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FACULDADES SOUZA MARQUES 
CURSO: ENGENHARIA CIVIL – 9º PERÍODO 
DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE OBRAS II 
Profa.: DAKI INFANTI PRATS E BIANCHESSI 
SEMESTRE: 2012/1 
 
 
PLANEJAMENTO DO TEMPO 
 
 
2.1 RETOMADA DA ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO (EAP) OU EAT (E. A. DO 
TRABALHO) 
 
• O planejamento do tempo é representado graficamente na forma de um cronograma 
(gráfico de Gantt) 
• O cronograma surge a partir do sequenciamento dos serviços mencionados na EAP e 
da estimativa de tempo de cada serviço 
• O cronograma representa como as atividades se distribuem no tempo (cronograma 
físico) 
 
2.2 CRONOGRAMAS EM REDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rede de atividades em nós (AEN) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
E 
D 
C 
B F 
A G F 
D 
E C 
B 
 2 
 
• Quando o parâmetro financeiro é inserido, trata-se de um cronograma físico-
financeiro 
 
 
 
 
 
 
• A principal implicação de um cronograma físico-financeiro é possibilitar a 
visualização cronograma de custos totais por período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• O cronograma de despesas também pode ser escrito na forma acumulada, que é 
muito útil na análise de fluxo de caixa 
 
 
 
 
 
 
2.3 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DAS REDES DE PLANEJAMENTO 
 
• Listar todas as atividades do projeto 
 
• Estabelecer ordem de execução das atividades (lógica de rede) 
 
• Determinar a duração de cada atividade 
 
• Determinar o evento inicial e final da rede 
 
• Determinar as atividades que podem ser executadas em paralelo 
 
• Nivelar os recursos e ajustar o cronograma 
 
• Calcular as datas dos eventos inicial final de cada atividade 
 
 
2.4 LISTAGEM E ORDENAÇÃO DAS ATIVIDADES 
 
Atividades (Ordenar) 
 
� Alvenaria 
� Decoração 
� Esquadrias e divisórias 
� Ferragens 
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� Fundações 
� Instalação de canteiro 
� Instalações 
� Limpeza 
� Louças e metais 
� Pintura 
� Revestimento 
� Rodapés, soleira e peitoris 
� Superestrutura 
� Telhado 
� Trabalho de terraplenagem 
� Vidros 
 
 
Atividades (Ordenadas) 
 
� Instalação de canteiro 
� Trabalho de terraplenagem 
� Fundações 
� Superestrutura 
� Alvenaria 
� Instalações 
� Telhado 
� Esquadrias e divisórias 
� Revestimento 
� Rodapés, soleira e peitoris 
� Ferragens 
� Vidros 
� Pintura 
� Louças e metais 
� Decoração 
� Limpeza 
 
 
2.5 DURAÇÃO E SEQUENCIAMENTO DE ATIVIDADES 
 
• Para cada serviço ou atividade da EAP deve ser estimada uma duração 
• Esta estimativa em geral é feita primeiramente de forma intuitiva, e depois ajustada 
conforme o prazo e os recursos disponíveis para o empreendimento 
• É preciso conhecer o calendário em que o projeto estiver sendo inserido, com as 
devidas particularidades (feriados, fins de semana, datas chave) 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
Transferindo para o gráfico de Gantt 
 
 
 
 
 
 6 
SEQUENCIAMENTO DE ATIVIDADES 
 
 
• O objetivo final do sequenciamento é obter um diagrama de rede completo com 
todas as atividades do projeto e suas interrelações 
• Tipos de relações entre atividades 
 
 
 
 
 
 
• DEPENDÊNCIA ENTRE ATIVIDADES 
 
Existem 3 tipos de dependência entre atividades: 
 
1. Dependência obrigatória – Inerente à natureza da atividade e geralmente envolve 
limitações físicas. Ex. É preciso construir a parede antes de pintá-la. 
 
2. Dependência arbitrária – Não sendo obrigatórias, geralmente baseiam-se nas 
melhores práticas de mercado ou em preferência da equipe. Ex.: Iniciar a 
infraestrutura de uma obra pelas instalações elétricas antes da hidráulica, ou vice-
versa. 
 
