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Livro Eletrônico
Aula 17
Contabilidade Geral - Pronunciamentos Contábeis p/ CFC 2019.1
(Bacharel em Contábeis) - Consulplan
Gilmar Possati
 
 
 
 
 
 
 
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CPC 12 ʹ Ajuste a Valor Presente 
1 ʹ CPC 12 ʹ Ajuste a Valor Presente .................................................................................. 2 
1.1. Contextualização ........................................................................................................................ 2 
1.2. Alcance ....................................................................................................................................... 3 
1.3. Mensuração ................................................................................................................................ 5 
1.4. Passivos Não Contratuais ......................................................................................................... 17 
1.5. Efeitos Fiscais ........................................................................................................................... 18 
1.6. Classificação ............................................................................................................................. 19 
1.7. Divulgação ................................................................................................................................ 19 
2. Questões Comentadas ................................................................................................. 20 
3. Resumo ........................................................................................................................ 45 
4. Lista das Questões ....................................................................................................... 49 
5. Gabarito....................................................................................................................... 61 
 
 
Gilmar Possati
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1 ʹ CPC 12 ʹ AJUSTE A VALOR PRESENTE 
1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO 
Pessoal, primeiramente cabe destacar o que é Ajuste a Valor Presente (AVP). Qual sua importância. 
Além disso, vamos verificar sua previsão na legislação societária. 
1.1.1. Definição de Ajuste a Valor Presente 
Grosso modo, ajustar algo a valor presente é trazer um valor previsto a se realizar futuramente a 
termos monetários de hoje. 
Em termos técnicos, AVP é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso 
normal das operações da entidade. 
1.1.2. Importância da aplicação do CPC 12 ʹ Ajuste a Valor Presente 
Nos termos do CPC 12, a utilização de informações com base no valor presente: 
Æ Concorre para o incremento do valor preditivo da Contabilidade; 
Æ Permite a correção de julgamentos acerca de eventos passados já registrados; e 
Æ Traz melhoria na forma pela qual eventos presentes são reconhecidos. 
Se as informações com base no valor presente são registradas de modo oportuno, à luz do que 
prescreve a Estrutura Conceitual, obtêm-se demonstrações contábeis com maior grau de 
relevância à? característica qualitativa imprescindível. 
De forma esquemática, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Importância do Ajuste a Valor Presente 
Incremento do 
valor preditivo da 
Contabilidade 
Correção de 
julgamentos 
acerca de 
eventos passados 
Melhoria na 
forma pela qual 
eventos 
presentes são 
reconhecidos 
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Ademais, a doutrina destaca que com a adoção do AVP a Contabilidade Societária corrige o 
problema de tratar de forma semelhante transações a prazo e à vista. 
1.1.3. Previsão na Legislação Societária 
O AVP está previsto na legislação societária. Segundo o art. 183, inciso VIII, da Lei 6.404/76, 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: 
VIII ʹ os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor 
presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
Além disso, em seu art. 184, III, referida Lei estabelece: 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: 
III ʹ as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados 
ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
Seguindo essa mesma orientação, o CPC 12 em seu item 21 estabelece o seguinte: 
Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo prazo, ou de 
curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor presente com base em 
taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no 
tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo em suas datas originais. 
Agora que o assunto já está contextualizado de maneira geral, vamos passar, de fato, ao estudo 
dos pontos específicos do CPC 12. 
1.2. ALCANCE 
O CPC 12 trata essencialmente de questões de mensuração, não alcançando com detalhes 
questões de reconhecimento. 
Mas, professor existe diferença entre reconhecimento e mensuração? 
Existe, meu camarada! O próprio CPC 12 nos dá a resposta: 
RECONHECIMENTO á?�ĞŶǀŽůǀĞ�Ă�ĚĞĐŝƐĆŽ�ĚĞ�à“quando registrarà?à? 
MENSURAÇÃO á?�ĞŶǀŽůǀĞ�Ă�ĚĞĐŝƐĆŽ�ĚĞ�à“por quanto registrarà? 
Nesse sentido, no CPC 12 determina-se que a mensuração contábil a valor presente seja aplicada 
no reconhecimento inicial de ativos e passivos. Apenas em certas situações excepcionais, como a 
que é adotada numa renegociação de dívida em que novos termos são estabelecidos, o ajuste a 
valor presente deve ser aplicado como se fosse nova medição de ativos e passivos. 
�ĞŶƚƌŽ�ĚŽ�ƚſƉŝĐŽ�à“ĂůĐĂŶĐĞà?�Ž��W��à?à?�ĚĞƐƚĂĐĂ�Ƶŵ�ƉŽŶƚŽ�ďĞŵ�ŝŶƚĞƌĞƐƐĂŶƚĞàP�a aplicação do conceito 
de ajuste a valor presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso, 
valor presente e valor justo não são sinônimos. 
 
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VALOR PRESENTE VALOR JUSTO 
Vamos entender melhor o porquê dessa diferença. 
Segundo conceitos extraídos do próprio CPC 12, temos: 
Valor justo (fair value) - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, 
entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de 
fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação 
compulsória. 
Valor presente (present value) - é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no 
curso normal das operações da entidade. 
Como base nessa definição, o CPC 12 ensina o seguinte quanto à diferença entre esses conceitos: 
AVP: tem como objetivo efetuar o ajuste para demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa 
futuro. Esse fluxo de caixa pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos (ou 
montante equivalente; por exemplo, créditos que diminuam a saída de caixa futuro seriam 
equivalentes a ingressos de recursos). Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, três 
informações são requeridas: valor do fluxo futuro (considerando todos os termos e as condições 
contratados), data do referido fluxo financeiro e taxa de desconto aplicável à transação. 
Valor justo: tem como primeiro objetivo demonstrar o valor de mercado de determinado ativoou 
passivo; na impossibilidade disso, demonstrar o provável valor que seria o de mercado por 
comparação a outros ativos ou passivos que tenham valor de mercado; na impossibilidade dessa 
alternativa também, demonstrar o provável valor que seria o de mercado por utilização do ajuste a 
valor presente dos valores estimados futuros de fluxos de caixa vinculados a esse ativo ou passivo; 
finalmente, na impossibilidade dessas alternativas, pela utilização de fórmulas econométricas 
reconhecidas pelo mercado. 
Sendo assim, podemos concluir que em algumas circunstâncias o valor justo e o valor presente 
podem coincidir, mas não são expressões que podem ser usadas de forma equivalente. 
Por oportuno, vale aqui destacar a excelente lição presente no Manual de Contabilidade Societária: 
Cabe observar que os conceitos de ajuste a valor presente e valor justo não são 
sinônimos, enquanto o ajuste a valor presente busca mensurar ativos e passivos 
levando-se em consideração o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles 
associados, mas medidos sempre com base na taxa prevalecente na data original da 
contratação, a mensuração a valor justo busca demonstrar o valor de mercado de 
determinado ativo ou passivo, o que significa que prevalece a taxa da data do balanço. 
 
Assim, em algumas circunstancias, o valor justo e o valor presente podem coincidir, mas 
isso não é uma regra, sendo que, ao aplicar a técnica de ajuste a valor presente, passado 
o primeiro ano, o reconhecimento da receita ou despesa financeira deve respeitar a 
taxa de juros da transação na data de sua origem, independentemente da taxa de juros 
de mercado em períodos subsequentes. Ou seja, determinada a taxa de ajuste a valor 
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==bf491==
 
 
 
 
 
 
 
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presente, ela permanecerá a mesma até o vencimento da operação. Por exemplo, a 
compra de uma máquina à vista ou o valor presente dos compromissos firmados no 
caso de compra a prazo produzem o mesmo valor, já que os encargos financeiros, 
normalmente, são adicionados aos valores de uma transação à vista. No entanto, pode 
ser que isso não aconteça, como por exemplo, no caso de uma promoção. Nesse caso, 
prevalece o menor valor para o adquirente do bem e para a receita do vendedor. 
1.3. MENSURAÇÃO 
1.3.1. Diretrizes Gerais 
O CPC 12 não nos fornece uma enumeração minuciosa de quais ativos ou passivos são abarcados 
pela norma. A ideia do CPC 12 é estabelecer diretrizes gerais e de metas a serem alcançadas. 
Nesse sentido, como diretriz geral a ser observada, ativos, passivos e situações que apresentarem 
uma ou mais das características abaixo devem estar sujeitos aos procedimentos de mensuração 
tratados neste Pronunciamento: 
a) transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa ou outra 
mutação do patrimônio líquido cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação 
financeira (recebimento ou pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses 
elementos; 
b) reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos 
similares emprega método de alocação de descontos; 
c) conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um ativo ou a um 
passivo; 
Vamos ver como essas diretrizes já foram exploradas em prova? 
 
