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FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO DO MACHO

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RESUMO DE FISIOPATOLOGIA
O exame do aparelho reprodutor é fundamental para identificação de possíveis patologias, principalmente nos animais usados para reprodução.
Existem fatores que podem predispor à patologias. Como por exemplo, clima tropical. Animais que vivem nesse clima tendem a ficar mais estressados, com isso ocorre aumento do cortisol e diminuição da produção dos hormônios que participam da reprodução. Outro fator é o chamado ‘’ Estresse calórico’’, onde ocorre aumento da temperatura corporal e consequentemente da temperatura do escroto, podendo levar à um quadro de Degeneração Testicular. 
Um método de verificar alteração no escroto é a Mensuração, onde é medido a circunferência escrotal, e feito uma média em comparação com demais animais da mesma idade ou raça. Caso esteja menor pode ser um quadro de degeneração, diminuindo tamanho, volume e peso do escroto.
Um bom reprodutor apresenta alta circunferência escrotal, passando esta característica para os filhos que apresentam precocidade sexual, favorecendo o parte comercial da reprodução. 
O exame físico do aparelho reprodutor consiste na palpação, para verificar se apresenta consistência fibroelástica, se há sensibilidade ou não, presença da mobilidade testicular (capacidade de afastamento e aproximação dos testículos). A temperatura ideal para manter os espermatozoides vivos é de 2 a 6ºC abaixo da temperatura corporal. 
Para que o animal seja considerado fértil e esteja apto para reprodução, é necessário apresentar as seguintes características: 
- Produção de gametas
- Espermatozoides viáveis
- Boa libido
- Habilidade de cobertura
-> Alterações:
1. Hérnia inguino escrotal: Hérnia é quando um órgão ocupa um lugar diferente do seu locar anatômico. Nesse caso, o anel inguinal está dilatado e com isso ocorre a passagem das alças intestinais para o escroto, não sendo possível manter a termorregulação levando ao aumento da temperatura escrotal e à degeneração testicular. O animal continua apresentando libido, pois as células de Leydig que produzem testosterona são termorresistentes. 
2. Malformação congênita
2.1 Aplasia Segmentar do ducto de Wolff: Este ducto é responsável pela formação dos epidídimos e do ducto deferente. Nessa alteração NÂO ocorre formação.
Pode ser unilateral (quando não há formação de um epidídimo e\ou ducto) ou bilateral (quando não ocorre formação de ambos os epidídimos e\ou ductos, nesse caso o animal é estéril e retirado da reprodução).
Pode ocorrer um quadro de Espermatocele: acúmulo inadequado de espermatozoides nesses epidídimos destruídos, sendo capturado na coleta apenas plasma seminal. 
2.2 Criptorquidismo: Pode ser unilateral (quando um testículo não desce para o escroto) ou bilateral (quando ambos os testículos não descem, o animal é estéril). Durante a formação fetal os testículos são formados próximos aos rins, e são transportados para o escroto pelo gubernáculo. Nos suínos que apresentam essa patologia, o problema é causado pelo mal desenvolvimento do gubernáculo. É hereditário, por isso os reprodutores que apresentam essa patologia devem ser retirados da reprodução e feito orquiectomia bilateral. É necessário também, realizar a retirada desses testículos da cavidade abdominal pois pode provocar processos tumorais.
2.3 Hipoplasia testicular: diminuição de um (animal ainda consegue gerar descendentes, devido ao outro testículo que funciona normalmente) ou ambos os testículos (animal estéril).
É irreversível, acomete todas as espécies e é hereditário, podendo ocasionar hipoplasia ovariana nas filhas.
Reduz produção de espermatozoides pois não há células germinativas, reduz fertilidade. 
Para diagnosticar pode ser feito biópsia, para analisar a presença ou ausência de células germinativas, ou cariótipo (cultura de leucócitos). 
3. Problemas na Ejaculação:
3.1 Inexperiência de monta
3.2 Falta de libido: animal não tem desejo sexual. Pode estar relacionado com a falta de experiência em realizar a monta. Pode ser hereditário, causado por problemas hormonais (pouca produção de testosterona), fatores ambientais, manejo incorreto (animal apanhar do tratador e tem medo levando ao aumento do cortisol e diminuição dos hormônios), mudança de tratador. 
