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Higiene e Inspeção Inspeção de derivados cárneos Segundo o novo RIISPOA produtos cárneos são obtidos de carnes, miúdos e partes comestíveis, podendo a matéria-prima sofrer tratamento físico, químico ou biológico. o Toucinho: panículo adiposo adjacente à pele dos suínos. o Unto: ou gordura suína em rama é a gordura cavitária dos suínos, porções adiposas do mesentério visceral, envoltório dos rins e de outras vísceras prensadas. o Carne mecanicamente separada: separação da carne e osso dos suínos, bovinos, aves e outras espécies, através de meios que modifiquem a estrutura das fibras musculares. o Linguiça: obtido de carnes cominuídas, condimentado, com adição ou não de ingredientes, embutido em envoltório natural ou artificial. o Mortadela: obtido por meio da emulsão de carnes, com adição ou não de toucinho, pele, miúdos e partes comestíveis, ingredientes e condimentos específicos, embutido em envoltório natural ou artificial, submetido a processo térmico. o Salsicha: obtido por meio da emulsão de carne de uma ou mais espécies, com adição ou não de gordura, pele, miúdos e partes comestíveis, com adição de ingredientes, e de condimentos específicos, embutido em envoltório natural ou artificial, submetido a processo térmico. Segundo a Instrução Normativa 4, 2000: o Carne mecanicamente separada: é um produto resfriado ou congelado; a denominação de venda é Carne Mecanicamente Separada (CMS), seguido da espécie animal. 1. Composição: ossos, carcaças ou partes de carcaça, que tenham sido aprovados para consumo pelo SIF. Não pode ser utilizado cabeça, pés e patas. Ingrediente obrigatório (carne), não possui ingredientes opcionais. Manter em temperatura até 10C – separar em até 5hrs; 4C- separar em até 24hrs; 0C- separar em até 48hrs. Os ossos devem ter no máx. 5mm. o Salsicha: pode ter como processo alternativo tingimento, depelação, defumação e utilização de recheios e molhos. É um produto cozido, pode conter até 60% de CMS, miúdos (estomago, coração, língua, rins, fígado), tendões, pele e gorduras. 1. Tipo Viena: carne bovina e/ou suína, CMS (no máx 40%), miúdos de bovinos e/ou suínos, tendões, pele e gordura. 2. Tipo Frankfurt: carne bovina e/ou suína, CMS (até 40%), miúdos, tendões, pele e gorduras. 3. Frankfurt: porções musculares de carne bovina e/ou suína, e gorduras. 4. Viena: porções musculares de carne bovina e/ou suína e gorduras. 5. Carne de ave: carne de ave, e CMS de ave (até 40%), miúdos comestíveis de ave e gorduras. • Ingrediente obrigatório: carne de diferentes espécies, sal. • Ingredientes opcionais: miúdos (até 10%), gordura, água, proteína, agentes de liga, aditivos. Amido no máx. 2%; o Mortadela: carnes de diferentes espécies, CMS (até 60%), miúdos, pele e tendões até 10% e gorduras. 1. Tipo Bologna: carne bovina e/ou suína e/ou ovina, CMS (até 20%), miúdos, tendões, pele até 10% e gordura. 2. Bologna: porções musculares de carne bovina e/ou suínas e toucinho, embutida na forma arredondada, sem adição de amido. 3. Carne de ave: carne de ave, CMS (até 40%), até 5% de miúdos de aves e gordura. o Ingrediente obrigatório: carnes e sal. o Linguiça toscana: produto cru e curado, obtido exclusivamente de carne suína, adicionada de gordura suína e ingredientes. É proibido o uso de CMS em linguiças frescais (cruas e dessecadas). o Paio: obtido de carnes suína e bovina (até 20%), embutida em tripas naturais ou artificiais, curado, submetido a ação do calor com defumação. o Nas linguiças Tipo Calabresa, Tipo Portuguesa e Paio, que são submetidas ao cozimento pode utilizar CMS (até 20%). o Carne temperada: obtido dos cortes ou de carnes de diferentes espécies, condimentado, com adição ou não de ingredientes. o Embutido: elaborados com carnes ou órgãos comestíveis, curados ou não, condimentados, cozidos ou não, defumados e dessecados ou não, tendo como envoltório tripas, bexiga ou outra membrana animal (rigorosamente limpas, e ser lavadas novamente antes do uso); pode-se utilizar envoltórios artificias aprovados pelo órgão regulador da saúde. o Defumados: produtos cárneos que, após a cura, são submetidos ao processo de defumação, para proporcionar cheiro e sabor. É permitida defumação a quente ou a frio, e realizada em estufas próprias, com a queima de madeiras não resinosas, secas e duras. o Carne cozida: produto cárneo, desossado ou não, com adição de ingredientes ou não e submetida a processos térmicos específicos. o Desidratados: são obtidos por meio da desidratação de carne fragmentada ou miúdos, cozidos ou não, com adição de ingredientes ou não, dessecados por processo específico. o Charque: obtido da carne bovina, com adição de sal e submetido a dessecação. Pode utilizar carnes de outras espécies, porém, deve-se informar. o Carne bovina salgada curada dessecada ou jerked beef: obtido da carne bovina, com adição de sal e agentes de cura, e submetido a dessecação. Os derivados cárneos devem obedecer ao RIISPOA e Instrução Normativa que normatizem seus regulamentos técnicos. o Segundo a Instrução Normativa 22, de 2000 carne bovina salgada curada dessecada ou jerked beef: É um produto cru, curado e dessecado; ingredientes obrigatórios (carne bovina, água, sal, nitrito e/ou nitrato de sódio e/ou potássio; umidade no máximo 55%. o Esterilizados: obtidos a partir de carne ou miúdos, com adição ou não de ingredientes, embalados hermeticamente e submetidos à esterilização comercial. o Almôndega: obtido a partir de carne moída de uma ou mais espécies, na forma arredondada, com adição ou não de ingredientes. o Hambúrguer: obtido a partir de carne moída, com adição ou não de ingredientes, moldado na forma de disco ou oval. o Carne bovina em conserva: corned beef: ingrediente obrigatório (carne bovina – musculatura esquelética com gordura, recortes de desossa, porção muscular do diafragma, no mínimo 55%; cloreto de sódio); opcionais (CMS de bovino até 20%, tendões, gelatina, estomago até 5%, carne industrial – cabeça, sangria, base da língua até 15%, coração e língua até 5%, açúcar, condimentos); A matéria prima deve estar isenta de tecidos inferiores (cartilagem, ossos, hematomas, gânglios), odores e sabores estranhos. A carne deve estar curada de modo uniforme e completo, permitindo o corte em fatias quando esfriada. O produto final deve ser envasado em embalagem íntegra, hermeticamente fechado, submetido a processo térmico, previamente aprovado, limpo e isento de contaminação. As empresas devem informar o valor da esterilização desejados, porém, não deve ser inferior a 6 minutos em T 121,1C. o Quibe: obtido da carne bovina ou ovina moída, com adição de trigo integral, moldado e acrescido de ingredientes. o Morcela: produto cárneo embutido, elaborado a partir do sangue, com adição de toucinho moído ou não, condimentado e cozido. o Presunto: obtido exclusivamente do pernil suíno, curado, defumado ou não, desossado ou não, com adição ou não de ingredientes. Pode-se utilizar membro posterior de outras espécies, mas deve- se informar. o Apresuntado: obtido a partir de recortes ou cortes das massas musculares posteriores ou anteriores de suínos, transformados em massa, condimentado, com adição de ingredientes, submetido a processo térmico. o