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ADMINISTRACAO_DE_RECURSOS_MATERIAIS

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Professor Me. Victor Vinicius Biazon
Professor Esp. Renato Valença
ADMINISTRAÇÃO DE 
RECURSOS MATERIAIS E 
PATRIMONIAIS
gRADUAÇÃO
gESTÃO PúblICA
MARINgÁ-PR
2013
Reitor: Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva Filho
Presidente da Mantenedora: Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria do NEAD: Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Diretor Comercial, de Expansão e Novos Negócios: Marcos Gois
Coordenação de Marketing: Bruno Jorge
Coordenação Comercial: Helder Machado
Coordenação de Tecnologia: Fabrício Ricardo Lazilha
Coordenação de Polos: Reginaldo Carneiro
Coordenação de Pós-graduação, Extensão e Produção de Materiais: Renato Dutra
Coordenação de graduação: Kátia Coelho
Coordenação Administrativa/Serviços Compartilhados: Evandro Bolsoni
Coordenação de Curso: Ariane Maria Machado de Oliveira
Supervisora do Núcleo de Produção de Materiais: Nalva Aparecida da Rosa Moura
Capa e Editoração: Daniel Fuverki Hey, Fernando Henrique Mendes, Humberto Garcia da Silva, Jaime de Marchi Junior, 
José Jhonny Coelho, Robson Yuiti Saito e Thayla Daiany Guimarães Cripaldi
Supervisão de Materiais: Nádila de Almeida Toledo 
Revisão Textual e Normas: Amanda Polli, Hellyery Agda Gonçalves da Silva, Janaína Bicudo Kikuchi, Jaquelina Kutsunugi 
Keren Pardini, Maria Fernanda Canova Vasconcelos e Nayara Valenciano
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir dos sites PHOTOS.COM e SHUTTERSTOCK.COM”.
Av. Guedner, 1610 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360 - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br
NEAD - Núcleo de Educação a Distância - bl. 4 sl. 1 e 2 - (44) 3027-6363 - ead@cesumar.br - www.ead.cesumar.br
 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação
 a Distância:
 
C397 Administração de recursos materiais e patrimoniais/ Victor 
Vinicius Biazon, Renato Valença Maringá - PR, 2013.
 149 p.
 “Graduação em Gestão Pública - EaD”.
 
 1. Administração de materiais. 2. Administração pública. I.Título.
 CDD - 22 ed. 658.7 
 CIP - NBR 12899 - AACR/2
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - CESUMAR
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS 
MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Professor Me. Victor Vinicius Biazon
Professor Esp. Renato Valença
5ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
APRESENTAÇÃO DO REITOR
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. 
A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para 
liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no 
mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos 
nossos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Cesumar – Centro Universitário de Maringá – assume o compromisso 
de democratizar o conhecimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos 
brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária” –, o Cesumar busca a integração do ensino-pesquisa-ex-
tensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que 
contribua para o desenvolvimento da consciência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade.
Diante disso, o Cesumar almeja ser reconhecido como uma instituição universitária de referên-
cia regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de compe-
tências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão 
universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação 
da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; compromisso social 
de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também 
pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a educação 
continuada.
Professor Wilson de Matos Silva
Reitor
6 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos 
e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De 
que forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo 
contemporâneo. 
O CESUMAR mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação 
do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à 
proposta pedagógica, contribuindo no processo educacional, complementando sua formação 
profissional, desenvolvendo competências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais 
têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma 
possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a 
sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e construção do conhecimento 
deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o CESUMAR 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, 
interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além disso, 
lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar 
com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica.
Então, vamos lá! Desejo bons e proveitosos estudos!
Professora Kátia Solange Coelho
Coordenadora de Graduação do NEAD - CESUMAR
7ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
APRESENTAÇÃO
livro: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Professor Me. Victor Vinicius Biazon
Professor Esp. Renato Valença
Buscando pela eficiência da gestão empresarial, seja na esfera pública ou privada, é 
importantíssima a compreensão e utilização dos conceitos da Administração de Recursos 
Materiais e Patrimoniais, bem todos os elementos que compõe essa vertente. Este livro vem 
contribuir para absorção desses conteúdos, apresentando ao aluno considerações importantes 
sobre a evolução e conceitos de administração de materiais e administração patrimonial, 
sobre armazenamento e processo de compra e a forma de conservação do patrimônio, todas 
voltadas às organizações públicas. 
Na Unidade I, intitulada Evolução e Conceitos de Administração de Materiais apresentaremos, 
além de um breve histórico sobre o assunto, os conceitos, fundamentos e objetivos da 
administração de materiais de modo que, após a leitura do capítulo, você, como futuro gestor 
público esteja apto a tomar a melhor decisão quanto ao controle de estoque, armazenamento, 
compra, distribuição, entre outros aspectos pertinentes.
A Unidade II apresentará os conceitos da administração patrimonial voltados para a 
conscientização de conservação do bem público. O aluno terá conhecimento da classificação 
e codificação desses bens e saberá qual a ferramenta utilizada para controlar a veracidade 
das informações do controle de estoque.
Na Unidade III serão expostos os principais aspectos do armazenamentode materiais, 
garantindo a qualidade do item e sua localização quando for necessário utilizá-lo. Procura 
mostrar a importância de se utilizar mecanismos de armazenagem com particularidades e 
organização para garantir a posterior agilidade de distribuição externa.
Aprofundando o estudo sobre o processo de compra de serviços e bens públicos, a Unidade 
IV trata da fonte de fornecimento dos materiais, enfatizando o processo licitatório, com uma 
abordagem sustentável. O aluno, após a leitura deste capítulo perceberá a importância de atos 
públicos corretos no que diz respeito à aquisição de materiais, relacionando os impactos que 
essa ação positiva com o meio ambiente e a vida em sociedade.
8 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Para finalizar, a Unidade V trabalhará com as normativas do patrimônio público, abordando o 
tombamento do patrimônio cultura. 
Professor Me. Victor Vinicius biazon
E-mail: victor.biazon@ead.cesumar.br
Professor Esp. Renato Valença
E-mail: renato.professor@hotmail.com
A administração é uma ciência social que para ser perfeita precisa se apoiar em um tripé 
harmonioso, sendo recursos financeiros, materiais e humanos. A interdependência destes 
fatores torna a gestão de empresas, tanto públicas quanto privadas, mais produtivas. 
Não se constrói nada sem capital ou os recursos financeiros. Sem os recursos materiais, 
os equipamentos, matérias-primas, peças e etc., juntamente com os recursos humanos, as 
pessoas, a Administração não acontece.
Segundo Martins (2000), das muitas mudanças que ocorreram no pensamento gerencial nos 
últimos 10 anos, talvez a mais significativa tenha sido a ênfase dada à procura de estratégias 
que proporcionassem um valor superior aos olhos do cliente. A vantagem competitiva não pode 
ser compreendida olhando para uma empresa como um todo. Ela deriva das muitas atividades 
discretas que uma organização desempenha projetando, produzindo, comercializando, 
entregando e apoiando seu produto. Cada uma dessas atividades pode contribuir para a 
posição de custo relativo da empresa e criar a base para a diferenciação. A cadeia de valor 
desdobra a empresa em suas atividades estrategicamente relevantes, para compreender 
o comportamento dos custos e as fontes de diferenciação existentes ou potenciais. Uma 
organização ganha vantagem competitiva executando estas atividades estrategicamente 
importantes de maneira mais barata ou melhor do que seus concorrentes.
Segundo Chiavenato (2005) Toda a produção depende da existência conjunta de certos 
componentes indispensáveis. No decorrer da era industrial esses componentes eram 
tradicionalmente denominados fatores de produção: natureza, capital e trabalho. Integrados 
por um quarto fator denominado empresa. Para os economistas, todo processo produtivo se 
fundamenta na conjunção desses quatro fatores de produção. 
Neste livro abordaremos o conceito e a aplicação dos recursos materiais e patrimoniais das 
9ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
empresas, focados sempre nas da esfera pública. A gerência de materiais é um conceito 
vital que pode resultar na redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho de uma 
organização de produção quando é adequadamente entendida e executada. É um conceito 
que deve estar contido na filosofia da empresa e em sua organização.
Conforme Pozzo (2004), os materiais em geral representam a maior parcela de custo de 
produtos acabados, mostrando que são responsáveis por aproximadamente 52% do custo do 
produto numa média empresa e, em alguns casos, podem chegar a 85%. O investimento em 
estoque de materiais é tipicamente de 1/3 do ativo de uma empresa.
