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Módulo 1 curso idoso

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Prévia do material em texto

Fonte: https://www.freepik.com/ 
 
 
 
 
Módulo 1 
Legislação para a pessoa idosa no Brasil e no mundo 
 
1. Apresentação 
 
A Constituição Federal de 1988 garante que “o 
envelhecimento é um direito personalíssimo e 
sua proteção um direito social [...]” (BRASIL, 
2004, p. 24). Neste sentido, o curso DAS 
POLÍTICAS ÀS AÇÕES: DIREITOS DA 
PESSOA IDOSA NO BRASIL é uma iniciativa do 
Ministério dos Direitos Humanos e tem como 
estratégia a ampliação do acesso a dados e 
informações relevantes sobre a população idosa. 
 
O curso está organizado em cinco módulos que abrangem desde conceitos iniciais, 
legislações nacionais e internacionais, perfil da população idosa no Brasil, diversidade, 
políticas públicas, tópicos sobre prevenção e promoção à saúde e rede de proteção à 
pessoa idosa. 
 
Tem como objetivo difundir dados e informações relevantes sobre o envelhecimento da 
população brasileira, oportunizar aos alunos conteúdos sobre as diferentes influências e 
condicionantes para o envelhecimento ativo e saudável e problematizar as políticas e as 
ações voltadas às necessidades da população idosa brasileira. Para tanto, seus temas são 
direcionados a profissionais, estudantes e demais interessados na temática. 
 
Para compreender o fenômeno do envelhecimento é necessário olhar além dos aspectos 
biológicos, é preciso perceber o conjunto de influências culturais e sociais que tornam esta 
etapa do ciclo vital tão diversa e ao mesmo tempo tão importante para a história de um país. 
Envelhecer não é sinônimo de perdas ou de adoecimento, mas um processo que reflete 
trajetórias de lutas e conquistas em todas as dimensões da vida. 
 
Este é um curso online e o ambiente virtual é uma estratégia para que um número cada vez 
maior tenha acesso a conteúdos de qualidade e que informem, de forma objetiva, com 
linguagem acessível, dados atuais e resultados de pesquisas de ponta. Espera-se que ao 
final do percurso pedagógico, o aluno tenha compreendido as principais características do 
processo de envelhecimento, tenha noções sobre cuidado, diversidade, rede de apoio e 
conheça a organização política e social do país no que se refere à promoção do 
envelhecimento ativo e saudável. 
 
 
2. Justificativa e objetivos 
 
Olá, tudo bem? Neste módulo vamos conhecer as legislações 
nacionais e internacionais que abordam os direitos das pessoas 
idosas. O conteúdo do módulo abrange uma retomada histórica 
sobre os marcos importantes para a população idosa, os 
aspectos centrais do Estatuto do Idoso e a Convenção 
Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos 
Idosos. Ao longo do estudo você também conhecerá o papel da 
Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da 
Pessoa Idosa (SNDPI) e do Conselho Nacional dos Direitos da 
Pessoa Idosa (CNDI). 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/22226 
 
 
 
Ao final desse módulo você deverá ter alcançado os seguintes objetivos: 
 Estudar as legislações e documentos nacionais e internacionais que promovem os 
direitos das pessoas idosas; 
 Compreender a esfera de atuação da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa 
dos Direitos das Pessoas Idosas e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa 
Idosa. 
 
Bons estudos! 
 
 
3. Legislação nacional e internacional aplicada à pessoa idosa 
 
A trajetória de conquistas da população idosa tem importantes marcos legais, nacionais e 
internacionais, e dentre eles, destacamos para seu estudo, as Assembleias Mundiais, 
acontecimentos relevantes que lhe ajudarão a compreender as lutas e as reinvindicações 
da população idosa. 
 
