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PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO PARA GRUPOS ESPECIAIS Prof. Aroldo Costa Neto aroldo@studiof3.com @lepes.rp Cacoal - RO FORMAÇÃO • Licenciado Pleno em Educação Física (2004); • Especialização em Fisiologia do Exercício e Treinamento Desportivo (360h-2006); • Bacharel em Fisioterapia (2008); • Especialização em Treinamento Funcional (360h-2010); • Especialização em Biomecânica da Atividade Física (360h-2014); • Capacitação em Personal Trainer - CEFEMA (160h-2015); • Especialização em Biomecânica, Avaliação Física e Prescrição de Exercícios (360h-2016); • Mestrado em Saúde e Educação (defesa em 2017). 2 ATUAÇÃO • Preparação Física Esportiva (2005); • Coordenação técnica/Avaliação Física/Treinamento personalizado: • Life Sport Center (2005/2006); • Superação Sport Center (2006/2012). • Atual: • Studio F3 – Corpo Inteligente (desde 2012); www.studiof3.com • Diretor Técnico/Científico; • Coordenador do LEPES – Laboratório de Estudo e Pesquisa em Exercício e Saúde (www.lepes.com.br); • Treinador Pessoal; • Avaliação Física e Funcional; • Membro da Bradhon (2015) – www.bradhon.com.br 3 COMO AS PESSOAS MORREM? 4 1- Por causas naturais 2- Por ignorância 3- Por terceiros 4- Fatalidade 5- Por escolha própria 5 6 EXERCÍCIO FÍSICO E DOENÇAS • ACSM (2014)= mínimo de 150 minutos por semana de exercícios físicos com intensidade moderada a vigorosa, visando melhora e manutenção da saúde geral; • Porquê os números só aumentam? • Somos profissionais competentes? 7 8 Sedentário de 60 anos Ativo de 60 anos FC repouso ≈ 90 bpm FC repouso ≈ 55 bpm 90 bpm x 60 minutos x 24 horas 55 bpm x 60 minutos x 23 horas + 60 minutos a 150 bpm 129.600 batimentos 84.900 batimentos 1 mês= 3.888,000 batimentos 1 mês= 2.547,000 batimentos 9 Pergunta: COMO MUDAR A REALIDADE ATUAL? SITUAÇÃO ATUAL COMPORTAMENTO FÍSICO FATORES PSICOLÓGICOS/ EMOCIONAIS FATORES SOCIAIS FATORES ALIMENTARES NOVA SITUAÇÃO NOVA ROTINA DE EXERCÍCIOS E ATIVIDADE FÍSICA INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA/ CONTROLE DE PICOS NOVA POSTURA SOCIAL INTERVENÇÃO NUTRICIONAL PARADIGMAS/ CRENÇAS QUEBRA DE PARADIGMAS/ CIÊNCIA APLICADA/ NOVA VIDA GENÉTICA? (HÁBITOS FAMILIARES) FILOSOFIA DE VIDA 11 CONSCIENTIZAÇÃO • Treinar por temporada; • Treinar para atingir um objetivo, depois parar; • Comportamento de recompensas; • Auto sabotagem (falta de tempo, desculpas); • Não é estética!; • Ter comportamento de magro; • Combate ao imediatismo; • O Treinamento é um processo; • Criar vínculo afetivo; • A meta é emagrecer uma só vez; • Lembrar que toda escolha implica perda. 12 PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO Compreender para prescrever PRESCRIÇÃO • Pergunta: • Como são elaborados os treinamentos hoje em dia? • Pensamento ou cultura estética predominante em todos os treinos; • Prescrição de treinos ou de exercícios? • Imediatismo; • Falta de embasamento teórico (falta de leitura); • Treino “espelho”. 14 PRESCRIÇÃO? • Conceitos errados e desatualizados; • músculo alvo; • número de estímulos por músculo; • Perspectiva da “teoria da balada”; • “Pagar o preço”; • “O importante não é a nossa opinião, mas sim, o que a ciência evidencia”. MARCHETTI (2015). 15 TREINAMENTO DE FORÇA “O treinamento de força é uma ferramenta amplamente utilizada para melhorar o desempenho esportivo, o condicionamento físico de indivíduos tanto ativos quanto sedentários, a qualidade de vida de pessoas afetadas por doenças crônico-degenerativas e pela sarcopenia decorrente do processo de envelhecimento”. SOUZA (2014) • Pergunta: • Qual é a importância de testar o nível de força dos nossos alunos? 16 IFMR “Encontrar estimativas de força máxima dinâmica em diversos exercícios com diferentes populações, pode facilitar não somente a condução do teste de 1 RM, mas também o controle das intensidades de treinos em academias e centros esportivos.” Marsola, Carvalho e Robert-Pires (2011) 17 IFMR • Índice de Força Máxima Relativa (IFMR), expresso a partir da divisão do peso levantado no teste de 1RM (uma repetição máxima, ou 100% de 1RM) pelo peso corporal do indivíduo avaliado; • IFMR= peso de 1RM / peso corporal; • Excelente utilidade para alunos iniciantes e reavaliação dos mesmos; • Excelente parâmetro preditor de saúde; • Limitações; • Teste de Repetições Máximas: • Estimar 1RM. 18 IFMR • Utilidade deste índice para os Profissionais de Educação Física: • Classificar o nível de Aptidão Neuromuscular dos nossos clientes; • Dar diagnóstico preciso sobre a condição de força atual; • Oferecer prognóstico e tempo para atingir a meta; • Demonstrar a evolução do nível de força relativo; • Produzir conteúdo científico com mapeamento do local de trabalho. 