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Arquitetura Efêmera e Patrimônio Histórico

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CENTRO UNIVERSITÁRIO TERESA D’ÁVILA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAFAEL AUGUSTO DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARQUITETURA EFÊMERA E A TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO: 
RESGATANDO A MEMÓRIA E O VALOR PATRIMONIAL DO LARGO DO 
ROSÁRIO – LORENA/SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lorena - SP 
2017 
 
 
RAFAEL AUGUSTO DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARQUITETURA EFÊMERA E A TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO: 
RESGATANDO A MEMÓRIA E O VALOR PATRIMONIAL DO LARGO DO 
ROSÁRIO – LORENA/SP 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Arquitetura e Urbanismo do Centro 
Universitário Teresa D’Ávila, como trabalho 
de conclusão de curso. 
 
 
 
 
 
 
Orientador (a): Prof(a) Me. Fernanda Vierno de Moura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lorena - SP 
2017
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 X000x Lima, Rafael Augusto de Lima 
Arquitetura efêmera e a transformação do espaço: Resgatando 
a memória e o valor patrimonial do largo do Rosário – 
Lorena/SP. Rafael Augusto de Lima – Lorena/SP – 2017. 
 
Monografia (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Centro 
Universitário Teresa D’Ávila. 
Orientador(a): Prof(a) Me. Fernanda Vierno de Moura 
 
 
 1. Arquitetura Efêmera. 2. Praça. 3. Patrimônio. 4. Eventos 
 
 
RAFAEL AUGUSTO DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
ARQUITETURA EFÊMERA E A TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO: 
RESGATANDO A MEMÓRIA E O VALOR PATRIMONIAL DO LARGO DO 
ROSÁRIO – LORENA/SP 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Arquitetura e Urbanismo do Centro 
Universitário Teresa D’Ávila, como trabalho 
de conclusão de curso. 
 
Aprovada em de __ de 2017 
 
Banca Examinadora: 
 
Profª 
Examinador 
 
Profª 
Examinador 
 
Prof(a) Me. Fernanda Vierno de Moura 
Examinador 
Orientador 
 
Lorena - SP 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, base de toda minha vida, a minha mãе e ao mеυ 
pai João, as minhas irmãs, aos meus avós e toda minha família que não mediram esforços para 
me apoiar nesta grande conquista. Aos meus amigos que partilharam e viveram comigo todo 
este caminho. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Chegar ao fim desta etapa me faz reconhecer o tamanho do valor da gratidão. Olhar 
para arquitetura é reconhecer a grande responsabilidade de ser arquiteto das pequenas coisas, 
diante de Deus que é autor e arquiteto das grandes coisas e de tudo o que existe, a Ele meu 
primeiro agradecimento. Hoje, mais do que nunca reconheço, que sem Ele não sou nada, e 
esta caminhada me fez querer estar na presença Dele, falar com Ele, falar sobre Ele. E o mais 
importante: fez-me querer permanecer em Seu caminho. 
Agradeço de forma muito particular, a minha mãe Silvana que reconhecia no meu 
olhar tudo o que se passava, mesmo que eu permanecia em silêncio. Ao meu Pai João, que 
revela no olhar todo seu orgulho, as minhas irmãs e sobrinho. A minha Avó Georgina que 
com seu amor de Mãe em dobro me fortaleceu muito e toda minha família que se demonstram 
orgulhosos sempre e que souberam me apoiar e fortalecer nos momentos em tudo parecia 
estar de cabeça para baixo. Posso afirmar com toda propriedade que família é base, é alicerce 
da vida de qualquer pessoa. 
Não poderia deixar de agradecer aos meus eternos e grandes amigos, todos! Mas de 
maneira especial, a Mariana, Gabi, Olivia, Laís, Marisa, Cleber, Isabela e Bárbara, que junto a 
mim, viveram as mesmas angústias e acima de tudo as maiores aventuras e alegrias da vida! 
Agradeço também toda a paciência e ajuda, força e carinho da minha orientadora Prof. 
Fernanda Vierno. Ao Coordenador José Ricardo que soube ser presença e muito apoio quando 
mais precisava. E a todos os professores que foram canal e luz para todo este mérito. 
Agradeço a todos que torceram por mim! 
Minha gratidão. 
Meu muito Obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Há no efêmero um movimento do ser ao não ser. 
É uma metamorfose. A obra é e logo deixa de ser". 
Victor Molina Escobar 
 
 
RESUMO 
 
LIMA, Rafael Augusto de. ARQUITETURA EFÊMERA E A TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO: 
RESGATANDO A MEMÓRIA E O VALOR PATRIMONIAL DO LARGO DO ROSÁRIO – 
LORENA/SP. 2017. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) – 
Centro Universitário Teresa D’Ávila, Lorena, São Paulo, 2017. [Orientador: Profª. Me. Fernanda Vierno] 
 
A proposta será dar uso ao Largo do Rosário localizado no Centro histórico de Lorena/SP, por 
ter seu potencial de uso pouco explorado, primeiro propondo a sua valorização como 
patrimônio histórico sem descaracterizá-lo, melhorar a condição em que se encontra, 
propondo para a área um projeto de arquitetura efêmera direcionada a eventos como meio de 
transformar um espaço temporariamente, propondo novas possibilidades e dinâmicas de uso, 
chamando a atenção da comunidade para usar o espaço e ao mesmo tempo valorizar a história 
e a memória que o espaço traz consigo. 
 
Palavras-chave: Arquitetura Efêmera – Praça - Patrimônio - Eventos. 
 
 
ABSTRACT 
 
LIMA, Rafael Augusto de. EFFECTIVE ARCHITECTURE AND THE 
TRANSFORMATION OF SPACE: REDEEMING THE MEMORY AND THE VALUE 
OF THE PATRIMONIAL LONG OF THE ROSARY - LORENA / SP. 2017. 53 f. 
[Conclusion of the course (Bachelor in Architecture and Urbanism) - University Center 
Teresa D'Ávila, Lorena, São Paulo, 2017. [Orientador: Profª. Me. Fernanda Vierno] 
 
The proposal will be to use the Largo do Rosário located in the Historic Center of Lorena / 
SP, because its potential of use is little explored, first proposing its valuation as historical 
heritage without mischaracterizing it, improving the condition in which it is, proposing to the 
area is an ephemeral, event-driven architecture project as a means to transform a space 
temporarily, proposing new possibilities and dynamics of use, drawing the attention of the 
community to use space and at the same time value the history and memory that space brings 
with it . 
 
Keywords: Ephemeral Architecture - Square - Heritage - Events.
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 13 
 
1.1 OBJETIVO ---------------------------------------------------------------------------------------- 15 
 
1.2 JUSTIFICATIVA -------------------------------------------------------------------------------- 16 
 
1.3 METODOLOGIA -------------------------------------------------------------------------------- 17 
 
2 ARQUITETURA EFÊMERA -------------------------------------------------------------------- 18 
 
2.1 REFERÊNCIAS ---------------------------------------------------------------------------------- 20 
 
2.1.1 Estudo de Caso: Atelier do Rossio – Jardim Éfemeros (Viseu Portugal) --
------------------------------------------------------------------------------------------ 20 
2.1.2 Estudo de Caso: Matadoro – Centro de Criação Contemporânea 
(Madrid/Espanha) ------------------------------------------------------------------ 22 
 
3 CARACTERISTICA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ------------------------------------ 23 
 
3.1 Apresentação da cidade / Contextualização ------------------------------------------- 24 
3.2 Histórico da área -------------------------------------------------------------------------26 
3.3 Contextualização paisagística------------------------------------------------------------ 28 
 
4 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO---------------------- 34 
 
4.1 Acessos e Hierarquia Viária ------------------------------------------------------------- 35 
4.2 Uso e Ocupação do Solo ----------------------------------------------------------------- 35 
4.3 Aspectos Naturais ------------------------------------------------------------------------ 36 
4.4 Estado Físico Atual------------------------------------------------------------------------ 37 
4.5 Legislações urbanas e condicionantes legais ------------------------------------------ 41 
4.5.1 Taxa de Ocupação------------------ -------------------------------------------41 
4.5.1 Recuos-------------------------------- ------------------------------------------ 41 
4.6 Limites ------------------------------------------------------------------------------------ 42 
4.7 Usuários ----------------------------------------------------------------------------------42 
5 PARTIDO ARQUITETÔNICO ----------------------------------------------------------------- 44 
 