O autor afirma ainda que administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, 
pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um organismo viável 
a todos que dela participam.
O controle desses materiais se faz por meio da administração patrimonial através do registro, 
conservação, e controle do acervo de bens permanentes, nesse caso, de um órgão público. 
Abordaremos assim a gestão patrimonial, envolvendo conscientização dos usuários para 
conservação do bem público; a classificação e codificação desses bens bem como os 
balanços físicos. 
Você aprenderá a classificar um bem e diferenciá-lo em bem de uso comum, especial ou 
dominical. Estará apto a compreender a necessidade e importância da codificação desses 
bens. Como gestor público, você irá perceber o quanto o controle de estoque é igualmente 
importante no setor público e que para comprovação desse tipo de informação é realizado o 
inventário.
Dando sequência ao nosso estudo, teremos uma unidade sobre o armazenamento de 
materiais, pois será em vão o trabalho de gestão de uma empresa, pública ou privada, se esta 
se preocupar somente com o processo de compra e controle de seus bens. É fundamental 
que a armazenagem seja de acordo com o tipo de bem estocado e sempre de forma eficiente 
facilitando o acesso quando necessário e garantindo a qualidade quando utilizado.
Uma importante divisão da administração de materiais é o setor de compras, responsável pela 
aquisição de bens ou serviços de melhor qualidade, com garantia de preço acessível, garantindo 
que estejam a disposição na quantidade certa e período desejado. Todavia, no setor público, 
esse processo é amparado por lei e dotado de características próprias. A licitação permite 
10 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
que os bens sejam adquiridos em conformidade com o princípio da isonomia, ou igualdade 
de critérios, atendendo os interesses da administração pública com a melhor proposta, o que 
envolve, como já observamos, qualidade, melhor preço e tempo hábil de entrega.
No capítulo sobre as fontes de fornecimento, especificamente sobre licitação sustentável, 
estudaremos a conduta sustentável no processo de compras do poder público, conciliando 
fatores ambientais e sociais durante todas as etapas do processo de compra, reduzindo 
impactos ao meio ambiente e à própria sociedade.
Para finalizar, estudaremos ainda as normativas do patrimônio público, focados no tombamento 
para valorização do patrimônio cultural e histórico bem como sua origem.
Desejamos desde já uma leitura proveitosa e que os conceitos apresentados neste livro 
possam ser assimilados de forma tal que possam ser aplicados de forma eficiente na gestão 
pública.
SUMÁRIO
UNIDADE I
EVOLUÇÃO E CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................15
CONCEITOS EM GESTÃO DE MATERIAIS ...........................................................................15
A MODERNIZAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS .............................................................28
CONSIDERAÇõES FINAIS ....................................................................................................32
UNIDADE II
EVOLUÇÃO E CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................39
GESTÃO PATRIMONIAL .........................................................................................................41
BALANÇOS FÍSICOS .............................................................................................................57
CONSIDERAÇõES FINAIS ....................................................................................................63
UNIDADE III
ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................67
ESTRUTURA E LAYOUT DO ALMOXARIFADO ....................................................................69ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES E ARMAZENAMENTO ...............................................78
UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS GERENCIAIS PARA O 
CONTROLE DE ARMAZENAMENTO DE ESTOQUES..........................................................82
CONSIDERAÇõES FINAIS ....................................................................................................85
UNIDADE IV
FONTES DE FORNECIMENTO E A SUSTENTABILIDADE NAS COMPRAS PÚBLICAS
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................91
FONTES DE FORNECIMENTO ..............................................................................................92
SUSTENTABILIDADE NAS COMPRAS PÚBLICAS .............................................................105
CONSIDERAÇõES FINAIS .................................................................................................. 114
UNIDADE V
NORMATIVAS DO PATRIMÔNIO PÚBLICO (TOMBAMENTO)
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................121
ORIGEM HISTÓRICA DA PRESERVAÇÃO PATRIMONIAL .................................................122
PATRIMÔNIO CULTURAL (MATERIAL E IMATERIAL) ........................................................127
CONSIDERAÇõES FINAIS .................................................................................................. 141
CONCLUSÃO ........................................................................................................................144
REFERêNCIAS .....................................................................................................................146
UNIDADE I
EVOlUÇÃO E CONCEITOS DE 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Professor Me. Victor Vinicius Biazon
Objetivos de Aprendizagem
•	 Conhecer	os	conceitos	iniciais	quanto	à	gestão	de	materiais	tanto	públicos	quanto	
privados.
•	 Visualizar	o	que	vem	a	ser	uma	cadeia	de	suprimentos	e	sua	importância	para	os	
resultados.
•	 Destacar	os	objetivos	da	ARMP.
•	 Estudar		quais	os	avanços	do	setor	e	sua	influência.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
•	 Conceitos	em	gestão	de	materiais
•	 Gerenciamento	da	cadeia	de	suprimentos
•	 Objetivos	do	setor	da	Administração	de	Recursos	Materiais	e	Patrimoniais
•	 A	modernização	dos	recursos	materiais
15ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, nesta unidade você aprenderá os conceitos de Administração de Materiais, sua 
importância e seus objetivos. Antes, porém, é interessante para sua formação, e como gestor 
público, saber um pouco da história dessa ciência.
A relação do indivíduo com a atividade material é antiga, desde as civilizações mais remotas, 
onde para satisfazer as necessidades, trocavam-se caças e objetos. A Revolução Industrial 
modernizou esse cenário com os conceitos de concorrência e valorização de mercadorias 
e estoques, contribuindo diretamente para evolução dos meios e processos de fabricação e 
estocagem. A produção, qualquer que seja o ramo, assume matizes tecnológicos e dá impulso 
a administração de materiais, que tem sua importância como ciência ressaltada nos momentos 
de guerra, em que abastecimento, suprimento e disponibilidade de munições, equipamentos e 
alimentos, por exemplo, se constituem como elementos vitais se disponíveis no local e tempo 
certo.
CONCEITOS EM gESTÃO DE MATERIAIS
Depois de uma breve alusão histórica, torna-se mais fácil aprender conceitos. Sendo assim, a 
Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas 
dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas 
unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições. 
Tais atividades abrangem desde o circuito de reaprovisionamento, inclusive compras, o 
recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos órgãos 
16 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques. Neste último caso, auxiliando 
o gestor/administrador na definição do seu estoque ótimo para o desempenho de suas funções 
de produção, sendo capaz de apontar o nível de estoque mínimo, máximo e de segurança.
Costin (2010, p.183) reforça que a administração de materiais é uma área da gestão que visa 
assegurar que a organização disponha de modo contínuo, dos insumos necessários para 
suas atividades e elenca cinco (5) elementos fundamentais para gestão de recursos materiais: 
(1) qualidade do material; (2) quantidade necessária; (3) prazo de entrega; (4) preço e (5) 
condições de pagamento.
Em outras palavras: “A Administração de Materiais visa a garantia de existência contínua de 
um estoque, organizado de modo à nunca faltar nenhum dos itens que o compõem, sem tornar 
excessivo o investimento total”. 
A administração de recursos materiais engloba a sequência de operações que tem início 
na identificação do fornecedor, na compra do seu bem, em seu recebimento, transporte 
interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua 
armazenagem como produto acabado e, finalmente em sua distribuição ao consumidor 
final (MARTINS; ATL. 2005, p. 5).
A administração de materiais consiste no departamento responsável pelo fluxo de materiais a 
partir do fornecedor, passando pela produção até o cidadão. Como afirma Arnold (2008), se 
as empresas desejam minimizar seus custos totais nesta área e prover um melhor nível de 
serviços aos clientes devem obedecer a esse processo.
Para um prefeito, por exemplo, cabe a ele a gestão municipal de todos os setores e secretarias 
de modo que com o menor custo possível possa entregar à sua cidade os serviços de que ela 
necessita.
Na visão de Chiavenato (2005, p. 37) “a administração de materiais consiste em ter os 
materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição (...)”. 
A administração de materiais é uma função coordenadora responsável pelo planejamento 
e controle do fluxo de materiais cujos objetivos são maximizar a utilização dos recursos e 
17ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
fornecer o nível requerido de serviços ao consumidor.
Dias (2006) diz que “um sistema de materiais deve estabelecer uma integração desde a 
previsão de vendas, passando pelo planejamento de programa-mestre de produção, até a 
entrega do produto final”. Ainda cabe à gestão do acondicionamento de matérias-primas e 
insumos que serão como mão de obra e equipamentos necessários para a execução. Logo, 
um bom gestor público, precisa de planejamento, alicerçando seu mandato como base em 
bons projetos, fundamentados na melhoria da qualidade de vida da população, sendo descritos 
os problemas, os objetivos, os custos e os insumos necessários para a realização do mesmo.