19 IFMR 20 TESTE DE REPETIÇÕES MÁXIMAS • Utilidade= estimar o % de 1 RM para prescrição de treinamento; • Δ’s sedentários: • 60% de 1RM estimado (IFMR); • Δ’s treinados: • 80 a 90% de 1RM; • Cadência teste/cadência treino: • Padrão 2010. 21 TESTE DE RM’S 22 COMPONENTES DA CARGA DE TREINO • Carga • STRESS= solicitação funcional global imposta ao organismo pelos estímulos de treino que abrange todos os sistemas; • Componentes: • Intensidade: componente qualitativo (leva ao objetivo); • Volume: componente quantitativo (para dada intensidade, qual é o tempo ou o nº de repetições necessárias?); • Densidade: relação estímulo X pausa; • Frequência: quantas vezes por semana devo submeter o organismo ao stress para gerar adaptações. 23 VARIÁVEIS • Volume: • Nº de séries para cada exercício; • Nº de exercícios por grupo muscular; • Nº total de séries; • Nº de repetições. 24 TEMPO SOB TENSÃO (15 REP.) 25 TEMPO SOB TENSÃO (11 REP.) 26 VARIÁVEIS • Intensidade: • peso a ser levantado (% ou absoluto); • ordem dos exercícios; • combinação dos grupos musculares na sessão; • velocidade de execução; • amplitude articular; • teor das repetições. 27 TEOR DAS REPETIÇÕES • Repetições: • Máximas= falha concêntrica;* • Supramáximas= 20/30% acima da falha; • Quase máximas= ≈10% abaixo da falha; • Submáximas= 20/40% abaixo da falha; • Abaixo disso: regenerativo/incorporativo (aprendizado motor) Magosso e Mascarenhas (2014) 28 VARIÁVEIS • Densidade: • tempo de descanso entre séries (relação estímulo x pausa); • Unidade arbitrária: • Carga Total (CT); • Tempo Efetivo (TE); • Tempo Descanso (TD). 29 DENSIDADE • Carga Total • Exemplos: • Treino A: 3x10x9 para MMSS; • Treino B: 4x15x6 para MMII; • Cadência 2010, 60” de intervalo. 30 Nº de Séries X Nº de Repetições X Nº de Exercícios A= 270 u.a. A= TE: 13’30”/TD: 26’ B= TE: 18’/TD: 23’ B= 360 u.a. Densidade A= 270 ÷ 39,5= 6,8 u.a. Densidade B= 360 ÷ 41= 8,7 u.a. VARIÁVEIS • Frequência: • Número de sessões na semana; • Intervalo entre as sessões. 31 INTENSIDADE DE CARGA E RECRUTAMENTO DE FIBRAS “PRINCÍPIO DO TAMANHO” 32 33 Stress N E U R A L % sobre 1RM Nº Repetições Tempo de Trabalho Via Metabólica Objetivo Fibras Recrutadas 100% 1 RM 5 – 6 seg. Anaeróbia Alática (Fadiga Neural, de recrutamento) Aumento do Recrutamento Motor I, IIa e IIb95% 2 – 3 5 – 10 seg. 90% 3 – 5 (média 4) 15 seg. Stress T E N S I O N A L 85% 5 – 7 (média 6) 20 seg. Anaeróbia Lática (FadigaMetabólica – Acidose) Hipertrofia I, IIa e IIb 80% 6 – 10 (média 8) 25 seg. 75% 8 – 12 (média 10) 30 seg. 70% 10 – 15 (média 12) 35 – 40 seg. 65% 12 – 18 (média 15) 40 – 45 seg. Stress M E T A B Ó L I C O 60% 15 – 20 (média 18) 50 – 60 seg. Anaeróbia Lática (Fadiga Metabólica - Acidose) Resistência Aneróbia Lática/Aeróbia I e IIa 50% 20 – 30 (média 25) 1’ a 1’30 min. Anaeróbia / Aeróbia (Fadiga Metabólica – Acidose) Resistência Anaeróbia Lática/Aeróbia I e IIa 40% 35 – 45 (média 40) 1’30 a 2’ min. Aeróbia / Anaeróbia Lática (Fadiga Metabólica – Acidose) Resistência Mista I e IIa 30% Acima de 50 RM 2’ a 3’ min. Aeróbia (Fadiga Metabólica – Acidose) Resistência Aeróbia I 34 NSCA 35 Número de repetições %NMR Intensidade NMR 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% 40% 40 24 26 28 30 32 34 36 38 40 45% 30 18 20 21 23 24 26 27 29 30 50% 25 15 16 18 19 20 21 23 24 25 55% 20 12 13 14 15 16 17 18 19 20 60% 18 11 12 13 14 14 15 16 17 18 65% 15 10 11 11 12 13 14 14 15 70% 12 8 8 9 10 10 11 11 12 75% 10 7 7 8 8 9 9 10 10 80% 8 6 6 6 7 7 8 8 85% 6 5 5 5 5 6 6 Tempo efetivo de trabalho Intensidade NMR 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% 40% 40 72 78 84 90 96 102 108 114 120 45% 30 54 59 63 68 72 77 81 86 90 50% 25 45 49 53 56 60 64 68 71 75 55% 20 36 39 42 45 48 51 54 57 60 60% 18 32 35 38 41 43 46 49 51 54 65% 15 29 32 34 36 38 41 43 45 70% 12 23 25 27 29 31 32 34 36 75% 10 20 21 23 24 26 27 29 30 80% 8 17 18 19 20 22 23 24 85% 6 14 14 15 16 17 18 Intensidade NMR 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% 40% 40 0:01:12 0:01:18 0:01:24 0:01:30 0:01:36 0:01:42 0:01:48 0:01:54 0:02:00 45% 30 0:00:54 0:00:58 0:01:03 0:01:07 0:01:12 0:01:16 0:01:21 0:01:25 0:01:30 50% 25 0:00:45 0:00:48 0:00:52 0:00:56 0:01:00 0:01:03 0:01:07 0:01:11 0:01:15 55% 20 0:00:36 0:00:39 0:00:42 0:00:45 0:00:48 0:00:51 0:00:54 0:00:57 0:01:00 60% 18 0:00:35 0:00:37 0:00:40 0:00:43 0:00:45 0:00:48 0:00:51 0:00:54 65% 15 0:00:29 0:00:31 0:00:33 0:00:36 0:00:38 0:00:40 0:00:42 0:00:45 70% 12 0:00:23 0:00:25 0:00:27 0:00:28 0:00:30 0:00:32 0:00:34 0:00:36 75% 10 0:00:19 0:00:21 0:00:22 0:00:24 0:00:25 0:00:27 0:00:28 0:00:30 80% 8 0:00:16 0:00:18 0:00:19 0:00:20 0:00:21 0:00:22 0:00:24 85% 6 0:00:13 0:00:14 0:00:15 0:00:16 0:00:17 0:00:18 