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Direitos Reais

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DIREITOS REAIS
É o campo do direito patrimonial cujas regras tratam do poder dos homens sobre as coisas apropriáveis.
OBJETO: as coisas apropriáveis uteis, raras que podem ser objeto de propriedade, diante do interesse econômico que elas despertam, coisas apropriáveis.
CARACTERÍSTICAS:
Taxatividade: A enumeração legal dos direitos reais, feita no art.1225, são taxativos, ou seja, não admite ampliação, tratando-se de numerus clausulus.
Vale destacar que a posse não é um direito real, visto que não se encontra no rol taxativo abaixo.
A propriedade;
A superfície;
As servidões;
O usufruto;
O uso;
A habitação;
O direito do promitente comprador do imóvel;
O penhor;
A hipoteca;
A anticrese.
A concessão de uso especial para fins de moradia;    
A concessão de direito real de uso
A laje
Publicidade: Por se submeterem ao sistema de tradição (entrega da coisa) ou registro público. 
Oponibilidade Erga Omnes: o sujeito ativo do direito real é determinado, porém o sujeito passivo é a coletividade. Pois os direitos reais são oponíveis a todos.
Direito de Sequela: o titular de um direito real terá vínculo real com a coisa afetada, podendo persegui-la para busca-la onde se encontre e com quem quer que esteja. Art.1228 CC direito de reaver a coisa
Direito de Preferência: interessa aos direitos reais de garantia (hipoteca penhor e alienação fiduciária) / os direitos reais preferem os obrigacionais/pessoas. 
PENHORA – ato do oficial de justiça ≠ PENHOR – empenho na garantia de uma dívida – objeto móvel. 
É vedado o pacto comissório nos direitos reais de garantia – ficar com a coisa dada em garantia. Ocorre então o leilão.
DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS REAIS E DIREITOS OBRIGACIONAIS:
FIGURAS HIBRIDAS - intermediárias
Ônus Reais: Gonçalves “são obrigações que limitam o uso e gozo da propriedade constituindo gravames ou direitos oponíveis “erga omnes”. Ex: proprietário obrigado a uma certa prestação.
Obrigação com eficácia real: as obrigações terão eficácia real quando, sem perder seu caráter de direito de uma prestação é oponível a terceiro, pois certas obrigações resultantes de contratos alcançam, por força de lei dimensão de direito real. Ex: Compromisso promitente comprador registrado.
Obrigação “propter rem”: é a obrigação que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real. Obrigação emerge da coisa, sua relação com o objeto. Ex: condomínio. 
POSSE
É a exteriorização da propriedade, que é o principal direito real, existe a presunção de que o possuidor é o proprietário da coisa, embora possa não ser.
A posse precisa ser protegida para evitar violência e manter a paz social, se você não defender seus bens e perde a posse deles poderá recupera-la – art.1210. 
A posse existe antes da propriedade, afinal posse é um fato que está na natureza, propriedade só surge com a organização da sociedade.
CONCEITO: A posse é uma situação de fato em que a pessoa, independentemente de ser o proprietário, exerce sobre a coisa poderes ostensivos de dono, conversando-a e defendendo-a como se sua fosse.
Logo, posse é uma relação de fato transitória, enquanto propriedade é uma relação de direito permanente. 
Sumula 487, STF.
TEORIAS DA POSSE:
TEORIA SUBJETIVA DA POSSE: elaborada por Savigny, afirmou que a posse seria a soma de dois elementos o “corpus” e o “animus”. O corpus é o elemento material, e o poder físico da pessoa sobre a coisa, é o elemento externo/objetivo é a ocupação da coisa pela pessoa. Já o animus é o elemento interno/subjetivo, é a vontade de ser dono da coisa possuída, é a vontade de ter aquela coisa como sua. Savigny valorizou demais o animus. Em outras palavras, posse é o poder que tem a pessoa de dispor fisicamente de uma coisa (corpus) com a intenção de tê-la para si (animus - vontade).