1. (FCC/Auditor de Contas Públicas/MPE-PB/2015) Para que ativos e passivos sejam ajustados a 
valor presente eles devem: 
I. Ser uma transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa ou 
outra mutação do patrimônio líquido cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação 
financeira (recebimento ou pagamento) em data igual a da data do reconhecimento desses 
elementos. 
II. Ter reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou 
passivos similares e empregar método de alocação de descontos. 
III. Ser um conjunto particular de fluxos de caixa exatos e claramente associado a um ativo ou a um 
passivo. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
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a) II. 
b) I. 
c) III. 
d) I e II. 
e) II e III. 
Comentários 
Vamos analisar as assertivas: 
I à? Errado. Conforme vimos, uma das diretrizes estabelecidas pelo CPC 12 é: 
(a) transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa ou outra 
mutação do patrimônio líquido cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação 
financeira (recebimento ou pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses 
elementos; 
II à? Certo. Conforme vimos, uma das diretrizes estabelecidas pelo CPC 12 é justamente essa: 
(b) reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos 
similares emprega método de alocação de descontos; 
III à? Errado. Conforme vimos, uma das diretrizes estabelecidas pelo CPC 12 é: 
(c) conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um ativo ou a um 
passivo; 
Gabarito: A 
Em termos de meta a ser alcançada, o CPC 12 informa que ao se aplicar o conceito de valor 
presente deve-se associar tal procedimento à mensuração de ativos e passivos levando-se em 
consideração o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados. Desse modo, as 
informações prestadas possibilitam a análise e a tomada de decisões econômicas que resultam na 
melhor avaliação e alocação de recursos escassos. Para tanto, diferenças econômicas entre ativos 
e passivos precisam ser refletidas adequadamente pela Contabilidade a fim de que os agentes 
econômicos possam definir com menor margem de erro os prêmios requeridos em contrapartida 
aos riscos assumidos. 
Nos termos do CPC 12, ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos 
devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser 
este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value). Por isso, quando 
aplicável, o custo de ativos não monetários deve ser ajustado em contrapartida; ou então a conta 
de receita, despesa ou outra conforme a situação. A esse respeito, uma vez ajustado o item não 
monetário, não deve mais ser submetido a ajustes subsequentes no que respeita à figura de juros 
embutidos. Ressalte-se que nem todo ativo ou passivo não-monetário está sujeito ao efeito do 
ajuste a valor presente; por exemplo, um item não monetário que, pela sua natureza, não está 
sujeito ao ajuste a valor presente é o adiantamento em dinheiro para recebimento ou 
pagamento em bens e serviços. 
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O CPC 12 destaca, ainda, que quando houver Pronunciamento específico do CPC que discipline a 
forma pela qual um ativo ou passivo em particular deva ser mensurado com base no ajuste a valor 
presente de seus fluxos de caixa, referido pronunciamento específico deve ser observado. A regra 
específica sempre prevalece à regra geral. Caso especial é o relativo à figura do Imposto de Renda 
Diferido Ativo e à do Imposto de Renda Diferido Passivo, objeto de Pronunciamento Técnico 
específico1, mas que, conforme previsto nas Normas Internacionais de Contabilidade, não são 
passíveis de ajuste a valor presente, o que deve ser observado desde a implementação deste 
Pronunciamento. 
Com relação aos empréstimos e financiamentos subsidiados, a exemplodos financiamentos do 
BNDES, o CPC 12 tece as seguintes considerações: 
Por questões das mais variadas naturezas, não há mercado consolidado de dívidas de longo prazo 
no Brasil, ficando a oferta de crédito ao mercado em geral com essa característica de longo prazo 
normalmente limitada a um único ente governamental. Assim, excepcionalmente, até que surja 
um efetivo mercado competitivo de crédito de longo prazo no Brasil, passivos dessa natureza (e 
ativos correspondentes no credor) não estão contemplados por este Pronunciamento como 
sujeitos à aplicação do conceito de valor presente por taxas diversas daquelas a que tais 
empréstimos e financiamentos já estão sujeitos. Não estão abrangidas nessa exceção operações de 
longo prazo, mesmo que financiadas por entes governamentais que tenham características de 
subvenção ou auxílio governamental, tratadas no Pronunciamento Técnico CPC 07 Subvenção e 
Assistência Governamentais. 
Pessoal, conforme podemos observar até o momento, o AVP não se aplica a todos os ativos e 
passivos indiscriminadamente. Apesar de não existir uma enumeração de quais ativos ou passivos 
são abarcados pela norma, objetivamente leve para a prova o seguinte: 
 
REGRA Æ AVP é aplicável a elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de 
operações de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante. 
EXCEÇÕES 
ƒ Tributos diferidos sobre o lucro; 
 
1 O CPC 32 (tributos sobre o lucro) estabelece em seu item 47 regra específica para mensuração de ativos e 
passivos fiscais diferidos, senão vejamos: 
 
47. Os ativos e passivos fiscais diferidos devem ser mensurados pelas alíquotas que se espera que sejam 
aplicáveis no período quando for realizado o ativo ou liquidado o passivo, com base nas alíquotas (e legislação 
fiscal) que estejam em vigor ao final do período que está sendo reportado. 
 
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ƒ Recebíveis ou pagáveis sem prazo determinado; 
ƒ Empréstimos, financiamentos e mútuos sem encargos financeiros ou com juros diferentes das 
condições normais de mercado. 
 
Sobre essas exceções, acho interessante estudar um pouco mais. 
ƒ Tributos diferidos sobre o lucro 
Os valores ativos e passivos diferidos relativos a Imposto de Renda e Contribuição Social não 
devem ser ajustados a valor presente. O CPC 12 destaca que essa vedação foi efetuada com o 
argumento de não ser possível determinar com exatidão as datas em que os referidos valores 
serão realizados. 
Segundo o Manual FIPECAFI, trata-se de uma exceção sem fundamentação técnica, calcada na 
dificuldade prática de, em muitas situações, conseguir-se identificar com clareza e objetividade 
quando esses tributos serão devidos ou recuperados. 
ƒ Recebíveis ou pagáveis sem prazo determinado 
O CPC 12 admite que determinados ativos e passivos não têm como ser trazidos a valor presente 
em função de se tratar de recebíveis ou pagáveis sem prazo determinado ou de difícil/impossível 
determinação de quando a liquidação financeira se dará. Nessa perspectiva se enquadram muitos 
dos contratos de mútuos2 entre partes relacionadas que não possuem data prevista para 
vencimento, o que impossibilita o cálculo do ajuste a valor presente. 
ƒ Empréstimos, financiamentos e mútuos sem encargos financeiros ou com juros diferentes 
das condições normais de mercado 
O CPC 12 informa que os empréstimos, financiamentos e mútuos entre partes relacionadas 
contratados sem encargos financeiros ou com juros diferentes das condições normais de 
mercado não estão sujeitos ao ajuste. De qualquer forma, todas as condições devem ser 
divulgadas em notas explicativas com detalhamento necessário. 
Exemplo: Financiamentos do BNDES, contratados com taxas de juros diferentes das taxas 
praticadas pelo mercado em geral para outras modalidades de empréstimos. Nesse caso, não se 
aplica o AVP. 
1.3.2. Diretrizes mais Específicas 
Pessoal, aqui nesse ponto do CPC 12 é que entra o estudo da contabilização do AVP. Vamos ver o 
que dispõe o CPC 12 e depois passaremos a detalhar como funciona a contabilização e, é claro, 
como é explorado em prova. 
 
2 Contrato de mútuo é aquele que trata da transferência de bens fungíveis, móveis, que podem ser substituídos 
por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade. As partes envolvidas são chamadas mutuante e mutuário. 
O mutuante é aquele que empresta ou transfere a propriedade do bem fungível. 
 
Exemplo de bem fungível: dinheiro 
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^ĞŐƵŶĚŽ� Ž� �W�� à?à?à?� à“Ă� ƋƵĂŶƚŝĨŝĐĂĕĆŽ� ĚŽ� ĂũƵƐƚĞ� Ă� ǀĂůŽƌ� ƉƌĞƐĞŶƚĞ� ĚĞǀĞ� ƐĞƌ� ƌĞĂůŝnjĂĚĂ� Ğŵ� base 
exponencial "pro rata die", a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos 
apropriados nas contas a que se vinĐƵůĂŵà?à? 
KďƐĞƌǀĞ�ƋƵĞ�ŽƐ�ũƵƌŽƐ� à“ĞŵďƵƚŝĚŽƐà?à?ĐŽŶƚƌĂƚĂĚŽƐ�Ğŵ�ĐĂĚĂ�ƚƌĂŶƐĂĕĆŽ�ƐĆŽ�ƌĞĐŽŶŚĞĐŝĚŽƐ�pro rata die 
(em proporção ao dia = juros diário sobre um valor), conforme veremos na sequência. O termo 
à“ďĂƐĞ�ĞdžƉŽŶĞŶĐŝĂůà?�ŝŶĚŝĐĂ�ƋƵĞ�Ž�ĐĄůĐƵůŽ�ĚĞǀĞ�ƐĞƌ�ƌĞĂůŝnjĂĚŽ�ŶĂ�sistemática de juros compostos. 
O Manual FIPECAFI ensina que essa forma de contabilização faz com que a informação contábil 
reflita melhor a real natureza da receita gerada, que não foi em virtude da transação de venda, 
mas fruto do prazo dado para pagamento da transação no qual a empresa cobra juros, mesmo que 
não esteja explicitamente contratado. 
Vamos agora estudar como funciona, de fato, a contabilização do AVP. Para tanto, vamos separar 
nosso estudo em duas partes: contabilização do AVP para contas ativas e contabilização do AVP 
para contas passivas. 
1.3.3. Contabilização do AVP para contas ativas 
Conforme já estudamos, a contabilização do AVP deve ocorrer no reconhecimento inicial do 
ativo/passivo, ou seja, no momento inicial da transação. 
Assim, por exemplo, em uma transação de venda de mercadorias a longo prazo, o desconto 
relativo ao valor presente deverá ser registrado no mesmo momento em que for reconhecida a 
receita de vendas. Vamos ver um exemplo de contabilização disposto no Manual FIPECAFI, o qual 
adaptamos para o nosso propósito (realmente entender! A didática dos livros doutrinários é 
péssima rsrsrs). 
Valor negociado da venda = R$ 10.000,00 
Prazo para recebimento = 14 meses 
Taxa de Juros = 2% ao mês 
Nesse caso, temos os seguintes registros: 
Pela transação da venda 
D à? Contas a Receber a Longo Prazo (não circulante) 
C à? Receita Bruta de Vendas ... 10.000,00 
Pelo registro do ajuste a valor presente no momento em que e realizada a venda 
D à? Receita Bruta de Vendas 
C à? Ajuste a Valor Presente (Receita Financeira a Apropriar) ... 2.421,25* 
* Para acharmos esse valor devemos utilizar a seguinte fórmula matemática: 
 
