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COLETÂNIA DE PROVAS DE CONCURSOS PÚBLICOS PARA MÉDICOS VETERINÁRIOS UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA - UFRA COLETÂNIA DE PROVAS DE CONCURSOS PÚBLICOS PARA MÉDICOS VETERINÁRIOS DE 2001 À 2007. CARIME CALZAVARA BELÉM-2007 PROVVO PROVA 1 E X A M E N A C I O N A L D E C U R S O S CADERNO DE � Você está recebendo: �Instruções �QUESTÕES � - este caderno com o enunciado das questões objetivas, discursivas e relativas às suas impressões sobre a prova, obedecendo à seguinte distribuição: Partes Questões Páginas Valor Questões objetivas 1 a 40 2 a 9 100 Questões discursivas e rascunho 1 a 6 * 9 a 11 100 Impressões sobre a prova 41 a 49 12 - - - * Das 6 questões propostas responda somente 5. Caso sejam respondidas as 6 questões, a questão de número 6 não será corrigida. - 1 Folha de Respostas destinada às respostas das questões objetivas e de impressões sobre a prova. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas, a caneta esferográfica de tinta preta, deverão ser dispostos nos espaços especificados. Verifique se este material está em ordem e se o seu nome na Folha de Respostas está correto. Caso contrário, notifique imediatamente a um dos Responsáveis pela sala. Após a conferência, você deverá assinar a Folha de Respostas, a caneta esferográfica de tinta � preta, e assinalar o gabarito correspondente à sua prova �1 , 2 , �3 ou 4 . � Na Folha de Respostas, a marcação das letras, correspondentes às suas respostas (apenas uma resposta por questão), deve ser feita preenchendo todo o alvéolo a lápis preto n° 2 ou a caneta esferográfica de tinta preta, com um traço contínuo e denso. � Exemplo: � A B C D E � Tenha cuidado com a Folha de Respostas, para não a dobrar, amassar ou manchar. Não são permitidas consultas a material bibliográfico, cadernos ou anotações de qualquer espécie, ou utilização de calculadora. Você pode levar este Caderno de Questões. Quando terminar, entregue a um dos Responsáveis pela sala a Folha de Respostas e assine a Lista de Presença. Cabe esclarecer que nenhum graduando deverá retirar-se da sala antes de decorridos 90 (noventa) minutos do início do Exame. OBS.: Caso ainda não o tenha feito, entregue ao Responsável pela sala as respostas da Pesquisa e as eventuais correções dos seus dados cadastrais. Se não tiver trazido as respostas da Pesquisa você poderá enviá-las diretamente ao INEP (Edifício - Sede do MEC, Anexo I - Esplanada dos Ministérios, Bloco "L" - Brasília, DF - CEP 70047-900). Você terá 4 (quatro) horas para responder às questões objetivas, discursivas e de impressões sobre a prova. OBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO! � MEC Ministério da Educação � Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais �DAES Diretoria de Avaliação e Acesso ao Ensino Superior �Consórcio Fundação Cesgranrio/Fundação Carlos Chagas � 1. Os desinfetantes são um importante aliado no controle de agentes patogênicos desde a fazenda até a comer- cialização dos alimentos de origem animal. Dentre os princípios ativos disponíveis, o cloro e seus derivados destacam-se pela sua ação algicida, protozoocida, fungi- cida, viricida e bactericida. Admite-se que o mecanismo de ação mais provável do cloro é a (A) coagulação das proteínas celulares solúveis e redução da tensão superficial dos agentes patogê- nicos. (B) interação com ácidos graxos insaturados alterando as propriedades dos lipídios na estabilização de membranas. (C) inibição de sistemas enzimáticos vitais para o metabolismo bacteriano, através da oxidação dos grupos sulfidrílicos (-SH) dos aminoácidos sulfu- rados. (D) alquilação de grupos amina de proteínas e do nitrogênio do anel das bases pirimídicas dos ácidos nucléicos das células dos agentes patogênicos. (E) inibição da formação de metionina e ação tóxica direta sobre o agente patogênico. _ 2. A morfologia do aparelho reprodutor feminino está relacionada às características reprodutivas das diferentes espécies animais. Na ilustração estão representados os úteros de quatro espécies animais. I II �3. O conhecimento anatômico dos membros dos eqüinos é de fundamental importância para a instituição do diag- nóstico correto dos problemas locomotores, freqüentes nesta espécie. A figura apresenta uma imagem radio- gráfica lateromedial do membro anterior direito de potro com duas semanas de idade, acompanhada de uma ilustração esquemática. I II III As estruturas ósseas indicadas por I, II e III são, respectivamente, (A) diáfise do terceiro metacarpiano, apófise ganchosa e falange média. (B) epífise distal do terceiro metacarpiano, sesamóide e epífise proximal da falange média. (C) terceiro metacarpiano, epicôndilo proximal e falange média. (D) epífise distal do terceiro metatarsiano, navicular e falange média. (E) epífise distal do terceiro metatarsiano, processo anconeu e epífise proximal da falange média. _ 4. O esquema abaixo representa um corte transversal de um órgão com importantes funções endócrinas. � I II � III IV I, II , III e IV correspondem, respectivamente, às espécies (A) felina, bovina, eqüina e canina. (B) felina, bovina, eqüina e suína. (C) canina, bovina, ovina e felina. (D) suína, caprina, eqüina e felina. (E) suína, eqüina, bovina e canina. �O órgão e os principais produtos do metabolismo das regiões I e II são, respectivamente, (A) adrenal; esteróides e catecolaminas. (B) adrenal; epinefrina e aldosterona. (C) pâncreas; insulina e enzimas digestivas. (D) tireóide; glucagon e tiroxina. (E) pâncreas; enzimas digestivas e insulina. � 5. As características anatômicas da cabeça permitem a classificação das diferentes raças de cães. I II III IV Indique os tipos somáticos correspondentes aos cães acima ilustrados: Pastor-alemão (I), Poodle (II), Mastin (III) e Borzoi (IV). �8. A característica mocho (ausência de chifres) em caprinos está ligada a um gene autossômico dominante P. Este mesmo gene também possui efeito masculinizante recessivo com penetração completa em fêmeas, o que resulta, portanto, em infertilidade. É possível concluir que fêmeas com genótipos PP, Pp e pp são, respectivamente, (A) mochas e inférteis, mochas e férteis, e chifrudas e férteis. (B) chifrudas e férteis, mochas e férteis, e mochas e inférteis. (C) mochas e férteis, mochas e inférteis, e chifrudas e férteis. (D) mochas e inférteis, chifrudas e férteis, e mochas e férteis. (E) mochas e férteis, chifrudas e férteis, e mochas e inférteis. � _ 9. Na figura representam-se estruturas de uma bactéria que contêm antígenos importantes na imunização ativa de a _ � 6. Na biotransformação de fármacos no organismo, é im- portante a atividade catalizada pelos sistemas micros- somais (hidrólise, redução e oxidação), que atuam em conjunto com os chamados sistemas não microssomais, responsáveis, predominantemente, pelas reações de síntese ou conjugação (metilações, sulfatações, acetilações, etc). Tais reações genericamente descritas como processo de biotransformação de xenobióticos ocorrem principalmente (A) nos rins, e visam a ativar o medicamento para obtenção de máximo efeito farmacológico. (B) nos rins, e visam à obtenção de moléculas mais hidrossolúveis para facilitar a excreção dos produtos. (C)no fígado, e visam à obtenção de moléculas mais lipossolúveis para facilitar a excreção dos produtos. (D) no fígado e nos rins, e visam a ativar o medicamento para obtenção de máximo efeito farmacológico. (E) no fígado, e visam à obtenção de moléculas mais hidrossolúveis para facilitar a excreção dos produtos. _ 7. Um cão macho, sem raça definida, é levado à clínica por apresentar quadro de excitação nervosa (tremores) após histórico de ingestão de planta de jardim não identificada. Ao exame clínico, o animal apresenta taquicardia, febre, pele seca e quente, boca seca, pupilas dilatadas e não responsivas à luz. É possível suspeitar de estímulo exacerbado do sistema nervoso (A) autônomo parassimpático e a droga de eleição para tratamento é a fisostigmina. (B) autônomo simpático e a droga de eleição para tratamento é a atropina. (C) autônomo simpático e a droga de eleição para tratamento é a fisostigmina. (D) autônomo parassimpático e a droga de eleição para tratamento é a atropina. (E) central e a droga de eleição para tratamento é a adrenalina. � I II III Associe os antígenos correspondentes às estruturas I, II e III (A) K (parede celular), O (cápsula) e H (pêlo). (B) K (cápsula), O (parede celular) e H (flagelo). (C) O (cápsula), H (parede celular) e K (flagelo). (D) O (parede celular); H (cápsula) e K (flagelo). (E) K (cápsula), O (parede celular) e H (pêlo). _ 10. Um dos problemas sanitários brasileiros é a brucelose bovina, antropozoonose com grande impacto econômico. Para a prevenção dessa doença existe a possibilidade de intervenção nos suscetíveis através da vacinação. No Brasil é permitido o uso exclusivo da B19, cepa de Brucella abortus (A) morta, inócua tanto para seres humanos quanto para bovinos e cuja proteção conferida a estes animais está relacionada tanto a imunidade celular quanto humoral. (B) morta, inócua tanto