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Contabilidade Tributária CRC

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Prévia do material em texto

1 
 
 
Departamento de Desenvolvimento Profissional 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
 
 
 
 
Profª Adriana Valente 
 
 
E-mail: adrianatvalente@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º Semestre 2019 
07 de março de 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 
Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 
 
 
 
 
 
 2 
 
O presente material foi estruturado exclusivamente para aplicação da aula 
Contabilidade Tributária no Conselho Regional de Contabilidade (CRCRJ). 
 
A parte conceitual foi extraída, principalmente, da Constituição da 
República Federativa do Brasil, do Código Tributário Nacional, de Leis, 
Normas e de bibliografias consagradas sobre o Tema. 
 
A reprodução textual é apenas um resumo, cuja finalidade é auxiliar na 
fixação dos assuntos aqui abordados e na resolução dos exercícios 
propostos. 
 
Os exercícios foram extraídos de livros, periódicos e de bancas 
organizadoras de concurso público. 
 
Caso o participante tenha interesse em aprofundar seus conhecimentos 
sobre qualquer tema abordado neste material, recomenda-se a 
participação em cursos específicos oferecidos pelo CRC/RJ e/ou leitura 
complementar. 
 
Bom Estudo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
1 ESTRUTURA DO CURSO 
 
1.1 Objetivos 
 
Transmitir aos participantes os conhecimentos básicos necessários para 
apuração dos seguintes impostos: Imposto de Renda Lucro Real, Lucro 
Presumido, Lucro Arbitrado, Retenção do Imposto de Renda na Fonte, 
ICMS, ISSQN, PIS e COFINS. 
 
1.2 Carga Horária 
 
12 Horas/aula. 
 
 
1.3 Metodologia 
 
Exposição teórica com aplicação de exercícios práticos. 
 
 
1.4 Programa 
 
1. Contabilidade Tributária 
2. Estrutura do Sistema Tributário Nacional 
3. Elisão e Evasão Fiscal 
4. Princípios Constitucionais Tributários 
5. Tributos 
6. Imposto Sobre as Renda das Pessoas Jurídicas 
6.1 Lucro Real – Trimestral 
6.2 Lucro Real - Anual 
 6.3 Lucro Presumido 
6.4 Lucro Arbitrado 
7. Imposto de Renda Retido na Fonte 
8. Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS 
9. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN 
10. PIS e COFINS 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
1. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
A complexidade da contabilidade tributária representa uma tarefa 
significativamente difícil para as empresas. E também um desafio 
constante para os profissionais da área da contabilidade, haja vista as 
constantes mudanças no que tange sobre normas tributárias, bem como 
as possibilidades de interpretação sobre os tributos que incidem sobre as 
diferentes atividades e operações das empresas. 
 
Assim, o controle dos tributos incidentes sobre as atividades aparece 
como tarefa vital para qualquer organização. É aí que a contabilidade 
tributária atua. Podemos afirmar que a contabilidade tributária é o ramo 
da contabilidade que tem foco na apuração, controle e planejamento dos 
tributos das empresas. 
 
A contabilidade tributária é a área de atuação do contador que se dedica à 
gestão tributária das organizações. Por isso, representa importante espaço 
no mercado de trabalho para esse profissional. 
 
O contador que trabalha com os tributos exerce as seguintes funções: 
 
 Análise das atividades e operações das empresas com o intuito de 
identificar os tributos devidos por elas. Uma das atribuições do 
profissional é verificar quais são os tributos devidos por uma indústria, 
por exemplo. Neste caso, ele deve identificar alguns dos impostos 
envolvidos nas atividades da organização, como o IPI, o IRPJ, a CSLL, 
entre outros. Da mesma forma, se a corporação também atua na 
prestação de serviços, como instalação ou manutenção, é possível saber 
que o ISSQN também estará envolvido nas atividades. 
 
 
 
 
 
 5 
 
 Identificar a legislação aplicável a cada caso e necessidade das 
empresas. Portanto, ele precisa compreender tudo o que está envolvido 
em termos legais com os tributos devidos. 
 
 Analisar e interpretar, ou seja, conhecendo os termos que regulam o 
IPI, por exemplo, o profissional precisará avaliar diferentes 
desdobramentos desses termos. Além de saber quais operações podem 
conceder direito ao crédito, ou então em quais hipóteses existirá a 
isenção ou imunidade para a companhia, entre outros. 
 
 Orientação e assessoramento interno aos departamentos da empresa. 
Estes podem solicitar diferentes tipos de questões ao departamento de 
gestão tributária. Cabe ao contador tributarista prestar os devidos 
esclarecimentos até mesmo para que a equipe funcione em sincronia. 
 
 Estabelecer as rotinas de apuração e de cumprimento das obrigações 
tributárias. Neste aspecto, o profissional tributarista precisa estruturar o 
departamento e dividir as tarefas. Além de criar meios para fazer com 
que todos os objetivos sejam alcançados por meio do gerenciamento 
eficaz dos recursos humanos e dos materiais disponíveis. 
 
 identificar alternativas lícitas para reduzir o ônus tributário a partir do 
desenvolvimento do planejamento tributário. 
 
 representação do contribuinte junto aos órgãos fiscais competentes. 
Executando o trabalho de requerimentos administrativos, consultas, 
impugnações, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
2. ESTRUTURA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
 
O sistema tributário brasileiro considera a autonomia entre os entes 
políticos, no caso a União, os Estados, Distrito Federal e os Municípios. 
Esse sistema tributário reporta a uma legislação tributária. Portanto, todos 
devem obedecer às leis, aos tratados, às convenções internacionais, aos 
decretos e normas complementares que tratam, no todo ou em parte, dos 
tributos e das relações jurídicas existentes entre o sujeito ativo e passivo. 
 
É essa estrutura o que permeia a relação entre Estado e contribuinte, seja 
ele pessoa física ou jurídica. Isso significa que, para lidar com tributos, é 
preciso conhecer uma série de elementos. Tais como: quais são eles, a 
quem são aplicados obrigatoriamente, por quem são estabelecidos, entre 
outros. Saber lidar com essa série de elementos de maneira competente é 
fundamental para apurar e pagar corretamente os tributos. 
 
Hierarquia das Normas 
 Constituição Federal 
 Emendas Constitucionais 
 Leis Complementares Fontes Primárias 
 Leis Ordinárias 
 Leis Delegadas 
 Medidas Provisórias 
 Decretos Fontes Secundárias 
 Normas Complementares 
 
No que concerne ao poder de tributar, o art. 145 da CF/88, dispõe que a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir 
os seguintes tributos: Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO 
 
 
 
IMPOSTOS 
 Imposto de Renda – IR 
 Imposto sobre Produtos Insdustrializados – IPI 
Imposto sobre Operações de Crédito, Cambio e 
Seguro ou relativas a Títulos e Valores Mobiliários 
– IOF 
 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural– ITR 
 Imposto de Importação– II 
 Imposto de Exportação – IE 
 
 
 
 
CONTRIBUIÇÕES 
SOCIAIS 
 
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL 
 Contribuição sobre a Movimentação Financeira – 
CPMF 
 Contribuição Previdenciária – INSS 
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade 
Social – COFINS 
 Programa de Integração Social e de Formação do 
Patrimônio do Servidor 
 Público – PIS/PASEP 
 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS 
 Contribuição ao Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação (Salário Educação) 
 
 
 
CONTRIBUIÇÕES 
DE 
INTERVENÇÃO 
 
 Contribuição de Intervenção no Domínio 
Econômico – CIDE 
 Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria 
Cinematográfica - 
 CONDECINE 
 Contribuição de Intervenção de Domínio 
Econômico destinada a financiar o 
 Programa de Estímulo à Interação Universidade-
Empresa para o Apoio à 
 Inovação 
CONTRIBUIÇÕES DE 
INTERESSE DE 
CATEGORIAS 
PROFISSIONAIS OU 
ECONÔMICAS 
 
 Contribuições Sindicais 
 Contribuições ao Serviço Social (SENAI, SENAC, 
SENAR, SEBRAE, SESI, 
 SENAT, SEST, SESCOOP); 
 Contribuições a Conselhos de Profissões 
 Contribuição à Direção de Portos e Costas (DPC) 
 
 
 
TAXAS 
 Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental 
 Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos 
Químicos 
 Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro 
 Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária 
 Taxa de Avaliação das Instituições de Educação e 
Cursos de Graduação 
 Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados 
pelo Exército Brasileiro 
 Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência 
Complementar 
 Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC 
 Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de 
Produtos Animais e 
 Vegetais e de Consumo nas Atividades 
Agropecuárias 
 Taxa de Pesquisa Mineral - DNPM 
 Taxa de Serviços Metrológicos - IMETRO 
 Taxas de Outorgas (Radiodifusão, 
Telecomunicações, Transporte 
 Rodoviário e Ferroviário, etc.) 
 Fundo de Fiscalização das Telecomunicações - 
FISTEL 
 
