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introdução à FISIOLOGIA RENAL

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LARA OSÓRIO TURMA 2023.1 FISIO IV 
FISIOLOGIA RENAL 
PRINCÍPIOS DA FUNÇÃO RENAL : os rins participam da 
manutenção do meio interno por meio dos seguintes 
processos: 
• Regulação do equilíbrio da agua e eletrólitos; 
• Regulação de volume e osmolaridade; 
• Regulação da pressão arterial; 
• Regulação do equilíbrio acido-basico; 
• Eliminação de resíduos: produtos do metabolismo, 
metabolitos hormonais, drogas e toxinas; 
• Conservação de nutrientes; 
• Regulação da produção de eritrócitos: eritopoetina; 
• Participação na regulação do metabolismo ósseo de 
cálcio e fósforo. 
ANATOMIA 
• Os rins (02) são órgãos retroperitoniais, situados 
entre T12 e L3 (loja renal); 
• O rim tem uma borda convexa e outra côncava. 
Na côncava fica o hilo renal, formado pelas 
estruturas que entram e saem do órgão. São elas: 
artéria renal (ramo da aorta abdominal), pelve 
renal (que se afunila para originar o ureter) e a 
veia renal (tributária da VCI). 
• Apresenta 02 zonas: cortical e medular. O córtex 
e a medula são constituídos por néfrons, vasos 
sanguíneos linfáticos e nervos. 
• O córtex é o mais externo, fica logo abaixo da 
capsula de tecido conjuntivo denso e a região 
medular, mais interno, formada pelas pirâmides 
renais. A base da pirâmide renal fica na região 
corticomedular e o ápice termina na papila que 
desemboca seu conteúdo no cálice menor e esse, 
por sua vez, em conjunto de três, no cálice maior. 
Depois essa urina é drenada para a pelve e segue 
pelo ureter até a bexiga. Entre as pirâmides estão 
as colunas renais. 
• Trajeto da urina: ureteres > bexiga > uretra. 
• Suprimento vascular: artéria renal > artéria 
interlobar > artéria arqueada > artéria 
interlobular > arteríola aferente (AA) > que leva a 
urina aos capilares glomerulares (PRIMEIRA 
capilarização). Os capilares glomerulares se 
unem, formando a arteríola eferente, que leva a 
segunda rede capilar, os capilares peritubulares, 
que levam sangue ao néfron (SEGUNDA 
capilarização). Em relação ao sistema venoso: 
veia interlobular > veia arqueada > veia interlobar 
> veia renal. 
 
 
NEFRÓN 
As unidades morfológicas dos rins são os nefrons, que 
estão em número de 1.000.000 aproximadamente. As 
partes que constituem os nefrons são o corpúsculo renal, 
o túbulo proximal, a alça de Henle - com sua parte 
descendente fina e a parte ascendente espessa - , o túbulo 
distal e o sistema de ducto coletor. Cada segmento do 
néfron apresenta funções distintas, uma vez que as células 
encontradas em cada são diferentes. 
Classificação: os néfrons diferenciam-se de acordo com a 
posição do glomérulo, podendo ser corticais(80%) ou 
justamedulares(20%). Os glomérulos dos nefrons corticais 
superficiais estão no córtex externo e possuem alças 
curtas, enquanto os nefrons justaglomerulares possuem 
alças longas e seus glomérulos localizam-se próximos aos 
limites corticomedular. 
• O suprimento sanguíneo que ocorre nos nefrons 
corticais se diferencia dos justaglomerulares: a 
primeira rede capilar é originada pelas arteríolas 
aferentes que levam sangue para dentro da cápsula de 
Bowman, através dos quais ocorre a formação do 
ultrafiltrado. A partir daí o sangue é drenado para as 
arteríolas eferentes para a segunda rede capilar, os 
capilares peritubulares, que circundam os túbulos 
renais e depois o sangue flui por pequenas veias até 
chegar a veia renal. Há ainda uma especialização nos 
nefrons justaglomerulares, dos vasos peritubulares, 
chamada de vasos retos, que seguem o percurso da 
alça de henle e ductos coletores. Essa segunda 
capilarização tem como função de nutrição e 
reabsorção/secreção de solutos e água. 
LARA OSÓRIO TURMA 2023.1 FISIO IV 
CORPÚSCULO RENAL 
O corpúsculo renal é composto pela cápsula de bowman e 
o glomérulo capilar e é essa estrutura responsável pela 
primeira etapa de formação da urina, com a formação do 
ultrafiltrado. 
• Células mesangiais: são células que oferecem suporte 
estrutural aos capilares glomerulares, uma vez que são 
formadas de células musculares lisas que secretam a 
matriz extracelular. Apresentam atividade fagocítica, 
removendo macromoléculas do mesângio e secretam 
prostaglandinas e citocinas pró-inflamatórias. Por 
estarem adjacentes aos capilares glomerulares e 
terem a capacidade de se contrair, as células 
mesangiais podem influenciar a IFG regulando o fluxo 
sanguíneo que passa pelos capilares glomerulares ou 
alterando a área de superfície capilar. As células 
mesangiais situadas externamente ao glomérulo 
(entre as arteríolas aferente e eferente) são chamadas 
de células mesangiais extraglomerulares. 
Posteriormente, as alças capilares se reúnem 
formando a arteríola eferente do glomérulo. 
 
