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PORTUGUS EM EXERCCIOS aula 02

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CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS – TURMA 2 
PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 2: VERBO E SEUS ASPECTOS 
 
Olá, alunos virtuais 
 
Hoje, daremos continuidade ao estudo sobre verbos e seus aspectos. 
Na aula passada, vimos conjugação verbal, tempos e modos. 
Nesta, o primeiro ponto – CORRELAÇÃO VERBAL – irá retomar muitos 
dos conceitos já estudados. 
Por se tratar de um único tópico, a numeração das questões é 
seqüencial. 
Sem mais delongas, vamos à aula. 
 
CORRE LAÇ ÃO VERBAL 
 
26 - (AFC/SFC 2000) Assinale a opção em que a correlação entre 
tempos e modos verbais constitui erro de sintaxe. 
a) Há pelo menos dois séculos, desde que Adam Smith inaugurou a 
profissão, os economistas consomem boa parte de seu tempo, enalte-
cendo os benefícios do livre comércio e pregando a liberdade 
econômica. 
b) O mundo perfeito, garantem, é aquele em que não há nenhum tipo 
de obstáculo ao fluxo de mercadorias, pessoas e idéias. 
c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira 
harmoniosa, regida por uma mão invisível que a fazia viver sempre 
em equilíbrio. 
d) Presa, seria como uma máquina com areia nas engrenagens, cujo 
atrito traria desperdício de energia e empobreceria os cidadãos. 
e) A virada do milênio reservou um paradoxo e tanto para os 
seguidores do economista escocês. Nunca como agora o mundo 
aderiu com tanta garra a suas teses. 
(Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.135) 
 
GABARITO: C 
Comentário. 
Questão recorrente nos mais recentes certames é CORRELAÇÃO 
VERBAL, que consiste na articulação entre as formas verbais no 
período. Os verbos estabelecem, assim, uma correspondência entre 
si. 
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Na questão, estamos diante de uma correlação inadequada na opção 
C. A forma “funcionaria” figura no plano da hipótese. Assim, a 
forma verbal do verbo fazer deve manter essa linha de raciocínio do 
fato contido em “funcionaria”:“(...) a economia funcionaria de 
maneira harmoniosa, regida por uma mão invisível que a faria viver 
sempre em equilíbrio” 
A forma verbal empregada – fazia - transmite uma idéia de processo 
não concluído. Indica o que no passado era freqüente ou contínuo, o 
que não encontra respaldo no contexto. 
Esse tipo de questão, normalmente, o candidato consegue acertar 
usando o “ouvido”. Observe que alguma coisa parece estar errada na 
construção: “Se você se acomodasse com a situação, ela se tornará 
efetiva.”. Isso acontece porque não houve correlação entre a forma 
verbal da primeira oração (acomodasse) – que indica hipótese, 
possibilidade - com a da segunda (tornará) – que indica certeza. 
A título de curiosidade (e somente com esse propósito – nada de ficar 
decorando listas), seguem alguns exemplos de construções corretas 
sob o aspecto de correlação verbal: 
 
a) “Exijo que me diga a verdade.” Presente do Indicativo + 
Presente do Subjuntivo 
b) “Exigi que me dissesse a verdade.” – Pret.Perf.Indicativo + 
Pret.Imperf.Subjuntivo. 
c) “Espero que ele tenha feito uma boa prova.” - Presente Indic.+ 
Pret.Perf.Comp.Subjuntivo. 
d) “Gostaria que ele tivesse vindo.” – Fut.Pretérito.Ind.+ 
Pret.Mais-que-perf.Comp.Subjuntivo 
e) “Se você quiser o material, eu o trarei.” – Futuro do Subjuntivo 
+ Fut.Presente Indicativo 
f) “Se você quisesse o livro, eu o traria.” - Pret.Imperf.Subj.+ 
Fut.Pretérito do Indicativo 
g) “Quando puder, lerei o seu material.” - Futuro Subj.+ 
Fut.Presente Indicativo 
 
27 - (AFC/SFC 2000) Assinale a opção que foi transcrita com 
problemas na correlação dos tempos verbais. 
a) Em setembro de 1998, pesquisa realizada com o apoio do 
Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) procurou medir a capacidade 
do trabalhador brasileiro de entender o que lê e estabelecer relações 
entre quantidades expressas em números, com critérios semelhantes 
aos usados nos países da Organização para a Cooperação e 
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Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os 29 principais 
países industrializados. 
b) Seria assustador que 82% dos entrevistados não entenderam a 
conta de juros reais que incidam, por exemplo, na prestação de um 
eletrodoméstico. Na era da informática, que tipo de oportunidade 
profissional pode ter uma pessoa com tais carências de qualificação? 
c) A pesquisa, realizada em várias cidades brasileiras, entre a 
população de baixa escolaridade, entre 15 e 55 anos, mostrou que, 
entre 69% e 81% (conforme a região) dos 2 mil entrevistados, 
quando solicitados a analisar texto informativo simples, apenas 
reconheciam o tema, sem assimilar o sentido do texto. 
d) A oferta de escolaridade combate o analfabetismo absoluto, 
como prova o caso brasileiro, mas não garante capacidade de 
apreensão, compreensão e concentração que os empregos modernos 
exigem. 
e) Por isso a Unesco insiste em que é preciso “educação de 
qualidade”. Alfabetizar custa pouco – o Comunidade Solidária gasta 
US$ 34 per capita. Educar para o moderno mercado de trabalho tem 
custo bem mais elevado, mas são poucos os países dispostos a pagá-
lo. 
(O Estado de S. Paulo - Notas e Informações, 22/4/2000, p. A3, com 
adaptações) 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Percebe-se erro de correlação verbal na passagem “Seria assustador 
que 82% dos entrevistados não entenderam a conta de juros reais”. 
O primeiro verbo (seria), que pertence à oração principal, situa o fato 
no campo da hipótese. Assim, o verbo da oração a ele subordinada, 
com a função de sujeito (Pergunta: o que seria assustador? 
Resposta: “que 82%...”), deve manter esse aspecto, com a 
conjugação no modo subjuntivo – “Seria assustador que 82% dos 
entrevistados não tivessem entendido a conta...”. 
Contudo, extrai-se do contexto que a intenção foi retratar um fato 
efetivamente. O verbo ser, por esse motivo, deverá ter a conjugação 
no pretérito do indicativo (as pesquisas ocorreram em 1998 e o texto 
é de 2000), e o verbo da oração subordinada subjetiva (oração que 
tem a função sintática de sujeito da oração principal) deve manter 
essa correspondência (modelo c do comentário da questão 20), 
conjugando-se no pretérito perfeito composto do subjuntivo. 
Assim, seria melhor a construção:”Foi assustador que 82% dos 
entrevistados não tenham entendido a conta dos juros reais...”. 
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28 - (Auditor do Trabalho/2003) No texto abaixo, assinale o trecho 
transcrito corretamente. 
a) Pesquisadores do Banco Mundial revelam que, a “globalização 
reduz a pobreza, mas não em todos os lugares”. 
b) Embora muitas nações globalizadas procurem acompanhar o ritmo 
das mais opulentas, grande parte do mundo em desenvolvimento 
estão se tornando marginalizados. 
c) Na América Latina, por exemplo, “a integração global aumentou 
ainda mais as desigualdades salariais”, e há uma preocupação 
generalizada que o processo esteja levando uma maior desigualdade 
no próprio interior dos países. Essa desigualdade já alcançou os 
Estados em suas relações assimétricas. 
d) Embora Marx não estava pensando em escala global quando falou 
da distância, que separa os ricos dos pobres de forma crescente, 
essas previsões nunca pareceram tão verdadeiras quanto hoje. 
e) A inversão é apenas metodológica: trata-se do relacionamento 
entre o primeiro e o terceiro mundo, com os ricos ficando cada vez 
mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. 
(Adaptado de Fernando Magalhães, “A globalização e as lições da 
história”) 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Somente os itens B e D nos interessam.No b, estamos diante de uma construção com termos partitivos – 
grande parte de. Como o complemento, há um termo no singular – 
mundo em desenvolvimento. Assim, só resta uma única possibilidade 
de concordância – no singular – está se tornando marginalizado. 
Sobre isso, iremos voltar a comentar na aula apropriada. 
O item d é o que realmente importa. A estrutura do período, com o 
emprego da conjunção “embora”, exige que o verbo seja conjugado 
no subjuntivo – “Embora Marx não estivesse pensando (...), essas 
previsões nunca pareceram tão verdadeiras.” 
 
 
29 - (AFRF/2002-2) Julgue as assertivas abaixo, em relação à 
correção gramatical dos períodos. 
c) Para que alcançamos tais objetivos, é indispensável que o Sistema 
Tributário Nacional seja utilizado como instrumento de distribuição de 
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renda e redistribuição de riqueza, com o apoio de outros mecanismos 
auxiliares. 
d) A essência do direito é a sua aplicação prática – dever das 
autoridades públicas. Os princípios constitucionais não podem ser 
meras declarações de boas intenções, embora a regra jurídica existe 
para agir sobre à realidade social. 
 
Itens INCORRETOS. 
Comentário. 
c) O verbo alcançar está sendo empregado em situação hipotética, 
estabelecendo com a oração seguinte uma relação condicional. Além 
disso, é acompanhado da locução conjuntiva “para que”, que leva o 
verbo para o subjuntivo. Por isso, há necessidade de o verbo ser 
conjugado no presente do subjuntivo – alcancemos. 
d) Na última oração do segundo período, verificam-se dois erros. O 
primeiro, de conjugação verbal. O verbo existir deve estar no 
presente do subjuntivo, por pertencer a uma oração subordinada 
adverbial concessiva, com o emprego da conjunção “embora” 
(“embora a regra jurídica exista para agir...”). Na seqüência, houve 
erro de crase (“sobre a realidade social”). Contudo, por questões 
didáticas, não iremos nos aprofundar nesse comentário deste erro. 
 