Equinos apresentam estação de monta sazonal (primavera e verão). A coleta do ejaculado deve ser realizada a cada 3 dias, coletando no máximo 2 ejaculados para não sobrecarregar o aparelho reprodutor. 
Tomar cuidado também, principalmente com carneiros, que a inabilidade de cobertura pode estar relacionada com a interferência de machos mais velhos no mesmo rebanho, importante realizar a separação. 
A estação de monta dos Lanados (produzem lã) ocorre de novembro a abril, assim a qualidade do sêmen é melhor. Diferentemente dos não lanados, que ocorre o ano inteiro mantendo-se o sêmen com a mesma qualidade. 
Nos suínos a falta de libido por ser causada pela obesidade (levando ao depósito de gordura na carcaça e no cordão espermático, ocorrendo falhas na termorregulação). 
4.Inabilidade de cobertura: pode ocorrer por:
4.1 Distúrbios da monta: animais muito pesados ou idosos apresentam dificuldade locomotora, não conseguindo saltar sobre a fêmea para copular. O correto é pôr o animal para caminhar e analisar, se houver problemas locomotores apresentará dor, claudicação.
4.2 Distúrbios de penetração: causados por defeitos anatômicos no pênis. 
- Desvio de pênis em saca-rolha e desvio lateral do pênis: animal não consegue introduzir o pênis no momento da cópula. Deve ser retirado da reprodução e realizar orquiectomia. 
É sempre importante analisar o animal como um todo, as vezes o problema está em outro lugar, como por exemplo, o casco, se o animal apresentar alguma inflamação, broca, vai sentir dor e no momento do salto não consegue realizar, impedindo a monta, e pode até machucar a fêmea. 
Classificação das Patologias:
1.Hereditárias: é necessário retirar da reprodução, e castrar, para não passar acidentalmente para os filhos. (ex: criptorquidismo).
2.Congênitos: Retirar o animal da reprodução. (ex: alteração do pênis formato saca-rolha).
3.Adquiridas: pode ser branda ou intermediária, podendo ser revertida, ou pode ser avançada, sendo irreversível, retirando o animal da reprodução. 
(exs: degeneração testicular – causa primária é aumento de temperatura. Prognóstico reservado.)
(Ex2: acrobustite – inflamação do prepúcio. Tratamento inicial é com anti-inflamatório, crônico é cirúrgico, corrigindo a alteração).
(Ex3: vesiculite- inflamação das glândulas que produzem o líquido seminal).
(Ex4: balanite- inflamação do pênis. Causa dificuldade de micção, levando à retenção urinária e infecção, dor, o animal não consegue realizar a cópula. Tratamento com anti-inflamatório e antibiótico). 
Patologias: quando ocorre lesão a evolução é rápida mas a recuperação é lenta, precisa ter paciência e tempo. 
- Balanite: inflamação do pênis. Ocorre por traumas, infecções bacterianas, processos tumorais. Tratar com AINES, compressa de gelo e caminhada. 
- Postite: inflamação do prepúcio. Ocorre por traumas, infecções bacterianas, processos tumorais. 
- Balanopostite: inflamação do pênis e prepúcio.
- Prostatite: inflamação da próstata.
- Vesiculite seminal: inflamação da vesícula.
- Bulbouretrite: inflamação da glândula bulbouretral.
- Acropostite: inflamação do óstio do prepúcio.
- Prepúcio penduloso: exposição da mucosa, que deve ficar no interior do prepúcio. Acomete bovinos com pênis longo (raças zebuínas), que raspam nas hastes do capim causando úlceras, sangramentos e miíase. Passa para os filhos.
-Habronemose: acomete equinos. Causada pela migração errática da larva de habronema, ocorre mais no verão.
Por isso deve-se ser feito melhoramento genético para escolher animais com prepúcio pequeno.
Para avaliar é necessário expor o pênis, do cão usa-se luva de procedimentos, rebate o prepúcio e expõe o pênis. Em grandes animais pode induzir o cio na fêmea e colocar o macho junto para ter ereção. Em ruminantes pode ser feito através da eletroejaculaçãotambém.
