Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria DOENÇAS EXANTEMÁTICAS As doenças exantemáticas constituem um desafio para o médico, pois, apesar de haver muita similaridade entre elas, um erro, ou mesmo um atraso no diagnóstico, pode trazer sérias consequências tanto para o paciente (por exemplo, meningococcemia, gestante exposta à rubéola) como para a comunidade (creches e escolas infantis). O que se observa de semelhante nessas doenças são os exantemas ou rashes. As erupções muitas vezes são clinicamente indistinguíveis, e o resgate do agente etiológico só pode ser determinado por métodos laboratoriais. Principais doenças em Pediatra: Lembrar dos agentes etiológicos 1. Vírus o Exantemas sem vesículas: sarampo, rubéola, eritema infeccioso, exantema súbito e mononucleose infecciosa o Exantemas com vesículas: varicela e doença mão-pé-boca 2. Bactérias: Escarlatina 3. Ag. Desconhecidos: Dç de Kawasaki Caracterizar: 1) Período de Incubação 2) Fase Prodrômica 3) Exantema Aspecto Progressão Descamação 4) Fase de Convalescença Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria DOENÇAS EXANTEMÁTICAS VIRAIS SEM VESÍCULAS SARAMPO Alergia ao ovo não precisa suspender vacina contra o sarampo Doença de notificação compulsória Etiologia RNA vírus Gênero Morbillivirus Apenas 1 sorotipo - Transmissão: Altamente contagioso, quando não vacinado, 90% dos familiares tornam-se susceptíveis Gotas da nasofaringe: período catarral A entrada do vírus é pela mucosa do trato respiratório e conjuntiva Transmissão é pelo contato com secreção nasofaríngea ou aerossol e pode ocorrer sem o contato face a face entre suscetível e doente É transmissível de 3 dias antes até 4-6 dias após o início do exantema Muitas pessoas viajaram para a copa do mundo em 2010, após isso alguns casos foram registrados no Brasil Fase de pródromos: Mancha de Koplik: Lesão em mucosa oral - esbranquiçada com aerola amarelada, parecendo um quadro gripal. patognomônica: - dura menos de 1 dia e no dia seguinte aparece o rash (exantema mobiliforme) Febre baixa Tosse seca Coriza Conjuntivite e fotofobia ** Exantema macropapular Língua em framboesa Fase Exantemática Duração 5 dias Lesões maculo papulares eritematosas: “Exantema Morbiliforme” - rash confluente - Progressão Craniocaudal Fase de Convalescência Exantema adquire aspecto acastanhado Desaparece na mesma sequência que surgiu Descamação furfurácea [A1] Comentário: vacina tao eficaz – “fácil” erradicação Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Diagnostico: Clinica Exames: ac detectáveis na fase do Rash ou isolamento viral Hemograma: Leucopenia + linfocitose relativa Medidas de Suporte Internação nos casos graves Vitamina A: Diminui a mortalidade das cças com sarampo, principalmente desnutridas e menores De acordo com a OMS: Indicada para TODAS crianças no mesmo dia do diagnóstico e no dia seguinte o < 6 meses: 50.000 UI por via oral o 6 meses a 12 meses: 100.000 UI por via oral o > 12 meses: 200.000 UI por via oral Complicações: Otite Média aguda Pneumonia – principal causa de morte Tanto OMA, como PNM, são infecções bacterianas, ou seja o sarampo diminui a imunidade da criança, a qual irá gerar uma superinfecção dos quadros bacterianos Encefalite Panencefalite esclerosante Profilaxia: Profilaxia pós-exposição: 1. Vacina de bloqueio - até 72 da exposição 2. Crianças >6m susceptíveis 3. Obs.: < 12 meses: Até os 6 meses a criança está amamentando, ou seja esta recebendo anticorpos maternos contra o sarampo, quando a mesma foi exposta, fazemos 1 dose entre 6 e 12 meses e manter as doses de 12 - tríplice e 15 meses - tetra Não é recomendada para, mesmo após exposição: Imunocomprometidos e gestantes - se entraram em contato, fazer imunização passiva, com imunoglobulina Panencefalite esclerosante subaguda Encefalite de Donson Epidemiologia Sarampo antes dos 18 meses: > risco Intervalo do quadro de sarampo e esta complicação crônica: 7 a 12 anos depois Clinica: Deterioração progressiva