30 - (AFC/SFC 2000) Indique a opção que preenche corretamente as 
lacunas do texto. 
É preciso que a discussão da reforma tributária ___________ 
norteada pela mesma premissa básica que inspirou várias propostas 
de reforma, defendidas tanto pelo Executivo como pelo Congresso, 
a partir do final de 1997. Por divergentes que ____________, tais 
propostas partiram todas do mesmo diagnóstico. De que a reforma 
que _________ necessária ________ a eliminação dos tributos 
cumulativos, bem como do IPI, ICMS e ISS, e a introdução de uma 
forma de taxação indireta, centrada em esquema amplo e coerente 
de impostos sobre valor adicionado. A grande questão - e é nisso 
que as propostas ________- é como fazer essa mudança. 
(Adaptado de Rogério L. F. Werneck, Estado de S. Paulo, 
27/10/2000) 
a) volta a ser - tenham sido - fazia-se - requer - divergissem 
b) volte a serem - fossem - se fez - requeresse - divergiram 
c) volte a ser - tenham sido - se fazia - requeria - divergem 
d) volte sendo - eram - se faria - requeriam - divergirão 
e) voltem a ser - tivessem sido - fazia - requerem - diverge 
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Gabarito: C 
Comentário. 
Só com o preenchimento da primeira lacuna, o candidato poderia 
acertar a questão. 
Como o trecho indica um fato que se encontra no plano de 
possibilidade (“É preciso...”), e não no plano da certeza, eliminamos a 
opção a, que apresenta a estrutura verbal no presente do indicativo 
(“volta a ser”). 
Numa locução verbal, o verbo principal não se flexiona. Assim, está 
descartada também a letra b. 
A opção da letra d não confere nenhum sentido ao texto, devendo ser 
eliminada (“volte sendo”). 
Como o sujeito é “discussão” (“É preciso que a discussão...”), o verbo 
auxiliar da locução verbal deverá ficar no singular. Elimina-se, assim, 
a opção e (“voltem a ser”). 
De acordo com as considerações acima, verbo deverá ser conjugado 
na terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo – “volte a 
ser”. Portanto, a resposta é a opção c. 
Somente para fins didáticos, comentaremos as demais lacunas. 
Na segunda lacuna, mais uma vez, a estrutura verbal situa-se no 
campo da hipótese, sendo caso de conjugação no modo subjuntivo. 
Se já não tivéssemos verificado o gabarito, haveria duas opções 
válidas: fossem e tivessem sido. 
A terceira lacuna reproduz uma situação verbal pretérita. Das 
alternativas apresentadas nas opções, a melhor indica o verbo no 
Pretérito Imperfeito – fazia – acompanhado do pronome “se” e do 
predicativo necessária, equivalente a “que se tornava necessária” ou 
mesmo “que era necessária”. Sem aprofundar o comentário, a única 
posição possível do pronome “se” é proclítica, ou seja, deve 
anteceder o verbo, por exigência do pronome relativo que. Na 
seqüência, em correlação verbal com o verbo fazer, o próximo verbo 
ficou no Pretérito Imperfeito, em correlação ao verbo anterior, 
também na forma pretérita (“A reforma, que se fazia necessária 
[situação pretérita], requeria [correlação à outra forma verbal] 
a eliminação dos tributos cumulativos”). 
Por fim, a divergência das propostas de reforma tributária é um fato 
real, concreto, que efetivamente ocorre. Deve o verbo, pois, ser 
conjugado no presente do indicativo – as propostas divergem. Além 
disso, deve haver correspondência entre o tempo do verbo ser (“É 
nisso...”) com o que segue (“divergem”). 
 
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31 – (AFRF 2005) Leia o texto para responder à questão abaixo. 
 
O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto 
em que passa a dispor-se a máquina mudasse completamente de 
configuração. Entretanto, tal mudança obedece a certas coordenadas 
que começam a ser pensadas já na antiga Grécia, que novamente se 
relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, a partir de 
Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo, 
verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde 
então, entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado de 
uma adequação, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que 
a idéia que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse 
objeto. 
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) 
 
Analise a opção abaixo a respeito do uso das estruturas lingüísticas 
do texto. 
• Mantém-se a coerência da argumentação ao substituir “fez” 
(l.1) por faz; mas para que a correção gramatical seja mantida, 
torna-se obrigatória então a substituição de “mudasse” (l.2) para 
mude. 
 
Item CORRETO. 
Comentário. 
Para análise, iremos manter apenas os termos necessários para a 
compreensão do primeiro período: 
O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto 
(...) mudasse completamente de configuração. 
A primeira substituição de tempo verbal – do pretérito perfeito do 
indicativo (fez) para o presente do indicativo (faz) - acarreta a 
alteração na correlação deste verbo com o verbo mudar, presente na 
oração que exerce a função de objeto indireto da oração principal, 
levando também para o presente do subjuntivo (mude) o tempo 
verbal que estava conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo 
(mudasse). 
 
LOCUÇÃO VE RBAL 
32 - (Técnico do IPEA 2004) 
A Grande Depressão não foi apenas a maior crise de desemprego da 
História, mas também a primeira crise de desemprego nas grandes 
democracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado 
constituído, principalmente, por trabalhadores ameaçados pelo 
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desemprego ou vítimas diretas dele. O corpo político havia mudado. 
Não levar em conta os interesses objetivos do eleitorado era um 
suicídio político certo. 
(Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise 
do Trabalho) 
Em relação ao texto, julgue a proposição a seguir. 
c) Caso a expressão “O corpo político”(l. 5) vá para o plural, estaria 
gramaticalmente correto manter a expressão “havia mudado” no 
singular, pois o verbo haver é impessoal. 
 
Item INCORRETO. 
Comentário. 
Locução verbal é o conjunto semântico de dois ou mais verbos. 
Forma-se com um verbo principal e um ou mais verbos auxiliares. Às 
vezes, no meio da locução verbal pode aparecer uma preposição (de, 
a), como em “comecei a trabalhar”, “hei de vencer” ou “tenho de 
esquecer”. 
Enquanto o principal vem sob uma forma nominal (infinitivo, gerúndio 
ou particípio), seu(s) auxiliar(es) pode(m) vir em uma forma finita 
(indicativo, subjuntivo, imperativo) ou também nominal. Nessa 
relação, o que se flexiona é o verbo auxiliar, mas do modo como o 
verbo principal iria variar. 
Em outras palavras, o verbo auxiliar faz tudo o que o verbo principal 
iria fazer se estivesse sozinho. 
Formam-se locuções verbais em: 
ƒ construções de voz passiva, principalmente com os verbos 
auxiliares SER e ESTAR; 
ƒ tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER. 
ƒ construções com auxiliares modais, que determinam com mais 
rigor o modo como se realiza – ou deixa de se realizar - a ação 
verbal. Expressam circunstâncias de: início ou fim (comecei a 
estudar, acabei de acordar), continuidade (vai andando), 
obrigação (tive de entregar), possibilidade (posso escrever), 
dúvida (parece gostar), tentativa (procura entender) e outras 
tantas. 
Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem trabalha é 
o empregado (ou você já viu algum chefe trabalhando???), na 
locução verbal, quem exerce a função de “chefe” é o verbo principal – 
ele fica “paradão”, só mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de 
acordo com as suas ordens. 
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Na locução verbal da questão (havia mudado) o verbo auxiliar (havia) 
deverá se flexionar do mesmo modo que o verbo principal (mudar) o 
faria se estivesse sozinho: “Os corpos políticos mudavam” -> “Os 
corpos políticos haviam mudado.”. Acima de tudo, está incorreta a 
afirmação de que o verbo haver, nessa construção, é impessoal. Ele 
é o verbo auxiliar da locução e, por isso, tem sujeito (é pessoal) e se 
flexiona. 
O verbo HAVER é impessoal quando não possui sujeito, como no 
caso em que apresenta o sentido de existir (Há cem mil interessados 
no prêmio.). Por isso, não se flexiona. 
Assim, se ele for o verbo principal da locução verbal, dará essa 
ordem ao seu auxiliar, que não se flexionará também: Deve haver 
cem mil interessados no prêmio. 
Contudo, se o verbo haver estiver na posição de auxiliar 
(empregado), como nessa questão de prova (havia mudado), possui 
sujeito (corpo político) e irá se flexionar de acordo com as ordens do 
verbo principal. 
Um bom exemplo encontramos na letra de Esotérico, de Gilberto Gil: 
Não adianta nem me abandonar 
Porque mistério sempre há de pintar por aí 
Temos que “mistério sempre pintará” ou, usando a locução verbal, 
“há de pintar”. O verbo auxiliar ficou no singular (há) porque o verbo 
principal assim ficaria (pintará), em concordância com o sujeito, que 
está no singular. E se o sujeito fosse “mistérios”, no plural, como 
muita gente canta por aí? “Mistérios sempre ....” ? Descobriu? Algum 
palpite? 
Como o verbo pintar, na passagem, iria para o plural (“Mistérios 
sempre pintarão”), o verbo haver, na locução verbal, deverá 
obedecer à ordem e se flexionar também. Assim, “Mistérios sempre 
hão de pintar.”. 
Para treinarmos (e nos desestressarmos), mais uma musiquinha do 
Gil, agora “Estrelas”: 
Há de surgir 
Uma estrela no céu cada vez que ‘ocê sorrir 
Há de apagar 
Uma estrela no céu cada vez que ‘ocê chorar 
Agora, os verbos principais são “surgir” e “apagar”. “Uma estrela 
surgirá”, “Uma estrela se apagará”. Logo, “Uma estrela há de surgir” 
e “Uma estrela há de se apagar”. Se o sujeito fosse para o plural, 
seria “Estrelas hão de surgir” e “Estrelas hão de se apagar”. 
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Essa regra se aplica a todos os verbos que formam uma locução 
verbal. 
Quando os verbos componentes da locução estão próximos, é menos 
corriqueiro o equívoco de flexão, por isso seriam extremamente 
fáceis questões desse tipo. 
Para aumentar a possibilidade de erro, a ESAF costuma distanciar os 
verbos da locução, como em: "As certidões deverão, sob pena de 
invalidade do ato e impedimento para o registro, acompanharem o 
traslado da escritura" (corrija-se para: deverão... acompanhar). 
Uma simples junção dos verbos ora afastados poderia evitar o erro. 
 
