Buscar

Casos Clínicos adulto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
ARRITMIAS CARDÍACAS 
 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: paciente do sexo masculino, 49 anos, branco, engenheiro civil, 
natural e procedente de Santa Maria. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: palpitações. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: paciente sabe ser hipertenso leve há 9 anos, fazendo uso de 
Telmisartan 40mg associada a Hidroclorotiazida 12,5mg. Há 5 anos, após um problema emocional 
importante, começou a apresentar palpitações que apareciam uma a duas vezes por mês e duravam 
entre 15 e 30 minutos; a sensação era de batimentos cardíacos rápidos e irregulares. 
Na ocasião, procurou um cardiologista em sua cidade que entre outros exames, solicitou ECG de 
repouso e de esforço (ambos normais) e Holter de 24 horas que apresentou extra–sístoles 
supraventriculares freqüentes e extra-sístoles ventriculares raras. Fez também um ECG em um dos 
episódios de palpitações. 
Há aproximadamente 1 ano, tem a sensação de um ritmo irregular contínuo, que entretanto, não o 
impede de praticar esportes (natação 3 vezes por semana). Faz uso de propafenona (450mg/dia), 
AAS (200mg/dia) e atenolol (50mg/dia). 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Fumou dos 17 aos 29 anos de idade. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: - Pai com 77 anos, com arritmia. 
- Mãe com 78 anos, assintomática 
- 3 irmãos (2 com hipertensão) 
- Dois filhos normais 
 
EXAME FÍSICO: Bom estado geral aparente, lúcido, orientado, mucosas úmidas e coradas. Peso: 
91kg. Altura: 1,80m. Temperatura: 36.4° C, FR: 20mrpm, FC: 110bpm, irregulares PA: 132x76 
mmhg. Bulhas normofonéticas. Ausência sopros. Ausculta pulmonar normal. Fígado palpável sob o 
rebordo costal. Sem edema. Pulsos periféricos palpáveis. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: glicose: 90mg/dl; creatinina: 1,1mg/dl; colesterol total: 194; 
colesterol HDL: 38mg/dl; triglicerídios: 70mg/dl; ácido úrico: 7,0mg/dl; hemoglobina: 15,9mg/dl; 
leucócitos: 5.400; TSH: 1,36; PSA total: 0,38; TGO 22,4 U/I; tempo de protrombina: RNI 0,9. 
ECG: anexo 
RX de tórax normal 
 
PROCESSO DE DISCUSSÃO EM PEQUENOS GRUPOS 
1. Que hipótese diagnóstica podem ser formuladas com base na anamnese e no exame físico? 
2. Os exames complementares do caso em discussão reforçam o diagnóstico? 
3. Quais são os principais sintomas associados às arritmias? Quais os fatores que determinam o tipo 
de sintomatologia? 
4. Quais são as principais causas de arritmias e quais são os fatores precipitantes das mesmas? 
5. Classifique as arritmias. 
6. Quais as arritmias que apresentam riscos de morte súbita? 
7. Exames complementares a serem solicitados para diagnóstico das arritmias. 
8. Qual a conduta terapêutica das diversas arritmias e, em especial, do presente caso? 
9. Qual o prognóstico do caso em discussão? 
 
REFERÊNCIAS 
1. Fauci AS, Braunwald E, Isselbacher KJE, Wilson JB, Kaseper DH, Hauser SL, Longo DL. 
Harrison´Principles of Internal Medicine, 14ª ed. New York, USA: W.B.Saunders Company, 2001. 
2. Goldman L& Bennet JC. Cecil Texbook of Medicine, 21ª ed. Philadelfhia, USA: WB Saunders 
Company, 2000. 
 
