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A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR JOGOS E BRINCADEIRAS NA PRÁTICA DOCENTE NOS ANOS INICIAIS

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A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR JOGOS E BRINCADEIRAS NA PRÁTICA DOCENTE NOS ANOS INICIAIS
Joyce Amanda França¹
Layra Rayanne de Sousa Lara¹
Prof. Joina Jamila dos Remédios Ataide²
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED1658) – Paper de Estágio
RESUMO
O seguinte trabalho trás a tona relatos de experiências docentes vivenciadas, sobre “a importância de se trabalhar os jogos e brincadeiras nos anos iniciais do ensino fundamental” tendo como objetivo analisar o papel dos jogos e das brincadeiras no processo de intervenção das atividades desenvolvidas em sala e avaliar suas contribuições para o processo de ensino. Observar como os professores se apropriam dos jogos e brincadeiras para estimular as crianças do 2ᵒ ano do ensino fundamental, tendo como foco o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor. Refletir de que forma a teoria e a prática se encaixa sobre a importância do uso do jogo e brincadeiras como ferramenta facilitadora de aprendizagem, assimilação e construção de conhecimentos. Os jogos e brincadeiras constituem um recurso pedagógico com elevado nível de riqueza que acarreta informação, cultura, evidenciam direitos, desenvolve os valores em educação, entre outros benefícios e vantagens para a aprendizagem na qual o conhecimento é constituído, avaliado e renovado a cada dia, o brincar e o aprender constituem uma relação que se afetiva e se consolida ao longo de todo o processo de aquisição do conhecimento. 
Palavras-chave: Jogos e Brincadeiras. Anos iniciais do Ensino Fundamental. Pesquisa Qualitativa.
1 INTRODUÇÃO
Pensar em jogos e brincadeiras parece ser um tem fácil, afinal quem é que nunca brincou ou jogou algo na vida. Nessa perspectiva, retorno a minha infância e recordo-me de todos os momentos prazerosos, os quais vêm á mente aquela cantiga de roda que há muito não ouvia aquele jogo ou brincadeira que dificilmente pode ser esquecido. Toda criança aprende ou aprendeu algo brincando.
Nessa perspectiva, ressaltamos que brincar é inerente ao ser humano e estabelecer uma relação entre brincar e aprender pode tornar o processo de aprendizagem prazeroso e ao mesmo tempo enriquecedor para a criança. Por meio da participação em jogos e brincadeiras, o aluno interage e socializa, interagindo-se com os outros.
 Graduandas do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI. Av. Getúlio Vargas, 2 – Bairro: Monte Castelo – CEP: 65020-001 – São Luís, Ma. Site: www.uniasselvi.com.br
2 Tutora externa do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI. Av. Getúlio Vargas, 2 – Bairro: Monte Castelo – CEP: 65020-001 – São Luís, Ma. Site: www.uniasselvi.com.br
É necessário compreender que apesar dos termos jogos e brincadeiras estarem interligados, eles têm significados distintos, cada qual com a suas especificidades. Este estudo teve com objetivo compreender se os professores utilizam ambos como processo de aprendizagem de modo a contemplar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor das crianças o do 2ᵒ ano do ensino fundamental.
A pesquisa foi realizada na Escola Comunitária Frei Osvaldo, no 1ᵒ semestre de 2019, no período de 01/04 a 12/04. Foram acompanhadas as aulas em que a professora utilizava as jogos e brincadeiras, em sala de 2ᵒ ano de ensino fundamental. A escola tem como missão favorecer o desenvolvimento da criança nos aspectos, motor, emocional, intelectual e social, contribuindo para a interação e convivências na sociedade sejam marcadas por valores de solidariedade, liberdade, cooperação e respeito.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Escolhe essa área com o objetivo de entender a importância dos jogos dentro do ensino e aprendizagem de forma significativa aonde o discente possa vim aprender brincando, acredito que através dessa prática de ensino os alunos aprenderam os conteúdos curriculares.
A prática docente tem vários caminhos aonde o professor pode aplicar os jogos lúdicos e as brincadeiras dentro de sala de aula auxiliando assim nas disciplinas tendo como foco a aprendizagem do aluno onde o mesmo possa tem a vontade de aprender de se desenvolver como sujeito pensante dentro da sociedade.
