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Resumo das principais enfermidades em anfíbios e repteis

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ANFÍBIOS E RÉPTEIS: PRINCIPAIS ENFERMIDADES 
ANFÍBIOS 
ANALGESIA 
 
Evidências sugerem que a percepção de dor em anfíbios é 
análoga a dos mamíferos. 
A redução da temperatura corporal do anfíbio não é 
considerada uma forma apropriada de anestesia ou 
analgesia. 
 Morfina (30 a 100 mg/kg, SC, IM ou tópica) 
 Meloxicam (0,2 mg/kg IM, SC ou VO) 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
o Coleta - Veia abdominal ventral 
o Vias de administração – Cavidade celomática 
ENFERMIDADES 
Os dois grupos de patógenos que têm sido incriminados 
como responsáveis pelo declínio dos anfíbios são o fungo 
quitrídio Batrachochytrium dendrobatidis e um grande 
número de ranavírus. 
QUITRIDIOMICOSE 
Considerada uma das maiores pandemias que afetam 
animais na natureza e em cativeiro. 
Etiologia: fungo leveduriforme (Batrachochytrium 
dendrobatidis). 
Suscetíveis: anuros (sapos) * 
Transmissão: contato direto. 
Sinais clínicos: descolorações ou vermelhidão na pele, 
postura anormal, letargia, anorexia, convulsões e óbito. 
Diagnóstico: cultura fúngica. 
Tratamento: banhos de itraconazol 0,01% durante 5 
minutos por 11 dias, e suporte. 
RANAVÍRUS 
Etiologia: Iridovírus (DNA) 
Suscetíveis: anuros. 
Transmissão: contato direto e indireto (água). 
Sinais clínicos: edema e hemorragia subcutânea, letargia e 
morte (90% mortalidade) 
Diagnóstico: necropsia e histopatológico, PCR 
Não há tratamento! 
EMERGÊNCIAS 
 
o Traumas; 
o Infecção; 
o Deficiência metabólica; 
o Intoxicação; 
o Alteração ambiental; 
o Verificar vias aéreas e hemorragias; 
o Oxigenação em câmaras ou na água –doxapram5 
mg/kg IM ou IV; 
o Batimentos cardíacos –Doppler, epinefrina 
endotraqueal ou atropina IM, e compressão 
cardíaca; 
o Fluidoterapia agressiva (IV, IC). 
FLUIDOTERAPIA 
Fluidoterapia transdermal: 
o Ainda não se conhece o fluido ideal para ser 
utilizado em anfíbios –salina? 
o Dose inicial pode ser administrada em bolus (5 a 
10 mg/kg, IO ou IV). 
o Em animais muito debilitados, usar adicionalmente 
uma dose de 10 a 20 mℓ/kg via intracelomática. 
o A via intraóssea pode ser realizada nas patas 
traseiras, através da inserção de uma agulha na 
tíbiafíbula ou no fêmur. 
RÉPTEIS 
VIAS DE COLETA/ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS 
Coleta - veia caudal em serpentes, lagartos e quelônios; 
Seio occipital, administração intracelomática. 
DOENÇAS NÃO INFECCIOSAS 
DISECDISE 
Ocorre quando o animal não consegue realizar a troca 
completa do extrato córneo que recobre o corpo e pedaços 
de queratina permanecem aderida. 
Etiologia: baixa umidade, falta de substrato abrasivo, lesões 
cutâneas e ectoparasitos. 
Suscetíveis: todos os répteis que realizam ecdise. 
Sinais clínicos: pedaços de queratina aderidas a pele, 
rachaduras cutâneas e infecções secundárias. 
Diagnóstico: sinais clínicos e manejo inadequado. 
Tratamento: correção ambiental, banhos, remoção manual 
e pomadas oftalmológicas* 
QUEIMADURAS 
 
Etiologia: contato direto ou proximidade com superfícies 
muito quentes (pedras caseiras ou lâmpadas). 
Suscetíveis: todos os répteis mantidos em terrários com 
aquecimento. 
Sinais clínicos: lesões cutâneas. 
Diagnóstico: lesões cutâneas e histórico. 
Tratamento: limpeza da ferida, pomadas, antinflamatórios, 
fluidoterapia e antibióticos* 
 
HIPOVITAMINOSE A 
Causas: dietas não suplementadas (alface), mal formuladas 
e carne bovina. 
Susceptíveis: animais jovens. 
Sinais clínicos: anorexia, edema de pálpebras, abcessos 
aurais. 
Diagnóstico: sinais clínicos e histórico. 
Tratamento: vitamina A 2000 UI/IM q7 dias –4 tratamentos 
DOM 
Doença osteometabólica – Hiperparatireoidismo nutricional 
secundário. 
Etiologia: erros de manejo na iluminação (UVB), falha no 
fornecimento de cálcio. 
Suscetíveis: lagartos e quelônios jovens. 
Sinais clínicos: prostração, prolapso de cloaca, aumento do 
volume dos membros e amolecimento e/ou aumento dos 
ossos da mandíbula por osteomalácia e escoliose. 
CASCO PIRAMIDAL 
É caracterizada pelo crescimento excessivo de escudos na 
carapaça, com resultante formato piramidal em cada 
escudo. 
Etiologia: multifatorial -superalimentação (excesso de 
proteína, gordura, cálcio e fósforo) + temperatura corporal, 
equilíbrio ácido-básico, hidratação e manejo ambiental 
(baixa umidade). 
Suscetíveis: animais jovens. 
Sinais clínicos: formato piramidal dos escudos da carapaça. 
Diagnóstico: sinais clínicos e manejo alimentar e ambiental 
inadequado. 
Tratamento: correção ambiental (umidade de 50%) e 
alimenta. 
FRATURAS 
Etiologia: traumas (quedas, atropelamentos e ataques de 
animais) 
DOENÇAS INFECCIOSAS 
PNEUMONIAS 
Causas: Enterobacteriacae (Klebsiella spp., Citrobacter spp., 
Aeromonas spp. e Pseudomonas spp.) 
Fatores predisponentes: hipovitaminose A e manejo 
inadequado. 
Sinais clínicos: anorexia, descarga nasal, respiração oral, 
dispneia. 
Diagnóstico: sinais clínicos, exame radiográfico, lavado 
pulmonar e cultura bacteriana. 
Tratamento: gentamicina, enrofloxacina amicacina e 
suporte (fluidoterapia, vit. A, aquecimento e nutrição), 
nebulização. 
ESTOMATITE 
É uma afecção na cavidade oral que pode evoluir de 
simples inflamação para ulceração e necrose da mucosa 
oral devido infecções secundárias. 
Fatores predisponentes: estresse, superpopulação, baixas 
temperaturas, má nutrição e traumatismos. 
Suscetíveis: serpentes (ingestão de presas inteiras) 
Sinais clínicos: salivação excessiva, anorexia, hiperemia da 
mucosa oral, edema gengival, petéquias, ulceração da 
mucosa e placas caseosas. 
Diagnóstico: suabesda cavidade oral e cultura bacteriana e 
antibiograma. 
Tratamento: limpeza e remoção de debris celulares, 
desinfecção com clorexidine diluída em soro fisiológico, 
antibióticos sistêmicos e fluidoterapia.

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