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Ação Popular (Lei 4717)

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AÇÃO POPULAR – LEI 4717/65.
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa e jurisprudencial: nenhuma.
Última atualização questões de concurso: 28/06/2019.
Observações quanto à compreensão do material:
Cores utilizadas:
EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na Lei 4717/65).
EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
Siglas utilizadas:
MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965.
	
	Regula a ação popular.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
        Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima [obs.: é o único legitimado] para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. (PGESE-2005) (TJPI-2007) (PGECE-2008) (TCEAP-2010) (TJDFT-2011) (MPF-2011) (TCEPR-2011) (MPTO-2012) (MPMS-2013) (TRF5-2013) (TCEAM-2013) (Cartórios/TJRR-2013) (MPSC-2014) (DPEMS-2014) (Anal. Legisl.-Câm. Deputados/2014) (DPERN-2015) (Anal. Judic./TJPI-2015) (Anal. Judic./TRT11-2017) (Anal. Judic./TJPE-2017) (MPMG-2018)
	##Atenção: A ação popular pode ser proposta por qualquer cidadão (nacional no gozo dos direitos políticos) com o objetivo de anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência. 
##Atenção: Como requisito para a propositura é ser cidadão (art. 5º, LXXIII da CF), e formalmente isso significa ter título de eleitor, aquele que, a partir dos 16 anos estiver munido deste documento, poderá ajuizar ação popular. 
##Atenção: ##TRF5-2013: ##CESPE: Seguindo o modelo das ações civis públicas, pode-se afirmar que na ação popular a lei outorgou a possibilidade de um legitimado atuar isoladamente em defesa de interesses de uma coletividade, como adequado portador de suas aspirações. Trata-se de “representatividade adequada” definida ope legis: a lei e a CF/88 outorgaram a qualquer cidadão a condição de portador adequado dos interesses metaindividuais da integridade do patrimônio público, da moralidade administrativa e do meio ambiente ecologicamente hígido, legitimando-o a defendê-los judicialmente quando atacados por atos de alguma das entidades previstas no art. 1.º da LAP. Portanto, tal como ocorre nas ACP’s, não se admite o controle da representatividade adequada em cada caso concreto, segundo o modelo ope judicis. Uma vez provada a condição de eleitor ou cidadão português equiparado, sua legitimidade não poderá ser recusada pelo Judiciário. (Fonte: Landolfo Andrade, Interesses Difusos e Coletivos, 2014, 4ª Ed. p. 287).
##Atenção: ##DPERN-2015: ##CESPE: Segundo o STJ, “a Ação Popular não é servil à defesa dos consumidores, porquanto instrumento flagrantemente inadequado mercê de evidente ilegitimatio ad causam (art. 1º, da Lei 4717/65 c/c art. 5º, LXXIII, da CF/88) do autor popular, o qual não pode atuar em prol da coletividade nessas hipóteses. A ilegitimidade do autor popular, in casu, coadjuvada pela inadequação da via eleita ab origine, porquanto a ação popular é instrumento de defesa dos interesses da coletividade, utilizável por qualquer de seus membros, revela-se inequívoca, por isso que não é servil ao amparo de direitos individuais próprios, como sóem ser os direitos dos consumidores, que, consoante cediço, dispõem de meio processual adequado à sua defesa, mediante a propositura de ação civil pública, com supedâneo nos arts. 81 e 82 do CDC. (....)” (REsp 818725/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, j. 13/05/2008).
##Atenção: ##DPERN-2015: ##CESPE: Nos casos de ação popular movida contra o Presidente da República, a competência originária para o seu julgamento não é do STF, pois não há previsão no art. 102 da CF/88, que conta com rol taxativo (regime de direito estrito). Nesse sentido, a jurisprudência do STF: “A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Presidente da República, é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau. Precedentes. Julgado o feito na 1ª instância, se ficar configurado o impedimento de mais da metade dos desembargadores para apreciar o recurso voluntário ou a remessa obrigatória, ocorrerá a competência do STF, com base na letra “n” do inciso I, segunda parte, do art. 102 da CF” (AO 859-QO, j. 2001 e relatado pelo Min. Maurício Corrêa).
##Atenção: O MP NÃO possui legitimidade para intentar ação popular. Todavia, se o autor desistir da ação ou der motivo à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições do art. 7º, II, ficando assegurado a qualquer cidadão bem como ao representante do MP, dentro de 90 dias da última publicação, promover o prosseguimento da ação. De forma simples, o MP atuará de quatro formas: 
a) Como parte pública autônoma, velando pela regularidade do processo e pela correta aplicação da lei, podendo opinar pela procedência ou improcedência da ação. Nesse caso, exerce o papel de fiscal da lei, ou “custos legis”.
  
b) Como órgão ativador da produção de prova e auxiliar do autor popular. Todavia, a função de auxiliar do autor da ação popular não implica em uma atividade secundária do Parquet. Ele não é um mero ajudante do autor da ação; ao contrário, possui uma atividade autônoma.
  
c) Como substituto do autor. Aqui, tem-se a palavra substituto empregada em sentido vulgar, como algum que age no caso da omissão de outrem. Ocorre quando o autor da ação popular (cidadão) ainda é parte no processo, mas é uma parte omissa. O Ministério Público, então, age em seu lugar, cumprindo ônus processuais imputados ao autor, que não os realizou.
 
d) Como sucessor do autor. Ocorre, em regra, quando o autor da ação desiste desta, quando, então, o Ministério Público tem a faculdade de prosseguir com a ação popular, quando houver interesse público. Nesse caso, é vedado ao Ministério Público desistir da ação popular. Seu poder de escolha refere-se ao impulso inicial (suceder ou não o autor). Depois disso, não pode mais voltar atrás.
##Atenção: ##CESPE: O STJ entende pacificamente que cabe julgamento antecipado da lide em ação popular. Consoante jurisprudência do STJ, não há cerceamento do direito de defesa quando o juiz tem o poder-dever de julgar a lide antecipadamente, dispensando a realização de audiência para a produção de provas ao constatar que o acervo documental é suficiente para nortear e instruir seu entendimento (AgRg no AREsp 431.164/RJ, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, j. 11/3/14).
       
	(TCERN-2015-CESPE): A ação popular e a ação civil pública diferem no que se refere à legitimidade ativa; quanto ao objeto, ambas tutelam interesses similares. BL: art. 1º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF e art. 5º, LACP.