33 - (Assistente de Chancelaria/2002) Leia o texto abaixo para 
responder às questões 01 e 02. 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
25 
O século XX foi o mais assassino na história registrada. O número 
total de mortes causadas por ou associadas a suas guerras foi 
estimado em 187 milhões. O equivalente a mais de 10% da 
população mundial em 1913. Entendido como tendo-se iniciado 
em 1914, foi um século de guerra quase ininterrupta, com 
poucos e breves períodos sem conflito armado organizado em 
algum lugar. Foi dominado por guerras mundiais: quer dizer, por 
guerras entre Estados territoriais ou alianças de Estados. Apesar 
disso, o século não pode ser tratado como um bloco único, seja 
cronológica, seja geograficamente. Cronologicamente, ele se 
distribui em três períodos: a era de guerras mundiais centrada na 
Alemanha, a era de confronto entre as duas superpotências e a 
era desde o fim do sistema de poder internacional clássico. 
Chamarei a esses períodos de 1, 2 e 3. Geograficamente, o 
impacto das operações militares tem sido desigual. Com uma 
exceção (a Guerra do Chaco), não houve guerras entre Estados 
significantes (em oposição a guerras civis) no hemisfério 
Ocidental no último século. Em contrapartida, guerras entre 
Estados, não necessariamente desconectadas do confronto 
global, permaneceram endêmicas ao Oriente Médio e ao sul da 
Ásia, e guerras maiores diretamente resultantes do confronto 
global aconteceram no leste e no sudeste da Ásia. Mais 
impressionante é a erosão da distinção entre combatentes e não-
combatentes. As duas guerras mundiais da primeira metade do 
século envolveram toda a população dos países beligerantes; 
tanto combatentes quanto não-combatentes sofreram. 
(Eric Hobsbawn, A epidemia da guerra, com adaptações) 
 
Julgue a opção abaixo a respeito do emprego das palavras e 
expressões do texto. 
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d) A forma verbal composta “tem sido”(l. 15), por se constituir com o 
auxiliar ser, indica uma oração de voz passiva. 
 
Item INCORRETO 
Comentário. 
Como vimos, os verbos ser e estar constroem locuções verbais em 
orações de voz passiva analítica, enquanto que os verbos ter e haver 
formam locuções de tempo composto. O que a banca tentou foi 
induzir o candidato ao erro no último trecho da questão “por 
constituir com o auxiliar ser, indica uma oração de voz passiva”. 
Tal assertiva estaria correta se não fosse o verbo ser, na locução 
“tem sido”, o verbo principal, e não o auxiliar, este representado 
pelo verbo ter. 
Trata-se, pois, de tempo composto, e não de voz passiva. 
 
34 - (ACE 2002) Marque o item sublinhadoque represente 
impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortográfico. 
Hoje, nos países em desenvolvimento, desconfia-se de que(A) 
camufladamente(B) grande parte daquelas sociedades não-
governamentais e missões religiosas desempenham a mesma função 
de vilipêndio(C); na rota de ocupação, buscam credenciarem-se(D) 
como cientistas do solo, da fauna e da flora, consoante(E) já o 
fizeram nos casos do México e da Colômbia. 
(Baseado em Paulo Bonavides) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
Gabarito:D 
Comentário. 
Por se tratar de uma locução verbal, o verbo principal deverá 
permanecer na forma de infinitivo impessoal (sem flexão). 
Assim, a forma correta seria “buscam credenciar-se”. 
Aproveitaremos para tratar, agora, dos casos em que o infinitivo se 
flexiona. 
 
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FLEX ÃO DO INFINITIVO 
 
35 – (Auditor RN/2005) Marque a opção que não substitui 
corretamente o item sublinhado no texto, respeitando-se a ordem em 
que ocorrem. 
Na medida em que a dinâmica da acumulação privada e a mobilidade 
dos capitais já não são controladas pelo Estado através da tributação, 
os direitos humanos, numa visão jurídico-positiva, encontram-se em 
fase regressiva. Eles podem até continuar existindo no plano legal, 
sobrevivendo, em termos formais, aos processos de tributação. Mas 
não têm mais condições de ser efetivamente implementados no plano 
real (se é que o foram, integralmente, um dia). 
(Baseado em Mário Antônio Lobato de Paiva em 
www.ambitojuridico.com.br) 
 
a) Considerando que 
b) por meio 
c) continuarem 
d) já não têm 
e) serem 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Trata-se de uma locução verbal “podem continuar existindo”, não se 
admitindo a flexão do verbo “continuar”. O único verbo que se 
flexiona é o primeiro auxiliar. Os demais (segundo auxiliar e verbo 
principal) permanecem em uma das formas nominais – infinitivo, 
gerúndio ou particípio. 
O que nos interessa nessa questão é sugestão de troca do item e. 
“Mas [os direitos humanos] não têm mais condições de ser 
efetivamente implementados no plano real.” 
A troca pelo infinitivo flexionado (serem) é válida, pelos motivos a 
seguir expostos. 
 
INFINITIVO 
O infinitivo é uma das três formas nominais do verbo, junto com o 
gerúndio e o particípio. 
O infinitivo pode ser IMPESSOAL (não se flexiona em número ou 
pessoa) ou PESSOAL (possui sujeito e com ele pode concordar, 
havendo, nesse caso, flexão de número e pessoa). 
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O infinitivo PESSOAL pode se flexionar ou não, a depender da 
construção. 
Flexionar quer dizer conjugar em todas as pessoas, por exemplo: 
vender, venderes, vender, vendermos, venderem. 
 
CASOS EM QUE O INFINITIVO FLEXIONA 
1. Quando o sujeito da forma nominal está claramente expresso, ou 
seja, o infinitivo estiver acompanhado de um pronome pessoal ou de 
um substantivo – é o único caso de flexão obrigatória. 
A eleição de 2006 será o momento de os eleitores decidirem por 
uma renovação do Congresso Nacional. 
2. Quando se deseja indicar o sujeito não expresso a partir da 
desinência verbal: 
Está na hora de irmos embora. 
Observe que, se não houvesse a indicação pela desinência, não ficaria 
claro quem deveria ir embora. 
 
CASOS DE FLEXÃO FACULTATIVA DO INFINITIVO 
Quando o sujeito do infinitivo já estiver expresso em outra oração, 
geralmente na oração principal, a flexão torna-se facultativa. 
Recomenda-se, inclusive, omitir a flexão para o texto mais enxuto e 
objetivo, a não ser que exista o risco de ambigüidade, caso em que a 
flexão será necessária para dissipar qualquer dúvida. De qualquer 
forma, a flexão do infinitivo, nesses casos, é opcional – pode-se 
flexionar ou não, a critério do autor. 
 
As mulheres se reuniram para decidir/decidirem a melhor forma de 
conduta. 
As trabalhadoras discutiram uma forma de se proteger/protegerem 
dos abusos no ambiente de trabalho. 
O ministro convidou os índios para participar/participarem do debate. 
 
CASOS DE FLEXÃO DO INFINITIVO EM VOZ PASSIVA 
Com relação à flexão do infinitivo passivo (questão da prova de 
Auditor RN/2005), no esquema SUJEITO / PREPOSIÇÃO / SER / 
PARTICÍPIO, há duas possibilidades: 
 
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1 - Quando os sujeitos das orações são distintos e o do infinitivo vem 
logo após a preposição, as duas formas – FLEXIONADA OU NÃO - 
estão certas, dando-se preferência à flexão verbal. 
O objetivo é coletar informações mais precisas para ser / 
serem cruzadas com outros bancos de dados. 
Indique as providências a ser / serem tomadas. 
Envio os documentos para ser / serem analisados. 
 
2 - Prefere-se a não-flexão: 
a) quando o sujeito (plural) das duas orações for o mesmo: 
Doenças desse tipo levam até cinco anos para ser / 
serem tratadas. 
Eles estão para ser / serem expulsos. 
Saíram sem ser / serem percebidos. 
Os pedidos levaram dez dias para ser / serem 
analisados. 
b) quando se tem um adjetivo antes da preposição: 
São obras dignas de ser / serem imitadas. 
Os alimentos estavam prontos para ser / serem 
comercializados. 
As presas pareciam fáceis de ser / serem apanhadas. 
Apresentamos exercícios simples de ser / serem feitos. 
 
