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UFC/FEAAC/DTE Microeconomia I Prof. Henrique Félix Aula 06 DUALIDADE NA TEORIA DO CONSUMIDOR Na Teoria do Consumidor, há dois problemas considerados “gêmeos”: • O Problema de Maximização da Utilidade (PMU) onde o consumidor, conhecendo os preços pagos pelos bens e a sua renda, busca maximizar a utilidade da cesta de consumo mais preferida, tendo o seu orçamento como restrição. • O Problema de Minimização do Dispêndio (PMD) onde o consumidor, conhecendo os preços pagos pelos bens e um determinado nível de utilidade, busca minimizar o dispêndio (ou gasto) com a cesta de consumo mais preferida, tendo o nível de utilidade como restrição. PMU - Problema de Maximização da Utilidade (Primal) 𝑴𝒂𝒙 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐, … , 𝒙𝒏) sujeito a 𝒑𝟏𝒙𝟏 + 𝒑𝟐𝒙𝟐 + ⋯ + 𝒑𝒏𝒙𝒏 = 𝑴 Solução pelo Método de Lagrange. Resultados: demandas Marshallianas (ou ordinárias) como função dos preços e da renda: 𝒙𝒊(𝒑𝟏, 𝒑𝟐, … , 𝒑𝒏, 𝑴) , 𝒊 = 𝟏, 𝟐, 𝟑, … 𝒏 PMD - Problema de Minimização do Dispêndio (Dual) 𝑴𝒊𝒏 𝒑𝟏𝒙𝟏 + 𝒑𝟐𝒙𝟐 + ⋯ + 𝒑𝒏𝒙𝒏 sujeito a 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐, … , 𝒙𝒏) = �̅� Solução pelo Método de Lagrange. Resultados: demandas Hicksianas (ou compensadas) como função dos preços e da utilidade: 𝒙𝒊 𝒉(𝒑𝟏, 𝒑𝟐, … , 𝒑𝒏, �̅�) 𝒊 = 𝟏, 𝟐, 𝟑, … 𝒏 Soluções Gráficas do PMU e do PMD para preferências definidas no 𝑿 = 𝑹+ 𝟐 Observação: a demanda Hicksiana, também denominada de ‘compensada’, deve-se ao fato de que, na ocorrência de variações de preços, o consumidor gostaria de ser compensado com uma variação de renda para mantê-lo na mesma curva de indiferença, ou seja, com o mesmo nível de utilidade. Solução Algébrica do PMD no 𝑹+ 𝟐 (1) Função Lagrange 𝐿(𝑥1, 𝑥2, 𝜑) = [𝑝1𝑥1 + 𝑝2𝑥2] + 𝜑[�̅� − 𝑈(𝑥1, 𝑥2)] (2) Condições de Primeira Ordem (CPO) 𝜕𝐿(. ) 𝜕𝑥1 = 𝜕𝐿(. ) 𝜕𝑥2 = 𝜕𝐿(. ) 𝜕𝜑 = 0 (3) Trabalhando-se algebricamente as CPO resulta, 𝑝1 𝑈𝑀𝑔1 = 𝑝2 𝑈𝑀𝑔2 ⇒ 𝑈𝑀𝑔1 𝑈𝑀𝑔2 = 𝑝1 𝑝2 (4) Substitutindo-se esta condição de equilíbrio na função de restrição resultam as quantidades ótimas, chamadas de demandas hicksianas ou compensadas, como funções dos preços e da utilidade, 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) Demanda Hicksiana pelo bem 1 𝑥2 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) Demanda Hicksiana pelo bem 2 Condições de Segunda Ordem (CSO) |Ĥ| = | | ∂²L(. ) ∂φ2 ∂²L(. ) ∂φ ∂x1 ∂²L(. ) ∂φ ∂x2 ∂²L(. ) ∂x1 ∂φ ∂²L(. ) ∂x1 2 ∂²L(. ) ∂x1 ∂x2 ∂²L(. ) ∂x2 ∂φ ∂²L(. ) ∂x2 ∂x1 ∂²L(. ) ∂x2 2 | | = | 0 −U1 −U2 −U1 −φU11 −φU12 −U2 −φU21 −φU22 | < 0 Propriedades da Função Demanda Hicksiana (i) 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) é Homogênea de Grau Zero nos preços: 𝑥1 ℎ(∝ 𝑝1, ∝ 𝑝2, 𝑈) = 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈), ∀𝛼 > 0, (ii) Não há excesso de utilidade: 𝑈(𝑥1 ℎ , 𝑥2 ℎ) = �̅� Função Dispêndio Mínimo 𝒆(𝒑, 𝑼) Substituindo-se as demandas hicksianas 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) e 𝑥2 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) na função objetivo (dispêndio ou gasto) do PMD, obtém-se a Função Dispêndio Mínimo. No caso de dois bens, tem-se, 𝒆(𝒑𝟏, 𝒑𝟐, 𝑼) = 𝒑𝟏𝒙𝟏 𝒉(𝒑𝟏, 𝒑𝟐, 𝑼) + 𝒑𝟐𝒙𝟐 𝒉(𝒑𝟏, 𝒑𝟐, 𝑼) Propriedades da Função Dispêndio Mínimo (i) 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) é Homogênea de Grau 1 nos preços: 𝑒(∝ 𝑝1, ∝ 𝑝2, 𝑈) = ∝ 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈), ∝> 0 (ii) 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) é estritamente crescente em U: Se U′ > U ⇒ e(𝑝1, 𝑝2, U ′) > e(𝑝1, 𝑝2, U) ou ∂e(𝑝1, 𝑝2, U) ∂U > 0 (iii) 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) é não decrescente nos preços: Se p1 ′ > 𝑝1 ⇒ e(p1 ′ , 𝑝2, U) > e(𝑝1, 𝑝2, U) ou ∂e(𝑝1, 𝑝2, U) ∂p1 ≥ 0 Lema de Shepard A demanda hicksiana pelo bem i é igual à derivada da função dispêndio mínimo em relação ao preço do bem i. 𝑥𝑖 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 𝜕𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) 𝜕𝑝𝑖 , 𝑖 = 1,2 Relações Duais A Maximização da Utilidade implica em Minimização do Dispêndio e vice-versa. • Se (𝑥1 ∗, 𝑥2 ∗) é a solução do PMU e 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑢(𝑥1 ∗, 𝑥2 ∗) é a utilidade indireta (máxima) alcançada, então (𝑥1 ∗, 𝑥2 ∗) é também a solução do PMD; • Se (𝑥1 ℎ, 𝑥2 ℎ) é a solução do PMD e 𝑀 = ∑ 𝑝𝑖 2 𝑖=1 . 𝑥𝑖 ℎ é o menor dispêndio possível, então (𝑥1 ℎ , 𝑥2 ℎ) é também a solução do PMU. Embora as funções utilidade indireta e dispêndio mínimo sejam conceitualmente distintas, existe uma relação muito próxima entre elas. O mesmo pode ser dito em relação às demandas Marshalliana e Hicksiana Relações entre as Funções Demanda Marshalliana e Hicksiana No ponto de equilíbrio do consumidor, valem as seguintes relações: (1) A demanda marshalliana pelo bem i ao nível de renda M é igual à demanda hicksiana deste mesmo bem ao nível de utilidade máxima, 𝑣(𝑝, 𝑀). 𝒙𝒊(𝒑, 𝑴) = 𝒙𝒊 𝒉(𝒑, 𝒗(𝒑, 𝑴)) (2) A demanda hicksiana pelo bem i ao nível de utilidade máxima é igual à demanda marshalliana ao nível de dispêndio mínimo. 