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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL
PERÍODO HIGIENISTA (de 1800 até 1930)
Política – Fim do império, libertação dos escravos, república
Síntese – Foi um movimento baseado principalmente no conhecimento científico e biológico, que buscava melhorar as condições de vida da população por meio do controle do comportamento com vistas à saúde pública: para a composição da força de trabalho e para os cuidados higienistas e sanitaristas, devido aos grandes problemas relacionados a saúde pública que estavam surgindo.
Vinculada: Classe médica
Termos: Eugenia (teoria que busca produzir uma seleção nas coletividades humanas, baseada em leis genéticas), Ginástica Calistênica (método ou conjunto de exercícios físicos, espécie de ginástica rítmica, sem uso de aparelhos, para dar beleza, força e vigor ao corpo), Método Alemão (ginástica com conteúdo social e patriótico, civismo).
Cronologia –
1837 – Colégio Pedro II inclui a ginástica em seu currículo.
1854 – Reforma Couto Ferraz. Inclui a ginástica como matéria obrigatória no ensino primário e a Dança no secundário no município da corte. Houve a contrariedade dos pais, principalmente das meninas. 
1882 – Rui Barbosa com seu parecer sobre a reforma no ensino primário, recomendou a inserção obrigatória da ginástica para ambos os sexos, tanto para o ensino primário, quanto na formação de professores. Equipara o professor de Educação Física aos demais. Acredita que é necessário ter um corpo saudável para ativar o intelecto. 
1900 – Os discursos pedagógicos são vinculados às questões médico-higienistas. Nas aulas de Educação Física, que não eram vistas como parte do trabalho na escola, o foco era dado a conteúdos de anatomia e fisiologia.
1920 – Introdução da ginastica nos currículos de diversos estados. Forte influência da escola-nova. Busca do desenvolvimento integral do aluno. A educação física ensinada nesse período era baseada nos métodos europeus, primeira sistematização científica da Educação Física no ocidente. 
1930 – A tendência Higienista encerra seu ciclo, em 1930, com o advento de um mundo preocupado, não mais com o desenvolvimento da medicina, mas com a guerra. (GHIRALDELLI JUNIOR, 1998)
Caraterísticas da Tendência Higienista:
Produto do pensamento liberal Educação como “REDENTORA DA HUMANIDADE”.
A Ed Física Higienista vislumbra a possibilidade e a necessidade de resolver o problema da saúde pública.
A ideia central é a disseminação de ‘PADRÕES DE CONDUTA”.
É um projeto de assepsia social.
PERÍODO MILISTARISTA (de 1930 até 1945)
Política – Era Vargas
Síntese – A EF era utilizada em um projeto de eugenia e de preparação para a defesa da pátria. A educação física passou a ter uma identidade relacionada a ordem moral e cívica, juntamente com os princípios de segurança nacional que se relacionava a eugenia da raça e ao adestramento físico referente a defesa sobre os perigos internos,4 e se configuraram no sentido de desestruturação da ordem política, econômica e social daquele momento que visava assegurar o processo de industrialização em nosso país, tendo em busca a mão de obra fisicamente adestrada e capacitada, que para isto colocava sobre a educação física o papel de recuperação e manutenção da força de trabalho (GHIRALDELLI JUNIOR, 1994). Este período representou, segundo Castelhani filho (1988), um período de militarização do corpo pelo exercício físico, aprimoramento da raça, melhoria na força de trabalho, como também militarização da mente (espiritual), relacionada a segurança e defesa da pátria com a colaboração civil por meio do esporte, senso de superioridade, obediência, consciência.
Vinculada: Instituições militares
Termos – Eugenia, Método Francês (ligado ao Coronel Amorós, preocupação com desenvolvimento social – moral e patriótico -, desenvolvendo força física, agilidade e resistência), Nazifacismo no Brasil (aperfeiçoamento da raça).
Cronologia – 
1930 – Os militares são os orientadores da Educação Física nas escolas: ensinam ginástica com a intenção de formar homens fortes, disciplinados, com boa aparência física e resistentes a doenças. 
1934 – É nesse contexto que surge o primeiro curso de educação física no Brasil, na Escola de Educação Física do Estado de São Paulo.
1937 – A constituição federal considera a Educação Física uma prática educativa obrigatória para o ginásio, mas não uma disciplina.
1940 – O respeito às regras sociais e morais eram desenvolvidos a partir da EF secundária, que juntamente a Educação Cívica e Moral passou a ser obrigatórias para todos os estudantes com até 21 anos de idade de todo o país.
1941 – Os desportos coletivos que faziam parte da proposta do Método Francês ganharam papel de destaque no cenário nacional, um exemplo foi o 1º Campeonato Intercolegial de Educação Física, realizado em Santos. 
1942 – A educação física se tornou obrigatória no ensino industrial, tendo em sua ação a responsabilidade de contribuir com o controle do trabalhador.
1945 – Com a derrota das nações do eixo na 2º guerra mundial e com o fim do estado novo, em 1945, a ideologia nazi-facista mascarada sobre o manto do nacionalismo defendido por Vargas perde sua força. Com isto, o método francês perde também o seu espaço.
