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09/08/2018 1 I. Fundamentos de Máquinas de Indução (Máquinas Assíncronas) # 1.1 Introdução # Acionamento de Máquinas Elétricas B Prof. Adilson Tavares IFSul – Campus Pelotas Curso de Engenharia Elétrica Máquina de indução de gaiola de esquilo: robustez e baixo custo (grande aplicação) Operação como motor de indução ou gerador de indução Controle mais complexo que o da máquina CC 09/08/2018 2 Máquina de indução de Rotor Bobinado Velocidade Síncrona p f ns 120 f=60 Hz p=2 polos p=4 polos p=6 polos p=8 polos ns=3600 rpm f=50 Hz ns=1800 rpm ns=1200 rpm ns=900 rpm ns=3000 rpm ns=1500 rpm ns=1000 rpm ns=750 rpm 09/08/2018 3 Velocidade Angular Síncrona [rad/s] )2/( 1 p s 11 2 f )2/( 2 1 p f s Velocidade de escorregamento (slip) mssl mssl nnn [rad/s] [rpm] Onde: 2π rad/s = 1 rps = 60 rpm Escorregamento s ms s sls s ms s sl n nn n n s s mss )2/( )2/( p p s ms p pp s )2/( )2/()2/( 1 1 )2/( mps mme p )2/( Velocidade angular elétrica, velocidade angular de uma máquina equivalente de 2 polos. 1 1 mes Frequência no rotor (frequência de escorregamento) 1 2 s12 fsf 09/08/2018 4 Análise de Operação do Motor de Indução Trifásico Fm=FMM resultante (estator, rotor), FMM de entreferro, magnetizante 09/08/2018 5 09/08/2018 6 09/08/2018 7 09/08/2018 8 09/08/2018 9 Análise de Operação do Gerador de Indução Trifásico 09/08/2018 10 09/08/2018 11 09/08/2018 12 09/08/2018 13 09/08/2018 14 09/08/2018 1 I. Fundamentos de Máquinas de Indução # 1.2 Curvas Típicas e # Características de Desempenho Acionamento de Máquinas Elétricas B Prof. Adilson Tavares IFSul – Campus Pelotas Curso de Engenharia Elétrica Circuito equivalente Thèvenin Circuito equivalente recomendado pelo IEEE 09/08/2018 2 2 2 2 ' ' 3 I s R Pag 2 222 ''3 IRP 2 2 2 ')1( ' 3 Is s R Pm (potência de entreferro) (perda Joule no rotor) (potência mecânica desenvolvida) 2 2 2 2 2 2 ' ' 3 ')1( ' 3 I s R Is s R P P ag m Baixo escorregamento eficiência no processo de conversão agm PsP )1( 2 2 2 2 222 ' ' 3 ''3 I s R IR P P ag agsPP 2 Baixo escorregamento baixa perda Joule no rotor 09/08/2018 3 Torque eletromagnético (torque desenvolvido, eletromecânico,...) agm PsP )1( mm TP [SI] m mPT sm s )1( s agP T 2 2 2 ' '3 I s R T s 22 2 2 2 '/' ' XXsRR V I thth th Circuito equivalente Thèvenin 2 2 2 ' '3 I s RP T ss ag 22 2 2 2 '/' ' XXsRR V I thth th 22 2 2 2 2 '/' '3 XXsRR V s R T thth th s 09/08/2018 4 Circuito equivalente simplificado 221 2 21 1 2 '/' ' XXsRR V I 221 2 21 2 12 '/' '3 XXsRR V s R T s Curvas típicas de torque e de corrente no rotor Para baixos escorregamentos: '/' 22 XXsR th 22 2 2 2 '/' ' XXsRR V I thth th s R V I th ' ' 2 2 thRsR /'2 22 2 2 2 2 '/' '3 XXsRR V s R T thth th s s R V T th s ' 3 2 2 Variações praticamente lineares com o escorregamento 09/08/2018 5 Curvas típicas de torque e de corrente no rotor (para baixos escorregamentos) Curvas típicas de torque e de corrente no rotor Para altos escorregamentos: ')/'( 22 XXsRR thth 22 2 2 2 '/' ' XXsRR V I thth th ' ' 2 2 XX V I th th 22 2 2 2 2 '/' '3 XXsRR V s R T thth th s I2’ praticamente independente do escorregamento T inversamente proporcional ao escorregamento 22 2 2 ' '3 XX V s R T th th s 09/08/2018 6 Curvas típicas de torque e de corrente no rotor (para altos escorregamentos) Torque máximo e escorregamento de torque máximo 22 2 2 2 2 '/' '3 XXsRR V s R T thth th s )(f sT 0 ds dT 0 '/' '3 2 2 2 2 2 2 XXsRR V s R ds d thth th s 2 2 2 2 max )'( ' XXR R s thth T Exercício proposto Modo alternativo: teorema da máxima transferência de potência: 2 2 2 max 2 )'( ' XXR s R thth T 09/08/2018 7 Torque máximo e escorregamento