𝒙𝒊 𝒉(𝒑, 𝑼∗) = 𝒙𝒊(𝒑, 𝒆(𝒑, 𝑼 ∗)) Relações entre as Funções Utilidade Indireta e Dispêndio Mínimo No ponto de equilíbrio do consumidor, valem as seguintes relações: (1) O dispêndio mínimo necessário para se alcançar o nível de utilidade máxima é igual à renda M. 𝒆(𝒑, 𝒗(𝒑, 𝑴)) = 𝑴 (2) A utilidade máxima alcançada com o dispêndio mínimo é igual a utilidade U. 𝒗(𝒑, 𝒆(𝒑, 𝑼)) = 𝑼 Literatura: RESENDE, José G. de L. (Notas de Aula 7, 8) JEHLE & RENY (2001) ANEXO 1 Da função Utilidade Indireta para a função Utilidade Direta A função utilidade indireta, 𝑣(𝑝∗, 𝑀), gerada por 𝑈(𝑥∗), atinge um mínimo em 𝑝 ∈ 𝑅++ 𝑛 . 𝑼(𝒙) = 𝒎𝒊𝒏 𝒗[𝒑∗, (𝒑∗. 𝒙)] 𝒑 ∈ 𝑹++ 𝒏 A homogeneidade de grau zero nos preços e na renda (𝑀 = 𝑝. 𝑥) da função utilidade indireta permite escrever que, 𝑣(𝑝∗, 𝑀) = 𝑣[𝑝∗, (𝑝∗. 𝑥)] = 𝑣 ( 𝑝∗ 𝑝∗.𝑥 , 𝑝∗.𝑥 𝑝∗.𝑥 ) = 𝑣 ( 𝑝∗ 𝑝∗.𝑥 , 1), para todo 𝑝. 𝑥 > 0 Consequentemente, se 𝑥 ≫ 0 e 𝑝∗ ≫ 0 minimizam 𝑣(𝑝∗, 𝑝∗. 𝑥) para todo 𝑝 ∈ 𝑅++ 𝑛 . Fazendo �̂� ≡ 𝑝∗ 𝑝∗∙𝑥 ≫ 0, então, tem-se, 𝑣(𝑝∗, 𝑝∗. 𝑥) = 𝑣(�̂�,1). Desta forma, o problema será: 𝑼(𝒙) = 𝒎𝒊𝒏 𝒗(𝒑, 𝟏) 𝒑 ∈ 𝑹++ 𝒏 𝒔𝒖𝒋𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒂 𝒑. 𝒙 = 𝟏 Exemplo 1: Para uma função utilidade Cobb-Douglas 𝑈(𝑥1, 𝑥2) = 𝑥1 𝑎 . 𝑥𝑎 𝑏 , 𝑎, 𝑏 > 0, a solução do PMU gera uma função utilidade indireta dada por: 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑎𝑎𝑏𝑏𝑀(𝑎+𝑏) (𝑎+𝑏)(𝑎+𝑏)𝑝1 𝑎𝑝2 𝑏 Faça 𝑀 = 1 e o termo 𝑎𝑎𝑏𝑏 (𝑎+𝑏)(𝑎+𝑏) = 𝑘. Logo, 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 1) = 𝑘 𝑝1 𝑎𝑝2 𝑏 = 𝑘𝑝1 −𝑎𝑝2 −𝑏 A função utilidade direta será encontrada minimizando-se a função utilidade indireta nos preços, sujeito à restrição onde 𝑀 = 1. 𝑈(𝑥1, 𝑥2) = 𝑚𝑖𝑛 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 1) = 𝑘𝑝1 −𝑎𝑝2 −𝑏 𝑝1 ≫ 0, 𝑝2 ≫ 0 𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑎 𝑝1. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 Usando-se o método de Lagrange, ℒ(𝑝1, 𝑝2, 𝜆) = 𝑘𝑝1 −𝑎𝑝2 −𝑏 + 𝜆(1 − 𝑝1. 𝑥1 − 𝑝2. 𝑥2) CPO - Condições de Primeira Ordem, 𝜕ℒ(.) 𝜕𝑝1 = 0 → −𝑎𝑘𝑝1 −𝑎−1𝑝2 −𝑏 = 𝜆𝑥1 (1) 𝜕ℒ(.) 𝜕𝑝2 = 0 → −𝑏𝑘𝑝1 −𝑎𝑝2 −𝑏−1 = 𝜆𝑥2 (2) 𝜕ℒ(.) 𝜕𝜆 = 0 → 𝑝1. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 (3) De (1) e (2) resulta, 𝑝2 = ( 𝑏 𝑎 ) ( 𝑥1 𝑥2 ) 𝑝1 (4) Substituindo-se (4) em (3) resulta, 𝑝1 ∗ = 𝑎 (𝑎+𝑏)𝑥1 (5) Substituindo-se (5) em (4) resulta, 𝑝2 ∗ = 𝑏 (𝑎+𝑏)𝑥2 (6) Substituindo-se (5) e (6) na função objetivo, = 𝑘 ( 𝑎 (𝑎+𝑏)𝑥1 ) 𝑎 ( 𝑏 (𝑎+𝑏)𝑥2 ) 𝑏 = 𝑘 𝑎𝑎𝑏𝑏 (𝑎+𝑏)(𝑎+𝑏)𝑥1 𝑎𝑥2𝑏 = 𝑘 𝑘 𝑥1 𝑎𝑥2 𝑏 = 𝒙𝟏 𝒂𝒙𝟐 𝒃 = 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐) Exemplo 2: Para uma função utilidade CES dada por 