Fiambre: obtido da carne de uma ou mais espécies animais, com adição ou não de miúdos e partes comestíveis, transformadosem massa, condimentado, com adição de ingredientes e processo térmico. o Salame: obtido de carne suína e toucinho, com adição ou não de carne bovina, condimentado, embutido, curado, fermentado, maturado, defumado ou não e dessecado. o Pepperoni: elaborado de carne suína e toucinho cominuídos, com adição ou não de carne bovina, condimentado, embutido, curado, apimentado, fermentado, maturado, dessecado, defumado ou não. o Copa: obtido do corte íntegro da carcaça suína denominado de nuca ou sobrepaleta, condimentado, curado, com adição ou não de ingredientes, maturado, dessecado, defumado ou não. o Salame: a presença de mofos característicos é consequência natural do processo de fabricação; É um produto cru, curado, fermentado, maturado e dessecado; ingredientes obrigatórios (carne suína no mínimo 60%, o tipo hamburguês no mínimo 50%, toucinho, sal, nitrito e/ou nitrato de sódio e/ou potássio. No máximo 40% de umidade. o Lombo: obtido da região lombar de suínos, ovinos ou caprinos, condimentado, com adição de ingredientes, salgado ou não, curado ou não, defumado ou não. o Bacon: obtido da parede toraco- abdominal de suínos (do esterno ao púbis), com ou sem costela, com ou sem pele, com adição de ingredientes, curado e defumado. o Pasta ou patê: obtido de carnes, miúdos, ou produtos cárneos, transformados em pasta, com adição de ingredientes e submetido a processo térmico. o Caldo de carne: produto liquido resultante do cozimento de carnes, filtrado, esterilizado e envasado. O caldo de carne concentrado, porém, ainda fluido, deve ser designado como extrato fluido de carne; caldo de carne concentrado com consistência pastosa, deve ser designado extrato de carne; quando condimentado, deve ser designado como extrato de carne com tempero. o Gelatina: obtido por meio de hidrólise térmica, química ou enzimática, da proteína colagênica presente na cartilagem, tendão, pele, seguida de purificação, filtração e esterilização, concentrado e seco. o Banha: obtido pela fusão de tecidos adiposos frescos de suínos, com adição ou não de aditivos, e coadjuvantes. Todos os produtos cárneos esterilizados, devem ser submetidos a processo térmico em no máximo 2horas após o fechamento das embalagens. Após a esterilização se forem identificadas embalagens mal fechadas ou defeituosas, dependendo podem ser reparadas, e seu conteúdo reaproveitado, nos seguintes casos: quando a reparação e nova esterilização forem efetuadas em até 6h após a identificação do defeito; ou, quando o defeito for identificado no final da produção, e as embalagens conservadas em câmaras frigorificas, em T não superior a 1C, no dia seguinte deve-se realizar novo envase e esterilização. Quando não for realizada nova esterilização o conteúdo é considerado impróprio para consumo. São submetidos a testes de penetração e distribuição de calor, processamento térmico, avaliação do fechamento e resistência das embalagens ou recipientes, incubação e outros. o Incubação: amostras de todas as partidas deverão ser submetidos a incubação por 10 dias, contemplando, no mínimo, 0,1% das embalagens processadas, mantidas em sala- estufa, a temperatura de 35C, variando 2,8C para mais ou menos. Caso a temperatura fique abaixo de 32C ou acima de 38C, mas não ultrapassando 39,5C, deve ser ajustada na faixa requerida e o tempo de incubação estendido, adicionando o tempo que as amostras permaneceram na temperatura de desvio; se a T permanecer igual ou acima de 39,5C por mais de 2h, as amostras devem ser descartadas, colhidas novas amostras e reiniciado o teste de incubação. Na verificação dos produtos cárneos devem ser avaliados as condições gerais do recipiente, indícios de estufamento, exame da superfície das embalagens, cheiro, sabor e coloração, ausência de tecidos inferiores ou diferentes do informado na formula, presença de som correspondente à natureza do produto no teste de percussão, não desprendimento de gases, não projeção de líquido, produção de ruído característico, decorrente da entrada de ar. Preparação da carne- enchimento dos recipientes- adição do liquido de cobertura- colocação da tampa- exaustão (vácuo)- recravação- acondicionamento das latas- esterilização- resfriamento- percussão- rotulagem- embalagem secundária (caixa de papelão) - armazenamento- transporte. o Recravação: a inspeção da recravação é baseada na altura, espessura, contagem de rugas, teste do verniz, cálculo do transpasse, medir vácuo. Alguns defeitos são: costura cortante, fratura, costura falsa, costura apertada e costura frouxa. o Defeitos da selagem: abrasão, delaminação. Quando é feita de forma incompleta apresenta plástico nas extremidades finais das selagens, podendo ser por temperatura excessiva e pressão. Abate de aves o Carcaça: corpo inteiro de uma ave após a sensibilização ou não, sangria, depenagem e evisceração, onde papo, traqueia, esôfago, intestinos, cloaca, baço, órgãos reprodutores e pulmões tenham sido removidos. A retirada dos rins, pé, cabeça, e pescoço é opcional. o Pré-resfriamento: rebaixamento da temperatura das carcaças, imediatamente após a evisceração e lavagem, realizado por imersão em água gelada e/ou água e gelo ou passagem por túnel de resfriamento. o Congelamento: refrigeração e manutenção, a uma temperatura não maior que -12C, tolerando-se uma variação até 2C. ➢ Inspeção ante mortem: realizada especificamente por um médico veterinário, onde é feito o exame visual dos lotes de aves destinados ao abate; tem como objetivo evitar o abate de aves com repleção do TGI, sendo mantidas em jejum alimentar por 6-8h; conhecer o histórico do lote por meio do boletim sanitário; detectar doença que não seja possível no post mortem, especialmente, as que afetam o SNC; identificar lotes tratados com antibiótico, para sequestro e realização de análises laboratoriais, visando identificar resíduos na carne. 1. Instalações e equipamentos o Localização: centro de terreno, elevado 1m do solo, 5m afastado das vias públicas, pavimentado. o Equipamentos: calhas, mesas e carrinhos -> metal; caixas e bandejas -> plástico; equipamentos fixos (escaldadores, depenadeiras, calhas de evisceração, pré-resfriadores, tanques, esteiras, transportadoras; o Piso: impermeável, liso e antiderrapante, resistente a choques, cantos arredondados. o Paredes: lisas, resistentes, com azulejos claros, cantos arredondados. o Portas: acesso de pessoas e circulação interna no estilo vai-vem, visor de tela ou vidro, dotadas ou não de cortinas de ar. o Janelas: com telas, removíveis, ventilação e iluminação. o Teto: forro de laje de concreto, superfície lisa, resistente a umidade e vapor. o Iluminação e ventilação: naturais, artificial por luz fria, se necessário poderão ser instalados exaustores. o Recepção das aves: plataforma coberta, protegida de ventos e raios solares, parcial ou totalmente fechada sem prejudicar a ventilação e iluminação, quando não for possível realizar o abate imediato deve-se ter um local coberto e ventilado para esperar dessas aves, lavrador de engradados. 