CASO CLÍNICO – SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: masculino, 66 anos branco, natural e procedente de Porto 
Alegre,aposentado, encaminhado da UTC do HSLPUC-RS para cirurgia de revascularização 
miocárdica(CRM). 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Dor torácica e falta de ar. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
História da doença atual: refere ser hipertenso, dislipidêmico e tabagista, história prévia de infarto 
há 5 anos em tratamento com IECA. assintomático até há 1 semana quando apresentou dor 
retroesternal constritiva, em repouso, irradiada para MSE, acompanhada de sudorese e náusea. 
procurou emergência do HSL, sendo internado na UTC. O ECG mostrava isquemia em parede 
anterior não houve elevação de CK-MB e troponina. 
Recebeu tratamento com nitrato, β-bloqueador, antitrombótico e anticoagulante ficando 
assintomático por 48 horas quando voltou a apresentar dor torácica. Fez cinecoronariografia que 
identificou lesão importante de tronco de coronária E e lesão de 80% na coronária D. fração de 
ejeção de VE = 40%. Com base nesses achados foi indicada CRM. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: colecistectomia 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pai teve infarto aos 50 anos e morte súbita 2 anos após. 
 
EXAME FÍSICO 
Peso 80kg, altura 1.65m PA: 130/80 mmHg, FC:60 bpm, FR:20 mrpm, pulsos reduzidos nos MSIS, 
ictus palpável não deslocado, presença de B4. Ritmo cardíaco regular. Pulmões com MV reduzido 
difusamente. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Exames complementares: glicemia de jejum= 115 mg/dl; creatinina =1.3 mg/dl; colesterol = 280 
mg/dl. 
ECG : isquemia subepicárdica em parede anterior. 
RX de tórax : calcificação na aorta ascendente, sinais de DPOC. 
 
Evolução hospitalar: paciente fez CRM Com circulação extracorpórea colocando ponte mamária para 
DA e pontes de safena para CX e para CD. 
No POI ficou em ventilação mecânica por 18 horas. 24 horas após o desmame começou a apresentar 
escarro purulento abundante e broncoespasmo. RX de tórax mostrou foco de consolidação na base 
do pulmão D, assim como atelectasias.gasometria mostrava hipoxemia com retenção de CO2.nesse 
momento foi iniciado tratamento com cefepimi 2g ev de 12/12 horas e broncodilatadores. Paciente 
ficou no POI por 5 dias, tendo alta para o andar onde permaneceu por mais 7 dias recebendo alta 
para casa. 
 
PROCESSO DE DISCUSSÃO EM PEQUENOS GRUPOS 
1 – quais os objetivos da intervençao reabilitacional nas fases precoces 
2 – critérios de desmame 
3 – atendimento fisioterápico ao paciente intubado 
4 – atendimento fisioterápico ao paciente extubado 
5 – ventilação não invasiva 
6 – paciente em vm prolongada 
7 – reabilitação após a alta do POI 
8 – condicionamento cardiovascular após a alta hospitalar – benefícios do exercício 
9 – medidas preventivas antes da cirurgia cardíaca 
REFERÊNCIAS 
1 – Guaragna e Col. Pós-Operatório em Cirurgia Cardíaca-Editora Guanabara Koogan 2005. 
2 – Auler Jr,Oliveira e Col. Pós-Operatório de Cirurgia Torácica e Cardiovascular Artmed 2004. 
3 - Egan's Fundamentals Of Respiratory Care 7° Ed. Mosby 2000. 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
PNEUMONIAS 
 
IDENTIFICAÇÃO: masculino, 30 anos, branco, casado, comerciário, natural e procedente de Porto 
Alegre. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: tosse, dor torácica ventilatório-dependente à esquerda e febre 
 
HISTÓRIA DE DOENÇA ATUAL: paciente relata que há 5 dias apresentou quadro de “resfriado”, 
com cefaléia, dor de garganta e coriza. Logo após, apresentou febre de 40ºC com dor ventilatório 
dependente no hemitórax esquerdo, acompanhada de tosse com expectoração 
purulenta. 
 
REVISÃO DE SISTEMAS: Respiratório: fumante de 20 cigarros por dia há 12 anos. 
 Demais sistemas: nada digno de nota. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Pneumonia há 3 anos, tratada ambulatorialmente, com boa 
evolução. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: nega história de asma, rinite e tuberculose. Nega também história de câncer 
na família. 
 