 
 
5.1 Conceito : Arquitetura e as estações do ano ------------------------------------------45 
 
6 ANTEPROJETO --------------------------------------------------------------------------------- 46 
 
6.1 Programas de Necessidades Básicos -------------------------------------------------- 46 
6.2 Programas de Necessidades Complementar ------------------------------------------ 47 
6. Diagnóstico da Área / Plano de Massas ------------------------------------------------ 49 
 
 
7 CONCLUSÃO -------------------------------------------------------------------------------------- 50 
 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ---------------------------------------------------------- 51 
 
 
 
 
 
LISTA DE MAPAS 
 
 
MAPA 01 – Acessos a Cidade e Área de Intervenção --------------------------------------------- 21 
MAPA 02 – Estrutura Primária – Área de Intervenção / Centro---------------------------------- 27 
MAPA 03 – Uso do Solo – Área de Intervenção / Centro ---------------------------------------- 28 
MAPA 04 – Hierarquia Viária e Transporte Público – Área de intervenção / Centro----------29 
MAPA 05 – Acessos e Hierarquia Viária – Objeto de Estudo ----------------------------------- 34 
MAPA 06 – Uso e Ocupação do Solo – Objeto de Estudo ---------------------------------------- 35 
MAPA 07 – Aspectos Naturais – Objeto de Estudo ----------------------------------------------- 36 
MAPA 08 – Diagnóstico da Área / Plano de Massas ---------------------------------------------- 51 
 
13 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A arquitetura efêmera tem sua definição de acordo com Scóz, 
Uma obra efêmera é aquela que tem já em seu início a anuência que precisa ser 
desmontada. Os caminhos que se abrem frente a essa condicionante de projeto são 
diversos, entretanto não estão exclusivamente ligadas a resolver o problema de seu 
impacto ambiental. 
Mesmo desaparecendo, sendo desmontada ou demolida, existem cicatrizes que 
permanecem no ideário coletivo (mesmo individualmente) que não podem ser 
desprezadas pelo arquiteto. (SCÓZ, 2009, p. 53). 
 
Não sendo permanente, faz com aconteça uma forte ligação emocional criada pela 
pessoa, a arquitetura efêmera resgata a valorização do espaço através do vínculo e 
proximidade entre o individuo e o local, principalmente quando o espaço possui grande 
potencial e carga para ser denominado como patrimônio histórico. Seja o patrimônio 
histórico, um bem material ou imaterial, ele apresenta grande importância como retratos que 
revelam a identidade de uma sociedade passada. Estabelecido o conceito de patrimônio 
histórico pelo Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, e estabelecido na Constituição 
Federal de 1988, em seu artigo 216. 
Enquanto o Decreto de 1937 estabelece como patrimônio “o conjunto de bens 
móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação seja de interesse público, 
quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu 
excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”, o Artigo 
216 da Constituição conceitua patrimônio cultural como sendo os bens “de natureza 
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de 
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da 
sociedade brasileira”. (Patrimônico Cultural –
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/218 Acesso 01 de julho de 2017.) 
 
O espaço a receber a intervenção é conhecido tradicionalmente como Largo do 
Rosário, no Centro Histórico de Lorena. O local com seu potencial de uso pouco utilizado e 
necessita de valorização e proteção como patrimônio histórico, para que o espaço exerça sua 
função social de praça. 
As praças, ao longo dos tempos, levando-se em conta os diversos aspectos que as 
envolvem, como definição, funções, usos e concepções, sofreram significativas 
mudanças. Todavia, é consenso que, a despeito das transformações impostas pelo 
tempo, às praças ainda representam um espaço público de grande importância no 
cotidiano urbano (DE ANGELIS et al., 2005). 
 
Sendo assim, a fim de preservar a referência, marca e marcos da vida de uma 
sociedade e ressaltar o importante valor histórico do local para a região, retratando as 
memórias que foram construídas ao longo dos anos e a contribuição na evolução histórica da 
cidade, a iniciativa de preservação do bem impede a sua descaracterização e valorização do 
patrimônio. Essa valorização será aplicada de forma concreta incentivando o sentimento de 
14 
 
 
pertencimento da população com relação ao espaço público da praça e trazendo benefício à 
comunidade e das cidades locais que compõem o eixo turístico da região, através de um novo 
uso, direcionada especificamente a eventos culturais multidisciplinares, onde as instalações 
arquitetônicas de caráter efêmero retratarão as lembranças constituintes no ideário das pessoas 
e também apresentarão às novas gerações a história que constitui a formação da cidade de 
Lorena. Essas ações estão inteiramente ligadas às emoções que a arquitetura efêmera vem 
suscitar nas pessoas, ao transformar um local em um espaço repleto de emoções e 
sentimentos. 
15 
 
 
1.1 OBJETIVO 
 
Tendo em vista o atual desenvolvimento da cidade de Lorena/SP, considerada pólo 
industrial e universitário, porém com poucos espaços de lazer e entretenimento para sua 
população, este trabalho tem como objetivo a resolução desta problemática, fazendo o Largo 
do Rosário, com sua carga histórica e valor patrimonial, amparo para festividades e eventos 
culturais tornando este espaço um ponto de encontro para comunidade local e da região, 
dando-o uma nova ocupação e também um lazer para a população. 
Com a grande responsabilidade de acolher um público estudantil flutuante e ganhando 
destaque na região pela sua infraestrutura, ainda assim a cidade carece de espaços de 
entretenimento. A ideia é transformar o Largo do Rosário em um espaço de convívio social e 
lazer de uso constante para a população local e da região. 
Essa proposta visa impactar de forma significativa a economia como estratégia de 
recuperação do local. A qualidade do espaço é uma ferramenta de valorização para atrair 
novos investimentos, além de promover também uma integração social e cultural, 
promovendo a sensação de pertença à comunidade, característica que hoje não é assumida, 
pois a praça se encontra pouco usada pela vizinhança local, tornando-a pouco explorada em 
seu potencial de uso e consequentemente pouco preservada.16 
 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
O Largo do Rosário, em Lorena/SP, se encontra pouco utilizada, a praça atende uma 
movimentação em horários específicos, tornando outros sem nenhum uso, o que atrai a 
marginalidade. Jane Jacob, em seu livro, Morte e vida de grandes cidades, ressalta a 
importância do uso combinado dos espaços, medida que faz com que “a calçada tenha 
usuários transitando ininterruptamente”, promovendo condições para que haja pessoas nas 
ruas de forma que elas exerçam a vigilância natural sobre os espaços públicos e, com isso, 
promova maior segurança. 
A valorização e o novo uso ao Largo do Rosário – Lorena/SP através da arquitetura 
efêmera, com instalações temporárias que se renovem constantemente, e que também 
comportem eventos, feiras, exposições, festas populares e eventos em geral pretende integrar 
cultura e lazer, transformando o espaço em um local de convívio social. O uso constante, por 
diferentes públicos, ao longo do dia aumenta a sensação de segurança e atrai cada vez mais 
pessoas. 
Isso poderá modificar a atual realidade da cidade de Lorena/SP, que se encontra em 7º 
lugar no ranking das cidades mais violentas da região, segundo uma pesquisa feita pela 
FLACSO (Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais) em 2012. 
 