 
 
 
 
 8 
 
 Taxa Processual do Conselho Administrativo de 
Defesa Econômica - CADE 
 Adicional de Frete para Renovação da Marinha 
Mercante – AFRMM 
 Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo - CNP 
 Taxas de Saúde Suplementar 
 Taxa de emissão de documentos 
 Taxa de Cadastro no Ministério do Turismo 
 Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e 
Resseguro, de Capitalização e de Previdência 
Complementar Aberta. 
 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL 
 
IMPOSTOS 
 Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e 
Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicações – ICMS 
 Imposto de Transmissão Causas Mortis e Doação 
de Bens e Direitos – ITCMD 
 Imposto sobre a Propriedade de Veículos 
Automotores – IPVA 
 
TAXAS 
 Taxa de Combate a Incêndios 
 Taxa de Licenciamento Anual de Veículo 
 Taxa de Registro de Documentos e Livros 
 Taxas do Registro Público de Empresas 
 Taxas de Serviços Estaduais 
 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS MUNICÍPIOS E DO DISTRITO FEDERAL 
 
IMPOSTOS 
 Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – 
ISS 
 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial 
Urbana – IPTU 
 Imposto de Transmissão Intervivos de Bens 
Imóveis e Direitos Reais sobre Imóveis e Cessão 
de Direitos sobre a sua Aquisição - ITBI 
 
CONTRIBUIÇÕES 
DE 
MELHORIA 
 Contribuição para Custeio da Iluminação Pública 
 
TAXAS 
 Taxa de Coleta de Lixo 
 Taxa de Conservação e Limpeza Públicas 
 Taxa de Licenciamento para Funcionamento e 
Alvará Municipal 
 Taxa de Publicidade 
 Taxa de Inspeção Sanitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
A Organização Política Administrativa da Republica Federativa do Brasil, 
conforme previsto no art. 18 da Constituição Federal do Brasil – CF/1988 
compreende: 
 a União; 
 os Estados; 
 o Distrito Federal; e 
 os Municípios. 
Os entes da federação são todos autônomos, nos termos da Constituição. 
A Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional – CTN, 
dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de 
direito tributário aplicáveis à União, ao Distrito Federal, aos Estados e aos 
Municípios. 
Art. 6º do CTN - A atribuição constitucional de competência tributária 
compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações 
contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis 
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto no 
CTN. 
Art. 2º - O Sistema Tributário Nacional é regido pelo disposto 
na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis 
complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das 
respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis 
estaduais, e em leis municipais. 
Conforme Art. 96, do CTN - A expressão "legislação tributária" 
compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os 
decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em 
parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. 
 
 
 
 
 
 10 
 
Art. 7º do CTN - A competência tributária é indelegável, salvo 
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar 
leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. 
Conforme o art. 97, do CTN, somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução. 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo; 
V - a cominação (fixação) de penalidades para as ações ou omissões 
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
Exclusão São causas ou fatos que inibem a ocorrência do crédito 
tributário, motivados por promulgação de lei que determina a sua não 
exigibilidade por parte do Estado (WIKIPÉDIA, 2009). Pode ocorrer antes 
ou após a ocorrência do crédito tributário ( TRETTIN, 2007). 
 
Modalidades previstas: isenção – art 176 CTN, é a dispensa do tributo; 
anistia- concedida por lei – exclui a infração; imunidade – proibição legal 
de tributar; remissão – exclui o tributo em caso de catastrofes. 
Suspensão É a ocorrência de normas tributária que paralisem 
temporariamente a exigibilidade da execução do crédito tributário, O 
crédito tributário continua a existir apenas sua cobrança não é realizado, 
 
 
 
 
 
 11 
 
este fato, não exime o contribuinte do seu dever e de suas obrigações 
(TRETTIN, 2007 p.63). 
Extinção É o ato ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação 
ou lançamento do crédito tributário, extingue a própria obrigação 
tributária. 
 
Imunidade e Isenção Tributária 
Imunidade é a vedação constitucional destinadas às entidades políticas 
que detêm a competência tributária, de tributar determinadas pessoas, 
seja pela natureza jurídica que possuem, pelo tipo de atividade que 
desempenham ou ainda ligadas a determinados fatos, bens ou situações. 
 Já a isenção, não é a vedação, mais sim a dispensa legal do pagamento 
do tributo.12 
 
3. ELISÃO E EVASÃO FISCAL 
 
São duas formas de evitar o pagamento de tributos. 
A evasão fiscal é o uso de meios ilícitos para evitar o pagamento 
de taxas, impostos e outros tributos. Entre os métodos usados para evadir 
tributos estão a omissão de informações, as falsas declarações e a 
produção de documentos que contenham informações falsas ou 
distorcidas, como a contratação de notas fiscais, faturas, duplicatas etc. 
 
A elisão fiscal configura-se num planejamento que utiliza métodos 
legais para diminuir o peso da carga tributária num 
determinado orçamento. Respeitando o ordenamento jurídico, o 
administrador faz escolhas prévias (antes dos eventos que sofrerão 
agravo fiscal) que permitem minorar o impacto tributário nos gastos do 
ente administrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
4. PRINCIPIO CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS 
 
São exemplos de princípios constitucionais tributários: 
 
 Legalidade: a instituição ou aumento de tributo somente através 
de lei. 
 Competência: definição dos tributos que podem ser cobrados pela 
União, pelos Estados, Distrito Federal e pelos Municípios. 
 Irretroatividade: em relação ao nascimento do tributo. Estabelece 
que não haverá cobrança de tributo sobre fatos que aconteceram 
antes da entrada em vigor da lei que o instituiu. 
 Anterioridade: em relação a cobrança do tributo. Estabelece que 
não haverá cobrança de tributo no mesmo exercício fiscal da lei que 
o instituiu. 
 Isonomia: o tratamento tributário deve ser igual para contribuintes 
iguais. 
 Capacidade Contributiva: os tributos devem ser graduados 
conforme a capacidade econômica do contribuinte. 
 Princípio da Anterioridade: divide-se em Anualidade e 
Nonagesimal. 
 
(i) Anualidade: Os tributos não podem ser aumentados, seja por 
elevação de base de cálculo ou aumento de alíquota no mesmo ano 
de sua publicação. Ex. Imposto de Renda. 
 
(ii) Nonagesimal: A lei que aumentou o tributo só entrará em 
vigor noventa dias após. Ex. Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido, IPI. 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
 
 "O princípio da irretroatividade, estabelece que a lei deve anteceder 
ao fato por ela escolhido para dar nascimento ao tributo; o princípio da 
anterioridade, exige a anterioridade da lei em relação à data inicial 
para cobrança do tributo.” 
 
OBS: Conforme a Emenda Constitucional nº 42/2003, o Imposto de 
Importação (II), Imposto de Exportação (IE) e Imposto sobre Operações 
Financeiras (IOF), não estão sujeitos ao princípio da anterioridade: 
 
Esses impostos, existentes em todos os países, têm a função de regular 
o comércio internacional, sempre sujeito às oscilações 
conjunturais. Por isso, acham-se livres do princípio da anterioridade 
tributária, a fim de propiciar ao governo da União flexibilidade no 
exercício do poder ordinatório, através desses impostos Nesse 
sentido, em sendo instituídos ou majorados ambos os impostos acima 
referidos, mesmo que através de Medida Provisória, sua eficácia será 
imediata desde sua edição, independentemente de ser convertida em lei, 
que de acordo com Eduardo Sabbag (2011, p. 122), “havendo uma 
medida provisória que altere, por exemplo, as alíquotas de um imposto de 
importação, a incidência da norma majoradora será de imediato, 
independentemente da conversão em lei” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
5. TRIBUTOS 
Conforme art. 3º, do CTN, TRIBUTO é: toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
 Prestação pecuniária compulsória: Decorre da lei. Trata-se de 
um dever de pagar o tributo, não depende da vontade. 
 
 Prestação que não constitua sanção de ato ilícito: o tributo é 
oriundo de fatos lícitos. 
 
 Prestação instituída em lei: a obrigação existe apenas em virtude 
de lei. 
 
 Prestação cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada: independe da oportunidade e conveniência 
da administração pública. 
 
Os Tributos representam: os impostos, as taxas e as contribuições de 
melhorias. 
 
Imposto: É um tributo cuja exigência não tem qualquer vínculo com 
uma atividade específica do Estado. Esta é a característica que o 
diferencia dos demais tributos. Exemplos: ICMS, ISS. 
 
Taxa: Tem a característica de ser cobrada em razão do poder de polícia 
ou pela utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos, prestados 
ao contribuinte ou postos à sua disposição. Exemplos: taxa de água, lixo, 
esgoto, etc. 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
O poder de polícia limita ou disciplina atividade de interesse público, 
como os direitos individuais e coletivos, mercado, higiene, tranqüilidade 
pública. 
 
