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Funções do hipotálamo e da hipófise Universidade Estadual de Ponta Grossa Setor de ciências biológicas e da saúde Departamento de medicina Disciplina de Fisiopatologia Bárbara Pereira, Carolina Mulinett, Larissa Guil e Milena Praisner Sistema endócrino Os múltiplos sistemas hormonais desempenham papel-chave na regulação de quase todas as funções corporais: Metabolismo; Crescimento e desenvolvimento; Balanço hidroeletrolítico; Reprodução; Comportamento. 2 Sistema endócrino Hormônios: mensageiros químicos que coordenam múltiplas atividades das células, tecidos e órgãos. Proteínas e polipeptídeos; Esteroides; Derivados do aa tirosina. Sistema nervoso central O diencéfalo é uma estrutura situada na região mediana no cérebro. Compreende o tálamo, o hipotálamo, o epitálamo e o subtálamo. Hipotálamo É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo. Compreende estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além das formações do assoalho do Iv ventrículo: corpos mamilares, quiasma óptico, túber cinéreo, infundibulo. É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo. Compreende estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além das formações do assoalho do Iv ventrículo: corpos mamilares, quiasma óptico, túber cinéreo, infundibulo. 5 Funções do hipotálamo 01 Controle do Sistema nervoso autônomo 02 Regulação da temperatura corporal 03 Regulação do comportamento emocional 04 Regulação do sono e vigília De modo geral: Homeostase; Papel regulador sobre o sistema nervoso autônomo e o sistema endócrino; Controle de processos motivacionais. 7 Funções do hipotálamo 05 Regulação da ingestão de alimentos 06 Regulação da ingestão de água 07 Regulação da diurese 08 Regulação do Sistema endócrino 8 Controle do sistema nervoso autônomo Vias parassimpáticas: hipotálamo anterior. Vias simpáticas: hipotálamo posterior. 9 Regulação da temperatura corporal Hipotálamo anterior: neurônios sensíveis ao calor e ao frio; Hipotálamo posterior: centro da perda de calor; Aumento da temperatura associado a infecções: alteração do ponto de ajuste hipotalâmico. 10 Lesões ventromediais e região pré-mamilar: perda de memória recente; Grandes lesões hipotalâmicas: sinais de demência; Destruição hipotalâmica lateral: apatia. Regulação do comportamento emocional Regulação do sono e vigília Regulação da ingestão de alimentos Núcleo ventromedial: saciedade – ativado pela leptina; Núcleo lateral: centro da fome – neuropeptídeo Y. 13 Controle da sede pela osmolaridade sérica; Núcleo lateral: centro da sede. Regulação da ingestão de água Centro da produção de vasopressina. Regulação da diurese Hipófise A hipófise ou pituitaria é uma glândula pequena (em torno de 1cm de diâmetro e 0,5 gramas) situada na sela túrcica, cavidade óssea localizada na base do cérebro e que se liga ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. A hipófise ou pituitaria é uma glândula pequena (em torno de 1cm de diâmetro e 0,5 gramas) situada na sela túrcica, cavidade óssea localizada na base do cérebro e que se liga ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. 16 Hipófise Hipófise anterior ou adeno-hipófise; Hipófise posterior ou neuro hipófise. Hipófise anterior ou adeno-hipófise; Hipófise posterior ou neuro hipófise. 17 Sistema porta-hipofisário Rede de vasos sanguíneos que fornecem a maior parte do sangue do lobo anterior da hipófise. Os hormônios hipotalâmicos podem ser entregues à hipófise anterior diretamente e em altas concentrações 2. Os hormônios hipotalâmicos não aparecem na circulação sistêmica em altas concentrações 3. Vasos portais curtos - evidências de fluxo retrógado - Feedback Negativo 18 Hipófise anterior Controle de funções metabólicas; Contém tipos celulares diferentes que vão sintetizar e secretar hormônios diferentes. Hipófise posterior Neurônios magnocelulares localizados nos núcleos supraópticos e paraventriculares do hipotálamo; Hormônios transportandos no