 
 
 
17 
 
 
1.3 METODOLOGIA 
 
A pesquisa se orientou, primeiramente, pela coleta de dados referentes ao histórico do 
tema proposto, tais como patrimônio histórico, o surgimento da arquitetura efêmera, suas 
características e campo de atuação, a sua importância e influência nos projetos arquitetônicos, 
benefícios que a arquitetura efêmera oferece para a reestruturação dos espaços e resgate de 
toda sua memória e valor, amparados por referencias bibliográficas encontrados em livros, 
sites da internet, periódico e monografias, a fim de angariar o conhecimento necessário para 
organização e desenvolver do projeto. 
Subsequente, para elaboração do projeto foi necessário buscar bons embasamentos e 
referências projetuais que nortearam e ajudaram na elaboração do partido arquitetônico, 
elemento encontrado nos estudos de casos, que apresentam exemplos, meios e técnicas a 
serem adotadas no projeto. 
Fez-se necessário neste processo o levantamento de informações da área de estudo, 
contemplando todas as edificações existentes no local e no entorno, levantamento 
arquitetônico, fotografias, levantamento de dados e pesquisa de campo para amostragem, 
visitas técnicas ao local, levantamento métrico da área, elaboração de plano de massas, 
programa de necessidades e estudo preliminar. 
A revisão bibliográfica complementar com base nos levantamentos de dados das 
etapas anteriores foi necessária a fim de promover correta adequação do projeto à realidade 
contemporânea, dinâmica e em constante aperfeiçoamento e desenvolvimento. 
 Já a elaboração do Projeto Arquitetônico com base nos estudos realizados no decorrer 
de todas as etapas de pesquisa, levantamento de dados e necessidades, referências e estudo de 
casos, foi realizado através de um processo projetual específico e detalhado, em nível de 
Estudo Preliminar e Anteprojeto. 
E por fim foi elaborada a apresentação Gráfica da Produção de Desenho Arquitetônico 
em pranchas detalhadas e com informações relativas ao projeto com detalhamento dos 
aspectos construtivos, com desenhos técnicos e maquete física da Praça (Largo) do Rosário, 
em Lorena/SP. 
 
 
18 
 
 
2. ARQUITETURA EFÊMERA 
 
A arquitetura efêmera se manifestou de inúmeras maneiras ao longo do tempo, tendo 
como razão de ser, atender às necessidades dos povos primitivos. Não há como definir de 
maneira exata seu surgimento, tudo indica que a efemeridade vem acompanhando esta 
evolução da humanidade, desde as tendas nômades, que transportavam seus abrigos para 
vários locais, mas também nas ocas indígenas, até as atuais construções de grandes pavilhões 
de exposições. 
 
Figura 1– Iglu. Photo: GuidoVrola/iStock (Disponível em: https://www.outsideonline.com/1785956/what-do-i-
need-build-igloo - Acesso em: 13/06/2017). 
 
Os iglus (figura 01), por exemplo, usados pelos esquimós como abrigo das viagens e 
caçadas, são modelos de construções efêmeras, e que foram sendo aprimorados com o tempo. 
Assim também as tendas árabes, que servem como abrigo, são estruturas simples, sem muita 
tecnologia, porém destaca-se pela sua mobilidade em viagens no deserto, e que hoje 
proporciona uma abrangência muito maior, sendo desde tendas de habitação nômades, a 
cenários para teatros, espaços para shows, pavilhões de exposições e eventos, stands de feiras 
e etc. Cada qual apresentando sua particularidade e seu projeto. 
Neste evoluir da arquitetura efêmera, deparamos com situações de edifícios que foram 
projetados para ser temporário e acabaram se tornando permanente, como, por exemplo, a 
19 
 
 
Torre Eiffel (figura 02), projetada e executada para Exposição Mundial em 1889 na França, 
pelo engenheiro Gustave Eiffel, a fim de demonstrar o domínio das tecnologias metálicas 
(BENEVOLO,2001). A principio, pensada como uma estrutura a ser desmontada com o fim 
da exposição, acabou se tornado um marco e referência para o mundo todo. 
 
Figura 2– Visitea da Torre Eiffel no fim da tarde. Foto: iStock, Getty Images. (Disponível em: 
http://mapadomundo.org/paris/4-pontos-turisticos-de-paris - Acesso em: 13/05/2017). 
 
 
Dentre tanta diversidade, atualmente, uma grande tendência da arquitetura transitória 
são as estruturas metálicas, com sistemas ágeis no transporte e remontagem, o que 
garante a rapidez. A transição é a grande característica deste elemento construtivo, 
favorecendo também a leveza da construção e possibilitando vencer grandes vãos, 
além de contribuir de forma eficaz o visual. (ALBUQUERQUE, 2013). 
 
Anualmente acontecem inúmeros eventos por todo o planeta que se abrigam em 
espaços temporários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
2.1 Referências 
2.1.1 Estudo de Caso: Atelier do Rossio – Jardins Efémeros (Viseu/Portugal) 
Arquitetura efêmera possui um leque muito grande de atuação e pode atingir, também, 
um âmbito mais amplo e complexo, envolvendo os contextos urbanos e multidisciplinares da 
cultura local. Referenciando esta área da área de estudo, o Festival Jardim Efémeros que é um 
Festival cultural que acontece no Centro Histórico de Viseu/Portugal, representa bem, em que 
o projeto regido pelo Atelier do Rossio, onde quatro arquitetos usam a criatividade e a 
experiência profissional para confrontar o tema do festival a atender a expectativa de impacto 
da emoção das pessoas, tudo isso decorre entre edifícios memoráveis e devolutos no centro da 
cidade a fim de valorizar o patrimônio que ali se encontra. 
No jardim de arquitetura efémera que transforma a Praça D. Duarte, em Portugal, 
aproxima as pessoas a vivenciar seus sentimentos, a emoção e o encontro com as artes visuais, 
som, cinema, teatro, danças entre tantas outras faces que cultura contempla. O ambiente é 
uma reprodução de um jardim, que é composto por muitas árvores, anfiteatro, zonas de 
descanso e lazer e palcos que recebem os concertos de final de tarde e muitas atividades 
culturais ao longo do dia. 
A transformação acontece como uma intervenção, os edifícios devolutos e esquecidos, 
porém com grande carga histórica ganham vida ao serem reconhecidos e valorizados 
mantendo ele como se encontra, como se cada ruína representasse uma página de história que 
ali se escreveu. Lisbeth Rebollo fala sobre as instalações realizadas em edifícios antigos e o 
reflexo que isso gera. 
 
Figura 3 –JARDINS EFÉMEROS Autor: 
Fernando Carqueja Fotografia - 2016 
 
Figura 4 – JARDINSEFÉMEROS Autor: Fernando 
Carqueja Fotografia - 2016 
 
21 
 
 
“(...) assim como os museus instalados em edifícios antigos, históricos, são 
especialmente interessantes para a observação da cenografia das exposições de arte. 
Neles, já no primeiro contato com o museu o visitante é envolvido pela arquitetura 
do prédio; antes mesmo da exposição, o visitante depara com um verdadeiro 
espetáculo.” (GONÇALVES, 2004). 
 
É possível trazer uma nova estetização para o que ficou esquecido. Tudo se transforma 
constantemente. As cidades passam por uma metamorfose e nem tudo o acompanha e o 
Festival Jardim Efémeros vem concretizar o que Gilles Lipovetsky e Jean Serroy mencionam 
em seu livro, A estetização do Mundo correlacionando a concepção que os arquitetos e 
urbanistas vem aparecendo “como uma espécie de decoradores de cidades que procuram 
encena-la, fazer desta um espetáculo em si.”. Assim mencionam a dimensão e o reflexo 
gerado nestes espaços em que a vida das pessoas perpassa. 
 
“Velhos galpões são reativados, acolhendo atividades culturais e mercantis; velhos 
espaços ligados a atividades desaparecidas são requalificados (...). Teatralizando-se, 
tematizando-se, espetacularizando-se a cidade gera experiências, suscita emoções, 
cria sensações; nela busca-se uma atmosfera. (...) Nessa ótica se multiplicam as 
Figura 5 – JARDINS EFÉMEROS Autor: Fernando Carqueja Fotografia - 2016 
 
22 
 
 
festas e as animações programadas, tornando-se estas um componente essencial das 
políticas urbanas.” (Lipovetsky, Gilles. 2015) 
 
 
Esta intervenção exprimiu toda emoção da arquitetura em favor da cidade, 
confrontando ela com a emoção das pessoas. Principalmente ao integrar elementos robustos 
como madeira, aço como instalação sem descaracterizar a essência dos edifícios, e ainda 
integrar a iluminação como forma de valorizar os espaços. 
 