Contribuição de Melhoria: Será devida, no caso de valorização de 
imóveis de propriedade privada, em virtude de obras públicas que 
representa acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas 
beneficiadas direta ou indiretamente por essas obras. Exemplos: 
pavimentação, iluminação, construção e ampliação de parques, campos de 
desportos, pontes, túneis e viadutos, etc. 
 
Contribuições Especiais: Também chamadas de Contribuição 
Social ou Parafiscais, estão previstas nos artigos 149 e 149-A da 
Constituição Federal, sendo tributos cuja característica principal é a 
finalidade para a qual é destinada sua arrecadação. Podem ser: sociais, de 
intervenção no domínio econômico, de interesse de categorias econômicas 
ou profissionais e para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP). 
As contribuições especiais possuem finalidade e destino certo, definidos na 
lei que institui cada contribuição. 
Elementos Fundamentais que representam a obrigação tributária é a lei, o 
objeto e o fato gerador. 
 
A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador 
da respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la: 
 
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 
 
 
 
 
 
 17 
 
Sujeito Ativo (Art. 119. da Lei 5.172 de 25/10/1966): É a pessoa jurídica 
de direito público, titular da competência para exigir o seu 
cumprimento a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
Sujeito Passivo (Art. 121. da Lei 5.172 de 25/10/1966): É a pessoa 
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, 
podendo ser pessoa física e jurídica. 
 
Fato Gerador: É a concretização da hipótese de incidência tributária 
prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária. 
Exemplos: 
Prestar serviços – ISS 
Fazer circular mercadorias – ICMS 
Receber renda – IR 
Propriedade de automóvel - IPVA 
 
O fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência. 
 
O fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma 
da legislação aplicável, impõe à prática ou a abstenção de ato que não 
configure obrigação principal. 
Tributos Vinculados e não Vinculados 
 Vinculados: O tributo é pago vinculado a um serviço já prestado 
ou a prestar. Exemplos: taxas, contribuição de melhoria e 
contribuições sociais (INSS, PIS, COFINS e CSLL). 
. 
 Não vinculados: Os Impostos, pois independe de qualquer 
atividade estatal relacionada ao contribuinte. 
 
 
 
 
 
 18 
 
Os impostos sãoclassificados em diretos e indiretos 
 
Diretos: São os impostos que os governos (federal, estadual e municipal) 
arrecadam sobre o patrimônio (bens) e renda (salários, aluguéis, 
rendimentos de aplicações financeiras) dos trabalhadores. São 
considerados impostos diretos, pois o governo arrecada diretamente dos 
cidadãos. 
Ex.: IR, IPTU, IPVA 
 
Indiretos: São os impostos que incidem sobre os produtos e serviços que 
as pessoas consomem. São cobrados de produtores e comerciantes, 
porém acabam atingindo indiretamente os consumidores, pois estes 
impostos são repassados para os preços destes produtos e serviços. 
EX.: ICMS, IPI, ISS. 
 
Impostos sobre a renda, patrimônio e consumo 
 
 Imposto sobre a renda: São os considerados sobre o produto do 
capital, do trabalho e da combinação de ambos. Exemplos: 
Contribuição social sobre o lucro, imposto de renda. 
 
 Imposto sobre o patrimônio: Cobrado sobre o Patrimônio das 
pessoas físicas e jurídicas. Exemplo: IPTU, IPVA, ITBI. 
 
 Imposto sobre o consumo: São considerados os que incidem sobre 
a cadeia produtiva. Exemplos: IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
6. IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS - IRPJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
Conforme a CFRB/88, o Imposto sobre a renda possui as seguintes 
características: 
Generalidade: Toda e qualquer forma de renda ou provento 
Universalidade: Todos que auferirem renda 
Progressividade: Cobra-se mais de quem tem mais e vice- versa 
 
A pessoa jurídica é tributada de acordo com as seguintes 
modalidades: 
 Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional 
 
Período de apuração: 
 Lucro Real – Trimestral ou Mensal (Estimado) 
 Lucro Presumido - Trimestral 
 Lucro Arbitrado - Trimestral 
 Simples Nacional – Mensal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
6.1 Lucro Real – Apuração Trimestral 
 
Conceito 
O Lucro Real é o resultado (Lucro ou Prejuízo) do período de apuração 
(antes de computar a provisão para o imposto de renda), ajustado pelas 
adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela 
legislação do imposto sobre a renda. 
 
Verifica-se de imediato que, como ponto de partida para determinação 
do lucro real é o resultado líquido apurado na escrituração 
comercial. As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real são 
obrigadas a mantê-la em boa ordem e guarda, com a estrita observância 
das leis comerciais e fiscais e dos princípios contábeis geralmente aceitos. 
 
Estão obrigadas à tributação com base no Lucro Real, as pessoas 
jurídicas: 
 
 Até 31/12/2013 – R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões). A 
partir de 01/01/2014 - Receita bruta igual ou superior a R$ 
78.000.000 (setenta e oito milhões), e proporcional de R$ 
6.500.000 (seis milhões e quinhentos mil reais); 
 Cujas atividades sejam bancos comerciais, bancos de investimentos, 
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de 
créditos, financiamentos e investimentos, sociedades de crédito 
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e 
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de 
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de 
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência 
privada aberta; 
 
 
 
 
 
 22 
 
 Que tiverem lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do 
exterior; 
 
Notas: 
Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do 
exterior com receitas de exportação. As exportadoras podem optar 
pelo Lucro Presumido, desde que não estejam nas hipóteses de 
vedação. A restrição deste item alcança aquelas empresas que 
tenham lucros gerados no exterior (como empresas Offshore, filiais 
controladas e coligadas no exterior, etc.). 
 
A prestação direta de serviços no exterior (sem a utilização de filiais, 
sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras 
unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam 
assemelhadas) não obriga á tributação do lucro real. 
 
 Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de 
benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de impostos; 
Nota: como exemplo de benefícios fiscais: o 
programa BEFIEX (isenção do lucro de exportação), redução do IR 
pelo Programa de Alimentação do Trabalhador, projetos incentivados 
pela SUDENE e SUDAM, etc. 
 
 Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado 
pagamentos mensal por estimativa ou tenham reduzido ou 
suspendido o pagamento mensal por estimativa, mediante 
levantamento do balanço ou balancete específico para esse fim; 
 
Nota: o regime de estimativa é a opção de pagamento mensal, 
estimado, do Imposto de Renda, para fins de apuração do Lucro Real 
 
 
 
 
 
 23 
 
em Balanço Anual. 
 
 Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de 
serviços de assessoria de crédito, seleção e riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos 
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação 
de serviços (factoring). 
 
Notas: 
1ª As pessoas jurídicas que não se enquadrarem nas hipóteses acima 
poderão optar, por ocasião do pagamento do imposto correspondente 
ao 1º trimestre do ano-calendário em vigor, pela tributação com base 
no lucro presumido. 
 
2ª considera-se receita bruta total, para fins de determinação do limite 
referido, o somatório: 
a) receita bruta OPERACIONAL total; 
b) demais receitas e ganhos de capital; GANHO COM MEP 
c) ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados 
de renda variável; 
d) rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de 
renda fixa; 
e) parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas 
vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder 
ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da 
Instrução Normativa SRF nº 38, e 30/04/1997. 
 
 
 
 
 
 24 
 
3ª os agentes autônomos de seguros (corretores de seguros) não são 
considerados instituições financeiras e, portanto, não são obrigados à 
tributação com base no Lucro Real. 
 
4ª a pessoa jurídica que auferir receita de exportação de mercadorias 
e/ou prestação direta de serviços ao exterior não está enquadrada na 
hipótese já mencionada, ou seja, lucros, rendimentos e ganhos de capital 
oriundos do exterior. 
 
Lucro Contábil e Lucro Fiscal/Real 
Lucro Contábil – É o lucro líquido do exercício apurado de acordo com 
Práticas Contábeis Brasileiras. 
Lucro Fiscal/Real – É o lucro apurado após adições, exclusões e 
compensações permitidas pela legislação tributária. Constitui-se base de 
cálculo para o pagamento do imposto de renda com base no lucro real. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
Condições de Dedutibilidade dos Custos e Despesas 
Para que um custo ou uma despesa possa ser considerado dedutível, é 
necessário o atendimento das seguintes condições (art. 299 – RIR 99): 
*Ser necessário para a atividade da empresa e a manutenção da 
respectiva fonte produtora de receitas. 
* Ser normal e usual. 
* Estar documentado e devidamente contabilizado. 
* Não constituir inversão de capital. (aquisição de bens de capital - 
Ex. imobilizado) 
OBS.: A despesa é dedutível no regime de competência, ou seja, no 
momento em que é considerada incorrida – quando ocorre o fato gerador– independe de pagamento. 
 