axoplasma até a hipófise posterior. Hormônios hipofisários Hormônios hipófise anterior 22 Hormônios hipófise posterior 24 ACTH Corticotropos; Estimula a produção de glicocorticóides e andrógenios no córtex da adrenal. Corticotropos, constituem cerca de 15% das células da hipófise Pró-opiomelanocortina > corticotropina 39 aminocácidos Controla a liberação de cortisol pelo córtex da supra-renal e estimula de modo agudo a produção e liberação de aldosterona (pcts com deficiência de acth apresentam uma produção quase normal de aldosterona e não necessiatm de terapia de reposição hormonal A liberação desse hormônio é controlada pela produção de CRH no hipotálamo Liberado em pulsos, com ritmo circadiano superposto, com um padrão de sono normal a concentração de acth é maxima nas primeiras horas da manhã e mínima a noite O ritmo diurno característico do cortisol plasmático ocorre em resposta a essas alterações de acth Donça de addison: insuficiência supra-renal primária as concentrações de cortisol caem, isso provoca hiperpigmentação devido as propriedades estimulantes do acth sobre os melanócitos O cortisol plasmático quando presente inibe a liberação de acth – quando se administram doses supra-fisiológicas de glicocorticoides por períodos prolongados o eixo hipotalamino-hipofisario-supra-renal pode permanecer suprimido durante meses após a suspensaão do fármaco Estresse, incluindo hipoglicemia, cirurgias e distúrbios psíquicos estimulam a liberação de acth Os glicocorticoides inibem a resposta imune. os mediadores imunes como a interleucina 1 são potentes estimuladores para a secreção de acth Em individuos normais: 2 aa 18pmol/l 25 ACTH e Cortisol A liberação desse hormônio é controlada pela produção de CRH no hipotálamo Liberado em pulsos, com ritmo circadiano superposto, com um padrão de sono normal a concentração de acth é maxima nas primeiras horas da manhã e mínima a noite O ritmo diurno característico do cortisol plasmático ocorre em resposta a essas alterações de acth 26 O estresse ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal: a hipófise anterior libera o hormônio ACTH, que induz a liberação de cortisol – principal hormônio regulador do sistema imunológico – pelo córtex das glândulas adrenais. A liberação desse hormônio é controlada pela produção de CRH no hipotálamo Liberado em pulsos, com ritmo circadiano superposto, com um padrão de sono normal a concentração de acth é maxima nas primeiras horas da manhã e mínima a noite O ritmo diurno característico do cortisol plasmático ocorre em resposta a essas alterações de acth 27 TSH Tireotropos; Estimula a produção dos hormônios tireoideanos pelas células foliculares da tireoide; mantém o tamanho das células foliculares. É um hormônio glicoproteico, produzido pelos tireotropos que constituem cerca de 5% das células da adeno-hipófise Regula a biossíntese, o armazenamento e a liberação dos ho^rmônios da tireoide e tmbm determina o tamanho da glândula tireoide Normal: 0,5 a 5 um/l Sua sercreção é regulada pelo TRH (estimula) e somatostatina (inibe) Os hormônios tireoideos (T3 e T4) inibem diretamente a produção de tsh a nível hipofisário Dopamina e glicocorticoides reduzem as concentrações basais de tsh a sua resposta ao trh As concentrações de tsh só podem ser interpretadas quando forem conhecidas as concentrações séricas de hormônio tireoideo 28 FSH e LH Gonadotropos; Estimula os folículos ovarianos; Regula espermatogênese; Origina a ovulação e o corpo lúteo; Estimula produção de estrogênio e progesterona e testosterona. São secretadas pelos gonadotropos, que compõe cerca de 10% da adeno-hipófise LH e FHS são glicoproteínas de tamanho semelhante , além das cadeias de aminoádos elas são compostas por uma porção de carboidrato que influenciao comportamento biológico e o período de ação, podendo varias no período menstrual São liberados em pulsos, porém a meia vida do FSH é maior e suas concentrações flutuam menos durante o dia Ambos os hormônios vão regular a