de torque máximo 2 2 2 2 max )'( ' XXR R s thth T 22 2 2 2 2 '/' '3 XXsRR V s R T thth th s 22 2 2 max '2 3 XXRR V T ththth th s Motor / Gerador Exercício proposto Torque de Partida e Corrente de Partida (s=1) 22 2 2 ,2 '' ' XXRR V I thth th st 22 2 2 2 2 '' '3 XXRR VR T thth th s st Conclusões -O torque para cada escorregamento “s” varia com o quadrado da tensão aplicada (inclusive Tmax e Tst). -O torque máximo do gerador é maior do que o do motor. -O torque máximo não depende da resistência do rotor. -O escorregamento de torque máximo é diretamente proporcional à resistência do rotor, e não depende da tensão aplicada. -A corrente para cada escorregamento “s” varia proporcionalmente à tensão aplicada. 09/08/2018 8 Exemplo: variação de tensão aplicada Exemplo: variação de resistência do rotor 09/08/2018 9 Algumas relações úteis (Mohamed El-Hawary) Condição 1 de operação: T1, I2,1’ Condição 2 de operação: T2, I2,2’ # Torques 2 1,2 1 21 1 ' '3 I s RP T ss ag 22,2 2 22 2 ' '3 I s RP T ss ag 2 2,2 2 2 2 1,2 1 2 2 1 ' '3 ' '3 I s R I s R T T s s 2 2,2 1,2 1 2 2 1 ' ' I I s s T T (1) # Correntes 2212 1,2 /' ' lth th XsRR V I '2XXX thl 2222 2,2 /' ' lth th XsRR V I 2222 22 12 2,2 1,2 /' /' ' ' lth th lth th XsRR V XsRR V I I 2212 22 22 2,2 1,2 /' /' ' ' lth lth XsRR XsRR I I 09/08/2018 10 2212 22 22 2,2 1,2 /' /' ' ' lth lth XsRR XsRR I I Se R1 for desprezada Rth=0 2212 22 22 2,2 1,2 /' /' ' ' l l XsR XsR I I 1 ' 1 ' ' ' 2 1 2 2 2 2 2 2,2 1,2 l l Xs R Xs R I I 22 2 2 2 2 2 max )( ' )'( ' lththth T XR R XXR R s Lembrando: 21max 2 2max 22,2 1,2 /1 /1 ' ' ss ss I I T T (2) Para Rth=0: 21max 2 2max 2 2,2 1,2 /1 /1 ' ' ss ss I I T T (2) 2 2,2 1,2 1 2 2 1 ' ' I I s s T T (1) 21max 2 2max 1 2 2 1 /1 /1 ss ss s s T T T T (3) Se R1 for desprezível Se R1 for desprezível 09/08/2018 11 Considerando: T1=T e s1=s, como valores genéricos T2=Tmax e s2=sTmax , como valores máximos 21max 2 2max 1 2 2 1 /1 /1 ss ss s s T T T T 2max 2 maxmaxmax max /1 /1 ss ss s s T T T TTT max max max 2 T s s s s T T T Fórmula de Kloss Se o torque máximo e o escorregamento de torque máximo são conhecidos, é possível calcular o torque para qualquer escorregamento (de forma aproximada). Corrente de estator 'ˆˆ ˆ ˆ 2 1 1 1 II Z V I 09/08/2018 12 Corrente de estator 0 snn sm 0' ' 2 2 I s R pu 6,0 a 3,0I II NL ˆˆ ,1 'ˆˆ ˆ ˆ 2 1 1 1 II Z V I Corrente sem carga (No-Load, vazio) )('ˆ2 sfI constanteˆ I Corrente de estator 'ˆˆ ,2,1 FLFL II 'ˆˆ ˆ ˆ 2 1 1 1 II Z V I Operação com plena carga (Full-Load current, rated current) Corrente de partida (start) pu 8 a 5,1 stI pu 1,1 FLI 09/08/2018 13 Fator potência de entrada (input PF) 111 ZZ 1cosFP 221 cos inin in in in QP P S P Fator potência de entrada Sem Carga X Pin Qin X 09/08/2018 14 Fator potência de entrada Plena Carga Pin Qin Rendimento (efficiency) in out P P 2 111 3 IRP 111 cos3 IVPin 2 22 2 222 ''33 IRIRP fwccrot PPPP 21 09/08/2018 15 Rendimento IDEAL : desprezando todas as perdas, exceto P2 X inag PP agsPP 2 agmout PsPP )1( ag m in out ideal P P P P ag ag ideal P Ps)1( sideal 1 Prot=0 sideal 1 09/08/2018 16 Rendimento sob carga variável 2 111 3 IRP 2 22 2 222 ''33 IRIRP 12 21 cc fwccrot PP PPPP Perdas variáveis Perdas fixas Exemplo: Motor de indução trifásico Potência nominal: 10 kW Perdas variáveis: 1 kW (para potência nominal) Perdas fixas: 1 kW (a) Rendimento para 100% de carga (b) Rendimento para 50% de carga Exemplo: Potência nominal: 10 kW; Perdas variáveis: 1 kW (para potência nominal); Perdas fixas: 1 kW (a) Rendimento para 100% de carga in out P P varPPP P fixout out kkk k 1110 10 %8383,0 kkk k 25,015 5 %8080,0 (b) Rendimento para 50% de