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Cryptosporidium Cyclospora cayetanensis Cystoisospora belli Prof. Diego A Guiguet Leal 2 Protozoários Emergentes e Oportunistas Diversos fatores contribuintes para a emergência - número de casos - surtos epidêmicos - globalização Protozoários intestinais: produtores de Oocistos - parede espessa eliminados nas fezes do hospedeiro. Redescobrimento: Importância de determinados Protozoários intestinais Mais relevante: Advento do HIV/AIDS Déficit: Status Imunológico Protozoários Emergentes e Oportunistas: Posição taxonômica Reino: Protista Filo: Apicomplexa Subclasse: Coccidia Ordem: Eucoccidiida Sub-ordem: Eimeriina Cryptosporidium Cystoisospora belli Cyclospora cayetanensis Família Cryptosporidiidae Família Eimeriidae Gênero Cryptosporidium Tyzzer (1907): glândulas gástricas Oocistos nas fezes FAYER et al. Int. J. Parasitol. 30: 1305-1322, 2000; HELLARD et al. Gastroenterol. Hepatol. 15: 290-293, 2000 • 2 primeiros casos: criança de 3 anos e adulto imunossuprimido (Nime e Cols,1976) • Reconhecimento: primeiros casos humanos: advento do HIV/AIDS (Década de 80) - 21 casos de criptosporidiose e AIDS: EUA;6 cidades diferentes (Goldfarb et al, 1982) • Anos seguintes: Infecções em imunocompetentes • Importância do estado imunológico do hospedeiro: - define o quadro clínico da infecção: auto-limitada; ou infecção crônica- longa duração: risco – óbito. Ausência de droga eficaz. ESPÉCIES DE CRYPTOSPORIDIUM 25- 30 ESPÉCIES Biologia Molecular Infectam todas as classes de vertebrados 7 INFECTAM O HOMEM Transmissões antroponóticas e ZOONÓTICAS Acometimento humano: Cryptosporidium parvum e Cryptosporidium hominis C. hominis Parasita155 espécies de mamíferos C. parvum C. muris C. canis C. felis C. meleagridis C. suis Único parasito intracelular e extra-citoplasmático Microvilosidades Enterócitos intestinais Cryptosporidium: sítio de parasitismo Pode parasitar qualquer célula: microvilosidades; ex: epitélio pulmonar 7 Ciclos de transmissão • Cryptosporidium hominis: • antroponótico • C. parvum - zoonótico Coccídios: Ciclo biológico geral Esporozoítos Merozoítos Gametócitos Zigotos Oocistos Demais coccídios MEROGONIA GAMETOGONIA Ciclo Biológico: Cryptosporidium Oocistos: - Reprodução sexuada - Único protozoário produtor de 2 oocistos: parede “fina” (20%) e “grossa” (80%) Forma de resistência ambiental Forma infectante Sem esporocistos / 4 esporozoítos Já eliminados infectantes!! Ciclo de vida: Monoxênico Vacúolo Parasitóforo 10 Cryptosporidium: Transmissão INGESTÃO INALAÇÃO OOCISTOS: fezes humanas /animais rota fecal-oral 1.Contato direto: Pessoa Pessoa Animal humano 2. Contato indireto: superfícies ou objetos contaminados Via FAYER et al. Int. J. Parasitol. 30: 1305-1322, 2000; TZIPORI, S. e WARD, H Epidemiol. Infect. 4: 1047-1058, 2002. 3. 4. Vetores mecânicos 5. 6. Aerossóis 7. Contato sexual Esgotamento sanitário: Consequência: doenças veiculadas pela água protozoários intestinais Maioria dos surtos de veiculação hídrica: 27 anos Cryptosporidium Giardia KARANIS et al. J. Wat. Health. 