Injúria de nervo peniano: No momento da cópula é preciso que o pênis aumente de volume e diâmetro para que o ejaculado chegue até a vagina ou útero da fêmea, e isso ocorre através de estímulos do nervo peniano. Se o animal apresentar alguma alteração na coluna (região abdominal e sacral) pode ocorrer também lesão na inervação do pênis. Assim, o animal não consegue realizar a ereção corretamente, e não possui libido.
Distúrbio lateral de pênis: alteração congênita, onde o animal não consegue penetrar o pênis e realizar a cópula.
Pênis formato saca-rolha: alteração congênita. Impossibilita a penetração do pênis no canal vaginal. 
Freio peniano e Anel de pelo: Ocorre mais em bovinos, e em animais jovens que estão entrando em reprodução e não conseguem expor o pênis corretamente. O tratamento é rápido e simples: expor o pênis, secciona o freio peniano com uma tesoura, assim fica livre e o animal consegue expor o pênis corretamente. É uma patologia congênita. 
Anel de pelo: presença de pelos coagulados na glande do pênis. Deve-se molhar bastante com solução fisiológica para umedecer a glande e fazer a retirada dos pelos. Após isso, o animal pode voltar normalmente para a reprodução. 
Tumores:
Fibropapiloma viral peniano: causado pelo vírus do papiloma.
Acomete somente bovinos. Animais do rebanho são criados no mesmo lote podendo ocorrer a transmissão do vírus pelo comportamento homossexual.
O diagnóstico é feito após a cobertura nas fêmeas, quando o animal recolhe o pênis fica gotejando sangue. Assim é necessário conter o animal, e expor o pênis para visualização do tumor.
Pode vir acompanhado de fimose (presença de edema e necrose), o animal não consegue expor o pênis. Acúmulo de urina, capim, terra é substrato para bactérias podendo causar inflamações como balanite e postite.
Pode ser simples (apresenta um nódulo) ou múltiplo (vários nódulos). É mais comum observar na glande do pênis, mas pode acometer a membrana do prepúcio também.
Tratamento: retirada cirúrgica. Animal em jejum alimentar (24 a 36h) e hídrico (12 a 24h). Realizar antibioticoterapia no pré operatório para prevenir contra bactérias no momento da cirurgia.
Para realizar a cirurgia, coloca-se torniquete próximo ao tumo, anestesia local, sonda na uretra, e retirada do tumor. Pode ocorrer reicidiva após a cirurgia, sendo uma opção a aplicação da vacina autógena (usa-se a massa do papiloma, depois inocula em todos os machos do lote com papiloma). Antibioticoterapia de 7-12 dias e repouso sexual por 15 dias para evitar hemorragia.
Carcinoma de células escamosas: Comum em equinos e pôneis com mucosas despigmentadas, acomete a glande do pênis e a lâmina interna do prepúcio.
O diagnóstico é feito através da exposição do pênis. Pode levar à metástase, sendo importante também a inspeção em todo o corpo para ver se não há presença de massas em outros locais.
Tratamento: crioterapia (oxigênio líquido) para tumores de até 2mm, mergulha para cauterizar. Para tumores superiores à 2mm faz-se postectomia segmental (retirada do tumor do prepúcio). Pode ter reicidiva.
Prognóstico é reservado, devido ao risco de metástase.
Cuidados pós cirúrgicos: repouso sexual por 15 dias, exercícios diários (2x por dia durante 30 min, para diminuir edema), remoção dos pontos em 10-12 dias.
Tumor venéril transmissível (TVT): acomete caninos, no momento da cobertura ou contato físico entre animais.
Acomete pênis, prepúcio, vulvaa e vagina, olhos, pele, snc, vísceras. É um tumor metastático. 
Diagnóstico: sangramento devido à alta vascularização do tumor. Prognóstico é reservado quando há metástase. Tratamento: quimioterapia (sulfato de vincristina IV, 3 a 6 aplicações lentamente. 2ª escolha pode ser doxarrubicina). É importante monitorar o paciente com hemograma e leucograma, pois diminui as células de defesa.
Hematoma de pênis: ocorre quando sofreu lesão e teve hemorragia. É mais comum em ruminantes e equinos. 