 
ASSEMBLEIAS MUNDIAIS SOBRE O ENVELHECIMENTO 
 
A Primeira Assembleia Mundial 
sobre o envelhecimento aconteceu 
em Viena, capital da Áustria, no 
ano de 1982, e teve como principal 
objetivo oferecer, por meio de um 
plano de ação, diretrizes a todos os 
povos do planeta sobre os pontos 
fundamentais a serem observados 
na elaboração de políticas sociais 
que atendessem a população em 
seu processo de envelhecimento. 
 
Essa orientação de pensamentos e 
ações pode ser constatada no 
Brasil com os primeiros 
movimentos, em 1983, para a 
discussão e elaboração da Política 
Nacional da Pessoa Idosa, que se 
consolidou em meados da década 
de 1990. 
 
Passados 20 (vinte) anos, no ano de 2002, foi realizada a Segunda Assembleia Mundial 
sobre o Envelhecimento na cidade de Madri, capital da Espanha, e teve como principal 
objetivo elaborar um Plano de Ação revisado e que refletisse as realidades atuais e 
também pensasse nos problemas futuros. Essas discussões internacionais tiveram 
importante impacto nas decisões nacionais, fortalecendo o compromisso do Estado 
Brasileiro na defesa dos direitos das pessoas idosas. 
 
 
 
 
 
 
 
Para ler na íntegra o texto da 1ª. Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento, 
realizada em Viena (1982), acesse: 
https://www.unric.org/html/portuguese/ecosoc/ageing/idosos-final.pdf 
 
Fonte: elaboração pela autora – Michelle Clos (2018). 
 
Conheça aqui uma linha do tempo com os Marcos Legais relacionados à população idosa: 
 
 
 
 
Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/35917 
 
 
 
 
O Estatuto do Idoso é uma Lei Federal, de nº. 10.741, de 1º de outubro de 2003, 
que regulamenta os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou 
superior a 60 (sessenta) anos que vivem no Brasil. Tal legislação tem por 
objetivo assegurar os direitos individuais e coletivos dessa população. 
 
4. Estatuto do Idoso 
 
 
O Estatuto do Idoso tem 118 (cento e dezoito) artigos nos quais são tratados os direitos 
fundamentais, as garantias prioritárias e a definição de crimes contra as pessoas idosas. 
Dentre os direitos fundamentais, estão os aspectos relativos ao transporte, à liberdade, à 
respeitabilidade e à vida. O documento especifica as funções das entidades de atendimento 
à população idosa, discorre sobre o direito à educação, cultura, esporte e lazer, à saúde por 
meio do Sistema Único de Saúde (SUS), dentre outros aspectos centrais para a vida digna 
das pessoas idosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conheça o material produzido pela Prefeitura de São Paulo sobre “Políticas 
Públicas para a Pessoa Idosa: marcos legais e regulatórios”. Acesse: 
http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/bibliote
ca/publicacoes/volume2_Politicas_publicas.pdf 
 
 
 
Você sabe quais são os direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso? 
 
 
 
Vida 
De acordo com o artigo 8 (oito), o envelhecimento como direito personalíssimo é essencial 
para resguardar a dignidade das pessoas idosas e garantir igualdade. 
 
Saúde 
Os artigos 15 (quinze) a 19 (dezenove) enfatizam o atendimento da pessoa idosa por 
profissionais da saúde especialistas em geriatria e gerontologia, atendimento prioritário para 
aqueles acima de 80 (oitenta) anos sobre as pessoas idosas acima de 60 (sessenta) anos, 
(exceto em caso de emergência), e direito a um acompanhante em caso de internação 
hospitalar. 
 
Alimentação 
De acordo com o artigo 12 (doze), a obrigação alimentar é solidária, podendo a pessoa idosa 
optar entre os prestadores. 
 