2.1.2 Estudo de Caso: Matadero – Centro de Criação Contemporânea 
(Madrid/Espanha) 
 
Localizado em Madrid, o Matadero – Centro de Criação Contemporânea situa-se em 
um antigo matadouro e mercado de gado, projetado pelo arquiteto municipal Luis Bellido 
(1869-1955). O arranjo original apresenta uma arquitetura Neomudéjar, típica das construções 
indústrias realizadas na transição do século XIX para o XX, na Espanha. A partir da sua 
desativação em 1996, foram realizados inúmeros projetos que davam funções alternativas 
para estes edifícios, desde Museu de Arquitetura, a Biblioteca Municipal, cinemas e centro 
comercial. Em 2005 o local começou a ser transformado em um centro com atividades 
multidisciplinares culturais e artísticas. Esses projetos foram divididos em várias fases, 
Figura 6 –Matadero. Fonte: Flickr. Disponível em: 
https://www.flickr.com/photos/mataderomadrid/with/33910284883/ Acesso em 13/04/2016. 
 
23 
 
 
concedidos a diferentes arquitetos, num processo que se associa ao conceito de work in 
progress. 
 
Todas estas intervenções tiveram a intenção de preservar os edifícios, conduzindo-se 
pela ideia de reversibilidade e mantendo as mostras da passagem do tempo, valorizando e 
acentuando a sua flexibilidade. As obras realizadas agem em meio ao equilíbrio entre o 
espaço original e a utilização de novos materiais. Sendo assim, as necessidades do extenso 
programa deste Centro Cultural foram satisfeitas mantendo a composição geral, os espaços da 
construção original, o caráter, a memória e as marcas da passagem do tempo pelos edifícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 
 
 
Figura 7 –Matadero. Fonte: Flickr. Disponível em: 
https://www.flickr.com/photos/mataderomadrid/with/33910284883/ Acesso em 13/04/2016. 
24 
 
 
3.1. Apresentação da Cidade/ Contextualização 
 
A área de estudo está inserida no Centro Histórico da cidade de Lorena, município do 
Estado de São Paulo e integrante da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, 
oficialmente delimitada pela Lei Municipal N° 1963 de 24 de fevereiro de 1992. Cidade de 
localização privilegiada, por se encontrar no eixo de três importantes capitais do país, São 
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte grande atrativo para as Indústrias, sendo classificada 
como pólo industrial. Lorena também conta com três centros universitários que atraem 
estudantes de toda a região. Condicionantes que torna a cidade mais populosa e 
consequentemente com maior anseio por espaços de lazer e entretenimento. 
Figura 8– Localização da cidade de Lorena e do seu centro histórico. Fonte: Elaboração própria, 2017 
 
 
Além disso, a cidade esta integrada ao Circuito Turístico Religioso do Vale do 
Paraíba. Segundo informações das coletas de dados disponíveis pelo IBGE (2016) – Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística - a cidade conta com 82.537 habitantes e seu IDH 
elevado, sendo 0,807. 
 
A área de estudo esta localizada no centro da cidade, conforme documentação oficial 
da Prefeitura Municipal de Lorena (ver mapa 01). 
A cidade contempla cinco acessos, sendo duas pela Rodovia Presidente Dutra (BR-
116), ligadas a Rodovia Juscelino Kubitscheck de Oliveira (BR-459) e Avenida Peixoto de 
Castro. Outros dois acessos se dá pela Estrada Velha, Rodovia Washington Luiz (SP-62) que 
liga Lorena à cidade de Guaratinguetá e pela Rodovia Oswaldo Junqueira Ortiz Monteiro (SP-
62) que dá acesso às cidades de Canas, Cachoeira Paulista, Cruzeiro entre outras cidades. Por 
fim, partindo do Estado de Minas Gerais, o acesso é realizado pela Rodovia Juscelino 
Kubitscheck (BR-459) (Ver mapa 01). 
MAPA - ACESSO A CIDADE MAPA 01
ELABORAÇÃO PRÓPRIAÁREA DE INTERVENÇÃO - CENTRO
1-Rodovia Washington Luiz (SP-62); 2-Rodovia 
Presidente Dutra (BR-116) ligada Av. Peixoto de Castro; 
3- Rodovia Oswaldo Junqueira Ortiz Monteiro (SP-62); 
4-Rodovia Presidente Dutra ligada a Rodovia Juscelino 
K u b i t s c h e c k d e O l i v e i r a ( B R - 4 5 9 ) ; 
5- Rodovia Juscelino Kubitscheck (BR-459).
1
2
4
5
3
ACESSOS A CIDADE
ACESSO A ÁREA DE INTERVENÇÃO
ÁREA DE INTERVENÇÃO
LEGENDA
26 
 
3.2 Histórico da Área: 
Devido à travessia do Rio Paraíba em direção a Minas Gerais, espontaneamente surgiu 
um pequeno porto com a finalidade de receber os barcos que na região transitavam (REIS, 
1988). A cidade por se localizar em uma posição estratégica entre os eixos das Capitais de 
São Paulo e Rio de Janeiro e também a área de mineração no interior mineiro e goiano, era 
extremamente requestada por nomes influentes da época (MACEDO, 2009 apud AYRES do 
CASAL, apud EVANGELISTA, 1978). 
A área em estudo deste trabalho foi onde a cidade começou, e elevou-se com a 
chegada de Bento Rodrigues Caldeira em 1695, um bandeirante com rota a Minas, com sua 
família e mais outras pessoas que ali se abrigaram (BARRETO, 1998). 
 
Figura 9 – Catedral Nossa Senhor da Piedade vista das margens do Rio Paraíba. Disponível em: 
http://www.lorena.sp.gov.br/wordpress/index.php/2015/11/11/aniversario-de-lorena/#prettyPhoto/0/ Acesso em: 
13/05/2017). 
 
Em 1705, com auxilio de João de Almeida Pereira e Pedro da Costa Colaço, 
levantaram uma capela com título de Nossa Senhora da Piedade, muito simples, de taipa de 
pilão, que passado o tempo foi demolida e construída a atual Matriz no lugar, levando o título 
de primeiro patrimônio histórico religioso do então povoado (BARRETO, 1998). 
A capela foi construída em um ponto estratégico, próximo ao porto, com incumbência 
de facilitar as orações dos bandeirantes que por ali iam e descansavam para depois seguirem 
27 
 
viagem. (MACEDO, 2009 apud D‟ELBOUX, 2004) Ao redor dessa capela o povoado 
cresceu e se desenvolveu. 
Correspondente ao crescimento a pequena freguesia,em 14 de novembro de 1788, 
transcendeu a Vila, pela Portaria de 06 de setembro de 1788, auferindo o nome de Lorena em 
homenagem ao governador da Capitania de São Paulo, Bernardo José de Lorena - “em 1788, 
de tal forma se encontrava desenvolvida a pequena Freguesia de Nossa Senhora da Piedade 
do Hepacaré [...] foi elevada a Vila, desmembrando do território de Guaratinguetá” 
(RODRIGUES, 1956). 
A Matriz prosseguiu sendo a maior e mais representativa construção da Vila. O local 
tinha o aspecto semelhante às vilas coloniais do período, com suas casas ocupando a testada 
dos lotes e constituindo assim uma paisagem contínua e com gabarito semelhante em todos os 
edifícios (D‟ELBOUX, 2004). 
 
Figura10 – Croqui Igreja Nossa Senhora do Rosário – Lorena/SP. Fonte: Elaboração própria, 2016. 
 
Por volta de 1851 houve uma ampliação da área urbana da cidade e novos espaços 
públicos surgiram como é o caso do Largo Imperial (atual Pça Dr. Arnolfo de Azevedo) e o 
Largo do Rosário. 
28 
 
Nesse mesmo período, existiam algumas construções ostensivas para a época, entre 
elas: o sobrado Comendador Antônio Clemente dos Santos, a Praça da Matriz e o Solar do 
Senhor Lauro Monte Claro, à Rua Viscondessa de Castro Lima (MACEDO, 2009 apud 
RODRIGUES, 1956). No Largo do Rosário como é tradicionalmente conhecida a Praça 
Capitão Mor Manoel Pereira de Castro, situava-se a sede da Prefeitura Municipal e biblioteca 
que foi demolida, não há registros do acontecimento, o fato é reconhecido pelos relatos dos 
moradores mais antigos e as marcas que ainda permanecem na pavimentação da praça 
revelando o uso anterior. Sidnéia Barbosa Flores relata em um poema o fato, “Saudades da 
Biblioteca Municipal, também no Largo do Rosário, onde passei maravilhosos momentos da 
minha vida. Sinto que o magnifico casarão que a abrigava tenha sido demolido.”. Evangelista 
(1978) também descreve a configuração qual a o Largo do Rosário se encontrava quando por 
volta do ano de 1830 começavam as mudanças na paisagem urbana local; 
Do Largo da Matriz seguia se pela Rua Augusta(atual Pe. Manoel Teotônio) 
até o Largo do Rosário. Aí estavam o sobrado da Camara ,e a Igreja de Nossa Senhora 
do Rosário dos Homens Pretos. Também o Largo não era o mesmo : a capela tinha 
uma torre , o prédio da Camara avançava mais para o centro, deixando um pequeno 
largo no fundo ,onde funcionava aos domingos a „‟ Quitanda‟... 
 