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�� ൌ �	ሺ ? ൅ ݅ሻ௡ 
VP = Valor Presente 
VF = Valor Futuro 
i = Taxa 
n = prazo 
Assim, temos: �� ൌ ? ?Ǥ ? ? ?ሺ ? ൅ ?ǡ ? ?ሻଵସ ൌ ?Ǥ ? ? ?ǡ ? ?� 
Logo, AVP = 10.000,00 à? 7.578,75 = 2.421,25 
Essa receita financeira a apropriar mensalmente é reconhecida no resultado do exercício, 
utilizando-se a mesma taxa efetiva de juros (2% a.m), por meio do seguinte lançamento: 
Mês 1 
D à? Ajuste a Valor Presente (Receita Financeira a Apropriar) 
C à? Receita Financeira ... 151,57 (7.578,75x 2%) 
Esse é o lançamento no mês 1. Os demais meses seguem a seguinte lógica: 
Mês Principal Juros Total 
1 7.578,75 (VP) 151,57 7.730,32 
2 7.730,32 154,61 7.884,93 
3 7.884,93 157,70 8.042,63 
4 8.042,63 160,85 8.203,48 
5 8.203,48 164,07 8.367,55 
6 8.367,55 167,35 8.534,90 
7 8.534,90 170,70 8.705,60 
8 8.705,60 174,11 8.879,71 
9 8.879,71 177,59 9.057,31 
10 9.057,31 181,15 9.238,45 
11 9.238,45 184,77 9.423,22 
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12 9.423,22 188,46 9.611,69 
13 9.611,69 192,23 9.803,92 
14 9.803,92 196,08 10.000,00 (VF) 
Total 2.421,25 (AVP) 
Vai dizer que não é lindo isso? rsrsrs 
Observe que não cabe uma apropriação linear dessa receita (R$ 2.421,25) ao resultado, mas sim o 
recálculo do valor presente das contas a receber em cada mês. 
Você deve estar pensando que está lascado(a), não é mesmo? Ter que fazer esse tipo de cálculo na 
hora da prova não é uma tarefa simples. Mas, a boa notícia é que você não precisará fazer cálculo 
desse nível em prova de concursos (pelo menos na nossa disciplina!). Não se preocupe porque na 
hora da prova vai ser mais simples o cálculo. Para facilitar sua vida, os prazos são mais simples (1 
ou 2 períodos) para que não precisemos calcular valores com potências altas (14, no nosso 
exemplo). 
Esse exemplo acima é para você entender a sistemática, para que não vire um robozinho e 
simplesmente memorize tudo. 
Por ŽƌĂà?� ĂŶƚĞƐ� ĚĞ� ƉĂƐƐĂƌŵŽƐ� ĂŽ� ĞƐƚƵĚŽ� ĚĂƐ� à“ƐŝƚƵĂĕƁĞƐ� ƌĞĂŝƐ� ĚĞ� ĐŽŵďĂƚĞà?à?� Ž� ƋƵĞ� ǀŽĐġ� ƉƌĞĐŝƐĂ�
extrair desse exemplo é o seguinte: 
Æ Saber as contas envolvidas (debitadas e creditadas); 
Æ Entender que o AVP envolve o conhecimento de três fatores: 
i. O valor futuro do elemento (ativo/passivo): esse valor, em regra, é o valor a prazo (negociado). 
No nosso exemplo é R$ 10.000,00. 
ii. A data futura do fluxo: aqui temos que saber quando a empresa vai receber (no caso de um 
ativo) ou pagar (no caso de um passivo). No exemplo acima, seria 14 meses após a venda. 
iii. A taxa de desconto utilizada para trazer o elemento a valor presente: esse dado é fornecido 
pela questão. No exemplo acima a taxa é de 2% a.m. 
Pessoal, vale destacar que a contabilização do ajuste a valor presente não se aplica exclusivamente 
às transações de vendas de mercadorias, produtos e/ou serviços (essa é a situação mais comum e 
que também costuma ser exigida em provas). 
A contabilização do AVP se aplica também aos casos de venda de ativos imobilizados, ou quaisquer 
outros ativos cujo preço negociado não seja o equivalente ao valor à vista. 
1.3.4. Contabilização do AVP para contas passivas 
Vamos nos valer de outro exemplo doutrinário disposto no Manual FIPECAFI, o qual adaptamos 
para fins didáticos: 
 
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A empresa X comprou uma máquina a prazo no valor de R$ 50.157,00, a qual será paga em 5 
parcelas anuais de R$ 10.031,00. A taxa de juros contratada nessa operação é de 20% ao ano. 
Nesse caso, teremos a seguinte contabilização: 
D à? Máquinas ... 30.000,00 
D à? AVP (Despesa Financeira a transcorrer) ... 20.157,00 
C à? Financiamentos ... 50.157,00 
No final do ano quando do pagamento da primeira parcela, a empresa faria os seguintes registros: 
Pela apropriação da despesa financeira 
D à? Despesa Financeira 
C à? AVP (Despesa Financeira a Transcorrer) ... 1.672,00 
Pelo pagamento da parcela do financiamento 
D à? Financiamentos 
C à? Disponível (Caixa/Bancos) ... 10.031,00 
�ŐŽƌĂ�ƋƵĞ�ũĄ�ĞƐƚƵĚĂŵŽƐ�ŽƐ�ĞdžĞŵƉůŽƐ�ĚŽƵƚƌŝŶĄƌŝŽƐà?�ǀĂŵŽƐ�ǀĞƌ�à“ĞdžĞŵƉůŽƐ�ƌĞĂŝƐà?à?�à“ƐŝƚƵĂĕƁĞƐ�ƌĞĂŝƐ�ĚĞ�
comďĂƚĞà?à?� 
 
2. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2012.1) Uma sociedade empresária realizou uma 
venda a prazo no valor de R$110.250,00, para recebimento em uma única parcela, após o prazo de 
dois anos. Observando o que dispõe a NBC TG 12 à? Ajuste a Valor Presente, foi registrado um 
ajuste a valor presente desta operação, considerando-se uma taxa de juros composta de 5% a.a. 
O montante do ajuste a valor presente da operação, na data de seu registro inicial, é de: 
a) R$10.022,73. 
b) R$10.250,00. 
c) R$11.025,00. 
d) R$11.300,63. 
Comentários 
O primeiro passo para resolver a questão é identificar os dados que estão sendo fornecidos: 
Valor Futuro = 110.250,00 
Data = 2 anos 
Taxa = 5% ao ano 
Valor Presente = ? 
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Agora, basta aplicarmos a fórmula: 
 �� ൌ �	ሺ ? ൅ ݅ሻ௡ 
Assim, temos: �� ൌ ? ? ?Ǥ ? ? ?ሺ ? ൅ ?ǡ ? ?ሻଶ ൌ ? ? ?Ǥ ? ? ? 
O Ajuste a Valor Presente é encontrado pela diferença entre o Valor Futuro e o Valor Presente. 
AVP = 110.250 à? 100.000 = 10.250,00 
Gabarito: B 
Vamos ver outra exigência sobre esse ponto ao estilo CESPE. 
 
3. (CESPE/Contador/FUB/2015) O item apresenta uma situação hipotética seguida de uma 
assertiva a ser julgada em relação ao reconhecimento e à mensuração contábil, de acordo com os 
pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 
Após cinco anos de uso, foi realizada a venda de determinado bem imobilizado pelo valor de R$ 
400.000, para recebimento após um ano da data da venda. A empresa considera que 6,5 % a.a. é 
uma taxa de juros livre de riscos adequada para mensurar o ajuste em valor presente. Nessa 
situação, no momento da venda, o ajuste em valor presente é igual a R$ 26.000. 
Comentários 
Dados informados: 
Valor Futuro = 400.000,00 
Data = 1 ano 
Taxa = 6,5% ao ano 
Valor Presente = ? 
Agora, basta aplicarmos a fórmula: �� ൌ �	ሺ ? ൅ ݅ሻ௡ 
Assim, temos: �� ൌ ? ? ?Ǥ ? ? ?ሺ ? ൅ ?ǡ ? ? ?ሻଵ ൌ ૜ૠ૞Ǥ ૞ૡ૟ǡ ૡ૞ 
O Ajuste a Valor Presente é encontrado pela diferença entre o Valor Futuro e o Valor Presente. 
AVP = 400.000 à? 375.586,85 = 24.413,15 
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Gabarito: Errado 
Agora vamos ver um estilo de exigência um pouco diferente (e mais complexo). Trata-se de uma 
excelente questão para fixarmos os conhecimentos que estudamos até o momento. 
 
