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Medicina Legal Profa. Ms. Vanessa da Cunha Carvalho • Em Direito, crimes sexuais são denominados crimes contra a liberdade sexual • Estupro • Atentado violento ao pudor • Segundo o Código Penal, são atos sexuais: • Conjunção carnal • Ato libidinoso • Os crimes antes considerados atentado violento ao pudor, enquadrados no Artigo 214 do Código Penal, são contemplados agora no Artigo 213, referente ao estupro. Com isso, estupro e atentado violento ao pudor, que eram dois crimes autônomos com penas somadas, devem resultar na aplicação de uma única pena. • Há o risco de as penas serem menores. Antes era aplicado concurso material de delitos. Quem praticou [de forma forçada] sexo vaginal [que era estupro] e depois oral [que era atentado violento ao pudor] podia receber seis anos por causa de cada delito. A condenação pelos dois delitos com penas somadas, agora passaram a ser a mesma coisa. • A unificação dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor vai na contramão de uma decisão tomada em 18 de junho de 2009 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando os ministros da Corte decidiram por seis votos a quatro que atentado violento ao pudor e estupro não são crimes continuados. Pela manifestação do STF, quem praticar os dois crimes deve ter as penas somadas, já que os delitos, embora ambos sejam crimes sexuais, não são da mesma espécie Art. 214. “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal”. Ato libidinoso diverso da conjunção carnal é todo e qualquer ato sexual, que fuja à natureza pênis-vagina. Em geral, a causa é uma perversão sexual, devendo traduzir-se por um ato indiscutivelmente obsceno e lesivo a um mínimo pudor. • Formas mais frequentes: • retal (sodomia) • bucal (felação) • comumente associadas ao estupro • às vezes com participação de mais de um agente • não raro seguindo-se homicídio • Objetivos Periciais: • Caracterizar o ato libidinoso • Comprovar a violência efetiva ou presumida • Se possível obter uma relação de provas biológicas que permitam identificar o agente • Também chamada de: • Cópula • Coito • Imissio penis in vaginam. É a relação entre homem e mulher, caracterizada pela penetração do pênis na vagina, com ou sem ejaculação (“imissio seminis”). • conjunção carnal: (ato libidinoso por excelência) • atos libidinosos diversos da conjunção carnal: • Cópulas ectópicas • Atos orais • Atos manuais 1) Cópulas ectópica: cópulas fora da vagina: 1) cópula anal 2) Cópula retal 3) Cópula vulvar (cópula vestibular ou “ad introitum”) 4) Cópula oral ou felação 5) Cópula entre as coxas 2) Atos orais: 1) felação 2) cunilíngua (sexo oral na genitália feminina) 3) beijos e sucções nas mamas, coxas ou outras regiões de conotação sexual 3) Atos manuais: 1) masturbação e 2) manipulações eróticas de todos os tipos “Art. 213. Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça” • Conjunção carnal é o ato sexual convencional: cópula vaginal (coito pênis/vagina) • Somente mulher pode ser vítima desta espécie delituosa, podendo, no entanto, ser indiciada como co- autora Violência • Concurso de força física e de emprego de meios capazes de privar ou perturbar o entendimento da vítima impossibilitando-a de reagir ou de se defender • Tipos de violência: 1. Efetiva 2. Presumida Violência Efetiva • Física: a lei exige que o agressor tenha agido de forma violenta, anulando ou enfraquecendo a oposição (resistência física) da vítima • Psíquica: 1. o agente conduz a vítima a uma forma de não resistência por inibição ou enfraquecimento das faculdades mentais 1. embriaguez completa 2. anestesia 3. estados hipnóticos 4. drogas alucinógenas (“Boa noite Cinderela”) Violência Presumida 3 situações: 1. Menor de 14 anos 2. Vítima alienada ou débil mental e o agente conhecia esta circunstância 3. Qualquer causa que impeça a vítima de resistir Grave Ameaça 1. Promessa de um mal maior 2. Forma de violência moral 3. Vítima impossibilitada pelo medo, angústia ou pavor de esboçar