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Técnica Operatória - Manual Prático

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO INGÁ
CURSO DE MEDICINA
DISCIPLINA DE CLÍNICA CIRÚRGICA
MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICA OPERATÓRIA
Prof. Rogério do Lago Franco
Maringá
2017
APRESENTAÇÃO
 O Laboratório de Habilidades é um local onde procurar-se-á aliar a teoria com a prática visando 
experiências simuladas à realidade clínica. Este manual tem por objetivo auxiliar os alunos do curso de 
medicina durante as aulas práticas de técnica operatória, servindo como material de apoio àquilo que será 
apresentado no laboratório de habilidades. Não deve ser tomado como única referência bibliográfica, mas 
como facilitador no aprendizado.
2
SUMÁRIO
1 - Técnica asséptica e paramentação pág. 04
2 - Reconhecimento dos instrumentais cirúrgicos pág. 08
3 - Montagem da mesa de instrumentais cirúrgicos pág. 20
4 - Nós cirúrgicos pág. 21
5 - Suturas pág. 27
6 - Instrumentação cirúrgica pág. 35
7 - Ato operatório pág. 42
3
1 - TÉCNICA ASSÉPTICA E PARAMENTAÇÃO
 O objetivo dessa aula é apresentar aos alunos os conceitos de assepsia e anti-sepsia e ensinar a 
preparação pessoal para os procedimentos cirúrgicos, incluindo a escovação das mãos e a paramentação 
com colocação do capote cirúrgico e das luvas.
1.1 - CONCEITOS GERAIS
- Assepsia - Trata-se do método que impede, especialmente através de meios físicos e químicos, a entrada 
de microorganismos patogênicos no corpo humano; método físico (e também químico) para prevenção do 
desenvolvimento de infecções mediante a destruição dos agentes infecciosos; impedimento da penetração 
de microorganismos em local que não os contenha, um local estéril. Consiste, então, na tentativa de 
eliminação de qualquer fonte potencial de infecção. No que se refere à sala cirúrgica, a assepsia está 
representada pelo uso de vestimenta estéril pelos membros da equipe cirúrgica (aventais e luvas), pela 
delimitação do campo operatório por coberturas estéreis e pelo uso de instrumentos cirúrgicos submetidos 
ao processo de esterilização.
- Anti-sepsia - Conjunto de procedimentos e práticas destinados a impedir a colonização por 
microorganismos, por determinado período de tempo, em especial mediante o uso de agentes químicos. 
Consiste em empreender todos os esforços que possibilitem o controle total ou parcial, da proliferação de 
microorganismos patogênicos, ao menos por um determinado período de tempo. Constitui método 
profilático, haja vista que resulta do emprego de agentes germicidas (anti-sépticos). Assim, estamos 
praticando a anti-sepsia quando realizamos a escovação cirúrgica das mãos e antebraços e quando 
realizamos o preparo da área a ser operada.
1.2 - ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA
 Antes de se proceder a escovação cirúrgica das mão, deve estar vestido com a roupa de uso 
interno do centro cirúrgico, gorro, e máscara. Os anti-sépticos mais utilizados são iodopovidina ou 
clorexidina. Não adotamos o uso absoluto do tempo como referência para a escovação. Recomendamos, 
sim, atenção total a cada uma das etapas, o que, me média, leva em torno de cinco minutos para a 
escovação completa para os dois membros.
 Ao realizar a escovação, o roteiro básico a ser seguido e o seguinte:
1 - lavar as mãos, antebraços, até a região logo acima dos cotovelos, utilizando-se água e sabão 
antimicrobiano;
2 - abrir as embalagens individuais contendo espátula, escova, espuma e anti-sépticos para escovação;
3 - limpar as áreas subungueais com as espátulas;
4 - com a espuma, distribuir o anti-séptico nas mãos e nos antebraços;
5 - escovar as faces lateral e medial de cada dedos, as comissuras interdigitais, o dorso e a palma da mão;
6 - passar ao antebraço, e daí ao cotovelo, mantendo-se as mãos mais elevadas;
7 - repetir o mesmo processo para o outro membro;
8 - enxaguar as mãos, antebraço e cotovelos, utilizando-se água em somente uma direção, a partir das 
mãos para os cotovelos, sem movimentos dos membros para frente e para trás;
9 - utilizar uma tintura alcoólica da mesma solução anti-séptica, deixando-a escorrer, a partir das mãos, para 
os antebraços e cotovelos (opcional);
10 - seguir para a sala cirúrgica, mantendo as mãos acima do nível dos cotovelos.
4
Fig. 1.1 - Escovação cirúrgica: 1 - limpezas de unhas e espaços subungueais com espátula; 2 - escovação 
de dedos e unhas, utilizando-se escovas com cerdas macias; 3 e 4 - escovação de mãos, antebraço e 
cotovelos, sem retornar de um lugar ainda não limpo para outro já limpo; 5 - enxague com água corrente, 
mantendo-se fletidos os cotovelos, de modo que a água escorra das mãos para os cotovelos, e não em 
sentido contrário.
Fig. 1.2 - Secagem das mãos: 1 - após a escovação, mantendo as mãos elevadas, o cirurgião se dirige até 
o local em que se encontra o avental cirúrgico estéril; 2 - uma compressa estéril é retirada de uma dobra do 
avental (onde é usualmente colocada), preferencialmente com as pontas dos dedos, com extremo cuidado 
para não ocorrer contaminação; 3 e 4 - uma das faces da compressa é utilizada para secagem das áreas do 
membro superior esquerdo submetidas à anti-sepsia; 5 e 6 - com a outra face da compressa, seca-se o 
outro membro; 7 - os cotovelos são as últimas áreas a serem secas; da mesma forma que com as mãos e 
antebraços, cada um dos cotovelos é seco com uma das faces da compressa; após essa etapa, a 
compressa é desprezada em recipiente adequado. 
5
1.3 - COLOCAÇÃO DO AVENTAL CIRÚRGICO
Fig. 1.3 - Colocação do avental ou capote cirúrgico, sem auxilio do instrumentador: 1 - com uma das mãos, 
pega-se a gola do avental, única área externa que se torna contaminada; atentando-se para o cuidados de 
se estar em uma área livre de quaisquer objetos potencialmente contaminantes, o avental é retirado da 
superfície à qual estava apoiado e é elevado, permitindo que ele se desdobre; 2 - o avental já se encontra 
totalmente aberto, pronto para permitir a paramentação do cirurgião; 3 e 4 - os membros superiores são 
introduzidos nas mangas correspondentes do avental; 5 e 6 - o circulante de sala amarra as tiras que 
prendem o capote no dorso; atentar para o fato de que as mãos do cirurgião ainda se encontram cobertas 
pelo punho da vestimenta; 7 - depois de enluvado, o cirurgião desata o nó frouxo das tiras do avental; 8 - as 
extremidades das tiras (distanciadas do avental, para se evitar a contaminação) são pegas pelo circulante 
de sala que as amarra no dorso, ultimando a paramentação cirúrgica.
