Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DOENÇA CELÍACA REAÇÕES ADVERSAS CAUSADAS PELO GLÚTEN Doença inflamatória do intestino delgado que resulta da resposta inapropriada autoimune, mediada pelas células T, à ingestão do glúten em indivíduos com predisposição genética. DOENÇA CELÍACA ESTRUTURA DO GLÚTEN GLÚTEN: Fração de peptídeos específicos. TRIGO CENTEIO CEVADA GLIADINA SECALINA HORDEÍNA DOENÇA CELÍACA E quanto a AVEIA? DOENÇA CELÍACA Etiologia → predisposição genética + reação imunológica anormal; Pode ocorrer na infância ou vida adulta → mais comum entre a quarta e quinta década; Dificuldade no diagnóstico → apresentação e início dos sintomas muito variáveis, podendo ser confundida com síndrome do cólon irritável, deficiência de lactase, doenças da vesícula ou demais patologias que envolvam o TGI. DOENÇA CELÍACA DOENÇA CELÍACA Resposta autoimune → atrofia dos vilos, má absorção, desnutrição e possivelmente doenças malígnas. UM BREVE HISTÓRICO Celíacos apresentam maior expressão de Zonulina • Complexo de proteínas que liga uma célula a outra • Garante a seletividade das células intestinais T JUNCTION (JUNCOES APERTADAS) • Substancia liberada pelas células intestinais que induz a abertura das T.junctions • Abertura de buracos → permeabilidade ZONULINA DOENÇA CELÍACA x ZONULINA FISIOPATOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA CELÍACA Resposta imune e inflamatória exagerada lesão da mucosa que compromete as funções secretoras, digestivas e absortivas normais, especialmente no intestino delgado proximal; ↓ da liberação de hormônios do intestino delgado →↓ secreções da vesícula biliar e pâncreas ; Células dos vilos deficientes em dissacaridases e peptidases e em transportadores de nutrientes para o sangue . DOENÇA CELÍACA NÃO TRATADA ↓ da absorção de macro e micronutrientes Diabetes tipo I, tireoidite, hepatite, doenças vasculares do colágeno; Doenças malignas; Deficiências de IgA. DOENÇAS ASSOCIADAS DIAGNÓSTICO Sintomas em crianças → diarreia, esteatorreia, fezes fétidas, distensão abdominal, apatia e pouco ganho de peso; Início mais tardio → fadiga generalizada, incapacidade de ganhar ou manter o peso, ou relacionada as consequências da má-absorção; 50% não apresentam ou apresentam poucos sintomas e podem apresentar sobrepeso no momento da apresentação; Antes de iniciar a dieta de eliminação do glúten; Avaliação clínica, laboratorial e histológica; Biópsia do intestino delgado (PADRÃO-OURO) por endoscopia confirmação final do diagnóstico. DIAGNÓSTICO Estudo histopatológico do intestino delgado: Biópsia → atrofia da mucosa → dieta sem glúten→ nova biópsia→ normalização da mucosa → desencadeamento com glúten (confirmação diagnóstica); Contraindicado em doença auto-imune concomitante ou processos crônicos graves. DIAGNÓSTICO SOROLOGIA ANTICORPOS ANTI-ENDOMÍSIO IgA e IgG; ANTICORPOS ANTI-TRANSGLUTAMINASE IgA e IgG; ANTICORPOS ANTI-GLIADINA IgA e IgG; IgA TOTAL SERICA TESTE GENÉTICO: HLA-DQ2 E HLA-DQ8 DIAGNÓSTICO ICEBERG CELÍACO TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL http://www.acelbra.org.br/2004/alimentos.php Dieta isenta de glúten; 2 a 8 semanas após o início da dieta, a maioria dos pacientes relata que os sintomas clínicos desaparecem; Melhoras histológicas, imunológicas e funcionais podem demorar meses ou anos → duração da doença, idade do indivíduo e grau de aderência a