Causa: ruptura da bainha albugínea (membrana que recobre externamente a glande), levando à extavasamento de sangue nos ruminantes. Nos equinos pode ocorrer ruptura dos vasos sanguíneos (trauma mecânico como coices no momento da cobertura). Para evitar, é importante que a cópula seja realizada em piquet, no solo com areia, piso de borracha para evitar o escorregamento do animal.
Prognóstico: 50% retornam para atividade reprodutiva. 
Diagnóstico: sinais clínicos (edema) e ultrassom. 
Tratamento: cirúrgico (remoção do hematoma), só pode ser realizado 6 dias após o acidente por causa da hemorragia. Cuidado com o pênis no momento da cirurgia pois pode estar acoplado ao prepúcio. Antibioticoterapia por 10 a 14 dias, repouso sexual de 3 meses.
Pode ocorrer formação de abcesso no local da cirurgia. É importante deixar o animal no local mais limpo possível. No momento da cirurgia pode ocorrer lesão no nervo peniano, pode ocorrer neovascularização levando a mais aderência do pênis ao prepúcio. Pode estar relacionado a tumores, por isso é importante expor bem o pênis na avaliação. 
Abcesso de prepúcio: ocorre aumento de volume com a presença de pus.
Pode ser causado por ferpas. É retirado através do procedimento cirúrgico. 
O pós operatório consiste em antibioticoterapia de 7 a 10 dias e AINES.
Glândulas acessórias:
Hiperplasia prostática benigna: acomete cães com idade superior à 6 anos.
Tratamento: pode ser realizado orquiectomia (não havendo testosterona leva à atrofia); e o uso de drogas a base de finasterida.
Prostatites e vesiculites: acomete ruminantes. 
O tratamento é difícil pois a massa muscular que envolve a pelve é muito grande, assim é necessário doses muito altas, e várias repetições de antibiótico, e o custo benefício não compensa. O pH seminal é alterado, levando à morte dos espermatozoides sendo o sêmen ruim.
Biotecnologia de Sêmen – refrigeração. 
São técnicas laboratoriais onde ocorre manipulação do material genético (leva ao banho Maria em temperatura de 32-37ºC), avaliação e refrigeração desse sêmen para gerar descendentes. 
A refrigeração ocorre em temperaturas acima de 0 graus, variando de 5 a 14ºC. É mais utilizado em suínos e equinos.
Através da refrigeração é possível diminuir o número de reprodutores, substituindo a monta natural por inseminação artificial. Sendo possível selecionar os melhores reprodutores, aqueles que são geneticamente modificados, mantendo alto padrão na propriedade. Permite também não comprar os reprodutores (custo muito alto), apenas comprar o sêmen refrigerado, de alta qualidade, por um custo muito menor. Evita-se também o deslocamento desses reprodutores de uma propriedade a outra (alto custo), e ocorre diminuição no gasto com manutenção desses animais, como alimentação, funcionários.
Para realizar a refrigeração do sêmen, antes é necessário realizar o exame andrológico do animal, para avaliar se a qualidade espermática (concentração, vigor, motilidade) é adequada para emprenhar as fêmeas. Após ser aprovado na avaliação andrológica, é feita a coleta do sêmen.
Em Equinos é feita através da vagina artificial e em Suínos é por manipulação digital. Após a coleta, é feita a análise macro e microscópicas. Em seguida incuba o sêmen em banho-maria (32 a 37ºC). São adicionados componentes para manter a viabilidade do espermatozoide (alta motilidade, vigor), não pode ocorrer degradação rápida.
Componentes:
Açúcares: glicose, frutose ou ambas. São importantes para produção de ATP (feita pelas mitocôndrias, presentes na peça intermediária dos espermatozoides), que mantém a motilidade espermática. 
Tampões: citrato de sódio, bicarbonato de sódio. São importantes para equilibrar o pH (7.0) para não ocorrer morte dos espermatozoides. 
Antibióticos: penicilina + estreptomicina, ampicilina. São importantes para evitar a multiplicação de bactérias.
Fosfolipídeos: gema de ovo, leite desnatado. São importantes para proteger a membrana do espermatozoide.
Água destilada: é importante para dissolver todos os componentes e formar um meio homogêneo.
