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Epidemiologia história natural das doenças e níveis de prevenção

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Epidemiologia - História natural da doença e níveis de prevenção
A história natural das doenças (HND) é o nome dado ao conjunto de processos interativos, compreendendo as interrelações entre agente suscetível e meio ambiente, que afetam o processo saúde doença e o desenvolvimento da mesma. Vai desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, passando pela resposta do indivíduo ao estímulo, até as alterações que levam a um quadro clínico, invalidez, sequelas, recuperação ou morte.
As características gerais do curso de uma doença podem ser descritas de maneira a se obter um referencial sobre a evolução do processo que se convencionou denominar “história natural da doença” (HDN).
•História: Apropriação de acontecimentos passados e acompanhamento destes ao longo do tempo, de modo a entendê-los na atualidade.Deste modo, a HND representa o curso da doença sem a intervenção do homem.
•Natural: Conotação de progresso sem a intervenção do homem.
Finalidade da HDN: Tem como objetivo produzir informações sobre a origem e a evolução de um evento (doença ou agravo). A partir deste conhecimento (HND), identifica-se pontos mais frágeis da cadeia epidemiológica e as possíveis medidas de prevenção/ controle, nos diferentes níveis da HND.
A HND se dá em dois períodos sequenciados:
•Período Pré Patogênico (Pré Patogênese, Fase de Suscetibilidade): Corresponde às pressões sobre os três elementos da cadeia epidemiológica (Ag Etiológico e Meio Ambiente), que podem desencadear o processo de doença e sua evolução Aqui ainda não houve a invasão do hospedeiro pelo agente etiológico.
•Período Patogênico (Patogênese): Inicia-se com a efetiva invasão do organismo do hospedeiro pelo agente etiológico e vai até o desfecho final do processo doença.
O Período Patogênico se subdivide em:
Período Patogênico Precoce (Fase Patológica Pré-clínica): Ocorre a interação do agente com os órgãos e tecidos do hospedeiro e estímulo à reação.
Período Patogênico Intermediário (Fase
Clínica): Surgem as manifestações clínicas, mais ou menos graves (nem todos vão manifestar).
Período Patogênico Tardio (Fase Residual): Quando aparecem as sequelas, invalidez, cronificação.
Desfecho: Representa a morte ou a cura.
Prevenção Primária:
1-Promoção à saúde
-Qualidade de habitação/instalações;
-Saneamento básico;
-Alimentação/ manejo de qualidade;
-Educação;
-Infraestrutura de transporte, segurança, lazer, etc.
2-Proteção específica
-Imunoprofilaxia/ quimioprofilaxia;
-Saúde do trabalhador (EPIs);
-Controle de reservatórios e vetores;
-Higiene pessoal e na manipulação de alimentos;
-Proteção contra acidentes, choques, acidentes de trânsito cinto de segurança e capacete, cortes e queimaduras, “lei seca”, etc.
-Aconselhamento genético.
Prevenção secundária:
1-Diagnóstico Precoce
-Disponibilidade de técnicas de diagnóstico confiáveis, simples e práticas;
-Inquéritos epidemiológicos para rastreamento de novos casos e infecções assintomáticas na população;
-Exames periódicos individuais para diagnóstico precoce de casos;
-Isolamento dos infectados p/ evitar propagação;
-Tratamento p/ evitar progressão e condição de portador.
2-Limitação da Incapacidade
-Evitar sequelas;
-Evitar complicações futuras.
Disponibilidade de leitos hospitalares;
Disponibilidade de serviços de saúde equipados, com equipes multiprofissionais bem treinadas;
Infraestrutura de resgate de urgência e de UTI.
Prevenção terciária:
1-Reabilitação
-Fisioterapia;
-Terapia ocupacional;
-Psicoterapia;
-Equipamentos ortopédicos;
-Próteses;
-Empregos adaptados para deficientes
Quanto mais precoce for o nível de prevenção, melhores serão as condições de saúde da população e menores serão os prejuízos para a população e os custos para assistência médico hospitalar, recuperação da saúde e reabilitação dos indivíduos.
1-Evolução aguda rapidamente fatal: Doenças que ocorrem rapidamente, intensa ascensão seguida de óbito. Infecção aguda com desfecho de óbito.
2-Evolução aguda clinicamente evidente: Doenças que ocorrem rapidamente com posterior recuperação da saúde. Evolução aguda com desfecho na recuperação da saúde.
3-Evolução sem alcançar o limiar clínico: Alterações subclínicas, onde não ocorre manifestação da doença e recuperação da saúde.
4-Evolução crônica que se exteroriza: Ocorre lentamente com desfecho de óbito.
5-Evolução crônica: Apresenta períodos assintomáticos e períodos sintomáticos com cronicidade e invalidez.

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