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Unidade III - Receita Pública

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RECEITA PÚBLICA
Profa. Alexandra Rufino
2017.1
Teoria dos Ingressos Públicos
Receita Pública
	► Receita Pública:
		É a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondências no passivo, vem acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo. Aliomar Baleeiro
		♦ Recursos utilizados para financiar os serviços públicos, portanto não há necessidade de devolvê-los em espécie.
► Ingresso Público:
		Corresponde a todos os valores que ingressam no patrimônio público, inclusive, os que ingressam com reserva e correspondência no passivo (aqueles que devem ser devolvidos aos particulares em espécie), sendo receita apenas aqueles que podem ser convertidos em bens e serviços públicos.
Ingresso = todas as entradas, mesmo quando geramlançamento no passivo.
Receita = apenas os ingressos que não geram lançamento no passivo.
Classificação doutrinária
► Quanto à competência:
	 Classifica-se de acordo com o ente da Federação recebedor.
► Quanto à regularidade da arrecadação pelo Estado:
 ♦ Ordinárias - recebimento regular;
 ♦ Extraordinárias - recebimento excepcional.
► Quanto à coercitividade:
♦ Originárias - advindas da exploração dos bens do Estado (jus gestionis);
	Doutrina: preços quase privados (finalidade lucrativa), preços públicos (garantem o custos do serviço) e preços políticos (bilateralidade).
♦ Derivadas – advindas do patrimônio do particular por meio da cobrança coercitiva feita pelo Estado (jus imperii).
		 Obs.: CF/88 x Lei nº 4.320/64.
Classificação doutrinária
► Quanto à afetação do patrimônio:
♦ Receitas Efetivas: alteram a situação líquida patrimonial. Incluem-se nos fatos contábeis modificativos aumentativos.
		 Ex.: As receitas correntes (exceto recebimento da dívida ativa) e transferências de capital.
♦ Receitas não efetivas: não alteram a situação líquida patrimonial, pois diminuem o ativo ou aumentam o passivo. Incluem-se nos fatos contábeis permutativos.
		 Ex.: As receitas de capital (exceto transferências de capital) e recebimento da dívida ativa. 
 Obs.: Patrimônio é o conjunto de bens, direitos (ativo) e obrigações (passivo) vinculado a uma pessoa ou a uma entidade.
Classificação Legal
► Quanto à natureza:
♦ Orçamentárias: arrecadados exclusivamente para aplicação em programas e ações governamentais.
		 Ex.: Receitas correntes e de capital.
♦ Extraorçamentárias: pertencentes a terceiros arrecadados para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução.
		Art. 3º, parágrafo único da Lei nº 4.320/64:
		 • Emissão de papel moeda;
		 • Operação de crédito por antecipação da receita orçamentária - ARO;
		 • Entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.
			Ex.: Cauções, fianças, depósitos, etc.
		Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3° desta lei serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
		Excesso de arrecadação – diferença positiva entre as receitas previstas e as receitas arrecadadas.
Praticando
Consoante a Lei nº 4.320/64, que estabelece normas gerais de direito financeiro, receita pública é aquela:
a) oriunda apenas do poder de império do Estado.
b) decorrente apenas da entrada de recursos financeiros ao tesouro da pessoa política, em caráter transitório.
c) derivada exclusivamente dos recursos denominados receita pela doutrina.
d) decorrente da entrada de recursos financeiros ao tesouro da pessoa política, a qualquer titulo, em caráter transitório ou definitivo aumentando o patrimônio público ou não.
Receitas Orçamentária Correntes
Superávit do Orçamento Corrente
► Lei nº 4.320/64:
		Art. 11 - O Superávit do Orçamento Corrente é resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes e não constituirá item de receita orçamentária. 
	♦ Diferença positiva entre receitas e despesas correntes;
	♦ Destina-se exclusivamente ao financiamento da despesa de capital.
♦ O superávit do orçamento corrente, definido no § 3.º, do artigo 11, da Lei Federal nº 4.320/64, não deve ser computado como item de receita orçamentária para evitar
a) um total de recursos inexistente.
b) a somatória de deduções.
c) o uso indevido de recursos.
d) novas operações de crédito.
e) uma arrecadação excessiva.
Receitas Orçamentária de Capital
Dívida Ativa
		 Todo crédito dos entes públicos, quando cobrado e não pago regularmente, perpassam por um procedimento para a sua cobrança, que, ao final, resultará na inscrição em um livro chamado “Dívida Ativa”, que tem a função de organizar a cobrança dos créditos.
 		 ► Requisito: Apuração prévia de liquidez e certeza do débito do contribuinte. Assim, a cobrança admite prova em contrário.
		 ► Finalidade: Emissão de certidão com validade de título executivo.
		 ► Tipos: Dívida ativa tributária e Dívida ativa não-tributária.
		 ► Fundamentação: Art. 39 da Lei 4.320/64. 
Estágios da Receita
Estágio
Procedimento
Previsão
Projeção das receitas orçamentárias para evitar a realização de gastos sem a existência de recursos.
Metodologia para a previsão (art. 12 da LRF)
Lançamento
Ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa devedora e inscreve o débito desta.
Tipos:Lançamentos de ofício, por declaração, por homologação
Arrecadação
Momento em que o contribuinte recolhe ao agente arrecadador o valor do débito, seja ele multa, tributo ou qualquer outro crédito.
A receita é considerada disponível após a arrecadação
Recolhimento
Fase da entrega dos valores arrecadados aos cofres do Governo. Assim, todos os recursos recolhidos são depositados numaconta únicado Tesouro Público pelos agentes arrecadadores.
Princípio da unidade de caixa(art. 56, da Lei nº 4.320/64)
Regime Contábil da Receita
 ► O que é regime contábil?
	Forma de escrituração contábil das receitas públicas, tal escrituração possui dois critérios:
	a) orçamentário (art. 35 da Lei nº 4.320/64);
	b) patrimonial (Secretaria do Tesouro Nacional –STN).
► No aspecto orçamentário (Lei nº 4.320/64)
	 ♦ As receitas são escrituradas pelo Regime de Caixa, isso significa que são consideradas receitas do exercício da receitas nele legalmente arrecadadas.
Praticando
Classificam-se como receitas corrente.
 a) As receitas tributárias, patrimoniais e de operações de crédito.
 b) As receitas de serviços, de contribuições e de alienações.
 c) As receitas da dívida ativa, de amortização de empréstimos e de serviços.
 d) As receitas de alienação de bens, de transferências correntes.
 e) As receitas de contribuições, agropecuárias e industriais.
De acordo com o aspecto orçamentário do regime contábil (Lei nº 4.320/64), consideram-se receitas do exercício as nele legalmente:
 a) liquidadas.
 b) arrecadadas.
 c) recolhidas.
 d) empenhadas.
 e) previstas.	
Leitura Complementar
Link: http://www.conjur.com.br/2013-nov-05/contas-vista-nao-basta-arrecadar-tributacao-desenvolver-pais

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