EXAME FÍSICO: Bom estado geral, lúcido e orientado. Temp. axilar: 38ºC. 
Boca, nariz, ouvidos e garganta: sem alterações. Aparelho Respiratório: boa expansão torácica. FR: 
26 mprm. Ausculta pulmonar com estertores crepitantes na metade superior do hemitórax esquerdo 
com presença de sopro tubário. Aparelho Cardiovascular: ritmo regular, em 2 tempos. FC: 100 bpm. 
P.A: 120x 80 mmHg. Abdômen: Ruídos hidroaéreos presentes. Flácido, depressível e indolor à 
palpação. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Radiograma de tórax (PA + perfil): consolidaçãoalvéolo-ductal em lobo superior esquerdo com 
broncograma aéreo. Hemograma: 18.000 leucócitos com 1800 bastões. Hemossedimentação: 50 
mm. 
Exame bacteriológico de escarro: Gram: mais de 25 leucócitos por campo e menos de 5 células 
epiteliais por campo. Presença de cocos Gram positivos aos pares. Cultura de escarro: ainda sem 
resultado. 
 
DISCUSSÃO: 
 
1. Quadros típicos e atípicos de pneumonia. 
2. Pneumonia adquirida na comunidade / pneumonia hospitalar. 
3. Agentes etiológicos mais freqüentes. 
4. Métodos diagnósticos. 
5. Critérios de gravidade e de hospitalização. 
6. Terapêutica 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
DOENÇAS VASCULARES PERIFÉRICAS 
 
DADOS IDENTIFICAÇÃO: JBC – 58 – branco, natural de São Sepé, procedente de Porto Alegre, 
casado, aposentado. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Dor no membro inferior esquerdo ao deambular. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Refere que há 1 ano começou a apresentar dor na panturrilha 
esquerda ao caminhar longas distâncias (± 10 quadras). Dor obrigava a parar de caminhar e cessava 
após 3-5 minutos permitindo caminhar novamente a mesma distância. Quando a caminhada era 
morro acima a dor aparecia a distâncias mais curtas (± 600 mts). Vinha assim até uma semana 
quando de forma súbita a dor começou a aparecer à distância de ± 100 metros, cessando também 
em ± 3 a 5 mim. Nega dor de repouso, alteração de cor na extremidade ou diminuição da 
temperatura. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Colicistectomia, revascularização miocárdica há 4 anos. Fumante 
em tratamento; controle irregular. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido aos 61 anos de IAM, era também hipertenso e tinha seqüelas de 
AVC com 56 anos, mãe viva hipertensa, FILHO ÚNICO. 
 
EXAME FÍSICO: Peso 75 kg, altura 1,68, PA 160/95, FC 88 bpm, FR 18 mrpm. Cicatriz de 
esternotomia e de retirada de safena na coxa direita. Ausculta cardíaca sem alterações, ausculta 
cervical com sopro sistólico em ambas as carótidas, abdome globoso de difícil palpação, sopro 
sistólico ++/4 ao nível da cicatriz umbilical. Pulsos femorais palpáveis, com sopro sistólico na direita. 
Pulsos distais a esquerda impalpáveis. A direita palpável mas fracos (++/4 poplíteo, Tibial anterior e 
Tibial posterior). Trofismo mantido em ambos os pés com diminuição de pelos no esquerdo. Final de 
Doppler presente em ambos os pés com ITB 0,7 à esquerda e 0,9 à direita. 
 
Processo de discussão: 
 
1. Qual sua hipótese diagnóstica / diagnóstico diferencial. 
2. Discutir a etiologia 
3. Relacionar quadro clínico / achado exame físico. 
4. Qual a seqüência de avaliação complementar. 
5. Como trata o paciente. Clínico? Cirúrgico? 
6. Qual a história natural desta patologia. 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
INFECÇÃO URINÁRIA 
 