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐) = {𝒙𝟏 𝒂 + 𝒙𝟐 𝒂} 𝟏 𝒂, a solução do PMU gera uma função utilidade indireta dada por 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑀 (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 A função utilidade direta será encontrada minimizando-se a função utilidade indireta nos preços, sujeito à restrição onde 𝑀 = 1. 𝑀𝑖𝑛 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 1) = (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 𝑝1 ≫ 0, 𝑝2 ≫ 0 𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑎 𝑝1. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 ℒ(𝑝1, 𝑝2, 𝜆) = (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 + 𝜆(1 − 𝑝1. 𝑥1 − 𝑝2. 𝑥2) Condições de Primeira Ordem, 𝜕ℒ(.) 𝜕𝑝1 = 0 → ( 1−𝑎 𝑎 ) (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 −1 ( 𝑎 𝑎−1 )𝑝1 𝑎 𝑎−1 −1 = 𝜆𝑥1 (1) 𝜕ℒ(.) 𝜕𝑝2 = 0 → ( 1−𝑎 𝑎 ) (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 −1 ( 𝑎 𝑎−1 )𝑝2 𝑎 𝑎−1 −1 = 𝜆𝑥2 (2) 𝜕ℒ(.) 𝜕𝜆 = 0 → 𝑝1. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 (3) De (1) e (2) resulta, 𝑝1 1 𝑎−1 𝑥1 = 𝑝2 1 𝑎−1 𝑥2 Elevando-se os dois lados da equação a (𝑎 − 1), tem-se, 𝑝1 𝑥1 𝑎−1 = 𝑝2 𝑥2 𝑎−1 → 𝑝1 = ( 𝑥1 𝑎−1 𝑥2 𝑎−1) 𝑝2 (4) Substituindo-se (4) em (3) resulta, ( 𝑥1 𝑎−1 𝑥2 𝑎−1) 𝑝2. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 ∴ 𝑝2. 𝑥1. 𝑥1 𝑎−1 𝑥2 𝑎−1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 ∴ 𝑝2. 𝑥1 𝑎 + 𝑝2. 𝑥2 𝑎 = 𝑥2 𝑎−1 ∴ 𝒑𝟐 ∗ = 𝒙𝟐 𝒂−𝟏 (𝒙𝟏 𝒂+𝒙𝟐 𝒂) (5) Substituindo-se (5) em (4) resulta, 𝑝1 ∗ = ( 𝑥1 𝑎−1 𝑥2 𝑎−1) ( 𝑥2 𝑎−1 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) ) ∴ 𝒑𝟏 ∗ = 𝒙𝟏 𝒂−𝟏 (𝒙𝟏 𝒂+𝒙𝟐 𝒂) (6) Substituindo-se (5) e (6) na função objetivo, resulta, (𝑝1 ∗ 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 ∗ 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 = ∴ (( 𝑥1 𝑎−1 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) ) 𝑎 𝑎−1 + ( 𝑥2 𝑎−1 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) ) 𝑎 𝑎−1 ) 1−𝑎 𝑎 = ∴ ( 𝑥1 𝑎 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) 𝑎 𝑎−1 + 𝑥2 𝑎 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) 𝑎 𝑎−1 ) 1−𝑎 𝑎 = ∴ ( (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) 𝑎 𝑎−1 ) 1−𝑎 𝑎 = ∴ ((𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎)1− 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 → ((𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) −1 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 = ((𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) 1 1−𝑎) 1−𝑎 𝑎 ∴ (𝒙𝟏 𝒂 + 𝒙𝟐 𝒂) 𝟏 𝒂 