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Aula Teorica 2 -Contabilidade Basica-1

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CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
1 
UNIVERSIDADE SÃO TOMAS DE MOÇAMBIQUE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E EPRESARIAIS 
 
TEXTO DE APOIO Nº2 
DOCUMENTOS COMERCIAIS 
1. Documentos Comercias 
Os factos patrimoniais registados pela contabilidade são descritos e comprovados por meio de 
escritos comerciais – os documentos, sendo que cada registo contabilístico deve estar 
fundamentado por documento de suporte adequado, nos termos da legislação comercial e fiscal 
em vigor e susceptível de ser apresentado quando solicitado. 
Nos termos da definição legal, documento é qualquer objecto elaborado por uma pessoa com o 
fim de reproduzir ou representar uma pessoa, coisa ou facto. Na prática, porém, e para efeitos do 
nosso estudo, são os documentos escritos os que apresentam maior importância já que é neles 
que se baseia a maior parte das operações comerciais. 
Os documentos são pois a base de todo registo contabilístico, sem os quais o mesmo não se 
poderá processar. 
Entre os documentos pode-se distinguir os de movimentos interno e os de movimento externo, 
ambos designados os documentos primários, são eles: recibos, cheques, factura, letra comercial e 
livrança, guias de remessa, nota de débito, nota de crédito, ficha de armazém. 
Na prática, porém, e para efeitos do nosso estudo, tomaremos em primazia o estudo dos 
documentos de movimento externo pois são neles que se baseia a maior parte das operações 
comerciais entre o comprador e o vendedor. 
Abaixo, visualiza-se o conjunto de fluxos que normalmente ocorrem num contracto de compra e 
venda que consubstancia uma transacção entre comprador e vendedor. 
(Contraprestação)
COMPRADOR VENDEDOR
Fluxo Real
(Transmissão)
Fluxo monetário
 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
2 
O contracto de compra e venda consiste na transmossão de uma coisa móvel ou imóvel contra a 
entrega do preço. Com a realização do contracto de compra e venda dá-se a transferência da 
titularidade de um direito ( do vendedor para o comprador), por isso, o vendedor deve entregar a 
coisa ao comprador e o comprador deve entregar o preço ao vendedor. 
O circuito normal de documentação entre um vendedor/fornecedor e um comprador/cliente , 
pode ser visualizado na figura abaixo, começando com o fluxo real e terminado com o fluxo 
monetário. 
Guia de Remessa
Duplicado da Guia de 
Remessa
Factura/Venda a Dinheiro
Recibo
Comprador/Cliente
Nota de encomenda/Guia de 
reposição
Vendedor/fornecedor
 
1.1. Nota de Encomenda 
No ponto anterior pressupusemos a existência de um contrato de fornecimento entre fornecedor e 
cliente. Na verdade, fruto da celeridade da actividade comercial e da circunstância de os 
montantes envolvidos nem sempre serem muito significativos, acontece em múltiplos casos 
existir o fornecimento sem a celebração, ainda que verbal, de qualquer contrato. Nestas situações 
tudo se inicia com a nota de encomenda, a qual valerá, juridicamente, como um contrato. 
A nota de encomenda é emitida pelo comprador, sendo nela especificada a mercadoria que este 
pretende adquirir, assim como os prazos de entrega e pagamentos desejáveis, as quantidades 
pretendias, os preços (quando conhecidos) e outras indicações que considerem úteis. 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
3 
Na nota de encomenda devem constar os seguintes Elementos necessários das notas de 
encomenda são: 
 Nome, firma ou denominação social, sede ou domicílio e número de identificação fiscal 
da empresa que faz a encomenda; 
 Nome, firma ou denominação social, sede ou domicílio e número de identificação fiscal 
do fornecedor; 
 Especificação dos bens, com a indicação das quantidades; 
 Número e data da encomenda; 
 Preço dos bens encomendados; 
 Condições de pagamento; 
 Data de entrega; 
 Indicações específicas relacionadas com o transporte dos bens; 
 Outras indicações julgadas úteis por ambas as partes; 
 Assinatura da empresa que faz a encomenda. 
O número de cópias de uma nota de encomenda depende, fundamentalmente, da organização das 
empresas envolvidas. Como mero exemplo, a nota de encomenda poderia ser feita em seis 
exemplares, sendo: 
 Original para o fornecedor; 
 Cópia a ser devolvida ao comprador, confirmando a recepção da encomenda; 
 Cópia para o serviço da empresa compradora que fez o pedido de compra; 
 Cópia para o serviço de recepção das encomendas para que este possa planificar a sua 
actividade; 
 Cópia para a contabilidade; 
 Cópia para arquivo geral. 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
4 
Neste ponto (tal como acontece, aliás, com os restantes documentos a analisar) existe uma única 
certeza: no mínimo, os documentos devem existir em duplicado (original e cópia). 
12.300 Kg GOMATE 8 000,00 
16.300 Kg NGONHAMA 11 000,00 
1.200 m NKUME 30 000,00 
5.600 Kg AUTOPAC 12 500,00 
O COMPRADOR: 
Assinatura e carimbo 
MELKAN & ASSOCIADOS, Lda
Amendoim
Arroz
Tecido
Açucar
Codiçoes de Entrega: 
Quant. UNID PREÇO REFDESCRIÇÃO
Nota de Encomenda nº364MELKAN ASSOCIADOS, Lda 
Av. Samora Machel, nº 125 
MAPUTO 
NUIT:5002565875
Maputo, 08 de Março de 2017 
Encomendamos à Illan & Ayrn, Lda Rua das 
Flores , nº 647
A mercadorias abaixo indicadas:
NAMPULA
Entrega: Em Maputo
Prazo: 30 dias
 