Educação, cultura, esporte e lazer 
Do artigo 20 (vinte) ao 25 (vinte e cinco) há uma abrangência quanto às questões relativas à 
presença de conteúdos sobre o envelhecimento nos currículos escolares para diminuição do 
preconceito e valorização das pessoas idosas. Também falam do acesso à educação por 
esta população, com currículos e metodologias adequados e incentivo à inclusão digital. 
Além disso, é previsto desconto de pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos 
para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer. Neste conjunto de artigos, as 
instituições de educação superior são estimuladasà oferta de cursos e programas de 
extensão em atividades formais e não formais, além do apoio do poder público na criação 
das universidades abertas para as pessoas idosas. 
 
Trabalho 
Os artigos de 26 (vinte e seis) a 28 (vinte e oito) valorizam a pessoa idosa na inserção e 
disputa de vagas de trabalho, indicando como critério de desempate em concurso público a 
idade mais elevada. Por outro lado, também prevê a saída dos trabalhadores do mercado de 
trabalho e incentiva os programas de preparação para aposentadoria com antecedência 
mínima de 1 (um) ano da saída do trabalhador. 
 
Assistência Social 
De acordo com a Constituição Federal (BRASIL, 1988), nos termos da Lei nº. 8.742, de 7 de 
dezembro de 1993, e do decreto nº. 6.214, de 26 de setembro de 2007, é assegurado às 
pessoas idosas, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuem meios para prover 
sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, o benefício mensal de 1 (um) salário-
mínimo. 
 