Fig. 1.4 - Colocação do avental ou capote cirúrgico, com auxilio do instrumentador; 1 - o instrumentador (já 
paramentado) abre o capote e introduz suas mangas nas mãos do cirurgião; 2 - enquanto o instrumentador 
inicia o ajuste do punho do capote, o circulante de sala amarra as suas tiras dorsais; 3 - o instrumentador 
ajusta o punho do avental cirúrgico do cirurgião, exteriorizando as suas mãos e preparando-as para a 
colocação das luvas cirúrgicas.
6
1.4 - COLOCAÇÃO DAS LUVAS CIRÚRGICAS
Fig. 1.5 - Colocação das luvas cirúrgicas, sem auxilio do instrumentador: 1 - o cirurgião introduz a sua mão 
direita na dobra existente na luva esquerda, retirando-a do envelope estéril; 2 - a luva esquerda é 
posicionada na mão correspondente (sobre o punho do avental) sem preocupação em ajustá-la; 3 - a mão 
esquerda, já enluvada, é introduzida na dobra existente na luva direita, retirando-a do envelope estéril; 4 - a 
luva direita é posicionada na mão correspondente (sobre o punho do avental), sem preocupação em ajusta-
la. Somente depois de introduzidas ambas as luvas, inicia-se o procedimento para ajustá-las, moldando-as 
às mãos.
Fig. 1.6 - Colocação das luvas cirúrgicas, com o auxilio do instrumentador: 1 - o instrumentador, já 
paramentado, exerce um movimento de alargamento do punho da luva esquerda, facilitando a introdução da 
mão do cirurgião; 2 - o mesmo procedimento é executadopara a colocação da luva contralateral. 
Similarmente, somente depois de introduzidas ambas as luvas, inicia-se o procedimento para ajustá-las, 
moldando-as às mãos.
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2 - RECONHECIMENTO DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICO
 O objetivo dessa aula é apresentar os instrumentos cirúrgicos de utilização mais corriqueira em 
cirurgias, sua utilização e diferenciação.
2.1 - INSTRUMENTOS DE DIÉRESE
2.1.1 - Bisturi: constituído por um cabo reutilizável com encaixe para lâminas intercambiáveis em uma 
extremidade. Permite a secção das estruturas com mínimo traumatismo ao tecido vizinho. Dever ser 
empunhado como um lápis, arco de violino ou como uma faca.
Fig. 2.1 - Cabo de bisturi número 4.
Fig. 2.2 - Cabo de bisturi número 3 e número 4.
Fig. 2.3 - Lâminas de bisturi mais frequentemente utilizadas para cabos 3 (10 a 15) e para cabos 4 (20 a 
25).
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2.1.2 - Tesoura de Metzenbaum: mais delicada, utilizada para dissecções de tecidos.
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2.1.3 - Tesoura de Mayo: mais robusta; utilizada para dissecções mais grosseiras e para cortar fios.
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Fig. 2.5 - Tesoura de Mayo reta ou curva.
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2.1.4 - Tesoura específicas: Íris, Boyd, Potts, Dietrich.
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Fig. 2.6 - Da esquerda para a direita, tesouras de Íris, Boyd, Potts e Dietrich.
2.2 - INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS AUXILIARES
2.2.1 - Pinça anatômica: servem para manipular tecidos delicados, vasos, nervos, paredes viscerais.
2.2.2 - Pinça dente de rato: servem para manipular tecidos mais resistentes, como pele, aponeurose.
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Fig. 2.7 - Pinça anatômica.
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2.2.3 - Pinças delicadas: 
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Fig. 2.9 - Pinça Adson
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Fig. 2.10 - Pinça “De Bakey” (vascular)
2.3 - AFASTADORES
2.3.1 - Afastadores de mão para parede: Farabeuf, Senn Müller, Langenbeck.
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Fig. 2.11 - Afastadores de Farabeuf. Fig. 2.12 - Senn Müller. Fig. 2.13 - Langenbeck.
11
2.3.2 - Afastadores mecânicos de cavidade: Válvula de Doyen, afastador Deaver
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Fig. 2.14 - Válvula de Doyen. Fig. 2.15 - Afastador Deaver.
2.3.4 - Afastadores auto-estáticos de superfície: Weitlanner e Gelpi
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Fig. 2.16 - Afastador Weitlanner. Fig. 2.17 - Afastador Gelpi.
12
2.3.5 - Afastadores auto-estáticos de cavidade: Balfour, Gosset, Finochietto
Fig. 2.18 - Afastador Balfour: utilizado em operações 
abdominais; pode receber o acoplamento de uma válvula supra-púbica para o afastamento das paredes 
laterais e inferior/superior.
 
Fig. 2.18 e 2.19 - Afastador Gosset - afastamento das paredes laterais do abdomen com extremidades 
variáveis (semelhante ao Balfour).
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Fig. 2.20 e 2.21 - Afastador Finochieto - utilizado em cirurgia torácica.
13
Fig. 2.22 - Exemplos de afastadores.
2.4 - PINÇAS HEMOSTÁTICAS E DE PREENSÃO TECIDUAL
2.4.1 - Pinça Kelly: hemostática, curva ou reta, serrilhado transversal em 2/3 da garra, com 13 a 15cm de 
comprimento.
2.4.2 - Pinça Kocher: inicialmente idealizada para hemostasia, mas por serem muito traumáticas, são 
atualmente utilizadas com clampe grosseiro e para reparo de tecidos fibrosos como a aponeurose.
2.4.3 - Pinça Halstead Mosquito: curvas ou retas, mais delicada que a Kelly e com serrilhado em toda a 
garra.
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Fig. 2.23 Fig. 2.24 Fig. 2.25
14
2.4.4 - Mixter: pontas anguladas, serrilhado transversal delicado, sedo também conhecida como pinça “J”. 
Utilizada para laçar vasos.
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Fig. 2.26 e 27 - Pinça Mixter e Mixter baby (menor).
2.4.5 - Pinça Allis: pequenos e múltiplos dentes delicados em suas pontas para preensão tecidual.
2.4.6 - Pinça Collin: ponta com formato de coração, utilizado para pinçamento de vísceras ocas.
2.4.7 - Pinça Duval: formato triangular, com serrilhado pequenos e delicados nas faces do triângulo, também 
utilizada para preensão de vísceras ocas.; sua variante Duval-Collin apresenta serrilhado apenas na porção 
horizontal do triângulo.
Fig. 2.28 Fig. 2.29 Fig. 2.30
15
2.4.8 - Pinça Pean: pinça de manipulação tecidual mas também utilizada para anti-sepsia da área a ser 
operada.
