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ava 2 atuaria e contabilidade de seguros

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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
 Trabalho de Atuaria e contabilidade de seguros
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências contábeis, do Centro Universitário Jorge Amado, como requisito parcial para avaliação (AV I) da disciplina Atuaria e contabilidade de seguros.
Orientador (a): Profª. 
Salvador
2018
INTRODUÇÃO
Trabalho desenvolvido com a intenção de apresentar um pouco mais sobre as seguradoras, que dentre tantas obrigações que estas seguradoras têm que cumprir, o Formulário de Informações Periódicas - FIP é um deles. Destacarei a primeiro momento a sua legislação, a importância, o objetivo e por fim alguns dos componentes que devem fazer parte deste formulário. O mundo globalizado e com as tecnologias avançadas, as informações hoje são disponibilizadas instantaneamente, de forma que as seguradoras devem estar rigorosamente atualizadas para poderem de forma digna cumprirem todas as regulamentações e não serem descobertas em alguma falha, por erro ou equivoco, ou mesmo por falta de entrega de documentos e assim serem punidas pelos órgãos competentes. Para falar deste assunto que para muitos ainda é um mistério foi realizado pesquisas em livros e sites para fundamentar a proposta desse trabalho.
DESENVOLVIMENTO
A Superintendência de Seguros Privados de acordo com a CIRCULAR SUSEP N.º 517, DE 30 DE JULHO DE 2015, Dispõe sobre provisões técnicas; teste de adequação de passivos; ativos redutores; capital de risco de subscrição, crédito, operacional e mercado; constituição de banco de dados de perdas operacionais; plano de regularização de solvência; registro, custódia e movimentação de ativos, títulos e valores mobiliários garantidores das provisões técnicas; Formulário de Informações Periódicas – FIP/SUSEP; Normas Contábeis e auditoria contábil independente das seguradoras, entidades abertas de previdência complementar, sociedades de capitalização e resseguradores; e sua alteração dada pela Circular SUSEP nº 521/2015, que lá no Título III – fala das regras de transparências e divulgação, contendo no capítulo I, Art 109: Do Formulário de Informações Periódicas – FIP/SUSEP, que diz o seguinte: O Formulário de Informações Periódicas – FIP/SUSEP, composto por quadros demonstrativos preenchidos pelas seguradoras, sociedades de capitalização, EAPC, resseguradores locais e admitidos, corretores de resseguro e autorreguladores, deverá obedecer ao disposto neste Capítulo. O Formulário de Informações Periódicas (FIP) é um conjunto de informações que precisam ser prestadas periodicamente à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), órgão regulador do mercado, por empresas que atuam nas áreas de Seguros, Previdência, Capitalização, Resseguro (Ressegurador Local e Admitido) e Corretores de Resseguro. Os quadros demonstrativos consolidados encaminhados à SUSEP, pelas sociedades seguradoras, se referem à situação econômico-financeira, dados cadastrais e informações operacionais das companhias. Os componentes deste Formulário são: Informações Cadastrais. • Cálculo do LR e da MS. • Volume de prêmios retidos e de prêmios ganhos. • Produção de prêmios por regiões geográficas. • Volume de sinistros líquidos. • Comissões líquidas diferidas. • Despesas de angariação diferidas. • Resumo das provisões técnicas. • Cobertura vinculada das provisões técnicas. • Provisão para desvalorização da carteira de ações. • Balancetes mensais e balanço patrimonial. • Demonstração do resultado do exercício. • Demonstração das mutações do patrimônio líquido. • Outros demonstrativos, quando exigidos pela Susep. Vamos à explicação de apenas alguns dos componentes citados:
1-Informações Cadastrais – Neste campo deve-se constar todas as informações das empresas seguradoras, como por exemplo: O CNPJ(Cadastro Nacional de Pessoas Juridicas), a descrição do código e da atividade econômica, que neste caso é 101, 102 (Resseguradora Local ou Admitida) ou 103 (Corretagem de Resseguros), conter também o vínculo - Banco nacional ou independente nacional ou estatal para empresas brasileiras, e banco estrangeiro ou independente estrangeiro ou estatal para empresas sediadas no exterior, o endereço completo da empresa, mesmo no caso das resseguradoras admitidas, a data de inicio da atividade da empresa em seu país de origem, a autorização dada pelo órgão brasileiro para a operação da empresa no mercado de resseguros, constar à data de publicação no DOU do ato Governamental de autorização, informar o Capital Social Aprovado - No caso de resseguradora admitida o valor deve ser informado em dólares estadunidenses (US$). Capital Social em Aprovação, informar o Capital Social em Aprovação. No caso de resseguradora admitida o valor deve ser informado em dólares estadunidenses (US$).
2- Cálculo do LR e da MS – A resolução CNSP 29, de 13/3/2000, estabelece que o valor máximo de responsabilidade que a sociedade seguradora poderá reter, denominado limite de retenção, em cada risco isolado, e em cada contrato, será determinado com base no valor do respectivo patrimônio líquido ajustado – PLA. O Patrimônio Líquido Ajustado – PLA é o patrimônio líquido da seguradora ajustado por adições e deduções Solvência quer dizer a capacidade que a seguradora tem para cumprir com todos os seus compromissos. Para efeito de cálculo de Margem de Solvência das Sociedades Seguradoras serão computadas as operações de todos os ramos, com exceção de Vida Individual e Previdência Privada. E para se calcular a margem de solvência para a data base de dezembro, deve-se adotar alguns procedimentos:
I.1 - Multiplicar o valor dos somatórios dos prêmios retidos de janeiro a dezembro de cada ano por 0,20 ; I.2 - Multiplicar o somatório dos sinistros retidos dos últimos 36 meses por 0,33 , e dividir o resultado por 3; I.3 - O maior entre os valores encontrados nos itens I.1 e I.2 será a Margem de Solvência da Sociedade Seguradora. 
II. Para se calcular a margem de solvência para a data base de junho, deve-se adotar o seguinte procedimento:
II.1 - Multiplicar por 0,20 o valor do somatório dos prêmios retidos de janeiro a junho do exercício corrente e de julho a dezembro do exercício anterior;
II.2 - Efetuar o somatório dos sinistros retidos de janeiro a junho do exercício corrente, os sinistros retidos de 2 exercícios anteriores e, dos sinistros retidos de julho a dezembro do 3º ano anterior. Multiplicar o resultado por 0,33 e dividir por 3;
II.3 - O maior entre os valores encontrados nos itens II.1 e II.2 será a Margem de Solvência da Sociedade Seguradora.
3- Resumo das provisões técnicas - A Resolução CNSP 120, de 24/12/2004, que aprovou as normas para constituição das provisões técnicas das sociedades seguradoras, determina que, para cada provisão técnica, a sociedade seguradora deverá manter, à disposição da SUSEP, nota técnica atuarial, elaborada por atuário legalmente habilitado. As sociedades seguradoras são obrigadas a manter à disposição da fiscalização da SUSEP, pelo período de cinco anos, a documentação e os dados estatísticos, em meio magnético, comprobatórios do integral cumprimento do disposto naquelas normas. Embora constituídas para garantia das operações da seguradora, as provisões técnicas interessam muito mais aos seus administradores, pois a aplicação dos recursos a elas correspondentes resulta em fonte subsidiária de receitas.
4- Demonstração do resultado do exercício-DRE – Segundo à Susep, para este quesito do formulário, deve-se estar atentos as exigências ao elaborar o demonstrativo o qual deverá ser detalhados a composição das seguintes contas da demonstração de resultado, se relevantes: Despesas administrativas; Receita/Despesas Financeiras; Receitas/Despesas Patrimoniais; Outras Receitas/Despesas Operacionais; Receitas/Despesas não Operacionais.
 