uma resistência Objetivos Periciais • Comprovar a cópula vaginal, e neste caso há três situações: 1. Na mulher virgem 2. Na mulher com vida sexual pregressa 3. Na adolescente com vida sexual pregressa 1. Demonstrar a conjunção carnal ou penetração vaginal 2. A ausência de consentimento, pelos sinais de violência efetiva ou presumida 3. Se possível, obter uma relação de provas biológicas que permitam identificar o estuprador Exame do Hímen No exame, o hímen pode estar: 1. Íntegro 2. Com rotura completa 3. Com rotura incompleta 4. Com agenesia (ausência congênita) 5. Complacente 6. Reduzido a carúnculas mitriformes (ocorre em mulheres que pariram) Hímens rotos quanto à cicatrização: 1. Rotura de data recente: (até cerca de 20 dias) 2. Rotura antiga ou cicatrizada Quando se afirma que a rotura é antiga isto significa que ocorreu há mais de 20 dias Este permite a conjunção carnal sem que se rompa o hímem, em virtude de sua elasticidade. Pressume-se que 10% dos hímens são complacentes e este conceito relativo também interdepende da relação espessura do pênis e largura da vagina. Geralmente se rompe na primeira conjunção carnal. • Pode ocorrer rompimento na: 1. Masturbação 2. Colocação de corpo estranho 3. Colocação de absorvente íntimo • O seu exame não constitui tarefa pericial fácil, podendo levar o perito a equívocos • O exame macroscópico, sem colposcópio, falha em 10% dos casos Dificuldades periciais: 1. Hímens de difícil exame: • Infantis • Franjados • Complacentes 2. Diagnóstico diferencial entre: • rupturas completas, incompletas e entalhes congênitos • rupturas recentes e cicatrizadas 3. Reconhecimento de vestígios indicativos de • cópula vulvar • toque digital • A Perícia deve buscar provas de ejaculação (sêmen) 1. Presença de espermatozóides no líquido seminal 2. Fosfatase ácida (indício) 3. Proteína P30 (PSA) • É uma enzima normalmente presente em alguns órgãos, tecidos e secreções em teor normal • O líquido seminal contém grandes teores de fosfatase ácida • O achado de altos teores de fosfatase ácida na vagina é indicativo de sêmen (ejaculação) e, por conseguinte, de conjunção carnal (penetração vaginal) • A P30 é uma glucoproteína produzida pela próstata e idêntica ao PSA - Antígeno Prostático Específico (marcador do câncer da próstata), cuja presença no sêmen independe de haver ou não espermatozóides • Sua verificação no fluído vaginal é teste de certeza quanto à presença de sêmen na amostra estudada (ejaculação) • Obs.: Pode ocorrer estupro sem que tenha havido ejaculação (sem sêmen) ou o sêmen encontrado na vítima pode ser oriundo de penetração consensual anterior • Lesões genitais (contusões, lacerações), decorrentes da • violência da penetração • desproporção de tamanho entre pênis e vulva e vagina (no caso de crianças) • podem fundamentar o diagnóstico de • conjunção carnal • ato libidinoso Pelos genitais •Pelos pubianos soltos encontrados na região pubiana na região vulvar sobre o corpo da vítima na roupa íntima ou de cama desde que comprovada suaorigem como sendo de outra pessoa, é indicativo de relação sexual Manchas de sêmen •Quando presente nas vestes, em roupas íntimas ou de cama, constituem achado comum e importante da ocorrência de crimes de natureza sexual • O diagnóstico de maior certeza consiste na confirmação da presença do elemento figurado do esperma (espermatozóide). • A constatação da presença de um único espermatozóide em cavidade vaginal é prova de conjunção carnal. • A confirmação da presença do esperma (sêmen) na cavidade vaginal é importante no diagnóstico da conjunção carnal nos casos de hímen complacente ou de desvirginadas. • Reação de Florence • Métodos de Barbério e de Bacchi • Presença de Fosfatase Ácida (orientação) • Glicoproteína P30/PSA (certeza) • A presença de sêmen na vagina é confirmada em amostras de fluído vaginal pelo achado de espermatozóides • bastando apenas um ou poucos deles • móveis ou não • com ou sem cauda • A coleta deve ser cuidadosa (swab = cotonete) com exames a fresco