carga ?100 0 k %00 (c) Rendimento sem carga 09/08/2018 1 I. Fundamentos de Máquinas de Indução 1.4 Efeitos da Resistência do Rotor 1.5 Categorias Acionamento de Máquinas Elétricas B Prof. Adilson Tavares IFSul – Campus Pelotas Curso de Engenharia Elétrica 1.4 Efeitos da Resistência do Rotor R2 influi fortemente no desempenho Motor de indução de gaiola convencional: R2=baixa -Baixas perdas Joule no rotor: P2=3R2I2 2 -Baixo escorregamento em regime permanente -Alta corrente de partida -Baixo torque de partida TL Trot=0 09/08/2018 2 Grande tempo de aceleração Corrente alta por longo tempo Pequeno tempo de aceleração Corrente alta por pouco tempo Vários tipos de motor são disponíveis para atender as diversas necessidades das aplicações Motores de rotor bobinado R2=Rw2+ Rex 09/08/2018 3 Motores de rotor bobinado Características: -Controle de torque e corrente de partida -Controle de velocidade -Custo alto em relação à gaiola de esquilo e mais manutenção Aplicações: -cargas severas (alto torque e alta inércia) -alta frequência de manobras -necessidade de controle de velocidade Exemplos: guindastes e pontes rolantes. Motores de gaiola de barras profundas Uso do efeito pelicular (skin effect) em ranhuras estreitas e profundas f2=sf1 f2=60 Hz (partida) f2=3 Hz (regime permanente) 09/08/2018 4 Motores de dupla gaiola Alta resistência e baixa indutância de dispersão Baixa resistência e alta indutância de dispersão Gaiolas com “skewing” (Guru e Hiziroglu) -Incremento da resistência do rotor -Redução de harmônicas espaciais e torque de relutância 09/08/2018 5 1.5 Categorias Classificação de acordo com as características de torque: ABNT (NBR 17094-1:2013) categorias N, NY, H, HY, D N normal H high NEMA (National Electrical Manufacturer’s Association) Classes A, B, C e D IEC (International Electrotechnical Comission) Classe N e H Cat. N - Rotor de gaiola simples de baixa resistência Cat. H - Rotor de dupla gaiola e de barras profundas Cat. D - Rotor de gaiola simples de alta resistência 09/08/2018 6 Categoria N •Maioria dos motores comerciais. •Correspondência aproximada com as classes A e B Características: •Torque de partida baixo (ou normal): Tp = (0,65 a 2,0)Tn •Corrente de partida alta (ou normal): Ip = (5 a 9) In •Escorregamento nominal baixo (ou normal): sn < 5% Aplicações: Acionamento de cargas que apresentam baixo torque resistente na partida e que tenham baixa inércia. Ex: Ventiladores e bombas centrífugas NY: exigência de torque mínimo de partida (chave Y) Categoria D •Correspondência com a categoria D da NEMA. •Motor especial, fabricado sob encomenda. Características: •Torque de partida alto: Tp 2,75 Tn •Corrente de partida moderada: Ip = (4 a 6) In •Escorregamento nominal alto: sn = 5% a 15 % •Rendimento baixo (desaconselhando-o para o uso contínuo sob torque nominal). 09/08/2018 7 Categoria D Aplicações: Acionamento de cargas que apresentem elevado torque na partida e/ou alta inércia mas que em regime permanente solicitem pouco torque do motor. Geralmente é usado com volante de inércia. Ex: estampadoras, britadores, etc. Categoria H •Correspondência aproximada com a categoria C da NEMA. Características: •Torque de partida alto: Tp = (2 a 3) Tn •Corrente de partida alta (ou normal): Ip = (5 a 8) In •Escorregamento baixo: sn < 5% Aplicações: Acionamento de cargas que apresentem elevado torque na partida e/ou alta inércia e que seja exigido alto rendimento em regime permanente. Ex: Elevadores, esteiras transportadoras (e em todas as aplicações da Cat. N) HY: exigência de torque mínimo de partida (chave Y)
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