função ovariana e testicular FSH estimula o crescimento de células granulosas do folículo ovariano LH estimulas as células tecais do ovarios a produzir andrógenios que posteriormente são convertidos em estrogênio O Estradiol que é o principal estrogênio atinge seu nível máximo cerca de um dia antes do pico de LH que por sua vez desencadeia a ovulação, após a ovulação o LH contribui para a formação do corpo lúteo, se ocorrer a fecundação essa gonatropina deixa de ser necessária para a manutenção da gravidez Nos testículos o LH é responsável pelo controle da produção de testosterona nas células de Leydig O FSH junto com a testosterona estimula a produção de espermatozóides pelos túbulos seminíferos, ambos os hormônios são necessários para a espermatogênese normal, enquanto a produção de testosterona só exige a presença de LH LHRH – hormônio de liberação das gonadotropinas é responsável pela liberação de LH e FSH 29 Prolactina Lactotropos; Estimula a produção e a secreção de leite. Lactotropos – 15% da hipófise normal//70% durante a gravidez A prolactina é essencial para a lactação No ser humano existem receptores do hormônio nas mamas e nas gônadas Durante a gravidez o estrogênio estimula o crescimento e a replicação dos lactotropos e produz aumento na secreção de prolactina A prolactina durante a gravidez prepara a mama para a lactação pós-parto Os níveis elevados de estrogênio inibem a ação da prolactina na mama de modo que lactação só ocorre quando declinam os níveis de estrogênio no pós parto Normalmente o hipotálamo inibe a secreção de prolactina (fator inibidor hipotalâmico parece ser a dopamina) As concentrações de prolactina aumentam durante o sono A liberação de prolactina associada ao estresse pode ser prolactina 30 Durante a gravidez Estrogênio estimula o crescimento e a replicação dos lactotropos e produz aumento na secreção de prolactina; Após o parto Níveis elevados de estrogênio inibem a ação da prolactina na mama de modo que lactação só ocorre quando declinam os níveis de estrogênio no pós parto Durante a gravidez Estimula a mama para a lactação pós- parto. Prolactina 31 GH Somatotropos; Estimula o crescimento do corpo; Estimula secreção de IGF-1; Estimula lipólise; Inibe as ações da insulina. Controle da secreção da adeno-hipófise - Hipotálamo Hormônios Hipofisiotróficos Hormônios liberadores e inibidores; Controlam a secreção da adeno-hipófise; São peptídeos, polipeptídeos e derivados do aa tirosina; 6 hormônios (4 estimuladores e 2 inibidores). Hormônios Hipofisiotróficos Os hormônios liberadores são muito importantes para a secreção da maioria dos hormônios adeno-hipofisários, enquanto um hormônio inibidor é mais dominante no controle da secreção de prolactina. A secreção de GH é influenciada tanto por um hormônio estimulador como por um hormônio inibidor, e um único hormônio hipofisiotrófico, o hormônio liberador de gonadotrofinas(GnRH), estimula os gonadotrofos a liberarem FSH e LH. 35 Hormôniohipofisiotrófico Ação Primária na Hipófise Hormônio liberador detireotrofina(TRH) Estimula a secreção de TSH pelostireotrofos Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) Estimula a secreção de FSH e LH pelosgonadotrofos Hormônio liberador decorticotrofina(CRH) Estimula a secreção de ACTH peloscorticotrofos Hormônio liberador de GH (GHRH) Estimula a secreção de GH pelossomatotrofos Hormônio inibidor de GH (somatostatina) Inibe a secreção de GH pelossomatotrofos Hormônio inibidor de prolactina (PIH) Inibe a secreção de PRL peloslactotrofos O hipotálamo recebe o estímulo neural de muitas áreas docérebro.Essainformação,relacionadaaobem-estardoorganismocomoumtodo,éintegradanohipotálamoetemum impacto na função endócrina em grande parte pela influência dos hormônios hipofisiotróficos sobre a secreção dos hormônios da adeno-hipófise. Em seguida, os hormônios tróficos da adeno-hipófise estimulam as glândulas endócrinas-alvo e os tecidos-alvo. As alterações resultantes noshormônios dasglândulas-alvo enossubstratos metabólicos no sangue periférico exercem controle por retroalimentaçãonegativasobreasecreçãodeamboshormôniosadenohipofisários e hipofisiotróficos, através de um efeito direto nas células da adeno-hipófise e do hipotálamo. 