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Agravo de instrumento - julgamento por conexação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
Agravante: Agamenon Benigno 
Agravado: Crisóstomo Cambuquira
Autos nº: 0011111-22.2017.3.44.5555
	AGAMENON BENIGNO, já qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado que subscreve, com endereço profissional situado na Avenida Tito Mufatto nº 2317, local onde receberá as intimações, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, interporto o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO, com fulcro no art. 1015 do Código de Processo Civil, tendo em vista a respeitável decisão de mov. 44, proferido pelo MM. Juízo da 7ª Vara Cível da Comarca de Cascavel – PR, nos autos nº 0011111-22.2017.3.44.5555, que move em face de CRISÓSTOMO CAMBUQUIRA, consubstanciado nas razões anexas.
	Outrossim, requer seja o presente recurso recebido e conhecido.
	A intimação da parte contrária para querendo apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias.
	Por fim, em cumprimento ao art. 1016, inciso IV do Código de Processo Civil, vem informar o advogado do agravante: Advogado Legal, OAB/PR 2019, com escritório profissional situado na Av. Tito Muffato, nº 2317, na cidade de Cascavel – PR. E advogado da agravada: Nome do advogado, OAB, endereço completo.
	Requer, ainda, a juntada da guia de custas devidamente recolhida.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Cascavel, 11 de abril de 2019
Advogado Legal,
OAB/PR 2019
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
Agravante: Agamenon Benigno
Agravada: Crisóstomo Cambuquira
Processo nº 0011111-22.2017.3.44.5555
Vara de Origem: 7º Vara Cível 
Colenda Turma,
Eméritos Julgadores,
Egrégio Tribunal.
I – DOS FATOS: 
	Inicialmente o agravante ingressou com ação cominatória com vistas a transferência dos bens móveis, uma Car/ Reboque/ Prancha, um Jet Ski e uma Lancha, vendidos pelo agravado, o contrato de compra e venda foi realizado no dia 01/09/2017.
	Conforme acordado, os bens foram pagos de acordo com os comprovantes (anexos) passando a posse desde então para o agravante, porém ocorre que o agravado se recusou a fazer a devida entrega dos documentos para a realização da transferência e regularização da Lancha e do Jet Ski. 
	Ocorre que, esta ação foi devidamente distribuída em 28/06/2018, para a 7ª Vara Cível da Comarca de Cascavel – PR, autos nº 0011111-22.2017.3.44.5555.
	Entretanto outra ação havia sido distribuída alguns meses antes, mais precisamente no dia 31/05/2018, a qual tratava sobre a rescisão de compra e venda de um imóvel no Condomínio Marinas de São – Caetano- PR, sendo que este pertencia ao agravado e sua esposa Feronea Genetílides, autos nº 0022222-33.2017.4.55.6666
	Contudo, o Juízo da 7ª Vara Cível, compreendeu que por se tratar das mesmas partes, a competência em regra seria dada por prevenção, conforme a decisão de mov. 44:
	“Autos nº. 0011111-22.2017.3.44.5555.
	No presente caso, a ação rescisória do contrato em trâmite na 6ª Vara Cível foi distribuída em 31/05/2018, ao passo que este processo foi distribuído em 28/06/2018. Logo, é prevento o juízo da 6ª Vara Cível desta Comarca.
	Desta forma, reconheço a conexão entre as demandas e determino a remessa deste processo a 6ª Vara Cível desta Comarca.
	
	Tal decisão não merece prosperar, pois as partes podem ser as mesmas, no entanto a matéria discutida em cada processo é diferente. 
II – CABIMENTO:
O artigo 1015 do Código de Processo Civil dispõe em quais casos poderá ser interposto tal recurso: 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário
Apesar de não estar previsto no rol do artigo 1015 do Código de Processo Civil, segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, decisão prolatada pela Ministra Nancy Andrighi, a qual considera que em casos de urgência, reconhecida a ineficácia do recurso de apelação, que diz: 
	O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação.	
	Ademais, a situação é de urgência, pois, não poderia a parte aguardar até o momento da apelação para ver a decisão reformada, razão pela qual no presente caso, apenas tem cabimento o recurso de agravo de instrumento.
III- DA TEMPESTIVIDADE:
	Tendo em vista que a certidão de intimação foi declarada ciência deste agravado no dia 25/03/2019, dispõe o artigo 1003 §5º do Código de Processo Civil:
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
Em conformidade com o artigo citado, protocolada a presente contraminuta em 11/04/2019, comprovada está sua tempestividade. 