OBS: De forma bem simples, a ação popular tem como legitimado ativo  o CIDADÃOem pleno gozo dos direitos políticos; Já a ação civil pública tem um rol mais amplo de legitimados ativos como, por exemplo, o MP e a Defensoria Pública. Ambos tutelam direitos coletivos. 
(MPMT-2012): A Ação Popular, como integrante do microssistema processual coletivo, é regida não só pela Lei 4.717/1965, mas também pelo CDC e pela Lei da Ação Civil Pública, sempre de forma complementar.
(MPMG-2011): A ação de improbidade administrativa poderá ser proposta mesmo já havendo sentença de procedência transitada em julgado em ação popular que anulou ato lesivo e determinou o ressarcimento do dano ao patrimônio público. Isso porque deve ser buscada a aplicação de sanções, observado o prazo decadencial.
OBS: A ação popular e a ação de improbidade são consideradas ações concorrentes, isto é, ações que embora variando quanto a causa de pedir ou aos seus legitimados ativos, prestam-se a atingir o mesmo resultado. Enquanto a primeira anula e determina o ressarcimento do dano, a segunda apura as irregularidades (dimensão do dano) e visa aplicar sanção quanto ao ato praticado. Assim, uma não impede a propositura da outra, na verdade, se completam.
§ 1º Consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico. (Redação dada pela Lei nº 6.513, de 1977) (MPMT-2012) (MPSC-2014)
	(Consultor Proc. Legisl.-AL/MS-2016-FCC): No tocante à Ação Popular, os bens e direitos de valor turístico consideram-se patrimônio público para os fins de tutela na referida ação. BL: art. 1º, §1º da LAP.
        § 2º Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o tesouro público concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, as conseqüências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos.
	(MPMG-2012): Em matéria de ação popular, é correto afirmar: A invalidez dos atos lesivos de empresas privadas subvencionadas por verbas públicas será limitada a repercussão que eles causarem sobre as contribuições dos cofres públicos. BL: art. 1º, §2º, LAP.
(TJMG-2005): Em relação à Ação Popular, prevista na CF/1988, é correto afirmar que está posta à disposição de qualquer cidadão e visa à obtenção da invalidação de atos ou contratos administrativos ou a estes equiparados, ilegais e lesivos ao patrimônio público nas esferas federal, estadual ou municipal, ou de suas autarquias, entidades paraestatais e, igualmente, pessoas jurídicas subvencionadas com dinheiro do cofre público. BL: art. 1º e §2º da LAP.
        § 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. (MPSP-2006) (TJPI-2007) (PGECE-2008) (MPTO-2012) (DPESC-2012) (TRF5-2013) (TCEGO-2014) (DPERN-2015) (Anal./PGERO-2015) (Cons. Proc. Legisl.-AL/MS-2016) (MPSP-2017) (PGM-Andralina/SP-2017)
	##Atenção: ##MPSP-2017: Além da prova da cidadania como um dos requisitos para a propositura de uma ação popular, que se dá através apresentação de título de eleitor ou documento equivalente, deve-se ressaltar que tal remédio constitucional, não suprime a exigência da presença de um advogado, que deverá assinar a petição inicial. Logo, o autor da ação popular precisa estar representado por advogado. 
	(MPMG-2018): O sujeito ativo da ação popular é o cidadão, ou seja, o eleitor, que é a pessoa natural no gozo de sua capacidade eleitoral ativa. A comprovação da condição de eleitor deve ser feita por meio do título de eleitor. BL: art. 1º, §3º da LAP.
(MPMS-2013): Tratando-se de Ação Popular de que trata a Lei 4.717/65, assinale a alternativa correta: Reconhece a Constituição Federal a legitimidade ativa do cidadão, sendo que a Lei 4.717/65 apenas define como prova da cidadania para esse fim ser eleitor, mostrando-se desinfluente para os fins da ação popular o domicílio eleitoral do autor da ação. BL: art. 5º, inciso LXXIII, CF e art. 1º, §3º da LAP e jurisprudência do STJ. (Atenção: Caiu também: DPERN-2015 e MPSP-2017)
OBS: Vejamos o seguinte trecho do julgado do STJ: “(...) A Constituição da República vigente, em seu art. 5º, inc. LXXIII, inserindo no âmbito de uma democracia de cunho representativo eminentemente indireto um instituto próprio de democracias representativas diretas, prevê que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular (...) Note-se que a legitimidade ativa é deferida a cidadão. A afirmativa é importante porque, ao contrário do que pretende o recorrente, a legitimidade ativa não é do eleitor, mas do cidadão. (...) O que ocorre é que a Lei n. 4717/65, por seu art. 1º, § 3º, define que a cidadania será provada por título de eleitor. (...) Vê-se, portanto, que a condição de eleitor não é condição de legitimidade ativa, mas apenas e tão-só meio de prova documental da cidadania, daí porque pouco importa qual o domicílio eleitoral do autor da ação popular. (...) O art. 42, p. único, do Código Eleitoral estipula um requisito para o exercício da cidadania ativa em determinada circunscrição eleitoral, nada tendo a ver com prova da cidadania. Aliás, a redação é clara no sentido de que aquela disposição é apenas para efeitos de inscrição eleitoral, de alistamento eleitoral, e nada mais. (...) Aquele que não é eleitor em certa circunscrição eleitoral não necessariamente deixa de ser eleitor, podendo apenas exercer sua cidadania em outra circunscrição. Se for eleitor, é cidadão para fins de ajuizamento de ação popular. (...) O indivíduo não é cidadão de tal ou qual Município, é "apenas" cidadão, bastando, para tanto, ser eleitor. (...) Não custa mesmo asseverar que o instituto do "domicílio eleitoral" não guarda tanta sintonia com o exercício da cidadania, e sim com a necessidade de organização e fiscalização eleitorais.” (REsp 1242800/MS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, j. 7/6/11).
(TJSE-2008-CESPE): Estrangeiro residente definitivamente no território nacional não pode propor ação popular. BL: art. 1º, §3º da LAP.
(TJMG-2008): Bola Sete Ltda. ajuizou ação popular contra o Município de Belo Horizonte para pleitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio municipal consistente em deferir à empresa “Dona da Bola”, mediante decreto, a exploração de todos os bares e restaurantes existentes nos parques municipais, sem, entretanto, promover a necessária licitação. O juiz indeferiu a inicial. Recorreu a autora, alegando: 1) que o ato administrativo é claramente ilegal e praticado com desvio de finalidade; 2) que o Município não observou a forma legal para a edição do decreto; e 3) que não lhe pode ser tolhido o direito de disputar, em licitação regular, a prestação dos referidos serviços. Segundo os fatos acima relatados, assinale a alternativa que representa o resultado a que chegou o Tribunal: confirmou a decisão de origem. BL: art. 1º, §3º da LAP e Súmula 365 do STF.