Observe que se trata de PREFERÊNCIA, a depender da ênfase que o 
autor queira dar. Não podemos tachar de certo ou errado. Ao não 
flexionar, valoriza-se a ação; com a flexão, dá-se ênfase ao sujeito 
que a pratica. Muitas vezes, a escolha é feita por questão de eufonia 
ou de clareza textual. 
Encerramos esse comentário-aula com as palavras de Pasquale Cipro 
Neto e Ulisses Infante (Gramática da Língua Portuguesa, Editora 
Scipione) de que "o infinitivo constitui um dos casos mais discutidos 
da língua portuguesa", e "estabelecer regras para o uso de sua forma 
flexionada, por exemplo, é tarefa difícil", e, "em muitos casos, a 
opção é meramente estilística". 
36 - (AFPS/2002) Leia o texto para responder, em seguida, à 
questão. 
Acho que a globalização tem graves problemas. Nós estamos 
percebendo que é hora de fazer ajustes, de garantir acesso dos 
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países pobres aos mercados do Primeiro Mundo. É hora de os países 
ricos fazerem algumas concessões. Culturalmente falando, a 
globalização é um sucesso espetacular, mas do ponto de vista 
econômico é um fracasso. Precisamos entender que a globalização 
não é uma força indomável da natureza. Ela é criação humana, 
produto de instituições e governos, de regras, e pode ser alterada. 
(Michel Bailey, VEJA, 22/05/2002, com adaptações) 
 
Julgue os itens a respeito do emprego das estruturas lingüísticas do 
texto e marque, a seguir, a opção correta. 
III. A substituição da preposição “de”(l.3) por que, antes de “os 
países ricos”(l.3-4), e a conseqüente substituição de “fazerem”(l.4) 
por fizessem, mantém as relações semânticas e a correção 
gramatical. 
IV. As regras da norma culta permitem que a forma de infinitivo 
verbal “fazerem”(l.4) seja também empregada sem flexão: fazer. 
 
Itens INCORRETOS. 
Comentário. 
Item III – exige-se, no item, que sejam mantidas as relações 
semânticas (significado) e a correção gramatical. Efetuando-se a 
troca sugerida, a oração seria: 
É hora que os países ricos fizessem algumas concessões. 
Além do prejuízo na correlação verbal entre “é” – presente do 
indicativo que denota situação real – e “fizessem”- pretéritodo 
subjuntivo, indicando incerteza, haveria também uma alteração no 
sentido original do texto. Item incorreto, portanto. 
Item IV – o sujeito da forma verbal é “países ricos”. Como o sujeito 
está explícito e no plural, a única forma possível para o infinitivo seria 
flexionado – fazerem – caso de flexão obrigatória. 
 
37 - (TRF 2002) 
O CPF é hoje um dos documentos mais utilizados no Brasil. Foi criado 
em 1965, com o objetivo de identificar o contribuinte – pessoa física 
– perante a Secretaria da Receita Federal e para que ela tivesse um 
maior controle dos contribuintes brasileiros. Com o passar do tempo, 
instituições financeiras e o comércio passaram a exigir o número do 
documento para fazer várias operações, como financiamentos, por 
exemplo. Enquanto o CPF é uma forma de identificação do 
contribuinte, a carteira de identidade tem a finalidade de identificar o 
cidadão por meio da Secretaria de Segurança Pública. 
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(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações) 
Julgue a asserção abaixo. 
c) O emprego do infinitivo flexionado, fazerem, no lugar de 
“fazer”(l.6) mantém a coerência textual e a correção gramatical. 
 
Item CORRETO (gabarito da questão). 
Comentário. 
A passagem é “Com o passar do tempo, instituições financeiras e o 
comércio passaram a exigir o número do documento para fazer várias 
operações...”. 
Como o sujeito das duas orações é o mesmo (instituições financeiras 
e o comércio), a flexão do infinitivo é facultativa. 
 
38 - (TRF 2002) 
Quem não declarou no ano passado está classificado pela Receita 
como “pendente”. Embora não tenha o CPF cancelado agora, sua 
situação será considerada irregular perante a Receita. O 
cancelamento do documento pode significar muitos problemas, pois o 
CPF passou a ser mais solicitado do que a carteira de identidade. Sem 
ele, é impossível abrir uma conta bancária, comprar a prazo, prestar 
concurso público. Caso ganhe em uma loteria, também será impedido 
de retirar o prêmio. 
(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações) 
A respeito das estruturas lingüísticas do texto, julgue a assertiva 
abaixo. 
c) O infinitivo é não flexionado na locução verbal “passou a ser”(l.5) 
porque complementa um verbo causativo. 
 
Item INCORRETO. 
Comentário. 
Nesse caso, o infinitivo não foi flexionado por fazer parte de uma 
locução verbal. 
Os verbos causativos expressam noção de causa (deixar, fazer, 
mandar, como “Mandei os alunos chegarem”, “Fizeram-no confessar 
o crime.”) e, em construções com o uso de infinitivo, este não se 
flexiona quando tem por sujeito um forma pronominal átona (“Deixe-
os sair.”). 
 
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39 - (IRB ANALISTA/2004) - Leia o seguinte texto para responder 
às questões. 
As sociedades humanas são complexas e os seus membros se atraem 
ou se repelem em função de sua pertinência. O homem só não existe, 
mesmo quando solitário. Para se construir e entender-se, o homem 
precisa pertencer. Essa pertinência vai desde a linguagem, passa 
pelos grupos e classes sociais e invade as culturas, os saberes, e até 
mesmo as idiossincrasias. As sociedades não são essencialmente 
harmônicas. Elas estão sempre se transformando a partir dos 
conflitos e das contradições que as fazem mover e se transformar. 
Assim, as sociedades funcionam muito mais pela lógica das 
contradições que pela lógica da identidade. 
(Roberto de Aguiar, Ética e direitos humanos, com adaptações) 
Julgue se a substituição proposta preservaria a correção gramatical e 
a coerência do texto. 
• “mover”(l.8) > moverem 
 
Item INCORRETO. 
 
Comentário. 
 
Para análise, é necessário transcrever toda a oração. 
Elas [as sociedades] estão sempre se transformando a partir dos 
conflitos e das contradições que as fazem mover e se transformar. 
Mais uma vez, a banca explorou a flexão do infinitivo com verbos 
causativos e sensitivos. 
O verbo fazer é um verbo causativo – exprime relação de causa. 
O que se extrai do trecho é que “Conflitos e contradições as fazem 
[as = sociedades] mover.” 
O sujeito do verbo fazer é “conflitos e contradições” e o objeto direto 
é tudo que se segue ao verbo – “as mover”, sendo que o pronome 
demonstrativo “as” está em substituição à expressão “as sociedades”. 
O objeto direto também está sob a forma oracional [as mover], com 
sujeito (representado pelo pronome oblíquo as) e um verbo (mover). 
Assim, como tem por sujeito uma forma pronominal átona, o 
infinitivo não pode se flexionar. Trata-se de uma forma pessoal 
(possui sujeito) sem flexão verbal. 
Isso acontece em construções com VERBOS CAUSATIVOS (fazer, 
permitir, deixar, mandar) e SENSITIVOS (que expressam sensações 
– ouvir, sentir, ver), acompanhados de PRONOMES ÁTONOS (que 
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exercem a função de sujeito) + VERBOS NO INFINITIVO PESSOAL 
NÃO FLEXIONADO. 
Assim, está incorreta a sugestão, pois o verbo no infinitivo não 
poderia se flexionar (moverem). 
 
40 - (TRF 2002) Analise as opções abaixo e julgue a correção 
gramatical em relação às alterações propostas. 
Maior é a exigência de uma ação transparente naqueles domínios 
em(a) que a atividade estatal gera encargos financeiros para a 
cidadania. É o caso da imposição de tributos. Se os indivíduos devem 
concorrer(b) para a manutenção dos serviços públicos, hão(c) de 
ter a garantia de não ser surpreendidos. É por isso que a constituição 
estabelece como princípio que os tributos sejam instituídos num(d) 
exercício e cobrados noutro, e sempre criados por lei. Assim se 
assegura o benefício ao Estado(e), e ao indivíduo a garantia do 
conhecimento prévio e certo de suas responsabilidades. 
(Josaphat Marinho, Surpresas Tributárias, com adaptações) 
b) substituir “concorrer”(l.4) por concorrerem. 
c) substituir “hão”(l.4) por há. 
 
Itens INCORRETOS. 
Comentário. 
Os verbos CONCORRER e HAVER fazem parte de locuções verbais, 
na qualidade de, respectivamente, verbo principal e verbo auxiliar. 
“Se os indivíduos devem concorrer...” – o verbo principal 
permanece no infinitivo impessoal. 
“[os indivíduos] hão de ter a garantia de...” - o verbo auxiliar segue 
a flexão que teria o verbo principal. Como a forma verbal ter iria se 
flexionar, para concordar com o sujeito da ação (“os indivíduos 
terão...”), assim ficará o verbo haver (hão de ter). 
 
41 - (Técnico IPEA/2004) Julgue se a substituição proposta 
preservaria a coerência e a correção gramatical do texto. 
O conceito de ética é também algo estreitamente vinculado ao 
sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, 
como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente 
evoluído no seu conteúdo, como evoluem esses costumes ao longo do 
tempo e da história. 
(R. Saturnino Braga, Ética e política, com adaptações) 
b) viverem por “viver”(L.2) 
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Item INCORRETO. 
 
Comentário. 
 