2. Insensibilização e sangria Preferencialmente por eletronarcose sob imersão em liquido, devendo o equipamento estar ajustado a voltagem e amperagem de acordo com a espécie, tamanho e peso das aves; não deve promover a morte das aves, e seguida de sangriano máx. 12 segundos. Poderão ser adotados outros métodos aprovados pelo DIPOA. O abate sem insensibilização é permitido para fins religiosos. A sangria deve ser realizada na área de sangria, com as aves contidas pelos pés em ganchos. O tempo mínimo para a sangria total é de 3 minutos. O sangue deve ser recolhido na calha de sangria. 3. Escaldagem e Depenagem Área separada das demais, com ventilação suficiente para exaustão do vapor da escaldagem. A escaldagem é realizada após o término da sangria, podendo ser pelos processos: pulverização de água quente e vapor; imersão em tanque com água aquecida. A depenagem é mecanizada, com as aves suspensas pelos pés e processadas após a escaldagem. 4. Evisceração Antes é realizada a lavagem das carcaças com chuveiro de aspersão. Evisceração fica em área isolada das demais, compreendendo desde o corte da pele e do pescoço até a ‘’toilette final’’. Podem ser efetuadas as fases de pré-resfriamento, gotejamento, embalagem primária e classificação. A evisceração não automatizada deve ser realizada com as aves suspensas em ganchos. As vísceras não comestíveis são enviadas à graxaria. As aves não podem tocar na calha ou na água com resíduos. Corte da pele do pescoço e traqueia-> extração da cloaca-> abertura do abdômen-> eventração-> inspeção sanitária-> retirada das vísceras-> extração do pulmão-> ‘’toilette’’ (retirada do papo, esôfago, traqueia) -> lavagem final (externa e interna). 5. Linhas de inspeção No mínimo 2segundos por ave para cada linha. o A: exame interno por meio da visualização da cavidade torácica e abdominal. o B: exame das vísceras (coração, fígado, moela, baço, intestino, ovários e ovidutos), por meio da visualização, palpação, odores, aspecto (cor, forma, consistência). o C: exame externo por meio da visualização das superfícies externas (pele, articulações), removendo abcessos, contusões, membros fraturados. Quando retirado os pés e o pescoço, com ou sem cabeça, para fins comestíveis, devem ser imediatamente pré-resfriados por imersão. o Miúdos (moela, coração e fígado): deverão ser processados em seção própria. As moelas devem ser abertas para lavagem interna e remoção total da cutícula. Deve ser retirado o saco pericárdio (coração) e a vesícula biliar (fígado); os miúdos devem ser pre resfriados imediatamente após a coleta e preparação. o A gordura pode ser utilizada para fins comestíveis, quando retirada durante a evisceração, antes da retirada e abertura da moela, e recebendo o mesmo tratamento dos miúdos comestíveis. o Os pulmões são retirados obrigatoriamente pelo sistema de vácuo ou mecânico. Não é permitido a entrada de carcaças no sistema de préresfriamento por imersão, que contenham em seu interior água residual e qualquer contaminação visível. 6. Anormalidades Calo no peito, desuniformidade, fezes, calos nos pés, dermatites, papo cheio. 7. Pré- Resfriamento Pode ser efetuado por meio de aspersão de água gelada, imersão em água por resfriadores contínuos, resfriamento por ar. Água constante e em sentido contrário à movimentação das carcaças, não sendo permitido a recirculação de água. Pode ser hiperclorada (máx. 5ppm de cloro); A temperatura nos pontos de entrada e saída das carcaças no sistema de imersão, não deve ser superior à 16C e 4C respectivamente, com tempo máximo de 30minutos; no final do processo a temperatura das carcaças deve ser igual/menor que 7C, e para as carcaças destinas ao congelamento imediato, tolera- se até 10C. 8. Gotejamento Escorrimento da água da carcaça, imediatamente após o pré-resfriamento, com as carcaças suspensas pela asa ou pescoço. Ao final dessa etapa, a absorção de água não deverá passar de 8% do peso. o Método de controle interno: água absorvida durante o processo de pré-resfriamento por imersão, relacionado com a T da água nos resfriadores, tempo de permanência no sistema, tipo de corte abdominal, injeção de ar no sistema. o Método do gotejamento (Dripping Test): determinar a quantidade de água resultante do descongelamento de carcaças congeladas. Se ultrapassar 6%, significa que absorveu um excesso de água durante o pré-resfriamento. 9. Classificação e Embalagem A classificação pode ser efetuada antes ou depois da embalagem; os miúdos e partes de carcaças comercializadas ou não no interior dessas embalagens, recebem embalagem própria, e a cabeça e os pés devem ser embalados separadamente. 10. Seção de cortes de Carcaças É realizado em temperatura ambiente menor/igual a 12C, podem ser efetuados na seção de embalagem primaria e classificação de peso, desde que estejam climatizadas; a embalagem secundária deve ser realizada em local especifico, com temperatura menor/igual a 7C. 11. Armazenamento As carcaças depositadas na câmara de resfriamento, deverão apresentar temperatura em torno de -1C a 4C, tolerando-se no máximo variação de 1C; a estocagem de aves congeladas deverá ser feita em câmara própria, com temperatura nunca superior a - 18C; as carcaças de aves congeladas, não deverão apresentar temperatura superior a -12C, com tolerância de variação de 2C. 12. Graxaria Separado a área de matança, pelo menos 10m; quando não possuir graxaria, deverá ter forno crematório, destinado a incineração das carcaças condenadas, e aves chegadas mortas; as aves necropsiadas devem ser cremadas ou processadas junto com subprodutos não comestíveis. Inspeção de pescados e derivados De acordo com o novo R.I.I.S.P.O.A. os estabelecimentos são classificados em: o Barco-fábrica: embarcação de pesca destinada à captura ou recepção, lavagem, manipulação, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição de pescado e produtos, dotada de instalações de frio industrial, podendo realizar a industrialização desses produtos. o Abatedouro frigorifico de pescado: destinado ao abate de pescado. o Unidade de beneficiamento de pescado e produtos de pescado: destinado à recepção. o Estação depuradora de moluscos bivalves: destinado à recepção e depuração. 1. Inspeção post mortem Entende-se por pescado os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, repteis, equinodermos e outros animais aquáticos usados na alimentação. É obrigatório a lavagem previa do pescado utilizado como matéria-prima para consumo direto ou industrialização. Devem ser feitas análises sensoriais, indicadores de frescor, controle de histamina, de biotoxinas, e parasitas. ➢ Avaliação do frescor: o Peixes: superfície do corpo limpa, com brilho metálico e reflexos multicores, sem pigmentação estranha; olhos claros, vivos e brilhantes, transparente, ocupando toda a cavidade orbitária; brânquias ou guelras róseas ou vermelhas, úmidas e brilhante, com odor natural; abdômen com forma normal, firme, não deixando impressão duradoura à pressão dos dedos; escamas brilhantes, bem aderentes à pele, nadadeiras resistentes; carne firme, consistência elástica, da cor da própria espécie; vísceras integras, diferenciadas; ânus fechado; odor próprio. o Crustáceos: aspecto geral brilhante e úmido; corpo em curvatura natural, rígida e resistente; carapaça bem aderente ao corpo; coloração própria da espécie; olhos