IV – NO MÉRITO:
	Trata-se de duas ações, onde em uma demanda existe a discussão de um contrato de compra e venda de bens móveis (reboque, jet ski e lancha) no qual o agravado não realizou a entrega dos devidos documentos para realização da regularização dos bens, e no outro a rescisão de um contrato de compra e venda de um residência, dispõe em tal decisão:
	“Autos nº. 0011111-22.2017.3.44.5555.
	Segundo prevê o art. 55 do Código Processo Civil, consideram-se conexas as demandas em que exista identidade dos elementos da ação (pedido ou causa de pedir) 
	Confira se:
	“Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir”.
	A parte requerida alega que a presente ação é conexa com os autos nº 0022222-33.2017.4.55.6666.
	De fato, no caso em análise verifico que embora nesta ação esteja em discussão um contrato de compra e venda de bens móveis (reboque, jet ski e lancha) e no outro um contrato de compra e venda de um residência nas Marinas São Caetano, verifico que aparentemente ambos os instrumentos estão atrelados entre si pois foram firmados pelas mesmas partes no mesmo dia e, ao que tudo indica, se referem a uma casa de veraneio e os bens que a guarnecem.
	Logo, nos termos do art. 55 do CPC, há que se reconhecer a conexão entre os processos para que não haja julgamento contraditório.
	De acordo com o novo Código de Processo Civil, a prevenção nas situações de conexão entre as ações é definida pelo registro ou distribuição da petição inicial, conforme dispõe o art. 59, in verbis: “O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevendo o juízo”.
	No presente caso, a ação rescisória do contrato em trâmite na 6ª Vara Cível foi distribuída em 31/05/2018, ao passo que este processo foi distribuído em 28/06/2018. Logo, é prevento o juízo da 6ª Vara Cível desta Comarca.
	Desta forma, reconheço a conexão entre as demandas e determino a remessa deste processo a 6ª Vara Cível desta Comarca.
	Por consequência, determino o cancelamento da audiência marcada nos autos.
	Comunique-se o CEJUSC. Intimações e diligências necessárias.
Cascavel, data da assinatura digital. Juíza de Direito.”
	Acontece quetal decisão não merece prosperar, uma vez que inexiste a conexão entre as demandas:
Razões de reforma:
IV. 1. Inexiste conexão:
	Haja vista que, os polos (ativo e passivo) que integram as demandas são os mesmos, no entanto não versam sobre a mesma matéria e pedido ou causa de pedir, logo não existe conexão entre as presentes demandas.
IV. 2. Negócios jurídicos distintos:
	Além do que os negócios jurídicos são distintos visto que uma demanda discorre sobre a rescisão contratual de um bem imóvel e a outra demanda discorre sobre os documentos de bens móveis os quais não foram devidamente entreguem, ocorrendo então que o agravante não conseguiu realizar a regularização junto ao órgão competente.
IV.3. Não preenche os requisitos do Art. 55 §3 do Código de Processo Civil:
	Visto que as demandas não tratam sobre a mesma matéria, somente são as mesmas partes, considerando isto dispõe o artigo 55 §3, quais são requisitos para que haja conexão:
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
	Ademais, uma demanda consiste sobre a rescisão contratual sobre um bem móvel e a outra demanda sobre os documentos dos bens imóveis que não foram entregue, não há nenhuma possível conexão entre elas.
V – DO EFEITO SUSPENSIVO:
	Seja atribuído efeito suspensivo ao agravo para suspensão da decisão recorrida que declinou competência e determinou a remessa dos autos à 6ª Vara Cível art. 1019 inciso I do Código de Processo Civil, o que acarretará tumulto processual.
VI – DOS PEDIDOS:
	Ante exposto requer:
Recebimento e processamento do agravo de instrumento;
Seja atribuído efeito suspensivo impedindo a remessa dos autos ao MM. Juízo da 6ª Vara Cível de Cascavel – PR;
A intimação do agravado através de seu advogado para que responda o presente recurso no prazo de 15 dias;
No mérito seja dado provimento ao agravo de instrumento para reformar a r. decisão agravada e ser reconhecida competência do juízo da 7ª Vara Cível.
Requer ainda a juntada das guias de custas e preparo.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cascavel, 11 de abril de 2019.
Advogado Legal
OAB/PR, 2019.
Documentos em anexo:
- Petição inicial;
- Contestação;
- Cópia da decisão agravada; 
- Certidão da intimação da decisão;
- Procuração;
- Comprovantes de pagamento 
Questões:
1.Requisitos Intrínsecos.
Tem-se por requisitos intrínsecos, aqueles ligados a essência das partes, devem ser analisados no caso concreto para que se aufira ser cabível o recurso contra a decisão que se pretende impugnar, atestar que a parte possui legitimidade recursal, interesse nas modalidades adequação, necessidade e utilidade de interpor o recurso e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer.