5: 1-38, 2007; SMITH et al. Epidemiol. Infect.134: 1141-1149, 2006 Brasil: 20,0 % dos municípios tratavam o esgoto (PNSB, IBGE, 2000) 51,5 % dos municípios: ausência de coleta e tratamento de esgoto (FGV, 2007) (Estimativa 2063): 25,0 % das residências sem coleta e tratamento Cryptosporidium: Transmissão Carreamento de esgoto doméstico e hospitalar; fezes de animais corpos hídricos IMPORTÂNCIA DA VEICULAÇÃO HÍDRICA IMPORTÂNCIA DA VEICULAÇÃO HÍDRICA • 1984: 1° surto: Texas (EUA) com 2006 casos Fonte de contaminação: água de poço contaminada com esgoto doméstico (D’Antonio et al, 1985). • Década de 90: Emerge o panorama de que a água é uma importante via de transmissão: surto de Milwaukee. • SURTOS: água de consumo humano; águas recreacionais (parques aquáticos; piscina) Atualmente: água do mar Sucesso da transmissão hídrica: fatores Dose infectante baixa: (9 a 1042 oocistos); Imunodeficientes: 1 oocisto! Habilidade em sobreviver aos processos de desinfecção e tratamento; (Cloração!) Compressibilidade: Oocistos podem ser encontrados na água tratada. Distribuição em massa para a população Elevado potencial para dispersão ambiental: Natureza “robusta” do protozoário (oocisto: 3 camadas); Eliminados infectantes Imunodeficientes + 109- 1010oocistos Surto de Milwaukee - EUA Surto de VH mais expressivo em escala mundial (1993) - Vulnerabilidade dos sistemas produtores de água Água captada pela ETA: Lago Michigan População da Cidade em 1993: 1.610.000 403.000 pessoas infectadas e com diarréia 44.000 pessoas: atendimento médico; 4.400 hospitalizados 69 óbitos: Portadores do vírus HIV; Custo total do surto: 96 milhões de dólares PCR: Cryptosporidium hominis: principal agente etiológico do surto Wisconsin Um dos maiores rebanhos de gado bovino do país Manutenção da Infectividade/água Perda de Infectividade Água do mar, 6-8°C, 1 ano. 4h, dessecação 25-30°C, 3 meses Pasteurização - 5°C, 2 meses Fervura, 1 minuto -10°C, 1 semana Hipercloração, 7 dias - 20°C, 8 horas Resistência dos oocistos de Cryptosporidium Ambiente marinho Áreas Costeiras e Estuarinas Impactos Antrópicos Introdução de Protozoários Patogênicos Encistados* Risco à saúde humana – recreação Má qualidade produtos aquícolas MOLUSCOS BIVALVES: - monitoramento: ambientes aquáticos Risco: ingestão crua Filtração e Bioacumulação *Fayer, R. 2004. Trends. Parasitol. 20 (11): 531-536. Lançamento de Efluentes Brutos + Drenagem hídrica de fezes Ano do relato (Referência) País Espécie de molusco Nome popular Espécies de protozoários CHALMERS et al, 1997 Irlanda Mytilus edulis Mexilhão Cryptosporidium parvum FAYER et al, 1998a Estados Unidos Crassostrea virginica Ostras Cryptosporidium parvum GÓMEZ-BAUTISTA et al, 2000 Espanha Mytilus galloprovincialis Cerastoderma edule Mexilhão Vôngole Cryptosporidium parvum Cryptosporidium parvum FREIRE-SANTOS et al, 2000b Espanha, Reino Unido, Itália Mytilus galloprovincialis Ruditapes philippinarum Venerupis pullastra Venus verrucosa Dosinia exoleta Ostrea edulis Venerupis rhomboideus Mexilhão Marisco Marisco Marisco Marisco Ostra Marisco Cryptosporidium spp. Idem Idem Idem Idem Idem Idem LOWERY et al, 2001 Irlanda do Norte Mytilus edulis Mexilhão Cryptosporidium hominis FAYER et al, 2002 Estados Unidos Crassostrea virginica Ostra Cryptosporidium parvum Cryptosporidium hominis Cryptosporidium baileyi NEGM, 2003 Egito Caelatura pruneri Donax trunculus limiacus Marisco Marisco Cryptosporidium spp. Cryptosporidium spp. GÓMEZ-COUSO et al, 2003 Espanha, Portugal, Itália, Reino Unido, IrlandaMytilus galloprovincialis Ruditapes philippinarum Ostrea edulis Dosinia exoleta Cerastoderma edule Ruditapes decussatus Venerupis pullastra Mexilhão Marisco Ostra Marisco Vôngole Marisco Marisco Cryptosporidium