36 Funções Fisiológicas do GH (Growth hormone) GH Hormônio proteico secretado pela adeno-hipófise; Transportado no plasma ligado a proteínas; Influencia a estatura humana final em torno de 30% do potencial genético. Secreção de GH GHRH SOMATOSTATINA PITUITÁRIA HIPOTÁLAMO GH IGF-1 Secreção de GH – Estímulo Metabólico A secreção de GH está sob influência do hormônio hipotalâmico estimulador (GHRH) e do hormônio hipotalâmico inibidor (somatostatina). A regulação da secreção de GH por retroalimentação é mediada primeiro pelo IGF-1 circulante via ação a nível de hipotálamo e adeno-hipófise. Altos níveis plasmáticos de somatomedina C diminuem a liberação de GH por elevar a secreção de somatostatina hipotalâmica, assim como agem diretamente na adeno-hipófise para inibir a resposta ao GHRH. A secreção de GH é mais elevada durante a puberdade e diminui na vida adulta. Tal fato pode ser parcialmente responsável pelo declínio da massa magra corporal e pelo aumento da massa adiposa característicos da senescência. Existem três categorias gerais de estímulos que aumentam a secreção de GH: Jejum, privação crônica de proteína, ou outras condições nas quais há falência aguda dos níveis plasmáticos de substratos metabólicos, como glicose e ácidos graxos livres. • Aumento de aminoácidos plasmáticos, tal como ocorre após uma refeição rica em proteínas. • Exercícios e estímulos estressantes, tais como dor e febre. Claramente, o aumento de GH durante o jejum poderia ser benéfico, uma vez que o GH eleva a lipólise e reduz a utilização periférica de glicose. Após uma refeição rica em proteína, o aumento de GH poderia favorecer a utilização de aminoácidos para síntese proteica. 39 Secreção de GH Secreção elevada na puberdade Diminui com a idade: Após a puberdade, os níveis de GH reduzem gradativamente; > 60 anos secreção bastante reduzida (somatopausa) redução da densidade óssea e da massa magra, a expansão do tecido adiposo e a diminuição da espessura da pele. Secreção elevada na puberdade Diminui com a idade: Após a puberdade, os níveis de GH reduzem gradativamente; > 60 anos secreção bastante reduzida (somatopausa) explicando, em parte, a redução da densidade óssea e da massa magra, a expansão do tecido adiposo e a diminuição da espessura da pele. 40 Padrão da secreção circadiana de GH Pico de GH noturno; Secreção máxima ocorre dentre 1 a 2 horas após o início do sono. Funções do GH Crescimento linear Deposição de proteínas nos tecidos Promove a utilização de lipídeos como energia Inibe a utilização de carboidratos como fonte de energia O GH estimula a cartilagem epifisária ou placas de crescimento nos ossos longos. Sob influência do GH, os condrócitos da placa de crescimento são estimulados, levando à proliferação dessas células e à deposição de nova cartilagem, seguido de conversão dessa cartilagem em osso. Esse processo alonga o eixo dos ossos longos. Ao fim da adolescência, quando não existe mais cartilagem epifisária e os eixos já se fundiram com as epífises (fechamento das epífises), o GH não pode mais promover o crescimento linear dos ossos longos. Como o GH também eleva a atividade osteoblástica, a massa óssea total é aumentada pelo GH, mesmo após o fechamento das epífises. Promove a deposição de proteínas nos tecidos. O GH é um hormônio que aumenta o anabolismo proteico e causa um balanço nitrogenado positivo. O GH aumenta a captação de aminoácidos na maioria das células; Promove a utilizaçãode gordura como energia. O GH causa mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo e utilização preferencial de ácidos graxos como energia. Essa ação do GH, somada aos efeitos sobre o anabolismo proteico, causa um aumento da massa magra corporal. Os efeitos lipolíticos do GH requerem várias horas