2.4.9 - Pinça Cheron: pinça de manipulação tecidual, particularmente em cavidades estreitas como o canal 
vaginal; também utilizada para anti-sepsia.
2.4.10 - Pinça Backhaus: pinça de para fixação dos campos operatórios.
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Fig. 2.31 - Pinça Pean. Fig. 2.32 - Pinça Cheron. Fig. 2.33 - Pinça Backhaus.
2.4.11 - Clampe “De Bakey”: encontram-se disponíveis em diversos tamanhos e formatos (retos, curvos e 
angulados) e são utilizados em Cirurgia Cardiovascular
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Fig. 2.34, 35 e 36 - Variações de Clampe “De Bakey”.
16
2.4.12 - Clampe Satinsky: utilizado em Cirurgia Cardiovascular, seu formato hexagonal angulado permite o 
clampeamento parcial dos vasos, sem interrupção total do fluxo sanguíneo.
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Fig. 2.37 e 38 - Clampe Satinsky.
2.4.13 - Campes intestinais Doyen e Kocher: podem ser retos ou curvos; o primeiro apresenta fino 
serrilhado diagonal e o segundo apresenta fino serrilhado longitudinal.
Fig. 2.39 Fig. 2.40
17
2.5 - INSTRUMENTOS DE SÍNTESE - PORTA-AGULHAS
 São instrumentos desenhados de modo a permitir a perfeita preensão e manutenção das agulhas 
entre suas garras.
2.5.1 - Porta-agulha de Mayo-Hegar: é o porta-agulhas mais utilizado, estando disponível em diversos 
tamanhos, podendo apresentar vídia em suas garras para melhor preensão da agulha.
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2.5.2 - Porta-agulha de Mathieu: sem aros ou anéis digitais, com um sistema de molas que facilitam o seu 
manuseio.
Fig. 2.42 - Porta-agulha de Mathieu
18
2.5.3 - Porta-agulha Castroviejo: utilizado para manipular agulhas muito finas, notadamente em micro-
cirurgia.
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Fig. 2.43 e 44 - Porta-agulha de Castroviejo com e sem vídia.
 
Fig. 2.45 e 46 - Preensão da agulha de sutura com o porta-agulha. 
19
3 - MONTAGEM DA MESA DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
 O objetivo dessa aula é ensinar aos alunos como montar a mesa cirúrgica, dispondo os 
instrumentais de forma organizada e lógica. Consequentemente, serão revisados os nomes dos 
instrumentais e sua utilização.
 Primeiramente, é preciso que o instrumentador já esteja devidamente paramentado para depois 
iniciar a arrumação da mesa. Seguindo a técnica asséptica, a mesa deve ser coberta primeiro por um 
campo impermeável (comumente de plástico esterilizado) e depois com campo cirúrgico de tecido. 
Posteriormente, os materiais devem ser acondicionados sobre a mesa e dispostos de tal forma que 
atendam aos tempos cirúrgicos e possíveis intercorrências.
 Os instrumentos são divididos de acordo com os tempos cirúrgicos e agrupados sobre a mesa da 
seguinte forma: 
1. Instrumentos de diérese ou abertura
2. Hemostasia
3. Exérese
4. Síntese
3 4
2 1
 
 Fig. 3.1 - Montagem tradicional da mesa de instrumentais cirúrgicos.
20
 Os instrumentos de diérese são destinados a separação de tecidos ou planos para se atingirem os 
órgãos a serem manipulados; neste grupo encontram-se tesouras e bisturis. Os instrumentos destinados a 
hemostasia são as pinças hemostáticas tipo Kelly, Kocher, Hausted, Mixter. Nessa porção da mesa, podem 
ser acondicionados também os instrumentais para preensão tecidual como Allis, Collin e Duval. No terceiro 
coloca-se os instrumentais especiais para o procedimento cirúrgico em questão como afastadores, clampes 
ou outros materiais especiais. Por fim, os materiais de síntese são colocados no quarto quadrante e são 
basicamente compostos pelos porta-agulhas. As pinças anatômicas e dentede rato são posicionadas 
também nesse quadrante, embora sejam utilizadas também para diérese.
 Lembrando que esse não é o único método de organização da mesa de instrumentos, embora seja 
o tradicional, aceito e praticado na maioria dos hospitais. Poderá ocorrer variações conforme o tipo de 
cirurgia, instituições hospitalares e preferências do cirurgião e do instrumentador. O importante é que a 
mesa seja organizada de modo a facilitar o andamento da cirurgia
4 - NÓS CIRÚRGICOS
 O objetivo dessa aula é ensinar os alunos a executarem nós cirúrgicos com as mãos e com o porta-
agulhas de forma técnica e precisa assim como se exige em procedimentos operatórios. Cada aluno deverá 
ter em mãos: porta agulhas, pinça anatômica ou dente de rato, tesoura de Mayo e fios de sutura, 
preferencialmente de algodão 2-0 ou Nylon 4-0.
 
4.1 - PRINCÍPIOS GERAIS
 O nó cirúrgico se fundamenta na sucessão de seminós simples (ou meia volta), variando, 
especificamente, em função da conformação de cada um deles. O seminó simples (também conhecido 
como nó simples, incompleto) constitui o primeiro tempo de um nó e é alcançado pela laçada, com o fio, de 
forma que uma extremidade é totalmente rodada em torno da outra, criando uma meia-volta.
4.2 - NÓ ANTIDESLIZANTE OU “QUADRADO”
 Constitui o tipo básico de nó mais utilizado nas operações; são realizados dois seminós simples, em 
que as duas meias-voltas são posicionadas em direção oposta, uma sendo a imagem exata (em espelho) 
da outra; pode ser reforçado por um ou mais seminós de segurança (cada um deles sendo a imagem 
especular do precedente). Uma vez amarrados os fios, o nó não pode mais se afrouxado, consistindo em 
um nó seguro e de maior resistência ao fenômeno de deslizamento.
4.3 - NÓ DESLIZANTE, COMUM OU TORTO
 Um seminó simples é sobreposto a outro, sem inversão da meia-volta em relação ao anterior 
(ambas as laçadas são realizada na mesma direção); realizando a tração de uma extremidade do fio 
durante todo o tempo em que o nós está sendo realizado, não cruzando as extremidades dos fios ou as 
mãos durante as laçadas subsequentes. Fundamentalmente, o seu primeiro componente é igual ao do nó 
quadrado, e o segundo seminó (de fixação) é elaborado no mesmo sentido que o primeiro (de contenção); 
após cada laçada, cada meia-volta é levada para baixo, no segmento retificado (tracionado), até que o nó 
fique apertado; não se constitui em um nó seguro, haja vista que as duas pontas ficam em posição 
perpendicular às partes do fio que entram no nó; como segurança, esse nó exige, obrigatoriamente, ao 
menos um terceiro seminó.
