os 70ºC. 
 O epóxi apresenta ótimas propriedades físicas e mecânicas, 
além de muito boa aderência a vários tipos de superfícies. 
e.2) Argamassas base fenólica 
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 Constituem-se de aglomerantes de resina fenolformaldeído com 
fíleres (sílica, carbono, coque pulverizado ou barita) contendo um 
catalisador ácido. 
 Têm boa resistência à maioria dos ácidos minerais e soluções 
de sais inorgânicos e a soluções levemente oxidantes, mas são 
rapidamente atacadas por agentes oxidantes fortes como os ácidos 
nítricos, crômico e sulfúrico concentrado. 
 A resistência térmica vai até 175ºC. O tempo de vida deste tipo 
de argamassa é curto e elas precisam ser mantidas refrigeradas até o 
instante de uso. 
e.3) Argamassas base poliéster e base estervinílica 
 São produtos tricomponentes constituídos por resina em 
solução, catalisador e fíleres inertes com modificadores de 
formulação. 
 Elas têm excelente resistência química e mecânica e têm ótima 
resistência à maioria dos ácidos. Não resistem a produtos cáusticos e 
alvejantes. As argamassas de base estervinílica têm maior resistência 
química e térmica (até 115ºC) que as de base epóxi. 
e.4) Argamassas de base furânica 
 São sistemas consituídos por resina líquida, catalisador e fíler 
(sílica, carbono, barita ou coque pulverizado). 
 Estas argamassas são resistentes a ácidos não oxidantes, 
álcalis, muitos solventes, sais, gases, óleos, graxas e detergentes. 
Podem ser usadas em temperaturas até 200ºC. O calor acelera a cura 
do endurecedor e o frio a retarda. 
 
f) Revestimentos Monolíticos 
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 São também chamados de laminados, sendo constituídos de um 
reforço na forma de manta, tecido, flocos ou fibras, geralmente de 
vidro, poliéster ou náilon, dispostos em uma ou mais camadas 
embebidas por resinas base estervinílica, epóxi, poliéster, furânica ou 
fenólica. 
 As resinas representam a barreira química do revestimento. Os 
reforços, por ficarem impregnados com a resina auxiliam a formação 
de uma barreira química mais rica e possibilitam a aplicação de 
camadas mais espessas de revestimento. Além disso, os reforços 
auxiliam na redução do coeficiente de dilatação térmica do laminado 
e na redução da retração durante a cura, porém, reduzem a 
flexibilidade do sistema. As cargas minerais possuem papel 
importante na redução do coeficiente de dilatação térmica, na 
redução da retração durante a cura, na adequação da consistência, 
além de possibilitar o aumento e o controle da espessura do 
laminado, reduzindo o seu custo final. 
g) Silicatação 
 Por silicatação da superfície do concreto entende-se uma série 
de procedimentos similares que visam tamponar os poros superficiais 
e endurecer as superfícies de concreto ou argamassa de piso e 
contrapiso, impermeabilizando-os. 
 Os seguintes produtos podem ser utilizados para a silicatação 
do concreto: 
 - metassilicato de sódio ou de potássio 
 - tetrafluoreto de silício 
 - fluorsilicato de magnésio ou de zinco 
h) Óleos 
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 Óleo de soja, óleo de peroba e certos ácidos como o linoico e 
oléico que têm consistência oleosa, podem ser usados para 
impermeabilização e proteção da superfície de concreto. Em geral, 
escurecem a superfície do concreto. 
 Recomenda-se neutralizar previamente a superfície do 
concreto. Como a solução de neutralização é ácida, não se 
recomenda a sua aplicação em estruturas de concreto protendido 
nem em casos de pequeno cobrimento da armadura. 
i) Vernizes e hidrofugantes de superfície 
 São pinturas aplicadas à superfície da estrutura de concreto 
destinadas a protegê-la e impermeabilizá-la, sem contudo alterar 
substancialmente seu aspecto. 
 Não são recomendáveis para locais com solicitação mecânica e 
física forte, nem para locais submetidos à pressão de água, tais como 
reservatórios, canaletas e bacias de contenção. 
 Podem formar um filme superficial contínuo tais como os 
vernizes poliuretanos alifáticos e os vernizes epóxi (bicomponentes) e 
os vernizes de base acrílica (monocomponentes). Não devem ser 
utilizados vernizes tipo látex PVA base água, pois têm baixíssima 
durabilidade, reduzida aderência e se degradam rapidamente, 
amarelecendo e destacando quando em presença de agentes 
atmosféricos agressivos (industriais). 
 Em certas condições é mais conveniente utilizar hidrofugantes 
de superfície capazes de penetrar alguns milímetros no concreto e 
por um mecanismo de repelência eletrostática (produtos hidrófobos), 
que impedem a penetração das moléculas de água e das substâncias 
agressivas dissolvidas nessa água, tal como a água de chuva em 
atmosferas industriais. 
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 Os hidrofugantes são todos de base silicone e 
monocomponentes dispersos em solvente. Não se recomenda o uso 
de siliconatos de base água, pois têm baixíssima durabilidade e 
conferem pouca ou nenhuma proteção às armaduras das estruturas 
submetidas a ambientes agressivos. 
 Estes produtos têm a vantagem, sobre os produtos formadores 
de filme, de permitir a livre circulação do vapor de água e, com isso, 
reduzir os riscos de condensação e formação de bolhas e bolor na 
superfície ou interior do componente estrutural, sob a película de 
verniz. Contudo, têm a desvantagem de não serem tão eficazes como 
barreira contínua aos agentes agressivos quando comparados aos 
vernizes formadores de película. 
j) Tintas orgânicas 
 Tintas são dispersões de pigmentos em aglutinantes que, 
quando aplicadas em finas camadas sobre uma superfície, sofrem um 
processo de secagem ou cura e endurecimento formando um filme 
sólido, aderenteao substrato e impermeável. 
 São constituídas basicamente de resinas, solvente, pigmento e 
aditivo. A resina é o componente mais importante da tinta, pois é ela 
que confere as propriedades de resistência, aderência, flexibilidade, 
impermeabilidade e brilho ao sistema. 
 Os pigmentos têm um papel importante nas tintas ou 
imprimações quando se deseja uma proteção anticorrosiva, seja por 
barreira, seja por inibição química ou por proteção catódica. 
 As tintas orgânicas são também chamadas de revestimentos 
anticorrosivos ou pinturas de proteção de superfície, devido à elevada 
proteção química que conferem à estrutura. Elas podem ser de 
diferentes naturezas: borracha clorada, vinílicos, uretanas, epóxi e 
acrílicas. 
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h) Tintas betuminosas e de alcatrão de hulha base epóxi 
 Normalmente são aplicadas em duas ou mais demãos. A 
primeira, mais diluída, deve atuar como primer assegurando a boa 
aderência ao substrato. As demais devem sempre ser aplicadas em 
direção ortogonal à anterior quando esta estiver seca. 
 Emulsões não devem ser usadas, pois são permeáveis e pouco 
protetoras. 
i) Selantes 
 São materiais utilizados nas juntas de movimentação das 
estruturas de concreto, com o objetivo de impedir a passagem de 
líquidos, gases, vapor ou partículas sólidas para o interior da 
estrutura. 
 Devem possuir características elásticas e de recuperação 
compatíveis com os esforços e deformações sofridos. Podem ser 
formulados a partir das mesmas resinas básicas usadas nas tintas 
orgânicas citadas acima. 
j) Adesivos e primers 
 São materiais usados como ponte de aderência entre dois 
outros, sendo em geral um deles a superfície de concreto velho, 
também chamada de substrato. Promovem melhoria substancial de 
aderência entre os diversos materiais tais como concreto 
velho/concreto novo, aço/concreto novo, concreto velho/argamassa 
base poliéster etc. Os primers, além de atuarem como ponte de 
aderência, podem atuar como protetores do substrato, ou seja, parte 
de um sistema de proteção de armaduras contra corrosão. 
 Os adesivos e primers mais empregados são de base epóxi e os 
chamados látex, ou seja, base acrílica ou base acetato de polivinila 
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ou base estireno-butadieno. Os de base polivinila (PVA) em geral são 
re-emulsionáveis o que os torna desaconselháveis para uso em locais 
úmidos ou reparos e reforços de importância. Os de base epóxi têm 
desempenho estrutural superior aos demais, porém, têm o 
inconveniente de exigirem o substrato seco, o que nem sempre é 
viável. 
k) Produtos para ancoragem e emendas de barras de aço 
 São em geral de base polimérica, predominantemente poliéster 
bicomponente, ou de base cimento, ambos de pega rápida e 
ligeiramente expansivos. 
 Para emendas de barras de aço há uma emenda padrão que 
consiste de uma luva de aço, seção de um tubo, na qual são 
introduzidas ± posicionadas topo a topo ± as duas barras a emendar. 
Através de prensagem hidráulica, a luva deforma-se contra as barras, 
ancorando-se em suas nervuras (mossas). Este processo permite 
emendar barras com bitolas de 12,5 a 40 mm e utilizar a capacidade 
total de resistência mecânica das barras emendadas. 
l) Concretos e argamassas de pega/endurecimento rápido 
 Os produtos podem ser argamassas formuladas com cimentos 
aluminosos que apresentam pega rápida e resistências elevadas às 
primeiras idades. Apresentam o inconveniente de perderem parte da 
resistência com o tempo devido às transformações morfológicas dos 
cristais de aluminatos. 
 Produtos podem também ser formulados com base na reação 
do magnésio com fosfatos que, assim como o anterior, desenvolvem 
rápidas resistências iniciais. Materiais de base sulfato de cálcio são 
também empregados para esta finalidade. 
 
