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Equiparação salarial

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Direito trabalhista (pós-reforma) 
 
 
 
 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
 
 
 
1 
 
Sumário 
 
Introdução ............................................................................................................................. 2 
 
Objetivo ................................................................................................................................. 2 
 
1. Equiparação Salarial .................................................................................................... 2 
1.1. Condições da Equiparação Salarial..................................................................... 2 
 
Exercícios ............................................................................................................................... 6 
 
Gabarito ................................................................................................................................. 7 
 
Resumo .................................................................................................................................. 7 
 
 
 
2 
 
Introdução 
O art. 461 da CLT sofreu profunda alteração com o advento da Lei 
13.467/2017, sendo o §4º o único dispositivo original deste artigo. 
Você sabe o que é Equiparação salarial? 
Quando falamos de equiparação salarial, estamos nos referindo a um 
procedimento comparativo. Na esfera trabalhista, significa que um interessado 
tomará como referencial um colega de trabalho que, na sua ótica, realiza idênticas 
funções, não somente num aspecto material, como também na forma quantitativa e 
qualitativa, buscando a correção de uma desigualdade salarial. 
Porém, para um empregado almejar o instituto da equiparação salarial, será 
necessário preencher alguns requisitos previstos no art. 461 da CLT. Vamos 
prosseguir a leitura e descobrir! 
Objetivo 
• Analisar as hipóteses e condições para reconhecimento da equiparação 
salarial 
 
1. Equiparação Salarial 
A Constituição Federal em seu art. 7º, inciso XXX, proíbe qualquer diferença 
de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil. 
A igualdade salarial é disciplinada pelo art. 461 da CLT, que estabelece os 
requisitos para o direito a equiparação salarial, isto é, reconhecer o direito de 
percebimento de idêntico valor de salário. 
Dessa forma, o exercício da mesma função na empresa atendidos os 
requisitos impostos pela Lei, gera a necessidade de igualdade de salários, podendo o 
trabalhador prejudicado ou discriminado, postular no Judiciário trabalhista a 
equiparação salarial com o modelo ou paradigma. 
Mas quais são os requisitos para postular a equiparação salarial? 
Prosseguimos a leitura! 
 
1.1. Condições da Equiparação Salarial 
Equiparação, portanto, é o procedimento de correção de uma desigualdade 
salarial que possui o objetivo conferir igual retribuição, sem distinção de sexo, etnia, 
 
3 
 
nacionalidade ou idade, a quem preste serviço de igual valor, em idêntica função, ao 
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento. 
O requerente da equiparação judicial chama-se paragonado. O modelo 
chama-se paradigma. A equiparação ou isonomia salarial está disciplinada no art. 
461 e §§ da CLT, e estabelece os seguintes requisitos: 
 
Fonte: Elaborado pela autora, 2019 
Dessa forma, o empregado que busca a pleitear judicialmente a equiparação 
judicial, deverá obedecer a alguns requisitos, vejamos: 
Contemporaneidade;
Mesmo empregador
Mesma função/ identidade de atribuições
Diferença de tempo na função não superior a dois anos a favor do
paradigma
Diferença de tempo no emprego para o mesmo empregador não superior
a quatro anos a favor do paradigma
Mesma produtividade e perfeição técnica
Inexistência de plano de cargos e salários
Mesmo regime jurídico
O modelo não pode ser empregado readaptado
Não cabe equiparação em cadeia, com paradigmas remotos ou que tenha
obtido a quantidade excessiva por meio de ação judicial
 