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4.1 - NÓ DUPLO OU “NÓ DO CIRURGIÃO”
 Consiste na realização de duas voltas primárias na primeira meia-volta (dois entrecruzamentos na 
formação do primeiro seminó), seguida por posicionamento da segunda meia-volta na direção oposta, 
similarmente a um nó quadrado; a volta dupla no primeiro seminó evita que o nó “corra”ou deslize, sendo de 
grande importância em casos em que há aumento de tensão na estrutura que se está ligando, permitindo 
que a segunda meia-volta possa ser realizada sem ter que se manter o fio tracionado.
Fig. 4.1 - Tipos de nós.
4.2 - TÉCNICA DE PAUCHET
Fig. 4.2 - Técnica manual para confecção do primeiro seminó não-deslizante, utilizando, principalmente, o 
dedo médio da mão direita; 1 - o primeiro e o segundo quirodáctilos direitos seguram uma das extremidades 
do fio, posicionando abaixo da outra extremidade, segura pelos primeiro e segundo quirodáctilos esquerdos; 
2 - os terceiros, quarto e quinto quirodáctilos direitos fixam a extremidade do fio e a abaixam, ao passo que 
o terceiro quirodáctilos se insinua em direção ao fio da mão esquerda; 3 - enquanto o quinto quirodáctilo 
direito mantém a extremidade direita do fio afastada, o terceiro quirodáctilo enlaça o fio da mão esquerda e 
começa a leva-lo para trás do fio da mão direita; 4 - uma alça do fio da mão esquerda é passada por trás do 
fio da mão direita, que, por sua vez, é levado para dentro daquele; 5 - antes de se completar o seminó, o fio 
da mão direita é seguro entre os terceiro e quarto quirodáctilos direitos ao mesmo tempo em que os 
primeiro e segundo quirodáctilos direitos soltam a extremidade do fio; 6 - completa-se o seminó, que deve 
ser levado pelo segundo quirodáctilos direito ao encontro da estrutura à qual está sendo aplicado.
22
Fig. 4.3 - Técnica manual para confecção do segundo seminó não-deslizante, utilizando, principalmente, o 
dedo médio da mão esquerda. Segue, fundamentalmente, os mesmos passos descritos para a confecção 
do primeiro seminó, só que, agora, utilizando-se a mão esquerda. É importante que se observe que o fio 
seguro pela mão esquerda (mão ativa) deve ser posicionado abaixo do fio seguro pela mão direita.
Fig. 4.4 - Técnica bimanual para confecção de nó duplo ou “nó do cirurgião”. 1 - o fio é cruzado, como no nó 
simples, somente diferindo pelo fato de que a extremidade presa à mão direita utiliza os primeiro e segundo 
quirodáctilos, ao passo que a extremidade presa à mão esquerda utiliza os primeiro e terceiro quirodáctilos, 
deixando o dedo indicador livre; 2 a 5 - os movimentos da mão direita são os mesmos já demonstrados para 
a confecção de uma seminó simples; 6 - antes de se completar o seminó simples com a mão direita, o dedo 
indicador livre da mão esquerda enlaça o fio da mão direita; 7 - a laçada da mão esquerda é completada; 8 - 
similarmente, a laçada da mão direita é finalizada, concluindo a confecção do seminó.
23
4.3 - TÉCNICA DO SAPATEIRO
Fig. 4.5 - Técnica manual para confecção do primeiro seminó não-deslizante pela técnica do sapateiro; 1 - 
com os fios cruzados, o terceiro, quarto e quinto quirodáctilos esquerdos seguram uma das extremidades do 
fio, enquanto que o primeiro e o segundo quirodáctilos direitos seguram a outra extremidade; 2 - o fio da 
mão esquerda é cruzado sobre o da mão direita enquanto que o primeiro quirodáctilo esquerdo (polegar) se 
insinua entre os fios; 3 - o fio da mão direita é levado para a frente até a polpa digital do polegar esquerdo 
que é então presa entre os dois quirodáctilos; 4 - solta-se o fio da mão direita; 5 e 6 - faz-se um giro com o 
polegar e o indicador da mão esquerda levando o fio preso entre os dois para trás e pegando-o novamente 
com a mão direita; 7 - completa-se o seminó, que deve ser levado pelo segundo quirodáctilos direito ao 
encontro da estrutura à qual está sendo aplicado.
Fig. 4.6 - Confecção do primeiro seminó não-deslizante; 1 - mantém-se os fios cruzados e seguros à mesma 
maneiro do anterior; 2 - o fio da mão esquerda é cruzado sobre o da mão direita enquanto que o indicador 
se insinua entre os fios; 3 - o fio da mão direita é levado para trás até a polpa digital do indicador esquerdo 
que é então presa entre o indicador e o polegar; 4 e 5 - faz-se um giro trazendo o fio preso para a frente e 
pegando-o novamente com a mão direita; 6 - completa-se o seminó, que deve ser levado pelo indicador 
esquerdo ao encontro da estrutura à qual está sendo aplicado.
24
4.4 - NÓ COM PORTA-AGULHAS
Fig. 4.7 e 4.8 - Técnica para confecção de nó com porta-agulhas.
25
 
 
 Fig. 4.9 a 4.15 - Técnica de confecção do primeiro seminó com porta-agulhas.
 
 
Fig. 4.16 a 4.22 - Técnica de confecção do segundo seminó com porta-agulhas.
26
5 - SUTURAS
 Esta aula tem por objetivo ensinar as principais técnicas de sutura em cirurgia. os alunos deverão 
ter em mãos: porta agulhas, pinça anatômica ou dente de rato, tesoura de Mayo e fios de sutura, 
preferencialmente de algodão 2-0 ou Nylon 4-0. 
5.1 - CONCEITOS
 Sutura é a união ou aproximação de estruturas teciduais pela aposição ordenada de inúmeros nós 
cirúrgicos, podendo ser contínuo ou separados. Na sutura contínua (chuleio), existe continuidade do fio 
entre suas alças. Nesse caso, temossomente um nó inicial e um nó final. Na sutura com pontos separados, 
para cada alça de fio corresponde um nó, não havendo continuidade dos fios entre as alças.
 Para se efetuar uma sutura, as bordas teciduais devem ser elevadas e apresentadas com uma 
pinça elástica (anatômica ou dente de rato), de modo que possam ser corretamente transfixadas pela 
agulha. A agulha é, habitualmente, presa ao ponta agulhas pela sua porção média e apontando para cima e 
à esquerda. Porém, conforme a necessidade esse posicionamento pode ser diferente. A agulha deve ser 
presa bem na extremidade da garra do ponta agulhas onde a preensão é mais eficiente. Após a passagem 
da agulha pelo tecido, sua extração deve ser feita com a pinça ou com o próprio porta-agulhas. Jamais com 
os dedos.