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m) Tijolos anticorrosivos 
 Revestimentos constituídos por tijolos anticorrosivos dão 
proteção otimizada contra ataque químico severo. São indicados para 
indústrias farmacêuticas, petroquímicas, químicas, de papel, celulose 
etc. 
Este tipo de revestimento não forma uma barreira estanque 
contra a penetração de líquidos, sendo necessária uma membrana 
impermeável (camada isolante ou protetora). Às vezes, precisa-se 
incorporar um refratário anticorrosivo entre o revestimento e a 
membrana. 
São exemplos de membranas: borracha e elastômeros 
sintéticos correlatos, PVC, chumbo, asfaltos ou mástiques 
betuminosos etc. 
O tijolo anticorrosivo é fabricado a partir de matérias-primas 
com teor de fundente especialmente baixo e, devido ao seu processo 
de fabricação, apresenta baixa porosidade e ausência de absorção, 
diferenciando-se do tijolo comum. Os dois tipos podem ser feitos a 
partir de folhelho argiloso ou argila refratária. 
Os tijolos à base de carbono apresentam maior absorção que os 
tijolos à base de folhelho argiloso ou argila refratária, mas são mais 
resistentes ao choque térmico e têm maior condutibilidade térmica. 
n) Argamassas de enxofre 
 Disponíveis na forma de pó, flocos ou em lingotes. São 
compostos fundidos a quente e devem ser levados a uma 
temperatura de aproximadamente 120ºC e derramados ainda 
quentes nas juntas entre os tijolos anticorrosivos. 
 
 
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4 ± DIAGNÓSTICO E CORREÇÃO DOS PROBLEMAS 
4.1) Corrosão de Armaduras 
a) Manifestação Típica a: 
 
 - Diagnóstico: 
 - concreto com alta permeabilidade e/ou elevada 
porosidade; 
 - cobrimento insuficiente das armaduras; 
 - má execução 
 
 - Alternativas para Correção 
 - remover o concreto afetado e os produtos da corrosão; 
 - reconstituir a seção original da armadura; 
 - recuperar ou reforçar o componente estrutural. 
 
b) Manifestação Típica b: 
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 - Diagnóstico: 
 - agentes agressivos do ambiente impregnados na 
estrutura (cloretos); 
 - agentes agressivos incorporados involuntariamente ao 
concreto durante seu amassamento. 
 