A criança aprende brincando, pois sente prazer em aprender, interagindo assim com o seu meio tendo em vista que o professor tem que ter esse entendimento e sensibilidade a compreender que os alunos do Ensino Fundamental também necessitam de jogos e brincadeiras em sala de aula, e esses recursos vem a somar na prática docente, tendo em vista que seus objetivos serão alcançados de formas mais rápidas e significativas.
Segundo Tezani (2004) afirma em sua citação que os jogos vêm desenvolver não só os aspectos cognitivos da criança aonde ela vem interagir com o meio e com as outras crianças, pois se sente mais a vontade aprendendo brincando e compreende mais rápidos assuntos abordados.
“ ao desenvolver um trabalho com jogos está não só desenvolvendo os aspectos cognitivos da criança, mas passando também a enfatizar os aspectos afetivos que são resgatados durante estes momentos lúdicos ’’
Portanto os jogos e brincadeiras tornam as aulas mais vivas, dinâmicas e atrativas, facilitando o processo de ensino aprendizado, tornando um processo gradativo e eficaz, possibilitando resultados significativos ao desenvolvido no cotidiano do ambiente escolar. Em qualquer tipo de jogo a criança se educa, já que o jogo é educativo em sua essência.
Existem vários tipos de jogos aonde vem favorecer a construção do contexto do letramento do conhecimento matemático, cientifico e artístico tendo como um dos recursos jogos da memoria, jogos com cartas e bilhetes, bingo, e outros. É importante salientar que o brincar, vai muito, além de uma simples recreação, pois é um mecanismo didático que instrui a melhor maneira de se ensinar e aprender.
A respeito, Seabra e Sousa (2010, p. 200) nos diz:
Ao se pensar no brincar como um processo facilitador do desenvolvimento, assim como da construção do conhecimento, alguns aspectos devem ser cuidados na instituição para favorecer o lúdico. Dentre eles, podemos citar: criação de espaços de brincadeiras, localização dos objetos, dos brinquedos, dos materiais, disponibilização das informações e das regras do brincar, entre outros. (SEABRA E SOUSA, 2010, p. 200)
Deixa bem claro o autor acima a importância de ter nas escolas os espaços aonde se possa se desenvolver os jogos e brincadeiras, espaços como: brinquedotecas, pátio, área de lazer, parquinho, quadras etc... Diante disso é importante lembrar que durante o dia a dia em sala, se trabalhe momentos lúdicos, pra estimular as crianças para o seu desenvolvimento, pois através desse mecanismo o ensino e aprendizagem ficam diferenciados favorecendo a relação entre professor e aluno, aluno e aluno dessa forma a aula se torna prazerosa aonde o discente sente o prazer em estarem presentes todos os dias.
2.1 JOGOS E BRINCADEIRAS 
Ao estudar jogos e brincadeiras, muitas vezes os termos são confundidos como se tivessem a mesma definição, quando na verdade eles possuem conceitos distintos. Portanto, para este trabalho serão definidas as especificidades de cada um.
O jogo é uma ferramenta potencializadora no processo ensino-aprendizagem, através dele é possível trabalhar as regras impostas pela sociedade, a competição e o indivíduo na totalidade. Para Kishimoto (1997, p. 16) “o jogo pode ser visto como: resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social, um sistema de regras, um objeto”.
O jogo utilizado como instrumento educativo pode proporcionar à interação, a cognição, a motricidade e a afetividade entre as crianças. Dessa forma, Kishimoto (2008, p. 36) afirma que:
Ao permitir a ação intencional (afetividade), a construção de representações mentais (cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sensório-motoras (físico) e as trocas nas interações (social), o jogo contempla várias formas de representação da criança ou suas múltiplas inteligências contribuindo paraaprendizagem e o desenvolvimento infantil. Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para expressão do jogo, ou seja a ação intencional da criança para o brincar, o educador está potencializando a situações de aprendizagem.
2.2 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Ao longo da história, vários estudos se mostraram eficientes no âmbito da coesão entre o lúdico e o letramento. Vários teóricos também afirmaram e comprovaram a importância dos jogos e brincadeiras, na educação escolar. O jogo faz parte do ambiente natural da criança, ao passo que as referências abstratas e remotas não correspondem aos seus interesses. O pensador norte americano Dewey (1952) afirma que somente no ambiente natural da criança é que ela poderá ter um desenvolvimento seguro.
Piaget (1976) afirma que os jogos e as atividades lúdicas se tornam significativas, à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de 13 materiais variados, ela passa a reconstituir e reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é possível a partir do momento em que em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas (que é o concreto da vida dela) em linguagem escrita (que é o abstrato).
