Módulo 4: Regulagem e calibração de sensores para aplicação a taxa variável

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Programa Agricultura de Precisão
Agricultura de Precisão 
na Aplicação de 
Defensivos Agrícolas
» Módulo 4: Regulagem e calibração de sensores 
para aplicação a taxa variável
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
INFORMAÇÕES E CONTATO
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
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PROGRAMA AGRICULTURA DE PRECISÃO
PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
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TITULARES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e 
Tiago Freitas de Mendonça.
SUPLENTES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, 
Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria.
SUPERINTENDENTE
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GESTORA
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COORDENAÇÃO
Fernando Couto de Araújo
IEA - INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S
Conteudistas: Renato Adriane Alves Ruas e Juliana Lourenço Nunes Guimarães
TRATAMENTO DE LINGUAGEM E REVISÃO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
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Módulo 4
» Regulagem e calibração de sensores para aplicação a taxa 
variável
A regulagem e a calibração dos pulverizadores são duas operações distintas e muito importantes 
para a qualidade das aplicações de defensivos. Estima-se que a grande quantidade de produtos 
que são normalmente aplicados poderia ser reduzida se houvesse maior atenção em relação a 
esses dois procedimentos.
Portanto, neste módulo você conhecerá como se regula e calibra os sensores de forma a alcan-
çar maior eficiência e produtividade. 
Atenção! Sempre que finalizar a leitura do conteúdo de um módulo, você deve retornar ao Am-
biente de Estudos para realizar a atividade de aprendizagem.
Siga em frente e faça bom proveito!
Aula 1
Procedimentos de calibração dos sensores
Visto que regulagem e a calibração dos pulverizadores são duas operações distintas, vale saber 
que regulagem consiste em observar se todos os componentes do pulverizador se encontram 
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em perfeito estado de funcionamento. Já a calibração visa adequar válvulas, registros e sensores 
para que apliquem a quantidade de produto desejada. 
Nos pulverizadores modernos, deve-se atentar para procedimentos especiais de calibração dos 
sensores que medem a vazão presente nas tubulações e dos sensores que medem a velocidade. 
A complexidade dos sistemas de controle e monitoramento da aplicação de defensivos requer 
conhecimento adequado sobre os procedimentos de regulagem e calibração de todas as partes 
constituintes dos pulverizadores. 
Dados de pesquisas indicam que a regulagem e calibração corretas dos pul-
verizadores convencionais são capazes de reduzir as perdas normalmente 
observadas nas aplicações em mais de 50%.
Para tanto, é importante fazer a distinção entre a regulagem e a calibração dos pulverizadores, 
assunto que será abordado neste módulo.
Assim, espera-se que ao final desta aula você seja capaz de:
• reconhecer os principais procedimentos de regulagem e calibração dos sensores utilizados 
nas aplicações de defensivos agrícolas;
• realizar configurações de sensores para aplicação de defensivos agrícolas; e
• identificar e executar as formas de calibração de sensores utilizados nas aplicações de de-
fensivos agrícolas.
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Tópico 1
Regulagem e limpeza
A regulagem é a observação detalhada de todo o 
pulverizador, com o intuito de corrigir eventuais fa-
lhas no funcionamento. Deve-se observar se há va-
zamentos, obstruções, mangueiras interceptando os 
jatos, as condições de uso dos filtros, a vazão e o jato 
de pulverização das pontas, a lubrificação em geral, 
o estado de funcionamento das articulações etc.
Fonte imagem: <http://pulverizador.blogspot.com.br/2013/02/
treinamento-em-tecnologia-de-aplicacao.html>.
Vale ressaltar que toda a manutenção de partes 
elétricas deve ser realizada com os cabos desco-
nectados da corrente elétrica. Em caso de neces-
sidade de limpezas mais robustas, deve-se aplicar 
um antioxidante diretamente sobre os terminais de 
ambas as conexões, preferencialmente na forma 
de spray para remoção de incrustações de difícil 
acesso.
Fonte imagem: Stara <www.stara.com.br> 
Nos pulverizadores mais sofisticados, com tecnologia embarcada, devem-se realizar verificações 
dos cabos e das conexões que transmitem dados entre o monitor e os atuadores. Alguns desses 
componentes podem se localizar em partes de difícil acesso, e estar sujeitos à grande quanti-
dade de poeira e a temperaturas elevadas, necessitando de constantes limpezas com produtos 
adequados, sendo que, por vezes, é preciso realizar a troca de alguns componentes para que 
funcionem adequadamente e coletem dados confiáveis.
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Por fim, pode-se dizer que a regulagem consiste em deixar o pulveriza-
dor em perfeitas condições de uso. Para tanto, o operador deve conhecer 
o equipamento e realizar as manutenções preventivas de acordo com as 
recomendações do fabricante. É muito importante manter o manual do 
equipamento em boas condições para que seja consultado regularmente.
Tópico 2
Calibração
A calibração é realizada após a regulagem, e consiste nos ajustes necessários para que o pulve-
rizador aplique o volume de calda desejado, e para que se determine a quantidade de produto 
que deverá ser misturada à agua para formação da calda. Nos pulverizadores modernos esse 
ajuste consiste, muitas vezes, na configuração de sensores localizados em partes específicas do 
equipamento. 
Basicamente, o procedimento de calibração consiste em comparar, na prá-
tica, o resultado obtido pela ação processada pelo sensor e o resultado que 
seria esperado (ideal). A diferença entre esses dois resultados representa o 
ajuste a ser feito, que normalmente é apresentado na forma de uma cons-
tante ou fator de correção.