OBS: No caso, a ação popular foi proposta por pessoa jurídica ("Bola Sete Ltda"). Portanto, está correto o indeferimento da inicial, extinguindo o processo sem resolução do mérito. Segundo a Súmula 365 do STF, "Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular."
        § 4º Para instruir a inicial, o cidadão poderá requerer às entidades, a que se refere este artigo, as certidões e informações que julgar necessárias, bastando para isso indicar a finalidade das mesmas. (MPBA-2018)
        § 5º As certidões e informações, a que se refere o parágrafo anterior, deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze) dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser utilizadas para a instrução de ação popular.
        § 6º Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação. (MPBA-2018)
        § 7º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta desacompanhada das certidões ou informações negadas, cabendoao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e salvo em se tratando de razão de segurança nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado de sentença condenatória. (MPBA-2018)
	(MPMG-2012): Em matéria de ação popular, é correto afirmar: Poderá o processo correr em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado de sentença condenatória. BL: art. 1º, §7º, LAP.
        Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: (MPSC-2010)
        a) incompetência;
        b) vício de forma;
        c) ilegalidade do objeto; (MPBA-2018)
        d) inexistência dos motivos; (TCEAM-2013) (MPSC-2016)
        e) desvio de finalidade. (MPSC-2013/2016)
        Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
        a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;
        b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; (Cons. Proc. Legisl.-AL/MS-2016)
        c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; (Cons. Proc. Legisl.-AL/MS-2016) (MPBA-2018)
        d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; (TCEAM-2013) (MPSC-2016)
        e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. (MPMG-2012) (MPSC-2016) (Cons. Proc. Legisl.-AL/MS-2016)
	(MPMG-2018): De acordo com a Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965, são nulos os atos lesivos ao patrimônio, nos casos de incompetência, vício de forma, ilegalidade do objeto, inexistência dos motivos e desvio de finalidade. Segundo a referida Lei, a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; e o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. BL: art. 1º e §2º da LAP.
        Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles.
        Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º.
        I - A admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às condições de habilitação, das normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.
        II - A operação bancária ou de crédito real, quando:
        a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, estatutárias, regimentais ou internas;
        b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliação.
	(MPMG-2012): Em matéria de ação popular, é correto afirmar: É nulo o ato jurídico cujo valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliação. BL: art. 4º, II, “b”, LAP.
        III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando:
        a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência pública ou administrativa, sem que essa condição seja estabelecida em lei, regulamento ou norma geral;
        b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que comprometam o seu caráter competitivo;
        c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das possibilidades normais de competição.
        IV - As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem admitidas, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos de empreitada, tarefa e concessão de serviço público, sem que estejam previstas em lei ou nos respectivos instrumentos.,
        V - A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não cabível concorrência pública ou administrativa, quando:
        a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou constantes de instruções gerais;
        b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na época da operação;
        c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época da operação.
        VI - A concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja a sua modalidade, quando:
        a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares ou de instruções e ordens de serviço;
        b) resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador.
        VII - A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o limite de valor, desobedecer a normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.
        VIII - O empréstimo concedido pelo Banco Central da República, quando:
        a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais, regulamentares,, regimentais ou constantes de instruções gerias:
        b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da avaliação.
        IX - A emissão, quando efetuada sem observância das normas constitucionais, legais e regulamentadoras que regem a espécie.
	(TCDF-2012-CESPE): De acordo com a jurisprudência do STJ, a ação popular será cabível para a proteção da moralidade administrativa, mesmo quando não houver dano material ao patrimônio público. BL: art. 4º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF e jurisprudência do STJ. (Atenção: Caiu também na prova MPPI-2012)
OBS: Em que pese a existência de divergência jurisprudencial a respeito no passado, entendendo o STF pela possibilidade de ajuizamento de ação popular tão somente para a defesa da moralidade administrativa, independentemente da demonstração, pelo autor, de o ato administrativo contestado ter causado prejuízo ao erário, e entendendo o STJ pela necessidade de demonstração de ambos, nos dias atuais, as Cortes Superiores se alinharam, prevalecendo o entendimento emanado pelo STF, senão vejamos: “A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que é cabível a ação civil pública na defesa da moralidade administrativa, ainda que inexista dano material ao patrimônio público.” (AgRg no REsp 774.932/GO, Rel. Min Eliana Calmon, 2ª Turma, j. 13/3/07,). Mais recentemente, a Corte, assim se pronunciou: “(...) a ação popular é cabível para a proteção da moralidade administrativa, ainda que inexistente o dano material ao patrimônio público, porquanto a lesão tanto pode ser efetiva quanto legalmente presumida, visto que a Lei 4.717/65 estabelece casos de presunção de lesividade (art. 4º), para os quais basta a prova da prática do ato naquelas circunstâncias para considerar-se lesivo e nulo de pleno direito”. (AgRg no REsp 1504797/SE, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª, j. 24/05/2016).
DA COMPETÊNCIA
        Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao DistritoFederal, ao Estado ou ao Município. (MPMT-2012) (PGEPR-2015)
        § 1º Para fins de competência, equiparam-se atos da União, do Distrito Federal, do Estado ou dos Municípios os atos das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas de direito público, bem como os atos das sociedades de que elas sejam acionistas e os das pessoas ou entidades por elas subvencionadas ou em relação às quais tenham interesse patrimonial. (Consultor Proc. Legisl.-AL/MS-2016)
        § 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interessar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver. (MPMT-2012)
        § 3º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações, que forem posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos. (TCEPR-2011) (TJPI-2012)
	(PGESE-2005-FCC): Sobre a ação popular, é CORRETO afirmar: a propositura da ação popular previne a competência do juízo para todas as ações posteriores que tiverem os mesmos fundamentos. BL: art. 5º, §3º, LAP.
        § 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado. (Incluído pela Lei nº 6.513, de 1977) (DPEPI-2009) (MPMS-2013) (TCEAM-2013) (Anal. Judic./TRT11-2017)
	(TCEMG-2005-FCC): A ação popular, segundo a Lei n. 4.717/65, possibilita a suspensão liminar do ato lesivo impugnado, na defesa do interesse público. BL: art. 5º, §4º, LAP.