para ocorrer. No mínimo, parte desse efeito se deve à ação do GH sobre a inibição da captação de glicose pelos adipócitos. Como o GH aumenta os ácidos graxos livres no plasma e os cetoácidos, é considerado um hormônio cetogênico. Inibe a utilização de carboidratos como fonte de energia. O GHreduz a captação e a utilização de glicose por células sensíveis à insulina, como o músculo e o tecido adiposo. Como resultado, a concentração da glicose tende a se elevar no sangue e a secreção de insulina também se eleva para compensar essa resistência à insulina induzida pelo GH; portanto, o GH é conhecido como um hormônio diabetogênico. 42 Somatomedinas e os Efeitos Anabólicos do GH Fatores de crescimento similares à insulina (IGFs) Efeitos do GH são mediados via geração de polipeptídios Secretadas pelo fígado e por outros tecidos Somatomedina C circulante (IGF-1) Crescimento linear: produção local e somatomedinas circulantes Os efeitos do GH sobre o crescimento linear e o metabolismo proteico não são diretos, mas são indiretamente mediados via geração de polipeptídios denominados somatomedinas ou fatores de crescimento similares à insulina (IGFs). As somatomedinas são secretadas pelo fígado e por outros tecidos. A somatomedina C circulante, ou IGF-1, é um peptídio de 70 aminoácidos produzido no fígado que reflete os níveis plasmáticosde GH. Os efeitos do GH relacionados à promoção do crescimento linear, entretanto, devem-se tanto à produção local como às somatomedinas circulantes; na cartilagem e no músculo, as somatomedinas produzidas localmente atuam de forma autócrina e parácrina na estimulação do crescimento. 43 Anormalidades da Secreção de GH e o Impacto sobre o Sistema Esquelético Quadros clínicos associados à deficiência ou ao excesso da secreção de GH antes (nanismo e gigantismo) ou depois (acromegalia) do fechamento da placa epifisária. A importância do GH sobre o crescimento linear é refletida nos quadros clínicos associados à deficiência ou ao excesso da secreção de GH antes do fechamento da placa epifisária Os efeitos anti-insulina do GH podem, em última análise, levar ao diabetes melito em estados de excesso crônico de GH. 44 ACROMEGALIA Acromegalia Secreção excessiva e prolongada de GH; Produção hepática de IGF-1; Supercrescimento dos ossos, tecidos moles e órgãos internos; Hipertrofia ventricular esquerda, miocardiopatia, apnéia do sono e diabetes melito; Gigantismo hipofisário ocorre quando o excesso de GH começa antes da fusão epifisária na infância. Acromegalia Etiologia: Adenomas hipofisários secretantes de GH causam 98% dos casos de acromegalia; Em torno de 60% desses adenomas secretam exclusivamente GH; 25% secretando GH e prolactina (PRL). Epidemiologia: A incidência aproximadamente 3 a 4 por milhão da população; é mais comumente diagnosticada na quinta década de vida; Sintomas graduai; Excesso de GH está presente sete anos antes do diagnóstico. Etiologia: Os adenomas hipofisários secretantes de GH causam 98% dos casos de acromegalia. Em torno de 60% desses adenomas secretam exclusivamente GH, com 25% secretando GH e prolactina (PRL). GH ectópico secretado por neoplasias do pâncreas, pulmões e ovários representa menos de 1% dos casos. Raramente o excesso de GHRH de hamartomas hipotalâmicos e ganglioneuromas e lesões periféricas, incluindo carcinóide brônquico, tumores de ilhotas pancreáticas, câncer de pulmão de pequenas células, adenoma adrenal, carcinoma medular de tiróide e feocromocitoma, pode causar acromegalia. Epidemiologia: A incidência de acromegalia é aproximadamente 3 a 4 por milhão da população. A doença é mais comumente diagnosticada na quinta década de vida. Por causa do estabelecimento gradual dos sintomas, o excesso de GH em geral está presente sete anos antes do diagnóstico. 