Transporte 
Dos artigos 39 (trinta e nove) ao 42 (quarenta e dois) o Estatuto do Idoso aborda os direitos 
relativos ao transporte, nos quais assegura aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos a 
gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, com exceção dos 
serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. É 
também nesse capítulo que há a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para 
pessoas idosas com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos, desconto de 50% 
(cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para as pessoas idosas que 
excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público 
assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, 
à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. 
Essa é uma ordem hierárquica e assim deve ser respeitada! 
A inovação do Estatuto do Idoso está na promoção dos princípios da proteção 
integral e da prioridade absoluta às pessoas com mais de 60 (sessenta) anos, além 
de regular os direitos específicos para essa população. 
Entenda o que mudou com a aprovação do Estatuto do Idoso 
Antes do Estatuto do Idoso existia a Política do Idoso, que indicava diretrizes de atendimento 
às pessoas idosas, mas não tinha força de lei e algumas práticas comuns não eram 
consideradas crimes, como por exemplo, manter a posse do cartão de benefício da pessoa 
idosa sem procuração ou curatela. 
Assista ao vídeo Direitos da Pessoa Idosa e tenha um panorama sobre os direitos 
assegurados pelo Estatuto do Idoso. 
As medidas de proteção são abordadas nos artigos 44 (quarenta e quatro) e 45 (quarenta e 
cinco), podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente, mas levam em conta os fins 
sociais e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Essas medidas 
compreendem encaminhamento à família ou curador, orientação, apoio e acompanhamento 
temporários, requisição de tratamento de saúde, inclusão em programa oficial ou comunitário 
de auxílio, abrigo em entidade ou abrigo temporário. 
Com a aprovação do Estatuto do Idoso, situações de negligência, discriminação, violência de 
diferentes tipos, inclusive a financeira, e atos de crueldade e opressão contra a pessoa idosa 
passaram a ser criminalizados e hoje tem punição prevista em lei. Confira os artigos e as 
penas previstas pelo Estatuto do Idoso: 
Artigo Pena Agravo 
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou 
dificultando seu acesso a operações bancárias, 
aos meios de transporte, ao direito de contratar 
ou por qualquer outro meio ou instrumento 
necessário ao exercício da cidadania, por motivo 
de idade: 
§ 1º Na mesma pena incorre quem desdenhar,
humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa
idosa, por qualquer motivo.
Pena – reclusão 
de 6 (seis) meses 
a 1 (um) ano e 
multa. 
§ 2º A pena será aumentada
de 1/3 (um terço) se a vítima
se encontrar sob os cuidados
ou responsabilidade do 
agente. 
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas 
de saúde, entidades de longa permanência, ou 
congêneres, ou não prover suas necessidades 
básicas, quando obrigado por lei ou mandado. 
detenção de 6 
(seis) meses a 3 
(três) anos e 
multa. 
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, 
física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a 
condições desumanas ou degradantes ou 
privando-o de alimentos e cuidados 
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou 
sujeitando-o a trabalho excessivo ou 
inadequado. 
detenção de 2 
(dois) meses a 1 
(um) ano e multa. 
§ 1º Se do fato resulta lesão
corporal de natureza grave:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 
(quatro) anos. 
§ 2º Se resulta a morte:
Pena – reclusão de 4 (quatro) 
a 12 (doze) anos. 
Art. 100. Constitui crime: 
I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo 
público por motivo de idade; 
II – negar a alguém, por motivo de idade, 
emprego ou trabalho; 
III – recusar, retardar ou dificultar atendimento 
ou deixar de prestar assistência à saúde, sem 
justa causa, a pessoa idosa; 
IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem 
justo motivo, a execução de ordem judicial 
expedida na ação civil a que alude esta Lei; 
V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos 
indispensáveis à propositura da ação civil objeto 
desta Lei, quando requisitados pelo Ministério 
Público. 
reclusão de 6 
(seis) meses a 1 
(um) ano e multa. 
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, 
sem justo motivo, a execução de ordem judicial 
expedida nas ações em que for parte ou 
interveniente o idoso: 
detenção de 6 
(seis) meses a 1 
(um) ano e multa. 
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, 
proventos, pensão ou qualquer outro rendimento 
do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de 
sua finalidade. 
reclusão de 1 (um) 
a 4 (quatro) anos 
e multa. 
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência 
do idoso, como abrigado, por recusa deste em 
outorgar procuração à entidade de atendimento: 
detenção de 6 
(seis) meses a 1 
(um) ano e multa. 
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta 
bancária relativa a benefícios, proventos ou 
pensão do idoso, bem como qualquer outro 
documento com objetivo de assegurar 
recebimento ou ressarcimento de dívida: 
detenção de 6 
(seis) meses a 2 
(dois) anos e 
multa. 
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de 
comunicação, informações ou imagens 
depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso: 
detenção de 1 
(um) a 3 (três) 
anos e multa. 
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem 
discernimento de seus atos a outorgar 
procuração para fins de administração de bens 
ou deles dispor livremente: 
reclusão de 2 
(dois) a 4 (quatro) 
anos. 
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a 
doar, contratar, testar ou outorgar procuração: 
reclusão de 2 
(dois) a 5 (cinco) 
anos. 
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa 
idosa sem discernimento de seus atos, sem a 
devida representação legal: 
reclusão de 2 
(dois) a 4 (quatro) 
anos. 
O que melhorou depois do Estatuto do Idoso? 
A população idosa, que cresce a cada ano, passou a ter mais visibilidade. A ampla 
divulgação do Estatuto do Idoso contribuiu para disseminar uma cultura de direitos das 
pessoas idosas, além de qualificar a assistência social e a percepção de outras gerações 
sobre o envelhecimento. Em 2017 as pessoas idosas acima de 80 (oitenta) anos passam a 
ter prioridade especial. 
Conheça o Plano de Ação para enfrentamento da violência contra pessoa idosa: 
http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_manual/11.pdfFonte: elaboração pela autora, 2018. 
 
Prioridade absoluta das pessoas idosas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Desenvolvido por Michelle Clos (2018), com base em OEA (2015). 
 
5. Convenção interamericana sobre a proteção dos direitos humanos 
dos idosos 
 
O texto da Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos é 
resultante do esforço conjunto dos Estados que compõem a Organização dos Estados 
Americanos (OEA) e tem por objetivo instituir um instrumento regional juridicamente 
vinculante que proteja os direitos humanos das pessoas idosas, promova o envelhecimento 
ativo e saudável, mas que não limite os direitos já conquistados pela população idosa no 
âmbito das suas nações. 
 