vivos, proeminentes; odor próprio e suave; lagostas, siris e caranguejos, estarem vivos e vigorosos. o Moluscos bivalves: vivos, com valvas fechadas, e retenção de água incolor e límpida nas conchas; odor próprio e suave; carne úmida, bem aderente à concha, aspecto esponjoso. o Moluscos cefalópodes:pele lisa e úmida, olhos vivos, proeminentes na orbita; carne firme e elástica; ausência de qualquer pigmentação, odor próprio. o Moluscos gastrópodes: carne úmida, aderida a concha, cor própria, odor próprio e suave, vivos e vigorosos. o Anfíbios- Rã: odor suave, coloração rosa pálida na carne, branca e brilhante próximo as articulações; ausência de lesões, textura firme e elástica. o Repteis- Jacaré: odor característico, coloração branca rosada, ausência de lesões, textura macia. o Répteis- Quelônios: odor característico e suave, livre de manchas escuras, textura firme, e elástica. o Pescado fresco: pH menor que 7 nos peixes; menor que 7,85 nos crustáceos; menor que 6,85 nos moluscos; menor que 30mg de nitrogênio por 100g de musculatura. É permitido o aproveitamento condicional do pescado injuriado, mutilado, deformado, com alteração de cor ou presença de parasitas localizados. Os processos para aproveitamento condicional são: congelamento, salga ou calor. Os pescados infectados com endoparasitas transmissíveis ao homem, não podem ser destinados ao consumo cru sem que sejam submetidos ao congelamento à temperatura de -20C por 24h ou a -35C durante 15h. 2. Produtos e derivados de pescado Para ser considerado derivado de pescado, deve conter mais de 50% de pescado. Quando possuir menos que 50% deve ser considerado produto à base de pescado. o Pescado fresco: não foi submetido a qualquer processo de conservação, a não ser pela ação do gelo. o Pescado resfriado: embalado e mantido em temperatura de refrigeração. o Pescado congelado: submetido a processos de congelamento rápido. É concluído quando o produto atinge a temperatura de - 18C; é permitido o uso de congelador salmourador quando o pescado for destinado para elaboração de conservas, atingindo temperatura não superior a -9C. Durante o transporte deve ser mantido a uma temperatura não superior a -18C. o Pescado descongelado: inicialmente congelado e submetido a um processo de elevação de temperatura acima do ponto de congelamento e mantido em temperatura próxima à do gelo fundente. o Carne mecanicamente separada: produto congelado, envolvendo o descabeçamento, evisceração, limpeza e separação da carne das demais estruturas (espinhos, pele e ossos). o Surimi: produto congelado, obtido a partir da CMS, submetida a lavagens sucessivas, drenagem e refino, com adição de aditivos. o Pescado empanada: produto congelado, com adição ou não de ingredientes, moldado ou não, revestido de cobertura, submetido ou não ao tratamento térmico. o Pescado em conserva: adição de ingredientes, envasado em recipientes hermeticamente fechados e submetido à esterilização. o Pescado em semiconserva: tratamento especifico do pescado por meio do sal, com adição ou não de ingredientes, envasado em recipientes hermeticamente fechados, não esterilizados pelo calor. o Patê ou pasta: pescado transformado em pasta, adição de ingredientes. o Embutido: adição de ingredientes, curado ou não, cozido ou não, defumado ou não, dessecado ou não. o Pescado curado: tratado pelo sal, com ou sem aditivos. Pode ser realizado por salgas úmida, seca ou mista. o Pescado seco ou desidratado: obtido pela dessecação do pescado, por meio de processo natural ou artificial, com ou sem aditivos. o Pescado liofilizado: obtido pela desidratação do pescado, com ou sem aditivos. o Gelatina: obtido a partir de proteínas de naturais solúveis, coaguladas ou não, obtida pela hidrolise do colágeno presente nos tecidos. Quando os produtos estiverem em mau estado de conservação, sinais de deterioração, portadores de doenças ou lesões, infecção muscular por parasitas, apresentem perfurações dos envoltórios dos embutidos. 3. Produtos de origem animal impróprios para consumo Produtos alterados, fraudados, danificados por umidade ou fermentação, rançoso, com características anormais, substancias contaminantes, toxicas, radioativas, contenham microrganismos patogênicos, obtidos de animais submetidos a tratamento veterinário sem respeitar o período de carência, embalagens estufadas, defeituosas, prazo de validade expirados. o Miúdos (língua, coração, moela, fígado, ovas e bexiga natatória): órgãos e partes de animais julgados aptos para consumo. ➢ Portaria 185, 1997: o Peixe inteiro: lavado e inteiro. o Eviscerado: remoção das vísceras, com ou sem cabeça, nadadeiras ou escamas. o Denominação de venda: Peixe fresco ou Peixe eviscerado fresco. o Ingrediente obrigatório: peixe fresco inteiro ou eviscerado fresco. o Requisitos: frescor conservado, isento de decomposição, hematomas, colorações anormais, rupturas; as escamas unidas entre si e aderidas à pele; pele úmida, tensa e bem aderida; olhos brilhantes ocupando as cavidades corretamente; opérculo rígido; brânquias de cor rosa a vermelho intenso; após o cozimento em temperatura interna maior/igual a 70C, deve manter as características próprias, sem odores e sabores desagradáveis. ➢ Fluxograma para pescado em conserva quando chega na indústria Realizar a inspeção quando recebe o produto: certificado de sanidade, lacre, condições de higiene do transporte, condições de conservação do pescado ao chegar na indústria. ➢ Boas práticas de fabricação 1. Captura: higiene do barco, maneira de retirar o peixe da rede, respeitar a época do defeso (proibido captura). 2. Manuseio a bordo: evitar pisoteio e injúria, evitar compressão excessiva por amontoamento, evitar exposição ao sol, selecionar por tamanho, valor comercial e espécie, devolver ao mar, quando possível, o pescado sem interesse comercial ou abaixo do tamanho permitido e fêmeas ovadas (lagosta: devolver ao mar ainda vivas); lagosta, camarões rosa e legítimo descabeçar a bordo, com higiene e utensílios adequados; algumas são evisceradas no barco devendo ter higiene; moluscos, caranguejos e siris devem chegar vivos à indústria; cação é feita a sangria imediata. 3. Conservação: resfriar imediatamente abaixo de 4,4C; gelo de boa qualidade e quantidade suficiente; evitar contaminação; lagosta e camarões usar conservantes. 4. Meios de conservação: gelo, água do mar refrigerada. 5. Descarregamento: cais limpo, evitar demora, evitar traumatizar o pescado com pisoteio, pancadas, proteger contra sol e moscas. 