 - Alternativas para Correção: 
 - remover o concreto afetado e os produtos da corrosão; 
 - reconstituir a seção original da armadura; 
 - na presença de agentes agressivos, efetuar a correção 
com primer rico em zinco e efetuar barreira epóxi entre o concreto 
contaminado e a argamassa de reparo; 
 - aplicar revestimento de proteção. 
 
4.2) Ninhos (Segregação) 
 - Manifestação Típica: 
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 - Diagnóstico: 
 - dosagem inadequada 
 - dimensão máxima característica do agregado graúdo 
inadequada 
 - lançamento e adensamento inadequados 
 - taxa excessiva de armaduras 
 
 - Alternativas de Correção 
 - remover o concreto segregado até atingir o concreto 
são; 
 - no caso de reparos superficiais: argamassa polimérica 
base cimento ou argamassa base epóxi ou argamassa base poliéster; 
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 - no caso de reparos profundos: argamassa polimérica 
base cimento ou graute base cimento ou concreto ou concreto pré-
acondicionado; 
 - aplicar revestimento de proteção. 
 
4.3) Incêndio 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - dilatação térmica excessiva do componente estrutural 
 - cobrimento insuficiente 
 - Alternativas para Correção 
 - efetuar reparos de emergência 
 - recuperar o monolitismo: injetar resina de epóxi 
 
4.4) Fissuras de Flexão 
 - Manifestação Típica 
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 - Diagnóstico 
 - sobrecargas não previstas 
 - armadura insuficiente 
 - ancoragem insuficiente 
 - armadura mal posicionada no projeto ou na execução 
 
 - Alternativas para Correção 
 - recuperar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi com ou sem limitação de sobrecargas, conforme análise 
estrutural da peça 
 - reforçar a viga através da colocação de nova armadura 
longitudinal e/ou colocação de novos estribos e reconcretagem ou 
colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi. 
 
4.5) Fissuras de cisalhamento 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
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 - sobrecargas não previstas 
 - estribos insuficientes 
 - estribos mal posicionados no projeto ou na execução 
 - concreto de resistência inadequada 
- Alternativas para Correção 
 - recuperar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi com ou sem limitação de sobrecargas, conforme análise 
estrutural da peça 
 - reforçar a viga através da colocação de nova armadura 
longitudinal e/ou colocação de novos estribos e reconcretagem ou 
colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi. 
 
4.6) VIGAS ± Fissuras de Flexão na parte superior (marquises) 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - ancoragem insuficiente 
 - armadura mal posicionada no projeto ou na execução 
 - sobrecargas não previstas 
 - armadura insuficiente 
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 - Alternativas de Correção 
- recuperar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi com ou sem limitação de sobrecargas, conforme análise 
estrutural da peça 
- reforçar a viga através da colocação de nova armadura 
longitudinal e/ou colocação de novos estribos e reconcretagem 
ou colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi. 
 
4.7) Fissuras de Flexão e Escorregamento da Armadura 
- Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - sobrecargas não previstas 
 - má aderência da armadura ao concreto 
 - concreto de resistência inadequada 
 - ancoragem insuficiente 
 
 - Alternativas de Correção 
- reforçar a viga aumentando a sua rigidez através da 
colocação de nova armadura longitudinal e/ou colocação de 
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novos estribos e reconcretagem ou colocação de chapas 
metálicas aderidas com epóxi. 
 
4.8) Esmagamento do Concreto 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - concreto de resistência inadequada 
- sobrecargas não previstas 
 
- Alternativas de Correção 
- reforçar a viga aumentando a sua rigidez através da 
colocação de nova armadura longitudinal e/ou colocação de 
novos estribos e reconcretagem ou colocação de chapas 
metálicas aderidas com epóxi. 
 
4.9) Fissuras de Torção 
 - Manifestação Típica 
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 - Diagnóstico 
- sobrecargas não previstas 
- armadura insuficiente 
- armadura mal posicionada no projeto ou na execução 
- desconsideração de torção de compatibilidade 
 
- Alternativas de Correção 
- reforçar a viga através da colocação de nova armadura 
longitudinal e/ou colocação de novos estribos e reconcretagem 
ou colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi. 
 
4.10) Esmagamento do Concreto por Torção 
 - Manifestação Típica 
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 - Diagnóstico 
- sobrecargas não previstas 
- concreto de resistência inadequada 
- seção de concreto insuficiente 
 
- Alternativas de Correção 
- reforçar a viga através da colocação de nova armadura 
longitudinal e/ou colocação de novos estribos e reconcretagem 
ou colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi. 
 
4.11) Fissuras de Retração Hidráulica ou de Movimentação 
Térmica 
- Manifestação Típica 
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 - Diagnóstico 
 - secagem prematura do concreto (cura inadequada) 
 - contração térmica devido gradientes de temperatura 
diários ou sazonais 
 
 - Alternativas de Correção 
 - Analisar a abertura da fissura e classificá-la em ativa 
(fissura viva ou que trabalha) ou passiva (morta): 
 a) em ambiente seco e não agressivo: 
 - DEHUWXUD�”�����PP�± dispensado qualquer tratamento 
 - abertura > 0,3 mm passiva ± injetar resina epóxi 
 - abertura > 0,3 mm ativa ± colmatar com selante 
 b) ambientes agressivos e úmidos: 
 - DEHUWXUD�”�����PP�- dispensado qualquer tratamento 
 - abertura > 0,1 mm passiva - injetar resina epóxi 
 - abertura > 0,1 mm ativa ± colmatar com selante 
 - Por fim, aplicar revestimento de proteção. 
 