 
Fig. 5.1 - Posicionamento da agulha curva no porta-agulha: A - posição habitual - ponta para a esquerda; B - 
posição inversa - ponta para a direita.
Fig. 5.2 - Alternativas técnicas para para transfixação das bordas de feridas: A - em dois tempos, uma borda 
de cada vez; B - as duas bordas em um único tempo; C - a preensão da agulha com pinça elástica permite 
reacomodação da agulha no porta- agulha, ampliando a possibilidade para sua introdução na ferida; D - 
preensão da agulha pelo porta-agulha (após sua introdução nas duas bordas da ferida), permitindo que ela 
seja retirada enquanto a pinça elástica exerce força em sentido contrário, facilitando a operação.
27
5.2 - SELEÇÃO DA SUTURA
 A escolha do tipo de sutura é muito importante. Devido a forma helicoidal, as suturas contínuas têm 
uma tendência de reduzir a microcirculação das bordas das feridas. Este fato prolonga a fase destrutiva da 
cicatrização aumentando a formação de edema. Um ganho mais rápido em força de tensão é obtido com as 
suturas simples interrompidas. Estatisticamente, as suturas simples interrompidas são mais fortes que as 
contínuas. De maneira geral, as suturas interrompidas são preferidas quando se quer mais tensão, 
mobilidade dos tecidos e distensibilidade.
5.3 - SUTURAS INTERROMPIDAS
5.3.1 - Sutura Interrompida Simples
 É a mais usada de todas as suturas e também a mais versátil. Quando colocada de maneira 
apropriada, mantém uma boa aposição, tem ação independente das outras na linha de sutura e permite 
mobilidade tecidual entre as suturas. A técnica é fácil e rápida. 
 A sutura é colocada direcionando a agulha através do tecido a mais de 0,5 cm da borda incisada. A 
sutura é inserida perpendicularmente através do tecido de um lado, passando através de igual quantidade 
de tecido no lado oposto e o nó é amarrado. Os nós devem ser colocados fora da linha de incisão. As 
pontas dos fios devem ser deixadas longas (0,5 a 1,0 cm), ou curtas se o nó ficar escondido. 
 O próximo ponto interrompido deve ser colocado a uma distância igual ao tamanho do ponto 
anterior (ex: 0,5 + 0,5 cm = 1 cm de distância). O sentido da colocação dos pontos deve ser da direita para 
a esquerda em incisões horizontais, se destro, ou da esquerda para a direita, se canhoto. Se a incisão for 
vertical, usualmente se inicia a sutura da porção distal para a proximal da incisão. 
 Esta é uma sutura de aposição, porém, se tiver pressão em demasia, poderá causar inversão 
indesejável, complicando a cicatrização. A colocação apropriada dos pontos mais uma tração moderada nos 
nós, permite um resultado bem satisfatório. Quando internos, os nós podem ser palpáveis por algum tempo. 
Usada em suturas internas (vísceras) e externas (pele).
Fig. 5.3 a 5.5 - Exemplo de sutura separada simples.
28
5.3.2 - Sutura de Donatti
 Promove uma aposição completa e precisa das bordas, com leve eversão após a confecção dos 
nós. A primeira passagem da agulha é feita a uma distância maior do que 0,5 cm da borda e a Segunda 
passa de 2 ou 3 mm da borda. Vantagens: promove excelente coaptação das bordas e também promove 
boa hemostasia, sendo particularmente interessante quando existe sangramento difuso subdérmico. 
Desvantagem: realização mais demorada com maior reação inflamatória.
Fig. 5.5 e 5.6 - Sutura de Donatti.
5.3.3 - Sutura Horizontal em “U”, de Wolff
 É uma sutura que promove uma leve eversão se colocada de maneira apropriada. Ela forma um 
quadrado perfeito, com ambas extremidades de sutura saindo pelo mesmo lado ou borda da ferida. Está 
indicada para suturar feridas sob tensão moderada. Também pode ser utilizado em estruturas frágeis, como 
tecido muscular, apenas para aproximação tecidual, sem qualquer tensão.
 Vantagens: uso de menor quantidade de material de sutura, é de execução rápida, pode ser usada 
como sutura de tensão quando colocada longe das bordas da pele e pode ser usada para reduzir espaço 
morto. Desvantagens: dificuldade relativa quando aplicada na pele, formação de cicatriz excessiva devido a 
eversão das bordas e tendência a reduzir o suprimento sangüíneo das bordas da ferida, quando os pontos 
são apertados demais (em função do formato geométrico).
 Fig. 5.7 - Sutura em “U” de Wolff.
29
5.3.4 - Sutura em “X”ou Cruzado (Sultan)
 É uma sutura de aposição, sendo uma modificação do “U” horizontal. A agulha penetra de um lado 
da incisão e passa perpendicularmente através da mesma, e uma segunda passagem é feita através dos 
tecidos, paralela e de 5 a 10 mm da primeira passagem. 
 Vantagens: não promove alteração do suprimento sangüíneo, mesmo sob tensão e previne a 
eversão dos tecidos.
 
Fig. 5.8 e 5.9 - Sutura em “X” (Sultan)
5.4 - SUTURAS CONTÍNUAS
 As suturas contínuas não têm os fios cortados após a aplicação dos nós.
 
 
Fig. 5.10 e 5.11 - Maneira de iniciar as suturas contínuas.
30
 
Fig. 5.12 a 5.14 - Maneira de finalizar as suturas contínuas.
5.4.1 - Sutura contínua simples ou sutura de Kurschner
 Consiste em usar uma série de pontos contínuos com nós no início e no final da sutura. A agulha é 
introduzida através dos tecidos, perpendicularmente à linha de incisão. A sutura é reintroduzida na mesma 
direção que a anterior. No final da sutura, as pontas do fio são amarradas com, no mínimo, quatro camadas 
de nós (ou seja, duas de cirurgião). Desta maneira podem ser executadas com maior facilidade e rapidez. 
 São indicadas para o fechamento de tecido subcutâneo e fáscia desde que não haja planos de 
tensão. Os nós são geralmente escondidos (ou sepultados). São também usadas em tecidos que requeiram 
mínima força de segurança, porém com aposição máxima.
Fig. 5.15 e 5.16 - Sutura contínua simples ou chuleio simples.
31
5.4.2 - Chuleio ancorado ou Festonada
 É uma modificação da sutura contínua simples. A cada passagem através dos tecidos, o fio é unido 
ao ponto passado anteriormente. A vantagem desta sutura é a grande estabilidade na eventualidade de 
falha de um nó ou de uma porção de linha de sutura. Quando isto acontece, necessariamente não resulta 
em perda de toda a sutura. 
 Uma grande estabilidade é obtida devido aos tecidos apresentarem menor tendência a 
movimentarem-se. Desvantagem: maior quantidade de material usado, mais demorada, e pode causar 
necrose na pele quando usada com muita tensão (muito apertadas).