para seres humanos quanto para bovinos e cuja proteção conferida a estes animais está relacionada à imunidade humoral. (C) viva, inócua para seres humanos, parcialmente inócua para bovinos e cuja proteção conferida a estes animais está relacionada tanto à imunidade celular quanto humoral. (D) viva, patogênica para seres humanos, parcialmente inócua para bovinos e cuja proteção conferida a estes animais está relacionada à imunidade celular. (E) viva, patogênica para seres humanos e inócua para bovinos e cuja proteção a estes animais está rela- cionada tanto a imunidade celular quanto humoral. � 11. Moscas são importantes em Medicina Veterinária como agentes primários de doenças ou como vetores na transmissão de doenças. A figura apresenta quatro espé- cies de moscas adultas, suas larvas e placas estigmáticas. Estas moscas, responsáveis pelo berne, miíase cavitária, transmissão mecânica de doenças e miíase nasal são �13. Uma única cadela pode gerar até 100 descendentes durante sua vida reprodutiva. A principal estratégia para controlar a população de cães em ambientes urbanos, atividade cotidiana em centros de controle de zoonoses municipais, é a captura e sacrifício dos animais errantes. Atualmente, em virtude do crescimento da percepção de que métodos mais humanitários devem ser adotados, tem havido uma busca por outras opções de controle. Dentre as alternativas que se mostram mais promissoras, além da difusão da prática de posse responsável, inclui-se o uso massal de (A) anticoncepcionais administrados na forma de iscas. (B) vacinas contraceptivas. � � Cochliomya A hominivorax Dermatobia B hominis Dermatobia C hominis Musca D domestica � Gasterophilus nasalis Gasterophilus nasalis Gasterophilus nasalis Dermatobia hominis � Musca domestica Oestrus ovis domestica Oestrus ovis Stomoxys calcitrans Oestrus ovis Stomoxys calcitrans Haemagogus �(C) castração. (D) contraceptivos injetáveis. (E) anticoncepcionais administrados na forma de implantes. _ 14. A concentração de substâncias químicas ao longo da ca- deia alimentar depende de fatores como a estrutura molecular do composto e da capacidade de sua biotrans- formação pelos elos que compõem a cadeia. O mercúrio apresenta alta toxicidade e maior capacidade de ser � Cochliomya hominivorax Oestrus ovis �Gasterophillus nasalis �Musca domestica �absorvido quando na forma de � _ 12. Considere dois grupos de frangos de corte criados em uma granja no sul de Minas Gerais, comparáveis em todos os aspectos, exceto pela linhagem. Linhagem I Linhagem II � (A) metilmercúrio, com acúmulo no tecido adiposo. (B) iodeto de mercúrio, com fixação na tireóide. (C) mercúrio livre, localizando-se nos fluidos corporais. (D) carbonato de mercúrio, com deposição no tecido ósseo. (E) óxido de mercúrio, com deposição no tecido muscular. � _ � Ganho de Peso (kg) O gráfico ilustra o ganho de peso dessas populações e permite afirmar que (A) a média aritmética e a variância da Linhagem I são superiores às da Linhagem II. (B) a média aritmética da Linhagem I é superior à da Linhagem II e as variâncias são iguais. (C) as médias aritméticas são iguais e a variância da Linhagem I é superior à da Linhagem II. (D) as médias aritméticas são iguais e a variância da Linhagem I é inferior à da Linhagem II. (E) a média aritmética e a variância da Linhagem I são inferiores às da Linhagem II. �15. A actinobacilose é uma doença infecciosa, não conta- giosa, crônica e granulomatosa que acomete bovinos. O Actinobacillus lignieresii, agente etiológico da doença, penetra através de soluções de continuidade existentes na mucosa da cavidade oral e dissemina-se por via hematógena ou linfática para as camadas mais profundas dos tecidos, causando (A) osteomielite proliferativa da mandíbula e linfoadenite regional. (B) glossite sob a forma nodular e linfoadenite regional. (C) estomatite focal e osteomielite fibrosa da mandíbula. (D) osteomielite proliferativa da mandíbula e estomatite focal. (E) glossite difusa e ulcerativa e osteomielite fibrosa da mandíbula. � � 16. A parvovirose suína é responsável pelo nascimento de um número reduzido de leitões, ocorrência de natimortos, mumificados e morte de embriões e fetos. A resposta à infecção varia de acordo com o desenvolvimento embrio- nário ou fetal. Na mesma leitegada, as alterações obser- vadas nas diferentes fases da gestação estão rela- cionadas à (A) disseminação do vírus para o feto por via linfática determinando reabsorção de embriões nos primeiros dias de gestação, presença de fetos infectados, mumificados e normais. (B) baixa imunidade humoral da porca que confere diferentes graus de resistência ao feto, sendo a principal causa da presença dos fetos infectados, mumificados e normais. (C) baixa imunidade celular da porca que confere diferentes graus de resistência ao feto, sendo a principal causa da presença de fetos infectados, mumificados e normais. (D) transmissão vertical do vírus para o feto, determinando a presença de fetos infectados, mumificados e normais. (E) difusão lenta do vírus de feto para feto, possibilitando a coexistência de fetos infectados, mumificados e normais. _ 17. A cinomose é uma doença de distribuição cosmopolita, observada na espécie canina causada por um vírus da família Paramixoviridae. Na maioria das vezes a doença é fatal ou pode evoluir paracura com seqüelas nervosas de graus variados. A escolha de órgãos para a obtenção do diagnóstico é um procedimento importante na prevenção da doença. Dentre as estruturas infectadas pelo vírus que permitem o diagnóstico microscópico encontram-se, principalmente, (A) amígdala, parótida, medula óssea e pelvis renal, cujas células epiteliais exibem inclusões basófilas citoplasmáticas e/ou nucleares, observadas com freqüência na fase aguda da doença. (B) conjuntiva, pâncreas, jejuno e pelvis renal, cujas células epiteliais exibem inclusões basófilas citoplas- máticas e/ou nucleares, observadas com freqüência na fase crônica da doença. (C) amígdala, cérebro, medula óssea e pelvis renal, cujas células epiteliais exibem inclusões acidófilas citoplasmáticas e/ou nucleares, observadas com freqüência na fase crônica da doença. (D) bexiga, pulmão, estômago e pelvis renal, cujas célu- las epiteliais exibem inclusões acidófilas citoplasmá- ticas e/ou nucleares, observadas com freqüência na fase aguda da doença. (E) parótida, bexiga, medula óssea e pelvis renal, cujas células epiteliais exibem inclusões basófilas citoplas- máticas e/ou nucleares, observadas com freqüência na fase aguda da doença. �18. Uma vaca leiteira em início de lactação apresentou anorexia e queda na produção de leite súbitas. Ao exame clínico, nota- se o animal com os membros anteriores apoiados sobre o co- cho, com arqueamento do dorso e vazio do flanco esquerdo levemente dilatado, relutando em andar quando estimulado. Adicionalmente observa-se hálito cetônico, temperatura retal de 40,0qC, freqüência cardíaca de 90 bpm, freqüência respi- ratória de 30 mpm e atonia ruminal. O animal ainda responde com um leve gemido ao receber um golpe rápido na região do esterno, característico de reticuloperitonite traumática. Descartada a possibilidade de tratamento cirúrgico, na conduta conservadora é imprescindível realizar (A) fluidoterapia e rolamento do animal, se necessário, com uso de uma tábua apoiada sobre o abdome. (B) administração de agentes antiespumantes e estímu- lo ao exercício em regiões acidentadas de aclive e declive para estimular a eructação. (C) antibioticoterapia, fornecimento de água e alimento, e realização da ordenha no mesmo local para evitar que o animal se mova e desfaça as aderências peritoniais. (D) administração de antiácidos orais e/ou sistêmicos e la- vagem ruminal com emprego de sonda e água morna. (E) terapia de reposição com compostos gluconeogênicos, como a glicose, propilenoglicol ou glicerina, e/ou trata- mento hormonal com corticóides, como a dexame- tasona. _ 19. Em uma propriedade que confina cordeiros da raça Santa Inês, desde o nascimento, há 5 dias vem ocorrendo morte de animais confinados. Os doentes apresentam-se prostrados, com temperatura corpórea baixa e freqüência cardíaca elevada. Os animais necropsiados, que morreram durante a crise, apresentaram gastroenterite, evidenciando principalmente úlceras abomasais. Os animais que sobre- viveram à crise apresentavam diarréia, icterícia e hemoglo- binúria. Quando questionado, o proprietário informou que substituiu o concentrado normalmente utilizado por um outro adquirido de um criador de suínos. A intervenção imediata e a conduta para o esclarecimento do diagnóstico envolvem (A) controle de moscas e carrapatos; colheita de sangue para realização de hematócrito e de esfregaço san- güíneo para avaliação de hemoparasitos; colheita de sangue para realização de teste de soroaglutinação rápida em placa. (B) substituição do concentrado; colheita de amostras da dieta ou fígado para análise de microelementos minerais; colheita da urina de animais doentes para microscopia de campo escuro e colheita de sangue de animais, durante a fase aguda e de convales- cência (espaçados 7 a 10 dias), para teste de soroaglutinação microscópica. (C) vermifugação; colheita de fezes dos animais doentes e das matrizes para contagem de ovos e coprocultura; colheita da dieta para teste de cromatografia em camada delgada ou cromatografia líquida de alta performance. (D) antibioticoterapia; colheita da urina de animais doen- tes para microscopia de campo escuro e colheita de sangue de animais durante a fase aguda e convales- cência (espaçados 7 a 10 dias) para teste de aglu- tinação microscópica; colheita de nódulos pulmona- res dos animais mortos para exame histopatológico e teste intradérmico simples na prega da cauda dos animais sadios. (E) administração de hepatoprotetores e fornecimento de sombra aos animais; colheita de amostras de feno para identificação de fungos através de microscopia; colheita de sangue para realização de hematócrito e de esfregaço sangüíneo para avalia- ção de hemoparasitos. � � 20. Um garanhão apresenta relutância em andar e claudi- cação do membro anterior esquerdo. Ao exame clínico observa-se taquicardia, taquipnéia e sudorese. A coroa do casco anterior esquerdo apresenta-se avermelhada, edemaciada e quente. A pinça apresenta-se sensível à pressão e a sola rompida. A patogenia do quadro envolve (A) ação da histamina ou toxinas bacterianas que alteram o endotélio vascular ou a membrana do cório, resultando na separação entre o coxim digital e a terceira falange, que se rotaciona, rompendo a sola. (B) ação da adrenalina e hormônios glicocorticóides que aumentam a permeabilidade vascular, impedindo a nutrição da sola, que se rompe pelo peso da terceira falange. (C) deficiência de enxofre, elemento essencial constituinte de aminoácidos sulfurados requeridos na síntese de queratina, que quando mal formada, resulta na ruptura da sola. (D) deficiência de vitamina A, elemento essencial na síntese de queratina, que quando mal formada, resulta na ruptura da sola. (E) ação da histamina ou toxinas bacterianas que lesam os vasos que irrigam o tecido queratinizado imediatamente abaixo da terceira falange, que se torna fragilizado e sensível ao peso do animal. _ 21. Os cilindros representam moldes de proteína e células que se formam no lúmen dos túbulos contornados distais e ramo ascendente da alça de Henle. A sua composição varia de acordo com o grau de lesão glomerular e/ou tubular. O exame microscópico do sedimento urinário permite identificar as estruturas que os constituem e associá-los às seguintes afecções: (A) abcesso renal e diabete melito na presença de cilindros gordurosos. (B) amiloidose, cistite e nefrolitíase na ocorrência de cilindros hialinos. (C) nefrose, infarto renal e cistite na detecção de cilindros granulosos. (D) pielonefrite e cistite hemorrágica na ocorrência de cilindros hemáticos. (E) nefrite, nefrose e pielonefrite na presença de cilindros celulares. _ 22. Em gatos, a toxoplasmose é uma das doenças respon- sáveis por lesões oculares com sede na íris e corpo ciliar. A hemorragia e exsudato purulento presentes na úvea anterior comprometem a visão. Sinéquias podem ocorrer devido ao exsudato presente na câmara anterior, resul- tando em obstrução pupilar por formação de uma membrana inflamatória organizada. As alterações des- critas justificam o diagnóstico de (A) panuveíte. (B) coroidite. (C) iridociclite. (D) ceratite. (E) ceratociclite. �23. Cão com 8 meses de idade da raça Pit Bull, destinado à reprodução, apresentando falha no segundo pré-molar superior esquerdo, foi submetido ao exame radiográfico da arcada dentária para observação da imagem alveolar e para a obtenção do diagnóstico diferencialentre (A) retenção e hipoplasia dentária, caracterizadas, res- pectivamente, pela persistência de ameloblastos e ausência de odontoblastos. (B) fratura dentária completa e agenesia, caracteriza- das, respectivamente, pela presença de fissura alveolar e persistência de um fragmento radicular. (C) dente fraturado e agenesia verdadeira, caracteriza- dos, respectivamente, pela ausência do dente e a imagem dentária subgengival. (D) agenesia verdadeira e dente incluso, caracterizados, respectivamente, pela ausência do dente e imagem dentária subgengival. (E) dente suplementar e hipoplasia, caracterizados, res- pectivamente, por dentição supranumerária e ausên- cia do endoderma alveolar. _ 24. As práticas anestésicas para a intervenção cesariana no vazio do flanco em uma vaca excitada, de temperamento nervoso e que esteja sofrendo fortes contrações abdominais requerem (A) uso de miorrelaxantes, por via intramuscular ou venosa; uso de anestésico local para anestesia epidural no espaço invertebral entre o sacro e a primeira vértebra coccigiana; e uso de anestésico local para anestesia paravertebral e na área de incisão por infiltração muscular e subcutânea. Dispensa anestesia geral. (B) anestesia geral pelo emprego de barbitúricos; uso de miorrelaxantes por via intramuscular ou venosa; uso de anestesia local no espaço intervertebral entre o sacro e a primeira vértebra coccigiana. Dispensa anestesia local. (C) uso de miorrelaxantes por via intramuscular ou veno- sa; anestesia epidural com anestésico local no espa- ço intervertebral entre a última vértebra lombar e o sacro; anestesia no local da incisão por infiltração intradérmica e subcutânea. Dispensa anestesia geral. (D) anestesia vertebral e no local da incisão, por infiltração muscular e subcutânea com anestésico local. Dispensa anestesia geral, miorrelaxantes ou anestesia epidural. (E) anestesia geral pelo emprego de barbitúricos, já que a cesariana em vacas não pode ser executada através de práticas que mantenham o animal consciente. _ 25. O jejum é uma medida pré-operatória sistematicamente recomendada para minimizar o vômito e a regurgitação, evitando a aspiração do conteúdo gástrico. A aspiração do conteúdo gástrico determina obstrução mecânica das vias respiratórias, contribuindo para o funcionamento inade- quado do pulmão, resultando em (A) broncopneumonia apostematosa de evolução crôni- ca, quando o conteúdo aspirado referir-se a leite. (B) pneumonia intersticial de evolução crônica, quando o conteúdo aspirado referir-se a muco ou água. (C) bronquiolite fibrinosa de evolução aguda, quando o conteúdo aspirado referir-se a muco, leite e ração. (D) pneumonia intersticial purulenta de evolução aguda e prognóstico reservado, na aspiração de alimento caseiro. (E) broncopneumonia, cuja evolução e prognóstico de- pendem da quantidade e do tipo de material aspirado. � � 26. A hiperplasia prostática é relativamente comum em cães idosos, podendo ocorrer também em animais jovens. Nos casos graves, as conseqüências manifestam-se através da obstrução do cólon e reto, e da uretra predispondo à infecção do trato urinário. Há evidências de que a causa desta patologia esteja relacionada a alteração hormonal, uma vez que se observa redução do volume prostático após a (A) administração de altas doses de estrógenos. (B) remoção dos andrógenos através da orquiectomia. (C) administração de baixas doses de testosterona. (D) castração associada à administração de doses repetidas de estrógeno. (E) administração de doses repetidas de testosterona e estrógeno. _ 27. A comercialização de sêmen congelado de suíno por centrais de inseminação artificial é praticamente nula, quando comparada a de bovinos. Tal fato decorre de (A) falhas na detecção do cio em porcas, em virtude do anestro lactacional mais proeminente nessa espécie. (B) baixa concentração de espermatozóides no sêmen suíno, impedindo alcançar dose mínima inseminante recomendada pelo Ministério da Agricultura. (C) difícil congelação do sêmen suíno, em virtude da diminuição da sua fertilidade, ocasionada pelo glicerol. (D) dificuldade de deposição do sêmen no útero das porcas, em virtude do formato anatômico em saca- rolhas da cérvix suína. (E) possibilidade de disseminação de doenças sexualmente transmissíveis, como peste suína clássica, doença de Aujeszky e campilobacteriose. _ �29. O comércio internacional de produtos de origem animal tem sido norteado por barreiras de natureza sanitária. Desde março de 2000, o Brasil enfrenta séria dificuldade para exportar carne de frango para a Argentina sob a alegação de que determinada doença aqui estaria ocorrendo. Esta questão deverá ser esclarecida pela comprovação de ausência da ocorrência, nos últimos anos, da (A) encefalite viral. (B) doença de Gumboro. (C) influenza aviária. (D) rinotraqueíte infecciosa. (E) doença de Newcastle. _ 30. A tabela apresenta a cadeia de transmissão de quatro doenças consideradas de ocorrência usual no Brasil. Cadeia de transmissão Doença Fonte de infecção Forma de transmissão Suscetível I reservatório (cão) vetor biológico (Phlebotomus spp) homem II doente típico contágio indireto (aerossóis) suíno III portador são contágio direto bovino IV doente crônico vetor biológico (tabanídeos) eqüino Os elos de cada cadeia de transmissão, como indicado na tabela, referem-se às doenças I, II, III e IV, respectivamente, (A) lepitospirose, gripe, brucelose e garrotilho. (B) doença de Lyme, gripe, raiva