OBS: Desde a Lei 6.513/77, é cabível liminar em ação popular, que acabou com a polêmica, inserindo o §4º no art. 5º da Lei de Ação Popular.
DOS SUJEITOS PASSIVOS DA AÇÃO E DOS ASSISTENTES
        Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. (TCEMG-2005) (PGECE-2008) (MPMS-2013) (MPDFT-2015) (MPBA-2018)
	(MPMG-2014): Sobre as normas processuais aplicáveis à Ação Popular, pode-se afirmar: A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas relacionadas ao ato lesivo, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. BL: art. 6º, LAP.
(MPMG-2011): O cidadão "A" propôs ação popular contra o prefeito, o vice-prefeito e os vereadores do Município "B", visando a anular a resolução e os decretos da Câmara Municipal que elevaram indevidamente os subsídios desses agentes políticos, bem como a condená-los a reparar o prejuízo causado ao patrimônio público. Também figurou como réu o assessor jurídico da Câmara Municipal que emitiu o parecer no qual se alicerçaram os referidos atos normativos. Esse cúmulo subjetivo no polo passivo da ação configura litisconsórcio necessário simples. BL: art. 6º, LAP.
OBS: Segundo o STJ, em se tratando de ação popular, que tem por objeto a desconstituição de ato jurídico, por força da disposição legal (art. 6º da Lei 4.717/65), estabelece-se o listisconsorcio necessário, mas não unitário, porquanto, visando a ação a desconstituição de ato administrativo, poder-se-á mostrar prescindível a presença no polo passivo do agente que, embora tenha se beneficiado do ato impugnado, não participou de sua elaboração.(...) (STJ, Resp 258122/PR, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ 05/06/2007).
OBS: “O litisconsórcio passivo decorrente do art. 6.º é facultativo ou necessário, unitário ou simples? Para análise de tal questão, é imperioso perscrutar a natureza dos pedidos e dos respectivos capítulos da sentença ligados a cada um deles pelo princípio da congruência. Também é mister examinar o art. 11 da LAP, que proclama que “a sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa” (destacamos). Em toda ação popular, sempre haverá um pedido de invalidação do ato, visando a um provimento de natureza desconstitutiva ou declaratória negativa. E, nos casos em que houver necessidade, seja para reparar o dano, seja para afastar o risco de dano, haverá também pedido visando a um provimento de natureza condenatória. Para que a ação seja viável em relação ao pedido de invalidação, será necessário incluir no polo passivo todos os que atuaram na formação do ato impugnado, até porque sua invalidação produzirá como efeito a recondução ao statu quo ante de todas as partes que nele figuraram. Assim, nesse ponto, haverá litisconsórcio necessário e unitário. No tocante ao capítulo condenatório, o litisconsórcio não será necessário. Ora, como se trata de responsabilidade por ato ilícito, haverá solidariedade entre os responsáveis, de modo que o autor poderá optar por incluir como réus apenas os responsáveis ou beneficiários com melhores condições econômicas para arcar com os custos da reparação do dano, até para limitar o número de réus, facilitando o andamento processual. De outro lado, o próprio art. 11 ressalva àqueles que forem responsabilizados na ação popular o direito de se voltarem em ações de regresso contra funcionários com culpa (aqui em sentido lato, incluindo o dolo). Logo, a própria lei acena com a facultatividade da inclusão de todos os responsáveis no polo passivo da ação popular. Além de facultativo, o litisconsórcio no capítulo condenatório será simples, uma vez que a sentença não necessariamente será idêntica em relação a todos os réus, podendo vir a condenar alguns, e a outros não. Aliás, tratando-se de ato lesivo ao erário, a entidade lesada, mesmo havendo figurado como ré, jamais poderá ser condenada à reparação do dano: afinal, seria logicamente impossível que ela reparasse seu prejuízo econômico por meio de seus próprios recursos financeiros. Nesse caso, os demais responsáveis e os beneficiários diretos, pessoas físicas ou jurídicas, é que serão condenados a repará-lo. É importante ressaltar, porém, que o litisconsórcio passivo (seja o necessário, seja o facultativo) inicialmente formado poderá, eventualmente, não perdurar. É que a entidade de direito público ou privado, cujo ato seja objeto de impugnação, uma vez citada, poderá preferir atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente (§ 3.º do art. 6.º da LAP). Feita essa opção, a entidade deixará o polo passivo, e passará a ser assistente do autor.” (Fonte: Interesses difusos e coletivos esquematizado; Adriano Andrade, Cleber Masson, Landolfo Andrade – 5. Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014, p. 290/291).
(PGERS-2010-FUNDATEC): João e outros ingressaram com ação popular, alegando nulidades em concurso público realizado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. No polo passivo, incluíram tão somente o Deputado Estadual Presidente da Assembleia Legislativa. Foi proferida sentença de procedência, determinando a anulação do certame. Em sede de apelação, mostra-se correto arguir que a sentença deve ser anulada por não ter havido a citação, como litisconsorte necessária, da pessoa jurídica de direito público ao qual o Presidente da Assembleia está vinculado, qual seja, o Estado do Rio Grande do Sul. BL: art. 6º, LAP.
OBS: Sabe-se que o litisconsórcio é considerado necessário quando a presença de mais de uma parte no polo passivo da ação é essencial para que o processo se desenvolva validamente em direção ao provimento final de mérito, podendo a essencialidade decorrer da própria natureza da relação jurídica ou de exigência legal, como ocorre no caso em tela (art. 6º, Lei nº. 4.717/65). Devendoser citada para a ação tanto a autoridade responsável pela prática do ato quanto a pessoa jurídica a que esteja vinculada, devem ser citados para compor o polo passivo da ação o presidente da assembleia legislativa e o Estado cujo poder legislativo compõe, haja vista a natureza de órgão público da própria assembleia, despido de personalidade jurídica. Não tendo sido uma das partes citada, deve a sentença ser anulada pois, sendo matéria de ordem pública, deve ser conhecida a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição, não se sujeitando à preclusão. Além disso, de acordo com o STJ (REsp 1095370 / SP) "doutrina e jurisprudência consideram ser impositiva, em sede de ação popular, a formação de litisconsórcio necessário entre a autoridade que tenha provocado a suposta lesão ao patrimônio público e a pessoa jurídica que pertence o respectivo órgão".
        § 1º Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele indeterminado ou desconhecido, a ação será proposta somente contra as outras pessoas indicadas neste artigo. (PGEPR-2011)
        § 2º No caso de que trata o inciso II, item "b", do art. 4º, quando o valor real do bem for inferior ao da avaliação, citar-se-ão como réus, além das pessoas públicas ou privadas e entidades referidas no art. 1º, apenas os responsáveis pela avaliação inexata e os beneficiários da mesma.