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Um consumidor encara uma função utilidade Cobb-Douglas dada por: 𝑈(𝑥1, 𝑥2) = 𝑥1 𝑎𝑥2 𝑏, com 𝑎 > 0 e 𝑏 > 0, preços 𝑝1, 𝑝2 >> 0 e renda 𝑀 > 0. Pede-se: (a) As demandas hicksianas ótimas, 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) e 𝑥2 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) (b) Prove as propriedades da demanda pelo bem 1, 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈); (c) A função dispêndio, 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈); (d) Prove as propriedades função dispêndio, 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈); (e) Prove o Lema de Shepard para a demanda pelo bem 1; (f) Prove as relações duais entre as demandas marshallianas e hicksianas pelo bem 1; (g) Prove as relações duais entre as funções utilidade indireta e dispêndio mínimo; (h) Encontre a função utilidade direta a partir da função utilidade indireta. 2. Um consumidor encara uma função utilidade CES dada por: 𝑈(𝑥1, 𝑥2) = [𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎]1/𝑎, com 𝑎 ≠ 0, 𝑎 > 1, preços 𝑝1, 𝑝2 >> 0 e renda 𝑀 > 0. Pede-se: (a) As demandas hicksianas ótimas, 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) e 𝑥2 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) (b) Prove as propriedades da demanda pelo bem 1, 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈); (c) A função dispêndio, 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈); (d) Prove as propriedades função dispêndio, 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈); (e) Prove o Lema de Shepard para a demanda pelo bem 1; (f) Prove as relações duais entre as demandas marshallianas e hicksianas pelo bem 1; (g) Prove as relações duais entre as funções utilidade indireta e dispêndio mínimo; (h) Encontre a função utilidade direta a partir da função utilidade indireta. 3. Um consumidor encara uma função utilidade Quase-Linear dada por: 𝑈(𝑥1, 𝑥2) = 𝑥1 + √𝑥2, paga preços 𝑝1, 𝑝2 >> 0 e possui renda 𝑀 > 0. Pede-se: (a) As demandas hicksianas ótimas, 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) e 𝑥2 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) (b) Prove as propriedades da demanda pelo bem 1, 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈); (c) A função dispêndio, 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈); (d) Prove as propriedades função dispêndio, 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈); (e) Prove o Lema de Shepard para a demanda pelo bem 1; (f) Prove