e arterite viral. (C) febre amarela, rinite atrófica, tuberculose e nutaliose. (D) leishmaniose, pneumonia enzoótica, campilobacte- riose e anemia infecciosa. (E) babesiose, síndrome respiratória-reprodutiva, mastite e anemia infecciosa. � 28. Uma égua da raça Mangalarga iniciou o trabalho de parto durante a madrugada e a placenta já está rompida há pelo menos duas horas. Embora existam contrações e os membros do feto já estejam expostos, não se constata progressão do parto. Observando-se os membros é possível concluir que a apresentação do feto é longitudinal anterior e a posição superior. A conduta mais recomendada é (A) promover exploração vaginal, corrigir possíveis alterações de atitude e, se possível, realizar tração forçada com no máximo 3 auxiliares. (B) promover exploração vaginal, corrigir possíveis alterações de atitude e, se possível, realizar tração forçada com pelo menos 5 auxiliares. (C) fazer uso de ocitocina para promover contrações uterinas mais vigorosas e conseqüente expulsão do feto. Não promover intervenção vaginal, já que não há indícios de anomalias na estática fetal. (D) promover intervenção cirúrgica cesariana, uma vez que há indicações de vias fetais bloqueadas e garantia de ausência de anomalias na estática fetal. (E) não intervir por enquanto, uma vez que a duração normal da fase de expulsão do feto no parto de éguas é de 2 a 3 horas. �_ 31. O teste rosa bengala (TRB), também conhecido como soroaglutinação com antígeno acidificado, é o teste mas- sal que apresenta maior concordância com a fixação do complemento (FC), melhor teste indireto para o diagnós- tico da brucelose bovina. Todavia, no Brasil, verifica-se que o teste de soroaglutinação rápida em placa (SARP) é freqüentemente utilizado. A tabela apresenta resultados da SARP para fêmeas de bovinos.Animal o n Idade do animal Condição Resultado da SARP Interpre- tação 518 36 meses vacinado aos 4 meses de idade 1/100 I 11 40 meses vacinado aos 8 meses de idade 1/50 II 64 52 meses não vacinado 1/100 III 222 39 meses não vacinado 1/50 IV I, II, III e IV significam, respectivamente, (A) suspeito, negativo, positivo e suspeito. (B) positivo, negativo, suspeito e negativo. (C) positivo, negativo, positivo e negativo. (D) positivo, suspeito, positivo e negativo. (E) suspeito, suspeito, positivo e suspeito. � � 32. Na indústria de carne o congelamento e um dos metodos de conservação mais amplamente utilizado quando se deseja ampliar a vida útil do produto sem alterar suas características organolepticas originais. Para maximizar tais resultados, o produto deve ser submetido a baixas temperaturas em um (A) processo lento, permitindo o congelamento gradual da agua com distribuição homogênea dos cristais de gelo. (B) processo rapido, resultando na formação de pequenos cristais de gelo, ocasionando mínimos danos físicos às estruturas celulares. (C) reduzido intervalo de tempo, possibilitando a formação de maiores proporções de gelo do tipo vítreo. (D) processo rapido, tanto no congelamento quanto no descongelamento, permitindo uma redução dos da- nos físicos às estruturas celulares. (E) processo lento no congelamento, associado a um posterior descongelamento rapido, sob refrigeração. _ 33. O mel e um produto de origem animal produzido a partir do nectar das flores e secreções das partes vivas de plantas transformados por combinação com substâncias próprias das abelhas melíferas, armazenado e maturado nos favos das colmeias. Seu acondicionamento em ambientes com boas condições de aeração e temperaturas amenas são fatores importantes para a sua conservabilidade, avaliada na rotina de inspeção, pela � 35. A suplementação dietetica com fontes de cobalto e de enxofre e necessaria nas especies animais para garantir adequado suprimento metabólico de . Para completar corretamente o texto acima, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por (A) ruminantes - vitamina B12 e aminoacidos (B) ruminantes e não ruminantes - tiamina e aminoacidos (C) não ruminantes - vitamina B12 e aminoacidos (D) ruminantes - tiamina e metionina (E) não ruminantes - tiamina e metionina _ 36. O conteúdo em energia dos alimentos não e inteiramente aproveitado no metabolismo animal, uma vez que numerosos fatores afetam a eficiência de uso desta energia pelo organismo. Desta forma, ao avaliar um alimento como fonte de energia, e necessario lançar mão de ensaios biológicos para medir as perdas de energia ocorridas ao longo das diversas etapas que envolve sua assimilação pelos animais. Assim, considere um ensaio delineado para estudar um alimento contendo energia bruta = 5 000 Kcal/kg para suínos em crescimento. Os ani- mais receberam 500 g do alimento por dia, e eliminaram diariamente 500 Kcal pelas fezes e 100 Kcal pela urina. Os valores, em Kcal/kg, de energia digestível (ED) e energia metabolizavel (EM) para o alimento em questão são, respectivamente, (A) 1 900 e 2 000 (B) 2 000 e 1 900 (C) 3 800 e 4 000 (D) 4 000 e 3 800 (E) 5 000 e 5 000 � (A) quantificação da sacarose que tende a aumentar naturalmente com o envelhecimento do produto. (B) identificação de substâncias albuminóides (proteínas e seus precursores), derivadas da ação gradativa do acido tânico. (C) relação sacarose/frutose, sendo maior a concentra- ção de sacarose nos meis recem-colhidos em rela- ção àqueles mais envelhecidos. (D) quantificação de substâncias albuminóides (proteí- nas e seus precursores) oriundas da ação de enzi- mas presentes no mel. �_ 37. Considere o silo tipo trincheira ilustrado abaixo com area de secção transversal igual a 10 m2 e 36 m de comprimento. Seu cliente deseja construir um conjunto de silos iguais a este para alimentar um plantel de 200 vacas, ao longo dos 6 meses de seca que caracterizam o clima da região. O fazendeiro dispõe-se a ensilar milho, com densidade igual a 500 kg/m3 e oferecer às vacas 30 kg/dia de silagem, esvaziando o silo atraves da extração de fatias homogêneas, transversais, com 30 cm de espessura. � � (E) quantificação do hidroximetilfurfural (HMF), aldeído presente em quantidades mínimas no mel recente- mente colhido. _ 34. Micotoxinas são um importante fator limitante da produção animal e serio risco para a saúde animal e humana. Seus efeitos são variados e algumas destas toxinas são � 10 m � 36 m � hepatocarcinogênicas, como a aflatoxina, enquanto que a zearalenona tem efeito estrogênico, provocando puber- dade precoce em fêmeas suínas. Em termos praticos, os prejuízos mais freqüentemente causados pelas micoto- xicoses à produção animal são conseqüências, principal- mente, de sua ocorrência (A) aguda, ocasionando alta mortalidade. (B) aguda, ocasionando depressão no desempenho. (C) insidiosa, ocasionando depressão no desempenho. (D) insidiosa, ocasionando alta mortalidade. (E) crônica, ocasionando alta mortalidade. 8 �Nestas condições, uma fatia sera suficiente para alimentar ...... vacas e serão consumidas ...... fatias por dia. Serão necessarios ...... dias para esvaziar um silo, e serão necessarios ...... silos para alimentar todo o plantel durante a seca. Para completar corretamente o texto acima, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por � 38. A identificação precisa dos animais e fundamental para se estudar populações silvestres de vida livre, controlar populações urbanas de reservatórios de zoonoses e rastrear focos de doenças em especies de interesse econômico. Recentemente tornou-se concreta a possibilidade de se utilizar a tecnologia de radiofreqüência (microchips) para esta finalidade. Apesar das evidentes vantagens desta tecnologia, existem ainda limitações à sua ampla difusão que, alem do custo, referem-se (A) às seqüelas originadas dos procedimentos de implante. (B) à biocompatibilidade entre o microchip e os tecidos animais. (C) à eliminação do microchip do organismo animal a despeito do seu correto implante. (D) à impossibilidade de reaproveitamento do microchip após um primeiro implante. (E) à falta de padronização dos sistemas de leitura. _ 39. A reunião de 1999 da Organização Mundial do Comercio (OMC), em Seattle, Estados Unidos, foi realizada sob intensa pressão da sociedade, com manifestantes ocupando as ruas da cidade para registrar seu protesto contra a pauta de negociações da OMC. A organização não conseguiu completar suas discussões e estabelecer as normas tarifarias que orientarão o comercio em ambiente francamente globalizado dos próximos anos. O fracasso das negociações foi resultado, principalmente, de (A) imposição de barreiras comerciais não alfandegarias pelos países emergentes. (B) grande demanda de financiamentos internacionais para subsidiar a produção agrícola de países pobres. (C) dificuldade dos países emergentes em controlar pro- blemas sanitarios dos rebanhos, como por exemplo, a febre aftosa. (D) decisão dos países ricos em manter subsídios a seus produtos agrícolas. (E) falta de competitividade dos países emergentes. �40. A tabela abaixo apresenta a concentração, digestibilidadee valor biológico da lisina de uma amostra de farelo de soja submetida a quatro níveis crescentes de