Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
g o v e r n o d o e s ta d o d e s ã o pa u l o 2 Almoxarife e Estoquista emprego Adm i n i s tr Ação 2 Almox arife e Estoquista GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Geraldo Alckmin Governador SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Márcio Luiz França Gomes Secretário Cláudio Valverde Secretário-Adjunto Maurício Juvenal Chefe de Gabinete Marco Antonio da Silva Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Geraldo Alckmin Governador SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Márcio Luiz França Gomes Secretário Cláudio Valverde Secretário-Adjunto Maurício Juvenal Chefe de Gabinete Marco Antonio da Silva Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante Concepção do programa e elaboração de conteúdos Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Coordenação do Projeto Equipe Técnica Marco Antonio da Silva Cibele Rodrigues Silva, João Mota Jr. e Raphael Lebsa do Prado Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap Gestão do processo de produção editorial Fundação Carlos Alberto Vanzolini CTP, Impressão e Acabamento Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Wanderley Messias da Costa Diretor Executivo Márgara Raquel Cunha Diretora Técnica de Formação Profissional Coordenação Executiva do Projeto José Lucas Cordeiro Equipe Técnica Elen Cristina S. K. Vaz Döppenschmitt, Fabiana de Cássia Rodrigues e Liliane Bordignon de Souza Textos de Referência Dilma Fabri Marão Pichoneri, Paula Marcia Ciacco da Silva Dias e Selma Venco Mauro de Mesquita Spínola Presidente da Diretoria Executiva José Joaquim do Amaral Ferreira Vice-presidente da Diretoria Executiva Gestão de Tecnologias em Educação Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão do Portal Luis Marcio Barbosa, Luiz Carlos Gonçalves, Sonia Akimoto e Wilder Rogério de Oliveira Gestão de Comunicação Ane do Valle Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Assessoria pedagógica: Egon de Oliveira Rangel Editorial: Airton Dantas de Araújo, Ana Paula Peicher Lisboa, Bruno Meng, Camila Grande, Celeste Baumann, Mainã Greeb Vicente, Olivia Frade Zambone, Priscila Risso, Rogério Cantelli, Stella Mesquita e Tatiana F. Souza Direitos autorais e iconografia: Ana Beatriz Freire, Aparecido Francisco, Fernanda Catalão, José Carlos Augusto, Larissa Polix Barbosa, Maria Magalhães de Alencastro, Mayara Ribeiro de Souza, Priscila Garofalo, Rita De Luca, Roberto Polacov e Sandro Carrasco Apoio à produção: Fernanda Rezende de Queiróz, Luiz Roberto Vital Pinto, Maria Regina Xavier de Brito, Valéria Aranha e Vanessa Leite Rios Diagramação e arte: Jairo Souza Design Gráfico Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material: Campinense Transporte, DiCico, Fernando Henrique de Almeida Sobral, Longa Industrial Ltda., Nacco Materials Handling Group Brasil, Pallets de Paula, SB Pallet, Sest-Senat Santo André, Somov, SSI Schaefer e Transligue Transp. e Serv. Ltda. Caro(a) Trabalhador(a) Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto a capacitação profissional é importante para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio. Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado. Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manterem atualizados ou, quem sabe, exercerem novas profissões com salários mais atraentes. Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego. O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com instituições conceituadas na área da edu- cação profissional. Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade. Temos certeza de que vamos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores. Boa sorte e um ótimo curso! Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Concepção do programa e elaboração de conteúdos Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Coordenação do Projeto Equipe Técnica Marco Antonio da Silva Cibele Rodrigues Silva, João Mota Jr. e Raphael Lebsa do Prado Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap Gestão do processo de produção editorial Fundação Carlos Alberto Vanzolini CTP, Impressão e Acabamento Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Wanderley Messias da Costa Diretor Executivo Márgara Raquel Cunha Diretora Técnica de Formação Profissional Coordenação Executiva do Projeto José Lucas Cordeiro Equipe Técnica Elen Cristina S. K. Vaz Döppenschmitt, Fabiana de Cássia Rodrigues e Liliane Bordignon de Souza Textos de Referência Dilma Fabri Marão Pichoneri, Paula Marcia Ciacco da Silva Dias e Selma Venco Mauro de Mesquita Spínola Presidente da Diretoria Executiva José Joaquim do Amaral Ferreira Vice-presidente da Diretoria Executiva Gestão de Tecnologias em Educação Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão do Portal Luis Marcio Barbosa, Luiz Carlos Gonçalves, Sonia Akimoto e Wilder Rogério de Oliveira Gestão de Comunicação Ane do Valle Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Assessoria pedagógica: Egon de Oliveira Rangel Editorial: Airton Dantas de Araújo, Ana Paula Peicher Lisboa, Bruno Meng, Camila Grande, Celeste Baumann, Mainã Greeb Vicente, Olivia Frade Zambone, Priscila Risso, Rogério Cantelli, Stella Mesquita e Tatiana F. Souza Direitos autorais e iconografia: Ana Beatriz Freire, Aparecido Francisco, Fernanda Catalão, José Carlos Augusto, Larissa Polix Barbosa, Maria Magalhães de Alencastro, Mayara Ribeiro de Souza, Priscila Garofalo, Rita De Luca, Roberto Polacov e Sandro Carrasco Apoio à produção: Fernanda Rezende de Queiróz, Luiz Roberto Vital Pinto, Maria Regina Xavier de Brito, Valéria Aranha e Vanessa Leite Rios Diagramação e arte: Jairo Souza Design Gráfico Caro(a) Trabalhador(a) Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto a capacitação profissional é importante para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio. Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado. Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manterem atualizados ou, quem sabe, exercerem novas profissões com salários mais atraentes. Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego. O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com instituições conceituadas na área da edu- cação profissional. Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade. Temos certeza de que vamos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissionalde qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores. Boa sorte e um ótimo curso! Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Caro(a) Trabalhador(a) Dando continuidade aos estudos para a ocupação de almoxarife e estoquista, neste Caderno você encontrará os principais conceitos e práticas que envolvem essa ocupação. Iniciamos, na Unidade 7, pelo passo a passo das atividades, mostrando a importân- cia da organização do espaço nos almoxarifados e estoques, visto que ela é funda- mental para que o fluxo de trabalho na empresa ocorra devidamente. A Unidade 8 trata de uma etapa importante no dia a dia de um almoxarife e/ou estoquista: como receber as mercadorias ou matérias-primas, além de todos os procedimentos de controle e conferência que envolvem essa etapa do trabalho. A Unidade 9 apresenta elementos presentes no almoxarifado e no estoque: equipa- mentos de movimentação e armazenagem, paletes, contentores, embalagens etc. Conhecendo cada um deles você saberá melhor utilizá-los. Na Unidade 10, por sua vez, você conhecerá as etapas de expedição e distribuição dos produtos e, em especial, aprenderá sobre os meios de transporte mais utilizados no País. Na Unidade 11, trataremos da linguagem não verbal, ou seja, aquela realizada por sinais e símbolos nos locais de trabalho e que indicam áreas de alto risco de aciden- tes. Esta Unidade tem, portanto, uma importância vital na sua formação, pois compreender as formas de saúde e segurança no trabalho auxilia na prevenção de acidentes. Você chega ao fim de mais uma etapa de formação na Unidade 12. É o momento de rever tudo o que aprendeu e de descobrir como isso será concretizado em seu currículo, pois você estará certificado e apto a buscar um emprego nessa área. Boa sorte nessa nova etapa que se inicia! Sum á ri o Unidade 7 9 Passo a Passo no almoxarifado: a organização do esPaço Unidade 8 17 Passo a Passo no almoxarifado: a armazenagem Unidade 9 27 equiPamentos e instalações Unidade 10 61 Passo a Passo no almoxarifado: exPedição e distribuição Unidade 11 67 linguagem não verbal: sua segurança no trabalho Unidade 12 97 revendo seus conhecimentos FICHA CATALOGRÁFICA Tatiane Silva Massucato Arias - CRB-8/7262 São Paulo (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Via Rápida Emprego: administração: almoxarife e estoquista, v.2. São Paulo: SDECTI, 2015. il. - - (Série Arco Ocupacional Administração) ISBN: 978-85-8312-173-2 (Impresso) 978-85-8312-172-5 (Digital) 1. Ensino Profissionalizante 2. Administração – Qualificação Técnica 3. Almoxarife e Estoquista – Mercado de Trabalho I. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação II. Título III. Série. CDD: 658.787 al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 9 unida d e 7 Passo a passo no almoxarifado: a organização do espaço Nos almoxarifados ou depósitos acontecem muitas atividades que permitem a execução de boa parte dos processos logísticos da empresa. Abrigar os estoques é apenas uma das atividades, o ar- mazenamento. Nos processos que ocorrem no interior dos arma- zéns, o software de gestão do armazém se constitui como ferramenta altamente eficiente e completa, uma vez que engloba todo o gerenciamento do processo. Talvez a primeira preocupação que os profissionais que atuam no almoxarifado devam ter em mente é a organização do espa- ço físico, o desenho do armazém e suas instalações: o leiaute. É a partir do leiaute que são definidos vários critérios que serão adotados no dia a dia das operações que acontecem no estoque ou armazém. Equipamentos, instalações e o próprio almoxarifado devem estar sempre limpos, arrumados, organizados; os paletes – que você estudará em item próprio – devem estar sempre estrutu- rados de forma correta, ou seja, as caixas, as embalagens, os fardos, ou o que for, devem estar perfeitamente empilhados, afixados e amarrados, e as caixas devidamente fechadas. Quando houver informações, é preciso respeitá-las para evitar inconvenientes ou acidentes no momento do empilhamento e da colocação nas prateleiras; embalagens vazias devem estar separadas em locais próprios, em gaiolas de armazenamento, para reaproveitamento; os corredores devem estar desobstruídos, especialmente quando compõem rotas de fuga; assim como jamais devem ser obstruídos, em qualquer grau, os locais em que estão instalados extintores e hidrantes. 10 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Pode-se dizer também que o controle rigoroso do acesso de pessoas ao almoxarifa- do faz parte da boa organização desse espaço, uma vez que pessoas que nele não atuam desconhecem seus procedimentos e facilmente podem vir a causar ou ser vítimas de acidentes, além de diminuir possíveis furtos. © A ch im P ri ll/ 12 3R F © R en at o V io tt i/ L at in st oc k © R en at o V io tt i/ L at in st oc k Gaiolas de armazenamento. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 11 O conjunto de operações básicas de um almoxarifado compreende a recepção dos materiais (recebimento), sejam quais forem, a guarda (armazenamento), a separação e a entrega ao destinatário (distribuição). Além dessas, muitas outras operações ocorrem nos almoxarifados, como veremos adiante. No decorrer deste Caderno, você vai conhecer cada uma dessas etapas. Nesta Uni- dade, será destacado o leiaute. O leiaute O desenho do espaço do armazém deve ser feito de forma a facilitar: • a movimentação das mercadorias, dos equipamentos e das pessoas, no sentido da entrada, da saída e dos deslocamentos internos de materiais; Almoxarifes e estoquistas em operação. © T W P ho to /C or bi s/ L at in st oc k 12 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 • a definição do armazenamento, com a localização dos diversos grupos, tipos ou famílias de produtos, e a organização dos eventuais tipos diferentes de estrutura de armazenamento, como as prateleiras; • a previsão da dimensão dos materiais a serem estocados e suas dimensões, como peso, quantidade, diversidade, facilidade ou dificuldade de manejo, assim como a frequência com que ocorrerão as operações em seu interior, não apenas de carga e descarga, mas todas as demais, como veremos a seguir; • a previsão da dimensão dos equipamentos de movimentação das cargas, como paleteiras, empilhadeiras e esteiras rolantes, se vierem a ser utilizadas e, nesse caso, também sua localização e disposição, tendo em vista os setores que interligarão; • o estabelecimento e a sinalização de rotas de fuga e da localização de equipamen- tos contra incêndio e de saúde e segurança do trabalho; • o fluxo e a quantidade das operações que possam vir a ser realizadas diariamente; • a escolha das áreas ideais para as operações de recebimento e conferência das mercadorias – e, eventualmente, de controle de materiais – de separação, emba- lagem e expedição dos produtos; • a escolha de uma área destinada também à guarda ou realização de serviços de manutenção do próprio almoxarifado; • as questões de segurança na guarda do estoque e as relativas à preservação dos materiais contra intempéries, umidade, água, excesso de exposição ao Sol etc.; • sua localização em relação às demais áreas da empresa (almoxarifados devem se situar próximos ou se integrar com a produção). Veja, por exemplo, a importância em se adotar um leiaute adequado no galpão in- dustrial, em uma situação de “antes” e “depois”. Antes:• havia matérias-primas desordenadas no espaço físico; • as áreas de circulação estavam comprometidas ou pouco práticas, causando trá- fego e congestionamento no deslocamento das embalagens. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 13 Galpão industrial com leiaute inadequado. Depois: • as embalagens passaram para um setor específico; houve separação entre as áreas de recebimento e as de expedição; • a circulação não provocou mais congestionamentos. Galpão industrial com leiaute adequado. Fl ux o de sa íd a Li nh as d e pr od uç ão Fluxo de entrada Expedição Materiais Fluxo de entrada Fl ux o de sa íd a Expedição Li nh as d e pr od uç ão Materiais Ilu st ra çõ es : © D an ie l B en ev en ti 14 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Na concepção do leiaute, deve-se ter o cuidado de buscar diminuir ao máximo os deslocamentos dos materiais, levando-se em conta todos os motivos pelos quais os materiais são movimentados ou manuseados dentro de toda a empresa, não somen- te dentro do almoxarifado. Ao trabalhar no interior de um armazém, você pode notar se ele teve seu desenho bem estruturado. Tudo flui sem dificuldade: • se o leiaute, isto é, a organização dos espaços, foi pensado de modo a permitir que o trânsito dos equipamentos usados para o armazenamento e a retirada de mate- riais das prateleiras seja fácil; • se é possível manusear os produtos, independentemente de suas dimensões, como tamanho, volume ou peso, com liberdade de movimentos; • se há espaço suficiente para as manobras dos equipamentos e para o acesso a todos os locais de armazenamento ou de realização das demais atividades; • em suma, se toda a circulação interna pode ser feita sem qualquer dificuldade ou restrição. Os corredores principais devem sempre ser em linhas retas, sem colunas ou outros obstáculos e, preferencialmente, sem curvas, ligando as estruturas de armazenamento dos diversos setores às portas de entrada e/ou saída, favorecendo, desse modo, o trân- sito dos equipamentos de transporte da carga e a visualização das rotas para que o operador possa ter segurança em sua movimentação. O ideal são corredores largos que atendam à especificação do fornecedor das empilhadeiras quanto à largura, tanto os corredores principais quanto os transversais, quando o espaço assim permitir. Exemplo de leiaute adequado. © K en J am es /B lo om be rg /G et ty Im ag es al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 15 Essas providências, além de facilitarem o trânsito no dia a dia, excluem a possibili- dade de alterações no desenho do armazém, caso a empresa passe a utilizar produtos ou equipamentos de maior porte no futuro, inclusive com o uso de empilhadeiras de maior capacidade de carga. Outro fator muito importante na concepção dos almoxarifados, que nem sempre é devidamente observado, é o desenho de seus equipamentos ou instalações com base nas recomendações dos estudos ergonômicos, assunto que será abordado no tópico sobre saúde e segurança no trabalho. Atividade 1 O meu almOxarifadO: parte 1 A partir de agora, e até o fim do curso, você projetará um almoxarifado em várias etapas. Portanto, é importante que guarde e conserve bem o desenho que vai co- meçar a elaborar. Você vai precisar de uma folha de papel no formato A4, lápis, borracha e uma régua. 1. Desenhe um galpão onde você hipoteticamente trabalhará por algum tempo. A princípio, faça apenas o galpão ou armazém visto de cima. Como você ainda não sabe o que ele conterá, escolha como inspiração uma das empresas listadas a seguir para ir se familiarizando com a ideia que você terá de desenvolver passo a passo: • fábrica de eletrodomésticos; • loja de material de construção; • hipermercado; ou • loja de departamentos. 2. Desenhe um almoxarifado grande, retangular, deixando de fora os seguintes espaços: 1,5 cm em relação às margens da folha, no sentido do comprimento do retângulo, acompanhando o formato da folha de papel. Nos lados que correspondem à largura da folha e do almoxarifado, deixe 5 cm de folga em relação à margem do papel. Do lado de fora do retângulo, nos lados do com- primento, faça um risco de cada lado a 0,5 cm de distância do retângulo; nos lados da largura, faça um risco a 2 cm do retângulo e una todos esses riscos de modo a formar um novo retângulo exterior. Reserve o desenho e todo o ma- terial que usou, por enquanto. 16 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 3. Faça aqui um esboço do que fará na folha A4. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 17 unida d e 8 Passo a passo no almoxarifado: a armazenagem Quando uma pessoa compra um produto qualquer e, posterior- mente, ele é entregue em domicílio, qual costuma ser o primeiro procedimento ao recebê-lo? Em geral, a pessoa o examina para conferir se o produto entre- gue é exatamente aquele que foi adquirido quanto a cor, medi- das ou tamanho, quantidade de itens que podem compô-lo etc. e, ao mesmo tempo, verifica se está perfeito, se não sofreu danos, se não faltam partes e, no caso de máquinas ou aparelhos, se funcionam perfeitamente, não é mesmo? No almoxarifado, o procedimento é o mesmo: nos processos tradicionais, em que a mercadoria chega e é armazenada para posterior utilização, ou no crossdocking (fala-se “crósdóquin”), em que ela é imediatamente distribuída, e não armazenada – procedimento que será visto a seguir –, a descarga é a etapa em que se realiza a verificação e o controle da mercadoria com base na nota fiscal, que deve ser confrontada com o pedido e o co- nhecimento de frete ou quaisquer outros documentos que rela- cionem o que está sendo entregue. Inicialmente, costuma-se proceder a uma verificação simples, “cega”, em que se faz a conferência física, contando e/ou pesan- do as caixas ou produtos entregues; checa-se, assim, a inexis- tência de danos ou avarias e as quantidades, que são conferidas com as constantes na nota fiscal. 18 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Há situações em que os próprios veículos são pesados diretamente. É também o momento da conferência da exatidão da nota fiscal em relação a impostos e preços, de acordo com a ordem de compra. Isto é, a mercadoria que será descarregada deve estar de acordo com a que está declarada na documentação respectiva, que, por sua vez, deve estar de acordo com as especificações da compra efetuada, conforme o pedido de compra. Em seguida, efetua-se a descarga da mercadoria do caminhão. E, quando é o caso, é nesse momento que se observam, igualmente, as características de qualidade da mercadoria, isto é, marca, cor, tamanho, tipo, pureza, ou quaisquer outras caracte- rísticas do produto ou matéria-prima, como no caso de perecíveis, em relação aos prazos de validade, à temperatura etc. Existem produtos que demandam uma análise mais detalhada de sua qualidade ou características e, nesses casos, são separadas amostras para serem analisadas por técnicos ou pelo laboratório de controle de qualidade da empresa. Dependendo do produto, da empresa e do fornecedor, essa inspeção pode ocorrer antes mesmo da descarga, de modo a evitar o trabalho da recarga caso o produto não seja aprovado. Um exemplo é o teste de impureza, em que é checada a propor- ção de partículas estranhas ou a composição. Isso é feito selecionando-se algumas amostras do produto escolhidas ao acaso (aleatoriamente) em pontos diferentes da carga, como nasentregas de farinha de trigo a indústrias de panificação, em que alguns sacos são abertos para a realização dos testes. Processo de recepção, conferência, armazenagem e distribuição de mercadorias. © D an ie l B en ev en ti al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 19 São necessários cuidados especiais no momento da coleta de amostras, de um lado, para evitar sua contaminação e, de outro, para prevenir acidentes em seu manuseio, especialmente quando se trata de produtos químicos, voláteis, inflamáveis etc. Se não é o caso de realizar a checagem qualitativa de imediato, as embalagens ou caixas são abertas posteriormente – depois de concluída a operação de descarga do caminhão – para que se proceda a uma verificação mais detalhada da mercadoria entregue. Dependendo da prática adotada na empresa ou dos volumes recebidos, a verificação pode ser feita por amostragem, ou seja, apenas parte das embalagens são abertas para a conferência. Mercadorias cujas embalagens, caixas, fardos, engradados etc. estiverem danifi- cados ou violados, abertos, amassados, perfurados, embolorados, molhados, enferrujados etc., isto é, não estiverem íntegros, devem ser examinadas mais minuciosamente. Pode ser necessária a abertura das embalagens para a verificação de possíveis danos ou faltas. Dependendo do produto, embalagens perfuradas ou molhadas, por exemplo, implicam sua devolução, como é o caso de produtos alimentícios, substâncias líquidas, pastosas, gasosas, géis etc. Comprovados danos ou avarias na mercado- ria, organiza-se a documentação que apresenta os problemas para que seja reali- zada a devolução ao fornecedor. O mesmo procedimento se dá quando ocorre incompatibilidade entre a mercadoria entregue e a constante na nota fiscal ou no pedido de compra. Somente após a realização de todas as conferências ou checagens possíveis, e estan- do tudo de acordo, as notas fiscais são encaminhadas ao setor que irá processá-las (contabilidade, contas a pagar). Os procedimentos de controle e conferência, então, são realizados no próprio mo- mento da descarga da mercadoria. Uma vez comprovada a conformidade ou cor- respondência entre documento e mercadoria, o entregador ou transportador exige a devolução do canhoto da nota fiscal ou outro documento devidamente assinado, datado e com o carimbo da empresa e, em geral, com o horário da entrega e o nome do responsável pela recepção das mercadorias. Tais informações também são registradas no documento que fica na empresa, de forma que, havendo alguma discrepância entre o documento e a mercadoria recebida, se possam detectar com facilidade as falhas cometidas, por distração ou incorreção, na realização dos procedimentos, e, assim, tomar providências para saná-las. 20 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Diferentemente do que se faz em casa, produtos como eletrodomésticos, por exem- plo, não têm seu funcionamento testado pela empresa recebedora, mas pelo consu- midor final. Isso acontece porque eles vêm em embalagens próprias para garantir sua integridade no transporte e, sendo lacradas com fitas adesivas, cola etc. ou es- tando os produtos em engradados pregados, não devem ser violadas, pois embalagens de produtos novos que estejam abertas indicam a possibilidade de o produto ter sido usado, estar danificado, de faltarem componentes etc. Além disso, possuem garantia que passa a valer a partir da data da nota de compra pelo consumidor final. Os fabricantes, por sua vez, utilizam sistemas de controle de qualidade dos produtos acabados e regularmente devem realizar testes para assegurar o perfeito funcionamento ou a presença das características corretas do produto. Dá para imaginar os contratempos, o trabalho e o custo que a devolução de uma mercadoria defeituosa implica, tanto para o lojista quanto para o fabricante. Além dos prejuízos pelos custos financeiros da devolução ou reparo na rede de assistên- cia técnica do fabricante, há também prejuízos na imagem da marca de ambos, lojista e fabricante, caso os defeitos sejam constantes. Além disso, há defeitos que surgem somente com o uso dos produtos, isto é, nem sempre são perceptíveis nos testes a que são submetidos após finalizados – também porque tais testes costumam ser feitos por amostragem, englobando apenas algumas unidades de alguns lotes do total produzido. Isso tem ocorrido com alguma frequência com um dos produtos mais valorizados pela população brasileira: o automóvel, cujos fabricantes têm feito chamadas através da mídia ou outros meios para que os proprietários levem os veículos às redes cre- denciadas para reparos ou substituição de peças. É o chamado recall. Aliás, foi exatamente na indústria automobilística, como vimos no Caderno 1, que se criou e rapidamente se expandiu a utilização do just-in-time (JIT): um espelho das cadeias integradas de suprimento, quando produtos como peças, partes, com- ponentes etc. são fornecidos no momento certo e na quantidade exigida para serem direta e imediatamente integrados à linha de produção, não passando pelo almoxa- rifado nem pelas conferências que nele se costuma fazer. Independentemente da adoção ou não do JIT, muitas empresas buscam eliminar parte das tarefas dos almoxarifados negociando sua realização com os próprios fornecedores, que passam a executar rigorosamente os controles de qualidade da separação, da expedição, do transporte etc. do produto para entregar sempre as mercadorias em perfeitas condições e submetidas a controles precisos de qualidade, quantidade e demais características e critérios exigidos. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 21 Nos anos de 2013 e 2014, no entanto, ganhou grande repercussão o fato de tais contro- les não estarem sendo devidamente executados pelos fornecedores de componentes automobilísticos. O número de veículos chamados em recalls para troca de peças ou componentes defeituosos – muitos dos quais comprometendo seriamente a segurança dos passageiros – atingiu cifras de milhões de unidades no País e no mundo. Procedimentos para descarga Quando um produto chega a uma empresa, o software de gestão do armazém possibilita que sejam realizadas inúmeras tarefas, começando pelos controles de portaria: • são registrados os dados de cada veículo, do motorista e dos acompanhantes que estão adentrando a empresa, e o horário de entrada, de acordo com um agenda- mento prévio, no qual se define a prioridade de descarga de cada entrega/produ- to, se necessário; • são capturados dados das notas fiscais das mercadorias; • é indicada a localização da doca para descarga. Entre suas funcionalidades para o processo de recebimento, destacam-se, ainda: • o controle da qualidade dos produtos; • o controle físico da mercadoria recebida. A descarga dos produtos se dá nas docas (baias ou baias de atracação) de recebimento de mercadorias, as quais podem ou não ser as mesmas utilizadas para a saída de outras mercadorias, o que geralmente acontece nas empresas que operam em horários dis- tintos – uma parte do dia para recebimento e outra parte, para saída de produtos. Trabalhadores armazenando produtos para transporte. © L uc ia na C as si a/ L at in st oc k 22 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Essa divisão horária, então, é aplicada também internamente, com os produtos re- cebidos sendo armazenados em determinado período do dia e retirados para sepa- ração e expedição em outro período, a fim de evitar confusões em seu manuseio com o entrechoque de operações. Entretanto, várias empresas realizam ambas as operações simultaneamente, e, como se observará no tópico referenteàs estruturas de armazenamento, algumas delas permitem, inclusive, carga e descarga simultâneas. Mas esse procedimento não se confunde com o que veremos a seguir. Carregamento de navios. Docas de atracação de caminhões. © P au l W hi te – T ra ns po rt In fr as tr uc tu re s/ A la m y/ G lo w Im ag es © D eG ra af E ri k/ 12 3R F al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 23 Existe uma operação, conhecida como crossdocking (“cruzando a doca”), que integra ambas as operações, de modo que ocorram consecutivamente, isto é, produtos descarregados são imediatamente separados e carregados em outros veículos para a distribuição. É um esquema de trabalho que exige muito cuidado e atenção para evitar extravios ou envios de volumes incorretos para seus destinos, mas que ofere- ce algumas vantagens importantes: • torna desnecessárias todas as atividades de armazenamento, transporte e manuseio interno; • economiza espaço, que pode ser utilizado para outros fins; • diminui a necessidade, o uso e o desgaste de instalações; • reduz as horas de trabalho dos operadores e dos equipamentos e de energia ou combustível; • diminui a possibilidade de danos na mercadoria ao reduzir sua movimentação; • torna extremamente ágil o processo de recepção e entrega de mercadorias, sendo o ideal para entregas urgentes e para a distribuição de produtos altamente perecíveis. O software também controla a realização desse tipo de procedimento. Indepen- dentemente do sistema adotado, toda a mercadoria deve ser devidamente registra- da e as informações correspondentes devem ser lançadas no sistema de controle e gestão. Atividade 1 Canais de distribuiçãO 1. Imagine que você trabalha no centro de distribuição de uma grande rede vare- jista, com três tipos de canais de distribuição e 60 pontos de venda na cidade: quatro hipermercados, 32 supermercados e 24 minimercados. Um hipermercado e, em média, oito supermercados estão localizados em cada região – norte, sul, leste e oeste. Já os minimercados estão localizados concentradamente em apenas duas regiões da cidade, a norte (oito unidades) e a oeste (dez unidades). Nessas regiões em que há minimercados, as vendas no setor de hortifrutigranjei- ros, especialmente as hortaliças, dos supermercados e hipermercados estão em lenta e gradual queda há mais de um ano. Os minimercados são a grande apos- ta estratégica da rede, uma iniciativa bem recente, sendo que o primeiro deles foi inaugurado há aproximadamente dez meses. 24 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Um belo dia, começa a chover torrencialmente e, por esse motivo, o encarre- gado, com alguns funcionários, não conseguiram chegar ao trabalho. Assim, o gerente pediu que você assumisse o lugar do encarregado; parte dos pequenos caminhões da empresa também não chegou, pois há muitos pontos de alaga- mento intransitáveis onde só passam caminhões altos – que é o caso dos cami- nhões dos fornecedores, que estão chegando normalmente para descarregar as mercadorias. 2. Faça uma relação dos produtos comercializados nos pontos de venda que você imagina que devam ser operados pelo sistema de crossdocking. 3. Você, um dia, viu o encarregado fazendo uma curva ABC dos produtos que estavam chegando naquele horário. Faça uma curva aproximada desses produtos, tendo em mente que três ou quatro deles são vendidos em quantidades de quatro a cinco vezes menores que os campeões de vendas, mas custam de quatro a cinco vezes mais. Outros custam de duas a três vezes mais e vendem de duas a três vezes menos. Decida quais desses produtos serão entregues e os canais de distribuição preferenciais para recebê-los, tendo em vista que não há caminhões suficien- tes disponíveis e, portanto, nem todos os tipos de produtos serão entregues imediatamente e nem todos os pontos de venda serão atendidos nesta primei- ra distribuição do dia. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 25 Curva ABC Conclusões: 26 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 4. Prepare uma apresentação para a classe, tendo em mente realizar a melhor aná- lise possível do quadro. Leve em consideração que nas empresas sempre se espera que os operadores da área de logística tenham a capacidade de perceber dados, fatos, fenômenos, procedimentos, condições etc., que podem prejudicar ou melhorar o desempenho das operações. Atividade 2 O meu almOxarifadO: parte 2 1. Em casa, retome seu desenho. 2. Em um dos lados correspondentes à largura do papel e dos retângulos, faça um risco de 2,5 cm, continuando o risco do lado comprido do retângulo exterior (é um prolongamento deste lado do retângulo), em direção à borda do papel (lado da largura); depois, faça mais seis riscos paralelos a esse que você acabou de fazer, também de 2,5 cm de comprimento cada um deles, com 1,5 cm de distância entre um risco e outro. 3. Agora faça a mesma coisa do outro lado comprido do retângulo (sem virá-lo, os riscos vão se aproximar dos que você já fez): um risco prolongando o retângulo exterior e mais seis a partir do prolongamento do retângulo exterior que você acabou de fazer, indo em direção à borda do papel. 4. Você vai ver que ficou um espaço mais estreito entre os últimos riscos das duas séries de riscos, no meio daquele espaço do papel. Numere os espaços entre esses riscos da esquerda para a direita (pulando o espaço mais estreito) de 1 a 12, fa- zendo números centralizados em cada espaço, mas mais próximos do risco do retângulo exterior: você acabou de fazer as baias ou docas nas quais os caminhões vão atracar para descarregar. 5. Desenhe alguns caminhõezinhos um pouco menores que as baias, com a frente virada para fora do papel. Faça um esboço antes de passar a limpo no seu desenho final. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 27 unida d e 9 Equipamentos e instalações Das docas, os produtos são transferidos para o interior dos arma- zéns. Nesse momento, são utilizados alguns critérios de armaze- namento e determinados equipamentos. Os critérios de armazenamento são lógicos e certamente todos nós os utilizamos cotidianamente ao guardarmos coisas em casa: • as mais pesadas são guardadas em locais baixos e de fácil acesso, para diminuir seu deslocamento ao máximo. No caso dos armazéns, ficam nas prateleiras mais próximas da entra- da ou da expedição e nas áreas inferiores; • as que usamos com mais frequência, que têm mais giro, guar- damos mais à frente, e as com menor giro, nos fundos. No almoxarifado, usa-se o mesmo critério. Por sua vez, os equipamentos são os paletes ou pallets, as pale- teiras (transpaletes ou transpaleteiras) e as empilhadeiras. Paletes Os paletes são estrados quadrados, mas não formam um qua- drado perfeito; na realidade, são ligeiramente retangulares. O palete PBR (padrão brasileiro) mede 1 metro (m) por 1,2 m, suporta 1 200 quilogramas (kg) e geralmente é de madeira, mas também existem os de alumínio, aço, fibra e plástico. Eles podem ser acessados por dois lados (duas entradas) ou pelos quatro lados (quatro entradas); ser de uso contínuo ou descar- táveis (one way; fala-se “uan uei”); de uma ou duas faces (só a parte de cima é fechada ou tanto a de cima quanto a de baixo); e mais ou menos reforçados, aguentando maior ou menor peso. 28 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Palete de dois lados. Palete de quatro lados. Palete plástico termoformado. Palete de uma face não reversível. Paleteiras As paleteiras são pequenos veículosque têm dois braços, formando um garfo, que se encaixam nos vãos dos paletes para suspendê-los ligeiramente e poder locomovê- -los. Podem ser manuais ou elétricas e movimentam os paletes em operação hori- zontal na altura do solo. Existem também os stackers (fala-se “istéquers”), isto é, paleteiras com torres, que elevam a mercadoria a até 4 m e são patoladas. Paleteira manual. Paleteira elétrica. F ot os : © R en at o V io tt i/ L at in st oc k © M ar ci n B al ce rz ak /1 23 R F © /1 23 R F al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 