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4.12) Fissuras de Assentamento Plástico 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - concretagem simultânea de pilares, vigas e lajes 
 - mau adensamento do concreto 
 - concreto muito fluido 
 - formas não estanques 
 
 - Alternativas de Correção 
 - dependendo da abertura da fissura, dispensa-se 
tratamento 
 - reconstituir o monolitismo através de injeção de resina 
HSy[L�VH�DEHUWXUD�•�����PP�- fissura passiva 
 - reforçar o pilar com chapas metálicas aderidas com 
epóxi 
 - demolir e reconstituir a cabeça do pilar ± reconcretar 
com graute ou com concreto 
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4.13) Fissuras de Pega ou Falsa Pega 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - cimento com excesso de anidrita (gesso anidro) 
 - atraso no lançamento do concreto 
 - calor excessivo e umidade relativamente baixa 
 
- Alternativas de Correção 
- dependendo da abertura da fissura, dispensa-se 
tratamento 
- reconstituir o monolitismo através de injeção de resina 
HSy[L�VH�DEHUWXUD�•�����PP�- fissura passiva 
- reforçar o pilar com chapas metálicas aderidas com 
epóxi 
- demolir e reconstituir a cabeça do pilar ± reconcretar 
com graute ou com concreto 
 
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4.14) Fissuras de Junta de Concretagem 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - topo do pilar com excesso de nata de cimento 
(exsudação) ou sujeira 
 
- Alternativas de Correção 
- dependendo da abertura da fissura, dispensa-se 
tratamento 
- reconstituir o monolitismo através de injeção de resina 
HSy[L�VH�DEHUWXUD�•�����PP�- fissura passiva 
- reforçar o pilar com chapas metálicas aderidas com 
epóxi 
- demolir e reconstituir a cabeça do pilar ± reconcretar 
com graute ou com concreto 
 
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4.15) Fissuras de Compressão Localizada ou Flambagem de 
Armaduras 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - má colocação ou insuficiência de estribos 
 - carga superior à prevista 
 - concreto de resistência inadequada 
 - mau adensamento do concreto 
 
 - Alternativas de Correção 
- reconstituir o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi sempre que a fissura for passiva 
- reforçar a cabeça dos pilares com chapas metálicas 
aderidas com epóxi 
- demolir e reconstruir a cabeça do pilar ± reconcretar 
com graute ou com concreto 
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4.16) Fissuras ou Rupturas no Topo de Pilares Curtos 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - as paredes enrijecem os pilares, que não conseguem 
absorver as movimentações térmicas e hidráulicas da estrutura 
 
 - Alternativas de Correção 
- restaurar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi 
- reforçar o topo dos pilares com chapas metálicas 
aderidas com epóxi 
- demolir e reconstruir a cabeça do pilar ± reconcretar 
com graute ou com concreto 
- executar proteção térmica eficiente na parte superior da 
laje, impermeabilizando-D�WDPEpP�DR�YDSRU�G¶iJXD 
- criar juntas entre paredes e tijolos ou substituir as 
paredes por similares menos rígidas 
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4.17) LAJES - Fissuras de Flexão 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - armadura insuficiente ou mal posicionada 
 - comprimento de ancoragem insuficiente 
 - desforma precoce 
 - sobrecargas não previstas 
 
 - Alternativas de Correção 
- restaurar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi 
- limitar o valor da sobrecarga, conforme análise 
estrutural 
- reforçar com chapa metálica aderida com epóxi; ou 
através da abertura de sulcos, colocação de armaduras e 
preenchimento com argamassa epóxi; ou construção de 
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sobrelaje armada aderida com epóxi, combinada com sublaje 
armada em concreto projetado 
- aplicar impermeabilização adequada 
 
4.18) LAJES ± Fissuras de Flexão em Balanço 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - armadura insuficiente ou mal posicionada 
- comprimento de ancoragem insuficiente 
- desforma precoce 
 - sobrecargas não previstas 
 
 - Alternativas de Correção 
- restaurar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi 
- limitar o valor da sobrecarga, conforme análise 
estrutural 
- reforçar com chapa metálica aderida com epóxi; ou 
através da abertura de sulcos, colocação de armaduras e 
preenchimento com argamassa epóxi; ou construção de 
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sobrelaje armada aderida com epóxi, combinada com sublaje 
armada em concreto projetado 
- aplicar impermeabilização adequada 
 
4.19) LAJES ± Fissuras de Momentos Volventes 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - armadura de canto insuficiente 
 - proteção térmica insuficiente 
 
 - Alternativas de Correção 
- restaurar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi 
- reforçar cantos com nova armadura a 45º 
- efetuar proteção térmica conveniente 
- aplicar impermeabilização adequada 
 
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4.20) LAJES ± Fissuras de Retração Hidráulica e Contração 
Térmica 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - cura insuficiente 
 - proteção térmica ineficiente 
 - excesso de calor de hidratação 
 - excesso de água de amassamento 
 
 - Alternativas de Correção 
 - quando se tratar de laje com alta solicitação pode-se 
aplicar novo revestimento empregando adesivo base acrílica ou base 
epóxi como ponte de aderência 
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 - quando se tratar de laje com pequena solicitação pode-
se colmatar as fissuras com estucamento 
 - efetuar proteção térmica conveniente 
 
4.21) LAJES ± Punção 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - excesso de carga concentrada 
 - laje muito delgada 
 - concreto de resistência inadequada 
 - armadura insuficiente 
 - armadura mal posicionada no projeto ou na execução 
- Alternativas de Correção 
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- reconstituir o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi com ou sem limitação de sobrecarga, conforme análise 
estrutural 
- reforçar a laje junto ao apoio com chapas metálicas 
aderidas com epóxi 
- reforçar o apoio da laje com a criação de capitel na 
cabeça do pilar 
 
4.22) PAREDES ± Fissuras de Recalque 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - recalque das fundações ou dos apoios 
 - armadura insuficiente 
 - armadura mal posicionada no projeto ou na execução 
 
 - Alternativas de Correção 
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- restaurar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi 
- reforçar a fundação 
- aliviar cargas 
 
4.23) PAREDES ± Fissuras de Retração Hidráulica e Contração 
Térmica 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - movimentação térmica da laje de cobertura 
 - concreto de resistência inadequada 
 - movimentação térmica e retração hidráulica 
 