6. Transporte: caminhões isotérmicos ou frigoríficos; higienização adequada, menor tempo possível de transporte até a indústria; conservar em refrigeração adequada. ➢ Fluxograma da indústria Recepção – lavagem (retirada do excesso de sangue e muco; no pescado congelado colocar em tanque de descongelamento com água) – classificação (cilindros rotativos divergentes) – evisceração (sucção ou tração, seguida de toillete manual, remoção continua de resíduos; seleção das espécies manualmente) – nova lavagem – salmouragem (eliminar muco e sangue; reduzir umidade e melhorar aspecto visual) – enlatamento (ventre voltado para cima) – pré-cozimento (retirar excesso de água e gordura e proporcionar melhor aparência e consistência) – adição de líquido de cobertura (preenchimento dos espaços vazios e melhorar o sabor) – obtenção de vácuo – recravação – esterilização comercial – embalagem – estocagem – certificação sanitária. ➢ Fluxograma do pescado congelado – indústria Recepção – lavagem – descongelamento (imersão em água corrente) – descamação manual – nova lavagem – filetagem (restos de pele, carne e nadadeirassão removidos; os filés são acondicionados em bandejas) – congelamento (atingir -18C, túnel de congelamento, armário de placas, congelador salmourador) – glazeamento (evitar a desidratação e rancificação, imersão dos files em água com gelo, contendo tripolifosfato de sódio) – embalagem – estocagem – certificação sanitária – transporte (caminhões frigoríficos) – distribuição (temperatura abaixo de -18C). Leite – Novo R.I.I.S.P.O.A. Os estabelecimentos de leite são classificados em: o Granja leiteira: destinado à produção, pré- beneficiamento, beneficiamento, envase, acondicionamento, rotulagem, armazenagem, expedição de leite para consumo humano direto, pode elaborar derivados lácteos. o Posto de refrigeração: estabelecimento intermediário entre as propriedades rurais e as usinas de beneficiamento ou fábricas de laticínio, destinado à seleção, e à expedição de leite cru. o Usina de beneficiamento: destino à recepção e à expedição de leite para o consumo humano direto; sendo permitida a expedição de leite fluido a granel de uso industrial. o Fábrica de laticínio: destinado à fabricação de derivados lácteos; sendo permitida a expedição de leite fluido a granel. o Queijaria: localizado em propriedade rural, destinado à fabricação de queijos tradicionais, elaborados exclusivamente com leites de sua própria produção; encaminhar o produto a uma fábrica de laticínio ou usina de beneficiamento, caso não realize o processamento completo do queijo. o Leite: produto obtido da ordenha completa, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. É permitido a mistura de leites de outras espécies, desde que, seja informado no rótulo. o Colostro: obtido da ordenha após o parto e enquanto estiverem presentes os elementos que o caracterizam. o Leite de retenção: obtido 30 dias antes parição prevista. o Leite individual: resultante da ordenha de uma só fêmea; leite de conjunto: obtido da mistura de leites individuais. É proibido administrar qualquer substância para estimulação de secreção láctea, que prejudique a saúde do animal e do humano. Após a ordenha o leite deve ser filtrado. O leite cru mantido na propriedade rural deve ser conservado sob temperatura períodos definidos na norma. o Tanque comunitário: equipamento de refrigeração por sistema de expansão direta, utilizada de forma coletiva, exclusivamente por produtores de leite para conservação do leite cru refrigerado na propriedade rural. (em uma propriedade tem um tanque, e as outras propriedades mandam o leite para esse tanque, o produtor da propriedade onde está o tanque, coleta amostras de todos os leites para ver se está dentro da norma). É proibido o desnate parcial ou total do leite nas propriedades rurais. É proibido encaminhar leite de fêmeas de propriedades que estejam em interdição; não estão em boas condições de saúde; estejam no último mês de gestação ou na fase colostral; apresentem diagnostico de doenças infectocontagiosas; estejam no período de carência; recebam alimentos ou medicamentos que possam comprometer a qualidade do leite. As análises que devem ser realizadas são: contagem de células somáticas (CCS); contagem bacteriana total (CBT); composição centesimal; detecção de resíduos de produtos veterinários. ➢ Características físico-químicas: Cor, odor e aspecto normais; mínimo 3% gordura; 2,9% de proteína; 4,3% de lactose; 8,4% de sólidos não gordurosos; 11,4% de sólidos totais; acidez entre 0,14 e 0,18%; densidade entre 1,028 a 1,034; índice crioscópico entre -0,512 e -0,536C; O estabelecimento industrial é responsável pelo controle das condições de recepção e seleção do leite destinado ao beneficiamento ou à industrialização. Quando detectado alguma não conformidade o estabelecimento receptor será responsável pela destinação adequada do leite, e deve comunicar ao SIF. ➢ Processamento do leite Pré-beneficiamento -> filtração sob pressão, clarificação, bactofugação, microfiltração, padronização do teor de gordura, termização (pré- aquecimento), homogeneização, refrigeração. Beneficiamento -> as mesmas etapas acima, tratamento térmico de pasteurização, ultra alta temperatura (UHT), esterilização e envase. É permito o congelamento do leite para espécies em que o procedimento seja justificado; é proibido o uso de conservantes no leite. o Filtração: retirada das impurezas do leite por acesso mecânico. o Clarificação: retirada de impurezas mediante centrifugação. Todo leite destinado ao consumo humano direto deve passar por esse processo. o Termização: aplicação de calor ao leite, para reduzir a carga microbiana, sem alterações das características do leite cru. Deve ser refrigerado imediatamente e manter o perfil enzimático do leite cru. o Pasteurização: tratamento térmico, para evitar microrganismos patogênicos. Pode ser pasteurização lenta (T entre 63-65C, por 30 minutos); pasteurização rápida (T entre 72-75C, por 15-20segundos). O leite pasteurizado destinado ao consumo direto deve ser mantido a T não superior a 4C. É proibida a repasteurização do leitepara consumo humano direto. o UHT: T entre 130-150C, por 2-4segundos, imediatamente resfriado a T inferior a 32C. o Esterilização: T entre 110-130C, por 20-40 minutos. Conservação do leite: conservação e expedição do posto de refrigeração – 4C; usina de beneficiamento ou fábrica de laticínios antes da pasteurização – 4C; refrigeração após a pasteurização – 4C; estocagem em câmara frigorífica do leite pasteurizado – 4C; entrega ao consumo do leite pasteurizado – 7C; estocagem e entrega do leite UHT e pasteurizado – temperatura ambiente. Podem ser produzidos os seguintes tipos de leite: Cru refrigerado, fulido a granel de uso industrial, pasteurizado, UHT, esterilizado e reconstituído. Não são destinados ao consumo humano direto o cru refrigerado e o fluído a granel. O leite reconstituído para consumo humano direto so pode ocorrer em casos emergenciais de desabastecimento público. o Leite cru refrigerado: produzido em propriedades rurais, refrigerado e destinado aos estabelecimentos de leite e derivados. o Leite fluído a granel: higienizado, refrigerado, submetido opcionalmente a termização, pasteurização e padronização da matéria gorda. o Leite pasteurizado: submetido a pasteurização. o UHT: homogeneizado, submetido ao processo de ultra alta temperatura. o Leite esterilizado: leite fluído, previamente envasado submetido ao processo de esterilização. o Leite reconstituído: resultando da dissolução em água do leite em pó ou concentrado, com adição ou não de gordura láctea, seguido de homogeneização. Leites cru, pasteurizado e pasteurizado tipo A Instrução Normativa 76 e 77 de 2018 – cancela a 51 e 62. Na IN 51 existiam os leites tipo A, B e C; leite cru refrigerado, pasteurizado e cru refrigerado a granel Com a IN 62 foi retirado os leites tipo B e C. ➢ IN 77 o Leite tipo A: leite fluído, produzido, beneficiado