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Questão 1/5 - Política Externa Brasileira Leia o trecho a seguir: "Rio Branco, porém, via o Brasil em posição de destaque na América do Sul, não de modo impositivo, mas, sim, decorrente de sua própria dimensão territorial, condição econômica e situação demográfica. Antes, porém, o país devia superar aquele isolamento e outras questões limitadoras de sua ação internacional, a saber: a definição de suas fronteiras; a restituição do valor primitivo de sua ação internacional e a reconquista da credibilidade e do prestígio do país, abalados por dez anos de conflitos internos, de desmoronamento financeiro e de flutuação dos rumos seguidos. Para tanto, consolidou o redirecionamento da política externa brasileira da área de influência da Grã- Bretanha para a dos Estados Unidos e aproveitou-se das contradições entre essas duas potências, que disputavam a preponderância comercial e a hegemonia política na América do Sul". Fonte: DORATIOOTO, Fernando Francisco Monteolivo. A política platina do Barão do Rio Branco. Rev. Bras. Polít. Int. 43 (2): 130-149. 2000. Página da citação: 130. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v43n2/v43n2a06.pdf>. Tendo como base a contextualização acima, e os conteúdos da disciplina, examine as assertivas abaixo sobre as razões que levaram o Brasil a formar uma aliança com os EUA, e assinale a alternativa que faz uma análise correta. I - A amizade convinha para os EUA pelo potencial do mercado brasileiro II - A oligarquia dominante do Brasil, a burguesia do café, tinha nos EUA o seu grande mercado consumidor III - A aproximação convinha aos EUA, que temia a influência da Revolução Comunista de Cuba na América Latina IV - A posição estratégica do Brasil, principalmente porque a Argentina mantinha vínculos estreitos com a Inglaterra. Nota: 20.0 A Apenas as assertivas I e III estão corretas B Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas Você acertou! As razões são basicamente as seguintes: (i) a amizade convinha para os EUA pelo potencial do mercado brasileiro; (ii) a oligarquia dominante do Brasil, a burguesia do café, tinha nos EUA o seu grande mercado consumidor; (iii) A posição estratégica do Brasil, principalmente porque a Argentina mantinha vínculos estreitos com a Inglaterra. Fonte: SILVA, A. L. R.; RIDEGER, B. F. Política Externa Brasileira: uma introdução. Curitiba: Intersaberes, 2016, p. 56, CAPÍTULO 2, adaptado. C Apenas as assertivas II e III estão corretas D Apenas as assertivas III e IV estão corretas E Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas Questão 2/5 - Economia Política Leia o trecho a seguir: "O utilitarismo teórico (ou, se se preferir, a axiomática do interesse), o que tenta explicar a ação humana pelos cálculos egoístas dos indivíduos ou dos grupos, está já bem presente no pensamento antigo, onde, contudo, não é ainda verdadeiramente dissociado das preocupações normativas e da interrogação do bem. De igual modo, nas teorias jusnaturalistas ele continua subordinado à procura das normas da justiça. É só com o nascimento das ciências sociais e, mais precisamente, com o nascimento da Economia Política – digamos em 1776 – que ele se emancipa do discurso filosófico e da preocupação moral, para se apresentar sob aspectos puramente científicos, se por ciência entendermos a procura de propostas cognitivas que sejam totalmente independentes das propostas normativas". Fonte: CAILLÉ, Alain. O princípio de razão, o utilitarismo e o antiutilitarismo. Soc. estado. vol. 16 no. 1-2 Brasília June/Dec. 2001. p. 35. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922001000100003>. Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina, analise as afirmações abaixo sobre o utilitarismo econômico e depois assinale a alternativa que indique apenas as corretas: I. O utilitarismo, de forma geral, entende que toda a motivação humana, em qualquer tempo e lugar, pode ser reduzida ao único princípio de que sempre se busca maximizar o prazer e minimizar a dor. II. Para as análises econômicas neoclássicas, o utilitarismo conduz ao entendimento de que se deveria sempre partir da concepção de que o indivíduo constitui-se em agente racional e maximizador de prazeres e utilidade. III. A fundamentação utilitarista na economia proporcionou a sofisticação das teorias do valor- trabalho ao agregar a explicação sobre a formação do valor de troca e do preço das mercadorias a partir da noção de utilidade. IV. Assim, o cálculo do máximo prazer, para a teoria econômica, converte-se em um cálculo do máximo lucro, pensado como um comportamento pouco racional, uma vez que envolve a busca irrefreada pela obtenção do lucro absoluto. Nota: 0.0 A Apenas as afirmações I, II e III estão corretas B Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas C Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas D Apenas as afirmações I e II estão corretas Apenas as afirmações I e II estão corretas. De acordo com o material da aula 2 a afirmação I está correta porque O utilitarismo foi uma corrente filosófica do século XVIII que exerceu influência determinante sobre o desenvolvimento da teoria econômica dos séculos XIX e XX, de