3. Dependência externa – Geralmente envolve atividades fora do controle do projeto. 
Ex.: licenças emitidas por órgãos governamentais (licenças de obras, habite-se, 
licenças ambientais) 
 
 
• O próximo passo é sequenciar as atividades, ou seja, estabelecer uma ordem de 
execução das mesmas, de forma mais realista possível 
• Hoje em dia existem softwares que permitem estabelecer o sequenciamento de 
atividades de forma bastante prática (MsProject, Primavera), criando vínculos entre 
atividades interdependentes 
• Nos vínculos entre atividades interdependentes, deve-se também levar em 
consideração os atrasos ou adiantamentos de uma atividade em relação à outra 
 
 
 
 7 
• Sequenciamento de atividades do exemplo anterior 
 
 
 
 
• Transferindo para o gráfico de Gantt 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
• Observemos que, no exemplo, a obra teve início em 24/08 e término em 03/07 
(definidos pelos marcos de início e de fim) 
• Suponhamos que estas datas não sejam adequadas, ou seja, que a data de término da 
obra tenha que ser 03/6, ou seja, 30 dias antes 
• O planejador desta obra buscará encurtar a duração das atividades, ou superpor as 
tarefas, entretanto deve haver cautela, pois há limitações de recursos humanos e 
recursos financeiros (a compressão do cronograma pode provocar aumento de 
custos) 
 
2.6 ATRIBUIÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 
 
• O próximo passo é determinar os recursos humanos necessários para executar as 
atividades do cronograma 
• Esta estimativa é feita com base nos índices de consumo da mão de obra obtidos nas 
composições de custo dos serviços 
• A quantidade dos serviços x os índices de produtividade obtidos das composições de 
custo, fornecem a “quantidade de trabalho” necessária para fazer o serviço (horas de 
trabalho) 
 
Elaborando um cronograma (baseado no exemplo do livro): 
 
 
 
 
 
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• Tabela de serviços (simplificada) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Composições de custo do orçamento (simplificadas) 
 
 
 
03.002.001-1 (03183) m³ 
ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALA EM MATERIAL DE 1ª 
CATEGORIA, COM ESCORAMENTO E ESGOTAMENTO MANUAL 
00367 Pinho de 3ª, peça de 3” × 9” m 4 
00453 Prego com ou sem 
cabeça de 12 × 12 a 18 × 
30 kg 0,2 
01999 Servente h 6,5 51 
 
 
 
CORTE, DOBRAGEM, MONTAGEM E COLOCAÇÃO DE 
FERRAGEM NA FORMA, AÇO CA-50, EM BARRA REDONDA COM 
DIÂMETRO DE 8 A 12,5mm 
01998 Armador de concreto h 0,105 52 
01999 Servente h 0,105 52 
 
 
 
FORMA DE MADEIRA EM TÁBUAS DE PINHO DE 3ª PARA 
MOLDAGEM DE PEÇAS DE CONCRETO ARMADO, SERVINDO A 
MADEIRA 2 VEZES 
00349 Pinho de 3ª, peça de 1” × 12” m 1,6 
00350 Pinho de 3ª, peça de 1” × 9” m 1,3 
00368 Pinho de 3ª, peça de 3” × 3” m 0,3 
00453 Prego com ou sem 
cabeça de 12 × 12 a 18 × 
30 kg 0,12 
01990 Carpinteiro de forma h 1,8 51 
01999 Servente h 1,8 51 
 
 
 
CONCRETO BOMBEADO FCK 25MPa 
01605 07.002.025-1 Argamassa de 
cimento e areia, no traço 
1:3 m³ 0,0125 
02523 Instalação avulsa de 
bomba de concreto m³ 1 
07330 Concreto bombeado fck 
25MPa m³ 1,05 
01968 Pedreiro h 0,6 
01999 Servente h 1,6 51 
 
 
 
 
 
 11 
• Para simplificar, vamos dar ênfase somente da construção dos dois encontros 
da ponte (atividades para as quais foram atribuídos recursos) 
 
 
 
• Cálculo de duração x equipe (após ajustes) 
 
 
 
 
• Cronograma físico 
 
 
 
 
 
2.7 NIVELAMENTO DE RECURSOS HUMANOS 
 
• Existem infinitas maneiras de se montar um cronograma 
• Além do sequenciamento lógico de atividades, é desejável que se trabalhe com o 
mínimo possível de variação nos recursos humanos 
• Na prática, isto quer dizer: o número de funcionários de um obra deve ser 
aproximadamente constante, crescente ou decrescente, mas sem flutuações na 
contratação 
 