        § 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente. (TCEMG-2005) (MPMG-2011) (PGEPR-2011) (TCM/BA-2011) (MPDFT-2013) (TJPB-2015) (DPU-2015) (MPSP-2017) (PGM-Andralina/SP-2017)
	##Atenção: ##CESPE: ##DPU-2015: A teor do que dispõe o art. 6º, §3º da LAP, não há um prazo certo para que a pessoa cujo ato foi impugnado requeira a sua migração para o polo ativo da ação, mas, tão somente, abre oportunidade para que o faça. 
##Atenção: ##CESPE: ##DPU-2015 ##TRF5-2013: O STJ admite a migração da pessoa jurídica de direito público do polo passivo para o ativo, mesmo após o oferecimento de contestação: "O deslocamento de pessoa jurídica de Direito Público do polo passivo para o ativo na Ação Popular é possível, desde que útil ao interesse público, a juízo do representante legal ou do dirigente, nos moldes do art. 6º, § 3º, da Lei 4.717/65. 3. Não há falar em preclusão do direito, pois, além de a mencionada lei não trazer limitação quanto ao momento em que deve ser realizada a migração, o seu art. 17 preceitua que a entidade pode, ainda que tenha contestado a ação, proceder à execução da sentença na parte que lhe caiba, ficando evidente a viabilidade de composição do pólo ativo a qualquer tempo. Precedentes do STJ." (REsp 945238/SP, 2ª T. Rel. Min. Herman Benjamin, unânime, DJe 20/04/2009). Vejamos, agora, julgado do STJ mais recente sobre o tema: “ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. NÃO HÁ PRECLUSÃO NA MIGRAÇÃO DE POLO DA AÇÃO PELO ENTE PÚBLICO QUE INICIALMENTE HAVIA APRESENTADO CONTESTAÇÃO. 2. No tocante à migração de polo da ação do Ente Público, efetivamente, se trata de inovação recursal. Por outro lado, a jurisprudência desta Corte é firme de que não se opera a preclusão, devendo se levar em conta, todavia, o interesse público a fundamentar a postura prevista no art. 6º, § 3º da Lei 4.717/65. (STJ, AgRg no REsp 1162049/SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 1ª Turma, j. 1/3/16).
	(TRF5-2013-CESPE): Segundo o STJ, no âmbito da ação popular, é possível que a entidade pública, mesmo após ter contestado ou ter se mantido inerte, se retrate do posicionamento anteriormente tomado e passe a atuar como assistente do autor, ainda que já saneado o feito.
	(Anal. Judic./TJSC-2018-FGV): A medida judicial em que, de acordo com a legislação de regência, a pessoa jurídica de direito público, depois de integrada à lide, pode se abster de contestar, e até aderir ao pleito autoral, é: ação popular. BL: art. 6º, §3º, LAP.
(MPSC-2010): A pessoa jurídica de direito público, cujo ato seja objeto da ação popular, citada, pode atuar ao lado do autor, aderindo à inicial, caso se afigure útil ao interesse público. BL: art. 6º, §3º, LAP.
        § 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores. (TCEMG-2005) (MPSP-2005) (AGU-2009) (TCEGO-2009) (TJDFT-2011) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (Cartórios/TJPI-2013) (TCEAM-2013) (MPDFT-2015) (MPMS-2015) (PGM-Andralina/SP-2017) (MPMG-2018)
	(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: Ao MP é vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado. BL: art. 6º, §4º, LAP.
(MPBA-2018): De acordo com a Lei 4.717/65, é correto afirmar que o MP acompanhará a ação popular, cabendo-lhe promover a responsabilidade civil ou criminal dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores. BL: art. 6º, §4º, LAP.
        § 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular. (PFN-2007) (PGEGO-2010) (TJDFT-2011) (TJPI-2012) (MPRS-2012) (TCDF-2012) (DPEMS-2014) (PGEBA-2014) (TCEGO-2014) 
	##Atenção: O art. 6º, §5º da LAP não fixa marco temporal para a formação do litisconsórcio. Além disso, não precisa de concordância do autor da ação.
##Atenção: É hipótese de litisconsórcio ativo facultativo unitário.
##Atenção: ##CESPE: ##STJ: Ausência de violação da garantia constitucional do Juiz Natural com o ingresso de terceiros após o ajuizamento da ação popular: Segundo o STJ, a Lei 4.717/65 (que regulamenta a Ação Popular) faculta a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação (art. 6º, § 5º), culminando em hipótese expressa de litisconsórcio ativo facultativo ulterior. No caso concreto, os requerentes, após o julgamento, pela 1ª Turma, do recurso especial interposto pela Municipalidade, formularam o pedido de habilitação, como litisconsortes ativos, na ação popular, cuja sentença de procedência parcial foi confirmada pelo Tribunal de origem, tendo sido declarada a nulidade do Decreto Municipal 62/03, que viabilizou a cobrança de "Taxa de Iluminação Pública", ao fixar sua base de cálculo e alíquota. Consequentemente, não se vislumbra óbice legal à habilitação de qualquer cidadão como litisconsorte ativo na presente ação popular, por força do disposto no art. 6º, § 5º, da Lei 4.717/65, cuja ulterioridade decorre de interpretação lógica. Outrossim, é certo que o ingresso dos requerentes na ação popular não enseja desrespeito à garantia constitucional do Juiz Natural. (AgRg no REsp 776.848/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, j. 22/06/2010)
	(MPSP-2017): Com relação à ação popular em defesa do patrimônio público, é correto afirmar que qualquer cidadão pode habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular. BL: art. 6º, §5º, LAP.
DO PROCESSO
        Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, observadas as seguintes normas modificativas:
        I - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
        a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público; (Proc.-AL/SP-2010) (DPEAC-2012) (Anal. Judic./TRF1-2017)
	(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: Ao despachar a inicial, o juiz deverá ordenar a intimação do representante do MP. BL: art. 7º, I, “a”, LAP.
        b) a requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos documentos que tiverem sido referidos pelo autor (art. 1º, § 6º), bem como a de outros que se lhe afigurem necessários ao esclarecimento dos fatos, ficando prazos de 15 (quinze) a 30 (trinta) dias para o atendimento.