O infinitivo, na função de complemento nominal (completa o sentido 
do substantivo modo), não possui sujeito e, em virtude disso, não 
pode se flexionar. 
São formas igualmente não flexionadas as em que o verbo no 
infinitivo: 
- esteja ligado a um adjetivo, apresentando uma idéia passiva: “São 
coisas fáceis de fazer (de serem feitas)”; 
- faça parte de uma locução verbal, inclusive no lugar de uma forma 
no gerúndio: “Vamos estudar para a prova.”; “Ela ficou a esperar 
(esperando) pelo marido ausente.”;- se ligue a verbos causativos (deixar, mandar, fazer e sinônimos) ou 
sensitivos (ver, ouvir, sentir e sinônimos) e tenha como sujeito um 
pronome oblíquo: “Deixe-me ir”; “Ouvi-os cantar pela casa.”. 
 
 
VOZES VERBAIS 
 
42 - (TRF 2002) Assinale a opção em que uma das duas 
possibilidades de redação está gramaticalmente incorreta. 
a) A economia americana sobreviveu a muitos percalços e, até o 
início da curta e moderada recessão, da qual parece começar a 
emergir, conheceu nove anos de uma das mais exuberantes 
expansões de sua história. / A economia americana sobreviveu a 
muitos percalços e conheceu nove anos de uma das mais 
exuberantes expansões de sua história até o início da curta e 
moderada recessão, de que parece começar a emergir. 
b) O professor Paul Kennedy, figura expressiva da “escola do 
declínio” na década de 80, confessa ter mudado de posição. Temia o 
pior em 1985, quando o esforço militar consumia 45% do PIB. / 
Figura expressiva da “escola do declínio” na década de 80, o 
professor Paul Kennedy confessa que mudou de posição. Temia o pior 
em 1985, quando o esforço militar consumia 45% do PIB. 
c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preço de 
3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem 
susto o momento próximo em que os EUA gastarão com a defesa US$ 
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1 bilhão por dia. / Seu pensamento hoje é esse: tornou-se barato 
adquirir a hegemonia ao preço de 3,8% de PIB florescente e 
produtividade que permite encarar sem susto o momento próximo em 
que os EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão por dia. 
d) Não quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou 
possam ignorar para sempre alguns ameaçadores desequilíbrios de 
sua economia e as reações do resto do mundo. / Não quer isso dizer 
que os americanos sejam onipotentes ou que alguns ameaçadores 
desequilíbrios de sua economia e as reações do resto do mundo 
possa por eles serem ignorados para sempre. 
e) Significa apenas reconhecer que a atual configuração do poder 
mundial está longe do declínio e que um país como os Estados Unidos 
tem uma extraordinária capacidade para recuperar-se de erros que 
para outros seriam provavelmente fatais. / Significa apenas o 
reconhecimento de que a atual configuração do poder mundial está 
longe do declínio e de que um país como os Estados Unidos tem uma 
extraordinária capacidade para recuperar-se de erros que para outros 
seriam provavelmente fatais. 
(Itens adaptados de Rubens Ricupero) 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Neste item, o segundo segmento apresenta um erro de flexão na 
locução verbal. O correto seria “possam ser ignorados”. 
 
Essa questão nos remete ao estudo das vozes verbais. 
Além das flexões em número, pessoa, tempo e modo, o verbo 
também pode variar em vozes. 
 
São elas: 
 
ƒ VOZ ATIVA – O sujeito pratica a ação expressa pelo verbo. É 
um sujeito “agente”, “ativo”. 
ƒ VOZ PASSIVA – O sujeito recebe (sofre) a ação verbal. É um 
sujeito “paciente”, “passivo”. Divide-se em ANALÍTICA (análise é 
coisa longa, demorada) e PRONOMINAL ou SINTÉTICA (síntese é 
coisa breve, rápida). 
ƒ VOZ REFLEXIVA – Construída com o verbo e um pronome 
reflexivo. O sujeito pratica contra si mesmo a ação verbal. 
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ƒ VOZ RECÍPROCA - Classificação apresentada pelo professor 
Evanildo Bechara, a voz recíproca é construída com o verbo e um 
pronome recíproco. Ao mesmo tempo em que pratica a ação, recebe-
a de volta por outro agente. Por ser recíproco, o verbo deve estar 
sempre no plural, pois o ato é praticado por dois ou mais agentes 
(“Ao fim do jogo, os jogadores agrediram-se”, “Aquela relação é 
bem difícil pois se odeiam mãe e filha.”). 
 
O cuidado maior que se deve ter é na transposição das vozes – ativa 
para passiva / passiva analítica para passiva sintética, especialmente 
com relação à conjugação (tempo/modo) do verbo. 
 
 
 
 
(1) (3) (2) (4) 
O 
PROFESSOR 
DEU O LIVRO AO ALUNO. VOZ 
ATIVA: 
sujeito 
ativo 
verbo objeto direto 
objeto 
indireto 
 
 
 
(2) (3) (1) (4) 
O LIVRO FOI DADO 
PELO 
PROFESSOR 
AO ALUNO. VOZ PASSIVA 
ANALÍTICA: 
sujeito 
passivo 
locução 
verbal 
agente da 
passiva 
objeto 
indireto 
 
(1) – O termo que exercia a função sintática de SUJEITO na voz ativa 
passará à função de AGENTE DA VOZ PASSIVA, pois é isso 
exatamente que ele faz – AGE, PRATICA A AÇÃO. 
(2) - O termo que exercia a função sintática de OBJETO DIRETO na 
voz ativa passará à função de SUJEITO da construção passiva, já que 
ele sofre a ação verbal. 
(3) - O verbo passa a ser uma locução verbal, e é nesse ponto que o 
candidato deve ter mais atenção. Não pode haver mudança no tempo 
ou no modo verbal. Se o verbo originalmente estava no Pretérito 
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Perfeito do Indicativo, o verbo auxiliar da locução verbal deverá 
manter essa mesma conjugação. 
(4) - E o que acontece com o termo que exercia a função de objeto 
indireto? Vai continuar na mesma. Vai continuar exercendo a função 
de objeto indireto. 
 
Na construção em voz passiva sintética, como o nome já sugere, há 
uma “simplificação” das formas. Não há locução verbal – o verbo irá 
concordar com o seu sujeito paciente e ao seu lado será colocado um 
pronome, chamado de pronome apassivador, porque é ele quem 
indica essa construção. E também não existe a figura do AGENTE DA 
PASSIVA. É praxe que, nessa estrutura sintética, o verbo anteceda o 
sujeito paciente. 
 
(3) (2) (4) 
DEU-SE O LIVRO AO ALUNO. 
VOZ 
PASSIVA 
SINTÉTICA: Verbo + pronome 
apassivador 
sujeito passivo objeto indireto 
 
Note que, para que seja possível a construção de voz passiva (tanto 
analítica como sintética), é indispensável que o verbo tenha 
transitividade direta, ou seja, tenha um complemento direto (OBJETO 
DIRETO). Isso porque esse termo exercerá a função de SUJEITO da 
voz passiva. 
Assim, o verbo deverá ser TRANSITIVO DIRETO ou TRANSITIVO 
DIRETO E INDIRETO para que possa ser construído em voz passiva. 
Os verbos que não atendem a essa exigência, pela norma culta, 
estão impossibilitados de construção passiva. Esse assunto será 
tratado novamente (e à exaustão) quando falarmos de concordância 
verbal e de regência verbal. 
Na questão, o primeiro segmento apresenta uma locução verbal na 
construção de voz ativa – “que os americanos [SUJEITO] possam 
ignorar [LOCUÇÃO VERBAL] alguns ameaçadores desequilíbrios de 
sua economia e as reações do resto do mundo [OBJETO DIRETO].”. 
Transpondo-se a construção do segundo segmento para a voz 
passiva - “que alguns ameaçadores desequilíbrios de sua economia 
e as reações do resto do mundo [SUJEITO PACIENTE] possam ser 
ignorados [LOCUÇÃO VERBAL PASSIVA] por eles [= pelos americanos 
- AGENTE DA PASSIVA].” 
Assim, estamos diante de uma locução verbal com dois verbos 
auxiliares (possam + ser) e um principal (ignorados). Somente o 
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primeiro verbo auxiliar (possam) deverá se flexionar, enquanto os 
demais se mantêm em uma forma nominal (infinitivo, gerúndio ou 
particípio). 
Finalmente, na voz reflexiva, o sujeito pratica e sofre, 
concomitantemente, a ação expressa pelo verbo. Mais adiante, 
comentaremos algumas das poucas questões da ESAF que abordaram 
esse ponto do assunto. 
 
43 - (BACEN 2001) Analise o item a respeito do emprego das formas 
verbais no texto.Uma profunda transformação tecnológica será promovida nos bancos 
brasileiros neste primeiro semestre para que eles se adaptem às 
normas determinadas pelo Banco Central (BC), que prevêem a 
reestruturação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). O novo 
modelo entra em vigor no dia 1º de outubro, quando já deve estar 
em funcionamento a transferência de grandes valores com liquidação 
bruta em tempo real e o monitoramento on line da conta reservas 
bancárias mantida no BC, que se livrará da obrigação de cobrir os 
saldos negativos deixados pelos bancos nas operações do dia-a-dia. 
Se, de um lado, as cerca de 170 instituições financeiras 
movimentam-se para modernizar seu aparato tecnológico, de outro 
as indústrias de software travam uma batalha para conquistar uma 
fatia dos investimentos que serão feitos. 
(Gazeta Mercantil, 20/2/2001, com adaptações) 
I. Mantém-se a correção gramatical e a idéia de voz passiva ao se 
substituir a expressão verbal “será promovida” (l.1) por promover-
se-á. 
 