as relações duais entre as demandas marshallianas e hicksianas pelo bem 1; (g) Prove as relações duais entre as funções utilidade indireta e dispêndio mínimo; (h) Encontre a função utilidade direta a partir da função utilidade indireta. APÊNDICE 1 Da função Utilidade Indireta para a função Utilidade Direta A função utilidade indireta, 𝑣(𝑝∗, 𝑀), gerada por 𝑈(𝑥∗), atinge um mínimo em 𝑝 ∈ 𝑅++ 𝑛 . 𝑼(𝒙) = 𝒎𝒊𝒏 𝒗[𝒑∗, (𝒑∗. 𝒙)] 𝒑 ∈ 𝑹++ 𝒏 A homogeneidade de grau zero nos preços e na renda (𝑀 = 𝑝. 𝑥) da função utilidade indireta permite escrever que, 𝑣(𝑝∗, 𝑀) = 𝑣[𝑝∗, (𝑝∗. 𝑥)] = 𝑣 ( 𝑝∗ 𝑝∗.𝑥 , 𝑝∗.𝑥 𝑝∗.𝑥 ) = 𝑣 ( 𝑝∗ 𝑝∗.𝑥 , 1), para todo 𝑝. 𝑥 > 0 Consequentemente, se 𝑥 ≫ 0 e 𝑝∗ ≫ 0 minimizam 𝑣(𝑝∗, 𝑝∗. 𝑥) para todo 𝑝 ∈ 𝑅++ 𝑛 . Fazendo �̂� ≡ 𝑝∗ 𝑝∗∙𝑥 ≫ 0, então, tem-se, 𝑣(𝑝∗, 𝑝∗. 𝑥) = 𝑣(�̂�,1). Desta forma, o problema será: 𝑼(𝒙) = 𝒎𝒊𝒏 𝒗(𝒑, 𝟏) 𝒑 ∈ 𝑹++ 𝒏 𝒔𝒖𝒋𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒂 𝒑. 𝒙 = 𝟏 Exemplo 1: Para uma função utilidade Cobb-Douglas 𝑈(𝑥1, 𝑥2) = 𝑥1 𝑎 . 𝑥𝑎 𝑏 , 𝑎, 𝑏 > 0, a solução do PMU gera uma função utilidade indireta dada por: 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑎𝑎𝑏𝑏𝑀(𝑎+𝑏) (𝑎+𝑏)(𝑎+𝑏)𝑝1 𝑎𝑝2 𝑏 Faça 𝑀 = 1 e o termo 𝑎𝑎𝑏𝑏 (𝑎+𝑏)(𝑎+𝑏) = 𝑘. Logo, 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 1) = 𝑘 𝑝1 𝑎𝑝2 𝑏 = 𝑘𝑝1 −𝑎𝑝2 −𝑏 A função utilidade direta será encontrada minimizando-se a função utilidade indireta nos preços, sujeito à restrição onde 𝑀 = 1. 𝑈(𝑥1, 𝑥2) = 𝑚𝑖𝑛 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 1) = 𝑘𝑝1 −𝑎𝑝2 −𝑏 𝑝1 ≫ 0, 𝑝2 ≫ 0 𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑎 𝑝1. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 Usando-se o método de Lagrange, ℒ(𝑝1, 𝑝2, 𝜆) = 𝑘𝑝1 −𝑎𝑝2 −𝑏 + 𝜆(1 − 𝑝1. 𝑥1 − 𝑝2. 𝑥2) CPO - Condições de Primeira Ordem, 𝜕ℒ(.) 𝜕𝑝1 = 0 → −𝑎𝑘𝑝1 −𝑎−1𝑝2 −𝑏 = 𝜆𝑥1 (1) 𝜕ℒ(.) 𝜕𝑝2 = 0 → −𝑏𝑘𝑝1 −𝑎𝑝2 −𝑏−1 = 𝜆𝑥2 (2) 𝜕ℒ(.) 𝜕𝜆 = 0 → 𝑝1. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 (3) De (1) e (2) resulta, 𝑝2 = ( 𝑏 𝑎 ) ( 𝑥1 𝑥2 ) 𝑝1 (4) Substituindo-se (4) em (3) resulta, 𝑝1 ∗ = 𝑎 (𝑎+𝑏)𝑥1 (5) Substituindo-se (5) em (4) resulta, 𝑝2 ∗ = 𝑏 (𝑎+𝑏)𝑥2 (6) Substituindo-se (5) e (6) na função objetivo, = 𝑘 ( 𝑎 (𝑎+𝑏)𝑥1 ) 𝑎 ( 𝑏 (𝑎+𝑏)𝑥2 ) 𝑏 = 𝑘 𝑎𝑎𝑏𝑏 (𝑎+𝑏)(𝑎+𝑏)𝑥1 𝑎𝑥2 𝑏 = 𝑘 𝑘 𝑥1 𝑎𝑥2 𝑏 = 𝒙𝟏 𝒂𝒙𝟐 𝒃 = 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐) Exemplo 2: Para uma função utilidade CES dada por 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐) = {𝒙𝟏 𝒂 + 𝒙𝟐 𝒂} 𝟏 𝒂, a solução do PMU gera uma função utilidade indireta dada por 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑀 (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 A função utilidade direta será encontrada minimizando-se a função utilidade indireta nos preços, sujeito à restrição onde 𝑀 = 1. 