1.2. Guia de Remessa 
A guia de remessa constitui o documento de entrega dos bens a fornecer. É emitida pelo 
vendedor (serviços de armazém) e enviada conjuntamente com as mercadorias vendidas. Isto não 
significa que o Documento de Entrega não se possa apresentar sob outra forma, por exemplo, o 
fornecedor ao entregar os bens pode solicitar que a recepção dos mesmos lhe seja confirmada na 
Nota de encomenda. 
Em algumas situações, fala-se em guias de entrega/recepção que tem a mesma função das guias 
de remessa e que, portanto, deverão ter o mesmo conteúdo. As guias de remessa devem conter, 
pelo menos, os seguintes elementos: 
 Nome, firma ou denominação social, sede ou domicílio e número de identificação fiscal 
do remetente; 
 Nome, firma ou denominação social, sede ou domicílio e número de identificação fiscal 
do destinatário ou adquirente; 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
5 
 Número e data da guia; 
 Especificação dos bens, com a indicação das quantidades; 
 Locais de carga e descarga e data e hora de início do transporte, quando forem utilizadas 
como documento de transporte. As guias de remessa serão substituídas por guias ou notas 
de devolução, quando se trate de devoluções de mercadorias anteriormente 
transacionadas entre as mesmas pessoas. 
12 300 Kg 8 000,00 98 400 000,00 
16 300 Kg 11 000,00179 300 000,00 
960 m 30 000,00 28 800 000,00 
5 600 Kg 12 500,00 70 000 000,00 
376 500 000,00 
As mercadorias abaixo indicasdas conforme a V/Nota de encomenda nº 364
São: Trezentos e setenta e seis milhões e quinhentos 
mil meticais
O EXPEDIDOR: 
Assinatura e carimbo 
ILLAN E AYRIN, Lda
Recebemos as mercadorias constantes na Vossa Guia de Remessa nº160/03, que as 
conferimos e que não estão conforme a Nossa encomenda. 
Maputo, 06 de Abril de 2017 
O DESTINATÁRIO 
Assinatura e Carimbo 
MELKAN & ASSOCIADOS, Lda
Amendoim GOMATE
Arroz NGONHAMA
Tecido NKUME
Açucar AUTOPAC
 Quant. UNID DESCRIÇÃO Preço Valor 
ILLAN & AYRIN,Lda 
Rua das Flores, nº647 
NAMPULA 
NUIT: 500125896
Guia de Remessa nº160/03
Nampula, 28 de Março de 2017 
Remetemos ao Exmo. Sr. MELKAN & ASSOCIADOS, Lda 
Avenida Samora Machel nº 125 
MAPUTO
 