36 ESTRATIFICAÇÃO DE RISCOS • Recomendações para: • Exame médico; • Tipo de exercício físico; • Teste de esforço; • Supervisão médica. • Riscos: a) Risco baixo; b) Risco moderado; c) Risco alto. 37 38 ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO • Embasamento da estratificação: (ACSM, 2014) 1. Na presença ou ausência de doença cardiovascular, pulmonar e/ou metabólica; 2. Na presença ou ausência de sinais e sintomas sugestivos de doença CV, P e/ou M; 3. Na presença ou ausência de fatores de risco para DCV. 39 40 41 42 PRINCÍPIOS DA PRESCRIÇÃO 43 220 - idade Gellish et al. (2007): 206,9 – (0,67 x idade) 200 bpm 193 bpm20 anos 186 bpm 184 bpm34 anos 145 bpm 157 bpm75 anos PRINCÍPIOS DA PRESCRIÇÃO • Principio FITT (ACSM, 2014): 1. Frequência; 2. Intensidade; 3. Tempo; 4. Tipo de exercício. 44 VO2R • Atividade de intensidade vigorosa= >60% VO2R • Exemplo: • Δ de 45 anos sedentário; • Resultado do TEP: 10 MET´s (35 ml/Kg.min); • VO2R= 35 – 3,5= 31,5 ml/kg.min • 60% VO2R= 31,5 x 0,6= 19 (5,5 MET´s) 45 NOME DO ALUNO TABELA DE CONVERSÃO E PRESCRIÇÃO DE TREINAMENTO CARDIORRESPIRATÓRIO EM ESTEIRA VO2 Máx. 42,0 ml/kg/min VO2 Basal 3,5 ml/kg/min VO2 Res. 38,5 ml/kg/min Velocidade TEP 12,0 Km/h MET´S 12,0 Equiv. Tarefa PERCENTUAIS %VO2 MET´S VO2 Res. 38,5 11,0 95% 40,1 11,5 90% 38,2 10,9 V IG O R O SO 85% 36,2 10,4 80% 34,3 9,8 75% 32,4 9,3 70% 30,5 8,7 65% 28,5 8,2 M O D ER A D O 60% 26,6 7,6 55% 24,7 7,1 50% 22,8 6,5 LE V E 45% 20,8 6,0 40% 18,9 5,4 *CORRENDO: MET=KM/H - ANDANDO: MET = KM/H+1 46 GRUPOS ESPECIAIS DIABETES • Doença metabólica caracterizada por hiperglicemia em jejum: • Produção de insulina (destruição das células ß – ilhotas de Langerhans); • Incapacidade de utilização; • Jejum ↑125 mg/dl • TOTG ↑ 200 mg/dl • Níveis elevados de glicose: • Risco de doenças micro e macro vasculares; • Neuropatias periféricas e autônomas; • 90% tipo 2, ≈5% tipo 1. 48 DIABETES 49 ANAMNESE - RESISTÊNCIA À INSULINA E DIABETES Nome: Data: QUESTIONÁRIO/HISTÓRICO 1 É usuário de insulina? Qual? 2 Horário das administrações: 3 Doses utilizadas: 4 Faz uso de medicamentos hipoglicemiantes? 5 Horários de uso: 6 Doses utilizadas: 7 Quantas refeições ao dia e quais horários? 8 Histórico de diabetes na família? 9 Há quanto tempo sabe que possui Diabetes? 10 Como foi feito o diagnóstico? 11 Fez o TOTG? Quais os resultados? 12 Fez exame do fundo de olho no último ano? 13 Quais os resultados? 14 Fez exame renal no último ano? Qual resultado? 15 Faz controle diário da glicemia em jejum? Média: 16 Faz controle diário da glicemia capilar? Média: 17 Costuma ter crises de hipo ou hiperglicemia? 18 Fez exame de hemoglobina glicada? Resultado %: 19 Sente formigamento nos pés? 20 Tem perda de sensibilidade em alguma região? 21 Sensação de pés frios? Inchaço nos pés? 22 Sente "ardência" nas pernas ao se exercitar? 23 Costuma ter grandes alterações na P.A. ou F.C? 24 Teve tontura em dias quentes? 25 Teve algum "apagão" ao levantar repentinamente? 26 Boca seca, sede, cãimbras, diurese excessiva? 27 Sente cansaço físico ou mental frequentemente? 28 Tem calafrios ou sudorese excessiva? UTILIZE ESTE ESPAÇO PARA FORNECER OUTROS DADOS IMPORTANTES Caso exista algum assunto que não foi perguntado mas é importante que seu professor saiba, relate aqui: 50 DIABETES • Controle glicêmico através da alimentação, exercício físico e, em muitos casos, medicação: • Reduzir o risco das complicações da diabetes; • Hemoglobina glicosilada (HbA1c) < 7%. • Teste de esforço: • Após extensa avaliação médica (cardiovascular, nervoso, renal, visual); • Controle glicêmico prévio/administração de insulina; • Neuropatia autônoma; • Estratificação de riscos (≤1). 51 DIABETES • Contraindicações: • Prescrever exercícios sem avaliação completa do estado de saúde; • Hipoglicemia e hiperglicemia; • Pico de ação insulínica; • Exercício antes de dormir; • Ajuste e controle da ingestão pré e pós treinamento (carboidratos); • Local da injeção; • Hidratação e controle térmico; • Exercícios e estado de cetoacidose. 52 DIABETES • Recomendações: • 3 a 7 dias/semana • 50 a 80% da VO2R e FCr; • PSE 12 a 16; • 150 a 300 minutos/semana; • Grandes grupos musculares de maneira rítmica e contínua; • 48 de intervalo para treinamento de força; • Treino metabólico X treino tensional; • Controle ponderal; • Treinamento Intervalado de Alta Intensidade e diabetes. 53 SOBREPESO E OBESIDADE • A obesidade é uma enfermidade multicausal, que pode ser consequência de diversos fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e psicológicos, proporcionando o acúmulo excessivo de energia sob a forma de gordura no organismo. É uma doença metabólica. YADAV et al. (2000) • Epidemia Global. 