4. (FCC/Auditor Substituto de Conselheiro/TCM-RJ/2015) Um lote de mercadorias para 
comercialização foi adquirido a prazo em 30/09/2014 pelo valor de R$ 1.900.000,00, para 
pagamento em dezembro de 2015. Se a compra fosse realizada à vista, o preço de aquisição teria 
sido R$ 1.200.000,00. No mês de outubro de 2014 a empresa realizou a venda de 70% dessas 
mercadorias pelo valor de R$ 1.500.000,00, para recebimento em novembro de 2015. Se a venda 
das mercadorias tivesse sido feita à vista o preço de venda seria R$ 1.000.000,00. Em 31/12/2014 o 
valor que a empresa deveria pagar para o fornecedor era R$ 1.250.000,00 e o valor que seria 
cobrado do cliente era R$ 1.300.000,00. 
Nesse caso, a empresa reconheceu, no resultado de 2014, Resultado Bruto com Vendas no valor de 
a) R$ 170.000,00. 
b) R$ 660.000,00 e Despesa Financeira = R$ 50.000,00, apenas. 
c) R$ 160.000,00; Receita Financeira = R$ 300.000,00 e Despesa Financeira = R$ 50.000,00. 
d) R$ 330.000,00 (prejuízo) e Receita Financeira = R$ 300.000,00, apenas. 
e) R$ 160.000,00, apenas. 
Comentários 
Pessoal, antes de passarmos à resolução dessa questão, vamos aproveitar a situação indicada nela 
pararesgatarmos o que estudamos sobre a importância do CPC 12 e também o seu objetivo geral. 
Antes da sistemática do Ajuste a Valor Presente, a Contabilidade registrava o valor da compra a 
prazo direto no Estoque. Como sabemos, quando a empresa compra mercadorias a prazo, há juros 
embutidos e, portanto, ao registrar esses juros como estoque a contabilização ficava distorcida. 
Do mesmo modo, no momento da venda dessas mercadorias a prazo, a empresa registrava o juro 
que ela embutiu nessa venda como receita bruta de vendas, sem reconhecer a receita financeira 
de forma separada. Mais uma vez, tínhamos uma situação de distorção na contabilização, não é 
mesmo? 
Pois bem... com o advento do Ajuste a Valor Presente, fruto do alinhamento das normas pátrias às 
normas internacionais de Contabilidade, essa situação mudou. Agora nós temos o seguinte: 
Quando a empresa efetua uma compra de mercadorias a prazo, a Contabilidade registra essa 
compra como se fosse à vista (utilizando a sistemática do Ajuste a Valor Presente que estudamos) 
e a diferença é reconhecida como despesa financeira. O mesmo raciocínio se aplica às vendas de 
mercadorias a prazo. Consideramos a venda à vista e a diferença de valor é reconhecida como 
receita financeira no resultado. 
 
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Essa questão trata justamente dessa situação. Vamos analisá-la. 
Um lote de mercadorias para comercialização foi adquirido a prazo em 30/09/2014 pelo valor de 
R$ 1.900.000,00, para pagamento em dezembro de 2015. Se a compra fosse realizada à vista, o 
preço de aquisição teria sido R$ 1.200.000,00. 
Observe que a empresa adquiriu mercadorias a prazo por 1.900.000,00 para pagamento 15 meses 
depois da data da compra. O valor presente já está informado pela questão: 1.200.000,00. Veja 
que a diferença de 700.000,00 são juros embutidos pelo fornecedor, ou seja, despesa financeira 
para a empresa. Logo, temos o seguinte registro: 
D à? Estoque (ativo) ... 1.200.000,00 
D à? Ajuste a Valor Presente (Despesa Financeira a apropriar) ... 700.000,00 
C à? Fornecedores (passivo) ... 1.900.000,00 
Assim, após esse registro nossa Contabilidade, desconsiderando qualquer outra movimentação, 
fica assim: 
Valores em 30/09/2014 
Ativo Passivo 
Estoques 1.200.000,00 Fornecedores 1.900.000,00 
(-) AVP (700.000,00) 
Total 1.200.000,00 Total 1.200.000,00 
Assim, a Contabilidade nos indica que os estoques adquiridos possuem um valor de 1.200.000,00 
(líquidos de qualquer despesa financeira) e que há uma obrigação junto aos fornecedores de 
1.900.000,00, sendo que desse valor 700.000,00 referem-se a despesas financeiras a apropriar 
(decorrentes do Ajuste a Valor Presente). 
Bem... essa foi a situação da aquisição. Vamos prosseguir na análise da questão: 
No mês de outubro de 2014 a empresa realizou a venda de 70% dessas mercadorias pelo valor de 
R$ 1.500.000,00, para recebimento em novembro de 2015. Se a venda das mercadorias tivesse sido 
feita à vista o preço de venda seria R$ 1.000.000,00. 
Em outubro houve uma venda de 70% das mercadorias anteriormente adquiridas, o que equivale a 
840.000,00 (70% de 1.200.000), por 1.500.000,00. Se essas vendas fossem à vista o preço seria 
1.000.000,00, ou seja, 500.000,00 são de juros embutidos (não são receitas de vendas, mas sim 
receitas financeiras)! Logo, temos o seguinte lançamento: 
D à? Clientes (contas a receber/duplicatas a receber) ... 1.500.000,00 
C à? Ajuste a Valor Presente (Receita Financeira a apropriar) ... 500.000,00 
C à? Receita Bruta de Vendas ... 1.000.000,00 
 
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D à? Custo da Mercadoria Vendida 
C à? Estoques ... 840.000,00 
Pessoal, como no cálculo do lucro bruto não entra receita/despesa financeira, é importante 
entendermos esses registros, pois eles nos fornecem aquilo que realmente é operacional e o que é 
financeiro. 
Bem... vamos para a parte final da questão. 
Em 31/12/2014 o valor que a empresa deveria pagar para o fornecedor era R$ 1.250.000,00 e o 
valor que seria cobrado do cliente era R$ 1.300.000,00. 
 Com essa informação nós podemos verificar quanto foi reconhecido de receita e despesa 
financeira. Veja o raciocínio: 
Æ O valor de 1.250.000,00 é o valor presente de fornecedores em 31/12/2014. 
Logo, houve um reconhecimento de despesas financeiras de 50.000,00. 
Como assim, professor? Simples, camarada! Volte lá no nosso balanço em 30/09/2014. Veja que 
tínhamos a pagar líquido para o fornecedor 1.200.000,00, devendo ser apropriado 700.000,00 de 
despesa financeira. Agora como o saldo da conta é de 1.250.000,00, significa que a situação é a 
seguinte: 
Fornecedores 1.900.000,00 
(-) AVP (650.000,00) 
Total 1.250.000,00 
Observe que houve uma apropriação (reconhecimento) de despesa no valor de 50.000,00, por 
meio do seguinte lançamento: 
D à? Despesas Financeiras 
C à? AVP (Despesas Financeiras a Apropriar) ... 50.000,00 
E a receita financeira, como fica? 
Æ O valor de 1.300.000,00 é o valor presente de clientes em 31/12/2014. 
Logo, houve um reconhecimento de receitas financeiras de 300.000,00. 
Tínhamos a receber líquido de clientes em outubro/2014 o valor de 1.000.000,00, devendo ser 
apropriado 500.000,00 de receita financeira. A situação era a seguinte: 
Clientes 1.500.000,00 
(-) AVP (500.000,00) 
Total 1.000.000,00 
 
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Agora como o saldo da conta é de 1.300.000,00, significa que a situação é a seguinte: 
Clientes 1.500.000,00 
(-) AVP (200.000,00) 
Total 1.300.000,00 
Observe que houve uma apropriação (reconhecimento) de receita no valor de 300.000,00, por 
meio do seguinte lançamento: 
D à? AVP (Receitas Financeiras a Apropriar) 
C à? Receitas Financeiras ... 300.000,00 
Ao elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício, temos a seguinte situação: 
Receita Bruta de Vendas 1.000.000,00 
(-) Custo da Mercadoria Vendida (840.000,00) 
(=) Lucro Bruto 160.000,00 
(+) Receitas Financeiras 300.000,00 
(-) Despesas Financeiras (50.000,00) 
(=) Lucro Líquido do Exercício 410.000,00 
Veja que não há mistérios... essa questão poucos candidatos acertam na prova... é uma questão 
que faz a diferença no resultado final, pois somente quem realmente está preparado consegue 
ƌĞƐŽůǀĞƌà?���ĐůĂƌŽ�ƋƵĞ�ǀŽĐġ�ǀĂŝ�à“ĚĞƚŽŶĂƌà?�ƐĞ�ǀŝƌ�ĂůŐŽ�ƐĞŵĞůŚĂŶƚĞ�ŶĂ�ƐƵĂ�ƉƌŽǀĂà?��ĞƚĂůŚĞàP�ƉĂƌĂ�ƋƵĞŵ�
se prepara para a FCC a probabilidade de vir algo semelhante é gigante. Você verá que nas 
questões comentadas que separamos existem várias exigências da FCC muito parecidas com essa. 
Na oportunidade, vamos indicar alguns atalhos para resolver a questão de forma rápida. A 
resolução acima foi elaborada da maneira mais didática possível que encontrei, logo não se assuste 
com o tamanho. É claro que na hora da prova a situação é bem diferente. Treinamento difícil, 
combate fácil! 
Gabarito: C 
1.4. PASSIVOS NÃO CONTRATUAIS 
Nos termos do CPC 12, passivos não contratuais são aqueles que apresentam maior complexidade 
para fins de mensuração contábil pelo uso de informações com base no valor presente. Fluxosde 
caixa ou séries de fluxos de caixa estimados são carregados de incerteza, assim como são os 
períodos para os quais se tem a expectativa de desencaixe ou de entrega de produto/prestação de 
serviço. Logo, muito senso crítico, sensibilidade e experiência são requeridos na condução de 
cálculos probabilísticos. Pode ser que em determinadas situações a participação de equipe 
multidisciplinar de profissionais seja imperativo para execução da tarefa. 
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O CPC 12 destaca que o desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos 
contratuais, quer se trate de passivos não contratuais, sendo que a taxa de desconto 
necessariamente deve considerar o risco de crédito da entidade. 
�ƋƵŝ�ǀĂůĞ�ĂƚĠ�ŝŶƐĞƌŝƌŵŽƐ�ŶŽƐƐĂ�à“ĐŽƌƵũŝŶŚĂà?à?�ƉŽŝƐ�ĞƐƐĞ�ƉŽŶƚŽ�ĐŽƐƚƵŵĂ�ĨƌĞƋƵĞŶƚĂƌ�ĂƐ�ƉƌŽǀĂƐà? 
 