e com coloração pela Técnica Christmas Tree ou hematoxilina-eosina. • A conjunção carnal poderá também ser comprovada com base na constatação de gravidez • O prazo máximo legal da gravidez é de 300 dias • O diagnóstico de gravidez pode ser estabelecido de diferentes maneiras: • a) sinais de presunção: • - amenorréia: ausência de menstruação; • - sinais mamários: maior volume e pigmentação no das mamas; • - alterações gastro intestinais: náuseas, vômitos, constipação; • - alterações cardiovasculares: edema nos membros inferiores; • - alterações na pele: máscara gravídica (pigmentação acentuada no rosto) • b) Sinais de probabilidade: • são sinais específicos e frequentes na gravidez, identificados no exame ginecológico pela alteração da forma, consistência e topografia do útero. Isoladamente ainda não definem o diagnóstico de gravidez. • c) Sinais de certeza • só correm na gravidez, estabelecendo, portanto, o quando presentes, o seu diagnóstico. são sinais certeza: • - presença de batimentos cardiofetais (BCF), audíveis com o estetoscópio de Pinard a partir da 18ª semana e com monitores eletrônicos desde oitava semana; • - o movimento fetais ativos e passivos, percebidos a partir da 18ª semana; • - RX do esqueleto fetal, radiológica visível entre a 12ª e a 14ª semanas; • - ecografia ou ultra-sonografia, estabelecendo diagnóstico na quarta semana. • Puerpério: é o período que se estende do fim do parto até a volta do organismo materno ao estado anterior à gravidez. Não deve ser confundido com o estado puerperal, conceito este que se aplicar a casos de infanticídio. • Do ponto de vista médico legal, é de interesse determinar o sinais que possam vir a definir a ocorrência de um parto, recente ou antigo, tanto na mulher viva como também em cadáveres. • a) Sinais de parto recente ( em mulher viva ou morta): • Externos: • - edema de vulva e grandes lábios; • - roturas hímenais no primeiro parto; • - roturas do períneo; • - eventuais sinais de episiotomia é uma incisão efetuada na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal de parto. Seu uso se justifica em alguns casos, como necessidade de parto instrumentalizado, sofrimento fetal, acesso para fletir a cabeça do bebê. É geralmente realizada com anestesia local); • a) Sinais de parto recente ( em mulher viva ou morta): • Externos: • - presença de lóquios (fluxo vaginal de origem uterina, sanguinolento, seroso, que se produz após o parto, durante aproximadamente um mês) : • rubra, até terceiro dia; • flava, até o oitavo dia; • alba, até décimo segundo dia • - mamas túrgidas eliminando colostro; • - involução do útero, que é palpável: • primeiro dia na cicatriz umbilical; • quinto dia 6 cm acima do púbis; • 12º dia atrás do púbis. • a) Sinais de parto recente ( em mulher viva ou morta): • Internos: • - edema, roturas e equimoses na mucosa vaginal; • - colo uterino globosa, cheia de coágulos ou lóquios. • b) Sinais de parto antigo ( em mulher viva ou morta) : • Externos: • - pigmentação dos mamilos e da linha alba (linha escura que vai do umbigo ao véu pubiano); • - cicatrizes no períneo (nas mulheres, começa na parte de baixo da vulva e se estende até o ânus); • - sinais de episiotomia (incisão realizada para ampliar o canal de parto); • - hímen reduzido a um carúnculas mirtiformes (roturas antigas do hímen, cicatrizadas, em forma de tubérculos); • - alterações do colo uterino. Carúnculas mirtiformes (roturas antigas do hímen, cicatrizadas, em forma de tubérculos); • Considera-se aborto, em Medicina Legal, a interrupção da gravidez, por morte do concepto em qualquer época da gestação, antes do parto. • Para se caracterizar o aborto é necessário e suficiente que se comprove a morte do concepto ainda dentro do corpo da gestante. • Abortamento, sob o ponto de vista jurídico, é interrupção da gravidez em qualquer fase da gestação, com morte do concepto e sua consequente expulsão ou retenção. • Do ponto de vista obstétrico, é a interrupção da gravidez com feto ainda não viável, isto é, até