- Alternativas de Correção 
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- criar uma junta de movimentação no local da fissura e 
preencher com selante 
- efetuar proteção térmica eficiente e recompor 
monolitismo através de injeção de resina epóxi 
- aplicar impermeabilização adequada nas fundações para 
impedir umidade ascencional por absorção capilar 
 
4.24) PAREDES ± Fissuras de Flexão 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
 - laje muito flexível em estruturas executadas pelo 
processo de formas tipo túnel 
 - juntas de concretagem mal executadas 
 - armadura insuficiente 
 
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 - Alternativas de Correção 
- restaurar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi 
- limitar a sobrecarga conforme análise estrutural 
- reforçar a parede através de armadura embutida ou 
chapas metálicas aderidas ao concreto 
 
4.25) PAREDES ± Fissuras de Tração 
 - Manifestação Típica 
 
 - Diagnóstico 
- armadura insuficiente para difusão de cargas 
concentradas 
 - armadura mal posicionada no projeto ou na execução 
 
- Alternativas de Correção 
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- restaurar o monolitismo através de injeção de resina 
epóxi 
- limitar a sobrecarga conforme análise estrutural 
- reforçar a parede através de armadura embutida ou 
chapas metálicas aderidas ao concreto 
 
 
 
4.26) FUNDAÇÃO ± Defeitos de Elementos Estruturais de 
Fundações 
 - Manifestação Típica 
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 - Diagnóstico 
 - projeto inadequado 
 - concreto de resistência inadequada 
 - má execução 
 
 - Alternativas de Correção 
 - reforçar os componentes de fundação com problemas: 
blocos, sapatas, estacas (parte superior) 
 - demolir e reconstruir cabeças de estacas com a 
aplicação de microconcreto fluido ou concreto. 
 
5 ± DEMAIS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO 
Os serviços de conservação normalmente restringem-se à 
substituição de elementos quebrados ou deteriorados. Esta 
substituição deve ser feita após a remoção do elemento falho e da 
reconstituição original, se assim for o caso, de sua base de apoio, 
adotando-se, então, o mesmo processo construtivo descrito nas 
Práticas de Construção correspondentes. 
Conforme o caso, será necessária a substituição de toda uma 
área ao redor do elemento danificado, de modo que, na 
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reconstituição do componente, não sejam notadas áreas 
diferenciadas, manchadas ou de aspecto diferente, bem como seja 
garantido o mesmo desempenho do conjunto. 
Se a deterioração do elemento for derivada de causas ou 
defeitos de base, deverá esta também ser substituída. Outras causas 
decorrentes de sistemas danificados de áreas técnicas diversas, como 
hidráulica, elétrica e outras, deverão ser verificadas e sanadas antes 
da correção da arquitetura. 
As ocorrências mais comuns são as seguintes: 
a) Alvenarias 
Deve-se descascar ou retirar o revestimento de todo o 
componente, deixando à mostra a trinca, rachadura ou área 
deteriorada. Procede-se, então, ao seu alargamento e verificação da 
causa para sua correção. Após a correção, deverá ser feito 
preenchimento com argamassa de cimento e areia no traço 
volumétrico 1:3, até obter-se um nivelamento perfeito da superfície. 
Posteriormente será aplicado o revestimento para refazer o 
acabamento de todo o componente original, atentando-se para a não 
formação de áreas de aspecto e desempenho diferentes. 
b) Pinturas 
Na constatação de falhas ou manchas, ou mesmo em caso de 
conservação preventiva de qualquer pintura de componente da 
edificação, deve-se realizar o lixamento completo da área ou 
componente afetado, tratamento da base ou da causa do 
aparecimento das manchas ou falhas, quando houver. 
Posteriormente, procede-se à recomposição total da pintura nas 
mesmas características da original, ou com novas características se 
assim for determinado. 
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c) Revestimento de Pisos 
Se placas ou peças do revestimento se destacarem, deverá ser 
retirado o revestimento de toda a área em volta e verificar a 
existência ou não de problemas na estrutura do piso. Se houver 
problemas de dilatação excessiva, recomenda-se a substituição de 
todo o piso por elementos mais flexíveis. Se não, procede-se à 
recomposição do piso adotando-se o mesmo processo construtivo 
descritonas Práticas de Construção correspondentes. 
d) Coberturas 
A recomposição de elementos da cobertura deve ser feita 
sempre que forem observados vazamentos ou telhas quebradas. 
Deve-se seguir sempre os manuais do fabricante, e nunca fazer a 
inspeção ou troca de elementos com as telhas molhadas. 
e) Impermeabilizações 
As impermeabilizações de coberturas devem ser refeitas 
periodicamente de acordo com as recomendações do fabricante. 
Recomenda-se a retirada de todo o revestimento, limpeza da área a 
ser tratada, verificação dos caimentos, das argamassas da base e das 
furações, e refazimento completo da impermeabilização. Onde for 
possível, poderá ser substituída por cobertura de telhado. 
f) Estruturas Metálicas 
f.1) Pontos de Corrosão 
Será realizada a limpeza da área afetada, que poderá ser 
manual, através de escovas de aço, ou mecânica, através de esmeril 
ou jateamento com areia ou grimalha. Após a limpeza deverá ser 
medida a espessura da chapa na região afetada para avaliação das 
condições de segurança e da necessidade de reforço da estrutura. A 
recomposição da pintura, através de procedimento análogo ao da 
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aplicação original e recomendações dos fabricantes, será executada 
após a avaliação e eventual reforço estrutural. 
f.2) Parafusos Frouxos 
A existência de parafusos frouxos indicam uma estrutura com 
movimentação atípica, não prevista no projeto. De início, os 
parafusos deverão ser novamente apertados. O afrouxamento 
constante de um mesmo parafuso justifica uma avaliação e eventual 
reforço estrutural, pois tal comportamento poderá levar a estrutura à 
ruína por fadiga do material. 
f.3) Trincas em Soldas e Chapas de Base 
As trincas que vierem a ser detectadas tanto em soldas quanto 
nos materiais de base, deverão ser recuperadas de acordo com as 
recomendações da AWS. O freqüente aparecimento de trincas na 
mesma região justifica uma avaliação e eventual reforço da estrutura. 
f.4) Falhas na Pintura 
As falhas ou manchas na pintura da estrutura deverão ser 
recuperadas de conformidade com os procedimentos originais e 
recomendações dos fabricantes. Deverá ser pesquisada a causa do 
aparecimento das falhas e manchas, a fim de evitar a sua 
reincidência. De preferência, a interpretação das anomalias deverá 
ser realizada através de parecer técnico do autor do projeto. 
g) Estruturas de Concreto 
 