Chiavenato (2005, p. 38) completa dizendo que “refere-se à totalidade das funções relacionadas 
com os materiais”, programação, compra, estocagem e distribuição. Logo, o controle da 
entrada, manutenção e saída.
Sabendo-se que nem sempre o volume do capital é o esperado, devido à busca de recursos 
que por vezes não é recebido no prazo ou na quantia necessária, a utilização de um sistema 
integrado visando à operacionalização das necessidades reais adaptando-se a variações e 
restrições faz-se necessária.
Uma tradicional organização de sistema de materiais pode ser dividida conforme Dias (2006) 
em:
•	 Controle de estoque: se faz necessário para que o processo de produção/vendas opere 
com o mínimo de preocupações e desníveis. Os estoques podem ser de matéria-prima, 
produtos em fabricação e produtos acabados (no caso público podemos nos referira 
obras públicas). Este setor acompanha e controla o nível de estoque e o investimento 
financeiro envolvido.
Arnold (2008) inclui o planejamento como responsabilidade da administração de estoques 
e elenca estoque agregado, que lida com estoque de acordo com a classificação e função 
que os itens desempenham, e não o com nível de itens finais; e estoque por itens. O autor 
18 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
propõe ainda o fluxo de materiais que auxiliará na visualização do que entra, passa e sai 
de uma empresa.
De acordo com a logística, conforme aponta Bowersox e Closs (2010), a formulação de 
políticas de estoque requer o conhecimento do papel deste setor nas demais áreas da 
empresa. Os autores citam ainda três tipos de estoque - produção, atacado e varejo – e 
retoma a importância do gerenciamento dos estoques para evitar os altos custos.
•	 Compras: preocupa-se com o estoque de matéria-prima e de todos os insumos neces-
sários. Inclui nesta atividade a responsabilidade pela quantidade correta, prazo e preço 
(levando-se em conta o processo licitatório).
Batista e Maldonado (2008) sugerem a preocupação com o cliente no processo de com-
pra, pois este depende dos produtos ou serviços para alcançarem seus objetivos, o que 
justifica a necessidade de estarem engajados na melhoria do sistema para maximização 
dos resultados esperados. De acordo com os autores, o modelo de desenvolvimento 
organizacional eficiente otimiza os processos e procedimentos relativos às compras re-
alizadas, deixando-as mais claras e transparentes e de fácil verificação pelos usuários 
envolvidos.
Na condição de gestor público, é importante que você, aluno, conheça alguns dos obje-
tivos de compra, elencados, conforme Batista e Maldonado (2008) em: suprir a organi-
zação com um fluxo seguro de materiais e serviços para atender as suas necessidades; 
garantir a continuidade de fornecimento ou para manter relacionamentos efetivos com 
fontes existentes, ou para atender as necessidades emergentes ou planejadas; comprar 
de forma eficiente, obtendo por meios éticos o melhor valor por centavo gasto; administrar 
estoques, proporcionando a melhor prestação de serviço ao menor custo; manter relacio-
namentos cooperativos com outros departamentos, fornecendo informações necessárias 
garantindo o desenvolvimento de atividades eficazes na organização e desenvolver fun-
cionários, políticas, procedimentos e organização para assegurar o alcance dos objetivos 
previstos.
19ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
•	 Almoxarifado: também conhecido como depósito ou armazém, é o local responsável 
pela guarda física destes estoques, dos produtos, medicamentos, alimentos e etc. Para 
Arnold (2008) deve desempenhar 4 funções: oferecer atendimento pontual; manter um 
controle dos itens para sejam encontrados de forma rápida; minimizar o esforço físico 
total e, consequentemente, o custo de transporte e; fornecer elos de comunicação com 
os clientes. 
•	 Planejamento e controle da produção: é o setor responsável pela programação e 
controle do processo produtivo, ou no caso ao qual estamos estudando, esfera pública, 
podemos enfatizar o acompanhamento do processo de entrega de valor ao cidadão. Ao 
falar de previsões, Bowersox e Closs (2010) afirmam que essas são projeções de valores 
e quantidades que provavelmente serão produzidas, vendidas ou despachadas, permitin-
do o equilíbrio da demanda por recursos e a diminuição dos custos tanto de capacidade 
quanto de estoque, além de aumentar a eficiência da logística.
•	 Transportes e distribuição: a entrega de valor, do produto ou do serviço ao cidadão, 
como a merenda escolar, por exemplo, vai chegar até a creche municipal, ou como os 
dutos chegarão até a obra de esgoto de um novo conjunto residencial. É importante que 
você, aluno e gestor público, saiba que o transporte de materiais é dividido em duas 
funções, suprimento físico, significando o transporte e armazenamento dos produtos ori-
ginários dos fornecedores para a produção e distribuição física, relacionada ao transporte 
e armazenamento do produto acabado, desde final da produção até o cliente (ARNOLD, 
2008).
Viana (2000) salienta que o objetivo da Administração de materiais é determinar quando 
e quanto adquirir para repor o estoque, o que determina que a estratégia de abasteci-
mento sempre seja acionada pelo usuário a medida que, como consumidor, ele detona 
o processo.
20 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Esses objetivos podem ser mais bem visualizados no quadro 1: 
Quadro 1: Compra de materiais
PROCEDIMENTO ESClARECIMENTO
O que deve ser comprado Implica a especificação de compra, que traduz as necessidades da empresa
Como deve ser comprado Revela o procedimento melhor recomendável
Quando deve ser comprado Identifica a melhor época
Onde deve ser comprado Implica o conhecimento dos melhores segmentosde mercado
De quem deve ser comprado Implica o conhecimentodos fornecedores da empresa
Por que preço deve ser comprado Estabelece a quantidade ideal, por meio da qual haja economia na compra
Fonte: Viana (1999, p.40)
Fica claro que a Administração de materiais compreende as certezas que a empresa precisa 
ter para continuar produzindo seus bens e serviços, ligadas aos insumos necessários para a 
produção contínua. Na esfera pública, a A.M. reflete as compras, armazenamento e distribuição 
de materiais para que o setor não pare e continue operando de forma contínua e eficiente. 
Partindo de um exemplo bastante simplista, porém esclarecedor, podemos apontar o caso 
de uma prefeitura, onde determinada secretaria necessita de materiais de escritório, como 
papel, caneta e cartucho de impressora para despachar documentos, impressão de guias, 
memorandos e etc. Logo, é necessário observar quando estes insumos estão se esgotando 
no estoque para que possa ser aberto um processo de licitação, que depois de vencido por 
uma empresa que ofereça as condições necessárias, serão adquiridos para a manutenção da 
rotina administrativa. 
21ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Ainda, em se tratando das rotinas de uma prefeitura, salientamos outro caso que demanda 
controle e eficácia da Administração de Materiais: a Secretaria Municipal de Saúde, que abarca 
grande parte dos recursos destinados ao município e de tantos outros recursos provenientes do 
governo estadual e federal. Nesta secretaria, o controle deve ser minucioso e possuir exatidão 
de dados alimentados pelo setor de materiais devido à complexidade e relevância dos serviços 
prestados a população e pelo caráter de responsabilidade por ser detentora da gestão plena 
de saúde do município. Neste caso, o gerenciamento de materiais terá grande sucesso quando 
possuir uma retaguarda administrativa que dê suporte para a solicitação de compras, trocas, 
permutas de materiais e medicamentos, sendo estes adquiridos por força de licitação ou por 
qualquer outra modalidade de aquisição, seja esta por caráter de excepcionalidade ou outro 
motivo de base jurídica para sua compra.
gerenciamento da cadeia de suprimentos
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Quando falamos em gerenciamento de materiais, é fundamental que você, caro aluno, entenda 
que estamos falando de cadeia de suprimentos, que nada mais é que o conjunto de processos 
requeridos para aquisição de materiais e fornecimento na data e local desejado. Assim, 
conforme Christopher (2010) menciona, o gerenciamento da cadeia de suprimentos propicia 
a criação de vínculos e coordenação entre fornecedores e clientes e a organização. O foco 
22 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
passa a ser a gestão das relações, atingido resultados lucrativos para todas aspartes da 
cadeia.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos (supplychain management) veio revolucionar 
a forma de comprar, produzir e distribuir bens e serviços. A tecnologia da informação veio 
auxiliar a administração de forma geral inclusive reduzir o tempo de estocagem e do número 
de fornecedores e pelo aumento da satisfação de clientes. Eis o conceito de gerenciamento 
da cadeia de suprimento “administrar o sistema de logística integrada da empresa (...) uso de 
tecnologias avançadas, entre elas o gerenciamento de informações e pesquisa operacional 
para planejar e controlar uma complexa rede de fatores visando produzir e distribuir produtos 
e serviços para satisfazer o cliente” (MARTINS; ALT, 2009, p. 377-378).