do SNC - diminuição do sensório Diagnóstico: LCR - presença do vírus EEG – poucas alterações [A2] Comentário: Comum em infecção viral [A3] Comentário: Melhoram prognóstico [A4] Comentário: Rara e acontece em até 5 dias após o rash Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Tratamento: Suporte RUBÉOLA Doença de notificação compulsória Agente Etiológico: Vírus da rubeola Gen: Rubivírus Fam: Togaviridae Transmissão: Ocorre pela secreção nasofaríngeo dos infectados Clínica: Doença pós natal é leve e breve Infecções subclínicas são frequentes (25-40% dos casos) Doença pós natal é leve e breve Infecções subclínicas são frequentes (25-40% - 2/3 dos casos) Fase Prodrômica Sintomas inespecíficos: Febre baixa, dor de gargante, conjuntivite, cefaléia, mal estar Linfadenomegalia: subocciptal, retroauricular e cervical posterior - Marca registrada Exantema: Róseo Progressão craniocaudal Evolução rápida e sesaparece sem descamar Manchas de Forschheimer – não é patognomônico Conjuntivite sem fotofobia Diagnóstico: Laboratorial: Leucopenia, neutropenia, trombocitopenia Ac IgM IgG - aumentando em 4x Cultura de vírus: sangue e nasofaringe Tratamento: Suporte Sintomáticos Corticoides e imunoglobulina: considerados no tratamento de trombocitopenia que não remite Complicações: Trombocitopenia pós infecciosa Artrite Encefalite 1/6000 casos [A5] Comentário: Prognóstico ruim Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Púrpura trombocitopênica Panencefaliteprogressiva Sd rubéola congênita: RCIU (+ comum) -Catarata -Cardiopatia - Surdez -Meningoencefalite -Déficit neuromotor / Autismo Prevenção: Vacina Contraindicações à vacinação: 1. -Gravidez 2. -Imunodeficiência Quando gestante for exposta? Temos que ter mais cuidado, por conta da sd. da rubéola congênita Prevenção pós-exposição: -Vacina -Mulher grávida -sorologias 0, 3-4, 6 sem após o contato, se ela é IgG já teve rubéola, pois 2\3 dos casos são subclínicos, porém se a sorologia for negativa, ela está susceptível a infecção, agora se ficou positivo, ela se infectou, no primeiro semestre a placenta ainda não é tanto vascularizada, ou seja é um filtro melhor, porem quando o vírus passa o estrago é maior, porque nesta fase que ocorre a embriogênese, o contrário ocorre quando a infecção Quando infectada: -imunoglobulina IM, mas não precisa mais fazer sorologia, pois ficará positivo Eritema Infeccioso Etiologia: -ParvovírusB19 Transmissão: Secreção nasofaringe e gotículas de saliva Na fase que surge exantema paciente já não mais elimina o vírus Clínica: Evolução do Exantema Fase 1: Face esbofeteado Fase 2: Exantema maculopapular de aspecto rendilhado Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Fase 3: Recidiva do exantema em 1-3 semanas por sol, calor, estresse e exercício físico Os vírus desenvolvem-se nas células eritropoiéticas da medula óssea, levando a uma anemia que passa desapercebida em um indivíduo hígido, porem pacientes com hemólise crônica = ANEMIA FALCIFORME, se ele tem uma dificuldade nessa eritopoese ele pode fazer uma aplasia grave Outras manifestações: 1. Artropatia 2. Crise aplásica transitória 3. Infecção fetal4. Miocardite 5. Síndrome de luvas e meias Crise aplástica transitória: - Queda da Hg em pacientes com hemólise crônica Gestantes: Hidropsia fetal não imune, porque não é mediada por ac e sim por ação direta do vírus no feto Imune: incompatiblidade RH e\ou ABO Patogênese: Aplasia transitória série vermelha: Viremia - percusoras de série vermelha (7 a 11 dias após a infecção) Exantema, artrite: Fenômeno pós-infeccioso (imune - mediado por ac) (17-18 dias após a infecção) Eritema infeccioso: Associado ao parvovírus, porém quando já confere imunidade ao indivíduo Conhecida como a 5º doença -Incubação: 2 a 3 semanas Marca registrada: Exantema - face esbofeteada - 1) Face esbofeteada 2) Máculas eritematosas no tronco 3) Clareamento central ( "rendilhado") – Síndrome Papular-purpúrica em luvas e meias: Sd auto-limitada, acomete mãos e