Æ O desconto a valor presente é requerido para os passivos contratuais e não contratuais; 
Æ A taxa de desconto necessariamente deve considerar o risco de crédito da entidade. 
Vamos ver como o assunto já foi exigido em prova! 
 
5. (CESPE/Contador/CADE/2014) Com base no pronunciamento técnico de ajuste a valor presente, 
do CPC, julgue o item subsequente. 
O desconto a valor presente é requerido no caso de passivos contratuais, devendo a taxa de 
desconto considerar o risco de crédito da entidade. Quanto aos passivos não contratuais, não 
ocorre a apuração do valor presente apesar do seu registro como provisões futuras. 
Comentários 
Segundo o CPC 12, 
O desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos contratuais, quer se trate de 
passivos não contratuais, sendo que a taxa de desconto necessariamente deve considerar o risco 
de crédito da entidade. Quando da edição de norma que dê legitimidade à aplicação do conceito 
de ajuste a valor presente, como é o caso deste Pronunciamento Técnico, a técnica deve ser 
aplicada a todos os passivos, inclusive às provisões. 
 Gabarito: Errado 
1.5. EFEITOS FISCAIS 
Segundo o CPC 12, para fins de desconto a valor presente de ativos e passivos, a taxa a ser 
aplicada não deve ser líquida de efeitos fiscais, e, sim, antes dos impostos. 
No tocante às diferenças temporárias observadas entre a base contábil e fiscal de ativos e passivos 
ajustados a valor presente, o CPC 12 informa que essas diferenças temporárias devem receber o 
tratamento requerido pelas regras contábeis vigentes para reconhecimento e mensuração de 
imposto de renda e contribuição social diferidos. 
 
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1.6. CLASSIFICAÇÃO 
O CPC 12 estabelece que na classificação dos itens que surgem em decorrência do ajuste a valor 
presente de ativos e passivos, quer seja em situações de reconhecimento inicial, quer seja nos 
casos de nova medição, dentro da filosofia do valor justo, deve ser observada a primazia da 
essência sobre a forma, conforme determina o CPC 00 à? Estrutura Conceitual. 
Nesse sentido, o CPC 12 informa que a operação comercial que se caracterize como de 
financiamento deve ser reconhecida como tal, sendo que o valor consignado na documentação 
fiscal que serve de suporte para a operação deve ser adequadamente decomposto para efeito 
contábil. 
Os Juros embutidos devem ser expurgados do custo de aquisição das mercadorias e devem ser 
apropriados pela fluência do prazo (aplicação do princípio da competência). 
O CPC 12 lembra, ainda, que o ajuste de passivos, por vezes, implica ajuste no custo de aquisição 
de ativos. Nesse sentido, o Pronunciamento cita como exemplo as operações de aquisição e de 
venda a prazo de estoques e ativo imobilizado, posto que juros imputados nos preços devem ser 
expurgados na mensuração inicial desses ativos. 
1.7. DIVULGAÇÃO 
Segundo o CPC 12, em se tratando de evidenciação em nota explicativa, devem ser prestadas 
informações mínimas que permitam que os usuários das demonstrações contábeis obtenham 
entendimento inequívoco das mensurações a valor presente levadas a efeito para ativos e 
passivos, compreendendo o seguinte rol não exaustivo: 
a) descrição pormenorizada do item objeto da mensuração a valor presente, natureza de seus 
fluxos de caixa (contratuais ou não) e, se aplicável, o seu valor de entrada cotado a mercado; 
b) premissas utilizadas pela administração, taxas de juros decompostas por prêmios incorporados 
e por fatores de risco (risk-free, risco de crédito, etc.), montantes dos fluxos de caixa estimados ou 
séries de montantes dos fluxos de caixa estimados, horizonte temporal estimado ou esperado, 
expectativas em termos de montante e temporalidade dos fluxos (probabilidades associadas); 
c) modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos; 
d) breve descrição do método de alocação dos descontos e do procedimento adotado para 
acomodar mudanças de premissas da administração; 
e) propósito da mensuração a valor presente, se para reconhecimento inicial ou nova medição e 
motivação da administração para levar a efeito tal procedimento; 
f) outras informações consideradas relevantes. 
 