1.3. Factura 
Os fornecedores de bens e serviços são obrigados a emitir uma factura por cada transmissão de 
bens ou prestação de serviços realizados. A factura é, assim, o documento contabilístico de 
venda enviado pelo vendedor ao cliente (constitui a base da compra e venda a crédito). 
As facturas devem conter, obrigatoriamente, os seguintes elementos: 
 Os nomes, firmas ou denominações sociais e a sede ou domicílio do fornecedor de bens 
ou prestador de serviços e do destinatário ou adquirente; 
 Os números de identificação fiscal dos sujeitos acabados de mencionar; 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
6 
 A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados, com 
especificação dos elementos necessários à determinação da taxa de imposto aplicável; 
nota: as embalagens não efectivamente transaccionadas deverão ser objecto de indicação 
separada e com menção expressa de que foi acordada a sua devolução; 
 O preço, líquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor tributável; 
 As taxas aplicáveis e o montante de imposto devido; 
Nota: no caso de a operação ou operações às quais se reporta a factura compreenderem 
bens ou serviços sujeitos a taxas diferentes de imposto, os dados relativos às quantidades, 
preço, taxas e imposto desses bens ou serviços devem ser indicados separadamente, 
segundo a taxa aplicável; 
 O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso; 
As facturas podem conter quaisquer outras referências acordadas entre o fornecedor de 
bens/prestador de serviços e o destinatário/adquirente, bem como quaisquer referências que o 
emissor da factura entenda dever nelas inscrever. As facturas são, obrigatoriamente, emitidas por 
tipografia autorizada ou processadas por computador, e devem ser: 
 Datadas; 
 Numeradas sequencialmente; 
 Processadas em duplicado (ou em triplicado, quando a factura for utilizada como 
documento de transporte), destinando-se o original ao cliente e a cópia ao arquivo do 
fornecedor (e, quando exista, o triplicado às entidades fiscalizadoras). 
Além disso, as facturas devem ser emitidas: 
 Em caso de pagamentos antecipados, no momento em que o pagamento seja recebido; 
 O original da factura destina-se ao cliente e a cópia ao arquivo do fornecedor. 
Este aspecto é essencial, pois, só mediante a apresentação do original da factura é que o cliente 
tem direito à dedução do IVA. Por essa razão, em caso de extravio de uma factura o 
procedimento correcto é emitir uma nova factura e anular a anterior, referindo expressamente 
que se trata de factura em substituição e nunca emitir uma 2ª via da factura. 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
7 
A violação do dever de emitir ou exigir facturas, ou a sua emissão fora de prazo, está sujeita à 
aplicação de penalizações coimas, para além das consequências nefastas que pode ter em sede de 
relações com a Administração Fiscal. 
Quando são frequentes as transacções entre duas entidades, elaboram-se periodicamente resumos 
de facturas que sintetizam e agrupam todas as facturas emitidas durante esse período. 
Nas vendas a dinheiro, a factura poderá assumir a forma de factura-recibo, isto é, serve 
simultaneamente de factura e recibo. 
Factura Nº
12 300 GOMATE 8 000,00 98 400 000,00 
16 300 NGONHAMA 11 000,00 179 300 000,00 
960 NKUME 30 000,00 28 800 000,00 
5 600 AUTOPAC 12 500,00 70 000 000,00 
376 500 000,00 
8 300 000,00 
3 900 000,00 
3 860 000,00 
18 870 800,00 - 
1 400 000,00 - 
IVA LIQUIDADDO SUB-TOTAL 372 289 200,00 
IVA (17%) 34 360 114,40 
17% TOTAL 406 649 314,40 
 O VENDEDOR: 
Assinatura e carimbo 
ILLAN E AYRIN, Lda
Despesas:
Contracto: FOB - Nacala
São: Quatrocentos e seis milhões, seiscentos e quarenta e nove mil e trezentos e catorze meticais
 - 
 34 360 114,40 
TAXABASE DO IVA
Nampula 10 de Abril de 2017
REF*
*Armazenagem em Nacala
*Transporte até Nacala
Kg de Amendoim
Kg de Arroz 
m de Tecido
Kg de Açucar
* Estiva portuária em Nacala
Descontos:
* De Revenda : 3%+2%
* De Qualidade para açucar: 2% 
 Quant. DESCRIÇÃO Preço Valor 
ILLAN & AYRIN,Lda 
Rua das Flores, nº647 
NAMPULA 
NUIT: 500125896
Exmo. Sr. MELKAN & ASSOCIADOS, Lda Avenida Samora 
Machel nº 125 MAPUTONUIT: 
5002565875 
366/03
ORIGINAL
 
1.4. Recibo 
Quem paga a factura, tem direito a que lhe seja dada quitação do pagamento. A quitação é, 
precisamente: 
“O acto pelo qual se comprova que o comprador cumpriu a sua obrigação de pagamento para 
com o fornecedor.”. Habitualmente, a propósito da quitação, usa-se a expressão «passar recibo». 
Qualquer documento pode constituir recibo de um pagamento. Por exemplo, o fornecedor pode 
escrever no exemplar da nota de encomenda ou da factura que fica em poder do comprador que a 
encomenda se encontra paga. 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
8 
Em muitos casos o próprio exemplar da factura que é enviado ao comprador já contém a 
indicação de que a mesma servirá de recibo após boa cobrança (trata-se de prática habitual no 
domínio dos contratos de seguro). 
Apesar disso é obviamente possível emitir recibos através de documentos especialmente 
configurados para esse objectivo. Esses documentos, que conterão a palavra recibo, deverão 
conter as mesmas indicações das facturas ou, em alternativa, a referência à factura a cujo 
pagamento conferem a respectiva quitação. 
 