IDENTIFICAÇÃO: feminina, 22 anos, solteira, branca, natural de S. Maria e procedente de 
P. Alegre, estudante universitária. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Ardência miccional. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
A paciente veio ao ProntoSus há 3 dias com queixa de ardência para urinar que iniciou há 2 dias. 
Foram coletados exames “de sangue e de urina”, solicitado ecografia e receitado solução de hioscina e 
dipirona 30 gotas VO 4 x / dia, se necessário. Melhorou, mas voltou ao ambulatório acompanhada, 
hoje, referindo febre, sensação de peso na região supra- púbica e vontade de urinar seguidamente 
desde ontem. Tem também dor dolente lombar direita, sem irradiação, que não modifica com posição 
adotada pelo corpo. A urina é turva e mal-cheirosa há dias. Nega secreção vaginal. Já apresentou 
episódios semelhantes no passado, tendo sido mais seguidos ultimamente. Nega calafrios. Refere 
cansaço e fadiga. A acompanhante solicita ao médico informações sobre a natureza da doença, seu 
prognóstico e riscos. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS 
Geral: “mal- estar” indefinido. 
Gastro-intestinal: inapetência desde ontem. Refere constipação intestinal crônica. 
Gênito-urinário: menarca aos 12 anos, menstruações regulares 30/3. Usou anticoncepcional oral até 
há 2 anos e suspendeu. Desde então usa gel espermicida e diafragma. Normalmente urina 4 a 5 x/ dia 
e não acorda à noite para urinar. Não tem o hábito de urinar após relações sexuais. 
Músculo-esquelético: caminhava durante 1 hora diariamente até anteontem. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA 
Fez todas as vacinas. Nega doenças comuns da infância. Nega cirurgias. Nega infecções urinárias na 
infância. Nega ingestão habitual de bebidas alcoólicas: uma cerveja eventual no fim- de- semana. 
Nunca fumou. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR 
Pai vivo com 53 anos, com saúde 
Mãe viva com 47 anos, com saúde 
Tem 1 irmão com 20 anos, com saúde, que apresentou enurese noturna até 8 anos de idade. Nega 
HAS, DM, Ca, doenças renais, incluindo urolitíase na família . 
 
HISTÓRIA PSICO-SOCIAL 
Mora com os pais em casa própria. Estuda sociologia. Iniciou vida sexual aos 16 anos. Tem namorado. 
 
EXAME FÍSICO: Bom estado geral e de nutrição. Lúcida, coerente e orientada. Corada e hidratada. 
PA deitada 110/60mmHg FV 100 bpm Tax 37.2oC FR 24 mrpm 
Altura: 170 cm Peso: 60 kg IMC 20.7 
Pele, mucosas, anexos e gânglios: sp 
Cabeça e pescoço: sp 
Ap. CV: íctus invisível e impalpável. FV 100, BNF RR 2T s/sopros 
Pulsos periféricos amplos e simétricos 
Ap. Resp. MsVs normalmente distribuídos 
Abdômen- inspeção: ndn. Palpação: discreta dor e desconforto à palpação do hipocôndrio e flanco D, 
bem como do hipogástrio; sem massas palpáveis, sem sinais de irritação peritoneal. Fígado no 
rebordo costal direito. Baço impalpável. Ruídos hidro- aéreos presentes, normais. Giordano à D +. 
Sem edema de MsIs. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: hemograma: Htc 39%, Hgb 13.5g, Leucócitos 9000 c/ 30% de 
bastões. Creatinina sérica 0,9 mg/ dL. EQU: prot. 1+, Nitritos +, Estearases leucocitárias +, 
sedimento urinário: 40 leucócitos/c, 4 hemácias/c, bacteriúria abundante. Urocultura quantitativa com 
antibiograma: E. coli > 105 UFC/ mL de urina. 
Ecografia: Rim D mede 12,0 cm e Rim E também. Não há dilatação de cavidades coletoras. Os rins 
não apresentam alterações parenquimatosas significativas. Bexiga sp. 
 
CONTEÚDO PROPOSTO: Pequenos grupos em cada sala discutirão as questões enumeradas a seguir, 
tentando elaborar uma justificativa para suas respostas. 
1. Neste caso apresentado, temos infecção urinária e comprometimento renal? 
2. Temos aí uma infecção urinária complicada? O que diferencia infecção urinária complicada de não 
complicada? 
3. A paciente pertence a grupo de risco para infecção urinária? 
4. Cistites são causadas apenas por bactérias? 
5. Quais os patógenos mais frequentes causadores de infecção urinária? 
6. Qual os diagnósticos diferenciais possíveis para Pielonefrite Aguda? 
7. Qual a atitude do médico quanto à solicitação da acompanhante? 
8. A contagem de germes na urocultura desta paciente poderia caracterizar bacteriúria significativa? 
9. Qual a importância de investigar enurese na infância da paciente e familiares? 
10. Há relação entre ITU e sexo ou atividade sexual? 
11. Deve-se tratar bacteriúria assintomática? 
12. Se repetir estes quadros de infecção urinária a paciente poderá chegar à insuficiência renal terminal e 
diálise? 
 
