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Estudo da constituição da matéria Profª. Dra Bárbara Carine Pinheiro L a ia n e O li v e ir a Hipótese atômica: uma questão filosófica Afinal, de que matéria primordial, do que realmente é constituído tudo aquilo que vemos, sentimos e somos? L a ia n e O li v e ir a Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado Perspectivas continuístas e descontinuístas: controvérsias na Grécia antiga. Concepções dos pré-socráticos: -Thales de Mileto (624 a.C. – 544 a.C.) - Anaxímenes (585 a.C – 525 a.C.) -Xenófanes de Colofônia (560 a.C. – 476 a.C.) - Heráclito (540 a.C. – 480 a.C.) -Empédocles (490 a.C. – 430 a.C.). L a ia n e O li v e ir a Thales de Mileto (624 a.C. – 544 a.C.) propôs que a água seria a matéria primordial. Já Anaxímenes (585 a.C – 525 a.C.), pensou de forma similar a Thales de Mileto, porém, adotando o ar como princípio fundamental (MAAR, 2008). Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Xenófanes de Colofônia (560 a.C. – 476 a.C.) propos que a terra seria o princípio originante Heráclito (540 a.C. – 480 a.C.) afirmava que o fogo era o elemento originante. Já Empédocles (490 a.C. – 430 a.C.) propusera que todos os quatro elementos eram os constituintes dos objetos e os seres. Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Concepções dos pré-socráticos: -Leucipo (400 a.C.) -Demócrito de Abdera (460 a.C -–370 a.C) -Epicuro (341 a.C. – 270 a.C.) Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a - Leucipo (400 a.C.) teve uma ideia que fugia do apelo sensível dos elementos de seus antecessores. - Ele imaginou que a matéria seria feita de partículas muito pequena. Essas partículas ele denominou de “átomos”, uma palavra que significa, em grego, “não-partes”, “indivisível” (MAAR, 2008). Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a -Demócrito de Abdera (460 a.C -–370 a.C), tem o mérito de sistematizar o pensamento de Leucipo, fazendo dele uma verdadeira Hipotese Atômica. -Epicuro (341 a.C. – 270 a.C.), que adicionou aos átomos o conceito de peso para justificar o fato de que os objetos caem em direção ao chão. Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a - Nesse sentido, é pertinente observar o pensamento de Epicuro. Esse filósofo ficou conhecido como aquele que queria livrar os homens do medo da morte e da ira dos deuses. Ele propunha que não há vida após a morte, de modo que, após o falecimento, os átomos do corpo e da alma se desintegram, sendo entregues ao acaso e chocando-se em colisões aleatórias Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a - O poeta-filósofo romano Lucrécio (95 a.C – 55 a.C) propaga o pensamento grego e expõe, em sua famosa obra, “De Rerum Natura”, as ideias atomistas de Demócrito e Epicuro. Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Sob a perspectiva atômica, o universo seria composto de partículas que transitam aleatoriamente e colidem-se no vazio. Mas de onde teria surgido essa ideia tão contra intuitiva? Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Um forte pensamento de oposição a concepção atomistica foi desenvolvido por Aristóteles. Aristóteles (384 a.C – 322 a.C.) desacreditava naquilo que os atomistas tinham como princípio: o vazio, o acaso, e a indivisibilidade da matéria Sistema cosmológico: mundos sublunar e mundo supralunar Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Com o fim da antiguidade, marcado pelas invasões bárbaras gerando a queda do império romano do ocidente e o início da idade média no final do século V, o pensamento grego ainda continuou a se difundir pela europa (VIANA, 2007). A Idade Média é caracterizada, no ocidente, pela hegemonia do cristianismo e pelo grande poder sóciopolítico que a Igreja Católica deteve nesse período. Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a A igreja optou por estruturar seus ensinamentos em um pensamento de base aristotélica e mostrou aversão quanto a noção de entidades indivisíveis ou de qualquer substância primordial da qual tudo seria formado. Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Como ocorreu com outros ramos da atividade científica, a especulação sobre a composição do universo foi proibida, dado que a “verdade” já tinha sido descrita por Aristóteles e incorporada ao pensamento cristão (MAAR, 2008). Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a O fato da prevalência do pensamento aristotélico e o rigor da igreja não impediram que alguns filósofos insistissem na ideia de átomos: - Ockham (1300-1350) e Nicholas de Autrecourt (1299-1369) teceram severas críticas ao pensamento de Aristóteles e postularam que a matéria deveria ser formada a partir de entidades elementares. Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Na linha de pensamento aristotélico o iatroquímico Paracelso (1493-1541) desenvolve a proposta do tria prima (mercúrio, enxofre e sal) e o aplica na medicina, de forma que as doenças seriam um desequilíbrio desses três princípios (MOREIRA, 1997). Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Por volta do século XVI, a Igreja Católica começa a perder espaço e poder no cenário europeu (Renascimento Cultural). Pensamento dos atomistas: Galileu Galilei (1564-1642), Giordano Bruno (1548-1600) e Pierre Gassendi (1592-1655). Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Esses dois séculos foram marcados por muitas transformações no pensamento europeu. As bases para a nova concepção corpuscular da matéria foram então traçadas por Robert Boyle (1627-1691) e por Isaac Newton (1643-1727), que se revelaram atomistas cristãos (OKI, 2009). Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Boyle refuta a ideia dos 4 elementos aristotélicos e do tria prima peracelsiano afirmando que nenhum destes se mantem quando a substância é submetida a análises experimentais (VIANA, 2007). Modelo corpuscular baseado na prima naturalia. Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Newton, contudo, adotou uma filosofia natural mecânica, que surpreendentemente, não atribuía a gravidade como força de atração entre as partículas, de formaque considerava que haveriam forças sim, mas de diferente natureza e que, a nível microscópico, a gravidade não teria efeito (OKI, 2009) Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Para explicar a questão atmosférica Dalton postulou que a matéria é formada por partículas últimas chamadas átomos e que estas partículas são indivisíveis e não podem ser criadas e nem destruidas. Com isto ele explica a composição da atmosfera gasosa Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Dalton busca dar um caráter quantitativo ao átomo por meio de sua tabela de pesos atômicos E é nesse contexto, que em 21 de outubro de 1803, Dalton apresenta sua teoria atômica em uma palestra para sete pessoas, a qual seria posteriormente publicada, em seu primeiro livro em 1808 (VIANA, 2007) Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a 24/11/2011 Postulados da teoria atômica de Dalton: 1. Uma substância elementar pode ser subdividida até se conseguir partículas indivisíveis chamadas átomos 2. Os átomos de um mesmo elemento são todos idênticos 3. Os átomos de elementos diferentes têm massas diferentes 4. É impossível criar ou destruir átomo de um elemento 5. A menor porção de um composto é uma molécula Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a As ideias de Dalton se difundiram pela Europa de modo a atrair a simpatia de alguns e a oposição de outros a exemplo dos químicos equivalentistas e dos energicistas (OKI, 2009). Controvérsias do século XIX: o congresso de Karlsruhe O desenvolvimento da Química Orgânica auxiliou no fortalecimento da teoria atômica Teoria atômica: do átomo filosófico ao átomo modelado L a ia n e O li v e ir a Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” Com a descoberta da eletricidade e após a tentativa de elaboração de modelos explicativos para este fenômeno, por volta do século XIX, o físico inglês Joseph John Thomson (1856-1940) também propôs um modelo para o átomo (MOREIRA, 1997). L a ia n e O li v e ir a O interesse por descargas elétricas em tubos com ar a baixa pressão remonta aos experimentos de Faraday, em 1833. Já em 1875 W. Crooks idealizou um tubo com vácuo em melhores condições, permitindo estudar com maior facilidade a passagem da corrente elétrica através do vácuo. Essas descargas foram chamadas de raios catódicos (MOREIRA, 1997) Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a 24/11/2011 Raios catódicos (elétrons) Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Havia divergências se os raios catódicos eram uma forma de luz, formados por ondas, ou se seriam partículas que se moviam muito rapidamente. Em 1897, J. J. Thomson, trabalhando com tubos de alto vácuo, demonstrou a deflexão dos raios catódicos em um campo elétrico, aceitando-se a idéia de que esses raios eram correntes de partículas que transportavam uma carga elétrica negativa. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Desde as Leis de Faraday pensava-se que a eletricidade podia ser transportada por partículas que Stoney, em 1891, havia sugerido que fossem chamadas de elétrons. Thomson propõe que o átomo era uma esfera positiva com elétrons uniformimente distribuidos pela sua superfície. A partir do modelo proposto por Thomson o átomo passa a ter “tomos” Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a 24/11/2011 Pela separação da radiação, concluiu-se que o átomo consistia de entidades neutras, carregadas negativa e positivamente J. J. Thomson supôs que todas essas espécies carregadas estavam organizadas como uma esfera Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a 24/11/2011 • Em 1897, Thomson determinou que a proporção carga-massa de um elétron é 1,76/108 C/g. • Objetivo: encontrar a carga no elétron para determinar sua massa. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a 24/11/2011 Raios catódicos e elétrons • Utilizando observações experimentais, Millikan determinou que a carga no elétron é 1,60 x 10-19 C. • Conhecendo a proporção carga-massa, 1,76 x 108 C/g, Millikan calculou a massa do elétron: 9,10 x 10-28 g. • Com números mais exatos, concluimos que a massa do elétron é 9,10939 x 10-28 g. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Com o continuo estudo acerca das radiações, ao final do século XIX foram descobertos os raios X, por Rontgen, e a radioatividade, sendo nomeada por Becquerel, sendo desenvolvidos estudos por Marie Curie, Pierre Curie, Rutherford e Sody (MAAR, 2011). Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a A radioatividade é um fenômeno que pode ser natural ou artificial, e resulta da emissão de radiação por átomos de alguns elementos químicos na sua forma elementar ou combinada Este fenômeno não era explicado pelos modelos atômicos existentes naquela época. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Radioatividade • Um alto desvio no sentido da chapa positiva corresponde à radiação que é negativamente carregada e tem massa baixa. Essa se chama radiação (consiste de elétrons). • Nenhum desvio corresponde a uma radiação neutra. Essa se chama radiação • Um pequeno desvio no sentido da chapa carregada negativamente corresponde à radiação carregada positivamente e de massa alta. Essa se chama radiação . Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a As bases para o desenvolvimento da física nuclear foram lançadas por Ernest Rutherford (1871 - 1937) ao desenvolver sua teoria sobre a estrutura atômica. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a O cientista estudou por três anos o comportamento dos feixes de partículas ou raios X, além da emissão de radioatividade pelo elemento Urânio (MAAR, 2011). Uma das inúmeras experiências realizadas, foi a que demonstrava o espalhamento das partículas alfa. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a 24/11/2011 O átomo nuclear (Rutherford) • Fonte de partículas colocada na boca de um detector circular, lançando essas partículas através de uma lâmina de ouro • Maioria das partículas passavam diretamente através da chapa, sem desvio, mas algumas partículas eram desviadas em grandes ângulos Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a 24/11/2011 Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a 24/11/2011O átomo nuclear • Se a maioria das partículas passava através de um pedaço de chapa sem sofrer desvio, a maior parte do átomo devia consistir de carga negativa difusa de massa baixa (o elétron) • Para que um pequeno número de desvios grandes das partículas ocorresse, o centro ou núcleo do átomo deveria consistir de uma carga positiva densa Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Rutherford propôs que os elétrons envolviam o núcleo da mesma forma que os planetas giram em torno do Sol Se uma partícula carregada movendo em uma trajetória circular deve perder energia, significa que o átomo deve ser instável (modelo de Rutherford) Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a A teoria atômica de Rutherford encontrou uma dificuldade teórica resolvida por Niels Bohr em1913. O problema do colapso atômico!!! Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Baseado na noção de quantização proposta por Planck em 1900, Bohr propõe um modelo atômico com base em postulados que situa os elétrons em órbitas quantizadas (MAAR, 2011). Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a • Planck: a energia só pode ser liberada (ou absorvida) por átomos em certos pedaços de tamanhos mínimos, chamados quantum. • A relação entre a energia e a frequência é onde h é a constante de Planck (6,626 x 10-34 J s). • Para entender a quantização, considere a subida em uma rampa versus a subida em uma escada: • Para a rampa, há uma alteração constante na altura, enquanto na escada há uma alteração gradual e quantizada na altura. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a O efeito fotoelétrico e fótons • O efeito fotoelétrico fornece evidências para a natureza de partícula da luz - “quantização”. • Se a luz brilha na superfície de um metal, há um ponto no qual os elétrons são expelidos do metal. • Os elétons somente serão expelidos se a frequência mínima é alcançada. • Abaixo da frequência mínima, nenhum elétron é expelido. • Acima da frequência mínima, o número de elétrons expelidos depende da intensidade da luz. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a O efeito fotoelétrico e os fótons • Einstein supôs que a luz trafega em pacotes de energia denominados fótons. • A energia de um fóton: Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” hE L a ia n e O li v e ir a Espectros de linhas • A radiação composta por um único comprimento de onda é chamada de monocromática. • A radiação que se varre uma matriz completa de diferentes comprimentos de onda é chamada de contínua. • A luz branca pode ser separada em um espectro contínuo de cores. • Observe que não há manchas escuras no espectro contínuo que corresponderiam a linhas diferentes. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Espectros de linhas • Balmer: descobriu que as linhas no espectro de linhas visíveis do hidrogênio se encaixam em uma simples equação. • Mais tarde, Rydberg generalizou a equação de Balmer para: onde RH é a constante de Rydberg (1,096776 10 7 m-1), h é a constante de Planck (6,626 10-34 J·s), n1 e n2 são números inteiros (n2 > n1). Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” 2 2 2 1 111 nnh RH L a ia n e O li v e ir a O modelo de Bohr • Rutherford supôs que os elétrons orbitavam o núcleo da mesma forma que os planetas orbitam em torno do sol. • Entretanto, uma partícula carregada movendo em uma trajetória circular deve perder energia. • Isso significa que o átomo deve ser instável de acordo com a teoria de Rutherford. • Bohr observou o espectro de linhas de determinados elementos e admitiu que os elétrons estavam confinados em estados específicos de energia. Esses foram denominados órbitas. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a O modelo de Bohr • As cores de gases excitados surgem devido ao movimento dos elétrons entre os estados de energia no átomo. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a O modelo de Bohr • Já que os estados de energia são quantizados, a luz emitida por átomos excitados deve ser quantizada e aparecer como espectro de linhas. • Após muita matemática, Bohr mostrou que onde n é o número quântico principal (por exemplo, n = 1, 2, 3, … e nada mais). Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” 2 18 1 J 1018.2 n E L a ia n e O li v e ir a O modelo de Bohr • Podemos mostrar que • Quando ni > nf, a energia é emitida. • Quando nf > ni, a energia é absorvida. Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” 22 18 11 J 1018.2 if nn hc hE L a ia n e O li v e ir a Postulados de Bohr 1. Somente órbitas de certos raios, correspondendo, a certas energias definidas, são permitidas para os elétrons em um átomo 2. Um elétron em certa órbita permitida tem certa energia específica e está em um estado de energia permitido. Esse elétron não irradiará energia, portanto, não se moverá em forma de espiral em direção ao núcleo 3. A energia só é emitida ou absorvida por um elétron quando ele muda de um estado de energia permitido para outro, na forma de fóton: E = hν Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Modelos atômicos: o átomo tem “tomos” L a ia n e O li v e ir a Modelos atômicos: a perspectiva quântica Em 1925, De Broglie estendeu a noção de comportamento dual da matéria para os elétrons. O que foi provado posteriormente com experimentos que verificaram a difração do elétron. L a ia n e O li v e ir a Modelos atômicos: a perspectiva quântica • Sabendo-se que a luz tem uma natureza de partícula, parece razoável perguntar se a matéria tem natureza ondulatória. • Utilizando as equações de Einstein e de Planck, De Broglie mostrou: • O momento, mv, é uma propriedade de partícula, enquanto é uma propriedade ondulatória. • de Broglie resumiu os conceitos de ondas e partículas, com efeitos notáveis se os objetos são pequenos. mv h L a ia n e O li v e ir a Em 1920. Heisenberg verificou a impossibilidade de determinar com exatidão a posição e a velocidade do elétron, de modo a não ser possível estabelecer a sua trajetória. Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia n e O li v e ir a Com o princípio da incerteza de Heisenberg e com a noção dual do átomo o modelo de Bohr não consegue mais dar conta de explicar condição do elétron no átomo (MAAR, 2011). Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia ne O li v e ir a Em 1926, Schrodinger propõe uma equação para o cálculo da energia do sistema quântico que incorpora o comportamento ondulatório do elétron. A partir dessa equação é possível calcular os estados energéticos dos elétrons em função dos seus números quânticos. Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia n e O li v e ir a Estas funções de onda (psi) que descrevem o comportamento do elétron são chamadas orbitais. Por psi não possuir significado fisico, os químicos costumam usar psi quadrado que é interpretado como a região de máxima probabilidade de encontrar o elétron. (interpretação de Max Born, década de 20) Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia n e O li v e ir a Assim, podemos inferir que o átomo dos químicos é uma partícula que possui um núcleo com elétrons (com característica dual) que se movem nas proximidades deste com uma trajetória não definida, mas com regiões de máxima probabilidade. Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia n e O li v e ir a Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia n e O li v e ir a Orbitais e números quânticos • Se resolvermos a equação de Schrödinger, teremos as funções de onda e as energias para as funções de onda. • Chamamos as funções de onda de orbitais. • A equação de Schrödinger necessita de três números quânticos: 1. Número quântico principal, n. Este é o mesmo n de Bohr. À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo mais distante do núcleo. Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia n e O li v e ir a Orbitais e números quânticos 2. O número quântico azimuthal, l. Esse número quântico depende do valor de n. Os valores de l começam de 0 e aumentam até n -1. Normalmente utilizamos letras para l (s, p, d e f para l = 0, 1, 2, e 3). Geralmente nos referimos aos orbitais s, p, d e f. 3. O número quântico magnético, ml. Esse número quântico depende de l. O número quântico magnético tem valores inteiros entre -l e +l. Fornecem a orientação do orbital no espaço. Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia n e O li v e ir a Orbitais s • Todos os orbitais s são esféricos. • À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. • Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero. • Em um nó, 2 = 0 Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia n e O li v e ir a Modelos atômicos: a perspectiva quântica L a ia n e O li
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