4 
 
1º. Identidade de funções: para configuração da equiparação salarial, o 
requerente da equiparação (paragonado) e o paradigma têm de 
exercer a mesma função. 
2º. Simultaneidade da prestação dos serviços (contemporaneidade): é 
mister que haja simultaneidade na prestação de serviços entre 
equiparando e o paradigma. Inexistindo simultaneidade na prestação 
de serviços, mas sucessividade, ou seja, quando um empregado 
sucede a outro na empresa, no desempenho das funções, não há falar 
em isonomia salarial. Por exemplo, a empresa dispensa um 
empregado mais experiente, contratando um novato para substituí-lo, 
com salários mais baixos, com o objetivo de reduzir custos. Nessa 
situação, como não houve simultaneidade ou contemporaneidade na 
prestação de serviços, indevida a equiparação salarial. Todavia, 
havendo substituição temporária de um obreiro pelo outro no 
desempenho das funções, o TST entende que deve haver igualdade de 
salários entre o substituto e o substituído, durante o intervalo da 
substituição (Súmula 159 do TST). 
3º. Diferença de tempo de serviço e tempo de função: num comparativo 
entre paragonado e paradigma, não poderá ter diferença de tempo de 
serviço para o mesmo empregador superior a quatro anos, e, não ter 
diferença superior a dois anos de tempo de função. 
4º. Limitação a empregado do mesmo estabelecimento: o trabalho 
realizado pelo requerente da equiparação salarial e paradigma deve 
ser prestado ao mesmo empregador. O requerente da equiparação 
salarial e o paradigma não podem laborar em estabelecimentos 
comerciais diferentes, ainda que no mesmo Município. 
5º. Exigência de igual produtividade e trabalho com a mesma perfeição 
técnica: o trabalho prestado pelo paragonado e paradigma devem ter 
a mesma intensidade laborativa (critério quantitativo), e ser prestado 
com igual valor, (critério qualitativo). 
6º. Inexistência de quadro de carreira: a adoção pelo empregador de 
quadro organizado em carreira, ou adotar, por meio de norma interna 
da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, 
excluem o direito à equiparação salarial. Com o advento da Lei 
13.467/2017, não é mais necessária qualquer forma de homologação 
ou registro em órgão público do plano de cargos e salários. 
7º. Não ser o paradigma trabalhador readaptado em nova função: o 
trabalhador readaptado em nova função, por motivo de deficiência 
 
5 
 
física ou mental, atestada pelo órgão competente da Previdência 
Social, jamais servirá de paradigma para efeitos de equiparação 
salarial. Nenhum colega poderá eleger o empregado readaptado como 
paradigma porque seu salário não tem relação com a função que 
exerce, mas porque se encontra afastado por impossibilidade 
funcional. 
E como funciona a equiparação salarial na via judicial? 
Funciona da seguinte forma: o empregado ajuíza uma reclamação trabalhista 
indicando o paradigma e requerendo a equiparação salarial, provando a identidade 
de funções e demais requisitos necessários previstos no art. 462 da CLT (fato 
constitutivo). Ao empregador caberá demonstrar o fato modificativo, extintivo ou 
impeditivo do direito do autor, como, por exemplo, prova de que paragonado e 
paradigma executam funções diversas, que não prestam serviços ao mesmo 
empregador, que não laboram na mesma localidade, que o paradigma é trabalhador 
readaptado etc. 
Outro ponto importante é que cessão de empregados não exclui a 
equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à 
cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante. Cabe 
destacar alguns itens da Súmula 6, V do TST: “A cessão de empregadosnão exclui a 
equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à 
cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante”. 
Uma inovação na alteração do art. 461 da CLT é a previsão de uma sanção ao 
empregador que promover a discriminação, se comprovada que a discriminação se 
deu por motivo de sexo ou etnia, na qual será devido o pagamento de uma multa em 
favor do empregado discriminado, no valor de 50% do teto da Previdência Social 
além das Diferenças salariais. 
Não pode ser o paradigma servidor público, ainda que celetista, o art. 37, XIII 
da CF/88 veda a equiparação salarial de qualquer natureza para o efeito de 
remuneração do pessoal do serviço público, ainda que celetista, sendo 
juridicamente impossível a pretensão baseada no art. 461 da CLT. 
SAIBAMAIS! 
 
 
Leia a Orientação Jurisprudencial 297 da SDI-1 do TST e 
a Súmula 455 do TST que dizem que não é possível 
equiparação salarial com servidor público. 
 
6 
 
Por fim é imprescindível que todos os requisitos elencados no art. 461 
existam e sejam respeitados concomitantemente, pois a falta de uma das 
formalidades, tornará impossível a equiparação salarial. 
Exercícios 
1. (VUNESP, 2018) O direito à equiparação salarial pressupõe, entre outros 
requisitos: 
a. a prestação de serviços ao mesmo empregador, em estabelecimentos 
situados no mesmo município. 
b. a diferença de tempo de serviço prestado ao mesmo empregador não 
superior a 3 (três) anos. 
c. a existência de quadro de carreira devidamente homologado perante o 
órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
d. a indicação de paradigmas que exercem ou exerceram a mesma função, 
sendo desnecessário que sejam empregados contemporâneos no cargo 
ou na função. 
e. a prestação de serviços ao mesmo empregador, no mesmo 
estabelecimento empresarial. 
 