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2. QUESTÕES COMENTADAS 
6. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) Julgue o seguinte item, com 
relação ao conceito, à classificação e à avaliação de itens patrimoniais diversos. 
O ajuste a valor presente de venda a longo prazo enseja redução na conta de receita bruta de 
vendas. 
Comentários 
Perfeito! Quando a empresa efetua uma venda a prazo há juros embutidos. Assim, ao trazer a 
valor presente, a receita bruta de vendas é reduzida, pois todo o efeito financeiro (juros 
embutidos) é reconhecido como receita financeira a apropriar (ajuste a valor presente), a qual será 
reconhecida no resultado mensalmente, em obediência ao princípio da competência. 
Gabarito: Certo 
7. (CESPE/Contador/CADE/2014) Com base no pronunciamento técnico de ajuste a valor presente, 
do CPC, julgue o item subsequente. 
Quando houver efeito relevante, os itens do ativo e do passivo decorrentes de operações de curto 
prazo devem ser ajustados a valor presente. 
Comentários 
Segundo o art. 183, inciso VIII, da Lei 6.404/76, 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: 
VIII ± os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a 
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
Além disso, em seu art. 184, III, referida Lei estabelece: 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes 
critérios: 
III ± as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão 
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
Seguindo essa mesma orientação, o CPC 12 em seu item 21 estabelece o seguinte: 
Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo 
prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor 
presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do 
mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo e do 
passivo em suas datas originais. 
Gabarito: Certo 
8. (CESPE/Contador/PF/2014) Julgue o item subsequente, a respeito de passivos de companhias 
abertas. 
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Passivos monetários que apresentem juros implícitos embutidos no seu valor devem ser avaliados 
a valor presente por ocasião do seu reconhecimento inicial. 
Comentários 
Segundo o CPC 12, 
9. Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser 
mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o valor de 
custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value). 
 Gabarito: Certo 
9. (CESPE/Analista/Perícia/Contabilidade/MPU/2013) Com relação ao balanço patrimonial, julgue 
o item seguinte conforme normatização feita pela Lei n.º 6.404/1976. 
Uma empresa que tenha valores a receber em longo prazo, provenientes de suas vendas, deverá 
avaliar esses itens a valor presente para fins de levantamento de balanço patrimonial. 
Comentários 
Questão bem tranquila! Segundo o art. 183, inciso VIII, da Lei 6.404/76, 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: 
VIII ± os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a 
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
Gabarito: Certo 
10. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Com relação aos critérios de avaliação de ativos e seus efeitos 
no patrimônio de uma companhia aberta, julgue o item a seguir. 
Os direitos decorrentes de vendas a prazo classificados no ativo realizável a longo prazo estão 
sujeitos a ajuste a valor presente, cujo efeito contábil é a redução simultânea do ativo e do 
resultado da empresa detentora desses direitos. 
Comentários 
Conforme estudamos, o art. 183, VIII, da Lei n. 6.404/76, estabelece que os elementos do ativo 
decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente. 
Na contabilização do ajuste a valor presente há uma redução do ativo, pois a conta de ajuste é 
redutora do ativo. Ademais, há também uma redução do resultado bruto da empresa, pois os juros 
embutidos na operação de longo prazo são expurgados, sendo reconhecidos de acordo com o 
tempo como receita financeira. 
A questão deveria ter deixado claro que é o resultado bruto que diminui. De qualquer forma, o 
gabarito oficial deu o item como certo. 
Gabarito: Certo 
11. (CESPE/Contador/MJ/2013) Julgue o item a seguir, referente aos impactos provocados por 
fatos contábeis no patrimônio de uma companhia aberta. 
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O ajuste a valor presente de duplicatas a receber no longo prazo implica registro a crédito da 
própria conta de duplicatas a receber e registro a débito de uma conta de despesa. 
Comentários 
Conforme estudamos, a contabilização do ajuste a valor presente de duplicatas a receber no longo 
prazo implica o seguinte registro: 
D à? Clientes (contas a receber/duplicatas a receber) 
C à? Ajuste a Valor Presente (Receita Financeira a apropriar) 
C à? Receita Bruta de Vendas 
Veja que há um débito na conta duplicatas a receber e um crédito na conta de receita. Logo, 
percebe-se que o item está errado. 
 Gabarito: Errado 
12. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRE-ES/2011) Com referência ao balanço 
patrimonial, julgue o item que se segue. 
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12, o ajuste a valor presente deve ser efetuado em 
base linear pro rata, com base na taxa nominal de juros. 
Comentários 
^ĞŐƵŶĚŽ� Ž� �W�� à?à?à?� à“Ă� ƋƵĂŶƚŝĨŝĐĂĕĆŽ� ĚŽ� ĂũƵƐƚĞ� Ă� ǀĂůŽƌ� ƉƌĞƐĞŶƚĞ� ĚĞǀĞ ser realizada em base 
exponencial "pro rata die", a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos 
ĂƉƌŽƉƌŝĂĚŽƐ�ŶĂƐ�ĐŽŶƚĂƐ�Ă�ƋƵĞ�ƐĞ�ǀŝŶĐƵůĂŵà?à?��ĚĞŵĂŝƐ�Ġ�Ă�taxa efetiva que deve ser usada e não a 
nominal. 
Gabarito: Errado 
13. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) No item, é apresentada uma 
situação hipotética acerca de diversas operações contábeis, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Uma empresa adquiriu um imobilizado no valor de R$ 200.000,00, pagou ao fornecedor 20% à 
vista e o restante, em 4 parcelas anuais de R$ 48.000,00. Nessa situação, desconsiderando-se a 
segregação entre circulante e não circulante e aceitando-se uma taxa anual de juros de 20% a.a., 
na contabilização da compra, deverá ser feito um débito no valor de R$ 40.000,00 na conta juros a 
transcorrer. 
Comentários 
Para acharmos o valor dos juros a transcorrer (ajuste a valor presente), basta identificarmos o 
valor financiado e o valor total das prestações. A diferença entre esses valores nos fornecerá o 
valor do AVP. 
Valor financiado 
A questão informa que a entrada foi de 20% de 200.000,00. Logo, o valor financiado foi 80% de 
200.000,00. 
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Valor Presente = 200.000,00 x 80% Æ 160.000,00 
Valor total das prestações 
A questão informa que o valor restante (os 160 mil) foi pago em 4 parcelas anuais de 48.000,00. 
Logo, o valor a prazo é de 192.000,00. 
Juros a transcorrer = valor a prazo à? valor presente 
Juros a transcorrer = 192.000,00 à? 160.000,00 Æ 32.000,00 
Conclusão: na contabilização da compra, deverá ser feito um débito no valor de R$ 32.000,00 na 
conta juros a transcorrer. 
Gabarito: Errado 
14. (FCC/Auditor de Controle Interno/CGM São Luís/2015) A Cia. de Comércio Amadora, em 
30/11/2014, adquiriu um lote de mercadoria por R$ 1.200.000,00 à vista. Adicionalmente em 
10/12/2014, a Cia. gastou R$ 50.000,00 referentes a frete e seguros para transportar este lote até 
o seu depósito. 
Em 31/12/2014, a Cia. vendeu 70% deste lote pelo valor de R$ 1.550.000,00 para ser recebido em 
15/06/2016. Sabe-se que se o cliente tivesse adquirido as mercadorias à vista teria pagado R$ 
1.200.000,00 e que a Cia. não possuía estoque anterior. 
Com base nestas informações e desconsiderando a incidência de tributos nas operações de compra 
e venda das mercadorias, a Cia. de Comércio Amadora reconheceu na Demonstração do Resultado 
de 2014, Resultado Bruto com Vendas no valor de, em reais, 
a) 325.000,00. 
b) 710.000,00 e Despesa com frete e seguros no valor de 50.000,00. 
c) 675.000,00. 
d) 350.000,00. 
e) 360.000,00 e Despesa com frete e seguros no valor de 50.000,00. 
Comentários 
Em primeiro lugar devemos calcular o custo da mercadoria adquirida, conforme CPC 16 à? Estoques, 
segundo o qual o valor de custo dos estoques inclui todos os custos de aquisição e de 
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e 
localização atuais. Assim, o frete e seguros para transportar o lote de mercadorias até o seu 
depósito deve ser incluído no custo de aquisição: 
Custo de aquisição = 1.200.000,00 + 50.000,00 = 1.250.000,00 
Pessoal, soŵĞŶƚĞ�ĐŽŵ�ĞƐƐĞ�ĐŽŶŚĞĐŝŵĞŶƚŽ�ũĄ�ƉŽĚĞƌşĂŵŽƐ�ĚĞƐĐĂƌƚĂƌ�ĂƐ�ŽƉĕƁĞƐ�à“ďà?�Ğ�à“Ğà?à?�ƉŽŝƐ�ŶĞůĂƐ�
o frete e seguro são tratados como despesa. 
A questão informa que a empresa vendeu em 31/12/2014 70% do lote de mercadorias. Assim, o 
custo da mercadoria vendida foi de: 
CMV = 1.250.000,00 x 70% Æ 875.000,00 
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Agora chegamos na parte da questão em que há aplicação do CPC 12. A questão informa que a 
venda foi realizada a prazo (para ser recebida em 15/06/2016) e que se o clientetivesse adquirido 
as mercadorias à vista teria pago R$ 1.200.000,00. Assim, temos o seguinte registro: 
D à? Clientes ... 1.550.000,00 
C à? Receita de Vendas ... 1.200.000,00 
C à? Ajuste a Valor Presente (redutora da conta clientes)... 350.000,00 
Observe que desse modo reconhecemos a receita pelo valor à vista e a diferença entre esse valor e 
o valor a prazo é reconhecido como Ajuste a Valor Presente (receita financeira a apropriar). Esse 
ajuste será reconhecido no resultado com o decorrer do tempo, seguindo o princípio da 
competência. 
Agora, podemos calcular o lucro bruto solicitado pelo examinador: 
Receita de Vendas 1.200.000,00 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (875.000,00) 
(=) Lucro Bruto 325.000,00 
Gabarito: A 
15. (FCC/Auditor/TCE-CE/2015) A empresa Comercial de Produtos Populares S.A. adquiriu, em 
31/10/2013, mercadorias para serem comercializadas. A aquisição foi realizada a prazo para 
pagamento em junho de 2015 e o valor a ser pago na data do vencimento é R$ 980.000,00, mas se 
a empresa tivesse adquirido estas mercadorias à vista teria pagado R$ 800.000,00. Em 30/11/2013, 
a Comercial de Produtos Populares S.A. vendeu 50% dessas mercadorias por R$ 700.000,00, para 
serem recebidos integralmente em julho de 2015. Se o cliente tivesse adquirido as mercadorias à 
vista a empresa venderia por R$ 480.000,00. Sabe-se que, se a empresa fosse liquidar a dívida com 
o fornecedor em 31/12/2013 pagaria R$ 808.000,00 e se o cliente antecipasse o pagamento do 
valor da venda nesta data a empresa receberia R$ 489.600,00. Com base nestas informações, é 
correto afirmar que a Comercial de Produtos Populares S.A. reconheceu, no resultado de 2013, 
a) Resultado Bruto com Vendas = R$ 210.000,00. 
b) Resultado Bruto com Vendas = R$ 300.000,00 e Despesa Financeira = R$ 8.000,00. 
c) Resultado Bruto com Vendas = R$ 80.000,00; Receita Financeira = R$ 9.600,00 e Despesa 
Financeira = R$ 8.000,00. 
Ěà?�ZĞƐƵůƚĂĚŽ��ƌƵƚŽ�ĐŽŵ�sĞŶĚĂƐ�á?�áLZà?�à?à?à?à?à?à?à?à?à?�à?ƉƌĞũƵşnjŽà?�Ğ�ZĞĐĞŝƚĂ�&ŝŶĂŶĐĞŝƌĂ�á?�Zà?�à?à?à?à?à?à?à?à?à? 
e) Resultado Bruto com Vendas = R$ 81.600,00. 
Comentários 
Já estudamos questão bem semelhante em nossa aula. Vamos efetuar os registros: 
Na data da aquisição (31/10/2013) 
 
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D à? Estoque (ativo) ... 800.000,00 
D à? Ajuste a Valor Presente (Despesa Financeira a apropriar) ... 180.000,00 
C à? Fornecedores (passivo) ... 980.000,00 
Na data da venda (31/11/2013) 
D à? Clientes (contas a receber/duplicatas a receber) ... 700.000,00 
C à? Ajuste a Valor Presente (Receita Financeira a apropriar) ... 220.000,00 
C à? Receita Bruta de Vendas ... 480.000,00 
 
D à? Custo da Mercadoria Vendida 
C à? Estoques ... 400.000,00 
Por fim, a questão informa que se a empresa fosse liquidar a dívida com o fornecedor em 
31/12/2013 pagaria R$ 808.000,00 e se o cliente antecipasse o pagamento do valor da venda nesta 
data a empresa receberia R$ 489.600,00. 
Logo, foi apropriado 8.000,00 de despesas financeiras e 9.600,00 de receitas financeiras. Os 
registros são os seguintes: 
D à? Despesas Financeiras 
C à? Ajuste a Valor Presente (redutora do Passivo) ... 8.000,00 
 
D à? Ajuste a Valor Presente (redutora do Ativo) 
C à? Receitas Financeiras ... 9.600,00 
Por que 8.000,00 e 9.600,00? 
Tínhamos a pagar líquido para o fornecedor 800.000,00, devendo ser apropriado 180.000,00 de 
despesa financeira. Agora como o saldo da conta é de 808.000,00, significa que a situação é a 
seguinte: 
Fornecedores 980.000,00 
(-) AVP (172.000,00) 
Total 808.000,00 
Logo, houve um reconhecimento de despesas financeiras de 8.000,00. 
Além disso, tínhamos a receber líquido de clientes o valor de 480.000,00, devendo ser apropriado 
220.000,00 de receita financeira. A situação era a seguinte: 
 