 
 
 
 12 
•As flutuações na contratação de mão de obra acarretam maior incidência de encargos 
demissionais, elevando o custo da obra 
• Além disso, não é lógico demitir um funcionário hoje sendo que daqui a um mês 
precisaremos contratar mais (a menos que o funcionário mereça, é claro!) 
• Esta operação de ajuste do cronograma com base na estabilidade da mão de obra é 
chamada “nivelamento de recursos” 
• Os parâmetros financeiros do empreendimento também são importantes no ajuste do 
cronograma, e serão vistos posteriormente. 
• Deve ser observado o nivelamento para cada recurso (cada categoria profissional), 
mas nem sempre eles são compatíveis (quando se nivela um recurso, pode-se 
desnivelar o outro) 
• Neste caso, deve-se optar por nivelar o recurso com maior número de pessoas, 
abrindo mão do nivelamento de minorias, que são mais fáceis de serem realocadas 
em outras tarefas da obra 
• Os programas de planejamento (MsProject e Primavera) fornecem relatórios de 
“gráfico dos recursos’, que aponta o quanto cada recurso está sendo usado 
 
Para o exemplo da ponte, vejamos a alocação do recurso “carpinteiro de formas” 
 
 
 
 
 
• Como podemos observar, o recurso carpinteiro de formas está bem nivelado 
(uniforme) ao longo de 4 meses 
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• O emprego de 2 carpinteiros de forma durante esse período é praticamente 
suficiente, mas existe uma ligeira superalocação. 
• Neste caso, pode-se trabalhar com 2 carpinteiros, e chamar um empreiteiro na diária 
para completar o trabalho, se for o caso 
 
 
Para o exemplo da ponte, vejamos a alocação do recurso “pedreiro” 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Como podemos observar, o recurso pedreiro está bem desnivelado, mas não está 
flutuando tanto 
• Pode-se optar por contratar apenas 1 pedreiro no 1º mês, e no 2º e 3º mês contratar 
mais 4 pedreiros 
• Todos os 5 pedreiros seriam demitidos ao final do 3º mês 
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Para o exemplo da ponte, vejamos a alocação do recurso “armador” 
 
 
 
 
 
• Como podemos observar, o recurso servente está relativamente bem nivelado 
(uniforme) ao longo de 3 meses, e desnivelado no 4º mês 
• O emprego de 20 serventes durante os 3 primeiros meses é praticamente suficiente, 
mas existe uma ligeira superalocação 
• Neste caso, pode-se trabalhar com 20 serventes, e chamar serventes na diária para 
completar o trabalho, se for o caso 
• No 4º mês, não há problema na redução de serventes, pois a sequencia natural é a 
demissão ou transferência de obra 
 
 
 
• Bibliografrafia mais indicada como referência para este tópico é o livro 
ADMINISTRAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL (editora LTC, 2004) e o livro PRÁTICA 
DAS PEQUENAS CONSTRUÇÕES - V2 (Editora Edgard Blücher, 2007). 
• BORGES, Alberto de Campos. Prática das Pequenas Construções. V2. Editora Blücher, 
2009. 
• CERQUEIRA, Jorge P. Sistemas de Gestão Integrados. Rio e Janeiro: Qualitymark, 2007; 
 15 
• DIAS, Paulo R. V. Engenharia de Custos – Uma Metodologia de Orçamentação de Obras 
Civis. Itaperuna, RJ: Editora Hoffmann, 2006. 
• AUDITORIA INTERNA DO PODER EXECUTIVO DO GOVERNO DO ESTADO DE 
SANTA CATARINA. Manual de Licitações e Contratos de Obras Públicas. 2009. 
• GREGORIO, Leandro T. D. Recomendações para a Integração de Normas de Construção 
de Sistemas de Gestão. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal Fluminense. Niterói, 
2009. 
• HALPIN, Daniel W.; WOODHEAD, Ronald W. Administração da construção civil. Rio de 
Janeiro: LTC, 2004. 
• LIMMER, Carl V. Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras. Rio de 
Janeiro: LTC, 1997.~

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