        § 1º O representante do Ministério Públicoprovidenciará para que as requisições, a que se refere o inciso anterior, sejam atendidas dentro dos prazos fixados pelo juiz. (MPMG-2018)
        § 2º Se os documentos e informações não puderem ser oferecidos nos prazos assinalados, o juiz poderá autorizar prorrogação dos mesmos, por prazo razoável.
        II - Quando o autor o preferir, a citação dos beneficiários far-se-á por edital com o prazo de 30 (trinta) dias, afixado na sede do juízo e publicado três vezes no jornal oficial do Distrito Federal, ou da Capital do Estado ou Território em que seja ajuizada a ação. A publicação será gratuita e deverá iniciar-se no máximo 3 (três) dias após a entrega, na repartição competente, sob protocolo, de uma via autenticada do mandado.
        III - Qualquer pessoa, beneficiada ou responsável pelo ato impugnado, cuja existência ou identidade se torne conhecida no curso do processo e antes de proferida a sentença final de primeira instância, deverá ser citada para a integração do contraditório, sendo-lhe restituído o prazo para contestação e produção de provas, Salvo, quanto a beneficiário, se a citação se houver feito na forma do inciso anterior. (TJPI-2012) (MPSP-2017)
        IV - O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital. (MPSC-2010) (Proc.-AL/SP-2010) (TCEGO-2010/2014) (Anal. Judic./TJGO-2014) (PGM-Fortaleza/CE-2017)
	(MPAL-2012-FCC): A respeito da ação popular, considere: O prazo para contestação é de vinte dias, prorrogáveis por mais vinte, a requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental. BL: art. 7º, IV, LAP.
(PGESE-2005-FCC): Sobre a ação popular, é correto afirmar: os integrantes do ato impugnado são litisconsortes necessários e o prazo para contestar será comum de 20 dias, podendo ser prorrogáveis por mais 20 dias. BL: art. 7º, IV, LAP.
OBS: Segundo Leonardo Carneiro da Cunha, o prazo para contestar na ação popular é de 20 dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), sendo comum a todos os interessados. Sendo o prazo comum, não se aplica o prazo em dobro para a Fazenda Pública. (Fonte: A Fazenda Pública em Juízo - Leonardo Carneiro da Cunha - 2016, p. 47). (PGM-Fortaleza/CE-2017)
        V - Caso não requerida, até o despacho saneador, a produção de prova testemunhal ou pericial, o juiz ordenará vista às partes por 10 (dez) dias, para alegações, sendo-lhe os autos conclusos, para sentença, 48 (quarenta e oito) horas após a expiração desse prazo; havendo requerimento de prova, o processo tomará o rito ordinário. (Anal. Judic./TRF1-2017)
	OBS: Na ação popular, em regra, a produção de prova testemunhal poderá ser requerida até o despacho saneador (art. 7º, V, Lei 4.717/65), momento anterior ao início da instrução probatória. O saneamento do processo, no regime do CPC revogado era feito por ato judicial que a doutrina denominou despacho saneador; na verdade não era despacho, mas decisão interlocutória. O atual CPC, no art. 357, caput, denominou este ato do juiz de decisão de saneamento e organização do processo, que consiste num juízo positivo de admissibilidade relativamente à ação e a um juízo positivo no que tange à validade do processo (Elpídio Donizetti, Curso Didático de Direito Processual Civil, 20ª Ed., Atlas, 2017, p. 634).
OBS: PROVA TESTEMUNHAL E PERICIAL NA AÇÃO POPULAR:
- Caso não requerida até o SANEAMENTO vistas às partes por 10 DIAS;
- Findo o prazo concluso ao juiz para a SENTENÇA em 48 HORAS;
- Requerida a prova testemunhal ou pericial processo segue o rito ORDINÁRIO;
        VI - A sentença, quando não prolatada em audiência de instrução e julgamento, deverá ser proferida dentro de 15 (quinze) dias do recebimento dos autos pelo juiz.
        Parágrafo único. O proferimento da sentença além do prazo estabelecido privará o juiz da inclusão em lista de merecimento para promoção, durante 2 (dois) anos, e acarretará a perda, para efeito de promoção por antigüidade, de tantos dias quantos forem os do retardamento, salvo motivo justo, declinado nos autos e comprovado perante o órgão disciplinar competente.
        Art. 8º Ficará sujeita à pena de desobediência, salvo motivo justo devidamente comprovado, a autoridade, o administrador ou o dirigente, que deixar de fornecer, no prazo fixado no art. 1º, § 5º, ou naquele que tiver sido estipulado pelo juiz (art. 7º, n. I, letra "b"), informações e certidão ou fotocópia de documento necessários à instrução da causa.
        Parágrafo único. O prazo contar-se-á do dia em que entregue, sob recibo, o requerimento do interessado ou o ofício de requisição (art. 1º, § 5º, e art. 7º, n. I, letra "b").
        Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação. (MPSP-2005) (TCEPR-2011) (TCEAM-2013) (DPECE-2014) (TRF3-2016) (Anal. Judic./TJPE-2017) (PGEPE-2018) (MPMG-2018)
	##Atenção: Princípio da Disponibilidade Motivada da Ação Coletiva ou Princípio da Indisponibilidade Mitigada da Ação Coletiva (art. 5º, §3º da LACP e art. 9º da LAP): Segundo tal princípio, a desistência infundada da ação coletiva ou o seu abandono são submetidos ao controle por parte dos outros legitimados ativos e especialmente o Ministério Público, conforme determinação legal do art. 5º, § 3º da LACP, que deverá, quando infundada a desistência, assumir a titularidade da ação. Quando a desistência for levada a efeito pelo próprio órgão do Ministério Público, o juiz, dela discordando, poderá aplicar analogicamente o disposto no artigo 28 do CPP, submetendo a desistência ou o abandono ao conhecimento e apreciação do chefe da respectiva Instituição do Ministério Púbico. (Fonte: DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Salvador/BA: Editora Juspodivm, vol. IV, 4ª ed., 2009).
	(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: Se o autor desistir da ação, serão publicados editais nos prazos e condições legais, sendo assegurado ao representante do MP, dentro do prazo de 90 dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação. BL: art. 9º, LAP.
(MPMG-2014): Sobre as normas processuais aplicáveis à Ação Popular, pode-se afirmar: Se o autor desistir da ação, fica assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do MP, dentro do prazo de 90 dias da última publicação dos editais, promover o prosseguimento da ação. BL: art. 9º, LAP.