 
Fig. 5.17 a 5.19 - Sutura contínua ou chuleio ancorado.
5.4.3 - Sutura em barra grega ou de colchoeiro ou “U” contínua
 Pode ser usada na pele quando houver indicação para sutura contínua e um certo grau de eversão. 
A sutura inicia como um ponto isolado simples e avança aproximadamente 1 a 2 cm, e uma segunda 
passagem é feita através dos tecidos perpendiculares à incisão. Após a saída dos tecidos, a agulha avança 
de 1 a 2 cm e é inserida perpendicularmente à linha de incisão na direção contra-lateral. Vantagem: rapidez 
no fechamento é a principal vantagem desta sutura. Pode ser usada para suturar estrutura que esteja presa 
por um clampe.
Fig. 5.20 - Sutura em barra grega ou de colchoeiro.32
5.4.4 - Sutura intradérmica
 Consiste numa sequência de pontos simples longitudinais alternados, por dentro das bordas da 
pele, resultando em excelente coaptação das bordas, o que lhe confere excelente resultado estético. Pode 
ser executada com pontos absorvíveis ou não absorvíveis. Quando realizada com os primeiros, os nós são 
sepultados, enquanto que se realizados com fios não absorvíveis, os nós são exteriorizados. 
Fig. 5.21 a 5.23 - Sutura intradérmica.
5.4.5 - Sutura em bolsa
 Sutura circular invaginante, com múltiplas indicações em cirurgia, como por exemplo, sepultamento 
de coto apendicular e de saco herniário inguinal direito. Eventualmente, pode ser utilizada como uma 
segunda linha de sutura, servindo de reforço. Os pontos são passados ao redor da estrutura que se deseja 
invaginar e, ao se apertar o nó, o auxiliar a introduz para baixo da linha de sutura (exercendo leve pressão 
com o uso de uma pinça elástica por exemplo), completando-se, então, o nó, concomitante à retirada da 
pinça.
Fig. 5.24 e 5.25 - Sutura circular invaginante em bolsa: A - coloca-se uma pinça hemostática no centro da 
estrutura que se deseja invaginar, realizando-se sutura circular ao seu redor; B - ao se exercer leve pressão 
com a pinça, a estrutura é invaginada, ao mesmo tempo que que se prepara o nó cirúrgico; C - nó concluído 
com invaginação da estrutura.
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5.4.6 - Nó de fixação de sondas e drenos - Bailarina ou Nó Chinês
 Faz-se um nó simples na base da estrutura que se deseja fixar. Em seguida, mantendo-se as duas 
pontas do fio de igual tamanho, realiza-se o contorno da estrutura tubular, sendo um fio para cada lado, 
voltando a encontra-los na parte da frente. Em cada passagem pode ser feito um seminó. Após repetidas 
passagens, finaliza-se com um nó. Deve-se ter cuidado para não estrangular a estrutura que está sendo 
fixada (cateter ou dreno).
Fig. 5.26 e 5.27 - Fixação de cateter por nó de bailarina.
34
6 - INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
 
 Esta aula tem por objetivo ensinar aos alunos quais são as funções do instrumentador cirúrgico e 
como é a dinâmica da instrumentação. 
 A efetiva comunicação entre os membros da equipe é parte fundamental do processo cirúrgico. O 
cirurgião deve informar sobre o procedimento a ser realizado e solicitar os materiais necessários. Cabe ao 
instrumentador, junto com o circulante de sala, o preparo da sala cirúrgica. Para que isso ocorra de forma 
adequada, alguns parâmetros devem ser seguidos:
- Planejar o material necessário ao desenvolvimento da operação como instrumentais cirúrgicos, fios de 
sutura, materiais básicos, especiais e equipamentos. Deve-se observar a validade da esterilização dos 
materiais descartáveis e daqueles processados, atentando-se quanto a não violação dos invólucros.
- Observar as condições de limpeza da sala.
- Checagem do funcionamento de equipamentos como bisturi elétrico, aspirador, foco de luz, equipamentos 
de videocirurgia.
- Proceder a escovação cirúrgica, paramentação e montagem da mesa de instrumentos.
- Auxiliar na degermação do campo operatório, posicionamento dos campos e conexão dos equipamentos.
 
 Durante o período peroperatório, são funções do instrumentador: 
- Acompanhar atentamente o desenrolar da operação, fornecendo instrumentos solicitados verbalmente ou 
por gestos do cirurgião ou dos auxiliares.
- Manter os instrumentos utilizados limpos e organizados de forma que consiga manuseá-los de forma 
rápida e eficiente. É conveniente que se tenha uma compressa úmida com solução fisiológica para a 
limpeza dos materiais.
- Manter o campo operatório organizado, evitando derramamento de líquidos e retirando todo o material que 
o cirurgião tenha deixado no campo operatório para evitar que caiam ou que provoquem lesões à equipe e 
ao paciente.
- Seguir padrões universais de técnica asséptica a fim de evitar contaminações.
- Estar atento a abertura dos materiais esterilizados pelo circulante e havendo qualquer suspeita de 
contaminação, os materiais devem ser recusados.
- Estar atento à possíveis intercorrências, antecipando-se à solicitação de materiais que possam ser 
necessários.
- Realizar a contagem periódica de gazes, compressas, agulhas e instrumentais, evitando-se possíveis 
esquecimentos.
- Conferir todo medicamento e solução que for fornecido e colocado sobre a mesa.
- Certificar-se do nome de peças operatórias recebidas e seu correto destino. qualquer material só deve ser 
desprezado após autorização do cirurgião.
6.1 - DINÂMICA DA INSTRUMENTAÇÃO
 A perfeita integração entre instrumentador e cirurgião é responsável pelo sincronismo, 
desenvolvimento e rapidez do ato cirúrgico, não havendo inclusive, a necessidade de que seja solicitado 
qualquer instrumento, a não ser que aconteça alguma intercorrência. Caso a equipe cirúrgica não seja 
sempre a mesma, a solicitação e a passagem de instrumental obedecem a alguns princípios:
- O cirurgião faz a solicitação dos instrumentos com voz clara e firme, não necessariamente em voz alta.
35
- O instrumentador deve entregar os instrumentos de modo seguro, firme e enérgico, sem necessidade de 
batê-lo com violência contra a mão do cirurgião.
- Ao entregar o instrumento, deve fazê-lo pela extremidade distal (ponta ou haste), com a curvatura ou 
corte, caso exista, voltados para baixo, de modo que o cirurgião receba o instrumental já na posição de 
uso, não precisando reposicioná-lo.
- Especial atenção deve ser dispensada na passagem do bisturi, evitando-se ferimentos tanto no cirurgião 
quanto no instrumentador. Ele deve ser entregue em posição de uso, colocado na comissura interdigital 
entre os primeiro e segundo quirodáctilos da mão direita do cirurgião.