Apuração do Lucro Fiscal/Real 
Exemplo: 
Lucro antes do Imposto de Renda (LAIR) 
(+) Adições ao Lucro Líquido 
(-) Exclusões ao Lucro Líquido 
(=) Lucro antes da Compensação do Prejuízo Fiscal 
(-) Compensação do Prejuízo Fiscal 
(=) Lucro Real ou Lucro Tributável 
 
 
 
 
 
 26 
 
Adições – são despesas realizadas (contabilizadas) pelas empresas, mas 
não consideradas como dedutíveis para apuração da base de cálculo 
para pagamento do Imposto de Renda. Exemplo: multa de trânsito. 
Exclusões – são as receitas auferidas (contabilizadas) pelas empresas, 
mas que não são tributadas pela legislação. Exemplo: dividendos 
recebidos pela participação societária em outras empresas avaliadas pelo 
Método do Custo. 
Compensações – A legislação admite que, prejuízos fiscais apurados 
anteriormente possam ser compensados com lucros futuros. Essa 
compensação está limitada a 30% (trinta) do lucro fiscal apurado no 
período base. 
Notas: 
I. O Prejuízo Fiscal não poderá ser compensado se, entre a data da 
apuração e da compensação do prejuízo fiscal, ocorrer, cumulativamente, 
modificação do controle societário e modificação do ramo de atividade. 
II. Não há prazo para prescrição do Prejuízo Fiscal. 
 
Parte B – controla as diferenças temporárias, ou seja, todos os 
lançamentos que podem afetar a base fiscal de períodos posteriores. 
Assim, todas as despesas que representem adições temporárias devem 
ser registradas na parte B, pois em algum período seguinte, esta 
despesa será dedutível para fins fiscais e, com o adequado controle na 
parte B , a exclusão pode ser feita sem nenhuma preocupação. 
 
Exemplos de resultados passivos de controle na parte B: Prejuízos a 
Compensar, Depreciação Acelerada Incentivada. 
Adições e Exclusões Temporárias – são consideradas, na pratica como 
despesas dedutíveis e receitas tributadas, mas apenas nos próximos 
períodos. 
 
 
 
 
 
 
 27 
 
Alguns exemplos de Adições definitivas e temporárias, para 
apuração do Lucro Real: 
 
Adições Definitivas - Uma despesa que não é aceita agora, nem será 
num período futuro. Representam despesas não necessárias às 
operações, tais como: multas fiscais não compensatórias, multa de 
trânsito, despesas particulares de diretores, resultado de equivalência 
patrimonial (despesas), despesas com brindes. 
 
OBS.: As multas por infrações fiscais, como regra geral, não são 
dedutíveis como custo ou despesa operacional. Entretanto, poderão ser 
dedutíveis as multas de natureza compensatória e as impostas por 
infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de 
tributo (RIR/1999, art. 344, §5 o ). 
A multa de natureza compensatória destina-se a compensar o sujeito 
ativo da obrigação tributária pelo prejuízo suportado em virtude do atraso 
no pagamento que lhe era devido. É penalidade de caráter civil, posto que 
comparável à indenização prevista no direito civil. Em decorrência disso, 
nem a própria denúncia espontânea é capaz de excluir a responsabilidade 
por esses acréscimos, usualmente chamados moratórios. 
Porém, nem todos os acréscimos moratórios previstos na legislação 
tributária podem ser considerados compensatórios. A multa moratória 
somente terá natureza compensatória quando, cumulativamente, 
preencher as seguintes condições: 
 
Adições Temporárias - Uma despesa que não é aceita pelo fisco num 
período, por não reencher determinados requisitos, que será preenchido 
em outro período. Representa provisões (contingências trabalhistas e 
outras), exceto provisões para férias, 13º salário e técnicas, 
 
 
 
 
 
 28 
 
Exclusão Definitiva - Uma receita que não é tributada agora nem será 
tributada em períodos futuros. Exemplos: Receita auferida pela 
Equivalência Patrimonial, Receita de dividendos recebidos pela 
avaliação do investimento pelo método de custo. 
 
Exclusão Temporária - Uma despesa que o fisco aceita como dedução 
fiscal antes do seu reconhecimento contábil, representará uma 
dedução antecipada do IR devido, gerando um ajuste extracontábil no 
LALUR, para reduzir o lucro tributável. Quando ocorrer o efetivo 
registro na contabilidade, esta despesa não poderá ser aceita pelo fisco, 
uma vez que já foi considerada dedutível no período anterior. Exemplo: 
Despesa com a exploração do petróleo cru, mesmo antes de 
registrar a despesa. 
 
Alíquotas Aplicáveis para o cálculo do Imposto de Renda (IR) e 
Adicional de Imposto de Renda. 
 
IR – 15% 
Adicional – 10% 
 
Adicional do Imposto de Renda 
Representa a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 
60.000,00 (sessenta mil reais), no trimestral e R$ 240.000,00 para 
apuração anual. No caso de início de atividades, o limite trimestral será 
proporcional ao número de meses, ou seja, R$ 20.000,00 (vinte mil 
reais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL 
A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída 
pela Lei 7.689/1988. 
Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento 
estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a 
base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981, 
de 1995, artigo 57). 
A pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado deverá 
recolher a Contribuição Social sobre o Lucro pela modalidade escolhida de 
tributação. 
Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ 
pelo Lucro Real e a CSLL pelo Lucro Presumido. 
Alíquota - 9% 
Base de Cálculo: É o lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e 
compensações previstas na legislação. 
 
O mesmo procedimento, aplicado para apuração da base de cálculo do IR, 
será aplicado para o cálculo da CSLL. Assim, quando do cálculo desse 
imposto, haverá também adições e exclusões, compensações que serão 
controladas. 
 
Caso haja em algum período base de cálculo negativa da CSLL, está 
poderá ser compensada em períodos futuros, limitada ao máximo de 
30% do lucro líquido ajustado. Não existe prazo de prescrição para a 
compensação. 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
Prazo Para Pagamento 
O Imposto de Renda devido e a Contribuição Social, apurados 
trimestralmente, serão pagos em quota única, até o último dia útil do mês 
subseqüente ao do encerramento do período de apuração. 
À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três 
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três 
meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que 
corresponder, observado o seguinte: 
a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o 
imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em 
quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento 
do período de apuração; 
b) as quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa 
Selic, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês 
subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia 
do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do 
pagamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
Como são apurados, controlados e compensados os prejuízos 
fiscais não operacionais? 
 
Os prejuízos não-operacionais apurados somente poderão ser 
compensados nos períodos subsequentes ao da sua apuração (trimestral 
ou anual) com lucros da mesma natureza, observado o limite de 30% 
(trinta por cento) do referidolucro. 
 
Conforme a IN SRF nº 11, de 1996, art. 36, os resultados não 
operacionais de todas as alienações de bens do ativo permanente 
ocorridas durante o período de apuração deverão ser apurados 
englobadamente entre si. 
 
No período de apuração de ocorrência de alienação de bens do ativo 
permanente, os resultados não operacionais, positivos ou negativos, 
integrarão o lucro real. 
 
A separação em prejuízos não operacionais e em prejuízos das demais 
atividades somente será exigida se, no período, forem verificados, 
cumulativamente, resultados não operacionais negativos e lucro real 
negativo (prejuízo fiscal). 
 
Verificada esta hipótese, a pessoa jurídica deverá comparar o prejuízo não 
operacional com o prejuízo fiscal apurado na demonstração do lucro real, 
observado o seguinte: 
 
a) se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo 
será considerado prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente 
será considerada, prejuízo fiscal das demais atividades; 
 
 
 
 
 
 
 32 
 
b) se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao 
prejuízo fiscal, todo o prejuízo fiscal será considerado não operacional. Os 
prejuízos não operacionais e os decorrentes das atividades operacionais 
da pessoa jurídica deverão ser controlados em folhas específicas, 
individualizadas por espécie, na parte B do Lalur, para compensação, com 
lucros da mesma natureza apurados nos períodos subsequentes. 
 
O valor do prejuízo fiscal não operacional a ser compensado em cada 
período-base subsequente não poderá exceder o total dos resultados não 
operacionais positivos apurados no período de compensação. 
 
A soma dos prejuízos fiscais não operacionais com os prejuízos 
decorrentes de outras atividades da pessoa jurídica, a ser compensada, 
não poderá exceder o limite de 30% (trinta por cento) do lucro líquido do 
período-base da compensação, ajustado pelas adições e exclusões 
previstas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda. 
 