(TRF2-2014): Em ação popular por ato lesivo ao patrimônio público federal, ocorrendo a situação de abandono do processo (art. 9º da Lei 4.717/65), após intimação pessoal do cidadão autor, o juiz deverá adotar a seguinte providência: Determinar a publicação de editais na forma prevista na legislação da ação popular, a permitir que qualquer cidadão ou o MP assuma a ação no prazo legal. Na eventualidade de não haver qualquer manifestação no sentido de assumir a ação, caberá ao magistrado extinguir o processo sem resolução de mérito. BL: art. 9º, LAP.
(MPDFT-2011): Na ação popular, verificada a desistência do autor sem que nenhum eleitor responda aos editais e habilite-se na causa, o MP poderá promover o prosseguimento da ação, não se vinculando, contudo, ao pedido, podendo oficiar no sentido de sua improcedência. BL: art. 9º, LAP e doutrina.
OBS: José Afonso da Silva explica que, por defender o interesse da sociedade de uma maneira global, o MP pode voltar-se contra o autor popular, “nas hipóteses em que sob a capa de defensor da comunidade, pratique atos danosos ao patrimônio jurídico-legal da comunidade” SILVA, José Afonso da. O Ministério Público nos processosoriundos do exercício da ação popular. Revista dos Tribunais. São Paulo, vol. 366, ano 55, 1966, p.13). Do mesmo modo, Ruy Armando Gessinger, citado por Mancuso, refere que “o MP deve atuar na ação popular como o requer o interesse público, não a versão do autor. Não lhe cabe a automática obrigação de defender interesse de quem o processo demonstre, afinal, não ter direito. É ele órgão da lei por determinação constitucional”. (Apud. MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Ação Popular: proteção do erário público, do patrimônio cultural e do meio ambiente. 5ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 229). 
(MPAM-2007-CESPE): Em ação popular iniciada por cidadão, além do dever legal de oficiar no processo, cabe ao MP promover o prosseguimento do feito caso o autor desista da ação. Por isso, é obrigatória a sua intimação pessoal em todas as fases do processo, inclusive quando a ação é extinta sem resolução do mérito, por inépcia da inicial. BL: art. 9º, LAP.
        Art. 10. As partes só pagarão custas e preparo a final. (MPSC-2010/2016)
        Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa. (MPAM-2007) (PFN-2007) (MPSC-2012) (MPDFT-2013) (DPECE-2014) (DPEMS-2014) (TCESC-2016)
	(TJPI-2012-CESPE): Acerca de ação popular, assinale a opção correta: Comprovada a lesão, o juiz poderá condenar o réu à reparação mesmo sem pedido expresso do autor. BL: art. 11, LAP.
        Art. 12. A sentença incluirá sempre, na condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos honorários de advogado. (PFN-2007) (MPMG-2014) (DPECE-2014) (MPSC-2016) (MPSP-2017) (PGM-Andralina/SP-2017)
        Art. 13. A sentença que, apreciando o fundamento de direito do pedido, julgar a lide manifestamente temerária, condenará o autor ao pagamento do décuplo das custas. (MPAL-2012) (MPSC-2016) (TRF3-2016) (Proc. Legisl.-Cotia/SP-2017)
        Art. 14. Se o valor da lesão ficar provado no curso da causa, será indicado na sentença; se depender de avaliação ou perícia, será apurado na execução.
        § 1º Quando a lesão resultar da falta ou isenção de qualquer pagamento, a condenação imporá o pagamento devido, com acréscimo de juros de mora e multa legal ou contratual, se houver.
        § 2º Quando a lesão resultar da execução fraudulenta, simulada ou irreal de contratos, a condenação versará sobre a reposição do débito, com juros de mora.
        § 3º Quando o réu condenado perceber dos cofres públicos, a execução far-se-á por desconto em folha até o integral ressarcimento do dano causado, se assim mais convier ao interesse público.
        § 4º A parte condenada a restituir bens ou valores ficará sujeita a seqüestro e penhora, desde a prolação da sentença condenatória.
        Art. 15. Se, no curso da ação, ficar provada a infringência da lei penal ou a prática de falta disciplinar a que a lei comine a pena de demissão ou a de rescisão de contrato de trabalho, o juiz, "ex-officio", determinará a remessa de cópia autenticada das peças necessárias às autoridades ou aos administradores a quem competir aplicar a sanção. (PGEPR-2011)
        Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução. o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave. (MPSP-2005) (TJPI-2012) (MPSC-2016) (Anal. Judic./TRT8-2016) (MPMG-2018) (MPPR-2019)
	(MPPB-2010): Não promovida pelo autor ou terceiro, no prazo legal, a execução da sentença condenatória transitada em julgado em ação popular, o MP, revestido de legitimidade extraordinária autônoma concorrente, promoverá a execução devida no prazo de trinta dias. BL: art. 16, LAP.
(MPSC-2010): A Lei n. 4.717/65 prevê expressamente o dever do MP promover a execução da sentença condenatória proferida na ação popular, em caso da inércia do autor, sob pena de falta grave. BL: art. 16, LAP.
        Art. 17. É sempre permitida às pessoas ou entidades referidas no art. 1º, ainda que hajam contestado a ação, promover, em qualquer tempo, e no que as beneficiar a execução da sentença contra os demais réus. (PGEPR-2011)
	(DPEMS-2014-VUNESP): Sobre a ação popular, é correto afirmar que é permitido à União, ao Distrito Federal, aos Estados e aos Municípios, ainda que hajam contestado a ação, promover, em qualquer tempo, e no que as beneficiar a execução da sentença contra os demais réus. BL: art. 17, LAP.
(TJSP-2012-VUNESP): No tocante aos remédios constitucionais, garantidores dos direitos fundamentais, é correto afirmar que na ação popular, se o autor não o fizer, qualquer outro cidadão ou entidade chamada na ação ainda que a tenha contestado, poderá executar a respectiva sentença. BL: arts. 16 e 17, LAP.
(MPPI-2012-CESPE): Com base na sistemática processual da ação popular, assinale a opção correta: No caso de decisão condenatória proferida em segundo grau de jurisdição, são partes legítimas, para a execução ou cumprimento de sentença, o autor popular, outro cidadão, o MP, após o transcurso do prazo legal para o vencedor da ação, bem como as pessoas jurídicas corrés na ação, no que as beneficiar. BL: arts. 16 e 17, LAP.
        Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. (TCEMG-2005) (PGESE-2005) (PGECE-2008) (DPEAL-2009) (DPEMA-2011) (MPMT-2012) (TRT2-2012) (Cartórios/TJAC-2012) (MPMS-2013) (MPT-2013) (Anal. Judic./TRT10-2013) (TJRJ-2014) (DPECE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Anal./PGERO-2015)
	(PGM-Várzea Paulista/SP-2016-VUNESP): No que diz respeito à ação popular como mecanismo para o cidadão pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio público, no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. BL: art. 18 da LAP.