2. (FCC, 2016) Marlene, Josiane e Fernanda trabalham no mercado G, 
executando as funções de operadoras de caixa na mesma loja, com 
igual produtividade e perfeição técnica. Marlene ingressou na empresa 
em Janeiro de 2008 e recebe o salário atual de R$ 2.000,00. Josiane 
ingressou na empresa em Março de 2013 e recebe o salário atual de R$ 
1.900,00. E Fernanda ingressou na empresa em Outubro de 2014, 
recebendo o salário atual de R$ 1.700,00. Neste caso, preenchidos os 
demais requisitos Legais, de acordo com a Consolidação das Leis do 
Trabalho: 
a. não há direito à equiparação salarial em qualquer hipótese. 
b. Fernanda e Josiane terão direito à equiparação salarial com Marlene. 
c. apenas Fernanda terá direito à equiparação salarial com Josiane. 
d. apenas Josiane terá direito à equiparação salarial com Marlene. 
e. Fernanda e Josiane só terão direito à equiparação salarial em 2018. 
 
3. (FEPESE, 2018) É correto afirmar acerca da equiparação salarial: 
a. As promoções feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas 
um destes critérios, poderá levar em conta critérios sexo, etnia, 
nacionalidade ou idade. 
 
7 
 
b. A readaptação em nova função por motivo de deficiência física ou 
mental, atestada pelo órgão competente da Previdência Social, poderá 
servir de paradigma para fins de equiparação salarial. 
c. Ao exercício de função idêntica, de trabalho de igual valor, prestado a 
um ou mais empregadores, na mesma localidade, corresponderá igual 
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. 
d. A negociação coletiva acerca de plano de cargos e salários, que não 
estiver formalmente homologada ou registrada em órgão público, não 
ilide o pedido de equiparação salarial. 
e. A equiparação salarial só será possível entre empregados 
contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de 
paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha 
obtido a vantagem em ação judicial própria. 
Gabarito 
1. Alternativa E. 
O art. 461, CLT determina que para a equiparação salarial deve o 
trabalho ser prestado no mesmo estabelecimento empresarial entre 
paradigma e paragonado. 
2. Alternativa C. 
Não pode haver diferença de tempo de serviço para o mesmo 
empregador superior a quatro anos, e nem diferença superior a dois 
anos de tempo de função. A única que preenche o requisito é Fernanda 
em relação a Josiane. 
3. Alternativa E. 
Literalidade do §5º, do art. 461. 
Resumo 
O artigo 461 da CLT traz os requisitos necessários à equiparação salarial. A 
sua nova redação substituiu a expressão na “mesma localidade” por no “mesmo 
estabelecimento”. Ademais, para ocorrer a equiparação tanto paradigma quanto 
paragonado devem exercer mesma função com igual produtividade e rigor técnico. 
Além do limitador do tempo na função inferior a dois anos, também deve ser 
respeitado a diferença de tempo de empresa ao mesmo empregador inferior a 
 
8 
 
quatro anos. Logo, existindo diferença superior a quatro anos no tempo de empresa, 
ou tempo superior a dois anos na função, poderá haver diferença salarial. 
 Não é necessário a homologação ou registro em órgão público no quadro de 
carreiras, podendo adotar plano de cargos e salários, por meio de norma interna ou 
negociação coletiva, não havendo direito a equiparação neste caso. 
Somente é permitida a equiparação entre empregados contemporâneos no 
cargo ou na função, ficando vedada, a indicação de paradigmas remotos, não sendo 
permitida a equiparação por empregado despedido que obter equiparação salarial 
por decisão judicial. Também não é possível a equiparação a empregado 
readaptado. 
O empregador que promover a discriminação por motivo de sexo ou etnia, 
deverá pagar multa em favor do empregado discriminado no valor de 50% do teto da 
Previdência Social além das diferenças salariais. 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Referências bibliográficas 
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-Lei nº 5.442, de 01.mai.1943. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm: Acesso em 03 de maio de 2019. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 03 de maio de 2019 
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho: De acordo com a reforma trabalhista. 14ª edição. São Paulo: 
Método, 2017. 
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12ª edição. São Paulo: LTr, 2013. 
FRANCO FILHO, Georgenor de Souza. Curso de Direito do Trabalho: de acordo com a Lei n. 13.467/17 e a MP n. 
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LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 11ª edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
MARTINEZ, Luciano. Reforma Trabalhista: entenda o que mudou. 2ª edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. 
ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 3ª edição. São Paulo: Saraiva, 2015. 
SARAIVA, Renato; SOUTO, Rafael Tonassi. Direito do Trabalho. 20ª edição. Salvador: Editora Juspodivm, 2018. 
SILVA, Homero Batista Mateus da. CLT comentada. 1ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2019

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