e envasado exclusivamente na granja leiteira. o RBQL (Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite): finalidade de monitorar, contribuindo para o aperfeiçoamento da qualidade do leite. o Tanque de expansão direta: tanque de refrigeração do leite cru até T igual/menor a 4C, no máximo 3horas. o Tanque de uso comunitário: tanque de expansão direta usado coletivamente. O titular do tanque é o produtor do local onde está instalado o tanque. ➢ Plano de qualificação defornecedores de leite As boas práticas agropecuárias devem ser: manejo sanitário, manejo alimentar e armazenamento de alimentos, qualidade da água, refrigeração e estocagem do leite, higiene pessoal e das superfícies e utensílios, controle de pragas, manejo de ordenha e pós-ordenha, manejo de resíduos e tratamento de efluentes, prática de manejos associadas ao bem- estar animal. ➢ Instalações e equipamentos O local de ordenha deve ser limpo antes, durante e após a obtenção da matéria-prima; a refrigeração do leite cru na propriedade rural deve ser em tanque de expansão direta, sistema de pré-resfriamento ou ambos. O tanque de refrigeração e armazenagem do leite deve ser instalado na propriedade rural em local adequado, com paredes, iluminação, ventilação, cobertura e água corrente. ➢ Uso dos tanques comunitários Deve ser instalado na propriedade rural para facilitar a entrega do leite dos produtores. Após cada ordenha o leite deve ser imediatamente transportado do local de produção para o tanque comunitário, em latões com identificação do produtor, sendo proibido o recebimento de leite previamente refrigerado. O leite ao ser adicionado ao tanque deve ser coado e refrigerado à temperatura máxima de 4C em até 3 horas. ➢ Coleta e transporte do leite A coleta deve ser realizada no local de refrigeração e armazenamento do leite. Deve-se recolher o leite cru refrigerado em tanque isotérmico, através de mangueira e bomba sanitária, diretamente do tanque, em circuito fechado. O veículo deve ter proteção contra chuva e sol, materiais atóxicos, refrigerador ou caixa isotérmica que mantém a temperatura das amostras em até 7C. O responsável pelo procedimento deve ter treinamento, realizar o teste do álcool/alizarol para seleção da matéria-prima, deixar de coletar leites que não estão dentro das normas. O tempo entre as coletas não deve ser superior à 48horas. É permitido o transporte do leite em latões em temperatura ambiente desde que, seja entregue ao estabelecimento processador em até 2h após a ordenha. ➢ Recepção do leite A temperatura de recebimento do leite cru refrigerado não deve ser superior à 7C, podendo receber até 9C, em exceções. Os estabelecimentos devem realizar o controle diário do leite cru refrigerado de cada compartimento, onde serão analisados os seguintes itens: temperatura, teste de álcool/alizarol, acidez, densidade, índice crioscopico, teor de gordura, teor de sólidos totais e não gordurosos, neutralizantes de acidez. Se o leite analisado no caminhão não estiver adequado, deve-se realizar analise individual de cada produtor. Caso não esteja adequado ainda, o produtor deve ser notificado para tomar as medidas corretivas. ➢ Teste álcool/alizarol o Coloração vermelho tijolo sem ou pouco grumos bem finos: acidez normal e estabilidade do álcool/alizarol. o Coloração amarela ou marrom claro, com grumos: acidez elevada e não estável. o Coloração lilás a violeta: reação alcalina, sugerindo mastite ou neutralizantes. ➢ IN 76/2018 Leite cru refrigerado é o leite produzido em propriedades rurais, refrigerado e destinado aos estabelecimentos de leite e derivados. ➢ Temperatura: o Recebimento do leite no estabelecimento: 7C, admitindo-se até 9C. o Conservação e expedição no posto de refrigeração: 4C. o Conservação do leite na usina de beneficiamento ou fábrica de laticínios antes da pasteurização: 4C. Deve ser liquido branco e homogêneo. É proibido o uso de aditivos ou coadjuvantes no leite cru refrigerado. ➢ Leite pasteurizado: leite fluido submetido a um processo de pasteurização, envasado automaticamente em circuito fechado. Fosfatase negativa e peroxidase positiva. Não é permitido o uso de aditivos e coadjuvantes. ➢ Conservação: refrigeração após a pasteurização – 4C; estocagem e expedição – 4C; entrega ao consumo – 7C; deve ser transportado em veiculo isotérmico. Leite UHT Leite homogeneizado submetido a uma temperatura entre 130C – 150C, durante 2-4 segundos, imediatamente resfriado a menos de 32C e envasado em embalagens estéreis. Classificado em: o Leite UHT integral o Leite UHT semidesnatado o Leite UHT desnatado Na denominação de venda podem ser acrescentados os termos “Longa vida”, e/ou ‘’homogeneizado”. o Ingrediente obrigatório: leite de vaca. o Opcionais: creme (nata). o Aspecto: líquido. o Coloração: branca. o Odor: sem alterações. o Teor de gordura o Leite integral: no mínimo 3.0 o Leite semidesnatado: 0,6-2,9 o Leite desnatado: até 0,5. o Estabilizantes: Sódio (monofosfato, difosfato, trifosfato, Citrato – de acordo com a portaria 370- separados ou combinados, em quantidade não superior a 0,1%). Não deve ter microrganismos capazes de proliferar em condições normais de armazenamento e distribuição, deve ficar incubado em T de 35-37C, durante sete dias. No rotulo do leite UHT semidesnatado ou parcialmente desnatado a porcentagem de gordura. Leite em pó Obtido por desidratação do leite de vaca integral, desnatado ou semidesnatado. Pode ser classificado em instantâneo ou não. o Ingrediente obrigatório: leite de vaca o Requisitos: pó uniforme e sem grumos; coloração branca amarelada. ➢ Aditivos o Lecitina: como emulsionante para leites instantâneos no máximo 5g/kg. o Antiumectantes (silicatos de alumínio, cálcio, fosfato tricálcio, dióxido de silício, carbonato de cálcio, carbonato de magnésio, no max. 10g/kg) para utilização restrita ao leite em pó a ser utilizado em máquina de venda automática. o Não podem utilizar nitrogênio e dióxido de carbono para envase, apenas gases inertes. Derivados Lácteos o Produtos lácteos: obtidos mediante processamento do leite, podendo conter ingredientes, aditivos e coadjuvantes. o Produtos lácteos compostos: são os produtos no qual o leite, os produtos lácteos ou os constituintes do leite representem mais de 50% do produto final. o Mistura láctea: contem em sua composição final mais de 50% de produtos lácteos ou produtos lácteos compostos. ➢ Queijos É comum no queijo suíço conter olhaduras, porém, no queijo minas não deve conter, pode ser indicativo de clostridium. o Definição: produto lácteo fresco ou maturado, obtido por meio da separação parcial do soro em relação ao leite ou leite reconstituído, com ou sem adição de substancias alimentícia, especiarias, condimentos ou aditivos. o Queijo fresco: pronto para consumo logo após a fabricação. o Queijo maturado: sofreu trocas bioquímicas e físicas necessárias. São classificados em: extra gordo ou duplo creme, gordo, semigordo, magro e desnatado. E em relação a umidade: baixa (massa dura), média umidade (massa semidura), alta umidade (macio) e muita alta umidade (mole). o Ingrediente obrigatório: leite e/ou leite reconstituído e/ou soro lácteo. Coagulante apropriado. o Acondicionamento: poderão ser acondicionados ou