Características da Tendência Militarista
Produto da orientação fascista EF e Desporto na formação do homem “OBEDIENTE E ADESTRADO”.
A tendência militarista busca impor a sociedade “PADRÕES DE COMPORTAMNETO”. Mobilização da juventude em prol da saúde da nação. 
Tornar os jovens “SERVIDORES DA PÁTRIA”.
Objetivos eugênicos: EF “colabora no processo de seleção natural”, ou seja: a “DEPURAÇÃO DA RAÇA”.
PERÍODO PEDAGOGICISTA (1945 até 1964)
Política – Pós 2ºGuerra Mundial
Síntese – A Educação Física Pedagogicista trouxe marcadas as influências da Pedagogia Nova e da Fenomenologia, que mesmo sustentando o pensamento liberal burguês, foi o primeiro movimento na área que buscou a valorização da Educação Física (GHIRALDELLI JUNIOR, 1994).
Vinculada: a educação (professor regente sem graduação)
Termos – Pseudo valorização da Ed. Física Escolar 
Cronologia – 
De 1945 até 1961 – Houve um amplo debate sobre o sistema de ensino brasileiro.
1961 – A LDB torna obrigatória a Educação Física no primário (porém essa obrigação é apenas no conteúdo, já que os professores regentes, não licenciados, conduzem a atividade) e no colegial. 
1946 até 1968 – O processo de esportivização da EF inicia-se com o chamado Método Desportivo Generalizado (método que se identifica com o desenvolvimento fisiológico, psicológico, social e moral do educando. Privilegiava a aquisição de habilidades e capacidades físicas e valores associados ao esporte). Tal método foi paulatinamente substituindo os métodos de inspiração médico-militar, o que levou uma progressiva identificação da Educação Física com os esportes. 
1964 – Na esteira da ditadura militar, a ideia de fortalecimento da nação por meio das atividades esportivas e da competição dominou a educação física escolar. 
Características da Tendência Pedagogicista
Produto do pensamento Liberal Norte Americano, baseado nas teoria psicopedagógicas de Dewey e da sociologia de Durkheim. 
A Tendência Pedagogicista busca integrar a EF como uma “DISCIPLINA EDUCATIVA POR EXCELÊNCIA” no âmbito da rede pública de ensino. 
Advoga a “EDUCAÇÃO DO MOVIMENTO” como a única forma de promover a “EDUCAÇÃO INTEGRAL”.
A valorização do profissional de EF permeia esta tendência, passa a existir um forte sentimento corporativista na área. A EF é vista como algo “útil e bom socialmente” e deve ser respeitada acima das lutas políticas, dos interesses de diversos grupos ou de classes. 
Forte sentimento altruísta permeia a tendência. É preciso aceitar as regras do convívio social. 
PERÍODO TECNICISTA (1964 até 1980)
Política – Regime Militar
Síntese – A chegada das grandes indústrias aumentou a desigualdade social, gerando muitos conflitos. O golpe militar de 64, apoiado pela elite, assumiu o poder, trazendo a ditadura. A educação física colaborou esvaziandotentativas de rearticulação política do movimento estudantil. A educação física se tornou submissa ao esporte, colocando outras práticas corporais em segundo plano. Educação Física era voltada ao treinamento esportivo, sendo trabalhada como uma preparação e um complemento ao treinamento.   
Vinculado: Desporto (ex-atleta/professor)
Termos – Esportivismo-competitivista, Legitimação social através do esporte, Guerra-Fria, Tecnicismo Educacional Americano
Cronologia – 
1964 – A educação de modo geral, assume um caráter tecnicista. Seguindo essa trilha, a Ed. Física, teve seu caráter instrumental reforçado: era considerado um atividade prática, voltada para o desempenho técnico e físico do aluno.
1969 – Sob a égide da ditadura militar, a educação física escolar passou a assumir o esporte como referência fundamental para o planejamento curricular. 
Déc 70 – a criação de um programa federal chamado “Esporte Para Todos” (EPT), cujas bases ideológicas assentavam-se justamente na popularização da prática esportiva como uma espécie de analgésico para a consciência das pessoas (CATELHANI FILHO, 1988).
1970 – O vínculo entre o esporte e o nacionalismo se estreita. Os políticos aproveitam a boa campanha da seleção brasileira de futebol na copa do mundo para ressaltar o civismo. A EF ganhou, mais uma vez, funções importantes para manutenção da ordem e do progresso. 
1971 – A Nova LBD torna obrigatória a Educação Física para o 1º e 2º Graus, com licenciados em Educação Física. 
1980 – Começam a surgir os primeiros mestres em Educação Física (USP). O modelo de desporto começou a ser contestado, iniciando uma profunda “crise de identidade”. Volta-se a EF para as séries iniciais e também a pré-escola. Amplia-se a visão biológica, abarcando nesse contexto a integralidade do ser humano. 
Características da Tendência Competitivista
Sustentáculo ideológico na Tecnoburocracia militar e civil de 1964.
A EF Competitivista também está a serviço de uma hierarquização e elitização social. 