g.1) Fissuras 
A existência de fissuras pode indicar problemas na estrutura da 
edificação, devendo ser caracterizadas quanto ao tipo e localização. A 
análise das características e aspecto das fissuras permite relacioná-
las com as prováveis causas geradoras: 
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· Tração - perpendiculares à direção do esforço atuante e 
abrangendo toda a seção transversal da peça; 
· Compressão - paralelas à direção do esforço atuante; 
· Cisalhamento - inclinadas na direção paralela às bielas de 
compressão e geralmente localizadas próximas aos apoios; 
· Flexão - perpendiculares ao eixo da estrutura e situando-se na 
região tracionada do elemento estrutural; 
· Retração - geralmente perpendiculares aos eixos dos 
elementos estruturais; 
· Torção - inclinadas como as fissuras de cisalhamento, porém 
com direção dependendo do sentido da torção; 
· Recalques - inclinadas como fissuras de cisalhamento. 
Um parecer técnico, de preferência elaborado pelo autor do 
projeto, será importante na definição das causas geradoras, bem 
como na determinação da terapia da estrutura a ser adotada. 
Selantes elásticos, rígidos, ou mesmo um reforço poderão ser 
propostos. 
g.2) Pontos de Corrosão nas Armaduras 
A corrosão está diretamente associada à segurança da 
estrutura pois reduz a seção transversal das armaduras. 
As possíveis causas são: 
· pequeno cobrimento das armaduras; 
· infiltrações diversas. 
As terapias podem ser subdivididas em 2 grupos: 
- Oxidação sem comprometimento das armaduras 
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· remoção de todo o concreto desagregado; 
· limpeza da armadura com escova de aço; 
· recomposição com argamassa epoxídica. 
- Oxidação com comprometimento das armaduras 
A metodologia será a mesma anterior com substituição do 
trecho de barra comprometida pela corrosão. 
h) Fundações 
Os problemas relacionados com o desempenho das fundações 
das edificações normalmente refletem-se nas suas estruturas. A 
existência de fissuras nas estruturas pode indicar anomalias nas 
fundações. 
Para o reforço das fundações, usualmente são empregadas as 
seguintes alternativas: 
ā� UHIRUoR�FRP�HVWDFDV�GH� UHDomR� WLSR� ³PHJD´��FUDYDGDV abaixo 
do bloco da fundação através de macaqueamento, em segmentos 
pré-moldados; 
· reforço com estacas perfuradas de pequeno diâmetro, tipo raiz 
ou micro-estacas, com perfuração da sapata ou bloco de fundação e 
incorporação das estacas a um novo bloco de fundação envolvendo a 
sapata ou bloco existente; 
· reforço com execução de injeção química ou com ³FROXQDV´�GH�
VROR� FLPHQWR� WLSR� ³MHW� JURXWLQJ´� SDUD melhorar as características do 
terreno de fundação. 
 
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6 - QUESTÕES COMENTADAS 
 
1) (40 ± Metrô-SP/2012 ± FCC) A fissuração do concreto 
tem influência decisiva na durabilidade da estrutura, uma vez 
que permite a entrada de agentes deletérios. A abertura 
mínima de fissura é de cerca de 0,13 mm, a partir da qual já 
pode ser vista a olho nu. O tipo de fissura provocado pela 
restrição do deslocamento da massa de concreto pelas 
armaduras e pelos agregados de grande dimensão é chamado 
de fissura por 
(A) retração plástica. 
(B) assentamento plástico. 
(C) assentamento do concreto. 
(D) retração térmica. 
(E) retração hidráulica. 
Segundo Ripper & Souza (1998), as fissuras podem ser 
consideradas como a manifestação patológica característica das 
estruturas de concreto, sendo mesmo o dano de ocorrência mais 
comum. 
Possíveis causas do surgimento de tensões trativas superiores à 
resistência do concreto à tração, e, conseqüentemente, a geração de 
quadros fissuratórios: 
a) Deficiências de projeto: as falhas acontecidas em 
projetos estruturais, com influência direta na formação de fissuras, 
podem ser as mais diversas, assumindo as correspondentes fissuras 
configuração própria, função do tipo de esforço a que estão 
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submetidas as várias peças estruturais, como se procura exemplificar 
na figura a seguir. 
 
Também nos casos em que o esforço predominante é 
compressivo,seja em situação de compressão simples ou de flexão 
composta, poderão ser desenvolvidos quadros de fissuração de 
alguma importância, sempre que as resistências últimas do concreto 
forem ultrapassadas, conforme a figura a seguir. 
 
E as Figuras abaixo identificam vigas sujeitas a quadros de 
fissuração diversos, sempre por deficiência de capacidade resistente. 
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É há casos de deficiência de capacidade resistente em lajes, 
como os mostrados na próxima figura. 
 