5-Balancetes mensais e Balanço Patrimonial – Em detrimento com o IASB, serão contabilizados no ativo os investimentos, direitos sobre seguros, e resseguros a recuperar sobre sinistros a liquidar+ IBNR. Quanto ao passivo conterá o patrimônio líquido, sinistros a liquidar + IBNR e as obrigações com o segurado. Aqui no Brasil, a divisão do ativo é feita entre circulante e realizável à longo prazo, cada um contendo as contas: disponível, aplicações, créditos de operações com seguros, títulos e créditos a receber; e ativo permanente com as contas: investimentos, imobilizado, e diferido. E, quanto à divisão do passivo, deverá ser feita entre circulante e exigível a longo prazo com as contas: obrigações a pagar, débitos de operações com seguros, depósitos de terceiros, provisões técnicas, contingências fiscais e trabalhistas; resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido. 
O IASB não faz exigências e nem obriga que no corpo das demonstrações financeiras se faça a separação entre ativo “corrente” e “não-corrente”. Mas, se a seguradora resolver fazer essa separação, a IAS n° 1 determina que deve ser apresentado em nota explicativa.
CONCLUSÃO
Sabemos que hoje todos contam com um sistema informatizado e nos negócios a Era digital chegou com o intuito de tornar mais ágil e transparente todas as informações que sejam de interesse comum para os usuários internos e externos. Com as seguradoras não é diferente, de forma gradativa, as organizações como um todo, vão se adequando ao sistema SPED-(Sistema Publico de Escrituração Digital), onde os respectivos órgãos de competência estão incorporando as funções do FIP. Onde estas informações e demonstrações devem compor esse formulário, encaminhando-as à Susep, demonstrando com exatidão a situação administrativa, econômica e financeira da seguradora, de forma analítica.
Referências Bibliográficas: 
http://sincorgo.com.br/2014/06/20/saiba-o-que-e-fip-e-quadros-estatisticos>. Acesso em: 30/10/2018.
https://www.editoraroncarati.com.br/v2/phocadownload/FIP_SUSEP/Cartilha_Resseguros.pdf> acesso em: 29/10/2018.
http://www.susep.gov.br/menumercado/capital_minimo_margem_solvencia. Acesso em: 30/10/2018.
SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. Auditoria atuarial independente: orientações da Susep ao mercado. Rio de Janeiro, fev. 2015. Disponível em: <http://www. / acesso em: 01/11/2018.
www2.susep.gov.br/bibliotecaweb/docOriginal.aspx?tipo=1&codigo=20227/acesso em: 02/11/2018.
http://www.ens.edu.br/arquivos/estudos_funenseg_19.pdf/acesso em: 01/09/2018.
KPMG – Disponível em: <www.kpmg.com.br>. Acesso em: 30/08/2018.
Demonstrações Financeiras – Hugo Rocha Braga – Editora Atlas SA

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