A região em análise, sendo parte da área central da cidade, carrega consigo uma 
grande bagagem histórica, histórias essas lembradas até hoje contada pelos edifícios ali 
construídos e que permanecem em pé. Como é o caso do casarão da Família Moreira que 
atualmente abriga a Secretaria da Cultura e o Museu Municipal. 
Entende-se que o processo de transformação e evolução urbana ocorre de modo lento. 
A Vila de Lorena passa a Cidade por Lei provincial nº 21 ou 541, de 24 de abril de 1856, 
sendo o 26º município do estado de São Paulo (MACEDO, 2009). 
 
3.3 Contextualizações paisagísticas 
 
Ao analisar a arquitetura da cidade, podemos identificar os diversos elementos 
formadores da paisagem urbana, sua evolução ao longo da história, sua composição na forma 
da cidade, a influência que sofre a cultura, economia, história, entre tantos outros fatores que 
contribuem para formação de uma identidade da arquitetura. 
A morfologia da área é mostrada em mapas que expressam diferentes tópicos de 
análise, que traduz mais claramente os diversos elementos citados acima como formadores da 
paisagem urbana. 
29 
 
Primeiramente, o perímetro de estudo, situado na área central e histórica da cidade, 
conta com um grande acervo de estrutura primária que articula todo o movimento do local, 
tais como a Catedral Nossa Senhora da Piedade, Casa da Cultura, Câmara Municipal, Unisal, 
Bancos, comércio e etc. 
A composição do sistema viário de Lorena possui características muito importantes 
para a cidade, pois ajudou a definir a forma da cidade. 
Os sistemas de serviços rodoviário e ferroviária de Lorena, por exemplo, são 
privilegiados, pois a cidade é beneficiada pela sua localização estrategicamente 
instalada nas proximidades de 4 dos 9 principais portos do Brasil, a saber: Santos, 
Sepetiba, Rio de Janeiro e São Sebastião. (CITY’S BOOK, 2015. Pág 15). 
 
A cidade também conta com uma grande base educacional, por acolher importantes 
instituições de ensino que atrai estudantes oriundos de toda região. São as instituições: um 
campus da Universidade de São Paulo – USP, referência na área de engenharia. O 
UNIFATEA e UNISAL, direcionada a formação na área de Humanas. A presença de três 
centros de ensino de excelência faz com que a cidade seja um atrativo para as indústrias. 
Além disso, a cidade possui importantes edifícios religiosos, que torna a cidade parte do eixo 
do turismo religioso, e possui também outros elementos referentes à saúde e cultura. (Ver 
mapa 02) 
Toda esta morfologia poderia contribuir para a homogeneidade da cidade, não criando 
usos específicos para cada área e em determinados horários do dia apenas, e sim, fazer com 
que a ideologia de Jane Jacobs fosse colocada em prática. A autora defendia o uso combinado 
dos espaços, a fim de propor um movimento contínuo nos diversos horários do dia. Dessa 
maneira evita-se que um local só funcione em horário comercial e seja pouco utilizado a 
noite, ou mesmo evitar que um local tenha pouco movimento por ser uma área estritamente 
residencial. É muito necessário o uso combinado dos horários e principalmente em fazer uso 
do velho para coisas novas, valorizando ainda mais a localidade. 
Outra análise é a apresentação dinâmica dos mapas, diferenciando os usos e fluxos da 
área, que nos permite fazer algumas comparações. Diante de tal análise, vemos grande uso 
misto e comercial, que se desenvolvem ao longo da Rua Dom Bosco, a paralela Rua Dr. 
Rodrigues de Azevedo e a Praça Arnolfo de Azevedo, diferente da região do largo do Rosário 
onde a predominância se dá pelas residências (Ver mapa 03). 
Devido a esta diferenciação de usos, os fluxos também se divergem, por exemplo, a 
área essencialmente constituída por residências, é composta por vias locais de pouco 
movimento, já nas vias onde se dá a predominância de uso misto e comercial é onde se 
30 
 
concentra o fluxo intenso de veículos e pedestres, por concentrar as mais importantes 
atividades da cidade (Ver Mapa 04). 
Essa analise, se reflete também no aspecto segurança. Certamente as ruas com grandes 
predominâncias de comercio e misto, os pedestres circulam com mais segurança e na área de 
predominância residencial acontece o contrário, devido a pouca movimentação de pedestres. 
Como citado, a área em estudo faz parte do centro histórico da cidade de Lorena, 
porém muitas coisas foram sofrendo alterações ou adaptações ao longo do tempo. As 
edificações onde se estabelece o comércio precisou adaptar-se à grande característica da 
antiguidade do local, como a falta de recuo das construções, característica histórica da 
arquitetura. São muitas as análises paisagísticas apresentadas por este estudo. A própria 
preservação é muito mais na área residencial, do que na região mista e comercial. 
Analisando a configuração morfológica, vemos a intensidades das áreas verdes 
encontradas nas áreas de lazer, e algumas interações do verde com a área edificada. A própria 
Praça do Rosário, foi alvo de críticas por moradores que alegam que a arborização já foi 
melhor cuidada e que hoje está abandonada, diferentemente da Praça Arnolfo de Azevedo que 
detém de uma grande reforma por se encontrar em uma localidade de grande circulação. A 
relação dos espaços livres com o privado mostra-se diferenciado, pois a área é bem densa,e o 
contraste acontece apenas com as praças públicas, não obtendo lotes desocupados com 
vegetação. 
Outra analise observada é que, de acordo com os dados obtidos através da pesquisa, é 
possível perceber que os edifícios de dois pavimentos são predominantes na área de zonas 
comerciais e mistas, onde o pavimento térreo é utilizado para comércios e os pavimentos 
superiores são residenciais. 
Além disso, o estilo Colonial predomina nas construções, influência do início da 
urbanização da área e característica marcante do início do Séc. XIX, principalmente na área 
residencial. 
Apesar de serem perceptíveis esses estilos nos edifícios, a maioria deles não está bem 
preservada. Todos estão descaracterizados de alguma forma. Isso se dá, como já dito 
anteriormente, pela necessidade de reutilizar as construções para outros fins, principalmente o 
comercial. Essa descaracterização poderia ser impedida caso tais prédios fossem protegidos 
por legislação e tivessem o acompanhamento de arquitetos capacitados para orientar os 
moradores em reformas de casos especiais, como são os da área. 
 