TEORIA OBJETIVA DE IHERING: criticou Savigny e deu destaque a propriedade. Para Ihering se o proprietário tem posse pode transferir sua posse a terceiros para um melhor uso econômico. A posse se fragmenta em posse direta e indireta, amos o possuidor tem direito a exercer a proteção possessória (Art.1210) já que o proprietário permanece na posse indireta. Ihering desprezou o “animus” e fragmentou o “corpus” para melhor exploração econômica da coisa. Posse é a reação de fato entre pessoa e coisa para fim de sua utilização econômica, seja para si, seja cedendo para outrem. ADOTADA PELO CC BRASILEIRO
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE:
Quanto ao possuidor:
Posse direta quando pessoa tem a coisa em seu poder
Posse indireta quando o titular (proprietário) afastando a coisa de si por sua própria vontade, transfere-a a outrem (possuidor) que exercerá a posse direta do bem – art.1197.
Quanto a origem:
Posse Justa art.1200 A posse clandestina/violenta pode ser convalidada pelo decurso do tempo que se conta a partir do momento que cessou a violência ou a clandestividade, logo pode ser objeto de usucapião. Já a posse precária jamais se convalescerá c/ tempo, não outorgando ao “possuidor” o direito a usucapião (art.1203)
Posse Injusta:
violenta/clandestina/precária 
Quanto ao animus:
Posse de boa-fé quando o possuidor ignora o vício de obstáculo que lhe impede a aquisição da coisa (Art.1201)
Posse de má-fé quando o possuidor passa a exerce-la mesmo sabendo que ela é violenta/clandestina/precária.
Quem tem justo título presume-se boa-fé, até prova em contrário – art.1201 §ú.
Quanto aos efeitos:
Posse “ad interdicta” aquela que dá direito aos interditos e pode ser manejada a qualquer tempo.
Posse “ad usucap onem” aquela apta a conferir título de propriedade ao possuidor da coisa, desde que cumpra requisito da lei. (mansa pacifica continua com animo de dono pelo lapso de temporal que a lei determinar).
Quanto ao decurso do tempo:
Posse nova posse que tem menos de um ano e dia.Liminar Inaldita Altera Pars 
Posse velha será considerada velha a posse que já tenha ultrapassado esse prazo.
FÂMULO DA POSSE: detentor 
Fâmulo é o chamado detentor da posse em nome de outrem. Se encontra em relação a coisa como se possuidor fosse, porém, ali se encontra em face de ordens ou em razão de subordinação para c/ efeito possuidor ou proprietário (Art.1198).
O detentor não tem legitimidade para promover as ações em defesa da posse porque ele não é considerado possuidor. Ele está na “posse” da coisa para dela cuidar em nome do verdadeiro possuidor ou proprietário.
Trata-se apenas de uma custódia que não gera direito, nem mesmo de usucapião.
COMPOSSE: 
Ocorre composse quando por força de convenço, contrato ou a título hereditário, duas ou mais pessoas passam a ser possuidoras de uma mesma coisa, de tal sorte a formar um condomínio, mantendo-a indivisível, em razão da posse exercida em comunidade simultaneamente. (Art.1199). 
Qualquer dos compossuidores tem legitimidade para a propositura das ações em defesa da posse comum, podendo exercer a defesa até mesmo contra os demais compossuidores para impedir o exercício da posse exclusiva sobre qualquer fração da comunhão. Duas posses sob a mesma posse
AQUISIÇÃO E PERDA DA POSSE
Todo aquele que exerce poderes inerentes a propriedade é possuidor (usar/gozar/fruir/dispor).
Art.1196 CC para adquirir posse basta usar fruir ou dispor do bem, podendo haver possuidor direto ou indireto.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DE POSSE:
ORIGINARIA: através da ocupação apreensão, quando não existe vínculo com o possuidor anterior.
DERIVADA: através de algum contrato (compra e venda, locação, comodato, doação troca), através de direitos reais (usufruto, superfície, habitação, etc), através do direito sucessório. A aquisição é derivada, quando aposse deriva de alguém, ou seja, a coisa passa de uma pessoa para a outra com eventuais vícios se houverem. – Art.1203 e 1206.
Incapaz pode adquirir posse? Alguns autores dizem que não face ao art. 104, I. Outros dizem que sim pois posse não é direito, apenas fato. (vide art. 542 e 543 aceitação ficta)
PERDA DA POSSE: Perde-se a posse quando apessoa deixa de exercer sobre a coisa qualquer dos poderes inerentes a propriedade. 