Dentre os sensores mais utilizados nos pulverizadores passíveis de calibração, dois merecem 
especial atenção: aqueles que monitoram a vazão e os que monitoram a velocidade. A seguir, 
veremos esses procedimentos com maiores detalhes.
Calibração dos sensores utilizados para medir vazão – Fluxômetros
Como se faz?
Os fluxômetros podem ser calibrados pela checagem e entrada direta 
de uma nova constante ou volume aplicado. O procedimento consiste 
em fazer uma readequação da nova constante considerando o volume 
real aplicado e o volume esperado. Para tanto, realiza-se a abertura do 
sistema de pulverização e a coleta de um volume por um determinado 
tempo. Simultaneamente, o monitor eletrônico registrará sinais elétricos 
na forma de pulsos obtidos pela movimentação da calda no interior do 
fluxômetro. Esses pulsos são transformados em uma constante, que é 
apresentada na tela do monitor na forma de volume de calda. Assim, o 
operador poderá utilizar esse valor para corrigir o volume de calda aplica-
do de acordo com a variação apresentada pelo sistema de pulverização
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Limites da 
calibragem
É muito importante também que o operador informe ao controlador 
quais são os limites mínimo e máximo de pressão de trabalho da ponta 
utilizada. Isso deve ser feito considerando-se que toda ponta apresenta 
uma faixa de pressão ideal para operação. Essa informação é padroniza-da para todas as pontas de acordo com norma ISO. Fora desses limites, 
o tamanho da gota pode sofrer variações indesejáveis para a aplicação. 
Pressões muito baixas resultam na formação de gotas muito grandes e 
promovem o rápido escorrimento do produto pelo alvo devido à ação da 
gravidade. Já pressões elevadas produzem gotas pequenas que são facil-
mente carreadas pelo vento aumentando as perdas por deriva.
Sinalizações 
importantes
Quando o operador faz esse registro no controlador, toda vez que a pres-
são ultrapassa a faixa estipulada, o sistema emite um sinal sonoro e lu-
minoso alertando o fato ao operador. Em geral, isso acontece quando há 
algum problema no sistema de pulverização, por exemplo, entupimento 
de pontas, filtros ou vazamento.
Calibração dos sensores utilizados para medir velocidade
Limites da 
calibragem
Os sensores utilizados para medir a velocidade do tipo radar e pulsos 
magnéticos requerem adequada calibração para perfeito funcionamen-
to. Os radares magnéticos podem sofrer variações no seu funcionamen-
to devido à presença da cobertura vegetal, e os radares tipo pulsos são 
acometidos pela patinagem dos rodados. Apesar de apresentarem fun-
cionamentos diferentes, a calibração dos dois sensores segue princípios 
semelhantes, e consiste em inserir na tela do monitor a informação cor-
reta acerca de uma distância percorrida, comparando-a com a distância 
medida pelo sensor, gerando um fator de correção entre elas.
Sinalizações 
importantes
Os controladores que monitoram os sensores tipo pulso possuem um 
campo específico para entrada direta da informação do número de pul-
sos por metro. Para obter essa informação, pode-se calcular o períme-
tro do rodado e, caso exista apenas um ponto por sensor no rodado, 
a cada volta será registrado um pulso. Entretanto, é recomendado que 
esse valor seja verificado na prática, percorrendo-se uma distância de 
100 metros na área de aplicação, com o tanque de pulverização contendo 
metade da sua capacidade máxima. Dessa forma, tem-se uma condição 
real de deslocamento do pulverizador pela área, considerando eventual 
patinagem dos rodados.
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Recapitulando
Nesta aula, você viu como a regulagem e a calibração dos pulverizadores são etapas importan-
tes para a qualidade de aplicação dos defensivos. A regulagem é realizada antes da calibração, e 
consiste em deixar o pulverizador em perfeitas condições de uso. Nos pulverizadores modernos, 
que possuem muitas partes elétricas para obtenção de dados, deve-se dar especial atenção à 
limpeza de conexões e sensores e ao estado de uso de cabos de transmissão de dados e de 
energia. É importante conhecer o manual do pulverizador para realizar todos esses procedi-
mentos. A calibração consiste em realizar ajustes que visem à obtenção do volume previamente 
programado para ser aplicado. Os sensores que mais necessitam de atenção com relação à cali-
bração são aqueles que medem a vazão e a velocidade. O princípio básico da calibração desses 
sensores é verificar e comparar os resultados ideais com aqueles resultados provenientes da 
solicitação de execução de determinada atividade. Essa diferença é utilizada para correção da 
diferença entre os dois valores.
Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente 
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de 
conteúdo!
Siga em frente e aproveite bem a atividade!
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Atividade de aprendizagem
Você chegou ao final do Módulo 4 do Curso Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos 
Agrícolas. A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste 
módulo. Lembre-se que as repostas devem ser registradas no Ambiente de Estudos, onde você 
também terá um feedback, ou seja, uma explicação para cada questão.
1. Considerando os procedimentos de regulagem e calibração dos sensores para aplicação de 
defensivos a taxa variável apresentados nesta aula, assinale a alternativa correta.
a) A regulagem e a calibração são procedimentos semelhantes que devem ser realizados 
simultaneamente.
b) A regulagem dos sensores consiste em verificar a informação apresentada por eles e cor-
rigi-la utilizando o valor que deveria ser apresentado.
c) A calibração do sensor tipo pulso para medir velocidade é feita deslocando o pulverizador 
por uma área para obter o número de pulsos por metro.
d) A calibração do sensor para medir vazão é realizada antes da regulagem do pulverizador.