No período-base em que for apurado resultado não operacional positivo, 
todo o seu valor poderá ser utilizado para compensar os prejuízos fiscais 
não operacionais de períodos anteriores, ainda que a parcela do lucro real 
admitida para compensação não seja suficiente ou que tenha sido apurado 
prejuízo fiscal. 
 
Neste caso, a parcela dos prejuízos fiscais não operacionais compensados 
com os lucros não operacionais que não puder ser compensada com o 
lucro real, seja em virtude do limite de 30% (trinta por cento) ou de ter 
ocorrido prejuízo fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo das 
demais atividades, devendo ser promovidos os devidos ajustes na parte B 
do Lalur; 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
Exercícios - Apuração do Imposto de Renda Lucro Real 
 
1. O Imposto de Renda é um imposto: 
 
a) de competência residual; 
b) indireto; 
c) de competência comum; 
d) direto. 
 
2. Em face da Constituição Federal, o imposto sobre a renda e 
proventos de qualquer natureza tem as seguintes características: 
 
a) universalidade e progressividade; 
b) generalidade e seletividade; 
c) comutatividade e essencialidade; 
d) não-cumulatividade e seletividade; 
e) progressividade e seletividade. 
 
3. As alíquotas aplicáveis sobre a base de cálculo apurada na 
forma do lucro real, presumido ou arbitrado, para determinar o 
imposto de renda e a contribuição social devido pela pessoa 
jurídica em cada período-base, a partir do ano-calendário de 1996 
é: 
 
(A) 27,5% e 8% (B) 19,0% e 12% (C) 1,2%; e 15% 
(D) 15,0% e 9% (E) 4,8%. e 12% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
 
4. Com base nas informações abaixo, calcule e contabilize e IR e 
a CSLL na modalidade de Lucro Real trimestral. 
 
PARTE A DO LALUR 
Trimestres Jan a mar Abr a Jun Jul a Set Out a Dez 
LAIR (lucro contábil) 1.000 1.000 1.000 1.000 
(+) Adições 200 100 400 1.000 
(-) Exclusões (400) (1.500) (200) (600) 
(=) Resultado antes da 
compensação do prejuízo 
fiscal 
800 (400) 1.200 1.400 
 
(-) Compensação do 
prejuízo Fiscal – 30% 
 
Resultado Real/Fiscal 
IR 15% 
Adicional de IR 10% 
 
 
Despesa com IR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
PARTE B DO LALUR 
Controle do Prejuízo Fiscal 
Valores 
Saldo Anterior Zero 
 
 
 
 
 
Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trimestres 
 
Jan a mar 
 
Abr a Jun 
 
Jul a Set 
 
Out a Dez 
LAIR 1.000 1.000 1.000 1.000 
(+) Adições 200 100 400 1.000 
(-) Exclusões (400) (1.500) (200) (600) 
(=) Resultado antes da 
compensação 
800 (400) 1.200 1.400 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
Controle da Base de Cálculo Negativa da CSLL Valores 
Saldo anterior zero 
 
 
 
 
 
 
5. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/2-2012/Q.49) Uma sociedade 
anônima que iniciou suas atividades em março de 2014, sujeita à 
tributação pelo lucro real e optante pela tributação em bases trimestrais, 
informou um lucro, no primeiro trimestre/2014, apurado na parte “A” do 
LALUR, de R$ 300.000,00. 
Considerando exclusivamente as informações recebidas e as 
determinações da legislação tributária vigente, o imposto de renda devido 
por essa sociedade, em reais, é 
 
(A) 45.000,00 (B) 69.000 (C) 71.000,00 (D) 73.000,00 (E) 75.000,00 
 
6. (Fundação Cesgranrio/com adaptações) Uma empresa tributada 
pelo lucro real fez a opção do pagamento trimestral para o ano de 2012. 
Obteve lucro tributável de R$ 300.000,00 no primeiro trimestre, de R$ 
150.000,00 no segundo trimestre, apresentou prejuízo fiscal no terceiro 
trimestre de R$ 100.000,00 e resultado positivo no quarto trimestre de R$ 
200.000,00. Assim, terminou o ano com um resultado fiscal de R$ 
550.000,00. 
Considerando as informações acima, o total de Imposto de Renda a ser 
pago pela empresa, referente ao ano de 2012, em reais, será: 
 
 
 
 
 
 37 
 
 
(A) 119.500,00 (B) 129.500,00 (C) 137.000,00 
(D) 141.500,00 (E) 147.500,00 
 
RESOLUÇÃO 
 
Trimestres Jan a mar Abr a Jun Jul a Set Out a Dez 
LAIR (lucro contábil) ? ? ? ? 
(+) Adições ? ? ? ? 
(-) Exclusões ? ? ? ? 
Resultado antes da 
Compensação do PF 
300.000 150.000 (100.000) 200.000 
Compensação do PF – 
30% 
 
 
Base de Cálculo do IR 
Alíquota – 15% 
Adicional do IR – 10% 
 
 
 
Despesa com IR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
 
7. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/Q.44) Os contribuintes sujeitos à 
Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) são as pessoas jurídicas 
domiciliadas no Brasil, bem como aquelas que a elas são equiparadas pela 
legislação fiscal do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (RIR/1999). 
O fato gerador da CSLL, nos termos da Constituição Federal/1988, é o(a) 
 
(A) lucro (B) receita bruta (C) receita líquida (D) venda de mercadorias 
(E) venda de mercadorias e serviços 
 
8. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/Q. 45) O Imposto de Renda de 
uma pessoa jurídica, com mais de dez anos de atividades ininterruptas, 
tributada pelo lucro real, optante pelo lucro real trimestral, será 
determinado pela aplicação da alíquota de 15% sobre o lucro 
 
(A) antes do imposto de renda, apurado na demonstração do resultado, 
acrescido de R$ 240.000,00. 
(B) líquido contábil ajustado por adiçõese subtrações, deduzido da 
compensação de prejuízos fiscais, mais 10% sobre o imposto excedente a 
R$ 20.000,00. 
(C) real, apurado no LALUR, menos 10% aplicados sobre R$ 240.000,00. 
(D) real, apurado no LALUR, mais 10% aplicados sobre o lucro que 
exceder a R$ 60.000,00. 
(E) real, apurado no LALUR, mais 10% sobre o lucro excedente a R$ 
240.000,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
 
9. Analise as afirmações a seguir em relação às formas de 
tributação sobre o lucro. 
 
I - Uma empresa com receita total no valor de 50 milhões de reais, em 
2004, sendo 5% oriunda de resultado positivo, com participação em 
controladas (MEP), será obrigada a utilizar, em 2005, o lucro real como 
forma de tributação sobre o lucro, estando impedida de utilizar o lucro 
presumido em 2005, mesmo que a receita total fique abaixo de 48 
milhões de reais nesse ano. 
 
II - No lucro real, o prejuízo fiscal apurado poderá ser compensado nos 
anos seguintes, mas com limitação de 30% da soma algébrica de receitas 
e despesas apuradas na contabilidade, sem qualquer ajuste de adições ou 
exclusões. 
 
III - A empresa que vender seus produtos ao exterior, ainda que através 
de empresa comercial exportadora, estará, automaticamente, obrigada ao 
lucro real, qualquer que seja sua receita total no ano anterior. 
 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões): 
(A) I 
(B) II 
(C) I e II 
(D) I e III 
(E) II e III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
 
10. Determinada empresa comercial iniciou suas atividades em 
janeiro de 2013, sendo tributada pelo lucro real trimestral. No 
primeiro trimestre, apresentou prejuízo contábil de R$ 15.000,00, 
com despesas não dedutíveis no valor de R$ 1.000,00 incluídas no 
resultado. No 2o trimestre, obteve lucro contábil de R$ 90.000,00, 
incluindo receitas não tributáveis de R$ 10.000,00. Considerando 
as alíquotas vigentes no país (alíquota básica de 15% e adicional 
de 10% sobre a parcela que ultrapassar R$ 240.000,00/ano ou R$ 
20.000,00/mês), o imposto de renda devido pela empresa 
referente ao 2o trimestre, em reais, é: 
 
(A) 9.600,00 (B) 9.900,00 (C) 10.000,00 (D) 10.500,00 
(E) 15.500,00 
 
 1º TRIM 2º TRIM 
RESULTADO CONTABIL (15.000) 90.000 
(+) Adições 
(-) Exclusões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
 
6.2 Lucro Real Anual - Apuração Mensal - Base Estimativa 
 
A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real, 
alternativamente à sistemática de sua apuração trimestral, poderá optar 
pelo pagamento mensal do imposto por estimativa e determinar o lucro 
real apenas em 31 de dezembro do ano calendário. 
 
Nota: A opção pelo pagamento por estimativa ou trimestral será 
irretratável para todo o ano calendário e será manifestada com o 
pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou no primeiro 
trimestre. 
 