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Para as quatro primeiras lajes representadas acima, se essas 
fossem peças muito longas, ou seja, lajes armadas em uma só 
direção, as fissuras ocorreriam apenas paralelamente ao lado de 
maior dimensão da laje, posto que a laje assume o comportamento 
de vigas paralelas à menor dimensão. 
Observe-se agora o comportamento conjunto de vigas e pilares, 
como o exemplificado na figura seguinte, em que o esforço de torção 
existente nas vigas é transmitido ao pilar como flexão transversal, e, 
o caso de pilar e laje, com as características fissuras por 
puncionamento desta última. 
 
b) Contração plástica do concreto: 
Este é o primeiro dos casos em que a fissuração, no processo 
de execução de uma determinada peça estrutural, ocorre ainda antes 
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da pega do concreto, devido à evaporação excessivamente rápida da 
água que foi utilizada em excesso para a feitura do material - nada a 
ver com o comportamento reológico próprio do concreto - , sendo 
que a massa, em consequência, se contrai de forma irreversível, 
podendo este movimento acontecer imediatamente após ao 
lançamento do concreto (10 minutos). 
Este processo de fissuramento é mais comum em superfícies 
extensas, como lajes e paredes, com as fissuras sendo normalmente 
paralelas entre si e fazendo ângulo de aproximadamente 45° com os 
cantos, sendo superficiais, na grande maioria dos casos. Entretanto, 
em função da esbeltez das peça em questão, elas podem vir mesmo 
a seccioná-la. 
c) Assentamento do concreto / Perda de aderência das 
barras da armadura 
A fissuração por assentamento do concreto ocorre 
sempre que este movimento natural da massa, resultante da 
ação da força da gravidade, é impedido pela presença de 
fôrmas ou de barras da armadura, sendo tanto maior quanto mais 
espessa for a camada de concreto. 
 
As fissuras formadas pelo assentamento do concreto 
acompanham o desenvolvimento das armaduras, e provocam a 
criação do chamado efeito de parede, ou de sombra, que consiste na 
formação de um vazio por baixo da barra, que reduz a aderência 
desta ao concreto. Se o agrupamento de barras for muito grande, as 
fissuras poderão interagir entre si, gerando situações mais graves, 
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como a de perda total de aderência, quadro já caracterizado na figura 
a seguir. 
 
É importante considerar que, em termos de durabilidade, 
fissuras como estas, que acompanham as armaduras, são as mais 
nocivas, pois facilitam, bem mais que as ortogonais, o acesso direto 
dos agentes agressores, facilitando a corrosão das armaduras. 
d) Movimentação de fôrmas e escoramentos 
A fissuração derivada do movimento de fôrmas e escoramentos 
pode resultar de: 
- deformação acentuada da peça, gerando alteração de sua 
geometria, com perda de resistência e desenvolvimento de um 
quadro de fissuração característico de deficiência de capacidade 
resistente; 
- deformação das fôrmas por mau posicionamento, por falta de 
fixação adequada, pela existência de juntas mal vedadas ou de 
fendas, ou por absorção da água do concreto, permitindo a criação de 
juntas de concretagem não previstas, o que normalmente leva à 
fissuração. 
e) Retração do concreto 
A retração do concreto é um movimento natural da massa que, 
no entanto, é contrariado pela existência de restrições opostas por 
obstáculos internos (barras de armadura) e externos (vinculação a 
outras peças estruturais). 
Se este comportamento reológico não for considerado, quer em 
nível de projeto, quer de execução, são grandes as possibilidades do 
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desenvolvimento de um quadro de fissuração, que pode levar à 
formação de trincas que seccionem completamente as peças mais 
esbeltas, como no caso de lajes e paredes. 
Além da análise das tensões de retração e da disposição de 
armadura de pele, nos casos de peças de grandes dimensões, é 
importante cuidar-se da interação da estrutura com o meio ambiente, 
na época de sua concretagem (as elevadas temperaturas, os baixos 
teores de umidade do ar e a incidência direta de ventos e radiação 
solar são aspectos extremamente prejudiciais ao normal 
endurecimento do concreto), de que a mistura não tenha água mais 
que a necessária e de que as peças sejam convenientemente 
curadas. 
A figura abaixo mostra configurações típicas de fissuras de 
retração (que normalmente são notadas algum tempo depois do 
endurecimento do concreto): no caso das vigas, as fissuras situam-se 
em todo o contorno da alma das mesmas, paralelas entre si, a 
intervalos quase regulares, podendo ocorrer em qualquer ponto do 
vão; no caso das lajes, formam uma figura de aspecto de mosaico, 
podendo ocorrer em ambas as faces da peça. 
 
f) Deficiências de execução 
As fissuras resultantes de deficiências acontecidas no processo 
executivo, seja por incúria, seja por incompetência, assumem, muitas 
vezes, aspecto em tudo semelhante ao que foi mostrado, na 
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generalidade, para os casos de fissuramento por deficiências de 
projeto. 
g) Reações expansivas 
A reação álcalis-agregado pode dar origem a fissuração devida 
à formação de um gel expansivo dentro da massa de concreto. Esta 
reação se desenvolve lentamente, podendo mesmo levar vários anos 
para surgir, sendo o sintoma mais aparente a fissuração desordenada 
nas superfícies expostas. Este quadro não costuma manifestar-se 
antes de um ano após a concretagem. 
O concreto fissurado interna e externamente e deteriorado pode 
perder a durabilidade em grande velocidade, dependendo do tipo de 
exposição do elemento estrutural, das condições ambientais, da ação 
de águas agressivas (que penetram pelas fissuras e poros) e do 
contato das armadurascom o ar. Estas reações são favorecidas pelo 
maior grau de umidade do ambiente e pelo fator água-cimento 
elevado, assim como pelas altas temperaturas, que as aceleram. 
h) Corrosão das armaduras 
Gentil (1987) apud Ripper & Souza (1998) refere que, "de 
maneira geral, a corrosão poderá ser entendida como a deterioração 
de um material, por ação química ou eletroquímica do meio 
ambiente, aliada ou não a esforços mecânicos". 
No caso das barras de aço imersas no meio concreto, a 
deterioração a que se refere a definição já citada é caracterizada pela 
destruição da película passivante existente ao redor de toda a 
superfície exterior das barras. Esta película é formada como resultado 
do impedimento da dissolução do ferro pela elevada alcalinidade da 
solução aquosa que existe no concreto. 
Para entender-se o fenômeno, deve-se ter em mente que a 
solução aquosa a que se referiu resulta da parcela do excesso da 
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água de amassamento do concreto que não é absorvida pela 
superfície dos furos e normalmente vai preencher os veios capilares 
do concreto. 
i ) Recalques diferenciais 
O quadro de fissuramento gerado pela falha de um ou mais 
apoios de uma determinada estrutura é função de diversos fatores, 
sendo os principais a própria magnitude do recalque e a capacidade 
ou não da estrutura conseguir assimilá-lo. De uma maneira geral, não 
é só a estrutura a ressentir-se deste efeito, mas também, no caso de 
edifícios, por exemplo, as alvenarias e os caixilhos. 
 
