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HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL - POLIGNANO (resumo)

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UEPB – UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CAMPUS VIII – CCTS – CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLOGIA E SAÚDE
CURSO DE BACHARELADO EM ODONTOLOGIA
DISCIPLINA – SAÚDE COLETIVA E PROMOÇÃO DE SAÚDE
DOCENTE – PIERRE ANDRADE PEREIRA DE OLIVEIRA
DISCENTE – WALDÉGIA HELOISA SANTOS ALMEIDA
HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: UMA PEQUENA REVISÃO - RESUMO
A saúde nunca recebeu atenção central na nossa política brasileira, sempre ficando as margens no nosso sistema, somente quando apareceram endemias e epidemias que afetaram a economia do governo é que a saúde foi alvo das atenções políticas. Assim como, o direito a saúde e a previdência só era direcionado as pessoas mais importantes, e, graças as ações grevistas dos trabalhadores brasileiros esses direitos foram conquistados.
No ano 1500, o Brasil colonial, não disponibilizava nenhuma ação e nenhum interesse de Portugal em prol da saúde dos habitantes que aqui estavam, os cuidados com a saúde advinham dos recursos naturais (plantas e ervas) e dos curandeiros. Contudo, a vinda da coroa portuguesa trouxe o mínimo saneamento à cidade do Rio de Janeiro, porém, a carência a médicos continuou no Brasil Império, e essa falta fez com que aumentassem os números dos Boticários (farmacêuticos) no país. Posteriormente, em 1808, Dom João IV funda o Colégio Médico Cirúrgico no Salvador, e a Escola de Cirurgia no Rio de Janeiro.
Instaurada a República, a falta de um modelo ideal sanitário no país deu origem a epidemias nas cidades, sucedendo um evidente caos no Rio de Janeiro, com a presença da varíola, malária, febre amarela e a peste, que acometiam a população e as relações comerciais do Brasil com os países estrangeiros, que não queriam manter vínculos econômicos com o país. De modo que o cientista Oswaldo Cruz foi nomeado como Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública, com o intuito de extirpar a febre amarela do Rio de Janeiro. Mas, a falta de informações sobre o projeto aos habitantes, e a maneira agressiva como ele foi aplicado pelos “guardas-sanitários” nas pessoas, gerou revolta na população.
Em 1904, quando Oswaldo Cruz implantou a lei obrigatória de vacinação anti-varíola, teve como consequência um grande movimento social conhecido como a revolta da vacina. Embora a autoridade e o uso da força ter sido utilizada para aplicar essa ação de saúde, o modelo campanhista obteve excelentes resultados no controle das doenças epidêmicas. Todavia, em 1920, Carlos Chagas reorganizou o Departamento Nacional de Saúde, ligando-o ao Ministério da Justiça (o Ministério da Saúde só foi criado em 53), inovando o modelo de ações de saúde de Oswaldo Cruz. Promovendo informação através de propaganda e educação sanitária.
O capitalismo tornou possível o início da industrialização no país, que se concentrou no Rio de Janeiro e São Paulo, promovendo imigração europeia no país (italianos e portugueses), tendo eles grande experiência comercial, trazendo consigo também a história do movimento operário na Europa e a conquista dos direitos trabalhistas. Tendo em vista que, os trabalhadores brasileiros da época, não eram assegurados por leis trabalhistas, os imigrantes europeus influenciaram o movimento da classe operária no Brasil, que gerou duas greves no país, uma em 1917 e outra em 1919, e através deles, foi conquistado alguns dos direitos sociais.
A previdência social nasce no Brasil em 1923, com a Lei Eloi Chaves, sendo instauradas as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP’s), organizadas por empresas e aplicada ao operariado urbano. Além das aposentadorias e pensões, eram oferecidos os serviços funerários e médicos. Durante o Estado Novo, é homologada a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em 1943. A previdência social que estão nas CAP’s são substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP), nesse novo modelo, os trabalhadores eram organizados por categoria profissional (marítimos, comerciários e bancários). Porém, foram poucos os investimentos em saúde durante esse período.
A unificação da previdência social veio acontecer em 1960, depois de muitos transtornos, pois as classes trabalhadoras se recusavam a unificação, porque muitos direitos poderiam ser perdidos. Todavia, a CLT finalmente pôde abranger todos os trabalhadores. O INPS é criado, tendo um grande aumento de recursos recebidos e a unificação dos IAP’s, sendo a assistência médica colocada nesse sistema. Mas, esta unificação acabou não abrangendo toda a população, sendo necessária a criação do INAMPS, em 78, entretanto, o modelo proposto entrou em crise, sendo formado o CONAPS. Nos anos 80, o setor médico privado é beneficiado. E em 90, o governo edita as Leis Orgânicas da Saúde e regulamenta o SUS, voltado para as necessidades da população, no que se refere ao bem-estar social e a saúde coletiva, consolidando os direitos da cidadania.
REFERÊNCIA
POLIGNANO, Marcus Vinícius. História das Políticas Públicas de Saúde no Brasil: uma pequena revisão; p. 1-25. Disponível em: < https://drive.google.com/drive/u/0/folders/0ByV6sph6O97EMkdYSEJaQUVZSHM>. Acesso em: 17/04/2019.

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