De forma sucinta a você, nosso aluno, o gestor desta cadeia de suprimento deve ter em 
mente a diminuição de custos e desperdícios, maximização de lucros, criando um diferencial 
competitivo, armazenamento, transportes e controles. 
Veja um exemplo da cadeia de suprimentos de uma empresa amplamente conhecida:
Figura 1: Cadeia de suprimentos
Fonte: Logística de Suprimentos FURG. Disponível em: <http://logisticadesuprimentos.blogspot.com.br/2012/04/
perdigao-redesenhando-operacao.html>
23ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Neste caso a cadeia é simples de entender, porém a ilustração nos mostra com clareza onde 
inicia o processo da construção do produto que o consumidor final compra no supermercado. 
No setor público, não se compra algo, necessariamente, mas para que seu filho possa receber 
a merenda escolar, ela passa por um processo desde o plantio da semente do arroz, que 
cresce, é colhida, beneficiada por uma empresa que irá selar (dar um nome, uma marca), 
vai participar do processo de licitação, ser a empresa vencedora por atender aos requisitos, 
entregar os sacos de arroz na data e local predeterminados e este arroz no município será 
encaminhado até a escola e de lá para o prato do aluno.
Fala-se hoje em gerenciamento Integrado da Cadeia de suprimentos, onde segundo 
Martins e Alt (2009) o Massachusets Institute of Technology (MIT) a define como um enfoque 
integrado com foco nos processos, objetivando produzir e entregar produtos e serviços aos 
clientes. Esta cadeia de suprimentos integrada contempla subfornecedores, fornecedores, 
operações internas de transformações, estocagens e distribuição, cobrindo também o 
gerenciamento do fluxo de materiais, informações e fundos.
Como exemplo, podemos visualizar a complexa e completa rede logística da cadeia de 
suprimentos na figura abaixo.
Figura 2: Cadeia de abastecimento mais completa
Fonte: Visão Sistêmica da Cadeia Logística. Disponível em <http://www.guiadotrc.com.br/logistica/logistica.asp>
24 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Para melhor compreensão da figura, destacamos três fases no fluxo de materiais que, conforme 
Arnold (2008) possibilita que as matérias-primas fluam para uma empresa fabricante com base 
em um sistema de suprimento físico, são processadas pela produção e finalmente produtos 
acabados são distribuídos para os clientes finais por meio de um sistema de distribuição física:
•	 A cadeia de suprimento inclui todas as atividades e processos necessários ao forneci-
mento de produto/serviço ao consumidor/população.
•	 Um cliente pode ser também um fornecedor de outro cliente, de modo que a cadeia total 
possua muitas relações do tipo fornecedor-cliente.
•	 O sistema de distribuição se dá diretamente do fornecedor para o consumidor, depen-
dendo dos produtos e dos mercados podendo conter ainda diversos intermediários (ou 
distribuidores).
Neste caso temos uma ampla cadeia se movimentando para que o produto chegue ao seu 
destino.
Pensando nisso e transportando para área pública, podemos pensar, e creio que vocês 
concordem comigo, dificilmente, ou em raras situações, a esfera pública vai produzir um bem, 
porque estamos mais acostumados a receber serviços, e a merenda escolar, os remédios 
distribuídos nos posto de saúde, nos hospitais, não são produzidos e sim comprados por meio 
de licitação, logo essa cadeia integrada de suprimentos, está mais voltada a área privada que 
efetivamente cria, desenvolve produtos, e a área pública não se preocupa com a produção, 
mas sim com a compra, armazenagem e distribuição destes bens aos usuários cidadãos.
Contudo isso não significa que não possamos adotar, ou que não é importante conhecer este 
conceito, pois, é de extrema importância que saibamos, como agentes públicos, a efetuar a 
parte que nos cabe neste emaranhado de fases que compõem esta cadeia.
25ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Segundo Arnold (2008), para que as empresas possam ter mais lucros é necessária a obtenção 
de quatro objetivos principais:
1. Prover o melhor serviço ao cliente.
2. Prover os mais baixos custos de produção.
3. Prover o menor investimento em estoques.
4. Prover os menores custos de distribuição.
Esses objetivos podem ser adaptados e interpretados diante do setor público onde os serviços 
à população precisam ser entregues, pois esta é a função dos governantes; os processos de 
licitação são justamente, dentre outras, uma forma de obter produtos e serviços de qualidade 
por um preço satisfatório; sendo comprados somente suprimentos necessários à gestão de 
determinado setor ou projeto e a entrega ao cidadão, pode ser feito o mais direto possível.
É possível que tais objetivos criem conflitos entre os departamentos de uma empresa tanto 
quanto entre as secretarias municiais, pois cada qual sabe da sua necessidade específica, 
porém é preciso lembrar que o bem total é conseguido quando há sinergia entre as partes, 
ou seja, o maior beneficiado precisa ser o morador, o estudante, o doente que depende da 
boa gestão dos materiais desde a percepção da necessidade de um material ou serviço, a 
aquisição e entrega do mesmo.
Além dos propostos por Arnold (2008), abordaremos no próximo tópico nove objetivos para 
que você, nosso aluno, aumente ainda mais seus conhecimentos sobre a importante área que 
é a gestão de materiais.
26 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Objetivos do setor da Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais
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A administração de materiais é como uma subespecialidade da administração que apresenta 
uma preocupação constante de procurar medir seu desempenho. E como todo setor da 
administração, também falamos em objetivos a serem alcançados, afinal se nos dedicamos 
tanto a uma atividade é porque esperamos algo dela não é mesmo? 
Na administração de materiais não é diferente, cabe a ela uma série de responsabilidades 
que precisam estar em dia para que todos os envolvidos tenham seus objetivos alcançados. E 
como falamos em administração pública os envolvidos somos também eu e você.
Como nós já sabemos que a ARMP existe para não deixar que o produto ou serviço falte 
ao consumidor final é preciso que o departamento, os gestores, os responsáveis pensem 
mercadologicamente também para que, analisando alguns itens ou critérios, possam fazer o 
melhor com o dinheiro que possuem, com o tempo que possuem e ainda com a demanda que 
bate a sua porta.
Sendo assim autores abordam os objetivos, os critérios desta gestão:
a) Preço baixo: Pensando em maximizar os lucros, este é o objetivo mais óbvio e, pos-
27ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
sivelmente um dos mais importantes. Uma vez que reduzir o preço de compra (custos) 
melhora as chances de maximizar os lucros, não podendo ainda esquecer-se de manter 
a mesma qualidade.
b) Alto giro de Estoques: Não deixar estoques parados no armazém, está ligado na me-
lhor utilização do capital (dinheiropúblico), aumentando o retorno sobre os investimentos 
e reduzindo o valor do capital de giro. No caso da Administração pública não se corre o 
risco de estragar matéria-prima antes de ser destruída.
c) baixo Custo de Compra e Posse: Dependem fundamentalmente da eficácia das áreas 
de Controle de Estoques, Armazenamento e Compras. Exige competência e planejamen-
to dos gestores ao analisar o processo de licitação e cuidar alocar adequadamente esses 
produtos no armazém. Manter estoques custa dinheiro, e isso precisa ser observado.
d) Manutenção e Continuidade de Fornecimento: É resultado de uma análise criteriosa 
quando da escolha dos fornecedores (processo de licitação). Os custos de produção, ex-
pedição e transportes são afetados diretamente por este item. Na administração pública 
todos esses processos devem estar implícitos no edital de licitação.
e) Consistência de Qualidade: A área de materiais é responsável apenas pela qualidade 
de materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em algumas empresas a 
qualidade dos produtos e/ou serviços constitui-se no único objetivo da Gerência de Mate-
riais. E na gestão pública a qualidade do que se entrega está diretamente ligado também 
à satisfação do usuário/cidadão.
f) Despesas com Recurso Humanos: Às vezes compensa investir mais em pessoal por-
que se pode alcançar com isto outros objetivos, propiciando maior benefício com relação 
aos custos. No caso da gestão pública as pessoas são contratadas por meio de testes 
seletivos ou concursos, logo as atribuições também estarão contidas no contrato de tra-
balho. O que em muitos casos acontece (não generalizando) é a falta de atitude imediata 
de servidores por contarem com sua estabilidade no emprego, isso pode por vezes atra-
sar o processo de compra e entrega.
g) bom Relacionamento com Fornecedores: A posição de uma empresa no mundo dos 
negócios é, em alto grau determinada pela maneira como negocia com seus fornecedo-
res (é claro que cabe aos “juízes” da licitação verificar todas as questões possíveis antes 
mesmo de fazer a escolha pelo fornecedor).