29 Empilhadeiras As empilhadeiras, por sua vez, têm como função movimentar, elevar e empilhar os paletes. Movidas a gás ou elétricas, dividem-se em quatro modelos: patolada, contrabalançada, retrátil e trilateral. Empilhadeira patolada ou paleteira com torre. Paleteira encaixada no palete. Empilhadeira retrátil. Empilhadeira trilateral. Empilhadeira contrabalançada. © M ar io H en ri qu e/ L at in st oc k © S om ov © M ar io H en ri qu e/ L at in st oc k © M ar io H en ri qu e/ L at in st oc k © M ar io H en ri qu e/ L at in st oc k 30 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Os paletes servem para que sobre eles sejam acomodadas e empilhadas embalagens, caixas, fardos etc., permitindo padronizar os volumes que serão colocados nas prateleiras, junto com o próprio palete, e que a estocagem seja feita com facilidade tanto no sentido horizontal do depósito quanto no vertical. Para isso, são utilizadas estruturas porta-paletes, que são estantes próprias para acomodar as unidades paletizadas. Essas estruturas são projetadas levan- do-se em consideração as dimensões das unidades de car- ga e a altura dos volumes que ficarão apoiados sobre elas. Se quiser saber mais sobre empilhadeiras, consulte os cadernos e vídeos referentes à ocupação operador de empilhadeira. Disponível em: <http://www. viarapida.sp.gov.br>. Acesso em: 23 abr. 2015. Armazenamento de produtos com a utilização de paletes. Como visto, um palete PBR mede 1 m × 1,2 m (área quadrada de 1 m 1,2 m = 1,2 m²). Já a altura do volume depende do tipo de embalagem que será utilizada ou da quantidade que será empilhada por palete. Quando se tem uma medida padronizada das embalagens, é possível calcular a área cúbica que pode ser estocada no espaço e o respectivo número de paletes, ou calcular a dimensão do espaço suficiente para o estoque que se pretende. Se as caixas empilhadas, ou caixa única adotada na uni- tização – conceito que veremos adiante –, medirem 1,3 m de altura, a área cúbica ocupada por palete será de 1,2 m² 1,3 m = 1,56 m³. Dessa forma, se o depósito contém ou necessita conter 600 paletes com essas di- mensões, sua área cúbica deverá ser de 600 1,56 m³ = 936 m³. Unitização: 1. Ação ou resul- tado de unitizar. 2. Processo por meio do qual se reúnem peças em lotes individuais de mercadorias homogenei- zadas e padronizadas com o objetivo de agrupá-las em unidades maiores e apropria- das à comercialização e ao transporte. © Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br> © M ar io H en ri qu e/ L at in st oc k al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 31 Como há empilhadeiras que alcançam até 12 m de altura, poderia haver estruturas porta-paletes para comportar empilhamentos ou colunas com seis unidades pale- tizadas de altura. Seriam, então, necessárias cem colunas, com seis paletes cada (100 6 = 600). As colunas poderiam estar dispostas em conjuntos de cinco colu- nas cada, uma atrás da outra, formando uma fila, ou “canal”; com essa arrumação, haveria 20 canais (100 ÷ 5 = 20). Se utilizadas duas estruturas porta-paletes com dez canais cada, seriam necessários pouco mais de 10 m de largura, para comportar os dez canais, e pouco mais de 12 m de profundidade, para comportar dois canais (um canal por estrutura; duas estruturas, uma atrás da outra) com cinco colunas cada, e, com essa disposição, as estruturas ocupariam pouco mais de 120 m² (10 m de largura × 12 m de pro- fundidade). A área ocupada necessária e suficiente para o estoque de 600 unidades paletizadas seria um retângulo com somente 10 m × 12 m, além de, naturalmente, mais alguns metros para os corredores necessários à circulação. 6 m 10 m Armazenamento com empilhadeiras. © D an ie l B en ev en ti 32 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Atividade 1 paletes e empilhadeiras 1. Em dupla, no laboratório de informática, realizem uma pesquisa sobre paletes e empilhadeiras buscando responder ao seguinte roteiro e justificando suas respostas. a) Exemplifiquem o tipo de carga para cada tipo de empilhadeira: Empilhadeira Carga Patolada Contrabalançada Retrátil Trilateral b) Exemplifiquem o tipo de carga para cada tipo de palete: Palete Carga 1 face 2 lados 4 lados Descartável al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 33 Porta-paletes pushback. Porta-paletes Encontram-se disponíveis no mercado basicamente três tipos de estruturas porta- -paletes: • porta-palete convencional; • porta-palete de dupla profundidade; • porta-palete deslizante, similar às estantes que temos em nossas casas ou que se veem em lojas, com a diferença de que suas prateleiras são mais profundas. As seguintes estruturas porta-paletes operam formando blocos: Pushback (Lifo) O modelo mais simples segue o desenho de uma estante que fica encostada na parede, porém suas prateleiras são inclinadas, mais altas no fundo e mais baixas na frente, de modo que os paletes escorregam sozinhos para a frente. Assim, é desne- cessário esticar os braços para apanhar os volumes que estariam no fundo, mesmo porque os garfos das empilhadeiras não os alcançariam. Esse modelo é denominado pushback (fala-se “pâchbéc” – “empurrar de volta”), pois, ao se colocar cada volume (palete), os que já estão no lugar precisam ser empurrados para trás. Daí o nome do sistema: Ueps, o “Último que entra é o primeiro a sair”, ou Lifo, em inglês (Last in, first out [fala-se “lest in, fãrsti aut”]). F ot os : © L on ga In du st ri al L td a. 34 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Estrutura dinâmica ou porta-palete dinâmico (Fifo) Esse segundo modelo é semelhante ao que acabamos de ver, com a diferença de que a estante fica no meio do espaço, de modo que é operado tanto pela frente quanto por trás. Isso torna a estrutura muito mais funcional, pois as operações podem ser simultâneas, carregando-se pela frente e descarregando-se por trás ao mesmo tempo. Nessa estrutura, o “primeiro (palete) que entra é o primeiro que sai” – sistema Peps ou Fifo (First in, first out [fala-se “fãrsti in, fãrsti aut”]) –, o que faz com que os produtos sejam utilizados na mesma sequência de chegada ou de produção, diferen- temente do sistema anterior. Para que os produtos sejam utilizados nessa mesma sequência, no sistema anterior, é necessário retirar os que estão à frente e recolocá-los depois que os do fundo tenham sido retirados, triplicando o trabalho. Nesses porta-paletes dinâmicos, as prateleiras também têm inclinação, porém são rolantes, possuindo um sistema de freios e de separação dos paletes, os quais regulam o deslizamento e evitam que se choquem uns comos outros. Porta-palete dinâmico. © is aa c7 4/ 12 3R F al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 35 Drive-in e drive-thru Outros dois modelos são os das estruturas chamadas drive-in (fala-se “draive-in” – “dirigir para dentro”) e drive-thru (fala-se “draive-tru” – “dirigir através”). Elas seguem os mesmos modelos de manuseio das estruturas anteriores: no modelo drive-in, a operação dos paletes é feita apenas por um lado e eles são empilhados na sequência da chegada e retirados na ordem inversa, primeiro os últimos e, por últi- mo, os primeiros, conforme o sistema Ueps; no modelo drive-thru, os primeiros que chegam são também os primeiros que saem, pois o manuseio se dá por ambos os lados; nesse caso, o sistema é o Peps. Essas estruturas não possuem prateleiras propriamente, apenas suportes para os paletes, como se fossem longarinas (vigas de madeira que apoiam a fixação das tá- buas nos paletes), já que as empilhadeiras adentram as estruturas e, por essa razão, sua utilização inicia-se pelo “último andar” e vai descendo até o “térreo”; armazena- -se a mercadoria de cima para baixo. Drive-thru. Ilu st ra çõ es : © D an ie l B en ev en ti Drive-in. 36 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Demais estruturas Outras estruturas comuns em almoxarifados e que também podemos encontrar em nossas próprias casas são estantes ou prateleiras simples. As estantes, ou estruturas de prateleiras, são utilizadas para armazenamento de itens de menor volume e peso, de modo geral, ou de pequena quantidade. As prateleiras, ou cantiléveres, são utilizadas para materiais com comprimentos longos, podendo ser simples como as que costumamos ter em casa – prateleiras apoiadas em uma estrutura ou em mãos-francesas fixadas na parede –, ou duplas, com estruturas sustentando prateleiras em ambos os lados. Cantiléveres. Atividade 2 O meu almOxarifadO: parte 3 1. Agora, de acordo com o tipo de empresa que escolheu anteriormente para criar seu almoxarifado, você vai começar a preencher o espaço dentro do retângulo interior com o que seriam as estruturas porta-paletes ou as prateleiras (cantiléve- res). Não se esqueça que haverá empilhadeiras nesse almoxarifado, portanto, deve haver corredores entre as estruturas. Faça um ligeiro esquema das estruturas e estantes, para simbolizar o tipo de operação – Peps, Ueps ou ambos – e mostrar se há instalações para volumes compridos. Mais adiante, você terá de apagar alguns desenhos que vai fazer F ot os : © S S I S ch ae fe r L td a. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 37 agora. Então, não se preocupe em fazê-los perfeitos. O ideal talvez seja fazer os riscos tracejados, de leve, apenas para começar a visualizar melhor os espaços e as proporções. Endereçamento Quando nos referimos a “último andar” e “térreo”, estamos, na realidade, utilizando um procedimento e uma nomenclatura comumente adotados para facilitar a locali- zação dos produtos no estoque, de modo a completar o endereço do local em que se encontra determinado produto – que já contém informações como “rua”, “prédio”, “andar” e até “apartamento”, além do “lado par” ou “ímpar” da rua. As ruas podem ser denominadas por letras, números, ou ambos, e os demais dados, por números, de tal modo que um endereço no qual se encontra uma dada merca- doria pode ser: M-1-5-4-4, significando que o local é a rua M, no lado ímpar 1 (ou 2 se par), no prédio 5, 4o andar, no apartamento 4. Outras nomenclaturas ou definições que se servem de cores, blocos, seções, grupos, famílias etc. também são utilizadas em empresas. O ideal, por vezes, é que se com- binem critérios para favorecer ainda mais a localização: setor vermelho (materiais de escritório, por exemplo), rua B, prédio 2; setor amarelo (materiais de limpeza, por exemplo), rua X. No entanto, deve-se evitar formar códigos ou métodos de identificação muito complicados, que se tornem difíceis de assimilar ou memorizar. Todos esses procedimentos se aplicam variando, naturalmente, em função da di- versidade de itens e de estoques presentes no almoxarifado. Há almoxarifados que abrigam apenas algumas centenas de itens, enquanto outros, algumas dezenas de milhares, ainda que muitos dos quais sejam similares. Se você alguma vez já precisou adquirir uma peça para encanamento de água, por exemplo, sabe que, de uma única peça, existem algumas variedades. Pense em um cotovelo para ligação do cano à torneira ou a uma peça intermediária. Nesse caso, podem variar: bitola do cano (meia polegada, ¾ de polegada), material (plástico azul, plástico marrom, cobre, bronze, plásticos para uso com água quente), tipo de junção (um lado com rosca interna e outro com externa; um lado com rosca e outro para uso de cola ou solda; dois lados para uso de cola ou solda); bitolas do próprio cotovelo (ambos os lados com a mesma bitola ou um lado com redução de uma delas); ângu- lo (90 ou 45 graus) etc. Em outras palavras, um simples cotovelo combina várias características e utilizações e chega a representar mais de 20 itens diferentes. 38 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Em muitos almoxarifados, os endereços são sinalizados com etiquetas de código de barras, com o auxílio do software de gestão do armazém, nos paletes, volumes, caixas, peças etc., e nas estruturas porta-paletes ou de prateleiras. Desse modo, a identificação do local de estocagem de cada produto torna-se rápida e fácil, como quando um operador retira uma embalagem ou palete de um local, separa apenas uma parte dos produtos que nela ou nele se encontravam, e não os retorna ao local de origem – o que pode ser feito por qualquer outra pessoa com facilidade. Por essa razão, é fundamental que toda a mercadoria seja devidamente identificada e as etiquetas sejam preservadas no manuseio dos volumes ou paletes. Nessa etapa do processo, o software dispõe de recursos que auxiliam bastante o trabalho, pois classifica os diferentes produtos, de modo que sejam armazenados respeitando classes ou grupos determinados, isto é, ele define os endereços em que devem ser colocados os produtos de cada grupo ou classe, seguindo os critérios da empresa. Essa classificação pode ser baseada em inúmeras características dos materiais ou produtos, como valor ou custo, frequência de uso, quais produtos são utilizados em determinada etapa da produção, dimensões, peso, validade, linha de produtos, marcas etc. Ao mesmo tempo, o software auxilia na seleção das estruturas de arma- zenamento e de paletes mais apropriadas. Produtos novos, que não eram utilizados, devem ser classificados e codificados para que possam ser endereçados e localizados de forma correta quando requisitados. Um dos instrumentos utilizados nessas tarefas é o coletor de dados de etiquetas de código de barras (bar code) – que veremos a seguir –, cuja função é fornecer o en- dereçamento que deve ser atribuído ao produto que chega. Uma vez etiquetados, procede-se ao armazenamento propriamente dito – transpor- tando-se os volumes paletizados com o uso das paleteiras, empilhadeiras etc. – e aos devidos lançamentos no sistema. Passo a passo: armazenamento Como vimos na Unidade referente aos tipos de estoques, os profissionais que atuam nos almoxarifados ou depósitos podem ter em mãos todo tipo de mate- riais, em função do perfil ou do setor de atividade econômica da empresa em que atuam. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 39 Assim, é possível, em uma mesma empresa, lidar com matérias-primas brutas ou beneficiadas, como peças, componentes, produtos em processo(semimanu- faturados, semiacabados, que retornarão à produção para serem submetidos a novos processos), produtos acabados, embalagens, produtos avariados, vencidos, devolvidos para reparos etc., lembrando que é preciso muita atenção para que todos os registros e lançamentos sejam feitos, de preferência, imediatamente à operação ou ao procedimento. Todos os procedimentos de registro, cadastro, identificação, codificação, etiquetagem, estorno, lança- mento, requisição, cancelamento, de baixa, saída, entrada, transferência, emissão de notas, pedidos, autorizações, ordens, de documentos quaisquer, enfim, todos os atos realizados, devem ser devida e corretamente lançados no sistema de gestão, de imediato, sempre. O programa processa todas as informações necessárias ao bom andamento do trabalho, desde que ele tenha sido devidamente alimentado. Procurar um erro de- vido a um procedimento não feito, ou malfeito, é quase sempre muito mais traba- lhoso e demorado do que realizá-lo com cuidado e atenção no momento correto. Por sua vez, o manuseio dos produtos requer atenção constante. Alguns produtos, dados seus tipos ou naturezas, requerem atenção redobrada, por serem muito sen- síveis à movimentação ou perigosos, mesmo não se considerando possíveis acidentes dos quais resultem quebras, amassamentos, escape, derramamento, extravasamento ou outros danos nas embalagens e nos produtos. © U lri ch M ue lle r/ 12 3R F 40 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Por essa razão recomenda-se que não sejam feitos transbordos desnecessários de produtos, pois, quanto mais operações são feitas, maiores são as chances de ocorrerem acidentes. Ao se retirar um produto com uma paleteira, por exem- plo, deve-se mantê-lo sobre ela até sua deposição no caminhão e, se possível, tanto o equipamento quanto a embalagem devem ser usados em sua capacidade total, de modo a evitar a repetição desnecessária de operações ou o uso desne- cessário de embalagens. Do mesmo modo, toda a movimentação de materiais deve, de preferência, seguir um pequeno planejamento, em que se preveem todas as operações que serão realizadas: quantos e quais equipamentos serão utilizados na movimentação específica; quais as características da carga a ser movimentada em termos de peso, tamanho, volume cúbico, fragilidade, periculosidade etc.; quantas pesso- as realizarão a movimentação; a duração estimada; quais serão as etapas a serem cumpridas; os pontos de origem e destino das mercadorias, os trajetos e o nú- mero de percursos a se fazer etc. Nesse sentido, deve-se sempre reservar o tempo necessário para sua execução em condições normais de ritmo do trabalho humano e dos equipamentos, e utilizar equipamentos e procedimentos adequados à operação que se vai realizar, evitando-se improvisos, atitudes ou ações não recomendáveis e, frequentemen- te, perigosas. Qualquer acidente pode provocar lesões sérias e, por vezes, permanentes ao traba- lhador. E, quando isso felizmente não acontece, há grande possibilidade de danos às mercadorias, aos equipamentos ou às instalações. Em todos os casos, há perda de tempo e de esforço na operação frustrada e, quase sempre, a necessidade de serem realizadas várias outras operações que não deveriam ocorrer, para poder “consertar” a operação ou reparar os danos. Nessas situações, é comum que ocorram prejuízos financeiros para a empresa e para o trabalhador. Além disso, o descuido de um trabalhador pode causar graves danos a outros, ainda que não a si mesmo. Devem ser utilizados, preferencialmente, meios mecânicos para a movimentação de cargas, evitando-se riscos físicos, corporais, por excesso ou inadequação de esforço ou movimentos, e buscando-se preservar as indicações da ergonomia; obtêm-se, assim, prioritariamente, ganhos de segurança pessoal, e preservam-se, também, os produtos ou materiais manuseados. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 41 Outras vantagens de utilizar meios mecânicos para a movimentação são os ganhos de produtividade, pela não realização de operações interrompidas, incompletas, frus- tradas ou inadequadas, que demandam tempo e esforços extras para serem refeitas. Pensar sempre, antes de agir, permite avaliar se ocorrerão dificuldades ou duplici- dades nas ações, se algumas delas podem ser dispensadas ou simplificadas, se re- querem procedimentos, equipamentos de segurança ou cuidados especiais, e assim por diante. Identificação/codificação e rastreamento Depois que as mercadorias passam pelo recebimento e, portanto, estão para ser armazenadas – ou quando devem ser novamente conferidas, caso o recebimento e o armazenamento sejam setores distintos e as operações, realizadas por pessoas diferentes no almoxarifado, para que não haja dúvidas quanto à exatidão do lote –, elas antes devem ser codificadas para que todos os dados de sua identificação sejam facilmente acessíveis. Um processo bastante simples e que não requer equipamentos especiais (portanto, de baixo custo) é baseado na utilização de códigos, que são sequências de números e/ou letras – únicos, exclusivos. Assim, facilmente se pode identificar e localizar um produto, tanto no estoque quanto nos sistemas de controle, como, por exemplo, © L uc ia na C as si a/ L at in st oc k 42 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 as fichas simples nas quais se farão os lançamentos das entradas e saídas do item de modo a saber, a qualquer momento, quantas unidades existem disponíveis. Este processo, o de código de barras – que veremos em breve –, em geral segue uma lógica em que alguns números identificam o grupo, a categoria, a família e a classe a que pertence o produto e outros, o produto específico. Assim, em nossa cozinha, teríamos, por exemplo: • Categoria de produtos: produção de doces – código 01 ou AA. • Grupo do tipo de doce: bolos – código 02. • Classe do bolo: bolos com chocolate – código 01. • Família de ingrediente: cacau em pó – código 11. • Tipo de unidade: caixa de 200 gramas – código 200. Desse modo, o código completo que identificaria o item cacau seria: 01 02 01 11 200 ou AA 02 01 11 200. Esse código seria anotado em todas as caixas de cacau e na prateleira onde ficariam guardadas, bem como na ficha de controle de estoque – nesse caso, a ficha deveria prever a existência de caixas com outras capacidades, como 500 g, 1 kg etc. Na primeira classificação, que aqui denominamos “categoria”, poderíamos ter pro- dução de salgados, por exemplo, ou de refrescos etc. No que chamamos “grupo”, poderíamos ter itens para produção de pavês, sorvetes etc. Na “classe do bolo”, de banana, de laranja etc. Na “família”, chocolate em pó, farinha, fermento em pó etc., e assim por diante, de modo que cada classificação seguiria a sequência dos núme- ros: 01, 02, 03, 04, 05 etc. O princípio é uma primeira classificação que agrega toda uma linha de produtos; outra classificação especifica o tipo de produto completo; outra denomina de forma mais particular a “espécie” do produto; uma outra classificação individualiza o produto em si, no nosso caso, o ingrediente cacau; e uma última descreve a capaci- dade da embalagem. O processo mais eficiente é o de etiquetagem, com a impressão das etiquetas me- diante utilização de código de barras, que são afixadas em caixas, peças, volumes etc., se não vierem previamente etiquetados pelo fornecedor. Nesse processo, é utilizada a tecnologia de impressoras de código de barras, impressoras térmicas, leitores e coletores de códigos. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 43 O código de barras é uma representação de letras e números (código alfanumérico),e a sua leitura permite ter acesso a várias informações – de modo absolutamente seguro, não sujeito a erros e instantâneo –, que são processadas em tempo real, aumentando consideravelmente, dessa forma, a produtividade do processo. Os leitores, como o nome diz, apenas leem o código de barras, enquanto os coleto- res registram as informações para serem posteriormente processadas no sistema. Alguns têm pequenas impressoras acopladas, como os utilizados pelas companhias de abastecimento de água, e imprimem a conta no próprio local após a leitura do hidrômetro. Eles são utilizados, comumente, para registro, identificação e catalo- gação dos produtos que estão dando entrada na empresa, entre outras funções. Coletor de dados. Leitor de código de barras. Há dois tipos de código de barras: os lineares e os bidimensionais. Os lineares, cujas etiquetas representam séries de números, por sua vez também são de dois tipos: o tipo GTIN-13 (13 dígitos) é utilizado no varejo, em geral para identificação do país de origem, do fabricante e do produto em si e aparece nas embalagens dos produtos nos supermercados; os leitores, no caixa, identificam o produto e o programa de gerenciamento processa a informação instantaneamente. O tipo GS1-128 é utiliza- do na movimentação de produtos pelas empresas e comporta mais informações necessárias para o controle interno, como dados da compra (pedido, nota fiscal, quantidades etc.) e da produção (lotes, datas de fabricação, validade, numeração de identificação etc.). © L uc ia na C as si a/ L at in st oc k © M ai tr ee L ai pi ta ks in /1 23 R F 44 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Os códigos bidimensionais, uma tecnologia mais recente, agregam um número maior de informações utilizando espaço menor que o código de barras tradicional. É utilizado, entre outras possibilidades, em embalagens unitárias de medicamentos e de alimentos, que necessitam identificação mais completa, como validade, lote etc., de modo a permitir seu rastreamento. Nos anos de 2013 e 2014, por exemplo, ocorreram vários recalls de remédios e leites longa-vida UHT que apresentaram problemas em suas composições, trazendo risco de comprometimento da saúde. A utilização desses códigos tornou mais ágil a locali- zação dos produtos nos estoques dos distribuidores e varejistas para serem recolhidos. 7 8 9 1 8 38 95 213 5 Os três primeiros dígitos apresentam o país no qual o código de barras foi originado. O número 789 quer dizer que o código foi gerado no Brasil. Este último é chamado que comprova a veracidade do código de barras. de dígito veri�cador, Esta sequência (que pode abranger 4, 5 ou 6 dígitos) representa a empresa que fabricou o produto. Esta sequência (que pode abranger 3, 4 ou 5 dígitos) traz a descrição de características do produto, tais como validade, data de fabricação, peso, medidas etc. Esses códigos estão se tornando cada vez mais populares, sendo conhecidos como QR Code (Quick Response Code – “Código de resposta rápida”), e podem ser esca- neados por telefones celulares que possuem tecnologia para tal. © D an ie l B en ev en ti Código bidimensional que remete ao site do Programa Via Rápida Emprego. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 45 Outra tecnologia utilizada não somente para localização dos itens, como também para seu rastreamento, é a identificação por radiofrequência (Radio Frequency Identification – RFID). Ela se serve de ondas de rádio e “etiquetas inteligentes”, eletrônicas, dotadas de microchip e antena, que recebem e gravam informações e as retransmitem de volta para os transmissores, o que permite localizar, identificar e rastrear o produto a distância, sem contato visual, razão pela qual as próprias eti- quetas não precisam ficar à vista. Boa parte dessas etiquetas sequer possuem baterias e usam como fonte de ener- gia as próprias transmissões que recebem. As informações do estoque podem, desse modo, ser processadas em tempo real e em um processo muitíssimo mais ágil do que a leitura de etiquetas de código de barras em cada embalagem ou palete por um operador. Além disso, o microchip comporta uma gama muito maior de informações. Em 2014, um roubo de grande volume – em que foram utilizados sete caminhões – de aparelhos eletrônicos (celulares, tablets etc.), de uma fábrica de um grande fabrican- te do setor em Campinas (SP), mostrou que os ladrões conheciam essa tecnologia, uma vez que não levaram produtos assim etiquetados. Etiqueta inteligente. O software de gestão do armazém é um instrumento muito eficiente nessa etapa de armazenamento, pois faz a gestão do endereçamento, dos equipamentos e do pes- soal que deve ser alocado para realizar a tarefa, como vimos. © S to ck se ar ch /A la m y/ G lo w Im ag es 46 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Atividade 3 etiquetandO e COdifiCandO minha vida 1. Para fazer suas etiquetas, você precisará de uma folha de papel no formato A4. 2. Na folha de papel, marque com um tracinho o ponto que representa 10 cm a partir de um dos lados da largura do papel e, outro, 20 cm. Siga os traços em direção ao lado oposto, encostando a régua na borda do lado do comprimento da folha. 3. Faça o mesmo encostando a régua, virada, do lado do comprimento do papel. Ago- ra, una os pontos da marca de 10 cm com um risco paralelo à margem do papel e de novo na marca dos 20 cm, dividindo a folha em três partes mais ou menos iguais. Vire a folha, e, da mesma forma, faça marcas no sentido de um dos lados compridos para o outro, a cada 3 cm, dos dois lados da folha, e una as marcas, de maneira a obter um grande retângulo, criando 21 pequenos retângulos que serão suas etiquetas. 