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Myrtaceae, Combretaceae, Melastomataceae, e Lamiaceae Aula 8 Myrtaceae � 130 gêneros e 4000 espécies � Uma das maiores famílias brasileiras: 23 gêneros e 1000 espécies �Gêneros introduzidos: Callistemon, Eucalyptus, Leptospermum, Melaleuca, Myrtus, Syzygium e Tristania � Árvores ou arbustos Ordem: Myrtales Myrtaceae � Distribuição geográfica pantropical e subtropical, concentrada nos neotrópicos e na Austrália Ordem: Myrtales Principais usos � Madeira: eucaliptos � Óleos essenciais: eugeniol, eucalyptol � Frutíferas – Goiaba (Psidium guajava) – Jabuticaba (Myrciaria cauliflora) – Pitanga (Eugenia uniflora) – Camu-camu (Myrciaria dubia) – Jambo (Syzygium cumini) Myrtaceae Principais usos � Ornamentais – Papeleira (Melaleuca leucadendra) – Escova-de-garrafa (Callistemon spp.) � Condimento – Cravo (Syzygium aromaticum) – Pimenta-da-jamaica (Pimenta dioica) � Medicinal – Óleo anti-séptico (Melaleuca alternifolia) Myrtaceae � Tronco � Geralmente esfoliante � Folhas � Simples � Opostas � Sem estípulas (ou com estípulas vestigiais) � Pontuações translúcidas � Aromáticas � Margem inteira � Nervação peninérvia, frequentemente com nervura marginal coletora � Coriáceas ou sub-coriáceas Myrtaceae Características morfológicas � Inflorescências cimosas ou flores solitárias, geralmente brancas � Fruto baga, drupa, cápsula ou núcula � Carnosos, adocicados ou cítricos �Roxo enegrecidos, vermelhos, amarelos ou alaranjados � Amplamente consumidos pela fauna Myrtaceae Características morfológicas � Subfamília Myrtoideae � Campomanesia (cambuci, guabiroba) � Eugenia (pitanga, uvaia, grumixama) � Myrcia (cambuí, guamirim) � Myrciaria (jabuticaba) � Psidium (araçá, goiaba) � Gêneros nativos: difícil separação com base em características dendrológicas � Subfamília Leptospermoideae � Angophora, Corymbia, Eucalyptus Principais gêneros arbóreos Myrtaceae Importância dos eucaliptos � Cerca de 600 espécies � Ocorrência natural: Tasmânia, Austrália, Nova-Guiné, Indonésia e Filipinas � Introduzidos no Brasil em 1825, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e em 1868 no Rio Grande do Sul Myrtaceae Importância dos eucaliptos � Cultivo em maior escala em São Paulo desde 1904 (para dormentes e postes) � Plantios em grande escala a partir de 1966 (incentivos fiscais) �400.000 ha plantados até 1966 � ≅≅≅≅ 3 milhões de hectares atualmente Myrtaceae Principais usos � Postes, quebra-ventos � Obtenção de óleo � Produção de energia (carvão) � Produção de papel e celulose � Processamento mecânico � Uso recente como madeira serrada � Recuperação de áreas degradadas Myrtaceae Critérios para identificação das diferentes espécies � Casca � Caduca ou persistente � Folhas � Alternas ou opostas (E. cinerea, E. deglupta) � Sésseis ou pecioladas � Ângulo formado entre as nervuras secundárias e a principal � Tonalidade das faces adaxial e abaxial � Forma (falcada, lanceolada, ovóide, oblonga) Myrtaceae � Inflorescências �Simples, composta �Número de botões florais � Frutos �Forma e tamanho �Séssil ou pedicelado Myrtaceae Critérios para identificação das diferentes espécies Combretaceae � 20 gêneros e c. 500 espécies – Combretum (240 spp) e Terminalia (200 spp) �No Brasil ocorrem c. 60 espécies pertencentes a seis gêneros � Árvores, arbustos ou lianas Ordem: Myrtales Combretaceae �Distribuição geográfica pantropical Ordem: Myrtales � Indústria madeireira � Sementes comestíveis � Industrial: tanino para curtumes � Ornamental: Terminalia catappa –Amendoeira –Originária