Em todas as disciplinas escolares é possível desenvolver atividades com jogos e brincadeiras, que auxiliam a criança na transposição entre a língua oral e a escrita. O ambiente escolar deve ser um local onde se busque constantemente a eficácia no processo educativo através de momentos em que os jogos possam estar inseridos para se auxiliar a construção de conhecimentos de maneira eficaz e contagiante.
Os jogos se mostram eficazes no processo educativo, pois além de auxiliar na cognição, leva a identificação daquilo que a criança pensa e sente, já que nesses momentos o profissional atento consegue perceber que as crianças demonstram e expressam a sua vida cotidiana, além de aprimorar suas habilidades motoras. O jogar então passa ser de extrema importância na vida de qualquer criança, pois através dos mesmos, a criança entra em contato com situações diversas, desenvolve e estimula sua linguagem, favorecendo o desenvolvimento afetivo, cognitivo, motor, social e moral.
2.2.1 OS JOGOS E BRINCADEIRAS DOS ALUNOS DO 2ᵒ ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DENTRO E FORA DE SALA DE AULA
 Na infância os jogos e as brincadeiras comumente fazem parte do dia a dia das crianças. Na escola, que faz parte do período da infância, não poderia ser diferente. Os jogos e as brincadeiras também têm seu espaço reservado, uma vez que fazem parte do processo ensino-aprendizagem. Diante disso, Kishimoto (1993, p. 11) afirma que:
O jogo é fundamental para a educação e o desenvolvimento infantil [...] o jogo e a criança caminham juntos desde o momento em que se fixa a imagem da criança como um ser que brinca. Portadora de uma especificidade que se expressa pelo ato lúdico, a infância carrega consigo as brincadeira que se perpetuam e se renovam a cada geração.
Os jogos e as brincadeiras são importantes mecanismos para a criança exercitarem sua criatividade e a cultura na qual estão inseridas. È uma maneira lúdica de expressar-se, comunicar-se. Durante as observações, em vários momentos as crianças deixaram explicitas nas brincadeiras o que vivem dentro e fora da escola, inclusive os conhecimentos adquiridos pelos conteúdos já estudados na sala.
Durante um momento de uma brincadeira livre uma menina chegou até a mim e entregou várias tampinhas de garrafa pet e me disse “essas tampinhas são de formas geométricas, são redondas”. Durante a brincadeira ela se recordou de um assunto estudado em sala, e representou através das tampinhas. No Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil (1998, p. 27) explica que:
 Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. Por exemplo, para assumir um determinado papel numa brincadeira, a criança deve conhecer algumas de suas características. Seus conhecimentos provêm da imitação de alguém ou algo conhecido, [...], de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros etc.
Nesse caso, provavelmente a criança lembrou-se de uma explicação na qual a professora abordou a temática por ela explicitada. E através do ato de brincar, ela foi “capaz de compreender melhor suas novas descobertas, construindo o seu próprio conhecimento a respeito do mundo, das pessoas e de si própria” (SANTOS, 2008, p. 12).
Em outra brincadeira, um grupo de meninas organizou um espaço para brincar de casinha, uma delas começou a designar os papeis e apontou para as colegas dizendo: “eu serei a mãe, você será a filha, você o pai e você será o cachorro”. Em seguida, a filha saiu para passear com o cachorro e pediu para que os pais deixassem o almoço pronto, para quando ela voltasse do passeio. Durante o passeio a menina simulou estar levando o cachorro, e colega que representava o cachorro agia como tal usando sua imaginação. Enquanto isso, os pais que ficaram em casa trataram de providenciar o almoço, que era composto por folhas, terra e pedras e pedaços de galhos. Quando a menina chegou do passeio se deparou com a mesa arrumada, simulando um almoço em família. Paniagua e Palacios (2007, p. 19) destacam que através das brincadeiras:
É possível tentar todo tipo de habilidades sem exigência própria das tarefas. Uma criança que brinca de casinha imita o mundo adulto, planeja sua atividade, exercita e enriquece sua linguagem com seus monólogos ou suas conversas, aprende negociar os diferentes papeis com seus colegas, inclusive estabelece correspondências numéricas ao pôr á mesa, por exemplo – tudo isso com prazer e sem necessidade da presença constante de um adulto.
È possível perceber que para realizar as brincadeiras de faz-de-conta, como a acima citada, é necessário já ter tido contato com essas experiências, para só então reproduzi-las a sua maneira. Também é necessário que todas do grupo compreendam os papéis que irão desempenhar no decorrer da brincadeira.