Curva de refrigeração:
Com 38ºCé feita a coleta do sêmen, leva ao banho-maria com temperatura de 32 a 37ºC, ode será analisada as características macro e microscópicas, adicionado o meio diluente. Depois essa temperatura é abaixada até 14ºC (mantém a viabilidade do sêmen por até 20-24h), e abaixa-se mais até atingir 5ºC prolongando a viabilidade por até 48h. Esse abaixamento de temperatura é feito para diminuir o gasto de energia dos espermatozoides prolongando sua viabilidade. 
O transporte do sêmen pode ser de forma passiva, através de uma caixa térmica, que mantém por 24h. Ou de forma ativa, através de uma caixa de transporte no estilo cooler que necessita de energia elétrica, mantendo por até 48h.
Se não for realizar o transporte, pode manter em refrigerador maior na propriedade, em torno de 5-6ºC.
Biotecnologia do Sêmen- Congelamento.
Sêmen é processado no laboratório até chegar em temperatura abaixo de 0 graus. Se o armazenamento for feito de forma adequada com o uso de nitrogênio, pode durar por muitos anos. 
Os objetivos do congelamento, é utilizar reprodutores geneticamente modificados, tendo assim um alto padrão no lote, pois os filhos podem apresentar precocidade sexual. É possível comprar o material genético ao invés do reprodutor, guardar o material genético de um reprodutor de alto custo, mesmo depois do óbito para continuar gerando descendentes, e é possível realizar inseminação artificial em tempo fixo, ou seja, são utilizados hormônios para controlar o ciclo reprodutivo das fêmeas, assim, consegue-se emprenhar várias fêmeas na mesma época, para ter o controle do período certo de nascimentos, desmame, sendo mais fácil manter a propriedade. 
Escolha dos reprodutores: o macho adulto passa pela puberdade, produz testosterona, espermatozoides. O reprodutor precisa passar por tudo isso e apresentar duas potentias:
Potentia generandi: capacidade de gerar descendentes. Esse animal precisa produzir espermatozoides, a função epididimária precisa ser eficiente, e os espermatozoides ser de qualidade (alto vigor, motilidade e concentração, e baixo número de espermatozoides anormais).
Potentia Coeundi: capacidade de copular. Animal precisa ter libido, que é controlado pela testosterona produzida nas células de Leydig, precisa realizar ereção e exposição adequadas do pênis e capacidade de penetração. 
Meios diluentes: 
Açúcares: glicose (crioprotetor e consegue passar do meio extracelular para o intracelular do espermatozoide), frutose, sacarose, treatose, rafinose, maltose. Para fornecer energia para as mitocôndrias que estão presentes nas peças intermediárias e manter a motilidade, o metabolismo dos espermatozoides em temperaturas baixas.
Fosfolipídeos: gema do ovo, leite desnatado. Formam uma película protetora dos espermatozoides, contra baixas temperaturas. 
Tampões: tris, tes, associados ao bicarbonato de sódio. Tem a função de manter o pH neutro por um período de tempo maior.
Antibióticos: ampicilina, penicilina + estreptomicina, gentamicina. Tem a função de evitar o crescimento bacteriano, pois açúcar, fosfolipideos e o plasma servem como substrato para bactérias.
Água destilada: para diluir os componentes, e formar uma mistura homogênea.
GLICEROL: é um agente crioprotetor intracelular (protege contra baixas temperaturas, reduzindo a mortalidade espermática). Consegue manter a motilidade dos espermatozoides por mais tempo.
Congelamento: diminuir a temperatura. No meio extracelular estão presentes os componentes, como água, açúcares, antibióticos, fosfolipideos, tampões, e o glicerol. A glicose é um crioprotetor intracelular, por isso entra no citoplasma do espermatozoide, e para que o glicerol consiga penetrar no citoplasma, por ser um crioprotetor intracelular também, é necessário que a água presente no citoplasma saia para o meio exterior. (Ocorre desidratação e refluxo de água e influxo de glicerol). Quando no citoplasma do espermatozoide, o glicerol organiza a formação de cristais de gelo especial (não pontiagudos, para não perfurar a membrana do esp.), e no meio extracelular também ocorre a formação desses cristais. Mesmo assim, após o descongelamento, cerca de 50% dos espermatozoides morrem. Se não houvesse o glicerol, seriam formados cristais pontiagudos, e causaria morte de quase 100%. 