- As pinças elásticas de dissecção (anatômica e dente de rato) devem ser entregues fechadas. 
- Ao entregar o porta-agulha montado, deve fazê-lo segurando-o pelas hastes, com a ponta da agulha 
voltada para o lado oposto de sua mão. Deste modo, o cirurgião recebe o instrumento na posição de uso e 
o instrumentador mantém sua mão fora da trajetória, evitando- que se fira.
- Ao devolver os instrumentos, o cirurgião o faz de modo inverso, segurando-os pelas hastes, propiciando a 
visão clara de suas pontas ou lâminas.
- Os instrumentos recebidos devem ser limpos e dispostos em seus lugares de origem na mesa de 
instrumentais.
- O instrumentador não deve permitir que qualquer membro da equipe pegue algo em suas mesas, 
notadamente pelo fato de perder o controle dos materiais utilizados.
6.2 - SINAIS PARA SOLICITAÇÃO DE INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS
 Existe uma série de sinais correspondentes à solicitação da maioria dos instrumentos cirúrgicos de 
uso rotineiro, podendo haver alguma variação conforme a instituição. A seguir, serão demonstrados os 
principais sinais.
Fig. 6.1 - Solicitação e passagem do bisturi: A - gesto para solicitação; B - passagem da mão do 
instrumentador para a mão do cirurgião; C - o cirurgião recebe o bisturi já na posição apropriada para o uso.
36
Fig. 6.2 - Solicitação e passagem de pinças hemostáticas durante o ato operatório: A - gesto para solicitação 
de pinça hemostática curva (Kelly); B - gesto para solicitação de pinça hemostática reta; C - passagem de 
pinça hemostática da mão do instrumentador para a do cirurgião; D e E - variações nos gestos para 
solicitação de pinças hemostáticas (curvas geralmente).
Fig. 6.3 - Solicitação e passagem de pinças elástica de dissecção: A - gesto para solicitação de pinças 
anatômicas; B - gesto para solicitação de pinça dente de rato; C - forma apropriada para o instrumentador 
pegar a pinça elástica na mesa; D - passagem da pinça elástica (com as hastes fechadas) do 
instrumentador para o cirurgião.
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Fig. 6.4 - Solicitação e passagem de afastadores mecânicos de superfície tipo Farabeuf. A e B - gestos parasolicitação, com um e com quatro dedos; C - passagem do afastador da mão do instrumentador para a do 
cirurgião.
Fig. 6.5 - Solicitação e passagem de tesouras durante o ato operatório: A e B - gesto para solicitação de 
tesoura reta; C e D - gesto para solicitação de tesoura curva; E - passagem da tesoura do instrumentador 
para o cirurgião.
Fig. 6.6 - Entrega dupla de tesoura curva e pinça dente de rato ao cirurgião.
38
Fig. 6.7 - Manutenção da tesoura na mão do cirurgião em direção ao punho e antebraço, não impedindo a 
continuação do ato operatório; A - retorno da tesoura à sua posição habitual para uso onde a pressão do 5o 
quirodáctilo sobre um dos aros digitais da tesoura é aliviada, ao mesmo tempo em que a tesoura inicia o 
giro em torno do dedo anelar, por um movimento circular de mão; B - continua o giro em torno do dedo 
anelar, enquanto o 1o quirodáctilo já inicia o movimento para ser introduzido no outro aro digital; C - o 
movimento está completo, com a tesoura em posição correta para uso.
Fig. 6.8 - Solicitação e passagem de pinça de Allis durante o ato operatório: A - gesto para solicitação; B - 
passagem da pinça do instrumentador para o cirurgião.
Fig. 6.9 - Solicitação e passagem de fio solto para ligadura durante o ato operatório; A - gesto para 
solicitação; B - forma apropriada para entrega do fio ao cirurgião; C - gesto alternativo para solicitação 
(utilizado para fios contínuos, enrolados em pequenos tubos plásticos).
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Fig. 6.10 - Solicitação e passagem de afastador dinâmico de cavidade (tipo Doyen ou Deaver); A - gesto 
para solicitação; B - forma apropriada para passagem do instrumento ao cirurgião.
Fig. 6.11 - Solicitação e passagem de afastador auto-estático de cavidade (tipo Gosset): A - gesto para 
solicitação; B e C - gestos alternativos para solicitação; D - forma apropriada para passagem do instrumento 
ao cirurgião.
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Fig. 6.12 - Solicitação e passagem do porta-agulha: A - gesto habitual para solicitação; B - gesto alternativo; 
C - forma apropriada para passagem do instrumento ao cirurgião.
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7 - ATO OPERATÓRIO
 Nesta aula, os alunos simularão o preparo do paciente para o ato operatório, colocação dos campos 
e organização da equipe cirúrgica.
7.1 - POSICIONAMENTO DO PACIENTE
 A escolha do posicionamento do paciente deve ser decidida em conjunto entre o cirurgião e o 
anestesista. Deve-se ter em mente a posição que propicie adequada exposição e fácil abordagem ao 
cirurgião mas que não interfira na dinâmica respiratória, não comprima ou estenda exageradamente locais 
de terminações nervosas ou vasos sanguíneos e não deixar membros pendentes na mesa cirúrgica.
7.1.1 - Decúbito dorsal ou Supino
 Constitui-se na posição mais anatômica para o paciente e que menos interfere na dinâmica 
respiratória e circulatória. É a mais habitual para procedimentos na cavidade abdominal e outros 
procedimentos. Algumas modificações podem ser introduzidas como cabeceira elevada, coxins no dorso e 
fixação dos membros superiores junto ao corpo ou abertos
Fig. 7.1 - Posição supina ou decúbito dorsal.
7.1.2 - Trendelenburg
 Essa posição coloca o paciente com a cabeça em nível mais baixo que os membros inferiores. É 
utilizada em operações do abdome inferior e pelve, permitindo o afastamento das vísceras abdominais. É 
uma variante do decúbito dorsal. Também é utilizada quando ocorre uma perda sanguínea repentina, para 
melhora a perfusão cerebral ou para se fazer uma punção venosa central por aumentar a pressão venosa e 
aumentar o ingurgitamento das veias jugulares e subclávias.
 Uma variante dessa posição é Trendelenburg reversa ou proclive, onde a cabeça é colocada em 
ângulo mais alta que os pés para operações na região cervical ou no andar superior do abdome. Outra 
variante para operações na região do pescoço realiza a hiperflexão cervical.
Fig. 7.2 - Posição de Trendelenburg e variações: A - Trendelenburg clássica; B - Trendelenburg reversa ou 
proclive; C - Trendelenburg modificada, com hiperextensão cervical.