REFERÊNCIAS 
 
STAMM, WE. Infecções do trato urinário e pielonefrite, in Harrison Medicina Interna, pág. 1797-1804, 
2006. (Código Biblioteca Famed = 616.026 H322hi v.2) 
 
NORRBY, N. Infecções do trato urinário, in Cecil Tratado de Medicina Interna, 22st Ed, pág. 2228-
2234. (Código Biblioteca Famed = 616.026 C388Cpa v.2) 
 
OUTRAS: 
 
Nicolle L et al. Uncomplicated urinary tract infection in women. Can Fam Physician 2006;52:612-618. 
 
Mehnert-Kay SA. Diagnosis and management of uncomplicated urinary tract infections. Am Fam 
Physician 2005, 72:451-456,458. 
 
Fihn SD. Acute uncomplicated urinary tract infection in women. New Enlg J Med 2003 349:259-266. 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: feminina, 78 anos, branca, aposentada, casada, natural de Rio 
Grande, procedente de Porto Alegre. 
QUEIXA PRINCIPAL: Dispnéia e edema de MsIs. 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica de longa 
data, com diagnóstico de miocardiopatia dilatada. 
Há 5 dias procurou o Serviço de Emergência por apresenta piora da dispnéia. 
Hoje apresentando ortopnéia, dispnéia paroxística noturna e edema de MsIs. 
Vem em uso de digoxina ½ cp/dia, furosemida 40 mg 1 cp/dia, captopril 25 mg 3 cp/dia e 
warfarin ½ comprimido ao dia. Há 7 dias iniciou com carvedilol. 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: - Dislipedemia tipo IV 
- Diabete melito tipo II 
- Hipotireoidismo secundário ao uso de amiodarona 
- Infecção urinária de repetição 
HISTÓRIA FAMILIAR: Nada consta no prontuário 
HISTÓRIA PSICOSOCIAL: Professora aposentada. 
 
EXAME FÍSICO: Regular estado geral, lúcida, orientada, mucosas úmidas e coradas 
Dispnéica, acianótica, anictérica 
Temperatura: 37,2ºc, FR 20 mrpm, FC 80 bpm, TA 160x80 mmHg 
Bulhas normofonéticas, ritmo irregular, sem bulhas acessórias, com sopro holo-sistólico em área 
mitral, ++/4+, com irradiação para axila 
Pulmões com estertores sub-crepitantes em bases 
Fígado 3 cm abaixo do RCD, indolor 
Edema de MsIs +++/4+ 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Glicose: 80 mg/dl, potássio 3,6 mEq/l, 
Creatinina: 1,5 mg/dl, tempo de protrombina 19%, RNI 4.13 
ECG: Fibrilação atrial, SVE 
Rx de tórax: Aumento de volume cardíaco 
Diversão cranial da circulação pulmonar 
Derrame pleural bilateral 
 
PROCESSO DE DISCUSSÃO EM PEQUENOS GRUPOS 
1. Que hipóteses diagnósticas podem ser formuladas com base na anamnese. 
2. Achados com exames físicos que reforçam o diagnóstico. 
3. Edema de MsIs: fisiopatologia com evidência de insuficiência cardíaca. 
4. Como a fibrilação atrial pode contribuir para a piora clínica. 
5. Classifique de acordo com a NYHA. 
6. Patologias clínicas que podem agravar o quadro clínico 
7. Exames complementares que orientam o diagnóstico. 
8. Qual a conduta terapêutica sugerida. 
9. Qual o prognóstico do presente caso? 
 