𝑀𝑖𝑛 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 1) = (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 𝑝1 ≫ 0, 𝑝2 ≫ 0 𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑎 𝑝1. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 ℒ(𝑝1, 𝑝2, 𝜆) = (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 + 𝜆(1 − 𝑝1. 𝑥1 − 𝑝2. 𝑥2) Condições de Primeira Ordem, 𝜕ℒ(.) 𝜕𝑝1 = 0 → ( 1−𝑎 𝑎 ) (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 −1 ( 𝑎 𝑎−1 )𝑝1 𝑎 𝑎−1 −1 = 𝜆𝑥1(1) 𝜕ℒ(.) 𝜕𝑝2 = 0 → ( 1−𝑎 𝑎 ) (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 −1 ( 𝑎 𝑎−1 )𝑝2 𝑎 𝑎−1 −1 = 𝜆𝑥2 (2) 𝜕ℒ(.) 𝜕𝜆 = 0 → 𝑝1. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 (3) De (1) e (2) resulta, 𝑝1 1 𝑎−1 𝑥1 = 𝑝2 1 𝑎−1 𝑥2 Elevando-se os dois lados da equação a (𝑎 − 1), tem-se, 𝑝1 𝑥1 𝑎−1 = 𝑝2 𝑥2 𝑎−1 → 𝑝1 = ( 𝑥1 𝑎−1 𝑥2 𝑎−1) 𝑝2 (4) Substituindo-se (4) em (3) resulta, ( 𝑥1 𝑎−1 𝑥2 𝑎−1) 𝑝2. 𝑥1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 ∴ 𝑝2. 𝑥1. 𝑥1 𝑎−1 𝑥2 𝑎−1 + 𝑝2. 𝑥2 = 1 ∴ 𝑝2. 𝑥1 𝑎 + 𝑝2. 𝑥2 𝑎 = 𝑥2 𝑎−1 ∴ 𝒑𝟐 ∗ = 𝒙𝟐 𝒂−𝟏 (𝒙𝟏 𝒂+𝒙𝟐 𝒂) (5) Substituindo-se (5) em (4) resulta, 𝑝1 ∗ = ( 𝑥1 𝑎−1 𝑥2 𝑎−1) ( 𝑥2 𝑎−1 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) ) ∴ 𝒑𝟏 ∗ = 𝒙𝟏 𝒂−𝟏 (𝒙𝟏 𝒂+𝒙𝟐 𝒂) (6) Substituindo-se (5) e (6) na função objetivo, resulta, (𝑝1 ∗ 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 ∗ 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 = ∴ (( 𝑥1 𝑎−1 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) ) 𝑎 𝑎−1 + ( 𝑥2 𝑎−1 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) ) 𝑎 𝑎−1 ) 1−𝑎 𝑎 = ∴ ( 𝑥1 𝑎 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) 𝑎 𝑎−1 + 𝑥2 𝑎 (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) 𝑎 𝑎−1 ) 1−𝑎 𝑎 = ∴ ( (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) (𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) 𝑎 𝑎−1 ) 1−𝑎 𝑎 = ∴ ((𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎)1− 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 → ((𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) −1 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 = ((𝑥1 𝑎 + 𝑥2 𝑎) 1 1−𝑎) 1−𝑎 𝑎 ∴ (𝒙𝟏 𝒂 + 𝒙𝟐 𝒂) 𝟏 𝒂 APÊNDICE 2 RESULTADOS DO PMU E PMD (1) FUNÇÃO COBB-DOUGLAS 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐) = 𝒙𝟏 𝒂. 