Relatório 3 Teste rápido - imunocromatografia de HIV

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE FARMÁCIA
Teste rápido - imunocromatografia de HIV
Docente: 
Discentes: 
Relatório Nº 03 Como exigência da disciplina
Imunologia Clínica
Goiânia
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
Em acordo com as estatísticas apresentadas pelo site do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), em 2017, cerca de 36,9 milhões de pessoas viviam com HIV, sendo que, dessas, aproximadamente 21,7 milhões tiveram acesso á terapia antirretroviral e 9,7 milhões de pessoas não sabiam ser portadoras do vírus HIV. O diagnóstico precoce, seguido do inicio da terapia antirretroviral, reduz dramaticamente a possibilidade de o portador do vírus vir a desenvolver síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), que é reflexo da ação do vírus sobre as células leucocitárias do sistema imunológico, reduz as chances de transmissão do vírus e confere maior segurança e qualidade de vida ao paciente. (IBSP, 2015).
É recomendado que, seja feito o teste para HIV com regularidade, e sempre que você tiver passado por uma situação de risco. No Brasil, o diagnóstico para detecção do HIV é disponibilizado de maneira gratuita, via Sistema Único de Saúde (SUS) em qualquer unidade básica de atendimento á saúde ou centro de testagem e aconselhamento (CTA),sendo o diagnóstico iniciado a partir da realização de testes rápidos. Os testes rápidos são práticos e de fácil execução e podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou com fluido oral, e fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos. (BRASIL, 2015)
 O princípio do teste básico para HIV, consiste em utilizar antígenos recombinantes HIV 1 e HIV 2, que reagem com anticorpos presentes em amostras de soro, plasma e sangue total do paciente, seguindo o princípio da imunocromatografia. É um teste de elevada sensibilidade, podendo resultar em falsos positivos, e por isso não deve ser utilizado como via exclusiva de diagnóstico, mas sim como teste para acompanhamento ou como via de inicio de diagnostico, exigindo demais exames confirmatórios, quando positivo. 
 Dentre os testes rápidos por imunocromatografia para detecção de HIV, disponíveis no Brasil, tem-se o de fluxo lateral, que utiliza uma membrana de nitrocelulose subdividida em, área de amostra (A), onde é aplicada a amostra e a solução tampão, uma área intermediária (I), que contem o conjugado geralmente composto por ouro coloidal ligado a anticorpos anti-HIV (imunoglobulinas), uma área de teste (T)que contem os antígenos fixados à membrana de nitrocelulose e onde será lido o resultado da amostra testada, que deve ser comparado a área de controle (C) o local de controle da reação que permite a validação da reação.
 Tem se ainda o teste por dupla migração, que também utiliza uma membrana de nitrocelulose na qual estão ligados antígenos dos vírus HIV-1 e HIV-2 sendo subdividido em local de aplicação da amostra e o tampão, local de aplicação do tampão para permitir a migração do conjugado e local de leitura, que contém os antígenos fixados e onde se faz a leitura do teste (BRASIL, 2010).
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
2.1 MATERIAIS
Micropipetas 
Ponteiras 
Teste por imunocromatografia de dupla migração
Teste de imucromatografia fluxo lateral 
Amostra 
Solução tampão
2.2 MÉTODOS 
 No teste de imunocromatografia de fluxo lateral , A amostra é colocada no local indicado na membrana como sendo área A , em seguida a solução tampão é colocada sobre a amostra, assim os anticorpos da amostra fluem lateralmente pela membrana passando pela área Intermediaria , onde se inicia a ligação com o conjugado, e prosseguem em direção à área de teste indicada como T, em seguida na área T, o complexo anticorpo-conjugado se liga aos antígenos do vírus, formando uma linha (ou banda) colorida. O conjugado não ligado ao anticorpo e o excesso do complexo imune continua a migração ao longo da membrana de nitrocelulose em direção a área C, onde são capturados por anticorpos anti-imunoglobulina, formando outra linha (ou banda) colorida.
 Imagem 1 - TELELAB | HIV: Estratégias para utilização de testes rápidos no Brasil
 No teste de imunocromatografia de dupla migração a amostra e o tampão são aplicados na área 1 do teste e migram em direção à área 3 , assim na área 3 há antígenos fixados. Se houver anticorpos na amostra, eles se ligarão a estes antígenos , em seguida, adiciona-se o tampão na área 2 que permite a migração do conjugado composto por proteína A e partículas de ouro coloidal em direção à área 3. Essa migração ocorre perpendicularmente ao fluxo da amostra( como na figura 3 aplicação) 4. A proteína A componente do conjugado liga-se às imunoglobulinas que já estavam ligados aos antígenos fixados na área 3. Em seguida Com a concentração do ouro coloidal nesta área, é possível visualizar a presença de uma linha, de cor rosa ou púrpura, que indica a presença de anticorpos na amostra. 