Vamos conhecer o que esse texto tem de tão importante? 
 
Ele é composto por 41 (quarenta e um) artigos, organizados em 7 (sete) capítulos, além de 
notas de rodapé a respeito do conteúdo e de limites quanto aos compromissos assumidos 
pelos Estados Partes. No Capítulo I (um) são apresentados os objetivos, o âmbito de 
aplicação e as definições dos termos utilizados ao longo de todo o texto por meio de um 
glossário. No capítulo II (dois) são descritos os princípios gerais que norteiam o documento, 
representados por meio de 15 (quinze) direitos e prerrogativas reconhecidos em favor da 
pessoa idosa. 
 
 
 
 
 
O capítulo III (três) indica os deveres gerais dos Estados Partes, e o que eles se 
comprometem a defender no que diz respeito aos direitos humanos e às liberdades 
fundamentais das pessoas idosas. Nesse capítulo são destacadas as medidas voltadas para 
prevenção, punição e erradicação de práticas que se constituem em maus-tratos, abandono 
e isolamento ou que atentem contra a segurança e integridade da pessoa idosa. 
 
O Capítulo IV (quatro) apresenta os principais direitos das pessoas idosas a serem 
protegidos, mas cuja responsabilidade quanto à garantia e observância é atribuída aos 
Estados Partes. No Capítulo V (cinco), a Convenção determina a norma pela qual os Estados 
Partes se comprometem a divulgar e capacitar continuamente a sociedade sobre os termos 
do documento. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Desenvolvido por Michelle Clos (2018), com base em OEA (2015). 
 
Por fim, o capítulo VI (seis) estabelece um mecanismo de acompanhamento, constituído por 
uma Conferência de Estados Partes, por um Comitê de Peritos e um Sistema de Petições 
Individuais, que prevê a possibilidade de apresentação de petições que contenham 
denúncias ou queixas à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Papel da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da 
Pessoa Idosa – SNDPI e do Conselho Nacional dos Direitos da 
Pessoa Idosa – CNDI 
 
 
As políticas de proteção das pessoas idosas estão vinculadas ao Ministério dos Direitos 
Humanos, e esse é o responsável pela articulação interministerial e intersetorial das Políticas 
de Promoção e Proteção aos Direitos Humanos no Brasil. 
 
O Ministério dos Direitos Humanos (MDH) é composto por 6 (seis) secretarias (Secretaria 
Nacional de Cidadania; Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; 
Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; Secretaria Nacional de Política 
para as Mulheres; Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência), dentre elas a 
Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), criada por 
meio do decreto nº. 9.122, de 9 de agosto de 2017, tem por finalidade assegurar diretos 
sociais da pessoa idosa e criar condições de promover sua autonomia, integração e 
participação efetiva na sociedade. É tarefa dessa Secretaria o desenvolvimento de ações e a 
realização de diretrizes que promovam em todo o território nacional a valorização e a 
promoção da participação social da população idosa. 
 
 
 
 
 
 
 
7. Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI) 
 
De acordo com o site do MDH, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI): 
 
 
 ...é um órgão superior de natureza e deliberação colegiada, permanente, 
paritário e deliberativo, integrante da estrutura regimental do Ministério dos 
Direitos Humanos. Cabe a ele elaborar as diretrizes para a formulação e 
implementação da Política Nacional da Pessoa Idosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conheça as competências do Ministério dos Direitos Humanos pelo link: 
http://www.mdh.gov.br/acesso-a-informacao/CompetnciasdoMDH.pdf 
 
 
Saiba mais sobre a estrutura de funcionamento da Secretaria Nacional de Promoção 
e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa por meio do site: 
http://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/organograma/OrganogramaSNDPI.pdf 
 
Fonte: Desenvolvido por Michelle Clos (2018) com base em MDH (2018). 
 