47 Fisiopatologia e Quadro Clínico Alterações nas extremidades Artrite e artralgia Função cardíaca diminuída Apnéia do sono obstrutiva e central Resistência à insulina, intolerância à glicose e DM Macroade- nomas Cefaléia, diminuição da visão periférica e paralisia de NC Diminuição de FSH, LH, TSH e ACTH Excesso prolongado de GH e IGF-1 causa alterações nas extremidades, incluindo aumento das mãos e pés e características faciais grosseiras; Hipertrofia das cartilagens articulares e tecidos sinoviais artrite e artralgia; Função cardíaca diminuída, hipertrofia ventricular esquerda com disfunção diastólica e arritmias hipertensão arterial amplia disfunção cardíaca; Apnéia do sono obstrutiva e central ocorre em mais de 50% dos pacientes; Resistência à insulina, intolerância à glicose e diabetes; Maioria das lesões hipofisárias secretantes de GH são macroadenomas Tumores podem estar presentes com efeitos de massa, como cefaléia, diminuição da visão periférica e paralisia de nervos cranianos; Perda de outros hormônios tróficos hipofisários, como FSH, LH, TSH e ACTH 48 Diagnóstico Elevação de IGF-1; Falta de supressão de GH na resposta a cargas orais de glicose. Tratamento Combinação de cirurgia transesfenoidal, radioterapia e agentes farmacológicos; Objetivos: Normalização do IGF-1 conforme a idade e o sexo; GH menor que 1 ng/mL depois da carga de glicose; Alívio do efeito de massa NANISMO Nanismo Déficit na produção de GH ou resistência à sua ação; Resultado de uma deficiência generalizada da secreção da hipófise anterior; Mutação no receptor para GH Níveis de GH altos e IGF baixos; Todas as partes do corpo se desenvolvem proporcionalmente; 1/3 dos afetados tem deficiencia apenas no GH, portanto amadurecem sexualmente e podem se reproduzir; Geralmente é resultado de uma deficiência generalizada da secreçao da hipófise anterior; Mutação no receptor para GH Níveis de GH altos e IGF baixos; Baixa incidência de câncer e diabetes. Todas as partes do corpo se desenvolvem proporcionalmente; 52 Fisiopatologia e Quadro Clínico Percentil inferior a três na curva de crescimento estabelecida pela; Organização Mundial de Saúde (OMS) ou menor que dois desvios-padrão abaixo da altura média prevista para a idade e sexo; Pode afetar mulheres e homens indistintamente; Mantêm a capacidade intelectual preservada e podem levar vida normal e de boa qualidade; Desenvolvimento de todos os órgãos é harmônico 53 Diagnóstico Exame clínico; Radiografias de esqueleto; Exames de imagem durante a gestação como a ecografia e a ultrassonografia; Testes de DNA em amostras do líquido amniótico. 54 Diagnóstico Exame clínico; Radiografias de esqueleto; Exames de imagem durante a gestação como a ecografia e a ultrassonografia; Testes de DNA em amostras do líquido amniótico. 55 Tratamento Administração do GH até o fechamento das cartilagens ósseas já demonstrou efeitos benéficos; Reposição de uma versão sintética recombinante (somatropina) desse hormônio em doses diárias por via subcutânea utilizando, de preferência, canetas aplicadoras; O hormônio do crescimento integra a lista de medicamentos de alto custo que são distribuídos gratuitamente pelo SUS, administração desse hormônio até o fechamento das cartilagens ósseas já demonstrou produzir efeitos benéficos. O esquema terapêutico consiste na reposição de uma versão sintética recombinante (somatropina) desse hormônio em doses diárias por via subcutânea utilizando, de preferência, canetas aplicadoras. A aplicação deve ser a última coisa que a criança faz antes de deitar-se para dormir. O repouso noturno é fundamental para a absorção da droga. O tratamento pode estender-se por vários anos e deve ser acompanhado de perto por um médico especialista na área, porque podem ocorrer reações adversas ao uso medicamento.O hormônio do crescimento integra a lista de medicamentos de alto custo que são distribuídos gratuitamente pelo SUS, 56 Neuro-hipófise A Neuro-hipófise A neuro-hipófise é composta pelos axônios derivados de neurônios hipotalâmicos, cujos corpos celulares encontram-se nos núcleos supraóptico e paraventricular; Esses neuronios secretam o hormônio antidiurético e a ocitocina. O hormônio antidiurético é secretado pelo núcleo supraoptico e a ocitocina é secretada pelo núcleo para ventricular. 