Para cálculo do IR mensal, na modalidade de lucro estimado, será apurado 
de acordo com o percentual definido pela legislação tributária para cada 
atividade, conforme tabela abaixo: 
 
Atividade Base para o 
IR 
Base para a 
CSLL 
Revenda de Combustíveis 1,6% 12% 
Serviços hospitalares / transporte de cargas 8% 12% 
Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 16% 32% 
Demais Serviços 32% 32% 
Intermediação de negócios, administração de 
imóvel, locação de administração de bens 
móveis. 
32% 32% 
Comércio e Indústria 8% 12% 
 
Prestadora de Serviços 
OBS.: Empresas com mais de uma atividade aplica-se o % correspondente a 
cada atividade. 
 
 
 
 
 
 
 42 
 
Como a empresa somente apurará o imposto de renda no final do ano 
calendário, a diferença entre o imposto devido e o somatório das 
importâncias pagas por estimativa será: 
 
a) se positivo, pago em quota única até o último dia do mês de março do 
ano subseqüente, acrescido de juros equivalentes (juros Selic mais 
1%) 
 
b) se negativo, compensado com o imposto devido a partir do mês de 
janeiro do ano-calendário subseqüente, assegurada a alternativa de 
requerer a restituição do montante pago a maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
 
Suspensão ou Redução do Imposto de Renda Apurado por 
Estimativa 
A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto 
mensal por estimativa, caso demonstre que os valores já pagos, 
correspondentes a meses anteriores, excedem o valor do imposto, 
inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso, 
através da elaboração de balanços ou balancetes levantados para tal fim. 
 
Considere a seguinte situação hipotética: 
Mês Base Mês de 
Recolhimento 
Imposto 
Mensal – R$ 
Valor 
Acumulado - R$ 
Valor a 
Recolher – R$ 
Janeiro Fevereiro 3.500,00 3.500,00 3.500,00 
Fevereiro Março 2.500,00 6.000,00 2.500,00 
Março Abril 4.000,00 10.000,00 ? 
 
BALANÇO OU BALACENTE DE SUSPENSÃO PARA PAGAMENTO DO 
IR 
Se a pessoa jurídica levantar balanço ou balancete em 31 de março 
(01/01 A 31/03) e apurar imposto devido, por exemplo, de R$ 5.000,00, 
ela não precisará efetuar em abril o recolhimento por estimativa de R$ 
4.000,00, relativo ao mês de março (suspensão), pois já pagou até março 
a importância de R$ 6.000,00, superior ao devido com base no balanço ou 
balancete. 
 
BALANÇO OU BALANCETE DE REDUÇÃO PARA PAGAMENTO DO IR 
Caso o valor do imposto devido, apurado no balancete ou balanço, tivesse 
sido de, por exemplo, R$ 7.500,00, a pessoa jurídica poderia recolher 
apenas R$ 1.500,00 em abril (redução), em vez dos R$ 4.000,00 
calculados por estimativa, pois já recolheu R$ 6.000,00 até março e 
bastaria complementar a diferença em relação ao imposto devido, ou seja, 
(R$ 7.500,00 – R$ 6.000,00 = R$ 1.500,00). 
 
 
 
 
 
 44 
 
Exercícios - Cálculo do Imposto de Renda Estimado 
 
1. Considere a seguinte situação: 
A empresa Indústria, Comércio e Assistência Técnica de Aparelhos 
Náuticos Ltda. (Icatan) está obrigada à tributação pelo lucro real, tendo 
escolhido a opção da apuração de lucro real anual. Mensalmente, apura e 
recolhe o Imposto de Renda com base em estimativa sobre suas receitas. 
Com base nas informações abaixo, apure e contabilize o Imposto de 
Renda a recolher, com base no lucro estimado de outubro de 2014. 
 
 Indústria 
Comércio 
Serviços 
 
Receitas brutas (as vendas de mercadorias 
incluem o IPI) 
600.000,00 40.000,00 
Deduções das receitas brutas 
Imposto sobre produtos industrializados 30.000,00 
Imposto sobre circulação de mercadorias 102.600,00 
Imposto sobre serviços 2.000,00 
Vendas canceladas e devoluções 10.000,00 
Descontos incondicionais 4.000,00 
Total das deduções 146.600,00 2.000,00 
Receita Liquida 453.400,00 38.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
 
Memória de cálculo do Imposto 
de Renda 
Lucro Real Anual 
Vendas de 
Mercadorias 
Prestação de 
Serviços 
RECEITA BRUTA 600.000 40.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Memória de cálculo da CSLL Vendas de 
Mercadorias 
Prestação de 
Serviços 
RECEITA BRUTA 600.000 40.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
 
2.(Fundação Cesgranrio/FINEP/ Q. 34 e 35) Considere os dados a 
seguir pararesponder às questões de nos 4 e 5. 
 
A Companhia Comercial H. S/A é tributada pelo Lucro Real anual, com 
antecipações mensais em bases estimadas. 
 
Apresentou as seguintes informações, referentes às receitas auferidas no 
mês de fevereiro/2011: 
 
Venda de mercadorias R$ 250.000,00 
Serviços prestados a terceiros R$ 75.000,00 
 
Considerando-se as informações recebidas da Companhia Comercial H. 
S/A e as determinações da legislação fiscal do Imposto de Renda, para as 
empresas tributadas pelo Lucro Real com antecipação mensal em bases 
estimadas, o valor do Imposto de Renda a recolher, referente ao mês de 
fevereiro, em reais, é 
 
(A) 4.500,00 (B) 6.600,00 (C) 9.000,00 (D) 15.600,00 
(E) 24.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
 
Memória de cálculo do Imposto de Renda 
Lucro Real Anual 
Vendas de 
Mercadorias 
Prestação de 
Serviços 
RECEITAS 250.000 75.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
Memória de cálculo da CSLL 
 
Vendas de 
Mercadorias 
Prestação de 
Serviços 
RECEITAS 250.000 75.000 
 
 
 
 
 
 
3. (Fundação Cesgranrio/FINEP/Q.35) Considerando-se as 
informações recebidas da Companhia H. S/A e as determinações da 
legislação fiscal do Imposto de Renda, para as empresas tributadas pelo 
Lucro Real com antecipação mensal em bases estimadas, o valor da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) a recolher, referente ao 
mês de fevereiro, em reais, é 
 
(A) 3.510,00 (B) 4.860,00 (C) 5.400,00 (D) 22.500,00 (E) 28.800,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
 
Memória de cálculo Da CSLL Vendas de 
Mercadorias 
Prestação de 
Serviços 
 
 
 
 
 
 
 
4. Levando em consideração que o regime de tributação 
adotado pelo contribuinte é o Lucro Real Anual com levantamento 
mensal de balanços ou balancetes, para fins de suspensão ou 
redução do imposto de renda, os lançamentos no LALUR devem ser 
feitos: 
 
(A) anualmente apenas, em caso de lucro; 
(B) mensalmente apenas, em caso de lucro; 
(C) anualmente apenas, em caso de prejuízo; 
(D) mensalmente em caso de lucro ou prejuízo; 
(E) anualmente em caso de lucro ou prejuízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
5. A Companhia Comercial Sulca S/A, enquadrada na tributação 
pelo lucro real, ao final de um determinado exercício social, 
apresentou as seguintes informações: 
 
Custo das Vendas 300.000,00 
Despesa de Depreciação 25.000,00 
Perdas com Créditos 10.000,00 
Despesas Comerciais 100.000,00 
Despesas Financeiras Líquidas 80.000,00 
Dividendo recebido, Investimento Avaliado pelo Custo 8.000,00 
Ganho na Venda de Imobilizado 15.000,00 
Perda pelo Método da Equivalência Patrimonial 20.000,00 
Vendas Líquidas 800.000,00 
 
Considerando as determinações de apuração do lucro real, quais foram os 
valores apurados, em reais, referentes ao lucro contábil (LAIR) e ao lucro 
real, respectivamente? 
 
(A) 288.000,00 e 300.000,00 
(B) 280.000,00 e 290.000,00 
(C) 288.000,00 e 310.000,00 
(D) 288.000,00 e 318.000,00 
(E) 300.000,00 e 298.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50 
 
APURAÇÕES 
CONTAS LUCRO 
CONTÁBIL 
LUCRO 
FISCAL/REAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LAIR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. A parcela do lucro que exceder o valor resultante da 
multiplicação de vinte mil reais pelo número de meses do 
respectivo período de apuração, se sujeita à incidência de 
adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento. Esta 
regra é usada sobre a(s) seguinte(s) forma(s) de tributação: 
 
(A) lucro real, presumido e arbitrado; 
(B) lucro real e presumido, apenas; 
(C) lucro presumido e arbitrado; 
(D) lucro real e arbitrado; 
(E) lucro real. 
 