dieta; TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL Pacientes podem não responder bem ao tratamento → Doenças coexistentes, insuficiência pancreática, cólon irritável, crescimento bacteriano excessivo, intolerância a frutose... Doença refratária → boa resposta ao uso de esteróides, azatioprina, ciclosporina → supressão da resposta inflamatória; TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL Inicialmente suplementar vitaminas, minerais e proteínas para suprir deficiências; Anemia (depende da causa) ferro, vitamina B12 e folato; Suplementação de vitamina D e cálcio → osteoporose ou osteomalácia; Corrigir deficiência de zinco, magnésio e outros minerais; Repor vitaminas lipossolúveis e TCM → esteatorréia; TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL Prescrição de vitamina K → púrpura (↓ plaquetas), sangramento ou tempo de trombina prolongado; Líquidos e eletrólitos → desidratação e diarreia grave; Suplementação de vitaminas e minerais → persistência da má absorção; Inicialmente ↓ de lactose e frutose até que o TGI retorne a função normal → controle de sintomas de intolerância; TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL Exame cuidadoso dos rótulos →os grãos que contém glúten não são utilizados apenas em ingredientes primários, mas podem ser adicionados durante o processamento e preparo dos alimentos; Lei federal 8.543 de 1992 → impressão da advertência “contém glúten” nos rótulos e embalagens de alimentos industrializados; TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO A ausência de sintomas após a ingestão de glúten, não significa que não há lesão no TGI → o glúten causa lesão em horas, entretanto os sintomas podem demorar 8 semanas ou permanecer latentes; Consequência → ↓ da resposta ao tratamento → jejunoileotites crônicas úlcerativas, manifestações extraintestinais e risco de doenças malignas, especialmente linfomas. • Fontes ocultas de glúten: farinha de trigo, gomas vegetais, gérmen de trigo, farinha branca, trigo integral, semolina, triticale, tabuli, xarope de cereal maltado, proteína vegetal hidrolisada. • Substitutos do trigo: Fécula de batata, farinha e fécula de arroz, farinha de milho, tapioca, polvilho, trigo sarraceno (mourisco ou cachá), milho, inhame, mandioca, mandioquinha, araruta, quinua, amaranto. Vou comer o que? ALIMENTOS PERMITIDOS E PROIBIDOS GRUPOS PERMITIDOS PROIBIDOS Farinhas e Féculas ( Cereais, Tubérculos e seus sub-produtos, que encontramos em forma de pó). As mais indicadas: Arroz = farinha de arroz, creme de arroz, arrozina, arroz integral em pó e seus derivados. Milho = fubá, farinha, amido de milho ( maisena ), flocos, canjica e pipoca. Batata = fécula ou farinha. Mandioca ou Aipim = fécula ou farinha, como a tapioca, polvilho doce ou azedo. Macarrão de cereais = arroz, milho e mandioca. Cará, Inhame, Araruta, Sagú, Trigo sarraceno. TRIGO = farinha, semolina, germe e farelo. AVEIA = flocos e farinha. CENTEIO CEVADA = farinha. MALTE Todos os produtos elaborados com os cereais citados acima ALIMENTOS PERMITIDOS E PROIBIDOS GRUPOS PERMITIDOS PROIBIDOS Bebidas Sucos de frutas e vegetais naturais, refrigerantes e chás. Vinhos, champagnes, aguardentes e saquê. Cafés com selo ABIC. Cerveja, whisky, vodka, gin, e ginger- ale. Ovomaltine, bebidas contendo malte, cafés misturados com cevada. Outras bebidas cuja composição não esteja clara no rótulo. Leites e derivados Leite em pó, esterilizados ( caixas tetrapack ), leites integrais, desnatados e semi desnatados. Leite condensado, cremes de leite, Yakult. Queijos frescos, tipo minas, ricota, parmesão. Pães de queijo. Para iogurte e requeijão, verifique observações nas embalagens. Leites achocolatados que contenham malte ou extrato de malte, queijos fundidos, queijos preparados com cereais proibidos. Na dúvida ou ausência das informações corretas nas embalagens, não adquira o produto. ALIMENTOS PERMITIDOS E PROIBIDOS GRUPOS PERMITIDOS PROIBIDOS Açúcares Doces Achocolatados Açúcar de cana, mel, melado, rapadura, glucose de milho, malto-dextrina, dextrose, glicose. Geléias de frutae de mocotó, doces e sorvetes caseiros preparados com alimentos permitidos. Achocolatados de cacau, balas e caramelos. Para todos os casos, verifique as embalagens. Carnes ( boi, aves, porco, cabrito, rãs, etc ), peixes e produtos do mar, ovos e Vísceras ( fígado, coração ) Todas, incluindo presunto e lingüiça caseira. Patês enlatados, embutidos ( salame, salaminho e algumas salsichas ). Carnes à milanesa. ALIMENTOS PERMITIDOS E PROIBIDOS GRUPOS PERMITIDOS PROIBIDOS Gorduras e óleos Manteiga, margarina, banha de porco, gordura vegetal hidrogenada, óleos vegetais, azeite Grãos Feijão, broto de feijão, ervilha seca, lentilha, amendoim, grão de bico, soja ( extrato protéico de soja, extrato hidrossolúvel de soja ) Extrato protéico vegetal, Proteína vegetal hidrolizada. Hortaliças e frutas Legumes , verduras e frutas: Todas Condimentos Sal, pimenta, cheiro-verde, erva, temperos caseiros, maionese caseira, vinagre fermentado de vinhos tinto e de arroz, glutamato monossódico (Ajinomoto) Mainoese, catchup, mostarda e temperos industrializados podem conter o glúten. Leia com muita atenção o rótulo. QUAISQUER ALIMENTOS Leia atentamente os rótulos Os proibidos devem ter a expressão CONTÉM GLÚTEN nos rótulos Não imunológica Formação de exorfinas: Gluteomorfinas Desequilíbrios nutricionais por alto consumo Imunológica Mediada por IgE – Reação imediata (1 a 2%) Mediada por IgG e sistema complemento – Mediada por células T citotóxicas – tardia Mimetismo celular – DAI Doença celíaca (auto-imune) Reações adversas ao glúten Carreiro D, 2013 DC X SENSIBILIDADE AO GLÚTEN NÃO CELÍACADC X SENSIBILIDADE AO GLÚTEN NÃO CELÍACA SENSIBILIDADE AO GLÚTEN NÃO CELÍACA (SGNC) SENSIBILIDADE AO GLÚTEN NÃO CELÍACA (SGNC) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SGNC MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SGNC Após detectar os erros alimentares e os alimentos alergênicos, por avaliação laboratorial e/ou clínica (avaliação de sinais, sintomas e dos hábitos alimentares), elaborar uma orientação Exclusão temporária dos alimentos de maior reatividade (por 1 a 3 meses); -REINTRODUÇÃO GRADATIVA -Rotatividade de 4 dias (ou mais) dos alimentos de baixa ou média reatividade; Reintroduzir os alimentos de alta sensibilidade (1 de cada vez), avaliando os sintomas, e se necessário manter a exclusão por mais um período, de acordo com as reações manifestadas; Se não tiver nenhuma reação adversa, manter o alimento também na rotatividade de 4 dias (ou mais); DESSENSIBILIZAÇÃO ALIMENTAR RETIRADA DO GLÚTEN ANTES DO DIAGNÓSTICO RETIRADA DO GLÚTEN ANTES DO DIAGNÓSTICO A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: DIETA SEM GLÚTEN EMAGRECE? DEPENDE... RELAÇÃO GLÚTEN X OBESIDADE OBESIDADE É UMA PATOLOGIA MULTIFATORIAL
Compartilhar