58 Hormônios da Neuro-hipófise Os tecidos alvos do adh são os rins, musculo liso vascular e glândula sudorípara. Os tecidos alvo da ocitocina são a glândula mamaria e o musculo liso do útero. Serao maior aprofundados posteriormente. 60 Funções fisiológicas do hormônio antidiurético Regula a osmolaridade do plasma; Regulação da pressão osmótica quando há uma redução maior que 10% do valor circulante efetivo – hipovolemia, insuficiência cardíaca, cirrose hepática com ascite. O aumento, mesmo que pequeno, da osmolarida de extracelular estimula os osmorreceptores hipotalâmicos (que, na verdade, são os próprios neurônios) a aumentar a secreção de ADH nos axônios da neuro-hipófise. A queda da osmolaridade tem o efeito contrário. uma redução maior do que 10% do volume circulante efetivo (hipovolemia, insuficiência cardíaca, cirrose hepática com ascite). Um aumento deste volume tem efeito inverso: inibe a secreção de ADH. 61 Contribuição do ADH para manutenção da pressão sanguínea em hipovolemia Receptores de alta pressão: seio carotídeo e arco aórtico; Receptores de baixa pressão: circulação cardiopulmonar, especialmente no átrio; A ação do ADH é resultante da ligação entre o peptídeo e os receptores V1 arteriolares, fazendo contrição vascular da musculatura lisa para regular a pressão arterial. Essa constrição é mediada por segundos mensageiros como cálcio e fosfolipase C. Distúrbios patológicos de ADH SIADH – Secreção inapropriada de ADH; REPRESENTA UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE HIPONATREMIA NA PRÁTICA MÉDICA! (1) Secreção de ADH na ausência de estímulos hemodinâmicos ou osmóticos; (2) Reajuste do “osmostato” hipotalâmico (“reset osmostat”), gerando um novo alvo para a osmolaridade do plasma (típico de pacientes desnutridos, com caquexia); (3) Resposta normal do ADH aos estados hipertônicos, seguida de falha em sua supressão quando a osmolaridade se torna baixa; (4) Secreção de ADH abolida, porém, com mutações genéticas do tipo “ganho de função” nos receptores V2 do ADH no túbulo coletor. (1) Secreção de ADH na ausência de estímulos hemodinâmicos ou osmóticos, como nos casos de produção ectópica (ex.: câncer de pulmão) ou secreção induzida por drogas; (2) Reajuste do “osmostato” hipotalâmico (“reset osmostat”), gerando um novo alvo para a osmolaridade do plasma (típico de pacientes desnutridos, com caquexia); (3) Resposta normal do ADH aos estados hipertônicos, seguida de falha em sua supressão quando a osmolaridade se torna baixa (ex.: secção incompleta do pedículo hipofisário, situação em que o ADH “fica vazando” a partir dos axônios da neuro-hipófise); (4) Secreção de ADH abolida, porém, com mutações genéticas do tipo “ganho de função” nos receptores V2 do ADH no túbulo coletor. 64 Distúrbios patológicos de ADH Diabetes insipidus central – Secreção prejudicada de ADH; Situação patológica de insuficiência do ADH, seja por deficit de produção do hormônio no hipotálamo ou de sua liberação na neuro-hipófise; Poliuria e polidipsia; Urina muito diluída. Funções fisiológicas da ocitocina Receptores nos mamilos das mamas: ejeção de leite; Sucção Reflexo de estimulação de células com ocitocina secreção de ocitocina pela neuro-hipófise Contração das células mioepiteliais Passagem de leite dos alvéolos para dentro do ducto; Contribui para o trabalho de parto pois aumenta a contração uterina, o aumento dessa sensibilidade é causada por aumento nos níveis de estrogênio durante a gestação. Doenças hipotalâmicas Núcleos médio-basais: neurônios secretores dos fatores hipofisiotrópicos e os neurônios do centro da saciedade; Estes núcleos são próximos dos núcleos supraóptico e paraventricular que produzem ADH e ocitocina. Pan-Hipopituitarismo. O hipopituitarismo é a deficiência de um ou mais hormônios hipofisários. A glândula pituitária ou hipófise possui dois lobos. 67
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