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Colecistite crônica calculosa Incidência • Regra dos 5Fs = female, fourty, fertile, fair (branca), fat. o Mulheres acima dos 40 anos brancas com sobrepeso e em idade fértil. o 2x mais mulheres que homens. Tipos de cálculo • Colesterol: amarelados. • Pigmentados: escuros, castanhos e pretos, de bilirrubinato de cálcio. Mais relacionados à hemólise crônica. • Mistos: cálcio e colesterol. O mais comum dos latino-americanos. Quadro clínico Pode ser tanto uma cólica biliar clássica quanto uma dor constante em HCD. O quadro resulta da inflamação crônica provocada pelos cálculos locais. • Cólica biliar: dor em cólica em HCD com irradiação para dorso, escápula D, ombro D (nervo frênico), frequentemente associada a náuseas e vômitos. Surge após alimentação (pela contração da vesícula) e podem estar presentes também plenitude e distensão gástrica. o Diferente da colecistite aguda, a crônica não é acompanhada de defesa muscular, massa palpável, febre e leucocitose. Cólica biliar Colecistite aguda Dor em cólica, súbita, que surge após alimentação. Não existe nenhum sinal ou sintoma de infecção e inflamação. Se o quadro progride com febre, aí tem colecistite aguda. Pode começar com uma cólica biliar mas depois surgem os fatores de infecção (dor localizada, Murphy, febre, leucocitose, defesa muscular). A dor fica constante em HCD, não mais em cólica, como na colecistite crônica. Diagnóstico APRESENTAÇÃO CLÍNICA + ULTRASSONOGRAFIA DE FÍGADO, PÂNCREAS E VIAS BILIARES (dispensa qualquer outro exame, TC NÃO VÊ CÁLCULO!). Na USG = sombra acústica posterior (abaixo do cálculo). Tratamento Clínico • Antiespasmódicos e anticolinérgicos para alívio dos sintomas, mas não alteram evolução da doença. • Ácido ursodesoxicólico: pode quebrar cálculo, mas só de colesterol. Só usa em paciente sem indicação cirúrgica. Cirúrgico • Colecistectomia eletiva (tratamento definitivo): por laparotomia ou videolaparoscopia (recebe alta já no outro dia). Hoje em dia é raro deixar dreno depois. Se lesar o colédoco vai dar merd#. Vários quadros de colecistites agudas ou subagudas repetidos Fatores relacionados: perda de peso rápida (bariátrica), uso de ACO, obesidade, história familiar (prof. diz que é o que mais conta), dieta rica em gordura e com poucas fibras, diabetes, gravidez, medicações que abaixam o colesterol. CAUSA PRINCIPAL = CÁLCULOS NA VESÍCULA (mais no infundíbulo) Diferença nesse USG é que tem parede espessada (inflamação), aí é uma colecistite aguda. Diagnóstico diferencial: úlcera péptica (descarta pela EDA se necessário), gastrite, angina, pancreatite (pode coexistir) e neoplasia. Atenção para angina: paciente em idade avançada apresenta-se com dor em HCD ou epigástrica e depois de uma alimentação gordurosa. Em vez de ser cólica biliar, pode ser infarto em desenvolvimento. Solicitar ECG + observar. Colecistectomia urgente Colecistite aguda, empiema de vesícula biliar, perfuração da vesícula, coledocolitíase anterior com remoção endoscópica. Colecistectomia eletiva Discinesia biliar, colecistite crônica e colelitíase sintomática.
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