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Clientes 700.000,00 
(-) AVP (220.000,00) 
Total 480.000,00 
Agora como o saldo da conta é de 489.600,00, significa que a situação é a seguinte: 
Clientes 700.000,00 
(-) AVP (210.400,00) 
Total 489.600,00 
Observe que houve uma apropriação (reconhecimento) de receita no valor de 9.600,00. 
Ao elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício, temos a seguinte situação: 
Receita Bruta de Vendas 480.000,00 
(-) Custo da Mercadoria Vendida (400.000,00) 
(=) Lucro Bruto 80.000,00 
(+) Receitas Financeiras 9.600,00 
(-) Despesas Financeiras (8.000,00) 
(=) Lucro Líquido do Exercício 81.600,00 
Sugestão de resolução na hora da prova (somente indico se você já entendeu a resolução 
completa). 
1º) Pegue os valores à vista 
Compra Æ 800.000,00 
Venda Æ 480.000,00 
2º) Calcule o CMV 
Aplique o percentual informado sobre o valor da compra à vista 
50% de 800.000,00 Æ 400.000,00 
3º) Calcule o lucro bruto 
Lucro Bruto = Valor da venda à vista à? CMV 
 480.000,00 à? 400.000,00 = 80.000,00 
4º) Calcule a receita e despesa financeira apropriada 
Basta efetuar a diferença entre os valores do passo 1 com os valores informados no final da 
questão (saldo de clientes e fornecedores): 
Compra Æ 800.000,00 Fornecedor Æ 808.000,00 
Diferença = despesa financeira = 8.000,00 
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Venda Æ 480.000,00 Cliente Æ 489.600,00 
Diferença = receita financeira = 9.600,00 
Reitero que essa resolução deverá ser usada depois de você ter entendido o porquê de cada valor. 
Gabarito: C 
16. (FCC/Auditor de Controle Externo/TCM-GO/2015) Em 01/12/2013, uma empresa constituída 
na forma de sociedade por ações realizou as seguintes transações de vendas de mercadorias: 
áL Venda à vista: R$ 400.000,00. 
áL Venda a prazo no valor de R$ 598.073,74 que será recebido 18 meses após a data da venda. 
A taxa de juros vigente na data da venda era 1% ao mês e se a venda efetuada a prazo tivesse sido 
realizada à vista o valor total das vendas seria R$ 900.000,00. 
Sabendo que o financiamento a clientes não é uma atividade operacional da empresa e de acordo 
com as normas contábeis vigentes, a empresa reconheceu na Demonstração do Resultado de 
2013, especificamente com relação às vendas efetuadas em 01/12/2013: 
a) Receita de Vendas = R$ 998.073,74, apenas. 
b) Receita de Vendas = R$ 900.000,00, apenas. 
c) Receita de Vendas = R$ 998.073,74 e Receita Financeira = R$ 5.980,74. 
d) Receita de Vendas = R$ 900.000,00 e Receita Financeira = R$ 5.000,00. 
e) Receita de Vendas = R$ 500.000,00 e Receita Financeira = R$ 5.000,00. 
Comentários 
Observe que a empresa efetuou duas vendas, uma à vista pelo valor de 400.000,00 e outra a prazo 
pelo valor de 598.073,74. Essa última venda se fosse realizada à vista seria pelo valor de 
500.000,00, totalizando um total de 900.000,00. Esse valor será reconhecido como receita de 
vendas. 
^ŽŵĞŶƚĞ�ĐŽŵ�ĞƐƐĞ�ƌĂĐŝŽĐşŶŝŽ� ĨŝĐĂŵŽƐ�ĐŽŵ�ĂƐ�ŽƉĕƁĞƐ� à“ďà?�Ğ� à“Ěà?à?�DĂƐà?�ĐŽŵŽ�ƐĂďĞŵŽƐ�ƋƵĞ�ŚĂǀĞƌĄ�
uma receita financeira decorrente do ajuste a valor presente efetuado (diferença entre os valores 
ă�ǀŝƐƚĂ�Ğ�Ă�ƉƌĂnjŽ�ŶŽ�ǀĂůŽƌ�ĚĞ�à?à?à?à?à?à?à?à?à?à?à?�ũĄ�ƉŽĚşĂŵŽƐ�ĂƐƐŝŶĂůĂƌ�Ă�ŽƉĕĆŽ�à“Ěà?�ƐĞŵ�ŵĞĚŽ�ĚĞ�ƐĞƌ�ĨĞůŝnjà?�
Essa é a atitude que devemos tomar na hora da prova, pois sabemos que o tempoé restrito. 
De qualquer forma, como nosso objetivo aqui é entender a resolução da questão, vamos ver como 
encontrar o valor de 5.000,00 reconhecido como receita financeira. 
O valor do AVP (98.073,74) será apropriado ao resultado à medida que os meses forem passando 
de acordo com o fato gerador (pro rata tempore). Para tanto, os juros de 1% ao mês incidirão 
sobre o valor do principal da venda, ou seja, os 500.000,00. Assim, os juros do mês de dezembro 
serão de: 
500.000,00 x 1% = 5.000,00 
 Gabarito: D 
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17. (FCC/Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/SEFAZ-PI/2015) A Cia. Vende & Recompra adquiriu, 
em 30/04/2014, mercadorias para serem comercializadas. Em função de sua situação financeira, a 
Cia. fez essa aquisição a prazo, para pagamento em 30/06/2016. O valor a ser pago na data do 
vencimento é R$ 380.000,00, mas se a Cia. tivesse adquirido estas mercadorias à vista teria pagado 
R$ 330.000,00. Em 20/05/2014, a Cia. Vende & Recompra vendeu 80% dessas mercadorias por R$ 
820.000,00, para serem recebidos integralmente em 15/07/2016. Se o cliente tivesse adquirido as 
mercadorias à vista teria pagado R$ 730.000,00. Com base nestas informações, é correto afirmar 
que o resultado bruto com vendas que a Cia. Vende & Recompra reconheceu, na data da venda, 
foi, em reais, 
a) 400.000,00. 
b) 466.000,00. 
c) 516.000,00. 
d) 426.000,00. 
e) 556.000,00. 
Comentários 
Para resolver essa questão basta pegarmos o valor da venda à vista e confrontarmos com o custo 
da mercadoria vendida. Assim, temos: 
Custo da mercadoria vendida = 330.000,00 x 80% = 264.000,00 
Resultado bruto c/ vendas = 730.000,00 à? 264.000,00 = 466.000,00 
Gabarito: B 
18. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015) A Cia. Esportiva adquiriu, em 31/12/2014, 
produtos para serem comercializados. Em função de sua situação financeira, a Cia. adquiriu estes 
produtos por R$ 320.000,00 para serem pagos em 15/03/2016, ciente de que se tivesse adquirido 
estes produtos à vista teria pagado R$ 250.000,00. Em 15/01/2015, a Cia. Esportiva vendeu 70% 
desses produtos por R$ 320.000,00, para serem recebidos integralmente em 15/03/2016. Sabe-se 
que se o cliente tivesse adquirido as mercadorias à vista teria pagado R$ 250.000,00. Com base 
nestas informações, é correto afirmar que a Cia. Esportiva deveria reconhecer como 
a) Estoques o valor de R$ 320.000,00, na data da aquisição. 
b) Receita de Vendas o valor de R$ 320.000,00, na data da venda. 
c) Receita de Vendas o valor de R$ 250.000,00 e como Custo dos Produtos Vendidos o valor de R$ 
224.000,00, na data da venda. 
d) Receita de Vendas o valor de R$ 320.000,00 e como Custo dos Produtos Vendidos o valor de R$ 
224.000,00, na data da venda. 
e) Receita de Vendas o valor de R$ 250.000,00 e como Custo dos Produtos Vendidos o valor de R$ 
175.000,00, na data da venda. 
Comentários 
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Vamos aproveitar essa questão para exercitar a dica de resolução que estudamos anteriormente. 
Veja que nessa questão, analisando as opções disponíveis, (Importante! Antes de partir para a 
resolução dê uma analisada nas opções!) percebe-se que devemos calcular o valor da receita de 
vendas e o valor do custo dos produtos vendidos. Vamos à resolução! 
1º) Pegue os valores à vista 
 Compra Æ 250.000,00 
Venda Æ 250.000,00 
 