spp. Idem Idem Idem Idem Idem Idem FAYER et al, 2003 Estados Unidos, Canadá Crassostrea virginica (espécies não relatadas) Ostra Mariscos Cryptosporidium parvum, Cryptosporidium hominis, Cryptosporidium meleagridis Protozoários patogênicos bioacumulados em moluscos Protozoários patogênicos bioacumulados em moluscos GÓMEZ-COUSO et al, 2004 Espanha, Reino Unido, Itália, Irlanda, Nova Zelândia Mytilus galloprovincialis Ruditapes philippinarum Ostrea edulis Dosinia exoleta Cerastoderma edule Venerupis pullastra Venerupis rhomboideus Venus verrucosa Perna canaliculus Mexilhão Marisco Ostra Marisco Vôngole Marisco Marisco Marisco Mexilhão Cryptosporidium parvum, Cryptosporidium hominis, Giardia duodenalis (grupo B) GÓMEZ-COUSO et al, 2005a Espanha Mytilus galloprovincialis Mexilhão Giardia spp. MILLER et al, 2005b Estados Unidos Mytilus californianus Mytilus galloprovincialis Mexilhão Mexilhão Cryptosporidium parvum, Cryptosporidium felis, Cryptosporidium andersoni GIANGASPERO et al, 2005 Itália Chamelea gallina Marisco Cryptosporidium parvum LI et al, 2006 França Mytilus edulis Mexilhão Cryptosporidium parvum GÓMEZ-COUSO et al, 2006a Espanha Mytilus galloprovincialis Mexilhão Cryptosporidium parvum SCHETS et al, 2007 Holanda Crassostrea gigas Ostra Giardia spp. Cryptosporidium spp. GRACZYK et al, 2007a Estados Unidos Crassostrea virginica Ostra Cryptosporidium parvum Guiguet Leal et al, 2008 Brasil Crassostrea rhizophorae Tivela mactroides Ostra Vôngole Cryptosporidium spp. Cryptosporidium spp. Fonte: GUIGUET LEAL et al. Journal of Water and Health . 6: 527-532, 2008 ROBERTSON, L. J. International Journal of Food Microbiology 120: 201-216, 2007. Principais fatores de risco Todas as categorias populacionais Fonte: O’Connor et al. AIDS: 25: 549-560, 2011 Principais Grupos de Risco CRIANÇAS: (0 - 5 anos) Creches: alta prevalência SEGMENTOS POPULACIONAIS ESPECÍFICOS: - Idosos; - diabéticos; - desnutridos; -pacientes hospitalizados (hemodiálise) IMUNOCOMPROMETIDOS: - Pacientes com HIV/AIDS; - Leucemia - Transplantados - Em tratamento: Quimioterápico Corticosteróides Linfócitos TCD4: auxiliadores da RI –risco: < 200/mm3 < 50/mm3: Extra-intestinal PATOGENIA E QUADRO CLÍNICO Período de incubação: (2 -10 dias): 6 dias Diarréia aguda de curta duração (5 -10 dias) adultos/crianças resposta imune normal Diarréia profusa, aquosa, de longa duração em indivíduos imunodeficientes; Criptosporidiose fulminante: CDC 17-20 litros de fezes aquosa/dia (alta mortalidade) Ausência de sangue nas fezes. Transtorno da função intestinal: Apoptose e perda do epitélio absortivo; (Griffiths JK. Adv. Parasitol. 40:37-85; 1998); Fonte: O’Connor et al. AIDS: 25: 549-560, 2011 > 4 :12-19 dias Aspectos Epidemiológicos: Criptosporidiose: 90 países; 6 continentes Taxa anual de criptosporidiose/pacientes com SIDA: 5-10% (CDC, 2000). EUA: ~ 2% de todas amostras fecais testadas são positivas 300.000 casos/ano. INFECÇÃO: IMUNODEFICIENTES Total: 597 casos de criptosporidiose C. hominis: 341 (57%) C. parvum: 140 (23%) C. meleagridis: 64 (11%) C. felis: 33 (6,0%) C. canis: 15 (2,0%) C. muris: 3 (0,5%) C. suis: 1 (0,16%) Transmissão inter-pessoal! INFECÇÃO: IMUNOCOMPETENTES Total: 3496 casos de criptosporidiose (Dinamarca, França, Suiça, Holanda, Inglaterra Canadá, Japão, Perú, Brazil, Nova Zelandia, Malawi, Nepal) C. parvum: 1798 (51%) C. hominis: 1606 (46%) C. meleagridis: 36 (1%) C. canis: 12 (0.3%) C. felis: 11 (0.3%) Fonte: CaccióSM et al., TRENDS in Parasitology,21(9):430-437, 2005. Diagnóstico: Cryptosporidium • Amostras fecais: técnicas de concentração: número de oocistos Centrífugo concentração- formalina éter Coloração álcool-ácido resistente + ZN modificado • Reação de Imunofluorescência direta: Ac monoclonais • ELISA: copro-antígenos Cyclospora cayetanensis ASPECTOS IMPORTANTES: Primeiros casos: 1977-78. Descrição como nova espécie: 1994 fezes de crianças peruanas Única espécie que infecta seres humanos: Cyclospora cayetanensis Ausência de reservatórios animais Em primatas não humanos: - Cyclospora cercopitheci; - Cyclospora colobi; - Cyclospora papionis Cyclospora cayetanensis Dificuldade: oocistos (8-10 m) nas fezes dos hospedeiros humanos a fresco: “mórula” nº de esporozoítos/esporocistos: “2x2” infectantes: após ~15 dias (esporulação) Aspecto morfológico: oocistos 27 Maior relevância: veiculação alimentar 11 surtos na América do Norte 3600 pessoas afetadas - Importação de frutas da Guatemala 90% dos casos de ciclosporose nos EUA: alimentos Frutas silvestres: Raspberries Salada de folhas verdes Molho pesto Não comprovado o modo De contaminação 1.Água de irrigação 2.Água de lavagem 3.Exposição ao solo Ciclo biológico Mecanismos de transmissão: - via fecal-oral. - Possibilidades: - Água ou - Alimentos contaminados. - Eliminados não esporulados! - Pessoa-a-pessoa: - Baixa probabilidade! - Longo tempo de esporulação!! Tempo de permanência no ambiente: Fator Fundamental! 29 Quadro clínico C. cayetanensis: causadora da síndrome diarréica prolongada Conhecida também como diarréia dos viajantes “del viajero” Diarréia aquosa; pode ser explosiva Duração: 43 a 57 dias Emissão de fezes aquosas/dia: (4-10); 6 Alternação: período de constipação Período de incubação: 7 dias (2 a 11) Demais sinais clínicos: cólicas abdominais e estomacais, náusea, flatulência, perda de peso, anorexia e febre 30 Epidemiologia - Infecção mais freqüente em áreas tropicais; clima úmido - Infecção observada em indivíduos de todas as idades, imunodeprimidos e imunocompetentes e em pessoas que viajam para áreas endêmicas -Países onde a doença é endêmica: Haiti, Nepal, Guatemala, Venezuela, Peru Sudeste Asíatico - Baixa prevalência no Brasil: falta de relatos e ineficiência no diagnóstico Casos no Brasil Total de casos: 31 1º caso 1994: HIV + (Brasília) 1998: portador de diarréia (São Paulo) 2000: detecção em escarro e fezes Casos em Juiz de fora, Goiás e outras localidades atendidas pelo HC (USP) 2 surtos por veiculação hídrica - General Salgado (SP): n = 235 - Antonina (PR): n = 600 Causa do surto: rompimento de cano de distribuição de água; esgoto: contaminação - Sintoma comum: diarréia líquida e recidivante 32 Cystoisospora belli Oocistos eliminados em estado imaturo (= não esporulado) nas fezesdos hospedeiros infectados; Após 1-2 dias, são infectantes ( <16h a 30-35ºC) - Cistoisosporose: assinalada em vários países (tropicais, condições de higiênico-sanitárias precárias). Cystoisospora belli: Morfologia dos oocistos Tamanho dos oocistos: 23-36µm x 10-19µm. 34 Gênero Cystoisospora e Isospora Espécies de Importância Humana & Veterinária Espécies Hospedeiro Oocisto (µm) Cystoisospora belli Humanos 23 - 36 Isospora arctopithecci Primatas não-humanos 21 - 30 Isospora callimico Primatas não-humanos 13 - 21 Isospora endocallimici Primatas não-humanos 25 - 31 Isospora