(TRT2-2012): A sentença que julga improcedente a ação popular por deficiência de provas não faz coisa julgada. BL: art. 18, LAP.
(MPMS-2011): e os mesmos fatos investigados no inquérito civil foram objeto de ação popular julgada improcedente pelo mérito e não por falta de provas, o caso é de arquivamento do procedimento instaurado. BL: art. 18, LAP.
OBS: A ação popular tem por objeto o pedido de anulação de ato lesivo ao patrimônio público, meio ambiente, moralidade, patrimônio histórico e cultural (art. 5º, LXXIII, CF). Assim, se a ação popular for julgada improcedente ante o reconhecimento da validade do ato impugnado (e não por mera falta de provas), é possível homologar o arquivamento de procedimento investigatório que tenha por objeto justamente verificar a validade/legalidade desse ato (arts. 18 da Lei 4.717/65; Pt. n.º 32.600/93). O enunciado da questão exigiu o conhecimento do teor da Súmula 01 do Conselho Superior do MPSP: "Se os mesmos fatos investigados no inquérito civil foram objeto de ação popular julgada improcedente pelo mérito e não por falta de provas, o caso é de arquivamento do procedimento instaurado."
(MPSP-2005): Ante os termos da Lei n.º 4.717/65, se a ação popular for julgada improcedente por falta de provas, qualquer cidadão poderá intentar outra ação, inclusive com o mesmo fundamento, desde que se valha de prova nova. BL: art. 18, LAP.
        Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedentecaberá apelação, com efeito suspensivo.  (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 1973) (PGESE-2005) (PGECE-2008) (PGESP-2009) (MPDFT-2009) (MPPB-2010/2011) (TJPI-2012) (TCEAP-2012) (MPMT-2012/2014) (MPMG-2014) (DPECE-2014) (Anal./PGERO-2015) (Proc. Legisl.-Cotia/SP-2017)
	(Anal. Judic./TJGO-2014-FGV): Cidadão ajuizou ação popular para impugnar a validade de contrato administrativo que reputou lesivo ao patrimônio público. Finda a fase instrutória, o juiz da causa rejeitou o pedido, por entender que os fatos narrados pelo autor não restaram suficientemente comprovados. Intimado da sentença no dia 14/09/14, o autor interpôs recurso de apelação em 10/09/14. Nesse cenário, o presente apelo é intempestivo, porém se deve determinar a remessa dos autos ao órgão ad quem, para fins de reexame necessário. BL: art. 19, LAP.
Dica: 
Da ação julgada improcedente = sujeita ao duplo grau de jurisdição (reexame necessário)
Da ação julgada procedente = cabe apelação com efeito suspensivo
(MPCE-2009-FCC): A sentença que concluir pela procedência de ação popular, em que o Município figura, juntamente com o prefeito, como réus, não está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório. BL: art. 19, LAP.
(TJAP-2009-FCC): No sistema de revisão da sentença, em ação popular para pleitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio municipal, promovida por determinado cidadão contra o Prefeito e o Município, cabe reexame necessário, se a sentença for de improcedência. BL: art. 19, LAP.
        § 1º Das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento. (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 1973) (MPCE-2009) (Anal./PGERO-2015)
        § 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer qualquer cidadão e também o Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 1973) (MPSP-2005) (MPCE-2009) (TCEGO-2009) (Proc. Legisl. -Câm. Cotia/SP-2017) (MPMG-2018)
	(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: O MP, bem como qualquer cidadão, poderá recorrer das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso. BL: art. 19, §2º, LAP.
(PGM-Andralina/SP-2017-VUNESP): No tocante à ação popular, assinale a alternativa correta: Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer qualquer cidadão e também o Ministério Público. BL: art. 19, §2º, LAP.
DISPOSIÇÕES GERAIS
        Art. 20. Para os fins desta lei, consideram-se entidades autárquicas:
        a) o serviço estatal descentralizado com personalidade jurídica, custeado mediante orçamento próprio, independente do orçamento geral; (MPGO-2016)
        b) as pessoas jurídicas especialmente instituídas por lei, para a execução de serviços de interesse público ou social, custeados por tributos de qualquer natureza ou por outros recursos oriundos do Tesouro Público;
        c) as entidades de direito público ou privado a que a lei tiver atribuído competência para receber e aplicar contribuições parafiscais.
        Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos. (MPSC-2010) (MPMG-2011) (MPAL-2012) (TJRJ-2014) (TCEGO-2014) (TRF3-2016) (Anal. Judic./TRT11-2017)
        Art. 22. Aplicam-se à ação popular as regras do Código de Processo Civil, naquilo em que não contrariem os dispositivos desta lei, nem a natureza específica da ação. (PFN-2007) (MPDFT-2015)
	(DPERN-2015-CESPE): Assinale a opção correta no que diz respeito à ação popular: A execução de multa diária por descumprimento de obrigação fixada em medida liminar concedida em ação popular independe do trânsito em julgado desta ação, conforme posição do STJ. BL: art. 22, LAP.
##Atenção: ##STJ: Segundo o STJ, a execução de multa diária (astreintes) por descumprimento de obrigação de fazer, fixada em liminar concedida em Ação Popular, pode ser realizada nos próprios autos, por isso que não carece do trânsito em julgado da sentença final condenatória. É que a decisão interlocutória, que fixa multa diária por descumprimento de obrigação de fazer, é título executivo hábil para a execução definitiva. (STJ, REsp 1098028/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª T. j. 09/02/10). Por outro lado, na Ação Civil Pública, segundo o Art. 12, § 2º, da Lei 7.347/85, a multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento. Portanto, conclui-se que, na Ação Popular, não há esta exigência de aguardar o trânsito em julgado, segundo o entendimento do STJ acerca do tema.
        Brasília, 29 de junho de 1965; 144º da Independência e 77º da República.
H. Castello Branco
Milton Soares Campos
Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.7.1965 e republicado no DOU de 8.4.1974
Súmulas Importantes:
STF:
SÚMULA Nº 365: PESSOA JURÍDICA NÃO TEM LEGITIMIDADE PARA PROPOR AÇÃO POPULAR. (TJBA-2012)
SÚMULA Nº 101: O MANDADO DE SEGURANÇA NÃO SUBSTITUI A AÇÃO POPULAR.

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