As brincadeiras de faz-de-conta reinavam nesta turma, pois além de brincarem sem os brinquedos, as crianças transformavam os jogos em brinquedos, que variam de acordo comas experiências já vividas por eles. Também no faz-de-conta as crianças repetem coisas do seu cotidiano de modo a construir “uma ponte entre fantasias e realidade” (BOMTEMPO, 2009, p. 67). Além de mostrar sua realidade, a criança “tem a oportunidade de desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o mundo dos adultos” (Idem, 2009, p. 69). Representando o mundo á sua maneira.
No intervalo, as crianças gostavam de circular por diversas brincadeiras dispostas no pátio. Algumas preferiam dançar ao som de músicas conhecidas, desenvolvendo suas habilidades psicomotoras, expressivas, além de interagir e trocar experiências com os outros colegas. Além destes benefícios já citados, Londero (2011, p. 18) afirma que:
A dança, além de mobilizar o potencial expressivo, torna a criança consciente de suas ações e atitudes corporais: desenvolve habilidades psicomotoras, favorece a formação de conceitos e solução de problemas, estimula a interação social, organiza o gesto e movimentação cotidianos, desenvolve a orientação tempo-espaço, preserva e estimula o potencial criativo-imaginário.
Além da dança, os alunos também brincavam de amarelinha, na escola havia uma variedade delas tais como: amarelinha numérica, amarelinha das cores, etc, mas a que mais preferiam era a de cores. Nesta brincadeira as crianças organizavam-se em filas, pulavam de uma a uma. Através dessa brincadeira as crianças desenvolvem a coordenação motora, além do raciocínio rápido, pois tem que pular e ao mesmo tempo cuidar para não pular nas cores erradas. Para Moreira (2013, p. 52) são muitos os benefícios que abrincadeira de amarelinha proporciona, ela “desenvolve nas crianças noções de espaço e auxilia na organização do esquema corporal” [...] e também “ao pular sem pisar no risco do diagrama, está desenvolvendo a orientação espacial e ao pular com um pé só, estimula-se o equilíbrio”. Habilidades que no decorrer da vida são muito importantes para exercer determinadas funções da vida adulta.
Outra brincadeira que eles faziam era pular corda. Esta brincadeira consiste em pular a corda toda vez que ela bater no chão, e também orientarem-se pela canção geralmente cantada pelas crianças para ver quantas puladas à criança geralmente consegue dar. Durante a brincadeira, as crianças se sentem muito a vontade, quando são embaladas pelas canções o desejo de pular mais e mais fica aguçado. Pular corda exige das crianças movimentos locomotores fundamentais que envolvem a projeção do corpo no espaço, como o caminhar, o correr e o saltar. Essas habilidades motoras básicas são realizadas espontaneamente pelas crianças são movimentos que desenvolvem o potencial já existente nelas.
A infância é um momento enriquecedor que permite desfrutar dos jogos e das brincadeiras, estes momentos se tronam cada dia mais escassos e devem ser propiciadas na escola para que as brincadeiras tradicionais passadas de geração para geração não se perca. Quando a criança brinca ela interage com o outro, compartilha brinquedos e experiências, desenvolve-se intelectualmente. Esses momentos influenciam na aprendizagem das crianças, visto que impulsiona a cognição, a motricidade e afetividade, além de fazer com que as crianças representem o meio social que as cercam. 
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O estágio teve como levantamento de estudo sobre a importância de trabalhar jogos e brincadeiras na prática docente dos anos iniciais do ensino fundamental, após foi feito um projeto de estágio onde busca direcionar os estudos ao campo de estágio há regência e feito cinco planejamentos, feito um roteiro de observação com levantamento sobre a escola, sala de aula e da professora regente.
Na observação houve muitos elementos que envolvem o cotidiano escolar, onde foi possível observar a relação da professora e alunos que ambos aparentam ser cúmplice dentro da sala de havendo afeto, respeito, carinho, amor e cumplicidade.
O estágio aconteceu na Escola Comunitária Frei Osvaldo que fica localizada na rua Frei Osvaldo, s/n no bairro da Vila dos frades- São Luís (MA) a instituição é bem estruturada, os dados foram registrados no roteiro de observação. No decorrer do estágio foram realizadas observações e ações na sala por parte de nós estagiarias. Nos momentos de estágios buscamos observar, ouvir e registrar as vivências das crianças nos momentos de brincadeiras. Nosso olhar se voltou para as implicações pedagógicas para a mediação e a intencionalidade da professora do ensino fundamental nas suas ações com as crianças.
