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ASMA Inflamação crônica. Hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Resultante da interação: genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes, e outros fatores específicos. Clinicamente: episódios recorrentes de dispneia, tosse e sibilância. Pode resultar em remodelamento das vias aéreas (proliferação celular, aumento da matriz extracelular). Epidemiologia: 4ª causa de hospitalizações pelo SUS. 3ª entre crianças e adultos jovens. Nos países em desenvolvimento, corresponde a 5-10% das mortes por causa respiratória últimos 10 anos. 5 %-12% da população possui alto custo e alta prevalência. Fatores desencadeantes: Alérgenos. DRGE (doença do refluxo gastroesofágico). Rinite, sinusite e polipose nasosinusal (doença degenerativa da mucosa onde há formação de múltiplas estruturas polipóides nas cavidades nasais e seios paranasais e cujos mecanismos fisiopatológicos ainda não são bem compreendidos). Drogas – AAS, outros AINE, betabloqueadores. Exposição ocupacional. Tabagismo. Poluição. Exercício físico. Outros: alimentos e conservantes, obesidade, estresse. Fisiopatologia: Principal característica é a inflamação brônquica resultante de interações entre células inflamatórias, mediadores e células estruturais das vias aéreas. Crônica: Alérgeno linfócitos T auxiliares ativação por Th2 citocinas aumento da produção de IgE por plasmócitos diferenciação medular com aumento na produção de eosinófilos fixação e persistente ativação dessas células nas vias aéreas Aguda: Antígeno mastócito ativado por IgE histamina e outros mediadores Broncoconstricção e produção de muco sibilos tosse e dispneia. Inflamação aguda: broncoconstrição, edema, secreção e tosse. Inflamação crônica: Recrutamento celular, dano epitelial, modificações estruturais precoces. Broncontricção aguda: IgE dependente (alérgeno estimula IgE). IgE independente (AINH, exercício...). Edema das vias aéreas: Aumento da permeabilidade microvascular (medidores inflamatórios). Formação crônica de rolhas de muco (secreção que é aumentada pela histamina). Remodelamento das vias aéreas. Remodelamento: Descamação epitelial com exposição de neurorreceptores colinérgicos. Deposição de colágeno na membrana basal reticular subepitelial. Hiperplasia e hipertrofia da massa de músculo liso. Ocorre quando a asma é grave, tornando-a não reversível e idêntica a DPOC. Ocorre aumento do infiltrado de células adventícias O infiltrado celular no interstício associado à elastólise e perda da sustentação elástica das pequenas vias aéreas. Hiperplasia das glândulas mucosas. No remodelamento as vias respiratórias ficam estreitadas permanentemente com aumento da hiperreatividade brônquica e obstrução fixa de vias aéreas. Sinais e sintomas: Dispneia sibilante estreitamento das vias aéreas respiratórias. Tosse (inflamação do parênquima estimulação dos receptores de tosse). Desconforto respiratório. Aumento do trabalho respiratório (uso de musculatura acessória). Diagnóstico clínico: Sintomas sugestivos. Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas (broncodilatador). Três ou mais episódios de sibilância no último ano. História familiar positiva para asma ou atopia (tríade da atopia = asma, rinite e dermatite). Variabilidade sazonal dos sintomas (mais comum no inverno – temperaturas frias). Exames complementares: Espirometria – VEF1, VEF1/CVF (Tiffeneau) Pico de fluxo expiratório Testes adicionais: broncoprovocação com agentes broncoconstritores ou por exercício Diagnóstico da alergia: testes cutâneos, determinação de IgE específica. RX do tórax (pode estar normal ou com hiperinsuflação em casos graves). OBS: Tosse crônica com RX normal = asma, refluxo ou rinossinusite. Classificação da gravidade: Intermitente Persistente: Leve (60%), moderada (25 – 30%) e grave (5-10%) Objetivos do tratamento: Controlar sintomas. Prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo. Permitir atividades normais. Manter função pulmonar normal ou a melhor possível. Evitar crises, idas à UE e hospitalizações. Reduzir a necessidade de β-2 e minimizar efeitos adversos da medicação. Prevenir a morte. Medicação: Broncodilatadores: β-agonistas curta e longa ação, anticolinérgicos, xantinas (quase não se usa xantinas) usar em casos leves, moderados e graves. Anti-inflamatórios: corticosteróides sistêmicos e inalatórios (corticoides inalatórios devem ser preferidos usar em casos moderados e graves), cromonas, antileucotrienos (cromonas e antileucotrienos são pouco usados). Tratamento: Corticoides inalatórios, principais medicações anti-inflamatórias das vias aéreas tratamento de manutenção/profilático (uso prolongado). Broncodilatadores tratamento de alívio imediato das crises.
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