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Celiotomia e Laparotomia Exploratória

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CELIOTOMIA E LAPAROTOMIA EXPLORATÓRIA
Laparotomia: abertura da cavidade abdominal pelo flanco.
Celiotomia: abertura da cavidade abdominal.
CELIOTOMIA
Classificação:
• Longitudinal Mediana 
• Longitudinal paramediana (sagital): não faz a incisão na linha alba, principalmente bovinos devido ao 
rúmen.
• Flanco 
• Paracostal: incisão coxeando a última costela
• Paramamária 
Indicações
• Diagnóstico: biopsia, localiza problemas em órgãos
• Tratamento: hemorragia interna
Celiotomia Mediana
• Classificação:
◦ Pré-umbilical: acesso as estruturas do quadrante cranial (estômago)
◦ Retro-umbilical: incisão da cicatriz até o púbis (acesso a bexiga)
◦ Pré-Retro-Umbilical: incisão da cartilagem xifoíde até o púbis (nefrectomia total)
• Pré-Operatório:
◦ Abdome agudo: início repentino de substanciais sinais clínicos referentes à cavidade abdominal. 
◦ Animais com doenças crônicas
◦ Emergencial: começa a estabilização do paciente e abre
◦ A decisão de operar é baseada no histórico e nos achados do exame físico, estudos radiográficos e 
ultrassonográficos e análises laboratoriais. 
◦ Os sinais clínicos de hemorragia frequentemente não são aparentes imediatamente após o trauma 
podem demorar de 3-4 horas entre a lesão e o desenvolvimento do choque e colapso é comum em 
pacientes com lacerações hepáticas ou esplênicas. Dessa forma, animais que sofreram lesão 
traumática devem ser observados por pelo menos 8-12 horas. 
◦ Avulsões mesentéricas traumática raramente é associada a sinais clínicos até que a peritonite se 
desenvolva, geralmente vários dias após a lesão. 
◦ A manifestação dos sinais clínicos associados a avulsões mesentéricas ou ruptura do trato biliar 
pode não se tornar evidente por até duas semanas após a lesão.
CELIOTOMIA LONGITUDINAL MEDIANA
• Realizar tricotomia ampla, lavagem do prepúcio e sondar o animal.
• Lavar o pênis com a solução de clorexidine + 9 partes de solução fisiológica e massagear.
Abertura
• Com o paciente em decúbito dorsal, colocar uma compressa cirúrgica sobre o prepúcio e prendê-la na 
pele em um lado do corpo. Fixar a extremidade do prepúcio fora do campo cirúrgico. Fazer uma incisão 
ventral mediana na pele, começando no processo xifoide e continuando caudalmente até o prepúcio. 
Curvar a incisão para a esquerda ou direita do pênis e do prepúcio (i.e., do lado oposto ao prepúcio 
preso) e estendê-la até o púbis . Incisar o tecido subcutâneo e as fibras do músculo prepucial ao nível da
fáscia do músculo reto abdominal no mesmo plano da incisão da pele. Ligar ou cauterizar os grandes 
ramos da veia epigástrica superficial caudal na exposição cranial do prepúcio. Fixar a pele seccionada e 
o tecido subcutâneo lateralmente e localizar a linha alba e a fáscia externa do músculo reto do abdome.
Não tentar localizar a linha alba caudal até que os tecido subcutâneo tenha sido seccionado e a fáscia 
da musculatura do abdome identificada. Elevar a parede abdominal e fazer uma incisão na linha alba 
com uma lâmina de bisturi. Palpar a superfície interior da linha em busca de aderências. Utilizar tesoura
para estender a incisão cranialmente ou caudalmente (ou ambas) até aproximar da extensão da incisão 
da pele. 
• A fáscia interna vai subindo e sendo substituida pelo peritônio. Na parte caudal do abdome não tem 
fáscia interna. Na reconstrução tenta unir a fáscia interna com a fáscia externa.
Exploração da cavidade
• Explorar sistematicamente todo o abdome.
1. Explorar o quadrante cranial.
• Examinar o diafragma (incluindo o hiato esofágico) e todo o fígado (palpar o fígado).
• Inspecionar a vesícula biliar e a árvore biliar; comprimir a vesícula biliar para avaliar a permeabilidade 
do trato biliar. 
• Examinar o estômago, o piloro, duodeno proximal e o baço. 
• Examinar as bordas do pâncreas (palpar delicadamente), a veia porta, artéria hepática e veia cava 
caudal. 
2. Explorar o quadrante caudal.
• Inspecionar o cólon descendente, a bexiga urinária, a uretra e a próstata ou cornos uterinos.
• Inspecionar os anéis inguinais. 
3. Explorar o trato intestinal.
• Palpar o trato intestinal do duodeno ao cólon descendente e observar a vascularização mesentérica e 
os linfonodos. 
4. Explorar as fossas (calhas)
• Utilizar a mesoduodeno para retrair o intestino à esquerda e examinar o lado direito do abdome. Palpar
o rim, e examinar a glândula adrenal, o ureter e o ovário. 
• Utilizar o cólon descendente para retrair o conteúdo abdominal para a direita. Examinar o rim 
esquerdo, a glândula adrenal, o ureter e o ovário. 
• Utilizar compressas cirúrgicas umedecidas para proteger os tecidos contra o ressecamento durante o 
procedimento. 
Celiorrafia
• Em cada lado da incisão, incorporar de 4-10mm da fáscia em cada sutura. Fazer suturas interrompidas
com 5-10mm de distância, dependendo do tamanho do animal. Apertar as suturas o suficiente para
unir, mas não o bastante para estrangular o tecido, pois suturas muito apertadas influenciam
desfavoravelmente na cicatrização da ferida. Incorporar a espessura total da parede abdominal nas
suturas, se a incisão for realizada na linha média (i.e., através da linha alba; Fig. 19-3). Não incorporar o
ligamento falciforme entre as bordas fasciais. Se a incisão for lateral à linha alba e se o tecido muscular
estiver exposto (i.e., incisão paramediana), fechar a bainha externa do músculo reto do abdome sem
incluir o músculo nas suturas. Não tentar incluir o peritônio nas suturas. Fechar o tecido subcutâneo
com um padrão contínuo simples (ou sulthan) e material de sutura absorvível, e reunir as fibras do
músculo prepucial. Utilizar fio de sutura não absorvível e padrão de união simples interrompido ou
contínuo (Cap. 8) ou grampos de aço inoxidável para fechar a pele. Aplicar as suturas na pele sem
tensão.
 
Pós-operatório
• Usar colar elizabetano e roupa cirúrgicas
• Em equinos usar bandagens
• Preocupação com miíase em grandes animais.
• Usar clorexidine 2% (mertiolate)
Complicações
• Paciente pode mexer nas feridas e causar hemorragia
• Pode ocorrer deiscência (hérnias incisionais) e evisceração abdominais se for utilizada uma técnica
cirúrgica imprópria. Podem ser causadas também por rupturas da sutura, deslizamento do nó ou
desatamento ou suturas que cortam o tecido.

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