APARELHO JUSTAGLOMERULAR 
O aparelho justaglomerular exerce profunda influência na 
pressão e fluxo sanguíneos e no volume de fluido 
extracelular, por meio de modificações do ritmo de 
filtração glomerular e da liberação de renina na circulação. 
Esses mecanismos são feitos através das células que o 
compõem: células granulares ou justaglomerulares das 
arteríolas, pelas células da mácula densa e pelas células 
mesangiais extraglomerulares. 
Então, o aparelho justaglomerular compreende a região 
em que a porção inicial do túbulo distal fica em contato 
com seu correspondente glomérulo e suas respectivas 
arteríolas aferente e eferente. 
• Células granulares ou justaglomerulares: células 
epiteliais cúbicas encontradas na camada média da 
arteríola aferente. Apresentam citoplasma rico em 
grânulos que contem renina, enzima que é secretada 
para a luz da arteríola aferente e para a linfa renal. 
Essa enzima faz parte do sistema renina-angiotensina-
aldosterona, que tem papel central no balanço de Na+ 
e água do organismo e também, por meio da 
angiotensina II, na regulação do fluxo sanguíneo renal 
e do ritmo de filtração glomerular. 
• Células da mácula densa: células colunares altas que 
ficam entre a parte ascendente espessa e o túbulo 
distal – logo, envolvem a parede do túbulo distal que 
representam uma porção morfologicamente distinta 
do ramo ascendente espesso que estão em contato 
com as células granulares da parede da arteríola 
aferente. São responsáveis por detectar variação de 
volume e composição do fluido tubular distal e enviam 
sinais sobre o filtrado às células granulares da arteríola 
aferente através de projeções citoplasmáticas. 
• Células mesangiais extraglomerulares: ficam entre as 
duas arteríolas e também apresenta células granulares 
secretoras. 
O organismo pode efetuar modificações no grau de 
constrição das arteríolas aferentes e eferentes utilizando 
três mecanismos: 
a) por fatores hurnorais que chegam pela corrente 
sanguínea a essa região, 
b) por meio de estímulos conduzidos pela inervação 
simpática do aparelho justaglomerular e ainda 
c) por intermédio da estimulação proveniente de 
modificações da composição do fluido tubular, 
transmitidas pela mácula densa. 
 
 
 
 
 
 
 
LARA OSÓRIO TURMA 2023.1 FISIO IV 
BEXIGA E MICÇÃO 
A bexiga é o órgão responsável pelo armazenamento da urina, que será transportada dos rins através do ureter. Essa estrutura 
é controlada pelo sistema nervoso autônomo que manda sinais para ocorrer a micção. 
Como ocorre esse sinal? 
Então, a bexiga é formada por uma musculatura lisa. Nela, há dois esfíncteres que se comunicam com a uretra e que permitem 
o controle da micção: o esfíncter interno, formado de musculo liso, e o esfíncter externo, formado de musculo esquelético. 
Quando a bexiga está em repouso, existe um neurôniomotor disparando constantemente, devido a uma descarga tônica, em 
direção ao esfíncter externo, mantendo-o contraído, enquanto o esfíncter interno está contraído passivamente. Em outras 
palavras, o músculo liso da bexiga vai se encontrar relaxado e o esfíncter da uretra e o musculo do assoalho pélvico, por sua 
vez, contraídos, impedindo que ocorra a micção. A partir do momento que vai ocorrendo o preenchimento da bexiga com a 
urina, vai ocorrer a primeira sensação que é quando a bexiga está cheia parcialmente. Logo, como ainda há espaço para se 
armazenar urina, o desejo voluntario da micção pode ser inibido até a necessidade de urinar. 
Sabe-se que a bexiga é repleta por receptores de estiramento que disparam com o alongamento do musculo, passando de 
relaxado para contraído. Esse processo ocorre de forma que, quando a bexiga começa a se encher devido ao acumulo de urina, 
os receptores de estiramento são acionados e a informação sensorial é levada por neurônios aferentes até a medula e a 
resposta acontece mediante a via parassimpática. Logo, ocorre a ativação de neurônios parassimpáticos em direção a bexiga, 
contraindo-a, de maneira que facilite a liberação da urina e ocorra o processo de micção, além do relaxamento do esfíncter 
interno. Paralelamente, o reflexo de ativação parassimpático vai atuar inibindo a descarga tônica promovida pelos neurônios 
motores que mantinham o esfíncter externo contraído e, assim, vai haver o relaxamento do esfíncter externo. Todos esses 
fatores culminam na micção. (Nesse momento, o musculo da bexiga se contrai como forma de expelir a urina e o musculo do 
assoalho pélvico relaxa, ocorrendo a micção.) 
 
 
 
Então, quando não há micção (bexiga relaxada) é quando os 
receptores de estiramento não estão ativados e a descarga 
tônica promovida pelo neurônio motor atua constantemente 
sobre o esfíncter externo. Quando ocorre micção, é quando 
a via parassimpática é acionada atuando no musculo liso da 
bexiga, contraindo-o e, consequentemente, haverá 
relaxamento do esfíncter interno (que antes estava contraído 
passivamente) e, além disso, relaxamento do esfíncter 
externo devido a inibição da descarga tônica pelo neurônio 
motor. 
 
 
 
 
	FISIOLOGIA RENAL
	ANATOMIA
	NEFRÓN
	CORPÚSCULO RENAL
	APARELHO JUSTAGLOMERULAR
	bexiga e MICÇÃO

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