scorzai Primatas não-humanos 23 Isospora canis Cães 34 - 40 Isospora ohioensis Cães 19 - 27 Isospora burrowsi Cães 17 - 22 Isospora rivolta Gatos 18 - 28 Isospora felis Gatos 38 - 51 Isospora suis Suínos 17 - 25 * Fonte: Lindsay et al., 1997. Clin. Microbiol. Rev: 19-34. Cystoisospora belli : Ciclo de Vida - Ciclo de vida: coccídio típico - Infecção: ingestão de oocistos maduros procedentes de contaminação fecal - Ciclo: monoxênico: merogonia - Esporozoítos: liberados na luz do intestino delgado - Estágios latentes: em tecidos extra-intestinais: linfonodos mesentéricos, baço, fígado; (hipnozoítos) Provavelmente na maioria dos casos a infecção seja assintomática Sintomáticos: sinais clínicos aparecem após uma semana da ingestão dos oocistos - Diarréia - Esteatorréia - Dor abdominal - Febre - Fraqueza - Vômito - Cefaléia - Perda de peso - Náusea - Desidratação Diarréia aquosa prolongada- (meses / anos) - Imunocompetentes: (2 a 3 semanas Auto-limitada) - Imunodeficientes: curso prolongado (26 anos de sintomas; 10 anos- eliminação de oocistos nas fezes) 6 a 8 evacuações/dia Acentuada desidratação (hospitalização) - EOSINOFILIA: presente no sangue periférico Frenkel et al., 2003. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 36(3);409-412. Cystoisospora belli Quadro clínico & Sintomatologia Epidemiologia Têm distribuição cosmopolita Mais comum em regiões tropicais e subtropicais Países de maior prevalência: Brasil (2%), Venezuela (14%), Índia (31%); Haiti, México, El Salvador África tropical & Sudeste Asiático EUA: Cystoisospora belli: surtos institucionais de diarréia - Pacientes com AIDS 1% Subestimação? Diagnóstico das Parasitoses Oportunistas: Ciclosporose e Cistoisosporose Importância: Resposta diferenciada ao tratamento; Possibilidade de ocorrência de óbitos. Problema: Não inclusão na rotina parasitológica quando avaliando gastroenterite (= diarréias) Casos estão acontecendo no Brasil!! Diagnóstico CLÍNICO: Anamnese Difícil! LABORATORIAL: feito pela demonstração dos oocistos nas fezes - Dificultado pela escassez de formas parasitárias Técnicas de concentração & repetição dos exames Melhores resultados Técnica de coloração recomendada: Safranina ácida Tratamento: parasitoses Oportunistas Cryptosporidium: - Ausência de droga eficaz -Paramomicina: eficácia moderada -Nitazoxanida: FDA: indicado para uso pediátrico - HIV+: HAART: número de linfócitos TCD4 Cyclospora cayetanensis -Infecção responde ao tratamento: - Droga de escolha: Trimetropim-Sulfametoxazol -Dose: 160 mg TPM/ 800 mg SMX [2x/dia];7dias - Imunodeficientes: Cotrimoxazol: 4x dia; 10 dias Cystoisospora belli -Droga de escolha: Trimetropim-Sulfametoxazol (pacientes AIDS) - Outros compostos: - Pirimetaminas; metroinidazólicos 41 Profilaxia das Parasitoses Oportunistas: Nível individual: Correta orientação: evitar o consumo de água não filtrada, não ingerir alimentos crus (hortaliças, moluscos bivalvos); evitar contato com animais (pets); fezes também de bovinos e suínos. - Alimentos: vetores mecânicos Nível coletivo: Medidas de proteção da água e alimentos; tratamento de esgotos Água filtrada/ fervida Ambientes especiais: Enfermarias, hospitais, creches/berçários: Cuidados com higiene do individuo, vestuário; utensílios; alojamento de pacientes sintomáticos medidas de higiene rigorosas!!! - resistência à maioria dos desinfetantes!
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