FORMAS DE PERDA DE POSSE:
Abandono 
Tradição
Perda da coisa
Pela colocação fora do comercio/mercado
Pela posse de outrem
EFEITOS DA POSSE:
Principal efeito – defesa da posse
Ações possessórias interdito possessórios:
Legitima defesa da posse
Interdito proibitório (ameaça na posse)
Manutenção da posse (turbação)
Reintegração
Se duas ou ais pessoas se dizem possuidoras – art.1.211 CC
Direito aos frutos e aos produtos art.1214 a 1216 CC 
Possuidor de boa-fé: se o possuidor adquire a posse desconhecendo seus vícios, terá proteção no que fiz respeito aos frutos. 
Frutos Colhidos: o possuidor de boa-fé tem direito aos frutos colhidos/percebidos – art.1.214 CC.
Frutos Pendentes: ao tempo que cessar a boa-fé, estes devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas de produção e custeio. Da mesma forma deverão ser restituídos os frutos colhidos antecipadamente – art.1.214 §ú.
Perda ou deterioração da coisa: possuidor de boa-fé não responde pelos prejuízos em face da deterioração ou mesmo perda que tenha ocorrido sem sua participação – art.1.217.
Quando as benfeitorias: o possuidor de boa-fé tem direito de ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e uteis, podendo exercer o direito de retenção – art.1.219. Quando as benfeitorias voluptuárias, se não for indenizado espontaneamente, poderá remove-las.
Possuidor de má-fé: deverá indenizar todos os prejuízos que deu margem. Não tem enes direitos, salvo parte final art.1216 CC.
Frutos colhidos: deverá devolver em valores os frutos colhidos e percebidos, bem como os que por sua culpa deixou de perceber – art.1.216 CC – tem direito as despesas de produção e custeio. 
Perda e deteorização: possuidor de má-fé deverá ser responsabilizado, ainda que por caso fortuito ou força maior, só não será responsabilizado se provar que a coisa se deteoriaria ou se perderia mesmo estando na posse do legitimo possuidor.
Benfeitorias: somente serão indenizáveis as necessárias, mas não poderá exercer o direito de retenção, já as benfeitorias uteis e voluptuárias, não poderá levantar, nem será indenizado – art.1220 parte final.
PROPRIEDADE
O direito de propriedade (domínio) é o mais completo, representado pelo exercício do titular sobre uma determinada coisa (corpórea ou incorpórea), em regra perpetuando de modo absoluto e exclusivo impondo a todos respeitar – art.1.228 CC. 
Gonçalves “o poder jurídico atribuído a uma pessoa de usar, gozar, dispor de um bem corpóreo ou incorpóreo, em sua plenitude dentro dos limites estabelecidos nas leis, bem como reivindica-lo de quem injustificadamente o detenha. “
Propriedade é um direito universal. A Declaração Universal dos Direitos Humanos – ONU 1948, preceitua em seu art.17: “toda pessoa tem direito a propriedade, só ou em sociedade com outros”. Propriedade está garantido constitucionalmente, em clausula pétrea (art.60, IV, CF), com direito fundamental art. 5º, XXII, XXCII, XXCIII, XXIX, ainda no art. 170, II, CF.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL
PARA ADQUIRIR: pessoa capaz de adquirir, coisa suscetível de ser adquirida e um modo de adquirir. 
Originária quando alguém adquire a propriedade sem que tenha havido transação com o proprietário anterior, quando não há transmissão de um indivíduo para o outro. Ex: usucapião/acessão.
Derivada aquisição resulta de uma relação negocial entre o proprietário e o adquirente, pelo qual o primeiro transmite ao segundo a propriedade. Ex: registro compra/venda.
USUCAPIÃO forma originaria de aquisição de propriedade que se realiza pela posse prolongada no tempo, desde que atendidos requisitos legais. 
Dentro das espécies o lapso temporal varia entre 2, 5, 10 e 15.
Posse mansa, pacifica, continua, com animus de dono pelo lapso temporal que a lei determinar.
Espécies: especial/constitucional: 5 anos.
Urbana – art.183 CF e 1.240 CC
não superior a 250m²
finalidade de moradia 
5 anos
Não possuir outro imóvel nem urbano nem rural.
Rural – art.191 CF e 1239 CC
não superior a 50 hectares
5 anos 
Finalidade de moradia e produção - agricultura/agropecuária de subsistência
não possuir outro imóvel – nem urbano nem rural
Espécies: extraordinário: 15 anos.
Art.1238 CC
Não exige outros requisitos além da posse mansa, pacifica, continua, com animo de dono, pelo lapso temporal de 15 anos.