matriz neoclássica. Tendo Jeremy Bentham (1748-1832) como seu principal expoente, o utilitarismo parte da máxima de que toda a motivação humana, em qualquer tempo e lugar, pode ser reduzida a um único princípio: maximizar o prazer e minimizar a dor. A afirmação II está correta porque Essa máxima, derivada de uma filosofia do indivíduo, tornou-se o paradigma econômico dominante, representado pela escola neoclássica. Sob essa ótica, toda e qualquer análise econômica deveria partir do princípio do indivíduo como agente racional maximizador de prazeres e utilidade. A afirmação III está incorreta porque, tendo o utilitarismo como fundamentação filosófica da ação individual, essa corrente rejeitou as teorias do valor-trabalho como explicação da formação do valor de troca e do preço das mercadorias, colocando em seu lugar a teoria do valor utilidade. A afirmação IV está incorreta porque, no campo da teoria econômica, o cálculo do máximo prazer torna-se o cálculo do máximo lucro, e esse cálculo é sempre o comportamento esperado e justificado como racional. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 2. Economia Política. Material para a impressão, p. 5. E Apenas as afirmações I e III estão corretas Questão 3/5 - Política Externa Brasileira Leia o trecho a seguir: "De 1902 a 1912 a política externa brasileira esteve sob o comando de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. Ele possuía sólidos conhecimentos sobre os países platinos, em virtude de seus estudos e por ter presenciado a ação platina de seu pai, o Visconde do Rio Branco, expoente conservador do Brasil Império e que estivera no Prata, em missões diplomáticas. O Barão do Rio Branco assumiu o cargo de Chanceler quando o Brasil encontrava- se isolado na América do Sul. Por essa época, eram mornas as relações com o Chile devido à visita de Campos Sales à Argentina em 1900; com a Bolívia, o Brasil encontrava-se quase em estado de beligerância, devido à questão do Acre; a Venezuela não concluía o trabalho de demarcação da fronteira comum e, ainda, a Colômbia buscara, sem resultados, apoio brasileiro frente à possibilidade de retalhamento de seu território, devido à construção do canal do Panamá.1 Rio Branco, porém, via o Brasil em posição de destaque na América do Sul, não de modo impositivo, mas, sim, decorrente de sua própria dimensão territorial, condição econômica e situação demográfica". Fonte: DORATIOOTO, Fernando Francisco Monteolivo. A política platina do Barão do Rio Branco. Rev. Bras. Polít. Int. 43 (2): 130-149. 2000. Página da citação: 130. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v43n2/v43n2a06.pdf>.Tendo como base a contextualização acima, e os conteúdos da disciplina, examine as assertivas abaixo acerca dos dois grandes marcos da gestão do Barão do Rio Branco à frente do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Após, assinale somente a alternativa correta: Nota: 20.0 A Conseguiu o perdão de parte da dívida externa junto aos credores internacionais e um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU B Barão do Rio Branco é reconhecido pela definição das fronteiras do Brasil e pela promoção da aliança não escrita com os EUA. Você acertou! O Barão do Rio Branco assumiu o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) em 1902 e ocupou o cargo por dez anos, no decorrer do mandado de quatro presidentes. Conhecido como o patrono da diplomacia brasileira, os grandes marcos de sua gestão foram a definição das fronteiras do Brasil e a aliança não escrita com os EUA. Fonte: SILVA, A. L. R.; RIDEGER, B. F. Política Externa Brasileira: uma introdução. Curitiba: Intersaberes, 2016, p. 52, CAPÍTULO 2. C Conseguiu o financiamento para construir a Siderúrgica de Volta Redonda junto aos EUA e liderou as negociações para refinanciar a dívida brasileira com o FMI D Convenceu o Presidente Vargas a entrar na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados e formulou o tratado de paz que pôs fim a Guerra do Paraguai E Formulou uma política externa de não alinhamento em relação aos EUA e à URSS e articulou a criação do MERCOSUL Questão 4/5 - Economia Política Leia o trecho a seguir: "A economia é uma ciência social, pois estuda o homem em sociedade, principalmente quando este atua na atividade produtiva [...] A Economia estuda como a sociedade administra os recursos escassos. Assim, o problema econômico fundamental se refere à escassez de recursos, mas existem outros aspectos econômicos estudados pela economia definidos como princípios econômicos". Fonte: TEBCHIARINI, F. R. Princípios de economia: micro e macro. Curitiba: Intersaberes, 2012, p. 14-15. Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina, assinale a alternativa que contém apenas pressuposições corretas acerca dos princípios econômicos: Nota: 20.0 A Existem custos ocultos; há incentivos aos quais as pessoas são influenciadas; os mercados são eficientes; há a possibilidade de o governo melhorar o mercado em certas circunstâncias. Você acertou! Os princípios econômicos se referem a: trade-offs das pessoas e das empresas, custos ocultos ou custos de oportunidade, pessoas respondem a incentivos em relação aos preços dos bens, os mercados são, em geral, eficientes e a necessidade de atuação governamental em casos de externalidades ou poder de mercado em determinados setores que podem ser maléficos ao funcionamento dos mercados. Nas demais alternativas, todas as informações estão completamente incorretas ou são absurdas do ponto de vista da teoria econômica, sem exceção. Pode-se citar, por exemplo, rendas ilimitadas, igualdade de preços em quaisquer situações, oferta de máquinas pelas famílias, os custos de produção são finitos e inexistentes, etc. Referência: TEBCHIARINI, F. R. Princípios de economia: micro e macro. Curitiba, Editora Intersaberes, 2012, p. 15- 21. B As empresas possuem rendas ilimitadas; as famílias são influenciadas apenas pelos governos; há a necessidade de um governo para produzir alimentos. C A existência de preços iguais em todos os mercados competitivos; a necessidade de concentração de renda para haver produção; os custos de produção são sempre finitos. D A renda das famílias é igualitária em todos os países em economias capitalistas; a produção deve ter custos infinitos; o mercado é sempre capaz de lidar com as externalidades negativas sem interferência do governo. E As inovações tecnológicas diminuem a produtividade das empresas; os modelos econômicos foram concebidos para economias com recursos abundantes; as famílias não participam das economias de mercado. Questão 5/5 - Economia Política Leia o trecho a seguir: "Smith praticamente “inventa” a escola mercantilista (na verdade um conjunto de políticas, artigos, panfletos, propaganda, etc.) ao sistematizar no Livro IV os seus pontos centrais antes de combatê- los. Segundo ele, as principais características desse sistema seriam: a identificação de riqueza com riqueza metálica, e a ideia de que para deter metais era preciso manter a Balança Comercial superavitária. Aceitos esses princípios, “(...) tornou-se necessariamente o grande objeto da (Economia Política [dos mercantilistas], diminuir tanto quanto possível a importação de produtos externos para o consumo doméstico, e aumentar tanto quanto possível a exportação do produto da indústria doméstica. Seus dois grandes mecanismos para enriquecer um país, portanto, eram restrições sobre importações e incentivos às exportações. Ao Estado caberia, então, intervir na vida econômica de forma a garantir que a ação dos indivíduos engendrasse o maior acúmulo possível de metais para a nação". Fonte: MATTOS, Laura Valadão de. As razões do laissez-faire: uma análise do ataque ao mercantilismo e da defesa da liberdade econômica na Riqueza das Nações. Revista de Economia Política 27 (1), 2007, p. 112. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rep/v27n1/06.pdf>. Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na disciplina sobre as ideias mercantilistas, análise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta: I. Para o mercantilismo a quantidade de metal a circular entre os países era fixa, de modo que o acúmulo de moeda por um país implicava na redução de moeda em outro país. PORQUE II. Dentro da concepção mercantilista sobre o comércio internacional o incremento de moeda por um país condiciona o incremento do poder desse mesmo país e a perda de poder pelos demais. Nota: 20.0 A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. Você acertou! Essa alternativa é correta porque as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A afirmação I é verdadeira, porque, conforme se lê no material da aula 1, boa parte dos mercantilistas entende que a quantidade de metais a circular entre os países que comerciavam entre si era fixa. Dessa maneira, o acúmulo de moeda por parte de um país significava a redução dessa moeda em outro país, resultando num jogo de soma zero. A afirmação II está correta porque o entendimento anterior revela um traço fundamental da visão mercantilista sobre o comércio internacional: o acúmulo e incremento de riqueza e poder (que, lembre-se, para os mercantilistas, sempre andam juntos) de uma nação implica uma perda correspondente de riqueza e poder para as demais nações. Por conseguinte, pode-se perceber que a primeira é uma justificativa para a segunda, uma vez que a lógica de soma zero existente na concepção mercantilista implica que o acumulo de riqueza/moeda por um país signifique acumulo de poder por esse mesmo países - e perda de poder por parte dos demais países que compõem o sistema econômico internacional. Assim, para as relações internacionais tratava-se da lógica de competição interestatal - os mercantilistas concebiam as relações de comércio externo como relações entre nações, uma lógica que não dispensava o usa da força, do poderio militar e da expansão do domínio colonial, marcada pela exploração, dominação e violência. Em uma palavra, trata-se da lógica do poder. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 1. Economia Política. Material para a impressão, p. 5. B A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa C A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa D As asserções I e II são proposições falsas E As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas aII não é uma justificativa da I
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