 
MAPA - ESTRUTURA PRIMÁRIA MAPA 02
ELABORAÇÃO PRÓPRIAÁREA DE INTERVENÇÃO - CENTRO
1 - AMBULATÓRIO E ESPECIALIDADES
2 - COLÉGIO PATROCÍNIO DE SÃO JOSÉ
3 - CÂMARA MUNICIPAL
4 - PRAÇA DA CATEDRAL
5 - CATEDRAL DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE
6 - IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
7 - PRAÇA ARNOLFO DE AZEVEDO
8 - E.E. GABRIEL PRESTES
9 - UNISAL
10 - IGREJA SÃO BENEDITO
11 - ESCOLA PROFISSIONALIZANTE MILTON BALLORINI
12 - LAR SÃO JOSÉ
13 - IGREJA DO LAR
14 - VELÓRIO
15- BIBLIOTECA MUNICIPAL
16 - PRAÇA CONDE MOREIRA LIMA 
17 - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
18 - CANÇÃO NOVA
19 - CLUBE COMERCIAL
20 - RUA DOM BÔSCO
21 - RUA DR. RODRIGUES DE AZEVEDO
22 - RUA MAJOR DE OLIVEIRA BORGES
23 - RUA DUQUE DE CAXIAS
24 - RUA CORONEL JOSÉ VICENTE
25 - RUA BARÃO DE CASTRO LIMA
26 - RUA COMENDADOR CUSTÓDIO VIEIRA
27 - RUA SÃO BENEDITO
28 - FERROVIA
29 - AV. JOÃO PAULO XVIII
LARGO DO ROSÁRIO- LOCAL DE INTERVENÇÃO
FLUXOGRAMA- ESTUDOS DE IMPLANTAÇÃO
0 50 100 150 200
ESCALA GRÁFICA
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MAPA 03
ELABORAÇÃO PRÓPRIA
COMERCIAL
MISTO
LAZER
RESIDENCIAL
MAPA - USO DO SOLO
ÁREA DE INTERVENÇÃO - CENTRO
INSTITUCIONAL
Largo do Rosário - Área de Intervenção
MAPA 03
ELABORAÇÃO PRÓPRIA
0 50 100 150 200
ESCALA GRÁFICA
COMERCIAL
MISTO
LAZER
RESIDENCIAL
MAPA - USO DO SOLO
ÁREA DE INTERVENÇÃO - CENTRO
INSTITUCIONAL
MAPA - HIERARQUIA VIÁRIA E TRANSPORTE MAPA 04
ELABORAÇÃO PRÓPRIAÁREA DE INTERVENÇÃO - CENTRO
LARGO DO ROSÁRIO- LOCAL DE INTERVENÇÃO
34 
 
4. Diagnóstico da área de implantação do projeto: 
 
A área de intervenção será a Praça Capitão-Mor Pereira de Castro, localizado no 
Centro, Lorena – SP, tradicionalmente conhecido como Largo do Rosário. O local se encontra 
no centro Histórico, abastecido por uma estrutura primária bem significativa, que influência 
muito à dinâmica e fluxo da cidade, compõe-se de edifícios como Catedral de Nossa Senhora 
da Piedade (Igreja Matriz), Centro Universitário Salesiano (Unisal), Agencias bancarias, 
comércio e etc. E no entorno praça, nas ruas adjacentes, ainda conta com praças, igrejas, 
Postos de saúde, edifícios públicos e etc. 
A área de intervenção possui em média 1385 m² e o terreno é plano. Por se localizar 
no centro oferece toda infraestrutura básica, transporte e serviços em geral, que faz do local 
ter grande potencial e valor. 
A área retangular, os lados mais estreitas são para Leste e Oeste. E as principais vias 
adjacentes à área (Dr. Rodrigues de Azevedo e Rua Dom Bosco) localizam-se, 
respectivamente, a Norte e Sul. 
 
Figura 11 – Vista Praça do Rosário – Lorena/SP. Fonte: Rafael Lima , 2017. 
Figura 12 – Igreja N. S. do Rosário – Lorena/SP. Fonte: Heverton Oliveira , 2017. 
 
35 
 
Figura 13 – Vista Praça do Rosário – Lorena/SP. Fonte: Heverton Oliveira , 2017. 
 
4.1 Acessos e Hierarquia Viária 
 
O acesso à área dá-se pelas mesmas vias mencionadas aos acessos da cidade, como 
vias prioritárias. No âmbito bairro, o acesso ao centro acontece pela Rua Dom Bosco e Rua 
Dr. Rodrigues de Azevedo, e pelas ruas perpendiculares, tais como, Rua Padre Manoel 
Teotônio de Castro e Rua Hepacaré. Outro acesso importante acontece pela Rua Conselheiro 
Rodrigues Alves e continua pela Rua Viscondessa de Castro Lima. (Ver mapa 05) 
É necessário trafegar por essas vias de grande importância para cidade, mencionadas 
acima, que possuem grande fluxo e interfere diretamente na dinâmica da cidade em horários 
específicos, por conta de ser um acesso ao centro comercial e também a Unisal (Centro 
Universitário Salesiano). 
O local, atualmente, serve a região como um estacionamento de carros, pela grande 
demanda de uso em seu entorno. O local é de fácil acesso, pois se encontra próximo a 
Catedral de Nossa Senhora da Piedade, que pela sua grandiosidade e importância, acaba sendo 
um marco visual, podendo ser observada de vários pontos da cidade, e também, se possui 
Paralela a sua localidade se encontra a Rua Dom Bosco que dá acesso a UNISAL, grande 
referência na cidade. 
 
4.2 Uso e Ocupação do solo 
 
A área em análise possui grande predominância de residências e alguns edifícios com 
algum uso misto. Possui um gabarito bem característico e conservado, onde grande parte dos 
edifícios são de 1 e 2 pavimentos. A característica da vizinhança ainda se mantém grande 
36 
 
parte conservada em relação a sua origem, com moradores de famílias tradicionais da cidade. 
(Ver mapa 06) 
O local por manter esta característica de caráter residencial é frequentado por 
moradores locais e também um ambiente de transição por onde os cidadãos passam para 
chegar ao seu destino, como ao centro comercial ou edifícios públicos situados no Centro da 
cidade. 
 Outra característica observada foi que por ser um local próximo ao centro comercial, 
o entorno da praça serve como um grande estacionamento público, fazendo com que a praça 
perca sua identidade e função de praça. (Ver figura 09) Visto que as praças são locais de 
encontro e convívio social; 
Os benefícios trazidos pelas praças públicas decorrem tanto da vegetação que pode 
ser abrigada por elas, quanto de aspectos subjetivos relacionados à sua existência, 
como a influência positiva no psicológico da população, proporcionada pelo contato 
com a área verde e/ou pelo uso do espaço para o convívio social (VIERO; FILHO, 
2009). 
 
 
Figura 14 – Vista Praça do Rosário – Lorena/SP. Fonte: Rafael Lima , 2017. 
 
 
4.3 Aspectos naturais 
 
Em relação aos aspectos naturais da área de intervenção a principal característica é que 
o terreno é plano. A praça também conta com número significativo de árvores e arbustos, 
algumas típicas de origem brasileira, e outras desconhecidas, além de canteiros gramíneos, 
características que a denomina como uma Área Verde. A composição arbórea se faz 
necessária em praças, primeiramente pelo conforto térmico proporcionado ao ambiente, e em 
relação à arquitetura efêmera, são elementos muito importantes para composição do projeto e 
37 
 
integração com elementos atuais da construção apresentando o contraste que os mesmo 
possuem. (Ver mapa 07) 
 As áreas verdes urbanas são consideradas como o conjunto de áreas intraurbanas 
que apresentam cobertura vegetal, arbórea (nativa e introduzida), arbustiva ou 
rasteira (gramíneas) e que contribuem de modo significativo para a qualidade devida e o equilíbrio ambiental nas cidades. (Parques e Áreas Urbanas – Ministério do 
Meio Ambiente - Disponível em: http://www.mma.gov.br/cidades-
sustentaveis/areas-verdes-urbanas/parques-e-%C3%A1reas-verdes Acesso em 
28/05/2017). 
 
As residências e instituições vizinhas, por seu entorno, são também abastecidas por um 
grande arranjo arbóreo, criando uma grande composição verde na área de intervenção. Nas 
suas proximidades também conta com a passagem do Rio Paraíba do Sul, rio que corta e 
abastece várias cidades da região e o Rio Taboão. Diante da análise das condições arbóreas da 
praça e entorno, não será necessária a movimentação de qualquer elemento natural, porém 
será destinado um cuidado maior para a conservação das mesmas. 
 