54 55 56 COMO ACUMULAR GORDURA NO SEU CORPO 57 0 10 20 25 30 35 40 45 50 Idade (anos) % d e G o rd u ra e P e s o G o rd o ( K g ) Exercício Dietas Restritivas ou Remédios WHO, 2012 Acúmulo progressivo de gordura corporal % DE GORDURASALDÁVEL • Mulheres: 15 a 20% • *25% • Homens: 12 a 15% • *20% 58 59 ESTUDO • Kraemer e col.(1999) analisaram 3 grupos: • 3x semana, 12 semanas; 60 3 GRUPOS SÓ DIETA DIETA + AERÓBIO DIETA + AERÓBIO + TR ~10kG a menos 69% - gordura 78% - gordura 97% - gordura Obesidade Sedentarismo Fatores Psicológicos Fatores Nutricionais Fatores Externos Fatores Metabólicos Fatores Sociais Crenças Estilo de Vida ANAMNESE - SOBREPESO E OBESIDADE Nome: Data: QUESTIONÁRIO/HISTÓRICO 1 Histórico de obesidade na família: 2 Você foi uma criança obesa? 3 Quanto tempo demorou para atingir o peso atual? 4 Já fez dieta(s) para perder peso? Quantas vezes? 5 Quantos quilos perdeu e quantos recuperou? 6 Em quanto tempo? 7 Já utilizou medicamentos para emagrecer? Quais? 8 Teve prescrição de algum profissional? Qual? 9 Quantos quilos perdeu e quantos recuperou? 10 Em quanto tempo? 11 Já teve alterações em exames? Quais? 12 Você sabe se possui alguma síndrome ou doença? 13 Quantas refeições por dia e quais horários? 14 Você come bem? (alimentação equilibrada) 15 Quantas vezes já iniciou e parou atividade física? 16 Quantas vezes acredita que perdeu e ganhou peso? 17 Exames de sangue: Colesterol total: <200 200-239 ≥240 18 LDL <130 130-159 ≥160 19 HDL ≥60 59-41 ≤40 20 Triglicérides <150 150-199 ≥200 21 Relaciona o ganho de peso a algum evento da vida? 22 Quantas horas de sono por noite? Qualidade: 23 Quais ativiades físicas você tem afinidade? 24 Fez ou faz acompanhamento nutricional? 25 De 0 a 10, quanto você gosta de atividade física? 26 Você não gosta de algum tipo de exercício? 27 Você trabalha? Ocupação e horas/dia: 28 Você mora em casa ou prédio? 29 Descreva a rotina física de 1 dia: 30 Qual é o nível de comprometimento atual? (peso) 31 O que você vai ganhar se atingir os seus objetivos? UTILIZE ESTE ESPAÇO PARA FORNECER OUTROS DADOS IMPORTANTES Caso exista algum assunto que não foi perguntado mas é importante que seu professor saiba, relate aqui: 62 DEPRESSÃO • Desde a sua concepção, o ser humano está sujeito a diversas e complicadas transformações, amplamente relacionadas aos aspectos físicos, ambientais, sociais, psicológicos e aos hábitos de atividades do dia a dia (BATISTA E OLIVEIRA, 2015); • Depressão= perda de autoestima e motivação, tristeza ou vazio profundo, apatia, agitação ou perturbação, distúrbios do sono e apetite, falta de concentração, sentimentos excessivos de culpa ou indignidade, pensamentos mórbidos e fadiga (LEAL et al., 2008; VELASCO, 2009); • Ansiedade= emoção frequente, sinal de alarme perante uma situação que pode constituir uma ameaça e, caracterizada por um estresse que provoca uma excitação emocional (MARGIS et al., 2003; BRITO, 2011); • Dentre os fatores causadores desses distúrbio, destacam-se a predisposição genética, abuso emocional, alterações fisiológicas durante a adolescência, puerpério, menopausa ou no envelhecimento (BRUST, 2011). 63 DEPRESSÃO • Constitui-se de uma síndrome psiquiátrica com alta incidência e, estima-se, que a mesma acometa 3% a 5% da população mundial (KATON, 2003) e 7,6% da população brasileira (FILHA, 2015); 850.000 suicídios por ano (OMS, 2006). • Por volta de 121 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença, sendo o Brasil líder mundial em prevalência. Estima-se que apenas em São Paulo 10,8% da população teve ou tem apresentado tais distúrbios mentais. • Tratamento medicamentoso: • inibidores de monoaminaoxidase; antidepressivos tricíclicos; Benzodiazepínicos; inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS); inibidores seletivos de recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRN); terapia eletroconvulsiva. 64 DEPRESSÃO • Os sintomas depressivos podem aparecer em decorrência: • Do uso de medicamentos; • Transtorno obsessivo-compulsivo; • Síndrome do pânico; • Ausência de autoconfiança; • Baixa autoestima; • Sensação de vazio interior MOLL et al., 2014 65 DEPRESSÃO • Paralelamente às terapias medicamentosas supracitadas, têm sido sugeridas outras formas de tratamento, dentre elas, a prática de exercício físico que, em vários casos, tem efeitos similares ao uso de remédios e terapias (NACI; IOANNIDIS, 2013); • Aspectos fisiológicos: • aumento no transporte de oxigênio para o cérebro, a síntese e a degradação de neurotransmissores, liberação de serotonina e diminuição da viscosidade sanguínea (MELLO et al., 2005). • Psicológico: • diminuição da ansiedade, melhora na autoestima e cognição, além de reduzir o stress (PEREIRA, 2013), sendo o exercício moderado e vigoroso fator preponderante á diminuição da tensão (MELGOSA, 2009). • Benefícios também em relação a distúrbios do sono, transtornos de humor, e aspectos cognitivos como memória e aprendizagem. 