28 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
h) Capacitação e aperfeiçoamento de Pessoal: toda unidade deve estar interessada em 
aumentar a aptidão de seu pessoal (isso está mais ligado a iniciativa privada).
i) Fazer Registros: Anotar todos os detalhes, fazer registro de preço, quantidade, datas, 
são considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel da Adminis-
tração de Material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta. Esses 
registros podem ser posteriormente observados em caso de processos administrativos.
A MODERNIZAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS
A Administração de Materiais moderna é conceituada e estudada como um Sistema Integrado 
em que diversos subsistemas próprios interagem para constituir um todo organizado. Destina-
se a dotar a administração dos meios necessários ao suprimento de materiais imprescindíveis 
ao funcionamento da organização, no tempo oportuno, na quantidade necessária, na qualidade 
requerida e pelo menor custo.
A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho dos 
estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno acarretará, em regra, estoques altos, acima 
das necessidades imediatas da organização. Por outro lado, a providência do suprimento após 
esse momento poderá levar a falta do material necessário ao atendimento de determinada 
necessidade da administração. Do mesmo modo, o tamanho do Lote de Compra acarreta 
as mesmas consequências: quantidades além do necessário representam inversões em 
estoques ociosos, assim como, quantidades aquém do necessário podem levar à insuficiência 
de estoque, o que é prejudicial à eficiência operacional da organização.
Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acarretam, se mal planejados, 
além de custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes, fatores esses decorrentes de 
quaisquer das situações assinaladas. Da mesma forma, a obtenção de material sem os 
atributos da qualidade requerida para o uso a que se destina acarreta custos financeiros 
maiores, retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro não realizadas. Isto porque 
29ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
materiais, nestas condições podem implicar em paradas de máquinas, defeitos na fabricação 
ou no serviço, inutilização de material, compras adicionais etc. 
Viana (2000) traz à tona as técnicas de administração japonesas estão sendo assimiladas 
por empresas brasileiras pelo seu alto teor de inovação referente à produtividade, qualidade e 
envolvimento participativo. Esta técnica é denominada “perda zero”, fundamentada no sentido 
de que havendo perda há aumento de custo desnecessário, devendo então manter uma 
produção sem perdas com melhor qualidade e sem aumento de custos.
Surge então a Toyota com o sistema Kanban para atender a dois quesitos:
Just in time: é a produção na quantidade necessária, no momento necessário para atender 
a variação de vendas com o mínimo de estoques em produtos acabados, em processos e 
em matéria-prima. A produção Just in time é a eliminação de todo desperdício e a melhoria 
continua da produtividade. Como resultado da eliminação do desperdício, tem-se uma 
organização eficiente em custos, orientada para a qualidade e que responda as necessidades 
dos clientes (ARNOLD, 2008).
Corroborando com o modelo de produção Just in Time, temos ainda um ciclo de verificações 
contínuas, que auxilia no controle e planejamento dos recursos materiais e patrimoniais das 
organizações. Este ciclo tem como pressupostos básicos o planejamento (plan), execução 
(do), verificação (check) e ação (action). Assim como mencionado anteriormente, várias 
ferramentas de gestão e controle são utilizadas tanto nas empresas de capital privado, quanto 
nas empresas públicas.
A seguir, apresentamos o ciclo de Deming em forma de figura para uma melhor visualização 
e entendimento.
30 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Jidoka: também chamado de autocontrole, é um controle visual em que cada operador poderá 
controlar sua qualidade e sua produção com um mínimo de perdas.
Transportando essas técnicas ao setor público, podemos propor a compra de materiais 
suficientes para o uso dentro de um período especifico (um mês, por exemplo) para que não 
haja desperdício e a participação de todos os servidores no sentido de fazer a sua parte não 
desperdiçando material e tendo controle do seu consumo.
Os subsistemas da Administração de Materiais, integrados de forma sistêmica fornecem 
portanto, os meios necessários à consecução das quatro condições básicas alinhadas acima, 
para uma boa Administração de material.
Podemos atribuir a Gestão de recursos materiais um conjunto de atividades com a finalidade 
de assegurar o suprimento de materiais necessários ao funcionamento da organização privada 
e também da administração pública, no tempo correto, na quantidade necessária, na qualidade 
requerida e pelo melhor preço.
•	 Antes do tempo correto – estoques altos, acima da necessidade da empresa.
31ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
•	 Após o tempo correto – falta de material para atendimento das necessidades.
•	 Além da quantidade necessária – representam imobilizações em estoque ocioso.
•	 Sem atributos de qualidade – acarreta custos maiores oportunidades de lucros não rea-
lizados.
•	 Aquém da quantidade necessária – podem levar à insuficiência de estoques.
É claro que determinar o tempo na esfera pública é mais complicado do que na iniciativa 
privada, pois após o processo de identificar a necessidade, a escolha do fornecedor passa pelo 
processo de licitação, o que pode demorar mais do que o esperado, porisso a necessidade de 
um planejamento mais apurado quanto aos níveis de insumos em estoque para que possa ser 
aberto o edital o quanto antes não prejudicando a compra desses materiais.
Por exemplo, nada mais chato do que em plena semana de provas em uma instituição de 
ensino pública os professores pereçam com a falta de papel A4, ou toner de impressão. Fruto 
da má utilização dos recursos públicos ou da falta de gestão no setor de compras.
Para finalizar nosso estudo, apresentamos resumidamente as responsabilidades e atribuição 
da administração de materiais:
a) Suprir, através de compras, a empresa, de todos os materiais necessários ao seu funcio-
namento.
b) Avaliar outras empresas como possíveis fornecedores.
c) Supervisionar os almoxarifados da empresa.
d) Controlar os estoques.
e) Aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, fixando Estoques Mínimos, Lotes 
Econômicos e outros índices necessários ao gerenciamento dos estoques, segundo cri-
térios aprovados pela direção da empresa.
f) Manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualidade, Engenharia de 
32 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Produto, Financeira etc. 
g) Estabelecer sistema de estocagem adequado.
CONSIDERAÇõES FINAIS
Fica claro então que o objetivo primordial da Administração de Materiais é determinar o que, 
quando e quanto adquirir para estocar ou já distribuir aos subsetores que farão uso destes 
insumos. A área de materiais é indispensável no sentido de alcance de fins para proporcionar 
os resultados esperados pelo poder público, pois a compra e entrega destes insumos, destes 
materiais fará uma grande diferença na manutenção desta gestão e no bom andamento dos 
subsetores como saúde, educação, saneamento e etc., sem contar que a reputação do gestor 
estará vinculada a boa manutenção deste processo.
Sem dúvida é necessário que o gestor de materiais faça uma administração eficaz dos 
sistemas otimizando o capital disponível, ou seja, o dinheiro público e os materiais adquiridos. 
Ainda se faz necessário balancear os objetivos distintos dos subsetores e coordenar os fluxos 
assegurando que o local certo receberá o material correto no tempo exato.
Na próxima unidade abordaremos o controle do patrimônio público, que deve ser feito com a 
máxima eficácia. Estudaremos a classificação e a codificação dos bens públicos e a confecção 
de inventários.
33ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Administração Pública
Autora: Claudia Costin
Editora: Elsevier
Para	além	das	defi	nições	conceituais	relativas	a	cada	tema	abor-
dado, há em cada capítulo o histórico do Estado e da Adminis-
tração Pública brasileira no que se refere ao assunto. Contém 
igualmente	 questões	 para	 aprofundamento	 e	 uma	 bibliografi	a	
complementar. E alguns capítulos contam com o depoimento de 
um dirigente público sobre uma vivência importante que possa 
ilustrar o tema na prática. Naturalmente, dada a experiência que 
a autora teve como ministra da Administração Federal e Reforma 
do Estado e, anteriormente, como titular ou assessora em diferentes secretarias da Administração 
federal e estadual, os comentários puderam ser enriquecidos também por uma experiência prática 
pessoal. Como tudo o que se refere à Administração Pública, o tratamento dado é interdisciplinar, com 
contribuições da Ciência Política, da Economia, do Direito Administrativo e Constitucional e de Teoria 
Geral da Administração.
lOgÍSTICA EMPRESARIAl: O Processo de Integração da Ca-
deia de Suprimento
Autor: David J. Closs e Donald J. bowersox
Editora: Atlas
Sinopse: Este livro trata do desenvolvimento e dos fundamentos 
da logística empresarial. Apresenta a visão dos autores em rela-
ção ao futuro da logística nas empresas e seu papel na compe-
titividade entre elas. Expande o assunto e as perspectivas para 
refl	etir	a	crescente	 importância	do	papel	da	 logística	na	estraté-
gia competitiva globalizada. Apresenta também os objetivos, os 
procedimentos das operações e as estratégias necessárias para 
atingir o gerenciamento integrado de uma cadeia de suprimento. Com essa abordagem, os autores 
pretendem alcançar três objetivos fundamentais: (1) apresentar uma descrição abrangente das prá-
ticas logísticas existentes nos setores particular e público; (2) descrever formas e meios de aplicar 
princípios logísticos para atingir vantagens competitivas e (3) proporcionar uma base conceitual para 
integrar a logística como um núcleo de competência na estratégia empresarial.
34 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
lOgÍSTICA E gERENCIAMENTO DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS: CRIANDO REDES QUE AgREgAM 
VAlOR
Autor: Martin Christopher
Editora: Cengage learning
Sinopse: No mercado globalizado e altamente competitivo 
dos dias de hoje, é cada vez mais forte a pressão para que 
as organizações encontrem novas maneiras de criar e en-
tregar valor para os clientes. Cada vez mais se reconhece 
que	é	por	meio	da	efi	ciência	 logística	e	de	um	gerencia-
mento	efi	caz	da	cadeia	de	suprimentos	que	se	podem	al-
cançar as metas de redução de custo e aprimoramento do 
serviço. Diante dessas premissas, publicamos a 2ª edição 
de Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, 
com um novo capítulo sobre gerenciamento de riscos na cadeia de suprimentos. Incrementado com 
diagramas, estudos de caso e resumos de capítulos, a obra focaliza as ferramentas, os principais 
processos e iniciativas para assegurar lucratividade nos negócios e manter a vantagem competitiva.
Pensando um pouquinho a nossa obrigação, como gestores de materiais, devemos nos preocupar 
com todo o processo, ou participar de todo o processo desde a elaboração do edital a ser publicado 
chamando a participação das empresas fornecedoras; observar critérios como os preços praticados 
pelo mercado, a índole ou o histórico desses fornecedores; sempre trabalhar com pessoas interessa-
das (utopia possível) e isso tudo para quê?
Pensando	no	bem	estar	do	cidadão	que	no	nosso	caso	é	o	consumidor	fi	nal.	Ele	é	quem	precisa	
ser	um	benefi	ciado	de	todo	esse	processo,	nosso	maior	objetivo	como	gestor	público	é	o	bem	estar	
dessas pessoas que muitas vezes dependem da nossa competência para receberem assistência em 
hospitais, escolas, creches, praças, asfalto e etc. Imaginem um senhor da melhor idade que não pode 
mais caminhar na rua de sua casa devido ao estado deplorável do asfalto que ali se encontra? Tentem 
imaginar como resolver esse problema levando em consideração os objetivos da ARMP.
35ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Caro	aluno	este	é	o	vídeo	mais	completo	sobre	as	origens	do	Sistema	Toyota	de	Produção.	O	fi	lme	
mostra a história da Toyota desde os tempos da fabricação de teares até os dias atuais. Autonomação, 
Just in Time, Poka Yoke, Desperdícios, e Kanban são alguns dos temas abordados pelo vídeo: Vale 
a pena assistir!
- <http://www.youtube.com/watch?v=c6KVeDbgRgU> – parte 1
- <http://www.youtube.com/watch?v=6vmdVRzPM&feature=related> – parte 2
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Leia o texto abaixo
Preparação do Estoque na Motorola
Em fevereiro de 1995, a Motorola Inc. concluiu que suas estimativas de ganhos para o ano 
anterior apresentavam um quadro exageradamente otimista de sua posição financeira. A 
Motorola relatou ganhos recordes no quarto trimestre, de US$ 515 milhões sobre vendas 
de US$ 6,45 bilhões. As altas estimativas de lucros provinham de pedidos superestimados 
de telefones celulares por parte de distribuidores varejistas. O ímpeto nas vendas durante 
a temporada de férias de final de ano pode ter vindo graças a suas vendas para a primeira 
metade do ano anterior (1994). Novos pedidos de telefones celulares declinaram neste período.
De acordo com fontes da indústria, muitos distribuidores,incluindo a US West e a BellSouth, 
haviam feito pedidos muito grandes. Parte do problema era que os distribuidores estavam 
reagindo defensivamente. Durante as duas temporadas anteriores de férias, a Motorola não 
pôde atender às demandas dos consumidores de aparelhos portáteis, forçando a Bells e 
outros distribuidores perderem vendas.
Esperando não repetir o erro, as unidades de celulares da Bells fizeram pedidos mais cedo e 
com maior frequência, duplicando-os. Os distribuidores não avisaram à Motorola para diminuir 
sua produção a tempo em razão desse fato.
36 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Os distribuidores estavam alarmados quando os telefones pedidos começaram a jorrar, a 
Motorola estava entregando tudo. Trabalhando sob um sistema de qualidade total, a Motorola 
eliminou praticamente todos os gargalos e estava completamente capacitada a atender à 
demanda das férias de final de ano. Um analista do setor eletrônico afirma que a Motorola 
não monitorou adequadamente os pedidos que chegavam. O analista acrescenta: A Motorola 
deveria ter sabido que os pedidos estavam indo muito além da demanda.
A Motorola Inc. não defrontou com um sério problema financeiro por causa desses 
supercarregamentos de produtos (elevados estoques), pois a alta administração prefere que 
os distribuidores não enfrentem problemas de estocagem.
Todavia é um problema para os acionistas, já que o preço das ações caiu 10% devido ao 
elevado estoque.
FONTE: POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 
2. Ed. São Paulo: Atlas, 2002. p.30.
QUESTõES:
Em face do exposto, e do que você já estudou até aqui:
1. Como a Motorola poderia evitar o excesso de estoque, em face do que ocorreu?
2. Como a Motorola poderia agir para que os pedidos exagerados não ocorram novamente?
3. Que conselho sobre administração de estoques você daria aos distribuidores da Motorola?
UNIDADE II
EVOlUÇÃO E CONCEITOS DE 
ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAl
Professor Me. Victor Biazon
Professor Esp. Renato Valença 
Objetivos de Aprendizagem
•	 Compreender	os	conceitos	evolutivos	da	gestão	patrimonial.
•	 Entender	a	diferenciação	da	gestão	patrimonial	de	bem	público	e	privado.
•	 Saber	qual	a	importância	de	se	monitorar	os	bens	por	meio	da	codificação	e	calcu-
lar sua depreciação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
•	 Gestão	Patrimonial
•	 Classificação	dos	bens	patrimoniais
•	 Codificação	de	bens	do	patrimônio	público
•	 Vida	econômica	e	depreciação	de	bens
•	 Balanços	físicos
39ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
INTRODUÇÃO
Em nível de estado, a administração é a gestão de todos os recursos público a fim de executar 
a prestação de serviços, dar direção ou ainda governar buscando alcanção o objetivo de ser 
eficaz para a sociedade. E a gestão patrimonial, aquela que cuida dos bens, terrenos, prédios, 
instalações veículos e etc. É uma das grandes atribuições da administração pública inclusive 
para que se amplie ao máximo a permanência, duração destes bens servindo a todos os 
usuários/cidadãos pela maior quantidade de tempo possível e de preferência com qualidade.
E historicamente a origem da repartição pública que zela e controla o patrimônio estatal vem 
de longa data iniciando na descoberta do Brasil em 22 de abril de 1500, e em 1530 quando 
Portugal pensou em povoar e colonizar nossas terras.
A partir de 1531, a ocupação do solo, com a adoção do sistema das Capitanias Hereditárias. 
Dai os problemas fundiários, inicialmente, afetos aos donatários, responsáveis pela distribuição 
de sesmarias, bem como a fiscalização do uso da terra.
Com a criação do Governo-Geral sediado em Salvador-BA, esses problemas fundiários 
passaram aos Governadores-Gerais. Expandindo-se o povoamento da terra, coube a tarefa 
da distribuição de áreas e sua fiscalização a autoridades locais.
O sistema fundiário seguiu no curso do tempo sem grandes alterações, de forma mais ou 
menos desordenada, até a Independência do Brasil, em 1822.