não, dependendo da variedade do queijo. o Aditivos: ácido acético, ácido lático, ácido cítrico entre outros. o Coadjuvantes: podem ser utilizados nos queijos de muita alta umidade bactérias lácticas. o Higiene: o leite deve ser filtrado e pasteurizado para assegurar a fosfatase residual negativa. Queijos que são submetidos à maturação em T superior a 5C, por no mínimo 60 dias, o leite não precisa ser pasteurizado. ➢ Manteiga Produto gorduroso obtido pela bateção e malaxagem . A matéria gorda deve conter exclusivamentegordura láctea. o Manteiga de garrafa: produto gorduroso no estado líquido ou pastoso, obtido do creme de leite pasteurizado. o Ingrediente obrigatório: creme pasteurizado. o Opcionais: cloreto de sódio até 2%, fermentos lácticos selecionados (manteiga maturada). Temperatura de 20C. o Aditivos: podem ser adicionados corantes naturais ou sintéticos. Ex: bixa orelana, beta caroteno, e cúrcuma. Podem ser colocados descorantes de clorofilina. o Coadjuvantes: podem ser adicionados sais neutralizantes. Ex.: bicarbonato de sódio, hidróxido de sódio. o Manteiga extra: não recebem corantes e conservantes. o Manteiga de primeira qualidade: não recebe conservante, mas pode receber corante. Não sofre fermentação necessariamente. o Manteiga de segunda qualidade: não recebe conservante, mas pode receber corante e neutralizante (para redução da acidez quando sofre pasteurização). ➢ Creme de leite Produto rico em gordura retirada do leite, na forma de emulsão de gordura em água. Denominação de venda: “creme de leite” ou “creme”, podendo indicar o teor de gordura – “baixo teor”, ou, “leve”, ou, “semicreme”, ou “alto teor de gorduroso”. o Duplo creme: matéria gorda superior a 40%. o Creme para bater: matéria gorda superior a 35%. o Creme longa vida: creme UHT. o Creme homogeneizado. o Ingrediente obrigatório: creme obtido do leite de vaca. o Opcionais: sólidos lácteos não gordurosos, caseinatos ou soro lácteo em pó. o Acondicionamento: conservado em câmara fria, com temperatura menor/igual 5C. Os cremes UHT e esterilizados podem ser mantidos em temperatura ambiente. o Não é permitido aditivos e coadjuvantes para o creme pasteurizado. O esterilizado e UHT podem conter espessantes, estabilizantes, não superior a 0,5%; e sais neutralizantes não superior a 0,2%. ➢ Bebida láctea: É o produto lácteo resultante da mistura do leite e soro de leite adicionado ou não de produtos ou substancias alimentícias, gordura vegetal, leite fermentado, fermento lácteo. A base láctea representa pelo menos 51% do total de ingredientes. o Bebida láctea com adição: adição de substancias alimentícias, gordura vegetal, leite fermentado. A base láctea representa 51% do total de ingredientes. o Bebida láctea sem adição: sem adição de substancias alimentícias, gordura vegetal, leite fermentado. A base láctea representa 100% do total de ingredientes. o Bebida láctea pasteurizada: submetido a temperatura de pasteurização lenta (62- 65C, por 30 minutos), e pasteurização de curta duração (72-75C, por 15-20 segundos, resfriada em seguida entre 2- 5C) e envasada. o Bebida láctea esterilizada: embalada a vácuo direto ou indireto, esterilizado pelo calor úmido e imediatamente resfriado. o Bebida láctea UHT: submetida durante 2-4 segundos, em temperatura entre 130-150C, e resfriado imediatamente a uma temperatura inferior a 32C. o Bebida láctea fermentada: fermentada mediante ação do cultivo de microrganismos, e não poderá ser submetido a tratamento térmico após a fermentação. Quando são adicionados açúcares são classificados como bebida láctea fermentada com açúcar. Pode ser classificada em: pasteurizada, esterilizada, UHT, tratada termicamente após fermentação; com ou sem adição de produtos; com ou sem adição de cultivos. o Soro de leite: liquido residual obtido a partir da coagulação do leite. o Ingredientes obrigatórios: leite e soro de leite. Em casos de bebidas fermentadas, é obrigatório bactérias lácticas. o Conservação: bebidas pasteurizadas e fermentadas são conservadas e comercializadas em temperatura menor/igual a 10C. Podem utilizar aditivos, em casos de bebidas UHT e esterilizadas sem adição, só podem ser utilizados espessantes e estabilizantes. o Coadjuvante: enzima betagalactosidase (lactase). ➢ Rotulagem o Bebida láctea branca: deve estar escrito em negrito “contém ..% de soro de leite”. “bebida láctea não é leite” ou “este produto não é leite”. o Bebida láctea colorida: deve estar escrito em negrito “contém soro de leite”. “bebida láctea não é iogurte” ou “este produto não é iogurte”. o Nas embalagens brancas ou coloridas igual/menor 250g deve estar escrito “contém soro de leite”. ➢ Leite fermentado São produtos lácteos ou produtos lácteos compostos obtido por meio da coagulação e diminuição do pH do leite ou do leite reconstituído por meio de fermentação láctea, mediante ação de microrganismos. São considerados leites fermentados: iogurte, leite fermentado, leite acidófilo, kumys, kefir e coalhada. o Iogurte: fermentação com Streptococcus salivarius e Lactobacillus bulgaricus. o Leite fermentado: steptococcus salivarius o Leite acidófilo: lactobacillus acidophilus. o Coalhada: fermentação ocorre por cultivos individuais ou mistos de bactérias mesofilicas. o Kefir: fermentação ocorre com grãos de kefir, com produção de ácido láctico, etanol e dióxido de carbono. Os grãos de kefir são constituídos por leveduras. o Kumys: lactobacillus bulgaricus. Não podem ser submetidos a tratamento térmico após a fermentação. Deverão ser conservados e comercializados em temperatura não superior a 10C. Não são permitidos o uso de aditivos, exceto nos desnatados (espessante e estabilizante) Mel o Unidade de extração e beneficiamento de produtos de abelhas: estabelecimento destinado ao recebimento de matéria prima dos produtores rurais, extração, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição dos produtos. o Entreposto de beneficiamento de produtos de abelhas e derivados: estabelecimento destinado a recepção, classificação, beneficiamento, industrialização, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição de produtos provenientes de outros estabelecimentos. o Mel: produto alimentício produzido por abelhas melíferas a partir do néctar das flores ou secreções de partes vivas das plantas ou excreções de insetos sugadores de plantas. As abelhas recolhem, transformam e combinam com substancias especificas, armazenam e deixam maturar nos favos da colmeia. o Mel de abelhas sem ferrão: deixam maturar nos potes da colmeia. Não pode misturar mel de abelhas com ferrão, com mel sem ferrão. o Mel floral: obtido dos néctares das flores. Monofloral (flores de uma mesma família, espécie ou gênero); polifloral (diferentes origens florais). o Melato: obtido a partir de secreções das partes vivas das plantas ou excreções de insetos sugadores. ➢ Obtenção do mel do favo o Mel escorrido: obtido pelo escorrimento dos favos desoperculados, sem larvas. o Mel prensado: obtido por prensagem dos favos, sem larvas. o Mel centrifugado: obtido pela centrifugação dos favos, sem larvas. ➢ Apresentação o Mel: em estado líquido, cristalizado ou parcialmente cristalizado. o Mel em favos ou em secções: armazenado pelas abelhas em novos favos, que não