temperatura (adequada, superaquecimento grau I, grau II e grau III). Temperatura de processamento Concentração relativa Digestibilidade relativa Valor Biológico relativo adequada 100 100 100 superaquecimento grau I 95 82 100 superaquecimento grau II 85 66 91 superaquecimento grau III 76 38 89 A acentuada diminuição, principalmente da digestibilidade da lisina, pelo processamento envolve (A) reação de desaminação dos aminoacidos, princi- palmente lisina, com perda de nitrogênio pela urina na forma de ureia e aproveitamento da cadeia carbônica como fonte de energia, conferindo odor amoniacal ao produto. (B) formação de compostos biologicamente não dispo- níveis pela combinação de grupamentos amina de aminoacidos, principalmente da lisina, com grupa- mentos aldeído dos carboidratos, que conferem coloração amarronzada ao produto. (C) formação de compostos biologicamente não disponí- veis de pontes bissulfídricas formadas pela combina- ção das moleculas de enxofre dos aminoacidos sulfurados, principalmente a lisina, conferindo colo- ração esbranquiçada ao produto. (D) formação de compostos biologicamente não disponí- veis pela reação de grupamentos amina de um aminoacido, principalmente a lisina, com o grupa- mento carboxila do aminoacido adjacente da cadeia polipeptídica da proteína, conferindo coloração amarelada ao produto. (E) destruição das enzimas proteolíticas encontradas no produto que ajudam na digestão das proteínas no duodeno. � Atenção: – Responda somente 5 das questões propostas. �_ 2a PARTE � – Deixe em branco o espaço correspondente à questão que você rejeitou. – Caso sejam respondidas as 6 questões, a questão de número 6 não será corrigida. Questão 1 Eqüino, macho, sem raça definida, com 2 anos de idade foi submetido à necropsia. Ao exame das vísceras da cavidade abdominal, notou-se necrose isquêmica do ceco e cólon, hemorragia difusa no mesenterio e congestão dos linfonodos mesentericos. Os segmentos intestinais acometidos apresentaram-se friaveis, de coloração enegrecida e exibiram uma ruptura de cólon, medindo 5 cm de comprimento. O conteúdo sanguinolento observado nas alças intestinais tambem estava presente na cavidade abdominal. A arteria mesenterica cranial e a aorta abdominal revelaram formações saculares e sinuosas. A superfície endotelial da arteria mesenterica cranial apresentou ulcerações fibrinonecróticas focais. Com base nas alterações descritas, estabeleça e justifique a doença e a causa da morte compatíveis com os achados necroscópicos. (valor: 20,0 pontos) � Questão 2 A suinocultura e a avicultura modernas estão dispensando, igualmente, atenção aos aspectos de eficiência da produtividade e da promoção e proteção da saúde. As medidas voltadas à saúde, hoje conhecidas por Biossegurança, objetivam impedir a entrada e saída de agentes de doenças em granjas, realizar diagnóstico precoce caso agentes de doença sejam introduzidos e atuar prontamente com medidas de prevenção para que o problema seja extinto no ponto de surgimento. Em suinocultura, Granja de Suínos com Mínimo de Doenças (GSMD) e um exemplo de aplicação de medidas de Biossegurança de forma planejada, organizada e devidamente avaliada e obrigatória naqueles estabelecimentos que comercializam material de reprodução e centrais de inseminação artificial principalmente. Em avicultura não ha uma denominação específica e e referida como Biossegurança ou Biosseguridade em granjas de bisavós, avós, matrizes e incubatórios. A partir de tais informações, para uma granja de suínos ou de aves, indique: Questão 3 Formule e justifique o diagnóstico, tratamento e prognóstico do seguinte caso clínico: (valor: 20,0 pontos) Identificação: animal da especie canina, Beagle e com 6 meses de idade. Histórico: anorexia, letargia, vômito e diarreia sanguinolenta. Exame clínico: o animal apresentou-se desidratado, estado nutricional ruim e com temperatura de 40,5°C. Pela palpação, notou- se um aumento de volume longitudinal de consistência firme, cilíndrico e flutuante na cavidade abdominal. Exame complementar: Raio-X: a radiografia simples revelou presença de gas na região correspondente ao jejuno e o estudo contrastado do trato digestivo, mostrou interrupção da passagem do contraste na região do jejuno. Exame laboratorial: no hemograma observou-se leucocitose com neutrofilia e desvio a esquerda regenerativo. Anemia normocítica normocrômica e creatinina normal. Exame parasitológico negativo. Questão 4 O processo de ensilagem, quando bem conduzido, permite preservar por longo tempo a qualidade do alimento, com mínimas perdas na palatabilidade e no valor nutricional da planta precursora. Desta forma, 10 Questão 5 Considerando o fluxograma de uma cadeia produtiva de leite, desde a produção ate a sua distribuição, indique dois procedimentos de controle da qualidade higiênico-sanitária do leite para cada uma das fases I, II, III e IV. (valor: 20,0 pontos) Questão 6 Duas diferentes fazendas (A e B) de cria e recria de gado de corte resolveram destinar um período da estação de monta para realizar inseminação artificial das matrizes com vistas ao melhoramento genetico do rebanho. Os indicadores reprodutivos das fazendas, obtidos durante o período de inseminação artificial, são apresentados a seguir: Fazenda Taxa de detecção de cio Taxa de concepção A 90% 40% B 45% 80% De acordo com os dados apresentados, pergunta-se: a) Qual fazenda possui melhor desempenho reprodutivo durante o referido período de inseminação artificial, já que o objetivo é obter maior número de crias? Justifique. (valor: 5,0 pontos) b) Considerando os custos com a obtenção de uma cria, qual fazenda deve ter menor custo por cria obtida? Justifique. (valor: 5,0 pontos) c) Para cada uma das fazendas, cite duas medidas práticas que poderão melhorar os resultados finais. � PROVVO EXAME NACIONAL DE CURSOS Instruções � PROVA 1 CADERNO DE QUESTÕES � 1- Você está recebendo: a) este caderno com o enunciado das questões objetivas, discursivas e relativas às suas impressões sobre a prova, obedecendo à seguinte distribuição: Partes Questões Páginas Peso de cada parte Questões objetivas 1 a 40 2 a 12 50% Questões discursivas e Rascunho 1 a 6 ( *) 13 a 15 50% Impressões sobre a prova 41 a 50 16 - - - * Das 6 questões propostas responda somente 5. Caso sejam respondidas as 6 questões, a questão de número 6 não será corrigida. b) 1 Folha de Respostas destinada às respostas das questões objetivas e de impressões sobre a prova. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas, a caneta esferográfica de tinta preta, deverão ser dispostos nos espaços especificados. 2- Verifique se este material está em ordem e se o seu nome na Folha de Respostas está correto. Caso contrário, notifique imediatamente a um dos Responsáveis pela sala. 3- Após a conferência, você deverá assinar a Folha de Respostas, a caneta esferográfica de � tinta preta, e assinalar o gabarito correspondente à sua prova �1 , 2 , �3 ou 4 . � Deixar de assinalar o gabarito implica anulação da parte objetiva da prova. 4- Na Folha de Respostas, a marcação das letras, correspondentes às suas respostas (apenas uma resposta por questão), deve ser feita preenchendo todo o alvéolo a lápis preto N° 2 ou a caneta esferográfica de tintapreta, com um traço contínuo e denso. � Exemplo: �A B C D E � 5- Tenha cuidado com a Folha de Respostas, para não a dobrar, amassar ou manchar. 6- Esta prova é individual, sendo vedadas qualquer comunicação e troca de material entre os presentes, consultas a material bibliográfico, cadernos ou anotações de qualquer espécie. Será permitida a utilização de calculadora. 7- Você pode levar este Caderno de Questões. 8- Quando terminar, entregue a um dos Responsáveis pela sala a Folha de Respostas e assine a Lista de Presença. Cabe esclarecer que nenhum graduando deverá retirar-se da sala antes de decorridos 90 (noventa) minutos do início do Exame. OBS.: Caso ainda não o tenha feito, entregue ao Responsável pela sala as respostas da Pesquisa e as eventuais correções dos seus dados cadastrais. Se não tiver trazido as respostas da Pesquisa você poderá enviá-las diretamente ao INEP (Edifício - Sede do MEC, Anexo I - Esplanada dos Ministérios, Bloco "L" - Brasília, DF - CEP 70047-900). 