 
REFERÊNCIAS 
1. Fauci AS, Braunwald, Isselbacher KJE, Wilson JD, Martin JB, Kaseper DH, Hauser SL, Longo DL. 
Harrison´s Principles of Internal Medicine, 14ª ed. New York, USA: W.B. Saunders Company, 
2001. 
2. Goldman L & Bennet JC. Cecil Textbook of Medicine, 21ª ed., Philadelphia, USA: WB Saunders 
Company, 2000. 
3. Stein JH. Internal Medicine, 5ª ed., St. Louis, USA, Mosby-Year Book Inc., 1998. 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
EPIGASTRALGIA 
 
IDENTIFICAÇÃO: masculino, 42 anos, branco, casado, motorista de táxi, natural de Canguçu, 
procedente de Porto Alegre. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: dor no estômago. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
Paciente vem a mais uma consulta dizendo ser portador de “gastrite” há muitos anos. O quadro 
iniciara há cerca de 20 anos. Apresentava dor epigástrica em ardência sem irradiação que costumava 
ocorrer algum tempo antes das refeições aliviando quase sempre após; algumas vezes acordava de 
madrugada pela dor que era bastante intensa, sentia-se nauseado e com bastante produção de 
saliva. Nestas ocasiões um copo de leite morno aliviava-lhe os sintomas. Os períodos de dor 
duravam de 8 a 15 dias passando após vários meses com poucos ou sem sintomas. Algum tempo 
atrás teve episódio de fezes pretas moles, com cheiro intenso após ter tomado por alguns dias 
remédio para a coluna. Desta vez, consulta referindo que os sintomas estão com características 
diferentes das outras vezes. A dor tem aspecto de cólica na área do estômago, a ingesta de 
alimentos aumentava os sintomas e em conseqüência começou a comer menos o que lhe dava 
sensação de fraqueza e dificuldade em manter o mesmo número de horas de trabalho. Algumas 
vezes acordou de manhã com náuseas e vomitou restos de alimentos junto a grande quantidade de 
líquido azedo. Diz ter feito algumas consultas na Rede Pública e quase sempre recebia o diagnóstico 
de “gastrite nervosa”; era medicado com antiácido ou cimetidina com alívio temporário dos 
sintomas. Em uma ocasião realizou um Rx que “não deu nada”. 
Vem à consulta tendo ingerido apenas líquido, cerca de 4 horas antes, pois achava que poderia fazer 
um exame mais aprofundado do estômago na consulta. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS 
Dores nas costas que era atribuída a atividade profissional, para isso usava remédios sob orientação 
do balconista da farmácia ou de colegas de profissão. Dor de cabeça que era atribuída a pressão 
alta. Foi aconselhado a diminuir de peso e manter atividade física regular. Nervosismo: considerava-
se muito tenso, preocupado com a baixa remuneração e riscos da profissão. Trabalha 12 horas por 
dia. Receia não mais poder trabalhar pela doença e manter suas responsabilidades familiares. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: doenças próprias da infância, herniorrafia inguinal há 20 anos. 
 
HÁBITOS: tabagismo – 20 cigarros por dia; álcool – nos finais de semana, por vezes em grande 
quantidade; chimarrão e café com freqüência. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: mãe obesa e hipertensa; pai faleceu aos 72 anos por problema de 
estômago; irmão hipertenso, obeso, sofre de pirose; esposa e 3 filhos sem problemas clínicos ou 
psicológicos significativos. 
 
EXAME FÍSICO 
Bom estado geral, 86kg, 174cm, lúcido, mucosas coradas. Fc 84bpm, 
PA 170/90mmHg, FR 16 mpm. Tax. 36,6ºC 
Gânglios: palpáveis na região inguinal, pequenos elásticos e móveis. 
Não apresenta gânglios cervicais ou supra claviculares. 
Tórax: ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações. 
Abdômen: globoso, cicatriz de herniorrafia, timpanismo aumentado no epigástrio e hip.D. Fígado 
palpável a nível do rebordo costal, bordo fino, liso. Baço não palpável. Ruídos hidro-aéreos normais. 
À asculta do epigástrio ruído de vasculejo quando o paciente se movimenta ou ao se comprimir 
rapidamente o epigástrio. 
 