O estágio nos possibilita resinificar os saberes, as reflexões sobre as nossa conduta e a construção de identidade de cada individuo. Realizei a pesquisa de dados através da pesquisa bibliográfica e de entrevistas com a diretora e professora regente. Para Duarte (2004, p. 215), as entrevista se forem bem realizadas, elas permitirão ao pesquisador fazer uma espécie de mergulho em profundidade, coletando indícios dos modos como cada um daqueles sujeitos percebe e significa sua realidade e levando informações consistentes que lhe permitiram descrever e compreender a lógica que preside as relações que estabelece no interior daquele grupo, o que, em geral, é mais difícil obter com outros instrumentos de coleta de dados.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (considerações finais)
Com o desenvolvimento do estágio, foi possível perceber que os jogos e brincadeiras influenciam direta ou indiretamente no processo de ensino-aprendizagem, apesar do pouco tempo para tais atividades em sala de aula. Por meio dos jogos e das brincadeiras são proporcionadas aos alunos a oportunidade de realizar as mais diversas experiências e atingir novas etapas da vida. Nos anos iniciais do ensino fundamental, são aprofundados os jogos com regras, pois vivemos em uma sociedade composta por diversas delas. Portanto faz-se necessário que o aluno compreenda a necessidade de obedecê-las. As brincadeiras livres também são importantes nesta fase, pois despertam a criatividade, a interação e socialização, já que os alunos utilizam um mesmo brinquedo para várias brincadeiras.
Os professores precisam estar cientes de que os jogos e as brincadeiras são necessários, por proporcionarem enormes contribuições para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor, dos (as) alunos (as). Porém não basta apenas propiciar jogos e brincadeiras se os mesmos não tem significado para eles, é necessário que haja um direcionamento para que a aula produza aprendizado significativo, ou seja, não fazer apenas brincadeiras livres, embora as mesmas sejam muito significativas no desenvolvimento das crianças. É muito importante buscar diversificar as atitudes e trabalhar na multidisciplinaridade associando diferentes conteúdos aos jogos e as brincadeiras, não apenas brincar para passar tempo.
Ao final deste estágio, percebeu-se através da entrevista e observações que os professores entendem os jogos e brincadeiras são importantes na formação dos (as) alunos (as), produzem resultados positivos. Mas não os empregam em muitas disciplinas como ferramenta lúdica de aprendizagem. Utilizam apenas para momentos de descontração, e nos poucos momentos da aula de educação física. Para os alunos, estes são momentos preciosos que permitem estar em contato com vários colegas, experimentar outras vivências e aprender a viver coletivamente, visto que tudo na maioria das vezes tem que ser dividido com outros colegas. Portanto, os jogos e as brincadeiras são ferramentas potencializadoras no processo ensino-aprendizagem dos alunos.
REFERÊNCIAS
BOMTEMPO, Edda. A brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do imaginário. In: KISHIMOTO, Tizuko Marchida (Org.). Jogo, brinquedo e a educação. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2008. p. 66-72. 
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: documento introdutório, Brasília, 1998. 
DEWEY, J. Como pensamos, São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1952.
DUARTE, R. Entrevistas em pesquisa qualitativas. Educar em Revistas, Curitiba: Editora UFPR, n. 24, p. 213-225, 2004.
FERREIRA, Aurélio. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
LONDERO, Rosana Maria Alves. A dança na escola e a coordenação motora. Fortaleza – CE, 2011. Disponível em: <http://www.nead.fgf.edu.br/novo/material/monografias_arte_educacao/rosana_mari a_alves_londero.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2015. 
MIRANDA, Simão de. Do fascínio do jogo à alegria do aprender nas séries iniciais. Campinas: Papirus, 2001.
MOREIRA, Daniele Aparecida Fruchi. A brincadeira de amarelinha na educação infantil: uma contribuição para o desenvolvimento de habilidades matemáticas, em crianças de 4 anos. Lins – SP, 2013. Disponível em: <http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/56007.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2015. 
PANIAGUA, Gema; PALACIOS, Jesús. Educação infantil: resposta educativa à diversidade. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar,1976.
SEABRA, Karla. SOUSA, Sandra. Educação infantil. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2010. TEZANI (2004) T. C. R., O jogo e os processos de aprendizagem e desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. (artigo publicado). 2004

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