vinte semanas de gestação, pesando até 500 g e com altura calcâneo-occipital máxima de 16,5 sentimentos. • O aborto pode ser classificado: • a) Espontâneo ou acidental • O espontâneo ocorrem quando condições materno-fetais endógenas impedem o procedimento da gestação, e o acidental quando fatores traumáticos, tóxicos o infecciosos, em circunstâncias eventuais, provocam a morte do feto. • b) Provocado • Ocorre quando agentes externos, com intuito de interromper a gestação de, são intencionalmente aplicados sobre a mulher grávida. Podem ser divididos em: • Não-Puníveis: • - necessário ou terapêutico: aborto realizado pelo médico para salvar a vida da gestante; • - sentimental, piedoso ou moral: em caso de gravidez resultante de estupro; • Puníveis: • - procurado: resulta da própria ação da gestante; • - sofrido: provocado sem consentimento da gestante; • - consentido: praticado por terceiro, com permissão da gestante. • O aborto eugênico, visando evitar o nascimento de criança defeituosa, é considerado crime pela legislação brasileira, apesar de algumas associações médicas considerarem que o defeito genético e a malformação do feto justificam o aborto. • O aborto social, praticada por motivos econômicos, morais ou até estéticos, não apresenta qualquer justificativa legal, apesar de sua alta incidência. • Quando se pretende interromper uma gravidez, como nos casos previstos em lei, a evacuação uterina por curetagem ou sucção, nas primeiras doze semanas ou menos de gestação, tende a ser um método de escolha. A curetagem por sucção é associada a menos complicações do que é curetagem crua cruenta. • Nas gestações mais avançadas, procura-se promover previamente a expulsão fetal, utilizando para isso o misoprostol. • Quando ocorrer nascimento de feto viável, antes de seu completo desenvolvimento, estaremos diante de parto prematuro e a caracterização penal a ser estabelecida aplica-se à situação de aceleração de parto. • Verificando a morte posterior do feto, em consequência de sua prematuridade, caberá a discussão quanto ao delito a ser qualificado: aborto ou aceleração de parto. • De qualquer maneira, não é possível falar de aborto sem que haja demonstração de gestação prévia e sem provas segura de que tenha sido provocado. • a)realidade do abortamento • Sinais recentes • - sinais de gravidez pré existente; • - sinais de parto recente; • - sinais de puerpério imediato ( primeira semana); • - sinais de puerpério mediato (três semanas seguintes). • Sinais antigos • - sinais duradouros de gravidez preexistente; • - sinais de parto antigo; • b) manobras abortivas • * no colo do útero, identificando presença de corpo estranho ou sinais de pinçamento, no caso de curetagem; • * na superfície corporal, demonstrando a presença de contusões, queimadura ou eventuais lesões corporais; • * no sangue, pesquisando substâncias química. • É a morte do recém-nascido provocada pela própria mãe, sob estado de transtorno mental, decorrente do trabalho de parto ou puerpério (estado puerperal) • Para se admitir o infanticídio, é indispensável que o recém-nascido seja morto pela própria mãe • Para se tipificar o infanticídio é indispensável, em tese, a comprovação do nascimento com vida • A docimásia hidrostática de Galeno é utilizada para comprovar o nascimento com vida (pulmão colocado em vasilha com água, se flutuar existiu respiração = vida) • A positividade das docimásias de Galeno depende, essencialmente da respiração do feto, ao nascer • É a morte do recém-nascido provocada pela própria mãe, sob estado de transtorno mental, decorrente do trabalho de parto ou puerpério (estado puerperal) • Para se admitir o infanticídio, é indispensável que o recém-nascido seja morto pela própria mãe (sem auxílio ou induzimento, sem planejamento prévio, como resultado de gravidez ilícita, dissimulada durante sua evolução, e com parto clandestino e sem a assistência. não admite co- autor é crime próprio). • Para se tipificar o infanticídio é indispensável, em tese, a comprovação