contenham larvas e comercializados em favos inteiros. o Mel com pedaços de favo: contém um ou mais pedaços de favo com mel, sem larvas. o Mel cristalizado ou granulado: sofreu um processo natural de solidificação, como consequência da cristalização dos açucares. o Mel cremoso: tem uma estrutura cristalina e fina que pode ter sido submetido a processo físico, tornando-o fácil de untar e permitindo essa estrutura. o Mel filtrado: submetido ao processo de filtração, sem alterar seu valor nutritivo. ➢ Composição: solução concentradade açúcares principalmente glicose e frutose. Contém hidratos de carbono, enzimas, aminoácidos, ácidos orgânicos, minerais, substancias aromáticas, pigmentos e grão de pólen (deve conter!!), podendo conter cera de abelha. Não podem ser adicionados açúcares que alterem sua composição original. ➢ Acondicionamento: a granel ou fracionado, em embalagens aptas para proteção do produto. O mel em favos só deve ser acondicionado em embalagens destinadas para venda direta ao público. ➢ É proibido o uso de aditivos. ➢ Mel de abelhas industrial: é obtido pela prensagem, que se apresenta fora das especificações, ou em inicio de fermentação, que indique alteração sensorial, mas não o desclassifica para ser usado em produtos alimentícios. ➢ Na filtração do mel não é permitido o uso de clarificantes e coadjuvantes de filtração (carvão ativado, argila), exceto quando for mel industrial. ➢ Não é permitido o uso de edulcorantes, aromatizantes, amido, gelatina, ou outro espessante, conservadores e corantes, redutores de acidez. Não pode utilizar utensílios de madeira. ➢ Geleia real: é o produto da secreção do sistema glandular cefálico, colhido em até 72 horas. Só pode ser veiculado em mel de abelhas e na proporção mínima de 0,2%. Deve ser estocada em temperatura 2-4C. Quando a geleia for adicionada ao mel, este deve estar em temperatura ambiente. ➢ Pólen apícola: resultante da aglutinação do pólen das flores, desde que não desidratado deve ser armazenado sob refrigeração. Pode ser comercializado adicionado ao mel na proporção mínima de 5%, in natura e desidratado. ➢ Própolis: oriundo de substancias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas de flores, e adicionadas as secreções salivares das abelhas, cera e pólen. Só pode ser comercializado pelos entrepostos e apiários se o rotulo não conter indicações medicamentosas ou para fins terapêuticos. ➢ Apitoxina: produto de secreção de glândulas abdominais ou de veneno. ➢ Cera de abelhas: secretado para formação dos favos nas colmeias, de consistência plástica e cor amarelada. ➢ Hidromel: deve ser utilizado água potável, ocorrendo fermentação. Pode ser seco, licoroso, doce e espumoso. ➢ Vinagre de mel: obtido a partir da fermentação acética do hidromel ou da fermentação alcóolica e acética da mistura de mel e água potável, e pasteurizado. ➢ Compostos ou xarope de açúcar: mínimo 30% de mel, reação de lund positiva. Só podem ser fabricados nos entrepostos, proibido sua produção nos apiários. ➢ Compostos de produtos de abelha sem adição de ingredientes: formado por 2 ou mais produtos de abelhas combinados, correspondendo a 100% do produto final. ➢ Compostos de produtos de abelha com adição de ingredientes: um ou mais produtos de abelha, com adição de ingredientes. ➢ Rotulagem: “mel de abelhas” – mel de mesa; “mel de abelhas industrial”; mel de abelha não beneficiado -> “mel de abelhas in natura” (não sofreu pré-aquecimento); “mel de abelhas pré-beneficiado” (sofreu pré- aquecimento). ➢ Mel de abelhas em favos: pode ser comercializado em embalagem impermeável. ➢ “mel de abelhas com geleia real” ou “mel de abelhas com favos”. E indicado ainda “conservar sob refrigeração”. ➢ “Xarope de açúcares”, não deve conter a palavra mel, nem desenhos associados ao mel, abelha ou favos. ➢ ‘’cera de abelhas bruta ou própolis bruta” (quando não sofreu processo de purificação); “cera de abelhas beneficiada” e “própolis purificado” (quando sofreu purificação). ➢ Umidade no máximo 20%, prova de fiehe negativa e lud positiva. Ovo o Granja avícola: estabelecimento destinado à produção, ovoscopia, classificação, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição dos ovos de própria produção destinados à comercialização direta. Pode comercializar para unidade de beneficiamento. o Unidade de beneficiamento de ovos e derivados: destinado a produção, industrialização, expedição de ovos e derivados. Os estabelecimentos de ovos e derivados devem analisar: a integridade da casca e aspecto geral de limpeza; ovoscopia; classificação dos ovos; verificar as condições e integridade das embalagens. Os ovos limpos trincados ou quebrados, mas com a membrana intacta devem ser destinados a industrialização o mais rápido possível. É proibido a utilização e lavagem de ovos sujos trincados para fabricação de derivados. Os ovos devem ser lavados antes de serem processados. o Ovo categoria A: casca e cutícula lisas e limpas; câmara de ar imóvel e no máximo 6mm; gema visível a ovoscopia; clara límpida e translucida, sem manchas. o Ovo categoria B: considerados inócuos, sem se enquadrar na categoria A; apresentar manchas sanguíneas pequenas e pouco numerosas na clara; provenientes de estabelecimentos avícolas de reprodução que não foram submetidos a incubação. São destinados exclusivamente à industrialização. o Ovo: de galinha em casca. o Ovo fresco: em casca que não foi conservado por qualquer processo. Armazenagem entre 8-15C; UR 70-90%. o Ovo frigorificado: em casca conservado pelo frio industrial. Temperatura não inferior a -1C, de preferência, em atmosfera de gás inerte, em T entre 0-1C. o Conserva de ovos: tratamento do ovo sem casca, congelado, pasteurizado, salgado e desidratado. o Ovo integral: em natureza desprovido de casca conservando a clara e gema. o Gema: obtido da separação da clara. o Clara: obtido da separação da gema. o Ovo desidratado: obtido da desidratação do ovo. No máximo 6% de umidade, resíduo seco. Processamento: classificação – lavagem – ovoscopia – quebra do ovo- filtração – homogeneização – pasteurização – resfriamento – congelamento – desidratação – embalagem. o Não devem ser utilizadas luzes coloridas atrapalhando a coloração dos ovos. o Granjas avícolas devem estar sob controle veterinário oficial. o A água de lavagem dos ovos deve ficar em temperatura de 35-45C. o A sala de quebra de ovos deve ter no máximo 16C. o Devem ser utilizadas peneiras, filtros para remoção da casca. o Pasteurização ou desidratação: recomenda- se até 72h após a quebra do ovo, desde que mantidos em temperatura 2-5C. o Produtos de ovos não pasteurizados devem ser congelados até -12C, no máximo 60h após a quebra. o Não é permitido armazenar produtos líquidos com mais de 7C. A câmara deve estar em temperatura -18C. Para gema com sal adicionado deve ser -23C. o Descongelamento de produtos líquidos devem ser em temperatura 2-3C, e o produto final deve ter no máximo 10C. Deve ser imediatamente processado. o Armazenagem de ovos em casca: no máximo 30 dias temperatura entre 4-12C. Períodos longos T de 0C, sem atingir o ponto de congelamento; UR 70-80%. Armazenados com a ponta menor para baixo. o Não devem possuir corantes.
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