 
Como documentos complementares da compra e vendas aparecem-nos as notas de débito e as 
notas de crédito, entre os mais correntes. 
1.5. Nota de Débito e de Crédito 
A aquisição dos bens ou serviços adquiridos pelas empresas, sujeita-as muitas vezes a despesas 
adicionais, tais como as relacionadas com o transporte da mercadoria, o seu seguro, despesas 
alfandegárias, etc. 
Em muitos casos, estas despesas já estarão incluídas no preço acordado entre as partes. Porém, 
pode acontecer que tais despesas não tenham sido previstas. Nessa situação, não se encontrando 
incluídas na factura, o fornecedor emitirá uma nota de débito, através da qual cobra ao 
comprador o montante dessas despesas. 
RECIBO Nº 898/03 
406.649.314,00 
Recebemos do Exmo. Sr. MELKAN & ASSOCIADOS, Lda a quantia de quatrocentos e seis milhões, seiscentos e 
quanrenta e nove mil e trezentos e catorze meticais referente ao pagamento da factura 366/03 de 10 de Abril. 
Nampula, 12 de Maio de 2017 
 Assinatura e Carimbo I 
I ILAN & AYRIN Lda 
Lda 
 
ILLAN & AYRIN,Lda 
Rua das Flores, nº647 
NAMPULA 
NUIT: 500125896 
 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
9 
Por sua vez, as notas de crédito são utilizadas para titular um movimento de sentido inverso. Ou 
seja, não se trata aqui de debitar (cobrar) uma importância ao comprador mas sim de lhe creditar 
(devolver) um determinado montante. A emissão de uma nota de crédito pode, por exemplo, ser 
justificada pelo facto de, ao emitir a factura o fornecedor se ter esquecido de fazer um desconto 
por pagamento a pronto e em dinheiro. Neste caso, a emissão da nota de crédito, a favor do 
comprador, permitirá regularizar a conta corrente entre ambos. 
1 1 325 000,00 1 325 000,00 
166 12 350,00 2 050 100,00 
3 375 100,00 
573 767,00 
3 948 867,00 
Assinatura e Carimbo 
ILAN & AYRIN Lda
Que nesta Data, Deve
IVA (17%)
TOTAL
São Três milhões, novecentos e quarenta e oito 
meticais e oitocentos e sessenta sete meticais
Despesas de descarregamento em Nacala Sacos Vazios
Sacos Vazios
Sub-Total
Relativamente a despesas de sacos vazios não incluídos na Factura nº 366/03
 Quant. REF* DESCRIÇÃO Preço Valor 
ILLAN & AYRIN,Lda 
Rua das Flores, nº647 
NAMPULA 
NUIT: 500125896
NOTA DE DÉBITO nº23/17
 Nampula, 16 de Abril de 2017 
Comunicamos ao Exmo. Sr. MELKAN & ASSOCIADOS, Lda 
Avenida Samora Machel nº 125 
MAPUTO
 
9 860 000,00 
9 860 000,00 
1 676 200,00 
11 536 200,00 
Desconto de 5% produtos tributáveis 
(197.200.000,00*5%)
Sub-Total
IVA (17%)
TOTAL
São onze milhões, quinentos e trinta e seis mil e 
duzentos meticais
Assinatura e Carimbo 
ILAN & AYRIN Lda
Que nesta Data, tem HAVER
Relativamente ao desconto não incluído na Factura nº 366/03
 Quant. REF* DESCRIÇÃO Preço Valor 
ILLAN & AYRIN,Lda 
Rua das Flores, nº647 
NAMPULA 
NUIT: 500125896
NOTA DE CRÉBITO nº16/17
 Nampula, 16 de Abril de 2017 
Comunicamos ao Exmo. Sr. MELKAN & ASSOCIADOS, Lda 
Avenida Samora Machel nº 125 
MAPUTO
 
 
 
 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
10 
1.6. Cheque 
O cheque é uma ordem de pagamento a vista dada pelo depositante – sacador –ao seu banqueiro 
– depositário ou sacador – para que pague a si ou a sua ordem – uma determinada quantia que 
pode ir até ao montante do deposito. 
 