9- Você terá 4 (quatro) horas para responder às questões objetivas, discursivas e de impressões sobre a prova. OBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO! � MEC Ministério da Educação � Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais �DAES Diretoria de Avaliação e Acesso ao Ensino Superior �Consórcio Fundação Cesgranrio/Fundação Carlos Chagas � 1. No metabolismo ósseo, o cálcio, o fósforo e a vitamina D têm importantes funções estruturais e reguladoras. Entretanto, nas patologias ósseas, outros minerais podem ter papel preponderante. No quadro abaixo estão incluídas ações metabólicas de três elementos minerais relevantes na fisiologia óssea. �3. O lóbulo hepático funcional, abaixo representado, mostra um ácino dividido em 3 zonas (1, 2 e 3). Estas regiões foram estabelecidas de acordo com o suprimento de oxigênio e de nutrientes para os hepatócitos. A vênula porta (VP) e a arteríola hepática (AH), localizadas no espaço porta, drenam em direção aos sinusóides (S), que fluem até a vênula hepática terminal, promovendo a irrigação destas células. Estes aspectos auxiliam no reconhecimento das causas envolvidas com as lesões observadas nos hepatócitos. � VP AH S V ê nula hep á tic a te r m inal 1 2 Os elementos I, II e III são, respectivamente, 3 (A) cobre, flúor e manganês. (B) manganês, cobre e flúor. (C) manganês, cobre e magnésio. � (D) magnésio, zinco e flúor. (E) magnésio, zinco e manganês. _ 2. Lisossomos são organelas delimitadas por membranas, contendo enzimas hidrolíticas, sintetizadas e segregadas no retículo endoplasmático rugoso e transportadas para o aparelho de Golgi onde são modificadas, empacotadas e liberadas sob a forma de vesículas. Estas estruturas são importantes na fisiologia celular e no processo inflamatório por desempenharem funções relacionadas à (A) síntese de lipídios celulares, particularmente dos fosfolipídios da membrana e estabilização de calor. (B) degradação de moléculas orgânicas e de peróxido de hidrogênio. (C) conjugação, oxidação e metilação, que são mecanismos utilizados para inativar hormônios. (D) transferência de energia dos metabólitos para ATP e produção de calor. (E) digestão intracelular de materiais ingeridos pelas células ou de organelas desgastadas. Com base no suprimento sangüíneo desta estrutura, pode-se deduzir que os hepatócitos da zona (A) centrolobular (3) recebem menos oxigênio, sendo mais vulneráveis à hipóxia. (B) centrolobular (3) recebem mais oxigênio, sendo menos resistentes aos agentes tóxicos. (C) periportal (1) recebem menos oxigênio, sendo mais vulneráveis à hipóxia. (D) mediozonal (2) encontram-se protegidos de quaisquer efeitos nocivos. (E) periportal (1) e da mediozonal (3) recebem menos oxigênio, sendo, portanto, menos vulneráveis aos agentes infecciosos. � 2 MECVETOI – PROVA c � 4. A figura ilustra o aparelho reprodutor de uma galinha poedeira em produção. I II III IV V No quadro abaixo, indique, para as regiões I, II, III, IV e V, o nome da estrutura anatômica, a sua função e o tempo de permanência durante o processo de formação do ovo. �5. Os rins são constituídos pela associação de numerosas unidades funcionais, os néfrons. Cada néfron é composto por estruturas especializadas responsáveis pelas atividades de filtração, absorção ativa, absorção passiva e secreção. Identifique as quatro estruturas que compõem os néfrons, iniciando pela filtrante e obedecendo à ordem de passagem do filtrado. (A) Corpúsculo de Malpighi, túbulo contorcido distal, alça de Henle e tubo contorcido proximal. (B) Túbulo contorcido proximal, túbulo contorcido distal, alça de Henle e corpúsculo de Malpighi. (C) Glomérulos, tubo contorcido proximal, túbulo contorcido distal e corpúsculo de Malpighi. (D) Corpúsculo de Malpighi, túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo contorcido distal. (E) Túbulo contorcido proximal, túbulo contorcido distal, glomérulos e corpúsculo de Malpighi. � _ 6. O pâncreas é uma glândula associada ao sistema gastrointestinal que produz enzimas que atuam na digestão dos alimentos. Exemplos de enzimas produzidas pelo pâncreas responsáveis pela digestão de proteína, carboidratos e lipídios são, respectivamente, (A) quimotripsina, amilase pancreática e lipase pancreática. (B) tripsina, amilase pancreática e bile. (C) pepsina, amilase pancreática e lipase pancreática. (D) enterocinase, sacarase e bile. (E) pepsina, isomaltase e lipase pancreática. _ 7. A anestesia geral por inalação têm múltiplas aplicações em medicina veterinária. Diversas drogas podem ser utilizadas com essa finalidade e a comparação de suas potências anestésicas faz-se pela mensuração da concentração alveolar mínima (CAM), pela qual é possível se estimar a concentração necessária para a indução e a manutenção da anestesia. Dentre os fatores abaixo, indique os que podem aumentar ou diminuir a CAM. (A) Duração do tempo da anestesia e pressão arterial maior que 5O mmHg. (B) Hipertermia e acidose metabólica. (C) Alcalose metabólica e hiperpotassemia. D) Hiperosmolaridade e hipertermia. (E) Alcalose metabólica e hipernatremia. MECVETOI – PROVA c 3 � 8. A resistência bacteriana a antibióticos, induzida pelo uso indiscriminado destes fármacos, é um fenômeno de grande importância para a saúde animal e humana. A bactéria pode desenvolver resistência a um único antibiótico ou expressar resistência múltipla. Esta característica é fruto de mutações aleatórias que ocorrem no genoma bacteriano e sua freqüência é amplificada pela exposição do microrganismo ao antimicrobiano. É particularmente relevante para a saúde pública a denominada resistência transferível, eventualmente adquirida por organismos patogênicos sensíveis pela interação com bactérias resistentes (patogênicas ou não), que inclui a (A) transferência do agente resistente por animais selvagens. (B) transferência do agente resistente por pessoas que circulam entre diferentes propriedades. (C) conjugação de bactérias com transferência de material plasmidial. (D) transferência de capsídeo bacteriano pela ingestão de alimentos de origem animal. (E) conjugação de bactérias com transferência de material cromossômico nuclear. _ 9. A Biotecnologia é uma ciência que vem propiciando a produção laboratorial e industrial de microrganismos com finalidades farmacêutica, de industrialização de produtos alimentíciose de tratamento de efluentes. O crescimento bacteriano se processa em fases sucessivas, ilustradas no gráfico abaixo. �IO. Vacinas vivas e mortas apresentam características que podem ser avaliadas em termos de vantagens e desvantagens. As vacinas vivas apresentam as seguintes vantagens: (A) atenuação para eliminar a virulência residual, estimulação na produção de IgM e facilidade de utilização na premunição de animais importados. (B) necessidade de aplicação de menor número de doses, dispensa incorporação de adjuvantes e estimulação na produção de imunoglobulina secretora (IgE). (C) possibilidade de aplicação em animais recém- nascidos de mães imunes, dispensa dose de reforço e inoculação por via oral ou intramuscular. (D) indução de uma resposta imune intensa e duradoura, menor probabilidade de ocorrência de hipersensibilidade e possibilidade de estimulação da produção de interferon. (E) possibilidade de vacinação de animais na fase inicial da doença, estabilidade durante o armazenamento à temperatura ambiente e ausência de virulência residual. _ II. A babesiose é uma doença observada em uma ampla variedade de vertebrados, causada por um hematozoário do gênero Babesia e transmitida ativamente por um carrapato. É particularmente grave naqueles animais � Fa se La g IO 9 8 7 6 5 4 3 2 I � F a s e Lo ga rítm ic a � F a s e Es ta cio n á ria �Fa se d e De clínio �desprovidos de contacto prévio com o agente etiológico e recém-introduzidos em áreas endêmicas. Em bovinos, coma e morte podem suceder aos sinais de febre, apatia, anorexia, anemia, icterícia, hemoglobinúria e ascite. A profilaxia dessa doença repousa, fundamentalmente, no controle da parasitemia e se baseia em (A) quarentena dos animais recém-adquiridos para proceder à inoculação de sangue de animal doador, controle da parasitemia em esfregaço sangüíneo, aplicação de quimioterápico até a obtenção de dois exames negativos de parasitemia e exposição aos � I 2 3 4 5 6 7 8 9 I O II I2 I3 I4 I5 I6 I7 I8 I9 Te m p o A produção contínua, em larga escala, é conseguida pela ampliação da fase (A) Log, retirando-se o meio de cultura já utilizado e mantendo-se o controle do tamanho das células em multiplicação. (B) Lag, mantendo-se constantes a produção de metabólitos e a retirada simultânea de nutrientes. (C) Log, mantendo-se a disponibilidade de nutrientes, o tamanho das células e a velocidade de morte celular. (D) Estacionária, mantendo-se constantes a drenagem do meio de cultura e a velocidade de multiplicação celular. (E) Estacionária, mantendo-se a adição contínua de nutrientes e a retirada simultânea do meio de cultura já utilizado. (B) aclimatação dos animais recém-adquiridos para permitir seu restabelecimento da fadiga do transporte e assegurar, por prova laboratorial, que não estão infectados e exposição aos carrapatos em condições de campo. (C) inoculação de sangue parasitado de animal doador, exame diário da parasitemia em esfregaço sangüíneo e controle da temperatura corpórea. Após a normalização da temperatura, exposição aos carrapatos para a manutenção da condição de premunição. (D) exposição controlada aos carrapatos, acompanha- mento pelo exame diário da parasitemia em esfregaço sangüíneo e aplicação de antibiótico em caso de febre para evitar infecção secundária por Anaplasma marginale e liberação do animal para o campo. (E) emprego de quimioterápicos associados à exposição controlada aos carrapatos a fim de estimular a elaboração de anticorpos e manutenção da condição de premunição. Exames de esfregaço sangüíneo devem ser positivos ao final dos procedimentos. � 4 MECVETOI – PROVA c � I2. Considere que duas granjas de caprinos, GI e G2, têm idênticos programas de imunização e monitoria periódica de mastites. A granja GI adotou, também, ações de biosseguridade representadas por medidas inespecíficas de prevenção. Com o objetivo de avaliar a importância dessas medidas, foi realizado um estudo, tendo como parâmetro de avaliação a produção média, em kg de leite/dia, de 60 cabras de cada granja, e foram obtidos os seguintes resultados: Granjas X (kg/leite/dia) s (kg/leite/dia) I 6,0 3,0 2 5,0 3,0 Realizada a análise estatística, após ter estabelecido o valor 0,05 para D (probabilidade de rejeitar erradamente a Hipótese de Nulidade/Ho), encontrou-se para a estatística recomendada o valor igual a I,83. O valor crítico para decisão estatística é igual a I,64 (encontrado na distribuição teórica de probabilidade). Com base nesses dados, pode-se inferir que �I4. A produção animal no século XXI visa maximizar a eficiência produtiva, a qualidade do alimento, o bem-estar animal e minimizar o efeito poluidor dos dejetos sobre o meio ambiente. Quanto aos bovinos leiteiros deve-se alimentá-los adequadamente de modo a atender suas exigências nutricionais. A deficiência de nutrientes reduz a produção de leite e de seus componentes, e o excesso reduz a eficiência global de utilização destes, resultando em elevação dos custos de produção de leite e aumento de excreção de nutrientes para o meio ambiente. Assim, o efeito poluidor dos dejetos produzidos por animais de explorações leiteiras pode ser reduzido por (A) adequado processamento de dejetos, levando em consideração os níveis dietéticos de cálcio e de magnésio. (B) elevação do nível dietético de energia associado ao uso de uréia nos períodos de seca. (C) adequado processamento de dejetos, levando em consideração os níveis dietéticos de cálcio e de energia. (D) uso de nível dietético adequado e emprego de matérias-primas com alta digestibilidade de proteína e de minerais. � Estatística recomendada � Distribuição teórica de probabilidade para tomada de decisões � Decisão estatística em relação a "Ho" � Conclusão: em relação a G2, a produção de leite das cabras da GI é � (E) uso de nitrogênio não protéico para favorecer a digestibilidade pelos animais quando é baixo o nível de energia na dieta. _ I5. O carbúnculo sintomático ocorre em bovinos e ovinos e tem como agente etiológico o Clostridium chauvoei. Após � B "z" Normal de Gauss aceitar igual C "t" "t" de Student rejeitar menor D "t" "t" de Student aceitar maior E "z" binomial rejeitar maior _ I3. A crescente preocupação da sociedade em relação ao bem-estar animal tem levado pesquisadores e educadores a rever seus padrões de ética no tocante ao uso de animais em experimentação científica e no ensino. Ao estabelecer seus protocolos experimentais ou mesmo protocolos de aulas práticas, o cientista ou professor deve considerar se o emprego de animais é absolutamente necessário para alcançar o objetivo desejado, ou se os animais podem ser substituídos por ensaios em cultura de células, por exemplo. Deve-se minimizar o número de animais empregados e garantir que não sejam submetidos a sofrimento desnecessário. Neste contexto, as preocupações com o bem-estar animal resultaram em (A) aumento no lançamento comercial de novos produtos farmacêuticos, devido à diminuição dos custos de desenvolvimento. (B) limitados avanços práticos uma vez que as universida- des se adaptaram, mas as empresas continuam reali- zando suas pesquisas da forma como sempre fizeram. (C) criação de organizações não governamentais compro- metidas com o assunto, dispostasa usar quaisquer meios como forma de alcançar seus objetivos. (D) mudanças na legislação visando garantir que os pes- quisadores de instituições oficiais continuem trabalhan- do sem alteração substancial em seus procedimentos. (E) desenvolvimento de técnicas de clonagem capazes de produzir animais que respondem de maneira diferenciada aos estímulos experimentais, o que permite diminuir o número de animais usados em cada ensaio. a ativação dos esporos no trato digestivo, a bactéria Os músculos pélvicos, peitorais, glúteos, femurais e umeroescapulares são os mais freqüentemente atingidos. Em condições adequadas, como ambiente alcalino e baixa tensão de oxigênio, os esporos podem germinar e proliferar produzindo potentes toxinas que (A) induzem enfisema muscular na ausência de lesões capilares, caracterizando-se como uma gangrena seca. A claudicação resulta da dor pelo processo inflamatório e o diagnóstico presuntivo pode ser estabelecido pela presença de crepitação muscular. (B) causam lesões nos capilares que determinam exsudação sero-hemorrágica, edema e necrose muscular. Os esporos, sob a forma vegetativa, proliferam e produzem gás responsável pelo enfisema da musculatura. As alterações caracterizam-se por aumento de volume, crepitação e claudicação. (C) liberam gás com odor butírico característico, responsável pela necrose muscular. O acúmulo de gases, sob a forma de bolhas, causa exsudação hemorrágica e resulta em aumento de volume muscular, crepitação e claudicação. (D) dissociam as fibras musculares causando enfisema, edema, necrose e exsudação sero-hemorrágica. Os esporos, sob a forma vegetativa, proliferam e causam gangrena úmida, responsável pelo enfisema da musculatura. As lesões musculares resultam em aumento de volume, crepitação e claudicação. (E) estimulam a proliferação das formas vegetativas causando necrose e enfisema. A gangrena bolhosa dissocia as fibras musculares determinando aumento de volume, crepitação e claudicação do membro infectado. � MECVET0I – PROVA c 5 � I6. O granuloma paratifóide consiste de pequenos agregados de células mononucleares que podem estar presentes no fígado, baço e em outros órgãos, associados ou não à necrose focal. Embora não sejam patognomônicos, são freqüentemente observados na (A) salmonelose bovina. (B) pasteurelose suína. (C) erliquiose canina. (D) shighelose eqüina. (E) parvovirose felina. _ I7. Príon é o termo utilizado para designar os agentes cau- sadores de um grupo de moléstias descritas em humanos e animais como encefalopatias espongiformes. Aparentemente, os príons representam uma isoforma anormal de uma proteína normal, que se acumula como agregados fibrilares macromoleculares polimerizados comparáveis à proteína formadora do amilóide em torno e no interior de (A) neurônios e de células da glia. Associam-se a essas alterações degeneração hialina glial e infiltrado de basófilos. (B) células da glia. Associam-se a essas alterações degeneração goticular neuronal e infiltrado de neutrófilos. (C) neurônios. Associam-se a essas alterações a vacuolização citoplasmática destas células, astrogliose difusa e eventual infiltrado de linfócitos. (D) vasos linfáticos. Associam-se a essas alterações necrose de coagulação e infiltrado de basófilos. (E) vasos sangüíneos. Associam-se a essas alterações necrose de caseificação e infiltrado de macrófagos. _ I8. A leishmaniose visceral canina, causada pela Leishmania (L) chagasi, manifesta-se na sua forma sintomática através de linfoadenopatia generalizada, alopécia associada à dermatite esfoliativa mais pronunciada na cabeça, orelhas e extremidades, sendo comum a formação de úlceras. Outros sinais incluem a onicogrifose, paroníquia, despigmentação nasal e hepatoespleno- megalia. Embora estes sejam os principais sintomas, eles também podem estar presentes em outras doenças, tornando-se necessários para o estabelecimento do diagnóstico final, a detecção, no soro, de anticorpos para leishmania e exames histológicos de pele, linfonodo e baço para identificar (A) taquizoítos no citoplasma de macrófagos. (B) promastigotas no citoplasma de neutrófilos. (C) esquizontes no citoplasma das células epiteliais. (D) oocistos no citoplasma de eosinófilos. (E) amastigotas no citoplasma de macrófagos. _ I9. A otite média é uma inflamação da bula timpânica e ocorre com freqüência em cães e gatos. O diagnóstico da afecção deve basear-se no exame clínico, no tipo e na análise microbiológica da secreção. A ausência de ácaros e presença de debris oleosos, céreos e acastanhados associada a cultura positiva para leveduras em brotamento, sugere tratar-se de otite (A) oleosa causada por Microsporum sp. (B) purulenta causada por Streptococcus spp. (C) serosa causada por Proteus spp. (D) ceruminosa causada por Malassezia spp e Candida spp. (E) seborréica causada por Trichophyton sp. �2O. Um proprietário relata que o seu cão, com 7 anos de idade, vem apresentando tosse esporádica improdutiva e cansaço quando submetido a esforço. Após o exame físico do animal, o clínico solicitou uma radiografia de tórax cuja imagem revelou edema intersticial pulmonar não inflamatório e cardiomegalia. Com base nesses achados, pode-se atribuir a causa da cardiomegalia a uma (A) estenose da valva tricúspide responsável pela hipertrofia do ventrículo esquerdo, resultando em aumento da pressão venosa pulmonar e edema pulmonar. (B) insuficiência da valva mitral responsável pela hipertrofia do ventrículo esquerdo, resultando