DMSO, etilenoglicol e aminas são utilizados para congelamento de embrião. 
Descongelamento: 
O glicerol volta para o meio extracelular, e a água retorna para o citoplasma (hidratação espermática). Os fosfolipídeos permanecem protegendo o espermatozoide, a glicose chega ao citoplasma e às peças intermediárias, promovendo energia e devolvendo motilidade aos espermatozoides. 
Ocorre estresse dos espermatozoides devido às mudanças de temperatura com isso ocorre deformidades e morte desses. Alguns não resistem nem à formação dos cristais, causando lesão na membrana e morrendo. 
Curva de congelamento:
Com 38ºC, temperatura retal do animal, é feita a coleta do sêmen e transporte ao laboratório. Levar ao banho-maria em temperatura de 32 a 37ºC, adiciona o meio diluente para congelar. Diminui-se a temperatura até 5ºC (tempo de equilíbrio) por 4 a 12hrs. Abaixa para -15ºC, para passar da fase líquida para sólida, ocorrendo formação dos cristais não pontiagudos. (-15 a -60ºC) é a fase crítica, onde ocorre formação dos cristais e grande morte dos espermatozoides, não se movimentam nesse momento. Com (-120ºC) é exposto ao vapor de nitrogênio líquido. Com (-196ºC) o nitrogênio já está líquido, assim o sêmen é armazenado no botijão. Pode ser armazenado por muitos anos, desde que não falte N2(l). Esses botijões são recarregados, se não utiliza-se muito de 30 em 30 dias, mas se usa-se muito depende do fluxo, semanalmente, de 2 em 2 semanas. 
Artigo Científico: 
Como os fatores climáticos influenciam no sêmen: Temperatura, umidade e fotoperíodo (insolação) influenciam na qualidade do sêmen. Em temperaturas e umidades muito altas (verão), diminuem a produção de espermatozoide.
Como os fatores climáticos influenciam na produção dos hormônios: O cortisol é produzido pelo córtex da adrenal. Em temperaturas muito altas, ocorre um aumento do estresse do animal, consequentemente aumenta o cortisol, que faz um feedback negativo com a testosterona.
Qual o objetivo do artigo: Geralmente o objetivo é apresentado no último parágrafo da introdução. Nesse caso, o objetivo foi investigar a influência das estações do ano nas características do sêmen e na produção de testosterona e cortisol.
Qual a metodologia utilizada: material é tudo que foi usado, como por exemplo: 5 touros da raça Nelore, e 5 touros da raça Simental, criados extensivamente, no município de Presidente Prudente. Usado eletroejaculador para coleta do sêmen, utensílios como agulhas para coleta de sangue. Métodos: animais submetidos ao exame andrológico, segundo normas do Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, colheita de sêmen por meio de eletroejaculação, colheita de sangue por venopunção jugular, análise de testosterona e cortisol por radioimunoensaio.
Quais são os principais resultados: interpretação de tabelas. Nesse caso, na tabela 1, que avalia as características do sêmen (volume, motilidade, vigor, defeitos), pode-se concluir que a raça Simental produziu mais sêmen, devido às glândulas anexas serem maiores. Na tabela 2, que trata das concentrações de testosterona e cortisol, conclui-se que a raça Simental produz mais testosterona, o que é fisiológico, e a raça Nelore mais cortisol, pois tem comportamento mais ativo. Na tabela 3, trata-se de correlações, entre testosterona e características do sêmen. Valores acima de 0,50 são correlações altas. Concluiu-se que, algumas características do sêmen são influenciadas de maneira positiva pela produção de testosterona. Na tabela 4, que tratava de correlações do cortisol com as características do sêmen, concluiu-se que animal muito estressado produz mais cortisol e menos ejaculado.
Quais as conclusões: é igual às conclusões dos autores que serviram como referência para o artigo. Nesse caso, concluiu-se que ostouros das duas raças produziram boa qualidade de sêmen. Para a raça Simental no verão e primavera houve melhora de motilidade e vigor, e no inverno diminuição, pois são mais exigentes quando à alimentação no inverno, sendo necessário a suplementação desses animais para não cair a motilidade. E para a raça Nelore não houve variações significativas das características do sêmen ao longo das estações do ano.

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