O direito já está constituído, que assim o declare por sentença
Espécies: extraordinária reduzida: 10 anos.
Art.1238 §1º Exige moradia/ produçãoQuem pode usucapir: Art.1205
Qualquer pessoa
Representante legal 
3º sem mandato dependendo de ratificação
Espécies: ordinária: 10 anos.
Art.1242
Justo titulo: ex: contrato de gaveta
Boa-fé (quando desconhece o vicio).
Espécies: ordinária reduzida: 5 anos.
Art.1242 §ú
Justo titulo 
Boa-fé
Onerosamente – comprovar que pagou
Erro cartorário 
Moradia e produção econômica.
Espécies: conjugal/familiar: 2 anos
Art.1240 – A
Cônjuge que abandonou o lar – independente do regime de bens.
Moradia e produção
Só pra propriedade urbana, analogia para rural até 50 hectares.
Espécies: usucapião coletiva urbana: 5 anos
Lei 10257/01 – estatuto da cidade
Art.10
Max.250 m² por possuidor
Não haver outra propriedade
Baixa renda
Ex: favela
Todos são donos na matricula, se um tem outra casa prejudica a ação de todas. 
Espécies: administrativa: 5 anos
Lei 11977/09 – “minha casa minha vida”.
Art.60
Lei 13465/17 (revoga a anterior – adicionando outros requisitos)
Titulo dado pelo programa se transforma em registro de propriedade.
Conforme art.183 da CF (não ter outra propriedade/finalidade de moradia/250 m²
Espécies: indígena
Espécies: extrajudicial: 
NCPC –
Diretamente no cartório:
Possuidor legitimo anterior 
ACESSÃO
É a forma originaria de aquisição de propriedade de imóvel, estabelecida por lei pela qual tudo o que se incorpora a um determinado bem fica ao proprietário pertencendo. (acessório segue o principal)
Requisitos para acessão:Álvio = rio
Função de duas coisas que estavam separadas
Que uma delas seja acessória em relação a outra
Art.1248 – formas de acessão:
Art.1.249 - Formação de ilhas (acumulo de terra cercado por agua em ambos os lados – rio comum ou particular, não navegável)
I - Divide o rio no meio na proporção da testada.
II – Divide o rio, quando se forma de um lado apenas acresce a esse lado apenas.
III – curva de rio na sua propriedade não gera indenização 
Art.1.250 - Aluvião: acréscimo lento (de forma imperceptível) formado nas margens dos rios, que importa em aquisição para o proprietário do imóvel, segundo o princípio do “o acessório segue o principal”, decorrente de fato natura, logo, não gera indenização.
Art.1.251 – Avulsão: força natural violenta, ocorre desmembramento súbito por força da corrente de água, que desfigura o imóvel tornando-o total ou parcialmente impróprio para o uso. Neste caso o dono poderá reclamar indenização, no prazo decadencial de um ano.
§ú – solicitar que se remova.
Art.1.252 – Álveo abandonado: apropriar-se do leito de um rio que se secou, que pertencerá aos proprietários ribeirinhos. Se o rio retornar ao leito antigo, recompor-se-á a situação anterior.
Art.1.253 a 1.259 - Plantações e construções:
Art.1.254 – terreno próprio - plantas/sementes/materiais alheios.
Boa-fé paga pelo usado.
Má-fé além de pagar pelo usado, deve indenizar perdas e danos. 
Art.1255 - terreno alheio – plantas/sementes/matérias próprios.
Boa-fé recebe o valor do material de volta.
Má-fé perdas e danos
§ú – se o valor da construção (plantação) exceder consideravelmente o valor do solo, adquire mediante pagamento, se for de boa-fé. 
Art.1256 se houver má-fé em ambos (quem planta/constrói e o dono do solo) o proprietário do solo deve pagar o material.
Art.1257 quando as sementes não pertencem a quem empregou, o dono do solo deve ressarcir
Art.1258 construção parcial em solo alheioque não ultrapasse a vigésima parte, adquire a propriedade do solo invadido se de boa-fé, indenizando valor correspondente. 
§ú – se de má-fé deverá demolir, se não for possível, perdas e danos. 
Art.1259 construtor de boa-fé em solo alheio que excedeu a vigésima parte, adquire a propriedade e responde por perdas e danos. Se estiver de má-fé é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando peras e danos em dobro.