pés, caracterizada por febre, prurido, edema doloroso e eritema nas extremidades distais, seguido por petéquias nas extremidades e lesões orais. Diagnóstico: -Anti-B19 IgM ou anti-B19 IgG Detecção de DNA viral Tratamento: Suporte Imunocomprometidos com anemia crônica e supressão medular: Imunoglobulina EV [A6] Comentário: Crise aplástica transitória [A7] Comentário: Pode levar insuficiência cardíaca [A8] Comentário: reaparece aos esforços e no calor Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Prevenção: -Crise aplástica: isolamento, principalmente quando houver casos febris -Eritema infeccioso e artropatia: Não precisa de isolamento Profilaxia: Não existe vacina Gestantes, imunodeprimidos e indivíduos com anemia hemolítica susceptível devem evitar contato com pacientes infectados Roséola - Exantema súbito ETIOLOGIA: Herpes: 1. HHV 6 2. HHV 7 Pode apresentar o quadro 2vezes Epidemiologia: - Incidência: 6 -15 meses, quando os anticorpos maternos decrescem, deixando a cça suscepitível – típica de lactentes -Incubação 10 dias Latência após infecção primária: -Adulto excreta o vírus na saliva Fonte de infecção p/ criança - "beijinhos no bebê" - Transmissibilidade: Gotículas de saliva do hospedeiro saudável Quadro Clínico: Fase prodrômica: Temperatura elevada -3 a 5 dias - Febre Alta (desaparece em crise após 72 hs) Irritabilidade Hiperemia laríngea e conjuntival Sintomas Gastrointestinais: Gengivoestomatite herpética Fase Exantemática: Rash: Nas primeiras 24 h após a febre ceder (lesões rosadas no tronco e se espalha) - Lesões maculo papulares róseas Não pruriginosas Exantema morbiliforme Progressão centrífuga (tronco para extremidades) Sem descamação OBS: Convulsões febris em 5-10%, complicações mais comum, pois a convulsão febril é muito comum nessa fase, o próprio sintoma da doença é ser em temperaturas elevadas e como o quadro confere a cça uma baixa da imunidade. A transmissão vertical depende da fase da infecção mater-na, sendo maior no período perinatal. [A9] Comentário: Principalmente [A10] Comentário: Grande relação com convulsão febril Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Diagnóstico: - Clínica - IgG e IgM Cultura do vírus: HHV-6 (sorologia pareada) - PCR Tratamento: Sintomáticos Casos mais graves: Ganciclovir, cidofovir, foscarnet Mononucleose Infecciosa - Doença do Beijo 90% dos casos causados pelo: Epstein-BarrVirus - (Herpesvirus) - pertencente à Família Herpeviridae e também conhecido como herpesvírus humano 4 (HHV-4), um dos oito herpesvírus humanos conhecidos. Transmissão: Secreção oral: saliva/ beijo Eliminado na saliva por > 6 m Incubação longa - 30 a 40 dias – beijou no carnaval e ficou mal na semana santa Epidemiologia Países em desenvolvimento: Casos no início da infância -infecção inaparente Países desenvolvidos: 1/3 casos adolescentes e adultos- Vírus oncogênico: África - neoplasia da infância mais comum -Linfoma de Burkitt endêmico -Carcinoma nasofaríngeo -Doença de Hodgkin Indivíduos imunodeprimidos são aqueles que, uma vez infectados pelo VEB, apresentam maior probabilidade de evoluir com formas graves e complicações da infecção, tais como as síndromes linfoproliferativas, linfoma de células B, linfoma não Hodgkin, doença de Hodgkin, linfoma de cavidade, pneumonia intersticial linfocítica e leucoplasia pilosa oral. Clínica: TRÍADE CLÁSSICA: 1. Fadiga 2. Faringite 3. Linfonodomegalia -Pródromos 1-2 sem: febre e odinofagia Exame físico: Linfadenopatia generalizada (90%) Esplenomegalia (50%) Hepatomegalia(10%) Edema de pálpebras [A11] Comentário: IgG pareada em 6 semanas [A12] Comentário: Faringite às vezes com exsudato – dx diferencial amigdalite por streptococoo Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Exantema ( 3-15%) Odinofagia: Faringite às vezes c/exsudato - dx diferencial com amigdalite bacteriana - resposta do estreptococo a penicilina e de 100%, se não responde não deve ser infecção bacteriana Entre os patógenos cuja infecção pode levar a um