Naquela época, diante da situação fundiária, totalmente tumultuada e até caótica, adotou-
se pouco antes da independência uma solução drástica, por intermédio da Resolução de 17 
de julho de 1822, quando suspenderam-se todas as concessões de terras, até que uma lei 
especial regulasse, por completo, a matéria.
Somente com a Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850, disciplinou-se o regime jurídico 
aplicável às terras públicas. A referida lei, segundo Messias Junqueira (“Estudos sobre o 
40 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
sistema sesmaria”, Recife, 1965), constituiu uma das leis mais perfeitas que o Brasil já teve: 
humana, liberal, conhecedora da realidade brasileira, sábio código de terras, que tanto mais se 
admira quanto mais se lhe aprofunda o espírito, superiormente inspirado”.
Possui, também, a referida lei, outra particularidade interessante: dela se originou a primeira 
repartição pública, especificamente incumbida do problema fundiário, denominada “Repartição-
Geral de Terras Públicas”, criada no seu art. 21 e regulamentada pelo Decreto nº 1.318, de 30 
de janeiro de 1854.
Já após a promulgação da República, pela Lei nº 2.083, de 30 de julho de 1909, criou-se novo 
órgão, para cuidar das terras públicas, denominado Diretoria do Patrimônio Nacional. 
No curso do tempo, passou-se a denominar o Órgão: Diretoria do Domínio da União (Decreto 
nº 22.250/32), Serviço do Patrimônio da União” (Decreto-lei nº 6.871/44), recebendo, por 
força do Decreto nº 96.911, de 3 de outubro de 1988, sua atual denominação, Secretaria do 
Patrimônio da União, quando ainda integrava a estrutura do Ministério da Fazenda.
Atualmente a SPU integra a estrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 
(MP), tendo em vista a alteração em lei ocorrida em 1999, que dispõe sobre a estrutura da 
Presidência da República e seus Ministérios. 
As atuais atribuições conferidas à Secretaria do Patrimônio da União encontram-se descritas 
no art. 29 do Decreto nº 3.858, de 04 de julho de 2001, que aprovou a estrutura regimental do 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão1.
Com a criação da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) pode administrar, planejar, 
organizar, dirigir e controlar melhor o patrimônio público ou efetuar uma Gestão Patrimonial 
que iremos entender melhor a partir de agora. Sejam bem vindos a leitura!
1 Texto disponível no portal do governo federal www.planejamento.gov.br
41ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
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Caro aluno, na unidade anterior estudamos a administração de recursos materiais e a 
importância que o fluxo de material tem, principalmente no setor público, para que o produto 
ou serviço esteja no local certo, no momento certo e com a quantidade necessária. Dando 
sequência ao nosso plano de trabalho, nessa unidade trabalharemos sobre Gestão Patrimonial 
e sua relação com a Administração de Materiais.
Entende-se por Gestão Patrimonial, conforme Correia (2009), o processo de aquisição, 
registro, conservação, e controle do acervo de bens permanentes de um órgão público ou que 
tenha este tipo de controle exigido regimentalmente.
O controle patrimonial é uma atividade administrativa que visa à preservação e defesa deste 
acervo. Este controle consiste no registro (tombamento), na identificação da utilização e do 
estado da conservação dos bens e na sua localização no espaço físico da organização ou 
fora dela. Consiste também na retirada (baixa) do bem do acervo. O patrimônio ou acervo 
patrimonial de uma organização é normalmente representado pelo conjunto de seus bens 
imóveis e permanentesmóveis.
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De acordo com a Garcia (2004)2, patrimônio público é o conjunto de bens e direitos que 
pertence a todos e não a um determinado indivíduo ou entidade, é um direito difuso, um 
transindividual, de natureza indivisível de que são titulares pessoas indeterminadas e ligadas 
pelo fato de serem cidadãos, serem o povo, para o qual o Estado e a Administração existem.
Podemos simplificar dizendo que o patrimônio público não tem um titular individualizado ou 
individualizável – é de toda a sociedade.
Assim é que o patrimônio público abrange não só os bens materiais e imateriais pertencentes 
às entidades da administração pública (os bens públicos referidos pelo Código Civil, como 
imóveis, os móveis, a imagem etc.), mas também aqueles bens materiais e imateriais que 
pertencem a todos, de uma maneira geral, como o patrimônio cultural, o patrimônio ambiental 
e o patrimônio moral.
A GESTÃO PATRIMONIAL envolve uma fase importante: a CONSCIENTIZAÇÃO dos usuários 
sobre a importância da mencionada CONSERVAÇÃO do bem público.
Recursos patrimoniais, conforme Martins; Alt (2005) é a sequência de operações que, assim 
como a administração dos recursos materiais tem início na identificação do fornecedor, 
passando pela compra e recebimento do bem para depois lidar com sua conservação, 
manutenção e ainda alienação (quando for o caso).
No que se refere à alienação, a constituição brasileira exige o procedimento licitatório, nos 
termos do XXI do art. 37 nos seguintes termos: verbis... “Art. 37: A administração pública 
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte:” ressalvando em seu inciso XXI que “ressalvados os casos 
especificados na legislação, as alienações serão contratados mediante processo de licitação 
2 Procuradora Regional da República, mestre em Direito do Estado pela Faculdade de Direito da USP, autora do 
livro “Responsabilidade do Agente Público” (Fórum, 2004).
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pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes”.
Ainda abrangendo o conceito de Patrimônio, de acordo com Martins; Alt (2005, p. 6), este se 
apresenta como “um conjunto de bens, valores, direitos e obrigações de uma pessoa física ou 
jurídica que possa ser avaliado pecuniariamente e que seja utilizado na consecução de seus 
objetivos sociais”. 
Mas então, caro aluno, você deve estar se perguntando, especificamente o que é um patrimônio 
público, ou qual a caracterização dele?
O artigo 1º, parágrafo 1º da Lei da Ação Popular (Lei 4.717, de 29.6.65) define patrimônio 
público, como o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou 
turístico, pertencentes aos entes da administração pública direta e indireta.
Ainda conforme a referida lei, o que caracteriza o patrimônio público é o fato de pertencer ele 
a um ente público – em nível federal, estadual ou municipal, uma autarquia ou uma empresa 
pública, por exemplo. Considera-se que o patrimônio público é formado pelos bens públicos, 
definidos no Código Civil como sendo os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno, diferençando-os, portanto, dos bens particulares (artigo 98). 
Mas então nos perguntamos o que são esses bens públicos? 
Garcia (2004) nos responde que de acordo com o Código Civil, são, entre outros, os rios, 
mares, estradas, ruas e praças (bens de uso comum do povo), edifícios ou terrenos destinados 
a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, 
inclusive os de suas autarquias (bens de uso especial) e outros bens pertencentes a cada um 
dos entes públicos (bens dominicais).
Pública ou privada a gestão deste patrimônio é indispensável, Correia (2009) fala sobre esta 
importância inclusive juridicamente, e que necessita ter à frente um profissional capacitado e 
com conhecimento dos principais pontos da legislação que regulamenta a área. 
44 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Neste sentido e contabilmente falando administrar o patrimônio significa gerir os direitos 
e obrigações, ou de outro modo, os ativos e passivos da empresa pública. Muitas vezes, 
conforme o autor, o passivo é maior que o ativo, gerando o que se denomina patrimônio líquido 
negativo.
Patrimônio	líquido	=	Ativo	-	Passivo
A Portaria 828 de 14 de Dezembro de 2011 da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério 
da Fazenda efetuou padronização dos procedimentos contábeis referentes à gestão de 
bens patrimoniais (Ativo Imobilizado) ligados ao Governo (União, Estados e Municípios) para 
sustentar administração patrimonial aplicada ao setor público na forma estabelecida na LC 101 
/ 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Secretaria de Patrimônio da União possui algumas atribuições no sentido de regularizar e 
fiscalizar ações que envolvam a incorporação do patrimônio público.
É de competência da SPU principalmente ações que regulamentam a incorporação de imóveis 
como pode ser visto no quadro abaixo:
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Quadro 1: Competências da SPU
I - Administrar o patrimônio imobiliário da União e zelar por sua conservação.
II - Adotar as providências necessárias à regularidade dominial dos bens da União.
III - Lavrar, com força de escritura pública, os contratos de aquisição, alienação, locação, 
arrendamento, aforamento, cessão e demais atos relativos a imóveis da União e providenciar 
os registros e as averbações junto aos cartórios competentes.
IV - Promover o controle, fiscalização e manutenção dos imóveis da União utilizados em 
serviço público.