do nascimento com vida • A docimásia hidrostática de Galeno é utilizada para comprovar o nascimento com vida (pulmão colocado em vasilha com água, se flutuar existiu respiração = vida) • A positividade das docimásias de Galeno depende, essencialmente da respiração do feto, ao nascer • A vida extra uterina é caracterizada, fundamentalmente, pela respiração autônoma, sendo que, se o feto não respirou, houve morte intra-uterina ou durante o trajeto pelo canal de parto. Este diagnóstico é estabelecido pelas docimasias, que são provas baseadas na possível respiração e seus efeitos. • A violência durante o parto é caracterizada pela ocorrência de sufocação direta, esganadura, afogamento ou ferimentos contundentes, principalmente no couro cabeludo. • A expressão " durante ou logo após o parto " compreende a fase de expulsão, desde a ruptura da bolsa, a insinuação do feto pelo canal vaginal até o seu desprendimento da vulva e o instante imediatamente após. Do ponto de vista médico-legal, o parto termina com o completo desprendimento fetal, mesmo que o recém-nascido ainda permaneça ligado à placenta pelo cordão umbilical. • O estado puerperal é um quadro de obnubilação e confusão mental, que segue o desprendimento fetal e que só ocorre na parturiente que não recebe assistência ou conforto durante o trabalho de parto. • É desencadeado por fatores físicos, representados pela dor; químicos, proporcionados pelas alterações hormonais; e psicológicos, precipitados pela tensão emocional. • Trata-se de um quadro de difícil determinação pericial, sendo muito discutida, do ponto de vista médico-legal, a sua real existência. Não deve ser confundido com o puerpério, nem como os estados de depressão pós-parto e de psicose puerperal. São processos muito diferentes, apesar da semelhança de nomes. • Em casos de psicose puerperal, a mulher é isenta de pena. 1. Em casos de estupro a violência é presumida quando a vítima: a) Tem menos de 18 anos. b) Tem rotura recente do hímen. c) Tem ferimentos variados no pescoço, tórax, abdome e coxa. d) Tem alienação mental. 2. A ruptura do hímen é produzida: a) Exclusivamente pela conjunção carnal. b) Nunca por masturbação manual. c) Nunca por problemas patológicos. d) Às vezes por traumatismos perineais. 3. Os cristais de Florence são encontrados nas perícias médico- legais de: a) Leite. b) Sangue. c) Urina. d) Esperma. 4. Não se pode afirmar que: a) A ruptura himenal recente é aceita como prova de conjunção carnal. b) Constatada a gravidez houve conjunção carnal. c) Verificada a presença de esperma no interior da vagina, pode-se admitir a ocorrência de conjunção carnal. d) A integridade do hímen afasta definitivamente a possibilidade de ter ocorrido conjunção carnal. 5. Cristais de Barbério são observados na identificação de manchas de: a) Sangue. b) Saliva. c) Secreção vaginal. d) Esperma. 6. É falsa a seguinte afirmação: a) A presença de esperma dentro da vagina é considerada prova de certeza de conjunção carnal. b) Escoriações e equimoses nas raízes das coxas e na vulva são sugestivas de violência sexual. c) Para caracterizar-se o estupro é necessário comprovar-se a ocorrência de conjunção carnal. d) A integridade do hímen é prova de que não houve conjunção carnal. 7. Em Medicina legal a dosagem de fosfatase ácida é indicada na pesquisa de: a) Sangue. b) Saliva. c) Leite. d) Esperma. 8. À simples constatação de que o hímen está íntegro, o médico legista não pode afirmar que: a) Pode ter ocorrido conjunção sexual. b) Pode não ter ocorrido conjunção sexual c) A mulher pode ser virgem. d) Certamente não houve conjunção carnal. 9. Assinale a proposição incorreta: a) A conjunção carnal implica a introdução do pênis na vagina. b) Constatada a presença de esperma no fundo da vagina, firma-se a convicção de que houve conjunção carnal. c) Indivíduos do sexo masculino podem, também ser vítima de ato libidinoso com violência. d) A integridade do hímen é prova definitiva de virgindade. 