Formas de aquisição de propriedade móvel
Usucapião 1263 CC
Extraordinária – 5 anos.
Ordinária – justo título – 3 anos.
Ocupação (objeto sem dono e abandono) 1263 CC
Tradição– art. 1268 (real, ficta, simbólica)
Ficta – constituto possessória 
Simbólica – entrega de chave de carro. Ex: vale presente
Achado de tesouro – art.1264
Ex: pedras preciosas debaixo da terra etc.
Objeto antigo e precioso 
Oculto/escondido
Dono desconhecido 
Achado casualmente
Especificação – art.1269 ao 1271 aperfeiçoar materia prima / agregar valor 
Caso não consegue o retorno ao status quo – paga valor do objeto paga perdas e danos
Mas se o valor agregado for superior ao valor da coisa – fica com o objeto e paga os prejuízos.
Confusão – mistura de líquidos – dono do todo. Proporcional no que investiram. Paga a parte do outro pra ficar com o todo.
Comistao – art. 1272 – mistura de sólidos – fazer cimento – areia – cal. Indenizado pelo material que entrou.
Adjunção – sobreposição de objetos – diamante x anel o. fica com o objeto e indeniza. Figurinha x álbum 
PERDA DE PROPRIEDADE
O direito de propriedade tende a perpetuidade, de sorte que via de regra perderá propriedade de forma voluntária, excepcionalmente de maneira involuntária. 
As formas de perda de propriedade são enumeradas no CC de maneira exemplificativa.
Algumas das hipóteses de perda de propriedade móvel e imóvel:
ALIENAÇÃO
Por vontade própria o proprietário transfere a propriedade para outrem, através de negócio jurídico gratuito (doação) ou oneroso.
Alienação compulsória ocorre pela arrematação ou adjudicação, que nada mais é que a perda do bem pelo devedor inadimplente. O adquirente receberá do juízo a carta de adjudicação ou arrematação que lhe permitirá transferir a propriedade junto ao Cartório de Imóveis.
RENÚNCIA
Ocorre quando o titular manifesta sua vontade de forma expressa declarando que abre mão do seu direito sobre a coisa. Ato unilateral e irrevogável.
ABANDONO OU DERRELIÇÃO 
Também ato unilateral, parecido com a renúncia, mas diferente no abandono, o titular abre mão do seu direito sem manifestação, simplesmente deixa de lado, enquanto a renúncia deve ser expressa.
Haverá presunção de abandono quando cessados os atos de posse, o proprietário deixar de satisfazer os ônus fiscais sobre o imóvel – art.1276, §2º).
PERECIMENTO DA COISA
Pode ocorrer da coisa se deteriorar, vindo a perecer em decorrência de algum fato (incêndio/desabamento/etc).
É forma involuntária de perda, ocasionada por forca da natureza ou ato humano.
DESAPROPRIAÇÃO 
Modo involuntário de perda de propriedade, o interesse público é que vai determinar intervenção unilateral – do Estado na propriedade particular mediante própria indenização. (art.5º, XIV, CF)
RETROCESSÃO
É obrigação que incumbe ao Poder Público de oferecer o imóvel desapropriado ao ex-proprietário pelo seu preço atual, se o mesmo não for utilizado para obras e serviço públicos prazo de CINCO ANOS (art.519).
Os tribunais têm entendido se der destinação diferente, ou não utilizar o bem para fins que motivaram a desapropriação, não cabe o proprietário reivindicar o imóvel, mas pleitear perdas e danos.
BENS IMÓVEIS VAGOS art.1276 CC. - Abandono - sem posse de outrem – bem arrecadado município ou df (urbano) união (rural) 3 anos. 
DIREITO DE VIZINHANÇA
Limitam a propriedade, conjunto de normas que tem como maior finalidade harmonizar o convívio social entre proprietários que são vizinhos.
Obrigação propter rem obrigações oriundas da relação do sujeito com a coisa
Deve ser entendido como vizinhos os prédios que influenciem os demais, não é necessário que seja contígio.