Item CORRETO. 
Comentário. 
Abstraindo-se a questão relativa à colocação pronominal, objeto de 
estudo posterior, na troca de “será promovida” por “promover-se-á”, 
houve tão-somente a mudança da voz passiva analítica para a voz 
passiva sintética, mantendo-se plenamente a correção gramatical. 
 
44 - (TRF 2002) Em relação ao texto, julgue as assertivas abaixo. 
A reforma do Estado é vista freqüentemente como um processo de 
redução do tamanho do Estado, que envolve a delimitação de sua 
abrangência institucional e a redefinição de seu papel. Diante do seu 
crescimento excessivo no século XX, das esperanças 
demasiadamente grandes que foram nele depositadas pelos 
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socialistas e das distorções de que o Estado afinal foi vítima, essa 
perspectiva é absolutamente correta. 
(Luiz Carlos Bresser Pereira, com adaptações) 
a) O uso da voz passiva em “é vista”(l.1) é um recurso que torna o 
agente da ação mais evidente. 
d) A expressão “pelos socialistas”(l.5-6) exerce a função de 
complemento nominal de “nele” (l.5). 
 
Itens INCORRETOS. 
Comentário. 
A opção de letra “a” é incorreta, uma vez que, na voz passiva, a 
ênfase recai sobre o sujeito paciente, que sofre a ação verbal, no 
caso, “A reforma do estado”, e não no agente da ação, representado 
pela função sintática de agente da passiva. Não houve menção, na 
passagem, à pessoa que pratica a ação verbal, ou seja, quem 
efetivamente vê a reforma do Estado. Esse termo, na estrutura, 
repetimos, estaria exercendo a função de agente da passiva. 
Já no item “d”, igualmente incorreto, temos um bom exemplo de 
agente da passiva: “Diante do seu crescimento excessivo no século 
XX, das esperanças demasiadamente grandes que foram nele 
depositadas pelos socialistas...”. 
Modificando a estrutura, para fins de análise, e colocando na ordem 
direta, temos que: “Esperanças demasiadamente grandes foram 
depositadas no século XX pelos socialistas.”. 
Dessa forma, podemos perceber uma estrutura de voz passiva, na 
qual quem exerce a função de sujeito (sofre a ação) é a expressão 
“esperanças demasiadamente grandes” e quem pratica a ação verbal 
(agente da passiva) é “socialistas”. 
 
45 - (AFRF/2002-2) 
Há muitos anos a Reforma Tributária brasileira vem sendo 
considerada como uma prioridade nacional, mas parece condenada a 
um eterno projeto. Apesar de haver consenso quanto a sua 
necessidade, a discussão não avança. Desde 1995, quando o governo 
encaminhou sua primeira proposta ao Legislativo, o tema é debatido 
e não se chega a uma conclusão. Todos concordam que o sistema 
tributário brasileiro é repleto de distorções e deficiências, porém, 
quando se aprofunda o debate, os conflitos de interesses aparecem, 
dificultando a aprovação do projeto. 
(www.unafisco.org.br) 
 
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Em relação aos elementos que estruturam o texto, julgue a 
afirmativa. 
a) A expressão “vem sendo considerada”(l.1-2), poderia, sem 
prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituída por 
tem sido considerada. 
 
Item CORRETO. 
As duas construções têm a mesma estrutura passiva (verbo ser como 
segundo auxiliar), mas apresentam diferentes aspectos. Na primeira, 
o verbo vir atribui um valor de continuidade da ação, por ser um 
auxiliar modal (imputa à locução uma idéia circunstancial). A segunda 
é uma locução verbal de tempo composto. 
Como a questão aborda exclusivamente aspectos gramaticais, a 
substituição é possível, sem prejuízo para o período. 
 
46 – (Técnico do IPEA/2004) Julgue se substituição proposta 
preserva a coerência e a correção gramatical do texto. 
O conceito de ética é também algo estreitamente vinculado ao 
sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, 
como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente 
evoluído no seu conteúdo, como evoluem esses costumes ao longo do 
tempo e da história. 
(R. Saturnino Braga, Ética e política, com adaptações) 
d) vem naturalmente evoluindo por “tem naturalmente 
evoluído”(L.3 e 4) 
 
Item CORRETO. 
Comentário. 
Perceba como essa questão é muito parecida com a que acabamos de 
analisar. 
Mais uma vez, é sugerida uma troca que preserve os aspectos 
gramaticais e a coerência textual. Tanto o sintagma “tem evoluído” 
como “vem evoluindo” fornecem o aspecto de continuidade da ação e 
respeitam a ortodoxia gramatical. 
 
47 - (MPOG 2000) 
A globalização é um fato. Os desafios institucionais que ela vem 
gerando devem ser compreendidos utilizando os próprios 
instrumentos metodológicos que ela produziu. Embora o Brasil não 
tenha uma autêntica tradição de livre mercado e de competição, se 
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se lograr superar a inércia, será fácil ao país lançar-se na vanguarda 
da modernidade, precisamente porque nossa reconhecida 
desvantagem, a de não possuirmos instituições estáveis e bem 
arraigadas, poderá ser, afinal, o nosso trunfo nesta vertiginosa era 
das comunicações. 
(Diogo de Figueiredo Moreira Neto) 
Em relação ao texto, analise a assertiva abaixo. 
c) Em “lançar-se”(l.5) o pronome “se” indica indeterminação do 
sujeito. 
 
Item INCORRETO. 
A questão aborda VOZ REFLEXIVA, situação em que o sujeito 
pratica e sofre, ao mesmo tempo, a ação verbal. Por isso, o verbo 
vem sempre acompanhado de um pronome reflexivo (pentear-se, 
envenenar-se, enganar-se, superar-se). 
Na passagem, verifica-se que “o país irá lançar ‘a si mesmo’ na 
vanguarda da modernidade”. Ao mesmo tempo, pratica e sofre a 
ação. Logo, esse pronome é reflexivo, e não forma sujeito 
indeterminado. 
 
48 - (IRB ANALISTA/2004) - Leia o seguinte texto para responder à 
questão. 
As sociedades humanas são complexas e os seus membros se atraem 
ou se repelem em função de sua pertinência. O homem só não 
existe, mesmo quando solitário. Para se construir e entender-se, o 
homem precisa pertencer. Essa pertinência vai desde a linguagem, 
passa pelos grupos e classes sociais e invade as culturas, os saberes, 
e até mesmo as idiossincrasias. As sociedades não são 
essencialmente harmônicas. Elas estão sempre se transformando a 
partir dos conflitos e das contradições que as fazem mover e se 
transformar. Assim, as sociedades funcionam muito mais pela lógica 
das contradições que pela lógica da identidade. 
(Roberto de Aguiar, Ética e direitos humanos, com adaptações) 
Analise se a substituição proposta preservaria a correção gramatical e 
a coerência do texto. 
b) “entender-se”(l.3) > entender 
 
Item CORRETO.Comentário. 
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Mais uma vez, verificamos o emprego de um pronome reflexivo. Na 
passagem “O homem só não existe, mesmo quando solitário. Para 
se construir e entender-se, o homem precisa pertencer.”, percebe-se 
que o homem irá construir ‘a si mesmo’ e entender ‘a si mesmo’. 
O item está correto, pois sugere uma troca válida. O pronome 
reflexivo já estava expresso, ao lado do primeiro verbo da relação, 
dispensando-se a sua repetição. 
 
49- (AFC/STN 2000) Em relação ao texto a seguir, analise a opção 
abaixo. 
 Contamos com dois tipos tidos como “clássicos" de burguês: o 
que combina poupança e avidez de lucro à propensão de converter a 
acumulação de riqueza em fonte de independência e de poder; e o 
que encarna a "capacidade de inovação" o "gênio empresarial" e o 
"talento organizador", requeridos pelos grandes empreendimentos 
econômicos modernos. Além disso, os dois tipos sucedem-se no 
tempo, como objetivações de processos histórico-sociais distintos, 
mas de tal maneira que certas qualidades ou atributos básicos do 
"espírito burguês" se associam crescentemente ao estilo de vida 
imperante nas cidades e às formas de socialização dele decorrentes. 
(Florestan Fernandes, A Revolução Burguesa no Brasil, pág. 1512, 
Intérpretes do Brasil, vol. 3) 
 
c) Em “sucedem-se” (l.6), “se” indica o uso da voz passiva. 
 
Item INCORRETO. 
Comentário. 
Perceba que a idéia apresentada no texto é a de que um tipo de 
burguês sucede ao outro no tempo. Assim, esse é um caso de 
pronome recíproco (mais de um agente praticando a ação verbal 
contra os outros). 
 
50 – (AFC CGU/2006) 
O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de 
mudanças na história do pensamento e da técnica. Ao lado da 
aceleração avassaladora nas tecnologias da comunicação, de artes, 
de materiais e de genética, ocorreram mudanças paradigmáticas no 
modo de se pensar a sociedade e suas instituições. De modo geral, as 
críticas apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos sobre 
o homem e seus aspectos, constituídos no momento histórico iniciado 
no século XV e consolidado no século XVIII. A modernidade que 
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surgira nesse período é agora criticada em seus pilares fundamentais, 
como a crença na verdade, alcançável pela razão, e na linearidade 
histórica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, são 
propostos novos valores, menos fechados e categorizantes. 
(http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com 
adaptações)) 
 
Julgue a assertiva abaixo. 
c) A supressão do pronome “se”(l.5) alteraria as relações sintáticas 
da oração, mas preservaria a coerência textual, pois a estrutura da 
oração admite aí omissão do sujeito. 
 