 
 
 
 
 51 
 
7. Julgue os itens abaixo em certos ou errados: 
 
a) exercício social é determinado espaço de tempo no final do qual os 
contribuintes pessoas jurídicas são obrigados a apurar seus resultados e 
preparar as demonstrações contábeis, para efeitos comerciais, tributários 
e societários. O exercício social deve ter a duração de um trimestre, com 
exceção do primeiro ano de existência da empresa; 
 
b) a data do término do exercício social deve ser fixada no estatuto ou 
contrato social da pessoa jurídica; 
 
c) ano-calendário é o período de 12 meses consecutivos, compreendido do 
dia 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo que a legislação do Imposto de 
Renda utiliza tal expressão para identificar o ano de ocorrência do fato 
gerador da obrigação tributária; 
 
d) período-base é a expressão que designa o período de incidência do 
Imposto de Renda das pessoas jurídicas, ou seja, o período de apuração 
da base de cálculo. O período-base de apuração definitiva do Imposto de 
Renda das pessoas jurídicas pode ser: 
 
a) trimestral, com base no lucro real, presumido ou arbitrado; 
 
b) anual, com base no lucro real, no caso de opção pelos 
pagamentos mensais por estimativas. 
 
e) o montante do prejuízo fiscal que pode ser objeto de compensação com 
o lucro real é aquele apurado e controlado no Livro de Apuração do Lucro 
Real (LALUR); 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
 
f) no caso de apuração do Imposto de Renda e contribuição social pelo 
lucro real trimestral, cada trimestre é considerado um período de 
apuração distinto, sendo que o lucro tributável apurado num trimestre 
pode ser compensado com prejuízos fiscais ou bases negativas de 
contribuição social sobre o lucro de trimestres subsequentes; 
 
g) a compensação do prejuízo fiscal está limitada ao máximo de 25% do 
lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas em lei. 
 
h) Não existe prazo de prescrição para a compensação do prejuízo fiscal. 
 
i) as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem optar pela 
apuração do lucro real anual, alternativamente pela apuração em cada 
trimestre. No entanto, os recolhimentos dos tributos devem ser efetuados 
uma vez por trimestre. 
 
j) na opção pelo lucro real anual, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro 
real devem efetuar os recolhimentos mensais com base em estimativas. 
A partir dessa opção, a empresa está obrigada à apuração do lucro real 
anual, não podendo mudar a base de tributação pelo lucro presumido. 
 
l) o Imposto de Renda pago mensalmente pelo critério de estimativa deve 
ser calculado sobre a receita bruta do contribuinte, que é o somatório dos 
montantes das vendas de mercadorias ou produtos e dos serviços 
prestados, não devendo ser acrescidos os ganhos de capital, demais 
receitas e resultados positivos. 
 
m) se a opção for pela apuração do lucro real trimestral, este deve ser 
determinado em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de 
junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, com base no resultado líquido 
de cada trimestre. 
 
 
 
 
 
 53 
 
n) o Imposto de Renda trimestral será calculado mediante a aplicação da 
alíquota normal de 15% (quinze por cento) sobre a totalidade da base de 
cálculo, ou seja, 15% do lucro real e mais uma alíquota adicional de 10% 
sobre a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00 
no trimestral. 
 
o) no caso de início de atividades, o limite trimestral não será proporcional 
ao número de meses. 
 
8. Assinale a alternativa incorreta, com relação ao conceito de 
lucroreal: 
 
a) a palavra real é usada pelo Código Tributário Nacional em oposição aos 
termos presumido e arbitrado, com o principal objetivo de exprimir o que 
existe de fato, verdadeiro, ou seja, o que não é presumido ou arbitrado; 
 
b) contabilmente falando, pode-se concluir que o lucro real é aquele 
realmente apurado pela contabilidade, com base na completa escrituração 
contábil fiscal, com a estrita e rigorosa observância dos princípios de 
contabilidade e demais normas fiscais e comerciais; 
 
c) a legislação, ao introduzir a figura do lucro real, que é uma alternativa 
de tributação opcional para algumas pessoas jurídicas, visou facilitar as 
rotinas burocráticas e administrativas de algumas organizações, 
geralmente algumas empresas de menor porte e menor nível de 
estrutura; 
 
d) a apuração do lucro real envolve maior complexidade na execução das 
rotinas contábeis e tributárias, para a completa escrituração das 
atividades e posterior apuração do lucro real, que é a base para cálculo 
 
 
 
 
 
 54 
 
dos tributos com o Imposto de Renda e contribuição social sobre o lucro 
das empresas que não podem optar pelo lucro presumido. 
 
e) o lucro real é apurado com base na escrituração mercantil das 
organizações, o que compreende a adoção de um conjunto de 
procedimentos corriqueiros no ambiente profissional do contabilista. 
 
9. Assinale a alternativa correspondente ao conceito de lucro 
real: 
 
a) É uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos 
com o Imposto de Renda e da contribuição social, restritas aos 
contribuintes que não estão obrigados ao regime de apuração de 
tributação com base no estimado; 
 
b) É um recurso utilizado pelas autoridades fiscais, quase sempre como 
última alternativa, que se deve ser aplicado quando houver ausência 
absoluta de confiança na escrituração contábil do contribuinte; 
 
c) É uma opção do contribuinte, quando há falta ou insuficiência de 
elementos concretos que permitam a identificação ou verificação da base 
de cálculo utilizada na tributação pelo lucro presumido; 
 
d) É o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, 
denominado lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e 
compensações autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 55 
 
Multa punitiva é aquela que é fundamentada no interesse público de punir 
o inadimplente. É a multa proposta por ocasião do lançamento; aquela 
cuja aplicação é excluída pela denúncia espontânea a que se refere o art. 
138 do Código Tributário Nacional, onde o arrependimento da infração, 
oportuno e formal, faz cessar o motivo de punir. 
A multa de natureza compensatória, por sua vez, destina-se não a afligir o 
infrator, mas a compensar o sujeito ativo pelo prejuízo suportado em 
virtude do atraso no pagamento que lhe era devido. É uma penalidade de 
caráter civil, posto que comparável à indenização prevista no direito civil. 
Em decorrência disso, nem a própria denúncia espontânea é capaz de 
excluir a responsabilidade por esses acréscimos, que são chamados de 
moratórios. 
 
10. Demonstração do resultado do exercício (em reais) 
Resultado operacional 750.000,00 
(-) Despesas de brindes (20.000,00) 
(-) Despesas com vendas (200.000,00) 
(-) Despesas Administrativas (220.000,00) 
(-) Multas ambientais (10.000,00) 
(-) Multas por atraso no pagamento de impostos (5.000,00) 
(-) Lucro antes do Imposto de Renda 295.000,00 
 
Considerando-se as informações recebidas e as determinações da 
legislação fiscal, o Imposto de Renda devido pela companhia M, no 1o 
trimestre/2013, em reais, é 
 
(A) 48.750,00 (B) 49.500,00 (C) 72.750,00 (D) 75.250,00 
(E) 76.500,00 
 
 
 
 
 
 
 
 56 
 
11. (Petrobras/Cesgranrio/2014/Q.51) Uma companhia tributada 
pelo lucro real apresentou as seguintes informações referentes ao 2o 
trimestre de 2014: 
I. Lucro apurado no 2o trimestre/2014 (abr./mai./jun.) = R$ 30.000,00 
II. Valores inclusos no valor do lucro apurado no 2o trimestre/2014 (item 
I.) 
• Multa de INSS, por insuficiência de recolhimento = R$ 2.500,00. 
• Multa pelo recolhimento espontâneo do Imposto de Renda, em atraso = 
R$ 3.500,00. 
Considerando exclusivamente as informações da companhia e as normas 
tributárias vigentes, o valor da base de cálculo do imposto de renda, em 
reais, é 
 
(A) 29.000,00 
(B) 30.000,00 
(C) 32.500,00 
(D) 33.500,00 
(E) 36.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 57 
 
6.3 Imposto de Renda Lucro Presumido 
 
É uma modalidade optativa de apurar o lucro e, consequentemente, o 
Imposto de Renda das pessoas jurídicas e a Contribuição Social sobre o 
Lucro das empresas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro 
real. 
 
A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base 
no lucro presumido deverá manter escrituração contábil nos termos da 
legislação comercial. No entanto, poderá ficar dispensada da 
escrituração contábil a pessoa jurídica que, no decorrer do ano-
calendário, mantiver Livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda 
a movimentação financeira, inclusive bancária. É preciso esclarecer, 
entretanto, que essa dispensa de escrituração é apenas para fins de 
legislação do imposto de renda, sendo que nada impede que, por 
exemplo, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) exija 
escrituração contábil com o objetivo de apurar a contribuição patronal 
devida à previdência social. 
 