CONTEÚDO PROPOSTO 
1. Quais as hipóteses diagnósticas que podem ser formuladas somente pela anamnese? 
2. Existem dados na história clínica que podem indicar diferenças entre lesão orgânica e 
distúrbio funcional? Quais? 
3. É justificável o diagnóstico de gastrite como entidade clínica para os sintomas apresentados? 
4. Como entender a modificação no padrão de dor na patologia apresentada pelo paciente? 
5. Existe relação do quadro clínico com os medicamentos utilizados, hábitos e “preocupações”? 
Quais? 
6. Todos os sintomas e sinais estão relacionados com a mesma patologia? Por quê? 
7. Os dados obtidos pela história e pelo exame físico permitem orientação terapêutica como foi 
feito? Qual seria a melhor orientação? 
8. Como estabelecer a investigação? Como valorizar os métodos? Por que usá-los? 
9. Qual a terapia (medicamentosa, dietética, comportamental, cirúrgica) mais adequada ao 
paciente do caso apresentado? 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
GOLDMAN, et al. Cecil Medicine. 23th. Ed. Philadelphia : W. B. Saunders, 2008. 
Cap. 141 p. 1009-1013; Cap. 142 p. 1013-1018. 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
DOENÇA VALVULAR 
 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: LB, 74 anos, branca, natural de Bagé, procedente de Porto Alegre, 
casada, aposentada, encaminhada pelo ambulatório de valvulopatias do Hospital São Lucas. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Dor torácica e falta de ar. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Refere ser hipertensa, dislipidêmica e diabética de longa data em 
tratamento irregular com IECA, diurético, estatina e hipoglicemiante oral. Há 2 anos começou a 
apresentar dor pré-cordial constritiva aos grandes esforços. Examinada por médico clínico do posto de 
saúde perto da sua casa, o mesmo detectou a presença de soprosistólico de ejeção na região anterior 
do tórax sendo, então, encaminhada para o ambulatório do Hospital São Lucas para investigação. Na 1° 
consulta neste hospital, relatou que há 3 meses vinha apresentando dispnéia aos médios esforços. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Hepatite, Colecistectomia. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pai era hipertenso, faleceu após AVC aos 70 anos, mãe faleceu devido a 
neoplasia de pâncreas aos 60 anos. 
 
EXAME FÍSICO: peso 75 kg, altura 1,65m, pa: 150/95mmHg FC: 96 bpm, FR: 24mrpm, pulsos radial 
e carotídeo com amplitude reduzida(pequeno e tardio), ictus palpável, um pouco deslocado 
lateralmente, impulsivo e sustentado, presença de frêmito sistólico na base do coração. Ausculta 
cardíaca: sopro sistólico de ejeção com intensidade aumentada perto da 2°bulha que parece 
hiperfonética, no ápice percebe-se uma B4, o ritmo é regular, abdômen sp, extremidades: pulsos 
palpáveis e simétricos. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: Glicemia de jejum – 130mg/dl, creatinina – 1.2 mg/dl, sódio 140mEq/L, 
potássio 3.9 mEq/L 
Eletrocardiograma – ritmo sinusal, sinais de HVE 
Rx de tórax – Coração de volume levemente aumentado, aorta dilatada em sua porção ascendente. 
calcificação na região da válvula aórtica, na projeção lateral. 
 
 PROCESSO DE DISCUSSÃO: 
1 – Qual a doença valvar desta paciente? 
2 – Discutir a etiologia 
3 – Enfatizar a fisiopatologia e relacionar com o quadro clínico 
4 - Qual a importância do ecocardiograma e do cateterismo cardíaco? 
5 – Em que consiste o tratamento clínico? 
6 – Qual a história natural desta valvulopatia? 
7 – Indicação cirúrgica e tipo de prótese 
 
REFERÊNCIAS 
Braunwald E. In: Harrison´s Principles of Internal Medicine – Cardiopatia Valvar, New York, McGraw-Hill 
Compnies, Inc. 15ª ed. P. 1421-1434, 2002. 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
OBESIDADE, HIPERTENSÃO ARTERIAL E ALTERAÇÃO GLICÊMICA 
 
IDENTIFICAÇÃO – feminina, 42 anos, preta, natural e residente em Porto Alegre, casada, 
empregada doméstica, encaminhada por seu médico generalista. 
 