66 DEPRESSÃO • Recomendações e efeito dos exercícios: • Escores de depressão significativamente reduzidos com 2 sessões de hidroginástica por 12 semanas (após 6 meses de interrupção, os efeitos positivos desapareceram) (VIEIRA et al. 2007.); • Sardinha (2010): 42 cardiopatas (20’ aeróbio, 20’ força e alongamento)= o exercício regular teve efeito protetor sobre transtornos psiquiátricos (fator neurotrófico cerebral BDNF); • Ribeiro (2012)= prevenção e combate da doença com exercício constante e de forma moderada. Aumento da oxigenação cerebral, aumento da [ ] de monoaminas, aumento da autoeficácia e diminuição da distração, aumento dos níveis plasmáticos de endorfina, independência funcional e aumento da expectativa de vida; • Teixeira et al. (2015)= forte associação entre depressão e ansiedade com desordens metabólicas em hipertensos e diabéticos. Exercício físico como atenuador dos declínios funcionais. 67 DEPRESSÃO • Ferreira et al. (2014): • 116 idosos; • G1 a G5= musculação, hidroginástica; ginástica aeróbica; pilates e controle; • Conclusão: o exercício físico é fator determinante na prevenção de depressão de pessoas idosas, independente da atividade estudada; • Atividades aeróbias com componente de socialização podem ser mais benéficas. 68 GRAVIDEZ • American College of Obstetricians and Gynecologists; • Joint Committee of the Society of Obstetricians and Gynecologists o Canada; • Canadian Society for Exercise Physiology. • Preparação da mulher para as atividades futuras; • Melhora da aptidão? • PARmed-X for Pregnancy 69 70 GRAVIDEZ GRAVIDEZ • Teste de esforço: • Submáximo (<75% da FCR); • PSE (12-14) escala de 6-20; • Contraindicações: • Primeiro trimestre;* • Esportes de contato/risco de queda; • Posição supina após o primeiro trimestre; • Decúbito ventral após o primeiro trimestre;* • Manobra de Valsalva; • Ambiente não termoneutro; • Exercícios vigorosos; • Final das amplitudes de flexão e extensão articulares. 71 GRAVIDEZ Respostas fisiológicas ao exercício agudo durante a gravidez (WOLFE, 2005) Captação de oxigênio Aumento Frequência cardíaca Aumento Volume sistólico Aumento DC Aumento Volume corrente Aumento Ventilação minuto Aumento VE/VO2 Aumento VE/VCO2 Aumento PAS Nenhuma mudança/redução PAD Nenhuma mudança/redução 72 GRAVIDEZ • Recomendações: • O treinamento visa ligeira melhora da aptidão (sedentárias) e manutenção da mesma (benefícios para a mãe e feto); • Grandes grupos musculares e exercícios cíclicos até moderada intensidade; • Controle ponderal, redução dos riscos do período (hipertensão induzida pela gravidez, diabetes gestacional); • PSE 12-14; • 3 a 7 dias por semana; • Atividades prazerosas. 73 CRIANÇAS E ADOLESCENTES • Crianças (<13 anos); • Adolescência (13-17 anos);• Nível de atividade física decrescente; • Hábitos da infância X vida adulta; • Programas de treinamento baseados na prescrição para adultos; • Quais são as necessidades? • Programa de treinamento de construção de habilidades motoras; • Aptidão neuromuscular. 74 CRIANÇAS E ADOLESCENTES • Teste de esforço: • Em geral, não indicado com finalidades clínicas ou de saúde/aptidão;* • Familiarização com o protocolo; • Ajuste das dimensões do ergômetro; • Esteira X cicloergômetro; • Imaturidade mental/psicológica. • Contraindicações: • Atividades de resistência aeróbia; treinamento de força com repetições até a falha. 75 CRIANÇAS E ADOLESCENTES 76 Respostas fisiológicas ao exercício agudo em crianças (HEBESTREIT, 2005) Captação absoluta de oxigênio Mais baixa Captação relativa de oxigênio Mais alta FC Mais alta DC Mais baixo Volume sistólico Mais baixo PAS Mais baixa PAD Mais baixa Frequência respiratória Mais alta Volume corrente Mais baixo Ventilação minuto Mais baixa Relação de permuta respiratória Mais baixa CRIANÇAS E ADOLESCENTES • Recomendações: • Padrão motor; • Sequência didática para padrão maduro das habilidades motoras; • Aptidão neuromuscular (força/flexibilidade); • Afinidade com os exercícios; • Combate às “atividades sedentárias”, estímulo às atividades de aptidão. 77 IDOSOS • ACSM (2014)= “adulto mais velho” • Pessoas ≥ 65 anos • Entre 50 e 64 anos* • Particularidade da idade cronológica; • Tornar mais lentas as alterações fisiológicas; • Composição corporal e sarcopenia; • Psicológico e cognitivo; • Doenças crônicas; • Longevidade. 78 IDOSOS • Teste de esforço: • Carga inicial de trabalho baixa= ≤ 3 MET´s; • Incrementos de 0,5 a 1,0 MET; • Cicloergômetro X esteira; • Apoio das mãos na esteira; • Incremento do grau de inclinação X velocidade; • Medicações comuns; • Critérios de interrupção. • Contraindicações: • Anamnese, histórico motor e exame físico. • Poder de decisão do Profissional (≤ 3 MET´s). 