4.4 Estado físico atual 
 
Atualmente o Largo do Rosário não apresenta boas condições, sua pavimentação foi 
danificada pelas raízes das árvores que cresceram na praça fazendo que o local não tenha 
nenhum segurança com relação à acessibilidade a deficientes físicos, além dessas calçadas 
não estarem adequados ao código de acessibilidade. A iluminação é precária, pois os postes 
de luz são cobertos pelas vegetações e árvores prejudicando a iluminação. O mobiliário 
urbano também se encontra bastante deteriorado e com poucos cuidados. 
MAPA 03
ELABORAÇÃO PRÓPRIA
0 50 100 150 200
ESCALA GRÁFICA
COMERCIAL
MISTO
LAZER
RESIDENCIAL
MAPA - USO DO SOLO
ÁREA DE INTERVENÇÃO - CENTRO
INSTITUCIONAL
FLUXOGRAMA- ESTUDOS DE IMPLANTAÇÃO
0 50 100 150 200
ESCALA GRÁFICA
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MAPA - ACESSO E HIERARQUIA VIÁRIA MAPA 05
ELABORAÇÃO PRÓPRIAOBJETO DE ESTUDO
0 50 100 150 200
ESCALA GRÁFICA
PRAÇA CAPITÃO MOR
 PEREIRA DE CASTRO
ÁREA DE INTERVENÇÃO
FLUXO BAIXO
FLUXO MODERADO
FLUXO INTENSO
HIERARQUIA VIÁRIA
LEGENDA
ACESSOS
RUA PADRE MANOEL TEOTÔNIO DE CASTRO
RUA VISCONDESSA DE CASTRO LIMA
RUA DOM BOSCO
RUA DR. RODRIGUES DE AZEVEDO
RUA HEPACARÉ
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MAPA - USO DO SOLO MAPA 06
ELABORAÇÃO PRÓPRIAOBJETO DE ESTUDO
ÁREA DE INTERVENÇÃO
COMERCIAL - 1 PAVIMENTO
COMERCIAL - 2 PAVIMENTOS
RESIDENCIAL - 1 PAVIMENTO
RESIDENCIAL - 2 OU MAIS PAVIMENTOS
MISTO - COMERCIAL / RESIDENCIAL
LAZER
ISNTITUCIONAL
LEGENDA
0 50 100 150 200
ESCALA GRÁFICA
41 
 
4.5 Legislações Urbanas e Condicionantes Legais 
Ao se tratar de uma intervenção em uma praça, se faz necessário entender que o 
espaço se trata de um bem público, que são todos aqueles que pertencem às pessoas jurídicas 
de Direito Público, ou seja, União, Distrito Federal, Municípios, Autarquias e Fundações 
Públicas. 
Primeiramente, o espaço se classifica como um bem municipal, pela sua denominação 
de praça, e garantido pelo Código Civil de 2002, como bens de uso comum do povo ou de 
Domínio Público, categoria destinada a espaços de uso geral pela coletividade. 
Implica sobre os bens públicos algumas condições, a afetação, ato que por meio da 
deliberação da Administração Pública necessita ter uma finalidade pública. Segundo Filho 
(2007), “A Afetação de um bem público ocorre quando o bem está sendo utilizado para um 
fim público determinado, seja diretamente pelo Estado, seja pelo uso de particulares em 
geral. [...]”. 
Incide também sobre os espaços públicos, a inalienabilidade (o bem de caráter Público 
não pode ser alienado); Imprescritibilidade (Os bens públicos não são passiveis de prescrição 
– Usucapião); Impenhorabilidade (os bens públicos não estão propensos a serem utilizados 
para o deleite do credor no pressuposto de não efetivação da obrigação por parte do Poder 
Público); Pela não – oneração (os bens públicos não podem ser usados com fins de cobrir e 
garantir o direito de terceiros). Essas categorias garantem a continuidade da prestação de 
serviço por parte do Poder Público, a fim de atender as necessidades coletivas. 
Outra condicionante legal que implica sobre o local é que de acordo com o Art. 8º, § 
1º, da Resolução CONAMA Nº 369/2006, o espaço possui a denominação de área verde de 
domínio publico. 
“[...] considera-se área verde de domínio público "o espaço de domínio público que 
desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da 
qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e 
espaços livres de impermeabilização". (Parques e Áreas Urbanas – Ministério do 
Meio Ambiente - Disponível em: http://www.mma.gov.br/cidades-
sustentaveis/areas-verdes-urbanas/parques-e-%C3%A1reas-verdes Acesso em 
28/05/2017). 
 
4.5.1Taxa de ocupação 
 
Segundo a Lei Municipal de Lorena N° 1.963 de 1992, Capítulo III, Artigo 28º As 
taxas de ocupação dos terrenos edificáveis, independentemente de sua localização serão: 
 
I – Uso Residencial – 50% da área do terreno; 
II – Uso Comercial, Industrial e Institucional – 80% da área do terreno. 
42 
 
 
No Artigo 29º Para efeito de cálculo das taxas de ocupação do coeficiente de 
aproveitamento e dos recuos, serão consideradas tanto as áreas construídas e cobertas da 
edificação principal, como as das edificações acessórias, se existirem. 
 
4.5.2 Recuos 
De acordo com a Lei N° 1.963 de 1992, Capítulo III, Artigo 20º fica estipulado recuo 
mínimo e obrigatório, de acordo com a classificação das vias, a partir do alinhamento do 
terreno, para ambos os lados, onde fica definido 4,00m (quatro metros) em vias V.D. e V.P. 
para usos residenciais, comerciais, institucionais, serviços e industriais. 
No Artigo 21º Fica estipulado o recuo lateral resultante da formula abaixo, em vias 
classificadas como V.P. e V.D., para edificações com piso de pavimento e/ou piso útil a uma 
distancia vertical maior que 10,00 m. contada a partir do nível da soleira do andar térreo. 
4.6 Limites 
 
Os limites da área de intervenção se dão pelos edifícios do seu entrono, por ser uma 
praça publica é uma área toda aberta. Qualquer pessoa tem acesso, mas como já mencionado, 
pouco utilizado, por conta da precária segurança. As vias são de fáceis acessos, o que não 
impõe obstáculos em sua localização ou acesso. Oficialmente delimitada pela Lei Municipal 
N° 1963 de 24 de fevereiro de 1992, o local é denominado como Centro, e faz limite com os 
bairros, Matadouro Velho, Vila da Figueira, Cabelinha, Jd. Nova Lorena, Vila Aparecida, Jd. 
Margarida, Vila Celeste, Vila D. Bosco e Vila Buck. 
 
4.7 Usuários 
 
A Praça é subutilizada e não exerce sua função social, em aproximar o cotidiano e 
fazer com as pessoas e sintam acolhidas ao frequentar o local, não há um sentimento de 
pertencimento. 
“[...] tanto em tempos remotos quanto na atualidade, fica claro que as praças 
desempenham importante papel como espaço democrático, de uso comum, palco de 
decisões e local de convívio e lazer de toda comunidade. Conhecer a importância, os 
usos e funções destas áreas é essencial para a valorização e preservação das praças 
públicas, especialmente numa época em que a preocupação global volta-se para o 
meio ambiente, a sustentabilidade e a qualidade de vida da população.” (VIERO; 
FILHO, 2009). 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15 – Vista Praça do Rosário – Lorena/SP. Fonte: Rafael Lima , 2017.44 
 
5 Partido Arquitetônico: 
Foi definido que o projeto deveria cumprir o papel de entretenimento para a população 
da cidade de Lorena/SP. Para isso, seria necessária uma implantação que possibilitasse 
espaços acolhedores que dialogue sutilmente com a rotina da cidade. 
Optou-se pela conservação de todas as edificações existentes, fazendo a população 
entenderem que ali se encontra boa parte da história da cidade e consequentemente carrega 
consigo muita memória, lembrança, marcos e marcas da sociedade. O espaço será utilizado 
com eventos culturais, com instalações temporárias e desmontáveis nos espaços, aplicadas 
através do conceito de arquitetura efêmera. Essas instalações seguirão um programa de 
necessidades básico, porém, serão renovadas quatro vezes ao ano, de acordo com cada estação 
do ano: verão, outono, inverno e primavera, referenciando a transição, a mudança da 
arquitetura de acordo com as estações, sem perder a memória e as lembranças da cidade. 
Sendo assim, a proposta será adaptar o local a usos de entretenimento atendendo a 
normas de acessibilidade ao espaço público, acolhendo classes sociais. O projeto se 
fundamentará através dessa arquitetura transitória que acompanhará a transição das estações 
do ano, propondo à população a interação com a praça, promovendo um ponto de encontro e 
convívio sociais através diversos eventos com espaços multidisciplinares e culturais. 
 A transição e as instalações junto às estações acontecerão de forma que sejam 
destacadas as características de cada estação do ano, promovendo às sensações e atividades 
condizentes com a mesma. A proposta conta também com a desapropriação do edifício Casa 
Amarela e proposta de novo uso para ela, para servir como instalação fixa de apoio as 
atividades que venham a acontecer na praça. 
 A referida “Casa amarela” foi projetado em 1890, pelo renomado arquiteto brasileiro 
Ramos de Azevedo, que também projetou a reforma da igreja Nossa Senhora do Rosário 
(antiga Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos) ao lado da residência. A Residência 
foi projetada para uma viscondessa sobrinha do Conde de Moreira Lima. Após seu 
falecimento, a residência foi comprada em 1928 pelo prefeito Cornélio de Azevedo Nunes. 
Atualmente pertence à filha dele, Sra. Lídia S. de Azevedo Nunes que atualmente reside no 
local. 
45 
 