Em qualquer caso a pessoa jurídica deverá: 
 
a) Caso se dedique a atividades industriais ou comerciais, escriturar o 
Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar os estoques 
existentes de cada produto no término do ano-calendário. 
 
b) Manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo 
decadencial e não prescritas eventuais ações que lhe sejam pertinentes, 
todos os livros obrigatórios por legislação específica, bem como todos 
os documentos e demais papéis que serviram de base para a 
escrituração comercial e fiscal. 
 
 
 
 
 
 58 
 
Apuração do Imposto 
 
O lucro presumido será o montante determinado pela soma das 
seguintes parcelas: 
 
a) o valor resultante da aplicação de percentuais, variáveis 
conforme o ramo de atividade da pessoa jurídica, sobre a receita bruta 
auferida nos trimestre civis de cada ano-calendário; 
 
b) os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos 
em aplicações financeiras e todos os resultados positivos decorrentes 
de receitas de atividades acessórias da pessoa jurídica. 
 
 
Atividade Alíquota 
IR 
Alíquota 
CSLL 
Revenda de Combustíveis 1,6% 12% 
Serviços hospitalares / transporte de cargas 8% 12% 
Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 16% 32% 
Demais Serviços 32% 32% 
Intermediação de negócios, administração de imóvel, 
locação de administração de bens móveis. 
32% 32% 
Comércio e Indústria 8% 12% 
 
Nota: Empresa com mais de uma atividade: aplica-se o % correspondente a cada 
atividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 59 
 
OBS.: 
1 Na opção pelo lucro presumido não há compensação de prejuízo fiscal 
apurado pelo lucro real em períodos anteriores. A compensação poderá 
ocorrer quando a empresa retornar ao lucro real. 
 
2 O imposto de renda pago como antecipação poderá ser compensado 
do valor do imposto apurado. 
 
Da receita bruta deverá ser deduzido: 
 Vendas canceladas, devolvidas ou anuladas. 
 Descontosincondicionais 
 IPI, quando registrado como receita de vendas. 
 ICMS substituição tributária 
 
Resultados que serão adicionados à base de cálculo: 
 Ganho na venda dos ativos investimentos, imobilizado e intangível; 
 Rendimentos e ganhos auferidos em aplicação financeira de renda 
fixa e variável; 
 Receita de Juros sobre o capital próprio; 
 Receita de locação de imóvel, quando este não for o objeto da 
empresa; 
 Rendimentos e ganhos contratos de mútuo; 
 Juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de 
Liquidação e Custódia – Selic, para os títulos federais que serão 
restituídos compensados; 
 Outros, conforme legislação em vigor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 60 
 
Prazo Para Pagamento 
O Imposto de Renda devido e a Contribuição Social, apurados 
trimestralmente, serão pagos em quota única, até o último dia útil do mês 
subseqüente ao do encerramento do período de apuração. 
À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três 
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três 
meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que 
corresponder, observado o seguinte: 
a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o 
imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em 
quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento 
do período de apuração; 
b) as quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa 
Selic, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês 
subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia 
do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do 
pagamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 61 
 
Exercícios - Apuração do IR modalidade Lucro Presumido 
 
1. Com base nas informações abaixo, calcule e contabilize o IR e a CSLL na 
modalidade Lucro Presumido. 
 
APURAÇÃO LUCRO PRESUMIDO = APURAÇÃO TRIMESTRAL = 1º TRIMESTRE 
 
IR Comércio e 
Indústria 
Serviços Posto de 
Gasolina 
Receita Bruta 800.000 800.000 800.000 
% da atividade 
Lucro Presumido 
Ganho na venda de 
Imobilizado 
6.000 6.000 6.000 
Rendimentos Financeiros 13.000 13.000 13.000 
Lucro PRESUMIDO 
Alíquota IR 15% 
Adicional 
Despesa com IR 
IRRF – Antecipação 
(pagamento de IR 
antecipado) 
 
IR a Pagar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 62 
 
CSLL Comércio e 
Indústria 
Serviços Posto de 
Gasolina 
Receita Bruta 800.000 800.000 800.000 
% da atividade 
Lucro Presumido 
Ganho na venda de Imobilizado 6.000 6.000 6.000 
Rendimentos Financeiros 13.000 13.000 13.000 
Resultado PRESUMIDO Tributável 
CSLL - Alíquota 9% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 63 
 
1. (Fundação Cesgranrio/Transpetro/2-2012/ Q. 22 e 23) 
Considere as seguintes informações para responder às questões 
de nos 2 e 3. 
 
Admita que a empresa comercial PP optou pela tributação pelo lucro 
presumido, por estar enquadrada nas determinações da legislação fiscal, e 
apresentando a seguinte Demonstração do Resultado, em reais, apurado 
no quarto trimestre de 2011: 
 
Receita Operacional de Bruta 2.400.000,00 
Venda de mercadorias 2.000.000,00 
Prestação de serviços 400.000,00 
(−) Deduções (380.000,00) 
ICMS (360.000,00) 
ISS (20.000,00) 
(=) Receita Operacional Líquida 2.020.000,00 
(−) Custo das vendas e serviços (920.000,00) 
(=) Lucro operacional bruto 1.100.000,00 
(−) Despesas operacionais (520.000,00) 
Comerciais (180.000,00) 
Administrativas (390.000,00) 
Receitas financeiras 50.000,00 
(+) Equivalência patrimonial 20.000,00 
(=) Lucro antes IRPJ e CSLL 600.000,00 
 
Considerando-se as informações recebidas e as determinações da 
legislação fiscal quanto à apuração do Imposto de Renda com base no 
Lucro Presumido, o Imposto de Renda (IR) devido pela comercial PP, no 
4o trimestre de 2011, em reais, é de 
 
 
 
 
 
 
 64 
 
(A) 42.000,00 (B) 66.000,00 (C) 78.500,00 (D) 84.500,00 
(E) 90.000,00 
 
Considerando-se as informações recebidas e as determinações da 
legislação fiscal quanto à apuração da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido (CSLL) com base no Lucro Presumido, a CSLL devida pela 
comercial PP, no 4o trimestre de 2011, em reais, é de 
 
(A) 33.120,00 (B) 37.620,00 (C) 54.000,00 (D) 69.120,00 
(E) 73.620,00 
 
 
IR COMERCIO SERVIÇOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 65 
 
CSLL COMERCIO SERVIÇOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Julgue os itens abaixo em certos ou errados: 
 
a) a empresa optante pela tributação pelo lucro presumido pode estar 
recolhendo desnecessariamente mais tributos, visto que, se fosse 
efetuada a escrituração contábil, esta poderia demonstrar uma situação 
de prejuízo real, ou seja, não haveria lucro real para servir como fato 
gerador dos tributos; 
 
b) optando pelo lucro presumido, a base de cálculo do Imposto de Renda 
e contribuição social é o faturamento da pessoa jurídica, o que facilita a 
apuração dos tributos e representa, sempre, a opção mais vantajosa para 
o contribuinte; 
 
c) a introdução pelo fisco do conceito de lucro presumido visou facilitar a 
apuração da base de cálculo, para algumas empresas, para apuração e 
recolhimento dos tributos do Imposto de Renda e contribuição social; 
 
 
 
 
 
 
 66 
 
d) as pessoas jurídicas que podem se utilizar dessa opção para a 
tributação estariam dispensadas, para efeitos somente de apuração do 
valor do Imposto de Renda e contribuição social (PONTO DE VISTA 
FISCAL), da obrigatoriedade da escrituração contábil e levantamento 
periódico das demonstrações contábeis. 
 
4. Lucro Presumido é uma modalidade optativa de apurar o 
lucro que: Julgar em certo ou errado. 
 
(A) estima o pagamento mensal do IRPJ apurando a base de cálculo em 
31 de dezembro do ano-calendário ou na data de encerramento de 
atividades e efetua o ajuste entre os dois valores na declaração de 
rendimentos correspondentes. 
 
(B) estima o lucro a ser tributado a partir de valores globais da receita, 
dispensando a escrituração contábil, exceto a do livro registro de 
inventário e do livro caixa, observados determinados limites e condições. 
 
(C) considera o resultado líquido do período de apuração, sem o imposto 
de renda, ajustado por adições, exclusões e compensações determinadas 
pela legislação tributária. 
 
(D) serve de base para cálculo de benefícios fiscais de isenção ou redução 
do IRPJ. 
 
(E) corresponde ao produto da diferença com perdas de ativos ou com 
constituição de obrigações cujo fato gerador contábil já tenha ocorrido, 
não podendo ser medidas com exatidão, tendo, portanto, caráter 
estimativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 67 
 
6.4 Apuração Lucro Arbitrado 
 
O arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do 
Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte, 
se conhecida à receita bruta. 
 
Hipóteses de Arbitramento 
A pessoa jurídica, inclusive a empresa individual equiparada, terá o seu 
lucro arbitrado, quando ocorrerem às situações examinadas a seguir: 
 
a) Falta de Escrituração

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