79 IDOSOS 80 Efeitos do envelhecimento sobra as variáveis fisiológicas (SKINNER, 2005) FC repouso Inalterada FC máx Mais baixa Débito cardíaco máximo Mais baixo PA repouso e exercício Mais alta VO2Rmáx Mais baixa Volume residual Mais alto Capacidade Vital Mais baixa Tempo de reação Mais lento Força muscular Mais baixa Flexibilidade Mais baixa Massa óssea Mais baixa % de gordura corporal Mais alta Tolerância à glicose Mais baixa IDOSOS • Recomendações: • Independência e autonomia; • Resgate motor;* • Equilíbrio, força, flexibilidade, coordenação (agilidade), aptidão cardiorrespiratória; • Escala de percepção de esforço X MET´s; • Atividade aeróbia= 3 a 5x semana (moderada/vigorosa); • Força: 2x semana; • Flexibilidade: 2x semana; • Equilíbrio, coordenação: 2 a 3 dias por semana; • Prevenção de erros evidentes. 81 CARDIOPATAS 82 • Encaminhamento médico documentado; • Risco estratificado precocemente; • Início permitido após alta hospitalar; • Avaliações: • História clínica e cirúrgica/comorbidades adquiridas; • Exame físico cardiopulmonar e musculoesquelético; • Revisão dos laudos de testes e avaliações (eletrocardiograma, ecocardiograma, TEP); • Medicações (dose, horários, via de administração, frequência); • Fatores de risco para DCV. CARDIOPATAS 83 • Avaliação pré-exercício:* • Pressão arterial; • Frequência cardíaca; • Sinais e sintomas (dispneia em repouso, tontura/vertigem, pulso irregular, angina); • Evidências de intolerância ao exercício; • Adesão e controle medicamentoso. • Objetivos do programa de reabilitação cardíaca em ambiente extra hospitalar: • Implementar exercício formal seguro e efetivo no dia a dia; • Adaptação das atividades ao estado clínico do paciente; • Proporcionar educação a fim de maximizar a prevenção secundária (modificar os fatores de risco). CARDIOPATAS 84 85 CARDIOPATAS Manifestações da Doença Cardiovascular Aterosclerótica (ACSM, 2014) 1. Síndromes coronárias agudas (SCA)= a manifestação da doença coronariana, como angina pectoris, infarto do miocárdio ou morte súbita. 2. Doença cardiovascular (DCV)= doença aterosclerótica das artérias do coração, cérebro (AVE) e árvore vascular periférica (doença arterial periférica - DAP). 3. Doença coronariana (DC)= doença aterosclerótica das artérias do coração. 4. Isquemia do miocárdio= falta de fluxo sanguíneo coronariano com resultante ausência de suprimento de O2 que se manifesta frequentemente como angina no peito. 5. Infarto do miocárdio (IM)= morte do tecido muscular do coração. 86 CARDIOPATAS • Teste de esforço: • Normalmente realizado em ambiente clínico/hospitalar; • Teste de Esforço Gradativo. • Risco Moderado: • Quando liberado: TEP com PSE ≤ 13; • FC repouso + 30 bpm; • Limiar de angina.* • Baixo Risco: • TEP ≤ 16; • Até 80% da FCr; • Betabloqueadores. 87 CARDIOPATAS • Recomendações: • Para treinamento de força, pelo menos 5 semanas após IM; • 4 a 7 dias por semana; • Possibilidade de múltiplas sessões diárias (1 a 10 minutos); • Encorajamento a sessões independentes; • Duplo-produto não deve ultrapassar o previsto no Teste de Esforço; • Evoluir progressivamente até 8 a 10 exercícios, principalmente para grandes grupos; • PSE até 13; • 80% 1RM (até 8 a 12 repetições);] • Limiar de angina. 88 ARTRITE REUMATOIDE • Doenças reumáticas: principais causas de dor e incapacitação; • Mais de 100 doenças reumáticas: • Osteoartrite e artrite reumatoide. • Doença inflamatória sistêmica crônica • Atividade patológica do sistema imune contra os tecidos articulares; • Escala individualizada para mensuração da dor. 89 ARTRITE REUMATOIDE 90 ARTRITE REUMATOIDE • Teste de esforço: • Tolerância aos sintomas; • Intensidade vigorosa contra indicada na inflamação aguda (calor, tumefação, rubor); • Cicloergômetro e ergometria de MMSS geralmente mais indicados do que esteira (dor); • Aquecimento prévio ao TEP; • Monitorar nível de dor frequentemente; • Tolerância ao teste de 1RM;* 91 ARTRITE REUMATOIDE • Contraindicações: • Índice de comorbidades; • Trabalho com as articulações acometidas (processo inflamatório); • Exercícios de força com % de RM´s acima de 60%.* • Aumento da intensidade das atividades aeróbias limitado pela dor. • Recomendações: • Aeróbio= 3 a 5x; força= 2 a 3x; flexibilidade/mobilidade= ao menos 1x ao dia; • Zona ideal de trabalho de resistência muscular= 40 a 60%; • Cardiorrespiratório= atividades de baixo estresse articular; • Treinamento de força= isometrias → dinâmicos; • Ajustes biomecânicos; • Volume X intensidade; • Período do dia/tipo de atividade. 