Obrigações:
De sujeição: o proprietário se submete
De abstenção: o proprietário deverá se abster
Características:
Direito reciproco
Não é direito real, embora tenha natureza real
DO USO ANORMAL DA PROPRIEDADE
Perturbação:
Saúde
Sossego
Segurança
Critérios para identificar o uso anormal:
Anterioridade da instalação – quem chegou primeiro
Grau de incomodo causado
Localização/bairro/cidade
Verificar se há interesse público
ÁRVORES LIMÍTROFES
PASSAGEM FORÇADA
Visa garantir uma saída para o proprietário de prédio encravado, que se necessário, será realizada mediante intervenção judicial para obrigar o dono do prédio a ceder passagem mediante indenização – art.1.285.
Cabe ao vizinho discutir onde deverá ser fixado o caminho, mesmo sendo fixado judicialmente, deverá ser realizado de forma menos prejudicial – art.1.285, §1º 
É obrigação/dever do vizinho ceder a passagem, pelo valor da desvalorização - indenização
Obrigação propter rem – imóvel encravado.
SERVIDÃO DE PASSAGEM
Art.1.225, III.
Decorre da vontade das partes, ACORDO, há indenização, mas é possível usucapião 
É o direito real sob o imóvel. 
Não se trata de passagem forçada pois à saída, entretanto não há qual o dono queria. 
Usucapião de servidão – 10 anos. 
Usucapião inverso – o dono volta a ser dono da própria propriedade.
Direito real
Há saída no terreno
PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES
O proprietário é obrigado a permitir passagem através de seu imóvel de cabos e tubulações de serviços públicos para servir ao vizinho que não tenha outro meio de receber tais serviços, devendo ser indenizado na proporção da obrigação ocorrida, podendo inclusive exigir que sejam feitas obras de segurança necessárias a preservação de seu imóvel – art. 1.287.
DESTINO DAS ÁGUAS
Agua é o bem indispensável a vida, de domínio público e recurso natural por excelência está regulado por decreto 21.643/34 Cód das Aguas, também no CC aspectos importantes que possam envolver os vizinhos em face de problemas com agua. 
No art. 1.288 CC estabelece que o vizinho do prédio inferior é obrigado a receber a agua do superior. 
Proibição do desvio das aguas – o prédio superior não pode impedir que desça – art. 1.290
Poluição das aguas – desde que não seja as aguas indispensáveis, e caso polua, devolva recuperar/purificar e se não conseguir indeniza – art. 1.291 
Direito de Construir Obras de Represamento e Canais – art. 1.292
Direito ao desvio de aguas por canais – at. 1.293
Direito de Construir Aquedutos – art.1.294 e 1.295
Direito ao uso das sobras – art. 1.296
LIMITES ENTRE PRÉDIOS E DIREITO DE TAPAGEM
O proprietário tem direito de demarcar seu imóvel e de obrigar o vizinho a concorrer com as despesas na proporção que caiba a cada um – art.1.297 CC. Os marcos de limites entre prédios vizinhos podem ser realizados por cercas-vivas, cercas de arame, valas, muros, enfim, qualquer que seja o marco divisório, pertencerá a ambos os confrontantes e as despesas de construção e manutenção devem ser suportadas por ambos os vizinhos.
Exceção os casos de tapumes especiais que visem impedir a passagem de animais de pequeno porte ou para outro fim. A construção desses tapumes pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles – §3º.
A tapagem pertence aos proprietários confinantes, formando condomínio, alterações e manutenções será feita com anuência. 
Se o vizinho não concordar em fazer amigavelmente a demarcação, o interessado poderá manejar ação demarcatória. 
DIREITO DE CONSTRUIR
O proprietário tem direito de construir, ocupando superfície do solo, o subsolo, o espaço aéreo naquilo que lhe for útil, respeitando os limites legalmente estabelecidos – art.1.299.
O conceito construção deve ser entendidas as obras de edificação propriamente ditas, reformas, demolições, levantamento de muro, escavações, aterros, etc.
Tutela de intimidade proibição de construção: janelas,terraços, eirados, varadas etc.
 prédio urbano: 1,5m art.1301CC.
 proibição de construção rural: mínimo 3m da linha divisória – art.1.303.
 prazo decadencial para requerer demolição: 1 ano e 1 dia – art.1.302. 
Proibições quanto as beirais paredes divisória construir de modo a não despejar aguas no vizinho – art.1.300.
Condomínio de parede meia proprietário tem direito de construir utilizando a parede anteriormente construída pelo vizinho confinante, mas terá obrigação e pagar ao vizinho metade do valor – art.1.304.
Art.1.305 o confinante que primeiro construir pode assentar a parede na linha divisória, sem perder direito de ser indenizado caso o vizinho venha utilizar a parede.