 Imagem 2 - TELELAB | HIV: Estratégias para utilização de testes rápidos no Brasil
Imagem 3 TELELAB | HIV: Estratégias para utilização de testes rápidos no Brasil
3. RESULTADOS
3.1 IMUNOCROMATOGRAFIA DE FLUXO LATERAL
Apresentou uma linha colorida na área de controle como uma na área de teste, indicando positividade da amostra.
3.2 IMUNOCROMATOGRAFIA DE DUPLA MIGRAÇÃO
Apresentou uma linha colorida na área de controle como uma na área de teste, indicando positividade da amostra.
4 DISCUSSÃO
O teste rápido de HIV trata-se de um teste qualitativo, em que se baseia na utilização de um conjugado composto de antígenos recombinantes que são associados com ouro coloidal, que é impregnado em uma membrana presente no dispositivo do kit e funciona como revelador do teste.
Podem ser usados para a pesquisa de anticorpos ou antígenos contra os agentes infecciosos os quais foram designados. Caso o objetivo seja avaliar a presença de antígenos, haverá anticorpos impregnados na membrana do kit para a captura dos antígenos presente na amostra. Caso o teste seja para pesquisa de anticorpos, haverá antígenos impregnados na membrana para a captura de anticorpos presente na amostra.
Os resultados possíveis de uma amostra em um teste rápido podem ser:
Para imunocromatografia de fluxo lateral:
Fonte: TELELAB|HIV: Estratégias para utilização de testes rápidos no Brasil – Aula 6
Imunocromatografia de dupla migração:
Fonte: TELELAB|HIV: Estratégias para utilização de testes rápidos no Brasil – Aula 6
É importante observar que, independente da presença de anticorpos anti-HIV e consequente ocorrência de reação na área de teste (T), a área do controle (C), deve sempre aparecer uma linha colorida. O aparecimento da linha de controle (C) indica que os procedimentos do teste foram realizados de maneira adequada e que os reagentes estão funcionando corretamente. Caso a amostra não apresente anticorpos anti-HIV, você observará somente a linha colorida na área de controle (C).
Os testes rápidos apresentam algumas limitações que devem ser levadas em consideração, como: 
Resultados falso-negativos podem ocorrer caso o teste seja utilizado em amostras de pacientes conhecidamente soropositivos, que estejam recebendo ou que tenham recebido terapia antirretroviral
 Um resultado não reagente não exclui a possibilidade de infecção pelo HIV, dado que o teste detecta apenas anticorpos anti-HIV. A produção desses anticorpos pelo indivíduo que tenha sido infectado pelo HIV recentemente, pode levar algumas semanas. Persistindo a suspeita clínica, deve-se repetir o teste, após 30 dias. 
Embora um resultado reagente possa indicar infecção pelo HIV, a confirmação do diagnóstico somente poderá ser feita após a realização de pelo menos mais um teste, conforme determinado pela Portaria n.º 29 de 17 de dezembro de 2013.
5. CONCLUSÃO
Diante dos resultados obtidos nos testes rápidos de HIV, sendo o primeiro de imunocromatografia de fluxo lateral e o segundo o de imunocromatografiade dupla migração, ficou claro a positividade da amostra (Os testes apresentaram uma linha roxa/rosa no controle e outra linha roxa/rosa no teste). E, também foi constatada a validação interna do teste, uma vez que as linhas roxas/rosas estavam presentes na faixa de controle.
	O teste rápido de imunocromatografia para HIV é simples e rápido, cuja execução, leitura e interpretação dos resultados é feito em um curto período de tempo. Estes testes apresentam a vantagem de não necessitar de estruturas laboratoriais ou de profissionais graduados para sua execução. Além de fornecer resultados em um curto período de tempo, possibilitando uma assistência rápida do profissional de saúde ao seu paciente.
	Sabe-se que o que ocorreu no teste foi o seguinte: Anticorpos anti-HIV presentes na amostra reagiram com o antígeno viral o qual estava conjugado com proteínas e partículas de ouro coloidal. Esses componentes estavam interligados e aderidos a membrana de nitrocelulose sólida do material.
	Pode-se concluir que a aula prática cumpriu com o objetivo de executar os testes de imunocromatografia de fluxo lateral e o teste de imunocromatografia de dupla migração. E, que os detalhes químicos, biológicos, físico-químicos e sociais do tema foram explorados em aula de modo que dúvidas foram elucidadas e conceitos foram abordados. 
6 REFERÊNCIAS
BRASIL, HIV: Estratégias para utilização de testes rápidos no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. 2010. 98 p. disponível em < bvsms.saude.gov.br> acesso em 13 de abril de 2019.
BRASIL, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Estatísticas. Disponível em < unaids.org.br/estatisticas> acesso em 13 de abril de 2019.
Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP), Diagnóstico precoce e tratamento geram boa qualidade de vida aos portadores de HIV, disponível em <www.segurancadopaciente.com.br>1 de dezembro de 2015. Acesso em 13 de abril de 2019.
TESTES Rápidos - Acesso rápido. [S. l.], 2018. Disponível em: https://referenciabibliografica.net/a/pt-br/ref/abnt. Acesso em: 15 abr. 2019.