10. Alta concentração de fosfatase ácida no interior da vagina revela: a) Gravidez. b) Aborto recente. c) Parto recente. d) Presença de líquido espermático. 11. Hímen verdadeiramente complacente é aquele que: a) Não se contrai durante a penetração do pênis. b) Se refaz espontaneamente após a conjunção carnal. c) Não se rompe durante o parto normal. d) Não se rompe durante a conjunção carnal. • Os cristais de Florence são encontrados nas perícias médico-legais de material retirado (material examinado) de manchas de: (questão parecida foi também formulada no DP 1/94). R. Esperma. • Os cristais de Florence indicam que o material examinado é: R. Provavelmente esperma. • Para diagnóstico de certeza, na pesquisa de espermatozóide, emprega-se: R. A reação de Florence. • As reações de Florence e Barbério são as mais correntes para a pesquisa de: R. Esperma. • Cristais de Barbério são observados na identificação de manchas de: R. Esperma. Os cristais de Florence indicam que o material examinado é provavelmente esperma. • Ao examinar manchas nas roupas de um cadáver encontrado em terreno baldio, o perito pesquisou, preliminarmente, a formação de Cristais de Barbério. Ora, partiu-se da suposição de que a mancha era de: R. Esperma. • Nos casos em que não é encontrado espermatozóide na secreção colhida da vagina de uma mulher vítima de estupro, será necessária para a caracterização de esperma no material enviado para exame a reação de: R. Florence e Barbério. • Alta concentração de fosfatase ácida nointerior da vagina revela: R. Presença de líquido espermático. • A dosagem de fosfatase ácida na identificação de esperma constitui uma prova de: R. Probabilidade. • A dosagem de fosfatase ácida em material colhido na vagina é realizado com o objetivo de se comprovar: R. A presença de esperma. • A dosagem de fosfatase ácida, na vagina, tem como objetivo, em Sexologia Forense, verificar: R. A presença de esperma. • Em Medicina Legal, a dosagem de fosfatase ácida é indicada na pesquisa de: (questão formulada também no DP 3/89 e no 1/94 que foi anulado). R. Esperma. • Uma pessoa de sexo genético, feminino, com configuração somática feminina, que psicologicamente se sente homem e como tal se considera e não mulher sofre de: R. Transexualismo. • Está mais intimamente vinculado ao ultraje público ao pudor o desvio de conduta sexual denominado: R. Exibicionismo. • O prazo máximo legal da gravidez é de: R. 300 dias. • Aquela pessoa envolvida na morte do famoso joalheiro era, na verdade, hermafrodita, pois possuía: R. Simultaneamente testículos e ovários. • De acordo com o critério usual para classificação da impotência feminina, a incapacidade procriadora feminina denomina-se: R. Concipiendi. • De acordo com o critério usual para classificação da impotência masculina a incapacidade procriadora masculina denomina-se: R. Generandi. • A impotência coeundi masculina: R. Instrumental ou funcional, dependendo do caso específico. • A impotência coeundi masculina resulta: R. Na incapacidade de realizar a conjunção carnal. • A anulação do vínculo matrimonial pode ser feita pela constatação de: R. Impotência coeundi. • Um indivíduo com impotência coeundi: R. Não é estéril, mas não é capaz de realizar a conjunção carnal. • A impotência coeundi: R. Não é exclusiva de nenhum dos sexos, ou seja, homem e mulher podem ser portadores. • Constitui conjunção carnal, em Medicina Legal: R. A introdução total ou mesmo parcial do pênis na vagina. • É etiologia mais freqüente nas rupturas himenais: R. A conjunção carnal. • De acordo com diversos autores, a cicatrização completa de uma ruptura himenal, decorrente de conjunção carnal demora, no máximo, ao redor de: R. 20 dias. • Entre os sinais de convicção, ditos também de certeza, de conjunção carnal, não incluímos: R. Escoriações na vulva. • A ruptura do hímen é produzida: R. Às vezes por traumatismos perineais. • A presença de esperma dentro da vagina é considerada prova de certeza de conjunção carnal. (verdadeira) • Escoriações e equimoses nas raízes das coxas e na vulva