Art.1.306 forma-se condomínio legal e as obras ali deverão ser feitas com anuência. 
Art.1.307 aquele que aumentar o muro arcará com as despesas, podendo ser dividida as despesas se ambos se utilizarem do muro.
Proibição de encostar coisa na parede – art.1.308 e §ú.
Obrigação de fazer obras acautelatórias – art.1.309 ao 1.311.
Uso da propriedade vizinha – art. 1.313.
CONDOMÍNIO GERAL
Condomínio é a propriedade de uma mesma coisa por mais de uma cabendo a cada uma delas igual direito, idealmente considerado, sobre o todo e cada uma de suas partes, podendo recair em coisas móveis e imóveis, divisíveis e indivisíveis. Os coproprietários são livres para dar a sua quota parte em garantia ou dela dispor.
Direito de preferência dos demais condôminos. 
Condomínio não tem personalidade jurídica.
Espécie de Condomínio
Quanto a origem:
Convencional (ex. herança) ou voluntário 
Incidental ou eventual
Legal ou necessário - forçado
Quando ao objeto:
Universal
Singular
Quanto à divisibilidade:
Pro diviso – cabe divisão
Pro indiviso – impossibilidade de dividir
Quanto à forma:
Transitório – tempo estipulado ex. herança.
Permanente – para sempre – ex. muro/parede.
Direitos dos Condôminos
Usar livremente a coisa – faculdade de proprietário - art.1314
Alienar ou dar em garantia sua quota-parte – art.1314 “caput” final.
Defender a coisa comum – art.1314
Defender a posse – ações possessórias – art.1314
Direito de regresso – administrador etc – art.1318
Direito de Divisão – a qualquer tempo para receber sua fração - art.1320.
Deveres dos Condôminos
Concorrer com as despesas comuns - na proporção de sua quota – art.1315.
O condômino pode se eximir do pagamento das dívidas, renunciando sua parte do condomínio– art.1316.
Quanto aos frutos percebidos – art.1319.
Cada condômino responde aos demais pelos frutos que perceber da coisa comum e pelos danos que causar.
Quanto ao uso da coisa: não poderá alterar a coisa comum sem consentimento dos demais – art.1314, §ú.
Uso por terceiros: sem prévio consentimento (maioria absoluta) não poderá dar uso, gozo, posse da propriedade comum à estranhos – art.1314, §ú. 
Sobre as dividas do condomínio
Condomínio pro diviso, cada qual assumirá as despesas decorrentes da parte que usa. Já no pro indiviso, entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu quinhão, caso não tenha sido discriminado a parte de cada um na obrigação – art.1317.
Solidariedade não se presume – logo deve decorrer de lei ou acordo de vontade das partes.
DA ADMINISTRAÇÃO
Os condôminos devem se reunir por maioria absoluta de votos e decidir sobre a administração da coisa comum.
O administrador pode ser pessoa estranha ao condomínio – art.1323.
Não havendo deliberação de quem irá administrar, presumir-se-á administrador aquele que tomar frente nos negócios, sem oposição – art.1324.
A maioria definir por alugar a coisa comum, leva preferência o condômino interessado – art.1323 parte final.
Caso houver eventual litigio, divergência, empate ou não se chegar ao consenso será definido pelo judiciário – art.1325.
EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO 
Se a coisa for divisível, poderá exigir a divisão a qualquer tempo – art.1320.
Se a coisa for indivisa, se os consortes não querem adjudicar, será vendida em hasta pública e cada um recebe sua quota – art.1322.
CONDOMÍNIO EDILÍCIO
É a forma de propriedade privada onde coexistem, de forma orgânica e indissolúvel, a propriedade exclusiva que recai sobre unidade autônoma, e a propriedade comum sobre determinadas formas de condomínio, numa perfeita simbiose. Regulado pelo CC aplicando subsidiariamente a Lei 4591/64.
Características:
Partes de uso exclusivo: cada condômino exerce com exclusividade seu direito de propriedade sobre a unidade da qual é titular, seja em apartamento, escritório, salas, lojas, sobrelojas, dela dispor ou gravar sem necessidade de dar satisfação aos demais condôminos, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção – art.1331, §1º CC.
Partes que são comuns a todos: cada um fica subordinado ao conceito geral de condomínio, indiviso, espaços comuns não podem ser alienados separadamente ou divididos – art. 1332, §2º CC.
