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RESENHA ECOLOGISMO POBRES

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
TRABALHO DE DIREITO AMBIENTAL
TEMA: RESENHA DO TEXTO ECOLOGISMO DOS POBRES
DOCENTE: PROFª. MIRTHA
 
DISCENTE:
MONIQUE DE AZEVEDO FREITAS
201857022-4
NOVA IGUAÇU
JULHO DE 2018
O ecologismo ou ambientalismo se expandiu como uma reação ao crescimento econômico, mas isso
não significa que os ambientalistas se opõe ao mesmo. Em verdade, o autor explica que há três
correntes principais do movimento ambientalista: “o culto ao silvestre”, “o evangelho da
ecoeficiência” e “o ecologismo dos pobres”. O texto expõe tais correntes e suas relações com as
diferentes ciências ambientais (ex biologia da conversação, ecologia industrial) e movimentos
sociais (feminismo, movimentos religiosos).
A primeira corrente, representada a mais de cem anos, é a da defesa da natureza intocada, foi
importante para dar mais realce não só para a beleza do meio ambiente, mas para a ciência da
ecologia. Não ataca o crescimento econômico, apenas propõe a preservação e a manutenção do que
nos resta dos espaços da natureza original. É respaldada cientificamente com a biologia da
conservação, em 1960. Mesmo que inexistissem razões científicas, existem razões estéticas e
utilitárias que justificam a preservação da natureza, como é o caso das espécies comestíveis e
medicinais, por exemplo. Como vitória podemos mencionar a eco 92. Eventualmente essa corrente
política apela para a religião, em geral, as panteístas e orientais, menos antropocêntricas que o
cristianismo e judaísmo. Ha uma real sacralidade da natureza, gerando um inevitável conflito com a
sociedade de mercado. A principal proposta política dessa corrente consiste em manter reservas
naturais, parques nacionais, livres da interferência humana, onde os homens podem visitar mas não
habitar. Uma importante organização representante é a Amigos da Terra.
O Evangelho da Ecoeficiência, tem atenção direcionada para os impactos ambientais ou riscos à
saúde, decorrentes das atividades industriais, da urbanização e também da agricultura moderna.
Adepta do desenvolvimento sustentável, preocupa-se mais com a “modernização ecológica” e a boa
utilização dos recursos, e não tanto com a perda dos atrativos da natureza ou dos seus valores
intrínsecos. Da ênfase à economia, e como um movimento com grande número de engenheiros e
economistas, usa termos como "serviços ambientais" e “capital natural". O conceito-chave da nossa
chamada Ecoeficiência são as curvas ambientais de kuznets, pelas quais o incremento de
investimentos conduz, em primeiro lugar, a um aumento da contaminação, depois, a sua redução. 
A ecoeficiência repousa na economia ambiental e tem pilares econômicos e tecnológicos. Assim, a
ecologia é tida como uma ciência gerencial para diminuir a degradação causada pela
industrialização, e a ecoeficiência, como o vínculo empresarial com o desenvolvimento sustentável.
Se no primeiro movimento, observávamos uma reverência transcendental para com a natureza, no
segundo, observamos a gestão científica dos recursos naturais para conseguir sua utilização
permanente. Movimento Audubon. Essas duas correntes são dominantes no cenário mundial.
A justiça ambiental e o ecologismo dos pobres, entende que o crescimento econômico implica
maiores impactos no meio ambiente, chamando atenção para o deslocamento geográfico das fontes
de recursos e das áreas de descarte dos resíduos. Os países desenvolvidos estão cada vez mais
dependentes das importações de matérias primas e bens de consumo. Enquanto os EUA importam
metade do petróleo que consomem, a América Latina exporta uma quantidade seis vezes maior de
materiais do que importa. O resultado à nível global é que a fronteira do petróleo e do gás, a
fronteira do alumínio, do eucalipto, do camarão, da soja transgênica, etc; avançam na direção de
novos territórios. Isso gera impactos que atingem determinados grupos sociais que protestam e
resistem, mesmo que não sejam denominados de ecologistas, como, por exemplo, grupos indígenas
que lutam por direitos territoriais. O eixo principal dessa terceira corrente é um interesse material
pelo meio ambiente como fonte de condição para subsistência dos humanos pobres que dela
dependem. É o caso de pescadores artesanais contra os barcos de alta tecnologia que ao mesmo
tempo destroem seu sustento e esgotam os bancos peixeiros. Sua ética nasce da demanda por justiça
social contemporânea. 
Nos EUA surgiu um termo denominado “racismo ambiental” porque nas áreas com grande
incidência de contaminação do ar, pintura com chumbo, dejetos tóxicos e outros perigos ambientais
coincidem com aquelas habitadas por minorias raciais.
Essa corrente é apoiada por sociólogos ambientais, agroecologia, ecologia urbana e economia
ecológica, e está crescendo em nível mundial pelos conflitos ecológicos distributivos. Engana-se
quem pensa que as novas tecnologias representam, necessariamente, a solução para o conflito entre
a economia e o meio ambiente, como é o caso da polêmica dos transgênicos. O autor busca
comparar o movimento por justiça ambiental com o ecologismo dos pobres, mais difuso e estendido
a nível mundial, na tentativa de explicar que ambos são integrantes da mesma corrente. O autor
ainda que a obra preocupa-se com a maioria da humanidade, aqueles que dispõe de relativamente
pouco espaço ambiental, mas que, ao mesmo tempo, tem gerenciado sistemas agrícolas e
agroflorestais sustentáveis. Além dos problemas locais de contaminação, preocupa-se o autor
também com questões como a biopirataria, a biossegurança e as mudanças climáticas.
Conclui-se que existem pontos de contato e pontos de desacordo entre esses três tipos de
ambientalismo, sendo que uma mesma organização pode pertencer a mais de uma vertente, ex:
greenpeace;

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