V - Proceder à incorporação de bens imóveis ao patrimônio da União.
VI - Formular, propor, acompanhar e avaliar a política nacional de gestão do patrimônio da 
União, e os instrumentos necessários à sua implementação.
VII - Formular e propor a política de gestão do patrimônio das autarquias e das fundações 
públicas federais.
VIII - Integrar a Política Nacional de Gestão do Patrimônio da União com as demais políticas 
públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável.
Fonte: www.planejamento.gov.br
Pelo quadro podemos ver como os preceitos da administração geral estão se fazendo valer 
pelo governo federal, onde cabe a SPU planejar, organizar, dirigir e controlar os bens imóveis 
zelando pela sua integridade. 
Mas ainda precisamos saber como os bens podem ser classificados até para que possamos 
entender de quem é a responsabilidade pela gestão deles. No próximo tópico veremos as 
classificações destes bens para esclarecer ainda mais nossas dúvidas e ampliar nossos 
conceitos.
46 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Classificação dos bens Patrimoniais
Uma das atividades mais importantes na administração dos recursos patrimoniais é registrar e 
controlar todos os bens patrimoniais da empresa. Para que essa ação possa desenvolver-se 
com melhor acuracidade e perfeito controle, torna-se necessário classificar e codificar todos 
os bens pertencentes à empresa. 
Conforme o professor Epiphânio (s/d3), o objetivo da classificação e codificação de materiais 
e bens é simplificar, especificar e padronizar com uma numeração todos os bens da empresa, 
tanto os materiais como os patrimoniais. Com a codificação do bem, passamos a ter um registro 
que nos informará todo o seu histórico, tais como: data de aquisição, preço inicial, localização, 
vida útil esperada, valor depreciado, valor residual, manutenção realizada e previsão de 
sua substituição. Após o bem estar codificado,recebe uma plaqueta com sua numeração 
e controle. Vale salientar, que esta modalidade de controle, codificação e mapeamento dos 
bens é uma prática também muito utilizada nas empresas privadas, que por sua vez, têm no 
patrimônio e nos seus bens sua fonte de diferenciação frente aos seus concorrentes.
Os bens patrimoniais podem ser entendidos como as instalações, prédios, terreno, 
equipamentos, veículos, maquinários, bem como todo o arranjo físico necessário para que 
ocorra o processo produtivo da empresa, seja esta prestadora de serviços ou manufatureira. 
Desta forma, os equipamentos podem ser exemplificados como, máquinas operatrizes, 
caldeiras, reatores, pontes rolantes, computadores e móveis, já os prédios e terrenos são os 
edifícios e instalações prediais em geral.
Exemplo: São bens patrimoniais de uma cidade, da prefeitura: os computadores, os móveis, o 
carro oficial que o prefeito utiliza, a sede da prefeitura e demais bens do gênero.
3 s/d – sem data.
47ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
Os bens permanentes possuem algumas características conforme Correia (2009):
•	 Não ser caracterizado como material de consumo.
•	 Não ser peça de reposição.
•	 Ter seu prazo de vida útil superior a 02 (dois) anos conforme o artigo 15, parágrafo 2º, da 
Lei nº 4.320/64.
São assim considerados: móveis e utensílios, equipamentos, livros, máquinas, mapas, veículos 
etc.
Os Bens Públicos são todos aqueles que estão incorporados ao patrimônio da Administração 
Pública, de forma direta ou indireta, por sua vez, todos os demais bens são considerados 
particulares.
De acordo com o Código Civil, artigo 98, “são públicos os bens de domínio nacional pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual fora 
pessoa a que pertencerem”. Todavia, as empresas públicas e as sociedades de economia, 
mesmo que sejam pessoas jurídicas de direito privado, integram as pessoas jurídicas de direito 
público interno, assim os bens destas pessoas também são públicos.
Conforme preconizado pelo artigo 99 do Código Civil, a destinação do bem é utilizada para a 
classificação dos bens públicos, conforme demonstrado a seguir: 
•	 bens de uso comum: São aqueles destinados ao uso indistinto de toda a população. Ex: 
Mar, rio, rua, praça, estradas, parques (art. 99, I do CC). 
•	 bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Ex: Biblio-
tecas, teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições públicas em geral (art. 99, II 
do CC).
•	 bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma 
especial. “Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
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de direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC). Um exemplo 
são as terras devolutas dos Estados.
Há ainda outras classificações de bens conforme Martins (2005) quanto a:
MATÉRIA
•	 Corpóreos: quando possui uma forma identificável, um corpo.
•	 Incorpóreos: são os bens não constituídos de matéria, não possuem corpo ou forma 
(como direito de uso de marca, fórmula, imagem).
•	 Materiais: quando possuem substância material, palpável (mesa, cadeira, veículo).
•	 Imateriais: os que não possuem matéria (como registros de jazidas, e projetos de pro-
dutos).
•	 Tangíveis: quando possuem substância ou massa (caneta, folha de papel).
•	 Intangíveis: são os que não possuem substância ou massa (como patentes e direitos 
autorais).
MOBILIDADE
•	 Móveis: quando podem ser deslocados sem alteração de sua forma física (móveis e 
utensílios, máquinas e veículos).
•	 Imóveis: quando não podem ser deslocados sem perder sua forma física (prédios, pon-
tes) ou não podem ser locomovidos (terrenos).
DIVISIBILIDADE
•	 Divisíveis: quando podem ser divididos sem que as partes percam sua característica 
inicial (terrenos, lotes, fazendas).
•	 Indivisíveis: quando não tem possibilidade de divisão, constituindo uma unidade (auto-
móvel).
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FUNGIBILIDADE : sua capacidade de serem fundidos uns nos outros sem perder sua 
característica inicial.
•	 Fungíveis: podem ser substituídos por outro da mesma natureza (commodities: trigo, 
algodão, arroz e ouro).
•	 Infungíveis: Insubstituíveis, únicos.
DISPONIBILIDADE: Disponíveis quando usados de imediato ou indisponíveis.
Ainda temos outras denominações como bens numerários que são bens em forma de dinheiro 
ou títulos de liquidez imediata; semoventes, constituídos por animais domésticos como bovinos, 
equinos e suínos e ainda os dominicais, bens do poder público como praça, ruas e rios e de 
domínio publico.
Falamos até aqui de bens, equipamentos, terrenos e construções, porém Garcia (2004) 
apresenta outros tipos de Patrimônio como o cultural, ambiental e também o moral:
O	patrimônio	cultural é integrado, nos termos do artigo 216, da Constituição da República, 
pelos bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores 
de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade 
brasileira, nos quais se incluem: as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as 
criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e 
demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios 
de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
O	patrimônio	ambiental corresponde ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, referido 
no artigo 225 da Constituição da República, como sendo bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever 
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. O patrimônio ambiental é 
aquele em que mais nitidamente se percebe o caráter difuso, transindividual e indivisível do 
patrimônio público.
50 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
O	 patrimônio	 moral é composto pelos princípios éticos que regem a atividade pública, 
sintetizados no princípio da moralidade, consagrado no artigo 37 da Constituição. A atuação 
segundo o princípio da moralidade, por parte de todos os agentes públicos, garante a observância 
de um padrão de atuação dentro da moral, da boa-fé, da lealdade e da honestidade, essencial 
ao bom e correto funcionamento da administração pública.
Assim como cuidamos das nossas coisas lá na nossa casa, na faculdade, porque sabemos 
que se nós não cuidarmos, nossos pertences serão degradados, assim também acontece com 
o patrimônio público, alguém precisa ser responsável pelo cuidado, pelo acompanhamento. E 
este cuidado é compartilhado, pois há diversas entidades que dividem estas responsabilidades.
A	Secretaria	de	Patrimônio	da	União4 é dividia em departamentos que nos facilita o 
entendimento de suas atribuições no sentido de responsabilidades. Por exemplo, 
quando se fala em caracterizar, incorporar ou dar destino a um bem imóvel.
Ao Departamento de Incorporação de Imóveis compete: Coordenar, controlar e orientar as 
atividades de incorporação imobiliária ao Patrimônio da União, nas modalidades de aquisição 
por compra e venda, por dação em pagamento5, doação, usucapião, administrativa, e de 
imóveis oriundos da extinção de órgãos da administração pública federal direta, autárquica ou 
fundacional, liquidação de empresa pública ou sociedade de economia mista, cabendo-lhe, 
ainda, o levantamento e a verificação in loco dos imóveis a serem incorporados, a preservação e 
regularização dominial desses imóveis e a articulação com entidades e instituições envolvidas. 
Departamento

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