A tendência volta-se para o culto do “ATLETA-HERÓI”. 
A EF se reduz ao “DESPORTO DE ALTO NÍVEL” que visa unicamente a verificação de performance. 
 Buscava-se eliminar críticas internas e deixar transparecer um clima de prosperidade, desenvolvimento e calmaria. O desporto de alto nível, divulgado pela mídia, tinha o objetivo claro de atuar como “ANALGÉSICO” no movimento social.
PERÍODO POPULAR (a partir de 1980)
Política – Redemocratização
Síntese – Na década de 80 começa o movimento renovador progressista da Educação Física na escola, em que a preocupação estava em trabalhar o desenvolvimento psicomotor da criança, adaptando as atividades a cada nível de idade, desde a pré-escola até o ultimo nível de ensino. Uma Educação Física pensando no todo: físico, social e emocional do aluno (CHIÉS, 2004). Surgem novas ideias sobre o papel da EF. O esporte e a ginástica, identificados como ‘alienados’, perdem força. O que importa, a partir desse momento, é aliar a disciplina às de democracia e direitos humanos. Aumenta o interesse pela atividade na busca da saúde.
Vinculado: Ed Física como ciência
Termos – Crítico-social dos conteúdos, EF Progressista, Nova EF, 
Cronologia – 
Déc.80 – Durante a década de 1980, a resistência à concepção biológica da Educação Física, foi criticada em relação ao predomínio dos conteúdos esportivos (Darido e Rangel, 2005). Atualmente, coexistem na Educação física, diversa concepções, modelos, tendências ou abordagens, que tentam romper com o modelo mecanicista, esportivista e tradicional que outrora foi embutido aos esportes. Entre essas diferentes concepções pedagógicas pode-se citar: a psicomotricidade; desenvolvimentista; saúde renovada; críticas; e mais recentemente os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (Brasil., 1997).
A concepção pedagógica psicomotricidade, foi divulgada inicialmente em programas de escolas “especiais”, voltada para o atendimento de alunos com deficiência motora e intelectual (Darido e Rangel, 2005). É o primeiro movimento mais articulado que surgiu à partir da década de 1970, em oposição aos modelos pedagógicos anteriores. A concepção psicomotricidade tem como objetivo o desenvolvimento psicomotor, extrapolando os limites biológicos e de rendimento corporal, incluindo e valorizando o conhecimento de ordem psicológica. Para isso a criança deve ser constantemente estimulada a desenvolver sua lateralidade, consciência corporal e a coordenação motora (Darido e Rangel, 2005). No entanto, sua abordagem pedagógica tende a valorizar o fazer pelo fazer, não evidenciando o porquê de se fazer e como o fazer.
O modelo desenvolvimentista por sua vez, busca propiciar ao aluno condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido, oferecendo-lhe experiências de movimentos adequados às diferentes faixas etárias (Darido e Rangel, 2005). Neste modelo pedagógico, cabe aos professores observarem sistematicamente o comportamento motor dos alunos, no sentido de verificar em que fase de desenvolvimento motor eles se encontram, localizando os erros e oferecendo informações relevantes para que os erros sejam superados.
A perspectiva pedagógica saúde renovada, diferentemente das citadas anteriores, tem por finalidade convicta e às vezes única, de ressaltar os aspectos conceituais a cerca da importância de se conhecer, adotar e seguir conceitos relacionados à aquisição de uma boa saúde (Darido e Rangel, 2005).
As abordagens pedagógicas críticas, sugerem que os conteúdos selecionados para as aulas de Educação Física devem propiciar a leitura da realidade do ponto de vista da classe trabalhadora (Darido e Rangel, 2005). Nessa visão a Educação Física é entendida como uma disciplina que trata do conhecimento denominado cultura corporal, que tem como temas, o jogo, a brincadeira, a ginástica, a dança, o esporte, etc., e apresenta relações com os principais problemas sociais e políticos vivenciados pelos alunos (Darido e Rangel, 2005).
Em 1996, com a reformulação dos PCNs, é ressaltada a importância da articulação da Educação Física entre o aprender a fazer, o saber por que se está fazendo e como relacionar-se nesse saber (Brasil., 1997). De forma geral, os PCNs trazem as diferentes dimensões dos conteúdos e propõe um relacionamento com grandes problemas da sociedade brasileira, sem no entanto, perder de vista o seu papel de integrar o cidadão na esfera da cultura corporal. Os PCNs buscam a contextualização dos conteúdos da Educação Física com a sociedade que estamos inseridos, devendo a Educação Física ser trabalhada de forma interdisciplinar, transdisciplinar e através de temas transversais, favorecendo o desenvolvimento da ética, cidadania e autonomia.
Características da Tendência Popular
Sustentáculo na prática social dos trabalhadores, principalmente no Movimento Operário e Popular (Bases comunistas).
Ao contrário das tendências anteriores, não revela produção teórica. Sua “teorização” se deu oralmente as gerações de trabalhadores. 
A EF nesta tendência faz parte da construção de uma sociedade efetivamente democrática.

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