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7.1.3 - Decúbito lateral
 Utilizada para procedimentos nos rins, supra-renais, pulmões ou quadril. Devem se colocados 
travesseiros sob a cabeça (visando manter o alinhamento da coluna cervical e torácica) e entre os membros 
inferiores, para diminuir a pressão nos pontos ósseos (o membro inferior que fica situado embaixo é 
flexionado no joelho e no quadril, ao passo que o membro de cima permanece reto ou levemente 
flexionado). É mandatório que se utilize algum mecanismo de fixação para o paciente. Quando submetidos 
a anestesia geral, somente após colocação e fixação do tubo traqueal é que os pacientes são mobilizados e 
colocados na posição definitiva para o ato operatório.
Fig. 7.3 - Posição em decúbito lateral (A, B e C). Observar o travesseiro entre os membros inferiores do 
paciente, no intuito de diminuir a área de atrito. Como o equilíbrio do paciente se torna instável, é comum a 
utilização de um sistema de fixação, com cintos ou fitas adesivas.
7.1.4 - Decúbito ventral
 Constitui na posição que mais interfere na condição respiratória do paciente. Somente depois da 
indução anestésica e fixação do tubo traqueal é que o paciente é posicionado. Seu uso está indicado para 
procedimentos na coluna vertebral, sacro, cóccix, operações proctológicas e operações vasculares e 
ortopédicas na face posterior dos membros inferiores. Uma variante é a posição em canivete ou “V” 
invertido ou posição de Kraske, utilizada particularmente em operações na região glútea e anorretal.
Fig. 7.4 - Variações do posicionamento em decúbito ventral; A - com os membros superiores acima da 
cabeça do paciente; B - com os membros superiores ao longo do corpo; C - com os membros inferiores 
abaixo dos quadris e os membros superiores sob a cabeça; D - uso de estrutura para elevação do tronco 
em relação aos membros superiores e inferiores; E e F - posição de Kraske ou em canivete.
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7.1.5 - Litotomia ou ginecológica
 Utilizada em procedimentos que requerem abordagem perineal, como ginecológicos, urológicos, 
obstétricos e proctológicos. Esse posicionamento se utiliza das perneiras das mesas operatórias que devem 
ser colocadas ä mesma altura de ambos os lados.
Fig. 7.5 - Posição de litotomia ou ginecológica.
7.1.6 - Fowler modificada
 Nessa posição, o paciente permanece sentado sobre a mesa operatória, aumentando o seu peso 
no dorso corpóreo. Deve-se utilizar acolchoamento extra sob às nádegas e a região do dorso, visando 
diminuir a pressão sobre o nervo ciático. Este posicionamento é muito utilizado para procedimentos de 
cirurgia plástica na face e no tórax.
Fig. 7.6 - Posição de Fowler modificada ou sentada (discretamente inclinada).
7.2 - POSICIONAMENTO DA EQUIPE CIRÚRGICA
 Como regra geral, o cirurgião se posiciona à direita do paciente, o primeiro auxiliar a sua frente e o 
instrumentador à esquerda do primeiro auxiliar, de frente para o cirurgião. Esse posicionamento visa facilitar 
as manobras cirurgias e a passagem dos materiais. Quando presente, o segundo auxiliar se posiciona à 
direita do cirurgião. Vale lembrar que esse posicionamento pode ser alterado se a área a ser operada 
encontra-se à esquerda do paciente ou em situações de posicionamento diferenciadas como em litotomia.
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Fig. 7.7 - Posicionamento da equipe cirúrgica: A - habitualmente o cirurgião (C) se encontra à direita do 
paciente, ao passo que o primeiro auxiliar (A) encontra-se a sua frente e o instrumentador (I) à esquerda do 
primeiro auxiliar; quando presente, o segundo auxiliar (2o A) estará à direita do cirurgião; o anestesista (An) 
estará junto a cabeça do paciente; B - se a área operada for à esquerda do paciente, esse posicionamento 
poderá ser invertido, mantendo-se a relação entre os membros da equipe.
7.3 - PREPARO DO CAMPO OPERATÓRIO
7.3.1- Tricotomia
 Embora se saiba que a tricotomia não seja necessária para evitar infecções do sítio cirúrgico, 
muitos cirurgiões ainda a utilizam e por isso, alguns cuidados devem ser tomados. Preferencialmente 
devem ser usados barbeadores elétricos ou depiladores químicos. Caso for utilizado lâminas, essas devem 
ser de uso único e a tricotomia não deve ser realizada mais do que duas horas antes da operação pois 
aumenta a taxa de infecção cirúrgica.
7.3.2 - Preparo da pele
 A primeira etapa consiste na degermação que é a lavagem da área a ser operada com esponja ou 
compressa estéril e solução anti-séptica degermante a base de clorexidine ou iodopovidona. É realizada de 
maneira centrífuga, ou seja, do centro para a periferia, procurando atingir boa margem de em todos os 
quadrantes. Em seguida, a área deve ser enxuta com compressa estéril também de maneira centrífuga.
 A segunda etapa é a anti-sepsia propriamente dita, que é realizada com gaze montada em uma 
pinça de haste longa (Collin, Pean ou Cheron) utilizando-se solução alcoólica à base do mesmo anti-séptico 
utilizado na degermação, e também de maneira centrífuga. A pinça utilizada na anti-sepsia deve ser 
desprezada, não podendo ser colocada junto com os outros materiais estéreis sob risco de contaminação.
7.3.3 - Colocação dos campos cirúrgicos
 Após o preparo da pele, o paciente deve ser coberto por campos operatórios. Primeiramente, uma 
cobertura plástica estéril deve ser colocada desde a área a ser operada até os pés do paciente, para evitar 
a transposição de líquidos pelos campos operatórios que poderiam trazer contaminação. Em seguida, são 
posicionados os campos operatórios de panos ou descartáveis, sendo o primeiro na porção inferior do 
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paciente (geralmente sobre os membros), outro da porção superior, delimitando a equipe anestésica 
(barraca) e dois laterais. Os campos devem ser fixados uns aos outros com pinças de Backhaus ou com fios 
de sutura. Um quinto campo pode ser colocado na porção inferior para uma melhora proteção.
Fig. 7.8 - Anti-sepsia do campo operatório: D - anti-sepsia centrífuga na pele com movimentos circulares em 
espiral; E - anti-sepsia com movimentos longitudinais paulatinamente lateralizados.
Fig. 7.9 - Colocação dos campos operatórios: A - paciente posicionado na mesa cirúrgica; B - colocação do 
campo operatório inferior; C - colocação do campo operatório superior (barraca), tomando-se o cuidado de 
cobrir também os membros superiores; D - colocação dos campos laterais.
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BIBLIOGRAFIA
- Marques, Ruy G. Técnica operatória e cirurgia experimental. Ed. Atheneu. 2005
- 47Goffi, FS. Técnica cirúrgica – bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas de cirurgia. Ed. Atheneu. 
2004
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