92 CÂNCER • Doença caracterizada pelo crescimento descontrolado e propagação de células anormais; • Fatores genéticos, hábitos, ambiente ocupacional, consumo, ambiente social e cultural (Instituto Nacional do Câncer, 2010); • Possibilidades de tratamento mais comuns: • quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal, imunoterapia ou hormonioterapia e alguns procedimentos cirúrgicos dependentes do local; • efeitos colaterais (náuseas, perda de apetite, perda de cabelo, depressão, dificuldade respiratória, ganho de peso) a depender do tratamento. 93 CÂNCER • Principais tipos de câncer: • Carcinoma (células epiteliais)= 80%; • Leucemia (células do sangue); • Linfoma (sistema imune); • Sarcoma (tecidos conjuntivos). • Prevalência vitalícia: • 1 em 2 para homens; • 1 em 3 para mulheres. • 76% diagnosticados ≥ 55 anos de idade.* 94 95 CÂNCER • Teste de esforço:• Recomendada enfaticamente a supervisão médica em testes máximos ou limitado por sintomas; • Triagem para as comorbidades= alterações nos componentes da saúde (aptidão cardiovascular, força e resistência muscular, função pulmonar, equilíbrio); • Decisões acerca dos protocolos – testes submáximos, esteira ou cilciergômetros, limitações do tratamento, estágio da doença. • Contraindicações: • Fadiga exacerbada; • Atividades de alto impacto;* • Quimioterapia; • Transplante de medula óssea;* • Caquexia.* 96 97 CÂNCER • Recomendações: • American Cancer Society: • 30 a 60 minutos de atividade moderada a vigorosa 5x por semana para os que sobrevivem ao câncer; • Aeróbio (preferência para exercícios cíclicos): 40 a < 60% VO2R; • FCr: 40 a 60%; • Força (grandes grupos): 40 a 60% de 1RM; • Flexibilidade: alongamento estático até o ponto de tensão.* 98 DISLIPIDEMIA • Alteração na [ ] plasmática de uma ou mais classes de lipoproteínas que predispõe à aterogênese; • Defeitos genéticos no metabolismo do colesterol; • Principal causa modificável de DCV; • Quilomícrons, VLDL, IDL, LDL e HDL. 99 DISLIPIDEMIA • ↓ Lipase Lipoproteica; • Hipertrigliceridemia: acúmulo de quilomícrons e/ou VLDL no plasma; • Hipercolesterolemia: acúmulo de LDL no plasma; • Dislipidemias primárias: fatores genéticos e ambientais ([ ]´s plasmáticas); • Dislipidemias secundárias: distúrbios tireoidianos, hepáticos, renais e de origem idiopática (medicação). 100 DISLIPIDEMIA • Teste de esforço: • Triagem e cautela ao realizar o TEP (DCV subjacente); • Ajustes aos testes para pessoas sadias devem ser tomadas quando associação à síndrome metabólica, hipertensão, obesidade; • Xantomas e problemas biomecânicos. • Contraindicações: • Medicações redutoras dos lipídios e mialgias; • Soma de fatores de risco; • Exercícios resistidos X exercícios aeróbios. 101 DISLIPIDEMIA • Recomendações: • Controle ponderal; • Exercício aeróbio como principal atividade física; • “Exercícios de resistência e flexibilidade são coadjuvantes (...) principalmente porque essas modalidades não contribuem substancialmente ao dispêndio calórico global” (ACSM, 2012); • ≥ 5 dias por semana (200 a 300’ semana ou 2000kcal/semana); • 40 a 75% VO2R ou FCr; • 30-60’ dia; • Pessoas com dislipidemia sem comorbidades= indivíduos sadios (resistência). 102 HIPERTENSÃO ARTERIAL • Importância epidemiológica – fator de risco para doença coronariana, AVE e doença renal; • Diminui a expectativa de vida; • Aumenta a morbidade e mortalidade entre homens e mulheres. 103 PRESSÃO ARTERIAL • Definição: • “é a força elástica exercida pelas paredes arteriais sobre seu conteúdo sangüíneo” • PA = DC x RP • Variabilidade de comportamento – fluxo e resistência vascular periférica. 104 HIPERTENSÃO ARTERIAL • Fatores de risco para a doença cardiovascular: • Chama-se fator de risco cardiovascular a qualquer situação que aumente o risco de doença no coração ou nas artérias e nas veias. 105 QUEM TEM MAIORES CHANCES DE TER HIPERTENSÃO ? • Raça Negra; • Idosos; • Homens com até 50 anos; • Mulheres após os 50 anos; • Obesos; • Hereditariedade. 106 HIPERTENSÃO ARTERIAL • Etiologias: • 90% dos casos são decorrentes de causas não identificáveis. • PRIMÁRIAS / IDIOPÁTICAS / ESSENCIAIS • SECUNDÁRIAS / CAUSAS IDENTIFICÁVEIS 107 CLASSIFICAÇÃO • PRIMÁRIA: • Sem uma única causa definida, multifatorial; • Fatores genéticos; • Fatores alimentares; • Sedentarismo; • Alterações endócrinas; • Alterações hemodinâmicas. 108 CLASSIFICAÇÃO • SECUNDÁRIA: • Elevação pressórica em decorrência de uma doença conhecida ou do uso de medicamentos com ação hipertensiva; • Nefropatia; • Encocrinopatias; • Coartação da aorta; • Contraceptivos orais. 