quadro clínico que simula a mononucleose causada pelo VEB estão o citomegalovírus e Toxoplasma gondii. Além disso, outras doenças – como infecção por adenovírus, rubéola, hepatite A e mesmo infecção aguda pelo HIV – devem ser descartadas. RASHMACULOPAPULAR 3 a 15 % Desencadeado em: -80 % ( Rash da Ampicilina) Dx com amgdalite bacteriana, deu ATB, apareceu o rash em 24 a 48h, o rash não apareceria se não tivesse dado a Ampicilina, porém como deu ficou mais aparente Diagnóstico Presuntivo: clínica + Hmg \ Sorologia – IgG e IgM o Leucocitose 2/3 deles: linfócitos e desses 20 a 40% atípicos o Trombocitopenia I. Anticorpos heterófilos - Paul-Bunnel a. Positivo > 90%adultos b. < 50%crianças abaixo de 4a II. Ac específicos: IgM para VCA - antígeno capsídeo viral - principalmente em cças < 4anos a. Early – antígeno Complicações: Ruptura esplênica (0,2%) Obstrução VAS – sinais de desconforto respiratório - geralmente decorrente de faringotonsilite grave, que evolui com sintomas de obstrução de vias aéreas. Nesses casos, pode-se fazer uso de corticosteroides, embora essa conduta seja ainda controversa. Ataxia, convulsões Sd. “Alice no país da maravilhas”: metamorfopsia - alteração do tamanho das coisas e das pessoas - Trombocitopenia - Convulsões Meningite Tratamento: Sintomáticos: antitérmicos, analgésicos, nutrição e hidratação adequadas. Visando evitar a ruptura esplênica, recomenda-se a limitação de atividades por 3 semanas após o início dos sintomas. Aciclovir Corticóides (controverso) [A13] Comentário: Diferenciar da alergia a ampicilina – na alergia o rash aparece mas o quadro infeccioso melhora! [A14] Comentário: Hemácias de outras espécies [A15] Comentário: Falsos positivos [A16] Comentário: Melhor exame Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria EXANTEMÁTICAS VIRAIS COM VESÍCULAS Varicella Zoster Vírus (VZV) Agente Etiológico: Herpesvirus, neurotrópico - Vírus Varicela Zóster ( VZV) Fam: Herpesviridae Transmissão: Secreção respiratória ou conteúdo das vesículas Aerossóis Contato com secreção das vesículas Transmissão dois dias antes do exantema até todas as lesões formarem crosta -Extremamente contagioso -Causadora da catapora Clínica: -Incubaçãode 10 a 21 dias -Raramente é subclínica Pródromos: Curtos ou inexistentes Febre baixa e mal-estar Exantema: Polimórfico: máculas eritematosas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas Distribuição centrípeta: Predominantemente em face, pescoço e tronco Acomete mucosa oral e genitália Lesões Pruriginosas -Lesões de pele com características típicas: Lesões: Máculas eritematosas -> vesículas -> crostas -Vários estágios de evolução, costuma acometer mucosa também (marca registrada) -Cicatriz é rara Tratamento: Sintomáticos Analgésicos Antitérmicos Anti-histamínicos, Banhos com permaganato de potássio Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Varicela progressiva: Comum em pacientes: Vísceras + coagulopatia (imunodeprimidos) -Txmortalidade elevada - (PNM pelo vírus) Lesões novas por semanas : HIV Varicela Neonatal Dç grave Risco neonatal → depende Ac maternos via transplacentária 1. Mãe com varicela 5 d antes até 2d pós-parto = VZIG - imunoglobulina especifica para varicela zortes p/ neonato 2. Pre-termos= VZIG 3. Doença perinatal+ Aciclovir IV Patogênese: -Infecção latente nos gânglios sensoriais Reativação - Herpes Zoster Herpes Zoster Infecção latente nos glânglios sensoriais – reativação Rara na infância Imunodeprimidos mais comuns, porem pode aparecer em imucompetentes Lesões vesiculares em dermátomos Tratamento: -Indicação Aciclovir vo - 20 mg/kg/dose: Até 24h > 13 a < 13 a - no MS apenas nas doenças graves, o Uso de corticoide, o Uso de salicilatos - Sd. de Reye - encefalopatia e hepática grave o 2º caso na família - lembrar-se da vacina de bloqueio o Doença cutânea ou pulmonar crônica -Não interfere com a imunidade - Indicação Aciclovir parenteral - 500 mg/ m2/dose 8/8h: Doenças graves e imunocomprometidos Recém- nascido