2º) Calcule o CMV 
Aplique o percentual informado sobre o valor da compra à vista 
70% de 250.000,00 Æ 175.000,00 
Logo, concluímos que a Cia. Esportiva deveria reconhecer como Receita de Vendas o valor de R$ 
250.000,00 e como Custo dos Produtos Vendidos o valor de R$ 175.000,00, na data da venda. 
Gabarito: E 
19. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF3/2014) Em 01/12/2012, uma empresa efetuou uma 
venda pelo valor de R$ 500.000,00 para ser recebido em 30/10/2014. Na data da venda, o valor 
presente desta venda era R$ 465.000,00 e, em 31/12/2012, o valor presente era R$ 468.000,00. O 
Custo da Mercadoria Vendida foi apurado em R$ 430.000,00. De acordo com a regulamentação 
vigente, o efeito total no resultado da empresa em 2012, relacionado com a venda efetuada foi, 
em R$, um Resultado Bruto igual a 
a) 70.000,00. 
b) 35.000,00 e uma Receita Financeira igual a R$ 35.000,00. 
c) 38.000,00. 
d) 35.000,00 e uma Receita Financeira igual a R$ 3.000,00. 
e) 70.000,00 e uma Receita Financeira igual a R$ 3.000,00. 
Comentários 
�ŽŶĨŽƌŵĞ�ĞƐƚƵĚĂŵŽƐà?�ĚĞǀĞŵŽƐ�à“ƉĞŐĂƌà?�Ž�ǀĂůŽƌ�ƉƌĞƐĞŶƚĞ�ĚĂ�ǀĞŶĚĂà?�ƉŽŝƐ�Ă�ĚŝĨĞƌĞŶĕĂ�ĞŶƚƌĞ�Ž�ǀĂůŽƌ�
presente e o valor a ser recebido corresponde a juros ativos a apropriar (futura receita financeira). 
Assim, o registro seria: 
No momento da Venda 
D à? Clientes 500.000 
C à? Juros Ativos a Apropriar 35.000 (500.000 à? 465.000) 
C à? Receita de Vendas 465.000 
Na apropriação dos juros em 31/12/2012 
D à? Juros Ativos a Apropriar 
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C à? Receita Financeira 3.000 (468.000 - 465.000) 
Elaborando a DRE, temos: 
Receita Bruta de Vendas 465.000 
(-) CMV (430.000) 
(=) Resultado Bruto 35.000 
Wà?^à?�sĞũĂ�ƋƵĞ�ŶĞƐƐĂ�ƌĞƐŽůƵĕĆŽ�ƵƐĞŝ�Ă�ŶŽŵĞŶĐůĂƚƵƌĂ�à“ũƵƌŽƐ�ĂƚŝǀŽƐ�Ă�ĂƉƌŽƉƌŝĂƌà?à?�&ŝnj�ĞƐƐĂ variação para 
ǀŽĐġ� ŶĆŽ� ĨŝĐĂƌ� à“ďůŝŶĚĂĚŽà?Ăà?à?à?� �džŝƐƚĞŵ� ĚŝǀĞƌƐĂƐ� ŶŽŵĞŶĐůĂƚƵƌĂƐ� ƋƵĞ� ƉŽĚĞŵ� ƐĞƌ� ƵƐĂĚĂƐ� ƉĞůŽ�
examinador, mas que significam a mesma coisa. Logo, é interessante você estar familiarizado com 
as diversas formas que determinada conta pode aparecer. 
Gabarito: D 
20. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF3/2014) Uma empresa adquiriu um estoque de 
mercadorias para revenda no valor de R$ 520.000,00. A compra foi realizada no dia 30/11/2011, o 
prazo para pagamento, concedido pelo fornecedor, foi de 400 dias e sabe-se que o preço das 
mercadorias seria R$ 425.000,00 se a compra tivesse sido efetuada com pagamento à vista. A 
empresa ficou responsável pela retirada das mercadorias na fábrica da empresa vendedora e 
efetuou o pagamento do frete no valor de R$ 2.000,00. As mercadorias foram vendidas, em 
dezembro de 2011, por R$ 600.000,00 para recebimento em 390 dias, e se a venda fosse à vista o 
preço praticado seria R$ 510.000,00. O valor do Resultado Bruto da venda das mercadorias 
apurado pela empresa foi, em reais, igual a 
a) 83.000,00. 
b) 80.000,00. 
c) 78.000,00. 
d) 173.000,00. 
e) 85.000,00. 
Comentários 
�ŐŽƌĂ�ƋƵĞ�ǀŽĐġ� ũĄ�ĞƐƚĄ�ĨŝĐĂŶĚŽ�à“ĨĞƌĂà?�ŶĂ�ƌĞƐŽůƵĕĆŽ�ĚĞƐƐĞ�ƚŝƉŽ�ĚĞ�ƋƵĞƐƚĆŽà?�ƉŽĚĞŵŽƐ�ƉĂƌƚŝƌ�ĚŝƌĞƚŽ�
para o cálculo: 
Receita Bruta de Vendas 510.000,00 
(-) CMV 427.000,00 
(=) Resultado Bruto 83.000,00 
Lembre-se! Pegue os valores à vista. Não esqueça de somar os fretes e seguros, pois compõem o 
CMV! 
Vale lembrar, ainda, que os estoques têm que ser contabilizados pelo valor presente, segregando 
os encargos financeiros a transcorrer que no decorrer do prazo serão apropriados como despesas 
financeiras. 
Gabarito: A 
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21. (FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) Uma empresa adquiriu um estoque de 
Mercadorias por R$ 850.000, pagando à vista. Em 31/10/2012 efetuou a venda de metade desse 
estoque pelo valor de R$ 1.000.000 para ser recebido em 2014. Nadata da venda o valor presente 
do valor da venda era R$ 890.000 e em 31/12/2012 este valor presente passou a ser de R$ 
910.000. De acordo com a regulamentação vigente, o efeito total no resultado da empresa em 
2012, relacionado com a venda efetuada foi, em Reais, 
a) Resultado Bruto com Mercadorias =575.000. 
b) Resultado Bruto com Mercadorias =465.000 e Receita Financeira =20.000. 
c) Resultado Bruto com Mercadorias =485.000 e Receita Financeira =20.000. 
d) Resultado Bruto com Mercadorias =465.000 e Receita Financeira =90.000. 
e) Resultado Bruto com Mercadorias =485.000 e Receita Financeira =90.000. 
Comentários 
Primeiramente vamos calcular o lucro bruto. 
Receita Bruta de Vendas 890.000,00 (valor presente da receita) 
(-) CMV (425.000,00) Æ 50% de 850.000 
(=) Lucro Bruto 465.000,00 
Na venda da mercadoria (metade do estoque), os lançamentos realizados são os seguintes: 
D à? Clientes ............................................. 1.000.000,00 
C à? Receitas Financeiras a Apropriar ............. 110.000,00 
C à? Receita Bruta de Vendas ........................ 890.000,00 
 
D à? Custo das Mercadorias Vendidas 
C à? Mercadorias ......................................... 425.000,00 
Em 31/12/2012 devemos reconhecer a receita financeira: 
D à? Receitas Financeiras a Apropriar 
C à? Receitas Financeiras ............................. 20.000,00 
Portanto, o efeito total no resultado da empresa em 2012, relacionado com a venda efetuada foi: 
Resultado Bruto com Mercadorias de 465.000,00 e Receita Financeira de 20.000,00. 
Gabarito: B 
22. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-GO/2014) Considerando as normas pertinentes ao 
ajuste a valor presente, as características abaixo estão sujeitas à mensuração prevista na norma: 
 
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I. a transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa ou outra 
mutação do patrimônio líquido, cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação 
financeira (recebimento ou pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses 
elementos. 
II. o reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos 
similares emprega método de alocação de descontos. 
III. o conjunto particular de fluxos de caixa estimados, claramente associado a um ativo ou a um 
passivo. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) I, apenas. 
c) II, apenas. 
d) III, apenas. 
e) I e II, apenas. 
Comentários 
A questão exige conhecimento da diretriz geral estabelecidas pelo CPC 12. 
Conforme estudamos, como diretriz geral a ser observada, ativos, passivos e situações que 
apresentarem uma ou mais das características abaixo devem estar sujeitos aos procedimentos de 
mensuração tratados no CPC 12: 
a) transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa ou outra 
mutação do patrimônio líquido cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação 
financeira (recebimento ou pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses 
elementos; 
b) reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos 
similares emprega método de alocação de descontos; 
c) conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um ativo ou a um 
passivo; 
Do exposto, percebe-se que todos os itens descritos na questão estão corretos. 
Gabarito: A 
23. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2013) NÃO é uma conta que deve ser ajustada a valor 
presente: 
a) Provisão para passivo previdenciário. 
b) Contas a receber não circulante, com juros. 
c) Contas a pagar não circulante, indexado. 
d) Empréstimos concedidos com juros prefixados de longo prazo. 
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e) Adiantamento em dinheiro para recebimento em bens. 
Comentários 
Nos termos do CPC 12, ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos 
devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser 
este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value). Por isso, quando 
aplicável, o custo de ativos não monetários deve ser ajustado em contrapartida; ou então a conta 
de receita, despesa ou outra conforme a situação. A esse respeito, uma vez ajustado o item não 
monetário, não deve mais ser submetido a ajustes subsequentes no que respeita à figura de juros 
embutidos. Ressalte-se que nem todo ativo ou passivo não-monetário está sujeito ao efeito do 
ajuste a valor presente; por exemplo, um item não monetário que, pela sua natureza, não está 
sujeito ao ajuste a valor presente é o adiantamento em dinheiro para recebimento ou pagamento 
em bens e serviços. 
>ŽŐŽà?� ĂƉĞŶĂƐ� Ă� ŽƉĕĆŽ� à“Ğà?� ĚĞƐĐƌĞǀĞ� ƵŵĂ� ĐŽŶƚĂ� ƋƵĞ� ŶĆŽ� ĚĞǀĞ� ƐĞƌ� ĂũƵƐƚĂĚĂ� Ă� ǀĂůŽƌ� ƉƌĞƐĞŶƚĞà?� �Ɛ�
demais contas estão relacionadas ao longo prazo e, portanto, devem ser ajustadas a valor 
presente. 
Gabarito: E 
24. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 4ª Região/2011) Em relação ao ajuste a valor 
presente, é correto afirmar: 
a) As reversões dos ajustes a valor presente decorrentes de financiamentos feitos a clientes que a 
empresa entende que faz parte de suas atividades operacionais devem ser apropriadas como 
receita operacional. 
b) As contas de ativos e passivos circulantes, sempre que indexadas, devem ser trazidas a valor 
presente e ajustadas contra a conta que originou o lançamento inicial. 
c) Os impostos diferidos, ativos e passivos, devem ser trazidos a valor presente pela taxa selic, 
independentemente de serem de curto ou longo prazo. 
d) Os passivos contratuais e não contratuais devem sempre ser trazidos a valor presente, desde 
que a taxa de desconto não considere o risco de crédito, mas sim a taxa embutida no papel. 
e) A taxa a ser utilizada para trazer os montantes a valor presente deve sempre ser líquida dos 
efeitos fiscais, para não atribuir valor superior ao realizável efetivamente. 
Comentários 
Vamos analisar as opções. 
a. Certo. Segundo o CPC 12, 
23. As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários qualificáveis 
devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras, a não ser que a entidade possa 
devidamente fundamentar que o financiamento feito a seus clientes faça parte de suas atividades 
operacionais, quando então as reversões serão apropriadas como receita operacional. Esse é o 
caso, por exemplo, quando a entidade opera em dois segmentos distintos: (i) venda de produtos e 
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serviços e (ii) financiamento das vendas a prazo, e desde que sejam relevantes esse ajuste e os 
efeitos de sua evidenciação. 
b. Errado. As contas de ativos e passivos circulantes, sempre que indexadas relevantes, devem ser 
trazidas a valor presente e ajustadas contra a conta que originou o lançamento inicial. 
c. Errado. Os valores ativos e passivos diferidos relativos a Imposto de Renda e Contribuição Social 
não devem ser ajustados a valor presente. O CPC 12 destaca que essa vedação foi efetuada com o 
argumento de não ser possível determinar com exatidão as datas em que os referidos valores 
serão realizados. 
d. Errado. Segundo o CPC 12, 
27. O desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos contratuais,

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