A)Cabimento
Avalia-se a aptidão do ato para sofrer impugnação e o recurso adequado. 
B) Legitimidade:
Em termos de legitimidade o CPC/15 trás como legitimados as partes, o terceiro juridicamente interessado e o ministério público, seja atuando como custos legis, seja, obviamente, quando atua como parte. A ideia de sucumbência para adquirir legitimidade recursal passou por sensível mudança, não sendo a mera sucumbência do direito material que gera a legitimidade recursal, mas qualquer circunstância, inclusive de ordem processual, que possibilite uma melhoria da condição do possível recorrente.
C) Interesse de Recorrer:
Haverá interesse para recorrer sempre que o julgamento por Tribunal de Segunda Instância puder produzir melhoria na situação jurídica do recorrente, devendo ser: útil (possibilitar situação mais favorável ao recorrente) e necessário (o recurso deverá ser o mecanismo essencial para a reforma ou revisão da decisão a quo).
Demais disso, se pensarmos nas decisões nulas ou inexistentes, em que pese declaráveis ex officio, poderão ser combatidos pela via recursal, por manter seus efeitos enquanto não declarado nulo ou inexistente. 
D) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer:
Analisaremos aqui fatos praticados pelo recorrente antes ou depois da interposição do recurso que impedem ou extinguem o direito de recorrer, por incompatíveis com a vontade de ver reformado ou anulado o julgado anterior. 
Requisitos Extrinsecos: 
São requisitos intimamente ligados ao modo de exercer o recurso, podendo-se dividi-los em: tempestividade, preparo e regularidade formal.
a) Tempestividade: tem-se por tempestivo o recurso interposto dentro do prazo legal, sem que haja a coisa julgada formal ou material da decisão objeto de recurso. 
b) Preparo: é o valor financeiro a ser dispensado pela parte recorrente para ter seu apelo analisado quanto ao conhecimento e possivelmente ao mérito, referindo-se ao valor necessário para que a máquina estatal do Poder Judiciário seja movimentada. 
c) Regularidade formal: por imposição legal, o recurso terá forma rígida, com quatro requisitos formais básicos: petição escrita, identificação das partes, motivação e, por fim, pedido de reforma, invalidação, esclarecimento ou integração da decisão alvo de recurso. A petição será escrita e dirigida, via de regra, ao órgão prolator da decisão, com razões em anexo ao Tribunal ad quem, com exceções ao agravo de instrumento interposto já no segundo grau e aos embargos de declaração interposto e julgado pelo prolator da decisão embargada. A fundamentação recursal consiste em demonstrar os motivos de fato e de direito pelos quais determinada decisão merece ser reformada, combatendo detidamente cada um dos pontos da decisão, em atenção ao princípio da dialeticidade. Como consequência lógica, o recurso deve ser finalizado com o pedido de reforma, invalidação, integração ou esclarecimento da decisão recorrida, guardando relação com a fundamentação alinhavada ao longo da peça recursal, devendo ser determinado em seus elementos.
2. Efeito Devolutivo - Por esse efeito, reabre-se a oportunidade de reapreciar e, novamente, julgar questão já decidida.
Efeito Suspensivo - Refere-se ao impedimento da imediata execução do decisório impugnado. A nova legislação processual civil tratou esse efeito recursal como exceção, pelo fato de apenas o recurso de apelação possuir efeito suspensivo automático. Todavia, caso a imediata decisão produza efeitos que criem riscos de dano grave, de difícil ou impossível reparação e fique demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, poderá o litigante requerer o efeito suspensivo. Vale frisar que, essa concessão, dependerá sempre da decisão do relator, caso a caso.
Efeito Substitutivo - O efeito substitutivo é atribuído pelo art. 1.008 do CPC aos recursos em geral. Consiste ele na força do julgamento de qualquer recurso de substituir, para todos os efeitos, a decisão recorrida, nos limites da impugnação.
Efeito Expansivo - É uma espécie de variação do efeito devolutivo do recurso. O efeito em tela delimita a área de cognição e decisão dos Tribunais Superiores, na espécie, consiste em reconhecer que a devolução operada pelo recurso não restringe às questões resolvidas na sentença, compreendendo também as que poderiam ter sido decididas, seja porque suscitadas pelas partes, seja porque conhecíveis de ofício.
Efeito Translativo - Diz respeito à limitação de cognição do tribunal, salvo se se tratar de matéria de ordem pública. Insta observar que as questões de ordem pública podem ser conhecidas pelo Tribunal ainda que não tenham sido reconhecidas objeto de recurso.

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