Exemplo de cheque: 
 
1.6.1. Formas de emissão de cheque: 
 
 Cheque nominativo – quando vem o nome da pessoa a quem deve ser pago. 
 Cheque ao portador – o cheque pode ser pago a qualquer pessoa que o apresentar. 
 Cheque cruzado – só pode ser pago ao banco (banqueiro) ou a um cliente do banco e 
tem por objectivo reduzir os riscos de extravio, roubo ou falsificação. Obrigatoriamente 
este cheque deverá ser depositado. 
 Cheque visado – garante a existência de provisão (saldo em branco). 
 Cheque de viagem ou Travellers cheque – os usados para efeitos de viagem, os quais 
podem ser levantados no destino, uma vez que podem ser levantados em qualquer banco. 
 
 
 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
11 
 
Aplicação Prática: 
A “MELKAN & ASSOCIADOS, Lda”, com sede na Av. Smora Machel, nº 125, 
em Maputo, com o NUIT -5002565875, solicitou em 8/03/17 através do 
documento nº 364 à “ILLAN & ARYN, Lda.”, da cidade de Nampula, com o 
NUIT- 500125896 sedeada na Rua das Flores, nº 647, para que em, 30 dias e em 
Maputo lhe forneça as seguintes mercadorias: 
 12 300kgs deamendoim GOMATE a 8 contos @; 
 16 300kgs de arroz “NGONHAMA-12” a 11 contos @; 
 1 200m de tecido “NKUME-7” a 30 contos @; 
 5 600kgs de açúcar “AUTOPAC” a 12 500,00mt @. 
 
Em 20 do mesmo mês, o vendedor envia por via marítima a mercadoria 
solicitada acompanhada do documento nº 160703 que evidencia o facto de 
terem sido fornecidos só 960m de tecido por rotura de stock. Em 2 de Abril, o 
comprador acusa a recepção da mercadoria nas condições mencionadas no 
envio, através do documento nº 635. 
Em 10/04/03, o vendedor envia o documento nº 366/03 para efeitos de 
liquidação, tendo em conta as seguintes informações: 
 Despesas de transporte até o porto de Nacala – 8 300 000,00mt; 
 Despesas de armazenagem em Nacala 3 900 contos; 
 Estiva portuária em Nacala 3 860 contos; 
 Frete marítimo 22 236 600,00mt; 
 Seguro marítimo 6 320 contos; 
 Estiva portuária em Maputo 5 320 contos; 
 Despesas de transporte em Maputo 3 950 contos; 
 Desconto de revenda de 3% +2%; 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
12 
 Desconto de qualidade para o açúcar 2%; 
 IVA 17% 
 Contrato FOB Nacala. 
Em 16/04/03 o vendedor em o documento nº 23/03 que mencionava as despesas de 
descarregamento no porto de Nacala no valor de 1 325 contos e 166 sacos vazios 
não retornáveis à 12 350,00mt @, não mencionados no documento nº 366/03. 
 
Em 24 do mesmo mês, o vendedor envia o documento nº 16/03, concedendo um 
desconto de 5% sobre produtos tributáveis. 
 
O comprador envia o cheque nº 456892/BIM em 06/05/03 pela metade do valor em 
dívida, tendo o vendedor emitido em 12/05/03 0 documentos nº 898/03, dando 
quitação o pagamento. 
 
Em 20 de Maio, o vendedor sacou a letra nº 99/03, a 60 d/d, a favor do seu 
fornecedor Abdul Gulamo, avalizada endossou a letra em 28 do mesmo mês à Gani 
comercial de Nampula. 
Pretende-se: 
1. Identificação de todos os documentos sublinhados; 
2. Preenchimento de todos os documentos mencionados (os sublinhados, 
o cheque e a letra); 
3. Apresentação do valor em dívida antes da emissão do cheque; 
4. Preenchimento do documento nº 366/03, usando os seguintes 
incoterms; 
a) FAS – Nacala; 
b) FAS – Maputo; 
c) CIF. 
 
CONTABILIDADE BÁSICA 
 
Elaborado por: Msc. Messildes Lisboa Hermínio 
 
13 
 
 
 
 
FIM 
A Dúvida, é O Princípio da Sabedoria.

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