Item CORRETO. 
Comentário. 
A construção do verbo “pensar”, que é transitivo direto, com o 
pronome “se” forma uma voz passiva, cujo sujeito paciente é 
representado por “a sociedade e suas instituições”. Apesar de 
composto (dois núcleos – sociedade e instituições), por estar 
posposto ao verbo, faculta a flexão deste no singular. 
Ao se retirar o pronome, se desfaz essa passividade, passando o 
verbo a não apresentar o sujeito, tornando-se impessoal (“no modo 
de pensar a sociedade e suas instituições”). Resulta daí a correção da 
afirmativa “a estrutura da oração admite aí omissão do sujeito”. 
Neste caso, os termos que antes exerciam a função de sujeito da voz 
passiva passam a exercer a função de objeto direto. 
 
Grande abraço a todos, bons estudos e até a próxima. 
 
LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS. 
 
26 - (AFC/SFC 2000) Assinale a opção em que a correlação entre 
tempos e modos verbais constitui erro de sintaxe. 
a) Há pelo menos dois séculos, desde que Adam Smith inaugurou a 
profissão, os economistas consomem boa parte de seu tempo, enalte-
cendo os benefícios do livre comércio e pregando a liberdade 
econômica. 
b) O mundo perfeito, garantem, é aquele em que não há nenhum tipo 
de obstáculo ao fluxo de mercadorias, pessoas e idéias. 
c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira 
harmoniosa, regida por uma mão invisível que a fazia viver sempre 
em equilíbrio. 
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d) Presa, seria como uma máquina com areia nas engrenagens, cujo 
atrito traria desperdício de energia e empobreceria os cidadãos. 
e) A virada do milênio reservou um paradoxo e tanto para os 
seguidores do economista escocês. Nunca como agora o mundo 
aderiu com tanta garra a suas teses. 
(Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.135) 
 
27 - (AFC/SFC 2000) Assinale a opção que foi transcrita com 
problemas na correlação dos tempos verbais. 
a) Em setembro de 1998, pesquisa realizada com o apoio do 
Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) procurou medir a capacidade 
do trabalhador brasileiro de entender o que lê e estabelecer relações 
entre quantidades expressas em números, com critérios semelhantes 
aos usados nos países da Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os 29 principais 
países industrializados. 
b) Seria assustador que 82% dos entrevistados não entenderam a 
conta de juros reais que incidam, por exemplo, na prestação de um 
eletrodoméstico. Na era da informática, que tipo de oportunidade 
profissional pode ter uma pessoa com tais carências de qualificação? 
c) A pesquisa, realizada em várias cidades brasileiras, entre a 
população de baixa escolaridade, entre 15 e 55 anos, mostrou que, 
entre 69% e 81% (conforme a região) dos 2 mil entrevistados, 
quando solicitados a analisar texto informativo simples, apenas 
reconheciam o tema, sem assimilar o sentido do texto. 
d) A oferta de escolaridade combate o analfabetismo absoluto, 
como prova o caso brasileiro, mas não garante capacidade de 
apreensão, compreensão e concentração que os empregos modernos 
exigem. 
e) Por isso a Unesco insiste em que é preciso “educação de 
qualidade”. Alfabetizar custa pouco – o Comunidade Solidária gasta 
US$ 34 per capita. Educar para o moderno mercado de trabalho tem 
custo bem mais elevado, mas são poucos os países dispostos a pagá-
lo. 
(O Estado de S. Paulo - Notas e Informações, 22/4/2000, p. A3, com 
adaptações) 
 
28 - (Auditor do Trabalho/2003) No texto abaixo, assinale o trecho 
transcrito corretamente. 
a) Pesquisadores do Banco Mundial revelam que, a “globalização 
reduz a pobreza, mas não em todos os lugares”. 
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b) Embora muitas nações globalizadas procurem acompanhar o ritmo 
das mais opulentas, grande parte do mundo em desenvolvimento 
estão se tornando marginalizados. 
c) Na América Latina, por exemplo, “a integração global aumentou 
ainda mais as desigualdades salariais”, e há uma preocupação 
generalizada que o processo esteja levando uma maior desigualdade 
no próprio interior dos países. Essa desigualdade já alcançou os 
Estados em suas relações assimétricas. 
d) Embora Marx não estava pensando em escala global quando falou 
da distância, que separa os ricos dos pobres de forma crescente, 
essas previsões nunca pareceram tão verdadeiras quanto hoje. 
e) A inversão é apenas metodológica: trata-se do relacionamento 
entre o primeiro e o terceiro mundo, com os ricos ficando cada vez 
mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. 
(Adaptado de Fernando Magalhães, “A globalização e as lições da 
história”) 
 
29 - (AFRF/2002-2) Julgue as assertivas abaixo, em relação à 
correção gramatical dos períodos. 
c)Para que alcançamos tais objetivos, é indispensável que o Sistema 
Tributário Nacional seja utilizado como instrumento de distribuição de 
renda e redistribuição de riqueza, com o apoio de outros mecanismos 
auxiliares. 
d) A essência do direito é a sua aplicação prática – dever das 
autoridades públicas. Os princípios constitucionais não podem ser 
meras declarações de boas intenções, embora a regra jurídica existe 
para agir sobre à realidade social. 
 
30 - (AFC/SFC 2000) Indique a opção que preenche corretamente as 
lacunas do texto. 
É preciso que a discussão da reforma tributária ___________ 
norteada pela mesma premissa básica que inspirou várias propostas 
de reforma, defendidas tanto pelo Executivo como pelo Congresso, 
a partir do final de 1997. Por divergentes que ____________, tais 
propostas partiram todas do mesmo diagnóstico. De que a reforma 
que _________ necessária ________ a eliminação dos tributos 
cumulativos, bem como do IPI, ICMS e ISS, e a introdução de uma 
forma de taxação indireta, centrada em esquema amplo e coerente 
de impostos sobre valor adicionado. A grande questão - e é nisso 
que as propostas ________- é como fazer essa mudança. 
(Adaptado de Rogério L. F. Werneck, Estado de S. Paulo, 
27/10/2000) 
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a) volta a ser - tenham sido - fazia-se - requer - divergissem 
b) volte a serem - fossem - se fez - requeresse - divergiram 
c) volte a ser - tenham sido - se fazia - requeria - divergem 
d) volte sendo - eram - se faria - requeriam - divergirão 
e) voltem a ser - tivessem sido - fazia - requerem - diverge 
 
31 – (AFRF 2005) Leia o texto para responder à questão abaixo. 
 
O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto 
em que passa a dispor-se a máquina mudasse completamente de 
configuração. Entretanto, tal mudança obedece a certas coordenadas 
que começam a ser pensadas já na antiga Grécia, que novamente se 
relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, a partir de 
Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo, 
verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde 
então, entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado de 
uma adequação, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que 
a idéia que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse 
objeto. 
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) 
 
Analise a opção abaixo a respeito do uso das estruturas lingüísticas 
do texto. 
• Mantém-se a coerência da argumentação ao substituir “fez” 
(l.1) por faz; mas para que a correção gramatical seja mantida, 
torna-se obrigatória então a substituição de “mudasse” (l.2) para 
mude. 
 
32 - (Técnico do IPEA 2004) 
A Grande Depressão não foi apenas a maior crise de desemprego da 
História, mas também a primeira crise de desemprego nas grandes 
democracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado 
constituído, principalmente, por trabalhadores ameaçados pelo 
desemprego ou vítimas diretas dele. O corpo político havia mudado. 
Não levar em conta os interesses objetivos do eleitorado era um 
suicídio político certo. 
(Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise 
do Trabalho) 
Em relação ao texto, julgue a proposição a seguir. 
c) Caso a expressão “O corpo político”(l. 5) vá para o plural, estaria 
gramaticalmente correto manter a expressão “havia mudado” no 
singular, pois o verbo haver é impessoal. 
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33 - (Assistente de Chancelaria/2002) Leia o texto abaixo para 
responder às questões 01 e 02. 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
25 
O século XX foi o mais assassino na história registrada. O número 
total de mortes causadas por ou associadas a suas guerras foi 
estimado em 187 milhões. O equivalente a mais de 10% da 
população mundial em 1913. Entendido como tendo-se iniciado 
em 1914, foi um século de guerra quase ininterrupta, com 
poucos e breves períodos sem conflito armado organizado em 
algum lugar. Foi dominado por guerras mundiais: quer dizer, por 
guerras entre Estados territoriais ou alianças de Estados. Apesar 
disso, o século não pode ser tratado como um bloco único, seja 
cronológica, seja geograficamente. Cronologicamente, ele se 
distribui em três períodos: a era de guerras mundiais centrada na 
Alemanha, a era de confronto entre as duas superpotências e a 
era desde o fim do sistema de poder internacional clássico. 
Chamarei a esses períodos de 1, 2 e 3. Geograficamente, o 
impacto das operações militares tem sido desigual. Com uma 
exceção (a Guerra do Chaco), não houve guerras entre Estados 
significantes (em oposição a guerras civis) no hemisfério 
Ocidental no último século. Em contrapartida, guerras entre 
Estados, não necessariamente desconectadas do confronto 
global, permaneceram endêmicas ao Oriente Médio e ao sul da 
Ásia, e guerras maiores diretamente resultantes do confronto 
global aconteceram no leste e no sudeste da Ásia. Mais 
impressionante é a erosão da distinção entre combatentes e não-
combatentes. As duas guerras mundiais da primeira metade do 
século envolveram toda a população dos países beligerantes; 
tanto combatentes quanto não-combatentes sofreram. 
(Eric Hobsbawn, A epidemia da guerra, com adaptações) 
 
Julgue a opção abaixo a respeito do emprego das palavras e 
expressões do texto. 
d) A forma verbal composta “tem sido”(l. 15), por se constituir com o 
auxiliar ser, indica uma oração de voz passiva. 
 