Instituição: condomínio edilício deve ter a ata que instituiu o condomínio (art.1332), a convenção e o regulamento interno. Depois será levado a Registro perante o Cartório de Registro e Imóveis. 
Pode ser instituído de duas formas:
Ato “inter vivos”: várias pessoas que se associam e compram edifício, pessoa física ou jurídica promove incorporação, constrói e aliena quotas.
Ato causa mortis: pode ser constituído por testamento, pode decorrer de herança.
Convenção: é o ato de constituição do condomínio edilício, devendo esse documento estipular os direitos e os deveres de cada condômino, ser subscrito por pelo menos 2/3 das frações ideais e ser levado a Registro no Cartório de Registro de Imóveis – art.1.333 CC.
Personalidade: condomínio edilício não tem personalidade jurídica, não é pessoa jurídica, nem pessoa física, sua personalidade é anômala, embora se assemelhe com pessoa jurídica. 
Regulamentação: sujeita a uma convenção e a um regimento interno. 
Convenção de forma mais ampla – 1334 e 1351. Regimento interno dispõe sobre questões menores. 
Direito e Deveres: art.1335, 1336 e 1337
Obras no Condomínio: Art.1341 – benfeitorias uteis exigem previa autorização.
Assembleia Geral: Art.1354 
Assembleias ordinárias – art. 1350 – todo ano
Assembleias extraordinárias – art.1355 – quando houver necessidade
Extinção do Condomínio: 
Destruição
Interesse público
Desapropriação 
Confusão
SUPERFÍCIE
É direito real e autônomo sobre a coisa alheia, pelo qual o proprietário concede a outrem o direito de construir ou plantar em seu terreno mediante instrumento público registrado no Cartório, podendo ser gratuito ou oneroso – art.1.370 CC.
O direito de superfície não autoriza a exploração do subsolo, a não ser que seja inerente ao objeto da própria concessão. 
Características:
Temporariedade concessão por prazo determinado
Solenidade contrato solene, realizado mediante escritura pública
Objeto pode ser objeto tanto plantar, como construir
Direito autônomo o direito de superfície é autônomo em relação do direito de propriedade
Onerosa ou gratuita estipulado no contrato
Direito de preferência tanto superficiário quanto proprietário possuem preferência reciproca – art.1.373
Responsabilidade pelos encargos encargos incidentes sobre o imóvel, bem como sobre o que for nele edificado ou plantado será do superficiário – art.1.371.
 Constituída através de
Escritura públicainter vivos
Causa mortis
Transferência
Concedente
Superficiário
Partes
Carta de sentença
Formal de Partilha 
Formas de Extinção:
Fim do prazo contratual
Mudança de destinação
Falta de pagamento das prestações
Descumprimento dos encargos
Pela desapropriação
Pela confusão
Pelo descumprimento de clausulas
Renúncia do superficiário 
Resilição bilateral
Servidão
É o direito real sobre a coisa alheia, voluntariamente constituído em favor de um prédio dominante, recaindo sobre outro prédio dito serviente, pertencentes a donos diversos, com a finalidadede aumentar a utilidade do prédio dominante, implicando, como consequência, restrições ao prédio serviente. 
Características: poder de sequela, oponibilidade erga omnes, acessoridade, perpetuidade, indivisibilidade.
Prédio vizinhos;inter vivos
Causa mortis
Constituída através de
Prédios de proprietários diferentes;
Utilidade para o prédio dominante;
Mobilidade – desde que justificada – art.1.384
Onerosa (geralmente) ou gratuita.
Classificação das Servidões:
Rústicas Rural
Urbana
Contínuas: não dependem de ação humana
Descontínuas: dependem de ato humano
Aparentes: revelam-se por obras exteriores 
Não aparentes: não se relevam por obras (ex: servidão de vista).
Usucapião: Só serão usucapíeis servidões aparentes, via forma ordinária (art.1379) ou extraordinária (art.1.379, §ú)
Exercício das servidões: art.1.380 à 1.383.
Extinção da Servidão: 
Renuncia
Cessação da utilidade
Resgate da servidão
Confusão
Supressão das obras (obras que dão suporte se deterioram)
Desinteresse (usucapião no sentindo contrário)
Desapropriação
Decurso de prazo
Convenção das partes
Pelo perecimento

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