 Dar novo uso a esse edifício histórico, tornando-o público mostra o valor que a casa 
representa ao Largo do Rosário, e como meio de preserva-lo, foi à medida escolhida para 
preserva-lo consequentemente promovendo sua conservação. 
O partido ainda contempla um estudo conceitual que aponta que cada estação do ano 
possui cores e energias distintas, resultando em interações emocionais diversas e, 
consequentemente, diferentes reações físicas. Somos influênciado diretamente pela emoção. 
Esse conceito de estudo das cores promove a identidade visual do evento e mapeia as 
sensações do local setorizando os espaços em abertos e fechados; reunião de público e 
contemplação; som e silêncio; de luz e sombra e etc. 
A Primavera, é a estação em que surgem os tons pastel - branco, creme, lilás em seu 
inicio. Conforme a Primavera avança, as cores vão se tornando mais intensas - como amarelo 
e roxo - anunciando a aproximação do Verão. O Verão indica uma época de intensidade. 
Todas as cores apresentam mais ativas e alegres nessa época do ano. O vermelho, laranja e 
amarelo propõe vitalidade, saúde e energia. No Outono, as cores se tornam mais profundas - 
laranja, vermelho escuro, marrom, dourado - refletindo ao estado emocional que se torna mais 
introspectivo. O Inverno é a estação dos contrastes branco, vermelho e verde. 
5.1 Conceito –Arquitetura e as estações do Ano 
 As estações do ano tiveram sua origem através da percepção das variações sofridas 
pelo nosso clima (chuvas, estiagem, temperatura alta e baixa) que abrange cada região. As 
estações do ano ocorrem devido ao o movimento de Translação da Terra em torno do Sol e 
também devido à inclinação do eixo de Rotação de nosso planeta. 
O que mais contribui para esta variação é a inclinação do eixo de Rotação da Terra 
em relação a uma perpendicular ao plano de sua órbita (a órbita da Terra é chamada 
de Eclíptica), que é de 23 graus e 27 minutos. (...)Em certo momento temos o 
hemisfério norte mais voltado para o Sol e em outro momento temos o sul mais 
voltado para o Sol, provocando esta variação de temperatura que acaba ocasionando 
as estações do ano. 
(Conhecendo as Estações do Ano – Prof. Prof. Emerson Roberto Perez – Astrônomo 
e Diretor do Complexo Astronômico -Observatório e Planetário - da cidade de 
Presidente Prudente-SP – Disponível em: 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABfIQAC/conhecendo-as-estacoes-ano - 
Acesso em 15/06/2017) 
 
46 
 
 
Figura 16 – Estações do Ano. Disponível em: <http://bmjscomunidadeleitores.blogspot.com.br/2016/01/as-
leituras-e-as-estacoes-do-ano.html> Acesso em 12/06/2017. 
 
Cada uma das estações, sendo elas Verão, Outono, Inverno e Primavera, tem a 
capacidade de transformar não apenas o clima, o tempo e a temperatura, mas também tem 
grande poder de influências as pessoas, nos sentimentos, humor e etc. Mas um grande fator 
que esta metamorfose acompanhada é a condicionante conforto. Cabe à arquitetura, tanto 
amenizar as sensações de desconforto impostas pelas variações climáticas, como também 
propiciar ambientes que sejam tão confortáveis como os espaços ao ar livre. 
6 Anteprojeto 
6.1 Programas de Necessidades básicas 
O programa básico de necessidades apresenta espaços para que o evento possa atender as 
necessidades básicas do projeto e acolher de forma favorável as pessoas que farão uso das 
atividades. 
 Área de Convivência – área ao ar livre com elementos que promova a aproximação e 
integração das pessoas para trocas de experiências, mas também para descanso e lazer. 
 Palco (Ar livre ou Coberto) - área de cena ao ar livre ou coberto que não terá limites 
definidos, o palco se adaptará ou será definido a partir das linhas de visão do 
espectador em relação à área de cena proposta pela cenografia ou apresentação. 
 Salas/Tendas para cursos e atividades multiuso - Espaço destinado à realização de 
encontros, reuniões, oficinas, cursos de capacitação e atividades paralelas em geral. 
(Teatro Dança, Shows, etc.) 
 Lanchonete/Restaurante – Espaço destinado à alimentação e refeições rápidas. 
47 
 
 Instalações de apoio médico – Espaço de Apoio emergencial providência um 
atendimento pré-hospitalar. 
 Espaço Multiuso – Espaço ao ar Livre para atender atividades diversas 
multidisciplinares que venham acontecer dentro do evento. 
 Sanitários – Instalações sanitárias masculino, feminino e para deficientes, que 
venham atender aos usuários do espaço e evento. 
 
6.2 Programas de necessidades complementar 
O programa de necessidades complementar inclui atividades condizentes as 
características marcantes de cada estação do ano; 
Verão 
 Academia ao ar livre; 
 Espaço Recreação. 
 Shows; 
 Dança; 
 Teatro. 
 
Outono 
 Biblioteca ao ar livre; 
 Desfile de Moda. 
 Shows; 
 Dança; 
 Teatro. 
 
Inverno 
 Concerto Musical; 
 Livraria Café 
 Galeria; 
 Festival de Culinária. 
 Shows; 
48 
 
 Dança; 
 Teatro. 
 
Primavera 
 Jardim; 
 Feira Hortifrúti; 
 Feira de artesanatos. 
 Shows; 
 Dança; 
 Teatro. 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DA ÁREA / PLANO DE MASSAS MAPA 08
ELABORAÇÃO PRÓPRIASETORIZAÇÃO E CIRCULAÇÃO
0 50 100 150 200
ESCALA GRÁFICA
0 50 100 150
ESCALA GRÁFICA
CIRCULAÇÃO PRINCIPAL
SENTIDO DAS VIAS
EDIFÍCIO A SER DESOCUPADO - SERVIR COMOINSTALAÇÃO DE APOIO (ATENDIMENTO EMERGÊNCIA;
INFORMAÇÕES; SANITÁRIOS E ETC) 
ÁRVORE DESTAQUE
PÁLCO
ÁREA MULTIUSO
LANCHONETE
ÁREA DE CONVIVÊNCIA
ACESSOS
ÁREA DE INTERVENÇÃO
50 
 
7 CONCLUSÃO 
 
Atualmente acompanhamos uma sociedade em constante mudança e que anseia 
sempre pelo novo. Tendo em vista esta demanda e como meio de resgatar o valor histórico de 
um espaço, o Largo do Rosário – Lorena/SP, este trabalho usa da arquitetura efêmera para 
proporcionar este resgaste, além de outros objetivos secundários. 
O efêmero vem compor junto à arquitetura a grande demanda dos eventos e da 
transformação do espaço. A escolha do tema se deu diante da falta de opções para lazer e 
entretenimento e cultura na cidade, bem como o meio de resgatar o valor da Praça que ao 
longo do tempo perdeu sua principal função de promover encontro. 
Diante disto é possível constatar que o investimento em áreas associadas ao lazer e a 
cultura pode gerar bons resultados econômicos, além de maior visibilidade ao município e 
contribuir para a qualidade de vida da população. Acompanha também muitos reflexos 
secundários, como diminuição da marginalidade e promove uso adequado aos espaços 
denominados bens públicos, conservando-o, mas também a história da cidade e toda memória 
ali contida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
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