j ) Variação de temperatura 
A instauração de diferentes estados de tensão em diferentes 
seções de uma mesma peça estrutural (à semelhança do que se viu 
para o caso dos recalques estruturais) e a criação de um estado de 
sobretensão gerado por contração ou dilatação térmica, são situações 
que normalmente geram fissuração, posto que, em qualquer dos 
casos, criam-se tensões superiores à capacidade resistente ou de 
deformação das peças. 
Uma situação típica é a que se dá nas coberturas, em particular 
as horizontais, muito mais expostas aos gradientes térmicos naturais 
do que as peças verticais da estrutura, gerando, em conseqüência, 
movimentos diferenciados entre elementos verticais e horizontais 
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que, normalmente, resultam em fissuração, agravada no caso de 
diferença de inércia (encontro lajes-vigas) ou de materiais resistentes 
(lajes mistas ou préfabricadas). 
A prevenção contra este tipo de fissuração passa, dentre outros 
aspectos, pela correta consideração da influência do meio ambiente, 
pela atenção especial ao detalhamento das armaduras das peças 
solidárias que possuam inércias muito diferentes, pela correta 
disposição de juntas de dilatação e pela consideração cuidadosa das 
cores das pinturas a adotar para os vários elementos estruturais. 
k) Ações aplicadas 
Incluem-se, neste item, os diversos processos de fissuramento 
que possam resultar de ações aplicadas localizadamente e passam 
tanto por choques de veículos como por introdução de esforços de 
protensão, ou ainda pela carga de vigas ou pilares, consideradas 
como cargas concentradas. 
Gabarito: B 
 
2) (51 ± Fundação Casa/2013 ± VUNESP) Em uma estrutura 
de concreto armado, a corrosão do aço, a corrosão do 
concreto, o assentamento plástico do concreto e a aplicação 
de preparados inibidores de corrosão nas barras de aço são as 
principais causas da 
(A) perda de aderência entre concreto e aço. 
(B) dissolução dos agentes ligantes. 
(C) desagregação do concreto. 
(D) carbonatação do concreto. 
(E) deficiência na emenda. 
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Segundo Ripper & Souza (1998), a perda de aderência é um 
efeito que pode ter consequências ruinosas para a estrutura, e pode 
ocorrer entre dois concretos de idades diferentes, na interface de 
duas concretagens, ou entre as barras de aço das armaduras e o 
concreto. 
A perda de aderência entre dois concretos de idades diferentes 
ocorre quando a superfície entre o concreto antigo e o concreto novo 
estiver suja, quando houver um espaço de tempo muito grande entre 
duas concretagens consecutivas e a superfície de contato (junta de 
concretagem) não tiver sido convenientemente preparada, ou quando 
surgirem trincas importantes no elemento estrutural. 
A perda de aderência entre o concreto e o aço ocorre por 
causa de: 
- corrosão do aço, com sua consequente expansão; 
- corrosão do concreto, em função da deterioração por 
dissolução dos agentes ligantes; 
- assentamento plástico do concreto; 
- dilatação ou retração excessiva das armaduras, cuja principal 
causa são os incêndios (cargas cíclicas podem dar efeitos 
semelhantes); 
- aplicação, nas barras de aço, de preparados inibidores 
da corrosão (perda parcial ou total de aderência, em casos 
extremos). 
Gabarito: A 
 
3) (38 ± Metrô-SP/2010 ± FCC) A corrosão do aço em meio 
aquoso conduz à formação de óxidos/hidróxidos de ferro, 
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produtos de corrosão avermelhados que só ocorrem nas 
seguintes condições: 
I. deve existir um eletrólito. 
II. deve existir nitrogênio. 
III. deve existir uma diferença de potencial. 
IV. devem existir agentes inibidores. 
Está correto o que consta em 
(A) I, II, III e IV. 
(B) II e IV, apenas. 
(C) I, II e III, apenas. 
(D) II, III e IV, apenas. 
(E) I e III, apenas. 
A corrosão de armaduras no concreto armado é um fenômeno 
de natureza eletroquímica, que pode ser acelerado pela presença de 
agentes agressivos externos, do ambiente, ou internos, incorporados 
no concreto. Para que a corrosão manifeste-se é necessário que haja 
oxigênio (ar), umidade (água) e o estabelecimento de uma célula de 
corrosão eletroquímica (heterogeneidade da estrutura), que só ocorre 
após a despassivação da armadura. 
01436348609
01436348609 - Tulio Antunes Pinto Coelho
Engenharia Civil ʹ TRF-1/2014 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 16 
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 Segundo Thomaz (1989), em qualquer caso o processo de 
corrosão do aço é eletroquímico, ou seja, dá-se pela geração de um 
potencial elétrico, na presença de um eletrólito - no caso, a 
solução aquosa existente no concreto ± em contato com um condutor 
metálico, a própria barra de aço. A passagem de átomos de ferro à 
superfície aquosa, transformando-se em cátions ferro ( F e + + ) , 
com o conseqüente abandono da barra de aço à carga negativa, 
instalam a diferença de potencial. 
Desta forma, cria-se um efeito de pilha onde a corrosão instala-
se pela geração de uma corrente elétrica dirigida do anodo para o 
catodo, através da água, e do catodo para o

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