da Ásia Combretaceae Principais usos � Tronco: � Geralmente com sapopembas � Folhas: �Simples �Sem estípulas (ou vestigiais) �Opostas, alternas ou verticiladas �Agrupadas no ápice dos ramos �Ocasionalmente com glândulas na lâmina e/ou no ápice do pecíolo �Domáceas nas axilas das nervuras 2as Combretaceae Características morfológicas � Folhas: �Domáceas nas axilas das nervuras 2as Combretaceae Características morfológicas � Inflorescência racemosa (maioria espiga) ou cimosa � Flores geralmente pouco vistosas � Frutos: drupa ou sâmara Combretaceae Características morfológicas Terminalia catappa Fonte: Lorenzi et al. 2000 Melastomataceae � 200 gêneros e 5000 espécies �No Brasil ocorrem c. 70 gêneros e 1000 espécies –Uma das famílias mais importantes �Ocorrem em diversas formações, com destaque para a Mata Atlântica (Miconia e Tibouchina) e os Campos Rupestres (Microlicia e Marcetia) � Ervas, arbustos e árvores Ordem: Myrtales Melastomataceae �Distribuição geográfica pantropical Ordem: Myrtales Principais usos � Principalmente ornamental � Quaresmeira (Tibouchina granulosa), Manacá-da-serra (T. pulchra) � Madeireiro: jacatirão (Miconia cinnamomifolia) e Astronia spp. Melastomataceae � Folhas �Simples �Opostas �Sem estípulas �3 a 9 nervuras curvinérvias ligadas por secundárias transversais �Margem inteira ou serreada Melastomataceae Características morfológicas Melastomataceae � Flores solitárias ou inflorescências (cimosas ou paniculadas) � Fruto: cápsula ou baga �Bagas amplamente consumidas pela fauna Melastomataceae Principais gêneros arbóreos �Miconia (1000 espécies, Américas) � Maior número de espécies no Brasil � Tibouchina (350 espécies, Neotrópicos) Melastomataceae Fonte: Lorenzi et al. 2000 Fonte: Lorenzi et al. 2000 Lamiaceae � 300 gêneros e 7500 espécies �No Brasil ocorrem c. 350 espécies pertencentes a 26 gêneros � Ervas, arbustos e árvores (menos frequentes) Ordem: Lamiales Lamiaceae �Distribuição cosmopolita Ordem: Lamiales � Ervas aromáticas: erva-cidreira (Melissa officinalis), boldo (Plectranthus barbatus), alecrim (Rosmarinus officinalis), hortelã (Mentha spp.), orégano (Origanum vulgare) � Ornamental: lágrima-de-cristo (Clerodendron thomsonae) � Madeira: Vitex spp. (tarumã) e as exóticas Gmelina arborea (gmelina) e Tectona grandis (teca) Principais usos Lamiaceae � Frequentemente aromáticas � Ramos quadrangulares Lamiaceae Características morfológicas Lamiaceae Características morfológicas � Folhas �Simples (raramente compostas, Vitex) �Opostas �Sem estípulas �Margem geralmente serreada � Inflorescências cimosas de flores vistosas � Frutos � Bagas ou esquizocarpo Características morfológicas Lamiaceae Principais gêneros arbóreos � Aegiphila (tamanqueira) � Vitex (tarumã) Bignoniaceae Aegiphila sellowiana (tamanqueira) � RJ, MG e SP � Cerca de 7m de altura � Madeira leve de baixa durabilidade natural � Planta pioneira, características de formações secundárias � Frutos disseminados por aves Gmelina arborea (Guimelina) � Originária da Índia � Crescimento rápido, alcançando 20m de altura � Plantios no Norte e Nordeste � Utilizada na produção de madeira serrada (laminados, caixotaria, tabuados em geral, etc...), aglomerados e principalmente para obtenção de celulose para fabricação de papel Tectona grandis (teca) � Originária do Índico e do Sudeste Asiático � Até 35m de altura e 95cm de DAP � Madeira de altíssima durabilidade natural, mais valorizada que o mogno � Insuperável na construção naval e usada em mobiliário de luxo � 3 milhões de hectares plantados (50 mil no MS)