com varicela neonatal por exposição perinatal Complicações: Coçou e ai deu uma infecção bacteriana secundária Encefalite/ ataxia Sd. Reye Pneumonia Prevenção: Pré- exposição: Vacina [A17] Comentário: Não deu tempo da mãe produzir anticorpo para aquele neonato [A18] Comentário: Casos mais graves, logo menores de 13 anos não tenha tanta necessidade de aciclovir [A19] Comentário: A varicela é altamente contagiosa, logo o segundo caso na família terá uma doença mais grave por grande quantidade de viremia Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Profilaxia pós-exposição •Vacina Até 5 dias ( susceptíveis maiores de 1 ano e sem contra-indicações) Situações de controle de surto ( hospitais, creches) •VZIG (até 96 h): -Gestantes, neonatos e imunodeprimidos Doença Mão-pé-boca - Enterovirose Não Pólio Etiologia: CoxsackievírusA16, Enterovírus 71, Echovírus Gênero: Enterovírus Família: Picornaviridae Incubação: 4 a 6 dias Transmissão: Fecal-oral Respiratória Vertical Fômites Clínica: Febre baixa Vesículas em orofaringe Exantema maculopapular Vesículas ou pústulas em mãos, pés e/ou nádegas Lesões orais: úlceras Lesões em mãos e pés: vesículas no dorso Dor abdominal Diagnóstico: Quadro clínico Exames: o Leucopenia o Isolamento viral em swab oral e retal o Sorologia específica Tratamento: Sintomáticos Imunoglobulina intravenosa: pacientes imunodeprimidos, encefalite, miocardite [A20] Comentário: vacina com vírus vivo atenuado Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria DOENÇAS EXANTEMÁTICAS BACTERIANAS Escarlatina Etiologia: bacteriana Agente Etiológico: Streptococcus Pyogenes ( Estreptococo beta-hemolítico grupo A) Incubação: 2 a 5 dias Transmissão: Gotículas de saliva Mais comum entre 5-15 anos Clínica: -12-48h aparece rash -Amigdalite Pródromos: Faringite estreptocócica Exantema: Língua em morango branco Língua em morango vermelho RASH: Vermelho e finamente papular - parecendo uma lixa Axilas, r. inguinal e nuca nas 1º 24h, depois generaliza-se - Inicia no tórax e se estende para o restante do corpo Poupa região palmoplantar Palidez perioral - Sinal de Filatow Linhas de Pastia - Acentuação do exantema em dobras flexoras, não somem à digito-pressão Descamação (1 semana) - Descamação fina no corpo e lamelar nas extremidades Diagnóstico: -Cultura-swab de orofaringe Tratamento: Penicilina V oral Penicilina G benzatina Amoxicilina [A21] Comentário: Produtor de toxina eritogênica – 3 tipos Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Doença de Kawasaki Etiologia? - desconhecida Epidemiologia: Maior incidência em asiáticos < 5 anos (80%) Patogênese: Vasculite (artérias de médio e pequeno calibre) Predileção pelas artérias coronárias Manifestações clínicas: Atentar aos sintomas, pois não temos exames para nos basear 1 a 3 semanas: –Febre alta no mínimo 5 dias + 4 dos sinais: 1. Conjuntivite bilateral não exsudativa 2. Lesões orais - Fissuras em lábios e cavidade oral ( língua em morango) 3. Linfadenopatia cervical 4. Exantema (rash) polimorfo 5. Acometimento de mãos e pés a. Descamação periungueal b. Edema e eritema em mãos e pés Fases clínicas: -Fase aguda febril (1-2 sem) -Fase subaguda (descamação, trombocitose, aneurismas): 3-4 sem -Fase convalescença(VHS) : 6-8 sem Diagnóstico: - Critérios clínicos: Febre por 5 dias (mínimo) + 4 das outras 5 características Complicações Aneurisma aa. coronária: -Ruptura -Trombose -Estenose Laboratório: -Leucócitos -VHS -Plaqueta – a partir da 3\4 semana [A22] Comentário: Tudo alto Araceli Thomaz – Medicina 2019 – Pediatria Ecocardiografia: Deve ser feita: •Ao diagnóstico •2 -3 semanas •6 -8 semanas Tratamento: IVIG (até 10dias de doença) – diminua o risco de aneurisma de coronária AAS - Aspirina (80 -100mg/kg/dia - d 14) e (3-5 mg/kg/dia -6-8 sem) Complicações : -Aneurismas gigantes: trombose, estenose -Má-perfusão do miocárdio -“by-pass [A23] Comentário: Dose alta nas duas primeiras semanas [A24] Comentário: Doses antiagregantesplaquetárias
Compartilhar