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Trabalho gesso (1)

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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo abordar o tema sobre o gesso e suas aplicações. Inicialmente faz-se um breve comentário sobre a história do gesso, como surgiu, onde é encontrado e quais as suas utilidades.
Para melhor entendimento do assunto sobre sua utilidade e importância no âmbito odontológico, a fundamentação teórica se deu a partir de pesquisa bibliográfica e na internet.
O trabalho divide-se basicamente em duas partes principais, uma que tratará da utilização do gesso conforme sua classificação e a outra sobre a manipulação e processo de espatulação até se obter o produto desejado de acordo com a sua aplicação.
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2.1 História do gesso 
O gesso é conhecido há muito tempo, e é considerado um dos materiais de construção mais antigo utilizado pelo homem. É encontrado em grande quantidade na natureza, na forma de pedra gipso ou gipsita.
Recentes descobertas arqueológicas divulgaram que a utilização do gesso vem desde o 8º milênio a.C. (ruínas na Síria e Turquia). Foi utilizado também na grande pirâmide erguida por Queóps, rei do Egito, da 4ªdisnatia, no ano de 2.800 antes da nossa era.
Na África, foi utilizado na construção de barragens e canais, garantindo assim, por muitos séculos, a irrigação dos palmeirais de Mozabe.
No século XVIII o uso do gesso popularizou-se na Europa a partir de sua aplicação como corretivo de solos. Nessa época a fabricação do gesso era empírica e rudimentar, mas foi em 1768 que a Academia de Ciências Francesa conhece o 1º estudo científico sobre os fenômenos que estão na origem da preparação do gesso, através do químico francês, Antoine Lavoisier.
Posteriormente, os trabalhos de diferentes autores e principalmente os de Van t’Hoff e nomeadamente os de Le Chatelier vão permitir a discussão científica sobre a desidratação da gipsita.
3. Maior produtor de Gesso
No Brasil é amplamente extraído, no estado do Maranhão, considerado um dos maiores produtores de gesso e derivados do mundo. O pólo gesseiro do Araripe Pernambucano tem uma reserva estimada de 22 bilhões de toneladas de gipsita, uma das reservas mais expressivas do mundo e a maior já medida no Brasil. São consideradas também as jazidas de minério de melhor qualidade no mundo e apresentam excelentes condições de mineração (LUZ e LINS et al., 2005).
Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM/PE o pólo industrial pernambucano é responsável por mais de 85% de toda produção da gipsita brasileira (Sumário Mineral/2006).
3.1 Utilização
Além das utilizações na construção civil, o gesso é muito usado na odontologia. Mas para tal aplicação é necessário que a gipsita passe por um processo de calcinação, que consiste na desidratação parcial da gipsita mineral cristalina, ou seja, o produto perde água formando assim o sulfato de cálcio hemi - hidratado [CaSo4 ] H2O. Depois desse processo, o material é moído formando o característico pó branco que é comercializado para as suas inúmeras utilidades.
Os gessos são utilizados para confecção dos modelos após a realização das moldagens. São classificados por tipos, conforme sua precisão, para as diversas modalidades de trabalhos protéticos.
3.2 Tipos de Gesso e Indicações
Tipo I- Paris (acrescido de partículas modificadoras): Gesso para moldagem, em desuso, sendo substituído por hidrocolóides e elastômeros.
Tipo II-Comum ou Paris (baixa resistência): inclusão de próteses removíveis, módulos de estudo.
Tipo III- Gesso Pedra: modelos de estudo, antagonistas modelos para confecção de próteses totais e aparelhos ortodônticos e montagem de modelos.
Tipo IV – Gesso Pedra melhorado (alta resistência): confecção de troqueis, modelos de trabalho para próteses fixas e removíveis.
Tipo V – Gesso Pedra melhorado (alta resistência e expansão): confecção de troqueis e modelos de trabalho quando for necessário o uso de ligas metálicas de maior contração de solidificação.
Os tipos utilizados na odontologia são quimicamente iguais, mas se distinguem em sua forma física, variando a dureza, dependendo do método utilizado para a sua produção. 
3.3 Manipulação
Devido às diferenças de volume em bloco dos pós dos gessos Paris, pedra e densita, eles necessitam de quantidades diferentes de água para mistura, com a finalidade de umedecer as partículas do pó e produzir uma mistura com consistência trabalhável. Assim, exigindo extremo cuidado e precisão nas proporções água/pó, pois a água em excesso é absorvida pelas porosidades das partículas do gesso, e as grandes quantidades de ar incorporadas no processo de mistura implica na porosidade do produto endurecido.
A relação água/pó varia de acordo com o tipo de produto e se dá da seguinte forma: 
Gesso Paris- para 100 g (pó) – 50 ml (H2O)
Gesso Pedra- para 100 g(pó) – 30 ml (H2O)
Gesso Densita (melhorado)- para 100 g(pó) – 22 a 25 ml(H2O)
A relação água/pó é muito importante para preservar as propriedades físicas e químicas do gesso endurecido. Quanto maior a relação água/pó, mais prolongado será o tempo de presa e menos resistente será o produto final. Por ordem de resistência crescente aparecem assim: 
Gesso Paris- Frágil
Gesso Pedra- bem resistente
Gesso Densita (melhorado)- maior resistência
Realizada a mistura com a relação água/pó corretamente, poderá ser realizada a espatulação, seja de maneira manual ou mecânica.