4. Escreva, na margem inferior das etiquetas, o seu nome, em letras maiúsculas e de forma, assim: ANTONIA, LUISA, JOANA, ROBERTA, CARLA CIA. LTDA. ou S.A., ou ANTONIO, LUIS, JOÃO, ROBERTO, CARLOS CIA. LTDA. ou S.A. 5. No verso da folha, comece a pensar no código que utilizará para identificar o que será etiquetado. Assim, relacione, separadamente, as categorias: amigos, material deste curso, os ideais que acha que poderá alcançar com base neste curso, os conhecimentos que você tem, os que você precisa ter etc. Para cada uma dessas relações, atribua uma letra ou número diferente, e para cada item, um número. Na categoria que houver condição, crie grupos ou classes: novos amigos, velhos amigos, nem novos nem velhos; e, como neste caso é possível, crie uma família: “amigos de infância”, “colegas” etc. Assim, por exemplo: • Categoria: amigos = A; • Classe: infância = 01 / vida adulta = 02; • Descrição: amigos do peito = 01 / colegas = 02 / amigos distantes = 03. Veja a seguir a classificação de um velho amigo distante: João = A0103. Crie um código para o material do curso pensando no que podem ser categorias, classes, grupos etc. para livros, cadernos, canetas, folhas de papel, lápis etc. 6. Escolha e escreva alguns desses códigos em letras ou números graúdos, capricha- dos, nas etiquetas. Você deverá cortar pelo menos uma e prendê-la com fita adesiva no seu livro do curso, identificando-o de acordo com o código que criou. al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 47 Controle de estoque Como vimos, com a identificação por meio de etiquetas inteligentes de radiofrequên- cia ou de código de barras, é possível localizar um produto e, inclusive, os paletes e as prateleiras em que estão armazenados. Além disso, mediante a utilização dos coletores ou leitores, pode-se facilmente armazenar as mercadorias nos locaiscorretos e retirá-las para a separação, a fim de atender aos pedidos de requisições dos produtos ou matérias. Do mesmo modo, é possível fazer o levantamento de quantas unidades existem no estoque, por meio da realização de inventários – a contagem das unidades diretamente nos locais em que estão estocadas, para conferência ou checagem com os dados constantes nos controles de estoque. Controles esse que podem ser feitos em fichas simples, manualmente, ou em planilhas eletrônicas – nesse caso, como foi visto, com o auxílio de softwares, programas de computador dedicados à execução dessa tarefa, entre inúmeras outras alternativas. Uma das formas usuais de controle são as auditorias simples, feitas, por exemplo, mensalmente, com o objetivo de verificar algumas características ou condições do estoque – como o estoque mínimo e o máximo –, a devida realização dos procedi- mentos de controles e registros e, também, o estado em que os materiais se encontram etc. Esses procedimentos são feitos mediante a checagem das notas de entrada e de saída, das requisições de compra e fichas ou registros de controle. Fichas de controle As fichas de controle devem permitir uma visão da situação do estoque tanto no momento da auditoria como a qualquer momento que se deseje. Deve-se ter um cuidado especial ao verificar como estão sendo feitos os lançamentos, já que são fundamentais no controle. Portanto, deve-se checar se a identificação dos produtos, sua codificação e conse- quentemente sua localização no estoque (estante, prateleira, rua, número, andar etc.) estão corretas, uma vez que erros, nesse momento, vão gerar números incor- retos no sistema: determinado produto poderá apresentar números inferiores ao correto e, do mesmo modo, outro produto poderá apresentar números superiores ao real. Assim, é importante conferir se as devoluções e as baixas por danos ocor- ridos foram convenientemente computadas. E, por fim, verificar se há compati- bilidade entre os dados dessas fichas e os dos demais controles. Veja um exemplo de ficha de controle de estoques. 48 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Ficha de controle de estoque. Notas de entrada e saída Verifica-se se os dados de entrada vêm sendo correta e oportunamente lançados pela conferência das notas de entrada, que devem ser numeradas, datadas e estar con- ciliadas com as notas fiscais, se estas foram registradas nas fichas ou planilhas de estoque, e se a mercadoria foi efetivamente recebida e conferida (as notas de entra- da devem vir assinadas pelo responsável pela operação). O controle das notas de saída, que também devem ser numeradas, datadas e assi- nadas, deve conferir se não estão ocorrendo lançamentos em duplicidade, isto é, notas lançadas duas vezes ou lançamentos diferentes, porém com o mesmo núme- ro de nota de saída. Além disso, deve verificar se há registros de cancelamento em quantidade ou frequência incomum, e se as notas ou outros documentos contêm rasuras, correções, retificações – o que pode ser um indicativo de problemas, de simples incorreções nas anotações ao desvio de produtos. Por essa razão, verifica-se se as saídas (o consumo) estão de acordo com as entradas (o fornecimento). FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE Mercadoria: Data Operação Entrada Qtde. Valor Unit. Valor Total Valor Total Valor TotalQtde. Valor Unit. Qtde. Valor Unit. Saída Saldo Total Método: Fábrica de Serras Arco © D an ie l B en ev en ti al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão 49 NOTA FISCAL SAÍDA CNPJ NATUREZA DA OPERAÇÃO NOME/RAZÃO SOCIAL DESTINATÁRIO/REMETENTE FATURA DADOS DO PRODUTO CÁLCULO DO IMPOSTO TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS DADOS ADICIONAIS RESERVADO AO FISCO NOTA FISCAL Nº DE CONTROLE DO FORMULÁRIO DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR ENDEREÇO MUNICÍPIO BASE DE CALCULO DO ICMS VALOR DO FRETE NOME RAZÃO/SOCIAL ENDEREÇO QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO MUNICÍPIO FRETE POR CONTA 1 EMITENTE 2 DESTINATÁRIO PLACA DO VEÍCULO UF UF CNPJ/CPF INSCRIÇÃO ESTADUAL VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTIT. VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL PRODUTOS DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CF UNID. QUANTIDADE ALÍQUOTAS VALOR DO IPI ICMS IPI SIT. TRIB. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL CÓDIGO PRODUTO FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA BAIRRO/DISTRITO CEP DATA SAÍDA/ENTRADA CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO CFOP INSC. ESTADUAL DO SUBST TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL ENTRADA 1ª VIA 00.00.00 DATA LIMITE PARA EMISSÃO DESTINATÁRIO/ REMETENTE Nº 000.007 Nº 000.007 Rua do Conhecimento, 54 Vila Aroeira - São Paulo - SP CEP 04743-021 (11) 2144-0000 / (11) 2144-0025 Venda Dalila Razonete 587.787.489-86 24/02/2015 24/02/2015Rua da Esperança nº 187 São Paulo 785456 SP(11) 71547-3285 Vila Maura 01475-052 21:48:12 2.333 45.478.528/0001-33 457874152147 X Livro Infantil (A Caverna) Nota Fiscal com dados e valores fictícios 1 1007 Unid 35,00 35,00 35,00 Transportadora Vaivém 75.453.858/0001-45 658.974.517.548Rua das Encomendas, 745 São Paulo SP SPNON 0312 1 caixa 35,00 35,00 1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Modelo de nota fiscal. © D an ie l B en ev en ti 50 Arco Ocupacional Ad m i n i s t r Aç ão al m o x a r i f e e es t o q u i s t a 2 Inventários Outro procedimento de controle é a realização de inventários, que são os instru- mentos fundamentais para o controle eficiente do estoque, pois é no momento de sua realização que se detectam todas e quaisquer diferenças que possam estar acon- tecendo entre os registros e o estoque real. Nos inventários, todos os registros e controles são checados com o estoque, que é contado fisicamente, item a item. Eles garantem, assim, com absoluta precisão, o controle do funcionamento correto dos almoxarifados ou depósitos no que toca a seus números, sendo o momento em que se procede a todos os ajustes nos registros que sejam necessários. Por essa razão, são realizados periodicamente, de forma sis- temática. São dois os tipos de inventários: os rotativos e os gerais. Os rotativos são efetuados em intervalos curtos de tempo, em contraposição aos gerais, inventários mais completos que, por sua complexidade, são costumeiramen- te feitos em intervalos mais longos, semestralmente ou anualmente, dependendo da importância de um produto e do seu fluxo de comercialização dentro da empresa. Os inventários rotativos possibilitam, também, acompanhar mais de perto a eficiên- cia dos registros e controles da movimentação do estoque, a fim de favorecer a to- mada de decisões de forma mais imediata, com a concretização de ações que possam corrigir ou sanar possíveis problemas. Vimos que, na realização dos registros de entrada e saída dos materiais, podem ocorrer erros de lançamento dos dados, seja por distração, por não se ter efetuado nenhum lançamento no momento devido, seja pela leitura, anotação ou digitação errada de números, ou em fichas ou planilhas erradas. Enfim são vários motivos que podem levar a equívocos, além de desvios de mercadorias e furto. Quando se tem o recurso dos softwares, é possível saber até mesmo a quantidade de unidades de determinado produto que se encontram nas embalagens empilhadas palete por palete, pois pode-se realizar a baixa das unidades que tiveram saída em cada
Compartilhar