𝒙𝒂 𝒃, com a,b>0 𝑥1(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = ( 𝑎 𝑎+𝑏 ) 𝑀 𝑝1 ; função demanda marshalliana pelo bem 1 𝑥2(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = ( 𝑏 𝑎+𝑏 ) 𝑀 𝑝2 ; função demanda marshalliana pelo bem 2 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑎𝑎𝑏𝑏𝑀(𝑎+𝑏) (𝑎+𝑏)(𝑎+𝑏)𝑝1 𝑎𝑝2 𝑏 ; função utilidade indireta 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = ( 𝑏 𝑎 ) −𝑏 𝑎+𝑏 ( 𝑝1 𝑝2 ) −𝑏 𝑎+𝑏 𝑈 1 𝑎+𝑏 ; função demanda hikcsiana pelo bem 1 𝑥2 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = ( 𝑏 𝑎 ) 𝑎 𝑎+𝑏 ( 𝑝1 𝑝2 ) 𝑎 𝑎+𝑏 𝑈 1 𝑎+𝑏 ; função demanda hikcsiana pelo bem 2 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = [( 𝑏 𝑎 ) −𝑏 𝑎+𝑏 + ( 𝑏 𝑎 ) 𝑎 𝑎+𝑏] 𝑝1 𝑎 𝑎+𝑏𝑝2 𝑏 𝑎+𝑏𝑈 1 𝑎+𝑏 ; função dispêndio mínimo (2) FUNÇÃO CES 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐) = {𝒙𝟏 𝒂 + 𝒙𝟐 𝒂} 𝟏 𝒂, a>0 𝑥1(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑝1 1 𝑎−1𝑀 (𝑝1 𝑎 𝑎−1+𝑝2 𝑎 𝑎−1) ; função demanda marshalliana pelo bem 1 𝑥2(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑝2 1 𝑎−1𝑀 (𝑝1 𝑎 𝑎−1+𝑝2 𝑎 𝑎−1) ; função demanda marshalliana pelo bem 2 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑀 (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1−𝑎 𝑎 ; função utilidade indireta 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 𝑝1 1 𝑎−1 𝑈 (𝑝1 𝑎 𝑎−1+𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1 𝑎 ; função demanda hicksiana pelo bem 1 𝑥2 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 𝑝2 1 𝑎−1 𝑈 (𝑝1 𝑎 𝑎−1+𝑝2 𝑎 𝑎−1) 1 𝑎 ; função demanda hicksiana pelo bem 2 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 𝑈 (𝑝1 𝑎 𝑎−1 + 𝑝2 𝑎 𝑎−1) 𝑎−1 𝑎 ; função dispêndio mínimo (3) FUNÇÃO QUASE LINEAR 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐) = 𝒙𝟏 + √𝒙𝟐, 𝑥1(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 4𝑝2𝑀−𝑝1 2 4𝑝1𝑝2 ; 𝑥2(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑝1 2 4𝑝2 2 ; 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 4𝑝2𝑀+𝑝1 2 4𝑝1𝑝2 ; 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 𝑈 − 𝑝1 2𝑝2 ; 𝑥2 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 𝑝1 2 4𝑝2 2 ; 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 4𝑝1𝑝2𝑈−𝑝1 2 4𝑝2 (4) FUNÇÃO QUASE LINEAR 𝑼(𝒙𝟏, 𝒙𝟐) = √𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 𝑥1(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 𝑝2 2 4𝑝1 2 𝑥2(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 4𝑝1𝑀−𝑝2 2 4𝑝1𝑝2 ; 𝑣(𝑝1, 𝑝2, 𝑀) = 4𝑝1𝑀+𝑝2 2 4𝑝1𝑝2 ; 𝑥1 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 𝑝2 2 4𝑝1 2 ; 𝑥2 ℎ(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 𝑈 − 𝑝2 2𝑝1 ; 𝑒(𝑝1, 𝑝2, 𝑈) = 4𝑝1𝑝2𝑈 − 𝑝2 2 4𝑝1