109 HIPERTENSÃO ARTERIAL • Fisiopatogenia da HAS: • Aumento inadequado dos níveis circulatórios de substâncias vasopressivas; • Elevação abrupta da Resistência Vascular Sistêmica; • Forças de cisalhamento com dano endotelial, ocasionando processo fibrinolítico e de depósito de plaquetas; • Necrose fibrinóide arteriolar; • Perda da auto-regulação circulatória; • Isquemia dos órgãos-alvo. 110 CLASSIFICAÇÃO DA PAS, SEGUNDO III CONSENSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E VI CONSENSO AMERICANO (MEDICINA, RIB. PRETO, 37:240-245.2004) CATEGORIA SISTÓLICA (mmHg) DIASTÓLICA (mmHg) Ótima < = 120 <= 80 Normal < 130 < 85 Normal alta 130 - 139 85 - 89 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Estágio I 140 - 159 90 - 99 Estágio II 160 - 179 100 - 109 Estágio III >= 180 >= 110 111 FATORES QUE INFLUENCIAM AO AUMENTO DOS NÍVEIS DE PRESSÃO ARTERIAL • Obesidade; • Fumo; • Diabetes; • Colesterol; • Álcool; • Estresse; • Sal. 112 SÍNDROME METABÓLICA • “Conjunto de fatores de risco que se manifestam num indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, acidentes vasculares e diabetes”. • SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA (2009) • ≈50% dos indivíduos com mais de 40 anos de idade. 113 SÍNDROME METABÓLICA 114 HORMÔNIOS DO TECIDO ADIPOSO 115 ADIPOCINAS • Manifestação clínica da Obesidade • LEPTINA= hormônio central no controle ponderal acelera o metabolismo/sensação de saciedade no obeso a [ ] de leptina está alta na corrente sanguínea (resistência à leptina); • RESISTINA= hormônio que em altas [ ] aumenta a resistência à insulina e o quadro inflamatório (inflamação sub-clínica); 116 ADIPÓCITOS • PAI-I= [ ] alta= trombos (fibronogênese), aterosclerose; • TNF-= hormônio que mais se opõe à insulina (↑ resistência à insulina), favorece diabetes; • INTERLEUCINA-6= marcador inflamatório, o tecido adiposo visceral secreta 3x mais do que o subcutâneo. Quanto maior a [ ], menor a sensibilidade à insulina; • ANGIOTENSINOGÊNIO= produzido no fígado e tecido adiposo branco, em [ ] elevadas aumentam a P.A e a retenção hídrica. 117 ADIPÓCITOS • GRELINA= hormônio antagônico à saciedade (estimula a ingestão alimentar), junto à leptina informam a quantidade de tecido adiposo do corpo ao cérebro; • PROTEÍNA C REATIVA (PCR)= marcador inflamatório sanguíneo, novos estudos sugerem predisposição a DCV; • ADIPONECTINA= hormônio que auxilia no controle da insulina (em obesos, [ ] baixa); • VISFATINA= favorece as vias inflamatórias, aterosclerose e secreção de insulina. 118 QUAIS SÃO AS METAS DE SAÚDE? O treinamento tem limite de evolução? CONCEITOS • Pergunta: • Qual é a importância e como aumentar o Vo2máx? • Vo2máx= Consumo máximo de oxigênio • DCmáx x Dif. A-V máx O2 • Capacidade individual máxima de captar, transportar, metabolizar O2 para biossíntese de ATP nos músculos esqueléticos. 120 CONCEITOS 121 ADAPTAÇÕES OBJETIVADAS • Hipertrofia cardíaca por stress mecânico de enchimento; • Velocidade de contração cardíaca e recrutamento de grandes grupos musculares; • Hipertrofia ventricular esquerda: • Concêntrica: aumento da espessura da parede ventricular; • Excêntrica: aumento da cavidade ventricular esquerda. 122 DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR E DO VO2MÁX. 123 NÍVEL DE APTIDÃO FÍSICA MULHERES - ml/Kg.min IDADE MUITO FRACA FRACA REGULAR BOA EXCELENTE 20-29 < 24 24 - 30 31 - 37 38 - 48 > 49 30-39 < 20 20 - 27 28 - 33 34 - 44 > 45 40-49 < 17 17 - 23 24 - 30 31 - 41 > 42 50-59 < 15 15 - 20 21 - 27 28 - 37 > 38 60-69 < 13 13 - 17 18 - 23 24 - 34 > 35 HOMENS - ml/Kg.min IDADEMUITO FRACA FRACA REGULAR BOA EXCELENTE 20-29 < 25 25 - 33 34 - 42 43 - 52 > 53 30-39 < 23 23 - 30 31 - 38 39 - 48 > 49 40-49 < 20 20 - 26 27 - 35 36 - 44 > 45 50-59 < 18 18 - 24 25 - 33 34 - 42 > 43 60-69 < 16 16 - 22 23 - 30 31 - 40 > 41 FONTE: Diretrizes ACSM (2014) 124 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS ESPERADAS 125 Sistema Cardiorrespiratório: AUMENTOS • Tamanho e volume do coração; • Volume sanguíneo e hemoglobina total; • Volume sistólico (repouso e ex.); • Débito cardíaco máximo; • VO2máx; • Extração de O2 do sangue/angiogênese; • Volume pulmonar. Sistema Musculoesquelético: AUMENTOS • Mitocôndrias (nº e tamanho); • Reserva de mioglobina; • Reserva de triglicerídeos; • Fosforilação oxidativa; • Resistência à acidose. Outros Sistemas: AUMENTOS • Força dos tecidos conjuntivos; • Aclimatação ao calor; • Colesterol e lipoproteína de alta intensidade Sistema Cardiorrespiratório: DIMINUIÇÕES • FC repouso; • FC submáxima em exercício; • Pressão arterial. Outros Sistemas: DIMINUIÇÕES • Peso corporal; • Gordura corporal; • Colesterol total; • Colesterol de lipoproteína de baixa densidade RESUMO • A melhora da saúde, da autoavaliação da qualidade de vida e da funcionalidade dos nossos clientes está vinculada: Nível de força Aptidão cardiorrespiratória 126
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