em aumento da pressão venosa pulmonar e edema pulmonar. (C) estenose da valva mitral responsável pela dilatação do ventrículo direito, resultando em redução da pressão venosa pulmonar e edema pulmonar. (D) insuficiência da valva tricúspide responsável pela hiperplasia do ventrículo direito, resultando em redução da pressão venosa pulmonar e edema pulmonar. (E) insuficiência da valva mitral responsável pela hiperplasia do ventrículo esquerdo, resultando em aumento da pressão venosa pulmonar e edema pulmonar. _ 2I. Uma propriedade leiteira apresenta elevada incidência de laminite nos animais em lactação. A presença de sola hemorrágica em um ou mais cascos chega a acometer 3O% dos animais em algumas épocas do ano. Dentre as prováveis causas de laminite, inclui-se a dieta com (A) falta de proteína que não fornece aminoácidos sufi- cientes para a produção de queratina, promovendo assim, o enfraquecimento do casco. (B) falta de energia que exige que o animal mobilize de forma exacerbada os lipídios de reserva, resultando na produção de corpos cetônicos que irão atuar diretamente sobre as células coriônicas do casco. (C) excesso de proteína que resulta em deaminação ruminal com produção de grande quantidade de amônia que, ao ser absorvida, causa citotoxicidade do leito vascular que irriga o casco. (D) excesso de energia que promove alta produção ruminal de ácidos graxos voláteis que, ao serem absorvidos, inibem a multiplicação das células de sustentação do casco. (E) falta de fibra que permite a diminuição do pH ruminal, resultando em deaminação de aminoácidos específicos no rúmen, com produção de aminas vasoativas que agem sobre o casco. � � 22. A mastite bovina é considerada a doença que causa os maioresprejuízos econômicos na exploração leiteira mundial. Na relação hospedeiro-parasita é importante o conhecimento das características de sobrevivência dos agentes etiológicos no meio ambiente, com reflexos diretos nos mecanismos de transmissão. Clinicamente, a mastite pode ser classificada como contagiosa e ambiental. A primeira é transmitida principalmente (A) durante a ordenha, possui tendência à cronificação e é causada principalmente por Streptococcus agalactiae, Streptococcus disgalactiae e Staphylococcus aureus, enquanto que a segunda é transmitida principalmente pelo contato com as fezes e a cama, possui comportamento geralmente agudo e é causada principalmente por Streptococcus uberis, Escherichia coli, Klebsiella sp. e Pseudomonas sp. (B) durante a ordenha, possui tendência à cronificação e é causada principalmente por Streptococcus uberis, Escherichia coli, Klebsiella sp. e Pseudomonas sp., enquanto que a segunda é transmitida principal- mente pelo contato com as fezes e a cama, possui comportamento geralmente agudo e é causada principalmente por Streptococcus agalactiae, Streptococcus disgalactiae e Staphylococcus aureus. (C) pelo contato com as fezes e a cama, possui com- portamento geralmente agudo e é causada principal- mente por Streptococcus agalactiae, Streptococcus disgalactiae e Staphylococcus aureus, enquanto que a segunda é transmitida principalmente durante a ordenha, possui tendência à cronificação e é causada principalmente por Streptococcus uberis, Escherichia coli, Klebsiella sp. e Pseudomonas sp. (D) pelo contato com as fezes e a cama, possui comportamento geralmente agudo e é causada principalmente por Streptococcus uberis, Escherichia coli, Klebsiella sp. e Pseudomonas sp., enquanto que a segunda é transmitida principalmente durante a ordenha, possui tendência à cronificação e é cau- sada principalmente por Streptococcus agalactiae, Streptococcus disgalactiae e Staphylococcus aureus. (E) durante a ordenha, possui comportamento geral- mente agudo e é causada principalmente por Streptococcus agalactiae, Streptococcus disgalactiae e Staphylococcus aureus, enquanto que a segunda é transmitida principalmente pelo contato com as fezes e a cama, possui tendência à cronificação e é causada principalmente por Streptococcus uberis, Escherichia coli, Klebsiella sp. e Pseudomonas sp. �23. As alterações que acometem o sistema digestivo dos eqüinos requerem tomadas de decisão em caráter emergencial, dado o risco iminente de morte. Três procedimentos são essenciais em um exame clínico detalhado no diagnóstico da cólica aguda eqüina. São eles: (A) I- passagem de sonda naso-esofágica para avaliar a repleção e evitar possíveis rupturas gástricas; II- paracentese para identificar processo inflamatório da cavidade abdominal ou ruptura gástrica ou intestinal; III- contagem de ovos por grama de fezes, para identificação de helmintos. (B) I- passagem de sonda naso-esofágica para avaliar a repleção e evitar possíveis rupturas gástricas; II- palpação retal para identificar dilatação do intestino, distensão de alças intestinais e estiramento do mesentério; III- contagem diferencial de leucócitos no sangue para identificar processo inflamatório da cavidade abdominal ou rupturas gástrica ou intestinal. (C) I- passagem de sonda naso-esofágica para avaliar a repleção e evitar possíveis rupturas gástricas; II- palpação retal para identificar dilatação do intestino, distensão de alças intestinais e estiramento do mesentério; III- paracentese para identificar processo inflamatório da cavidade abdominal ou ruptura gástrica ou intestinal, desde que não haja risco de perfuração de alças pela agulha, devido à excessiva dilatação abdominal. (D) I- radiografia da cavidade abdominal para identificação de rupturas gástricas ou intestinais e presença de enterólitos; II- palpação retal para identificar dilatação do intestino, distensão de alças intestinais e estiramento do mesentério; III- contagem diferencial de leucócitos no sangue para identificar processo inflamatório da cavidade abdominal ou rupturas gástrica ou intestinal. (E) I- laparatomia exploratória para avaliar a repleção e evitar possíveis rupturas gástricas; II- paracentese para identificar processo inflamatório da cavidade abdominal ou ruptura gástrica ou intestinal, desde que não haja risco de perfuração de alças pela agulha; III- avaliação da hemoconcentração de forma a aliviar a desidratação. _ 24. Em cães e gatos, lesões traumáticas como queda e atropelamento podem causar fraturas e desequilíbrio das funções de sustentação e de apoio. As fraturas nos ossos longos apresentam-se sob aspectos diversos e podem ser classificadas como (A) simples quando ocorrer a separação incompleta das extremidades ósseas. (B) cominutiva na presença da separação completa dos ossos com formação de múltiplas esquírulas ósseas. (C) exposta quando um fragmento ósseo se projeta para fora do outro fragmento. (D) impactada quando o periósteo permanecer intacto e mantiver no lugar as extremidades ósseas. (E) em "galho verde" quando ocorrer remodelagem ativa do periósteo e do endósteo com formação de calo ósseo conjuntivo. � � 25. A biópsia é uma técnica cirúrgica utilizada para a retirada de tecidos lesados com a finalidade de se obter o diagnóstico histopatológico. No cão, dentre as técnicas utilizadas, a que melhor se aplica para o diagnóstico de massas tumorais exuberantes, como os sarcomas de partes moles e ósseos, é a biópsia (A) às cegas para representação de tecido normal e de tecido lesado. (B) excisional que se refere à excisão completa da massa tumoral. (C) aspirativa que consiste na aspiração do tecido necrótico tumoral. (D) por escarificação para a obtenção de células necróticas. (E) incisional que consiste na remoção de pequena cunha da lesão. _ 26. Vaca leiteira de alta produção, recém-parida e recebendo elevada quantidade de grãos na dieta apresentou-se anoréxica, com queda brusca na produção de leite, hálito ligeiramente cetônico, fezes escassas e amolecidas, atonia ruminal, sem grandes alterações dos parâmetros gerais. Chama a atenção o pronunciado abaulamento de toda a região costal esquerda. A percussão simultânea à auscultação realizada nessa área revela um som ressonante metálico. A punção da região permitiu saída de grande parte dos gases e de um líquido de pH ácido. Recomenda-se, nesse caso, laparotomia paramediana ou pelo flanco, recolocação do (A) abomaso na posição ventral esquerda ao rúmen-retículo e sua fixação através de abomasopexia ou omentopexia. O prognóstico é favorável em cerca de 8O% dos casos, quando tratado rapidamente. (B) abomaso na posição ventral direita ao rúmen-retículo e sua fixação através de abomasopexia ou omentopexia. O prognóstico é favorável em cerca de 8O% dos casos, quando tratado rapidamente. (C) abomaso na posição ventral direita ao rúmen- retículo e sua fixação através de abomasopexia ou omentopexia. O prognóstico é reservado em cerca de 8O% dos casos, mesmo quando tratado rapidamente. (D) omaso na posição ventral esquerda ao rúmen- retículo e sua fixação através de omasopexia ou omentopexia. O prognóstico é reservado em cerca de 8O% dos casos, mesmo quando tratado rapidamente. (E) omaso na posição dorsal direita ao rúmen-retículo e sua fixação através de omasopexia
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