são sugestivas de violência sexual. (verdadeira) • A integridade do hímen é prova de que não houve conjunção carnal. (falsa) • Para caracterizar-se o estupro é necessário comprovar-se a ocorrência de conjunção carnal. (verdadeira) • A constatação de ruptura recente do hímen em perícia médico-legal no caso de queixa de sedução: R. Constitui fundamento para uma presunção, iuris tantum, de conjunção carnal. • O nome clássico de carúncula mirtiforme é dado: R. Ao hímen que fica reduzido a pequenos brotos cicatriciais. • Hímen verdadeiramente complacente é aquele que: R. Não se rompe durante a conjunção carnal. • Hímen verdadeiramente complacente é aquele que: (questão parecida foi formulada no DP 4/93). R. Mantém sua integridade à conjunção carnal, ou seja, permite a penetração do pênis sem se romper. • Puerpério é: R. Um período normal, durante o qual a mulher se refaz das alterações ocorridas em seu organismo devido à gravidez e ao parto. • A menarca é prenúncio do amadurecimento sexual: R. Da mulher. • Safismo é: (questão formulada também no DP 2/92). R. Uma modalidade de homossexualismo. • Mixoscopia é um desvio de conduta sexual, que consiste na obtenção do orgasmo por: (questão parecida foi formulada no DP 5/93 e 1/94 que foi anulado). R. Observação de ato sexual alheio. • Fetichismo, desvio de conduta sexual que pode levar ao crime, consiste na obtenção de prazer pela: R. Posse de certos objetos da pessoa amada ou desejada. • Necrofilia ou vampirismo é um distúrbio do instinto sexual que leva ao delito de: R. Vilipêndio a cadáver. • Entende-se por pedofilia a: (questão formulada também no DP 2/91 e 1/94 R. Atração sexual por crianças. • Um indivíduo que sofre de pedofilia sente-se atraído, sexualmente, em particular: R. Crianças. • Constitui sodomia: R. O coito anal. • Riparofilia é um distúrbio da sexualidade, manifestada pela: R. Atração sexual por mulheres desasseadas, sujas, de baixa condição social e higiene. • A perversão sexual, em que o indivíduo encontra satisfação sexual fazendo sofrer a outrem, é denominada: R. Sadismo. • Alega-se o estado puerperal: R. No infanticídio. • O infanticídio, delito que merece um tratamento particular no Código Penal Brasileiro é: R. A morte do recém-nascido provocada pela própria mãe, sob estado de transtorno mental, decorrente do trabalho de parto ou puerpério. • Para se admitir o infanticídio, é indispensável que o: R. Recém-nascido seja morto pela própria mãe. • Para se tipificar o infanticídio é dispensável, em tese, a: R. Comprovação do nascimento com vida. • Utilizam-se as docimásias de Galeno nos casos de: questão formulada também no DP 2/92). R. Infanticídio. • A positividade das docimásias de Galeno depende, essencialmente: (questão formulada também no DP 7/93). R. Da respiração do feto, ao nascer. • Por meio das docimásias hidrostáticas de Galeno, o médico- legista: R. Comprova o nascimento com vida. • A docimásia hidrostática de Galeno é utilizada para comprovar: R. O nascimento com vida. • Por abortamento entende-se: R. A morte do concepto no útero materno, independentemente da idade gestacional do mesmo. • O aborto provocado: R. Pode ser acidental. • Em medicina Legal, para se caracterizar o aborto: R. É necessário e suficiente que se comprove a morte do concepto ainda dentro do corpo da gestante. • Em Medicina Legal, conceitua-se o aborto como a interrupção da gravidez, por morte do concepto: R. Em qualquer fase da gestação. • Considera-se aborto, em Medicina Legal, a interrupção da gravidez, por morte do concepto: (questão formulada também no DP 2/92). R. Em qualquer época da gestação, antes do parto. • A docimásia hidrostática de Galeno é utilizada para comprovar: R. O nascimento com vida. • Em casos de estupro, a violência é presumida quando a vítima: R. Tem alienação mental. • Há uma presunção “iuris et de iure” de violência quando se pratica a conjunção carnal com mulher: R. Alienada mental, qualquer que seja sua idade.
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