 
 
O CNDI foi criado por meio do decreto nº. 4.227, de 13 de maio de 2002, e alterado 2 
(duas vezes), pelos decretos nº. 5.109, de 17 de junho de 2004 e nº. 9.494, de 6 de 
setembro de 2018. 
 
Desde então o CNDI vem discutindo e construindo avanços importantes na Política de 
Promoção dos Direitos das Pessoas Idosas por todo país. Por ser um órgão de controle 
social, é seu papel fiscalizar e indicar quais são as prioridades demandadas pela 
população idosa, e seu fórum de discussão é composto por representantes da sociedade 
civil e de órgãos públicos. 
 
Ao longo da sua trajetória o CNDI realizou 4 (quatro) Conferências Nacionais dos Direitos 
da Pessoa Idosa, nas quais foram aprovadas um conjunto de deliberações, divididas em 
eixos temáticos, que visaram garantir e ampliar os Direitos da Pessoa Idosa e construir a 
Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (RENADI). 
 
 
 
 
 
Além do CNDI, existem os Conselhos Estaduais, Municipais e no Distrito Federal que 
atuam na defesa e promoção dos direitos das pessoas idosas. 
 
 
 
 
 
 
 
Para saber mais sobre as Conferências Nacionais dos Direitos das Pessoas 
Idosas, acesse: 
http://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/participacao-social/conselho-
nacional-dos-direitos-da-pessoa-idosa-cndi/conferencias/conferencia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Guarde na memória! 
 
 Neste módulo você aprendeu um pouco sobre a primeira e segunda Assembleia 
Mundial Sobre o Envelhecimento, e a sua importância para a definição das diretrizes 
que regem as politicas sociais destinadas à população em processo de 
envelhecimento. 
 Além disso, você conheceu ainda o Estatuto do Idoso, um conjunto de 118 artigos 
que tratam sobre os direitos fundamentais, garantias e crimes contra a pessoa idosa. 
 Por fim, ainda nesse módulo, você foi apresentado a Secretaria Nacional de 
Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e ao Conselho Nacional dos 
Direitos das Pessoas Idosas, dois elementos essenciais na promoção e defesa dos 
direitos das pessoas idosas no Brasil. 
 
 
 
Você se sabe o que faz um Conselho? 
É um espaço de participação social e de deliberação sobre orçamentos, metas e 
políticas de interesse das pessoas idosas. 
Conheça como funcionam os Conselhos Municipais a partir da explicação da 
coordenadora do Conselho Municipal do Idoso de Florianópolis, Leny Baessa 
Nunes (2015). 
 
 
Ficou curioso sobre como um município organiza um Conselho Municipal ou um 
Fundo Municipal para Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas? Acesse a cartilha 
“Quer um conselho” e tire suas dúvidas! 
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/pessoa-idosa/cartilha-quer-um-conselho-guia-
pratico-para-a-criacao-de-conselhos-e-fundos-estaduais-e-municipais-de-defesa-
dos-direitos-da-pessoa-idosa/view 
 
Encerramos este primeiro módulo. A seguir, você deverá realizar uma 
avaliação de aprendizagem!9. Referências Bibliográficas 
 
AGÊNCIA BRASIL. Em 15 anos, Estatuto do Idoso deu visibilidade ao envelhecimento. 
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-09/em-15-anos-
estatuto-do-idoso-deu-visibilidade-ao-envelhecimento. Acesso em: 07 nov. 2018. 
 
BRASIL, Comissão de defesa dos direitos da pessoa idosa, projeto de decreto legislativo nº. 
863, de 2017 – Aprova o texto da Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos 
Humanos dos Idosos, concluída no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA), 
celebrada em Washington, em 15 de junho de 2015. Disponível em: 
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1680250&filename
=PRL+3+CIDOSO+%3D%3E+PDC+863/2017. Acesso em: 07 nov. 2018. 
 
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