34 - (ACE 2002) Marque o item sublinhado que represente 
impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortográfico. 
Hoje, nos países em desenvolvimento, desconfia-se de que(A) 
camufladamente(B) grande parte daquelas sociedades não-
governamentais e missões religiosas desempenham a mesma função 
de vilipêndio(C); na rota de ocupação, buscam credenciarem-se(D) 
como cientistas do solo, da fauna e da flora, consoante(E) já o 
fizeram nos casos do México e da Colômbia. 
(Baseado em Paulo Bonavides) 
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a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
35 – (Auditor RN/2005) Marque a opção que não substitui 
corretamente o item sublinhado no texto, respeitando-se a ordem em 
que ocorrem. 
Na medida em que a dinâmica da acumulação privada e a mobilidade 
dos capitais já não são controladas pelo Estado através da tributação, 
os direitos humanos, numa visão jurídico-positiva, encontram-se em 
fase regressiva. Eles podem até continuar existindo no plano legal, 
sobrevivendo, em termos formais, aos processos de tributação. Mas 
não têm mais condições de ser efetivamente implementados no plano 
real (se é que o foram, integralmente, um dia). 
(Baseado em Mário Antônio Lobato de Paiva em 
www.ambitojuridico.com.br) 
 
a) Considerando que 
b) por meio 
c) continuarem 
d) já não têm 
e) serem 
 
36 - (AFPS/2002) Leia o texto para responder, em seguida, à 
questão. 
Acho que a globalização tem graves problemas. Nós estamos 
percebendo que é hora de fazer ajustes, de garantir acesso dos 
países pobres aos mercados do Primeiro Mundo. É hora de os países 
ricos fazerem algumas concessões. Culturalmente falando, a 
globalização é um sucesso espetacular, mas do ponto de vista 
econômico é um fracasso. Precisamos entender que a globalização 
não é uma força indomável da natureza. Ela é criação humana, 
produto de instituições e governos, de regras, e pode ser alterada. 
(Michel Bailey, VEJA, 22/05/2002, com adaptações) 
 
Julgue os itens a respeito do emprego das estruturas lingüísticasdo 
texto e marque, a seguir, a opção correta. 
III. A substituição da preposição “de”(l.3) por que, antes de “os 
países ricos”(l.3-4), e a conseqüente substituição de “fazerem”(l.4) 
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por fizessem, mantém as relações semânticas e a correção 
gramatical. 
IV. As regras da norma culta permitem que a forma de infinitivo 
verbal “fazerem”(l.4) seja também empregada sem flexão: fazer. 
 
37 - (TRF 2002) 
O CPF é hoje um dos documentos mais utilizados no Brasil. Foi criado 
em 1965, com o objetivo de identificar o contribuinte – pessoa física 
– perante a Secretaria da Receita Federal e para que ela tivesse um 
maior controle dos contribuintes brasileiros. Com o passar do tempo, 
instituições financeiras e o comércio passaram a exigir o número do 
documento para fazer várias operações, como financiamentos, por 
exemplo. Enquanto o CPF é uma forma de identificação do 
contribuinte, a carteira de identidade tem a finalidade de identificar o 
cidadão por meio da Secretaria de Segurança Pública. 
(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações) 
Julgue a asserção abaixo. 
c) O emprego do infinitivo flexionado, fazerem, no lugar de 
“fazer”(l.6) mantém a coerência textual e a correção gramatical. 
 
38 - (TRF 2002) 
Quem não declarou no ano passado está classificado pela Receita 
como “pendente”. Embora não tenha o CPF cancelado agora, sua 
situação será considerada irregular perante a Receita. O 
cancelamento do documento pode significar muitos problemas, pois o 
CPF passou a ser mais solicitado do que a carteira de identidade. Sem 
ele, é impossível abrir uma conta bancária, comprar a prazo, prestar 
concurso público. Caso ganhe em uma loteria, também será impedido 
de retirar o prêmio. 
(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações) 
A respeito das estruturas lingüísticas do texto, julgue a assertiva 
abaixo. 
c) O infinitivo é não flexionado na locução verbal “passou a ser”(l.5) 
porque complementa um verbo causativo. 
 
39 - (IRB ANALISTA/2004) - Leia o seguinte texto para responder 
às questões. 
As sociedades humanas são complexas e os seus membros se atraem 
ou se repelem em função de sua pertinência. O homem só não existe, 
mesmo quando solitário. Para se construir e entender-se, o homem 
precisa pertencer. Essa pertinência vai desde a linguagem, passa 
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pelos grupos e classes sociais e invade as culturas, os saberes, e até 
mesmo as idiossincrasias. As sociedades não são essencialmente 
harmônicas. Elas estão sempre se transformando a partir dos 
conflitos e das contradições que as fazem mover e se transformar. 
Assim, as sociedades funcionam muito mais pela lógica das 
contradições que pela lógica da identidade. 
(Roberto de Aguiar, Ética e direitos humanos, com adaptações) 
Julgue se a substituição proposta preservaria a correção gramatical e 
a coerência do texto. 
• “mover”(l.8) > moverem 
 
40 - (TRF 2002) Analise as opções abaixo e julgue a correção 
gramatical em relação às alterações propostas. 
Maior é a exigência de uma ação transparente naqueles domínios 
em(a) que a atividade estatal gera encargos financeiros para a 
cidadania. É o caso da imposição de tributos. Se os indivíduos devem 
concorrer(b) para a manutenção dos serviços públicos, hão(c) de 
ter a garantia de não ser surpreendidos. É por isso que a constituição 
estabelece como princípio que os tributos sejam instituídos num(d) 
exercício e cobrados noutro, e sempre criados por lei. Assim se 
assegura o benefício ao Estado(e), e ao indivíduo a garantia do 
conhecimento prévio e certo de suas responsabilidades. 
(Josaphat Marinho, Surpresas Tributárias, com adaptações) 
b) substituir “concorrer”(l.4) por concorrerem. 
c) substituir “hão”(l.4) por há. 
 
41 - (Técnico IPEA/2004) Julgue se a substituição proposta 
preservaria a coerência e a correção gramatical do texto. 
O conceito de ética é também algo estreitamente vinculado ao 
sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, 
como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente 
evoluído no seu conteúdo, como evoluem esses costumes ao longo do 
tempo e da história. 
(R. Saturnino Braga, Ética e política, com adaptações) 
b) viverem por “viver”(L.2) 
 
42 - (TRF 2002) Assinale a opção em que uma das duas 
possibilidades de redação está gramaticalmente incorreta. 
a) A economia americana sobreviveu a muitos percalços e, até o 
início da curta e moderada recessão, da qual parece começar a 
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emergir, conheceu nove anos de uma das mais exuberantes 
expansões de sua história. / A economia americana sobreviveu a 
muitos percalços e conheceu nove anos de uma das mais 
exuberantes expansões de sua história até o início da curta e 
moderada recessão, de que parece começar a emergir. 
b) O professor Paul Kennedy, figura expressiva da “escola do 
declínio” na década de 80, confessa ter mudado de posição. Temia o 
pior em 1985, quando o esforço militar consumia 45% do PIB. / 
Figura expressiva da “escola do declínio” na década de 80, o 
professor Paul Kennedy confessa que mudou de posição. Temia o pior 
em 1985, quando o esforço militar consumia 45% do PIB. 
c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preço de 
3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem 
susto o momento próximo em que os EUA gastarão com a defesa US$ 
1 bilhão por dia. / Seu pensamento hoje é esse: tornou-se barato 
adquirir a hegemonia ao preço de 3,8% de PIB florescente e 
produtividade que permite encarar sem susto o momento próximo em 
que os EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão por dia. 
d) Não quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou 
possam ignorar para sempre alguns ameaçadores desequilíbrios de 
sua economia e as reações do resto do mundo. / Não quer isso dizer 
que os americanos sejam onipotentes ou que alguns ameaçadores 
desequilíbrios de sua economia e as reações do resto do mundo 
possa por eles serem ignorados para sempre. 
e) Significa apenas reconhecer que a atual configuração do poder 
mundial está longe do declínio e que um país como os Estados Unidos 
tem uma extraordinária capacidade para recuperar-se de erros que 
para outros seriam provavelmente fatais. / Significa apenas o 
reconhecimento de que a atual configuração do poder mundial está 
longe do declínio e de que um país como os Estados Unidos tem uma 
extraordinária capacidade para recuperar-se de erros que para outros 
seriam provavelmente fatais. 
(Itens adaptados de Rubens Ricupero) 
 
43 - (BACEN 2001) Analise o item a respeito do emprego das formas 
verbais no texto. 
Uma profunda transformação tecnológica será promovida nos bancos 
brasileiros neste primeiro semestre para que eles se adaptem às 
normas determinadas pelo Banco Central (BC), que prevêem a 
reestruturação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). O novo 
modelo entra em vigor no dia 1º de outubro, quando já deve estar 
em funcionamento a transferência de grandes valores com liquidação 
bruta em tempo real e o monitoramento on line da conta reservas 
bancárias mantida no BC, que se livrará da obrigação de cobrir os 
CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS – TURMA 2 
PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
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saldos negativos deixados pelos bancos nas operações do dia-a-dia. 
Se, de um lado, as cerca de 170 instituições financeiras 
movimentam-se para modernizar seu aparato tecnológico, de outro 
as indústrias de software travam uma batalha para conquistar

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