Para a espatulação manual, o ideal é que se faça uso de um gral (cuba) de plástico ou borracha limpa, sem arranhões em sua superfície, e com o diâmetro de aproximadamente 130 mm. A espátula para manipulação deve ser rígida, com lâmina de cerca de 20-25 mm de largura por 100 mm de comprimento e ponta arredondada. Em um gral úmido é colocada a quantidade de água necessária primeiramente e sobre essa água é despejado lentamente o pó. Depois que o pó estiver encharcado, processo que dura cerca de 20 segundos, inicia-se a mistura, que deverá ser vigorosamente espatulada, em movimentos circulares e sendo esmagada contra as paredes da cuba, por 60 segundos. A manipulação deve continuar até se obter uma mistura macia e homogênea. Após isso, o gral deverá ser cuidadosamente limpo, para o próximo uso. 
Cuba, espátula, medidas para água e pó/ Processo de espatulação.
Água sobre o pó
Movimentos circulares contra as paredes da cuba/ Espatulação Mecânica.
Uma espatulação mecânica leva aproximadamente 30 segundos para completar o processo. Nesse processo as propriedades físicas do gesso são melhoradas, aumentando a dureza superficial produzindo um modelo mais coeso.
Espatulador de Gesso a Vácuo/ Presa do gesso.
O processo de presa acontece imediatamente após o pó entrar em contato com a água e vai até o término de sua reação. O primeiro estágio do processo consiste na saturação da água pelo hemidrato, que apresenta uma solubilidade de cerca de 0,8% à temperatura ambiente. O hemidrato dissolvido é então rapidamente convertido a diidrato, que tem solubilidade muito inferior de 0,2%. Essa reação resulta no crescimento de grumos de cristais, que começam a interagir entre si, e a mistura torna-se plástica, perde o aspecto superficial brilhante. Após a presa inicial, começa o desprendimento de calor.
A reação final se dá com o crescimento cristalino posterior convertendo a massa em sólido rígido, fraco inicialmente, mas que ganha resistência à medida que aumenta a quantidade de fase sólida, ocorrendo, então o máximo de liberação de calor. O tempo total de presa se processa de 40 a 60 minutos.
Os fatores que influenciam na presa do gesso são: temperatura da água, relação água/pó e tempo e velocidade de espatulação. Portanto, quanto maior a tempertura da água menor o tempo de presa (até 50ºC). Se a temperatura for maior que 50ºC, o tempo de presa aumentará. Quanto maior a quantidade de água, maior o tempo de presa e vice-versa. Quanto maior o tempo e a velocidade de espatulação, menor o tempo de presa e vice-versa, lembrando que espatulações mais prolongadas reduzem drasticamente o tempo detrabalho, prejudicando o vazamento do modelo.
Em síntese, quanto maior a quantidade de água, menor a resistência do gesso. Uma vibração bem executada, diminui o aparecimento de bolhas de ar e aumenta a resistência do gesso. Ao adicionarmos água ou gesso durante a espatulação, alterando assim a mistura, estaremos contribuindo para a diminuição da resistência do gesso. 
4. Conclusão
Neste trabalho abordamos o uso do gesso na odontologia, vimos os tipos existentes e sua indicação para cada um deles. De acordo com as pesquisas realizadas notou-se que o gesso é um material que exige bastante exatidão na sua manipulação, especialmente na proporção água/pó que determina o bom resultado do produto, caso contrário obtém-se um material de difícil manuseio o que implica, na maioria das vezes, no descarte do produto.
5. Referências Bibliográficas
MACABE, JOHN F.; WALLS, ANGUS W.G. Materiais Dentários Diretos: Princípios básicos à aplicação clínica.8ª edição. Editora Santos. São Paulo.2006
Disponível em: http://www.dgo.cbmerj.rj.gov.br/documentos/PEC-ASB%20-%20Materiais%20%20de%20Moldagem%20-%20Aula%201.pdf. Acessado em 01/11/15.
Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABO4oAJ/aula-gesso-gesso-suas-utilidades. Acessado em 01/11/15.
Disponível em: http://www.masiequipamentos.com.br/ecommerce_site/index.php? pg=lista_produtos&idcat=5356%7C5737&cdg=4424 acessado em: 06/11/15
Disponível em: http://www.dentsply.com.br/isogesac/imgcatalogo/clinical_I_moldagemdent%C3%.pdf. Acessado em 07/11/15.
Disponível em:http://www.fo.ufu.br/sites/fo.ufu.br/files/Anexos/Documentos/Anexos_RoteiroOclusaoCap11.pdf. Acessado em 07/11/15

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