QUEIXA PRINCIPAL – glicemia alterada 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL - Paciente com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) diagnosticada 
aos 38 anos de idade, durante sua 4ª gestação, na qual também apresentou “diabetes de gravidez”. 
Realiza tratamento irregular para HAS com Hidroclorotiazida 50 mg/dia e Propranolol 80mg 8/8h, 
desde sua última gravidez, mantendo níveis de PA geralmente acima de 150/100 mm Hg, segundo 
relatório de seu médico. 
Há 60 dias, realizou glicemia de jejum: 186 mg/dl, a qual foi repetida há 30 dias, obtendo o 
resultado de 194 mg/dl. Não sabia ser diabética até então, porém, há 3 anos, lembra que outro 
médico dissera-lhe que “tinha uma glicose no sangue um pouco alterada” (150 mg/dl) e que o 
mesmo lhe orientara para “perder um pouco de peso para evitar de ficar diabética”. Refere não ter 
seguido a orientação fornecida por esse profissional por não ter condições econômicas para comprar 
“alimentos especiais”. 
 
REVISÃO DE SISTEMAS 
Geral – sempre teve excesso de peso. Ao casar, há 20 anos, pesava 75 kg. Aumento de peso 
superior a 20 Kg em todas as gestações. Peso estável entre 85 e 90 kg nos últimos 2 anos, pelo 
menos. 
Pele – “rachaduras” entre os dedos das mãos, recorrente, que atribui ao uso de sabão e detergentes. 
Cabeça – cefaléia freqüente, de localização ocipital, que atribui à “pressão alta”. 
Olhos – não usa lentes. Refere visão turva há pelo menos 6 meses. Refere enxergar “pontos 
luminoso” e “faíscas” freqüentemente. 
Ouvidos – zumbidos, sensação de tonturas ao levantar-se rapidamente. 
Nariz e seios para-nasais: epistaxis esporádicas, que atribui “à pressão sempre descontrolada”. 
Boca e garganta – afrouxamento de peças dentárias nos últimos 3 meses. 
Cardiovascular – “cansaço” aos grandes esforços, como caminhar em lombadas e subir escadas. 
Nega dor torácica. 
Respiratório – tosse crônica, produtiva, geralmente com secreção hialina. 
Gastrointestinal – hábito intestinal regular, 1x/dia, fezes de aspecto normal. 
Urinário – há seis meses, passou acordar 2 vezes à noite para urinar (até então, no máximo, uma 
vez por noite, ocasionalmente), que atribui ao uso do diurético. Não notou aumento da freqüência 
ou volume urinários durante o dia. Refere “urina de cheiro forte e espumosa” nos últimos 3 meses. 
Genital – menarca aos 11 anos, ciclos menstruais regulares, 30/05 dias, fluxo normal. 4 gestações, 4 
partos normais, 3 a termo e o último com 37 semanas de gestação. Nesta última gestação, há 
quatro anos, refere ter sido diagnosticado ”pressão alta” e “diabetes de gravidez”, tendo recebido 
orientação dietética (nega uso de insulina durante a gestação) e sido prescrito Metil-Dopa 500mg 
8/8 h. Peso dos fetos ao nascimento: 2,500 kg, 2,600 kg, 4,200 kg e 5,200 kg. 
Tem prurido vulvar recorrente nos últimos 3 meses, que foi atribuído ao uso da “pílula” e que 
melhora com a aplicação tópica de creme de Nistatina. 
Músculo – esquelético – cãibras em panturrilhas, principalmente à noite, mais freqüentemente nos 
últimos 3 meses, que o seu médico atribuiu ao uso do diurético (sic), tendo-lhe sido solicitado que 
usasse dois copos de suco de laranja por dia ou três bananas por dia ou uma garrafa de Coca-Cola 
(300 ml) por dia. 
Neurológico – sensação de formigamento nos artelhos, fugazes, que foi atribuída pelo seu médico ao 
uso de diurético. 
Endócrino – nega sintomas sugestivos de hiperglicemia, exceto aumento da freqüência da noctúria 
nos últimos 6 meses. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA – Sarampo e varicela da infância, sem complicações. 
Imunizações – não lembra. 
Hepatite viral aguda aos 30 anos de idade. 
Apendicectomia aos 12 anos de idade. 
Medicações em uso – Hidroclorotiazida 50 mg/dia; Propanolol 80 mg 8/8 h; anticoncepcional oral 
(Diane 35). Refere uso irregular dos medicamentos para HAS, fazendo uso geralmente quando tem 
tonturas ou cefaléia. Justifica dizendo que “freqüentemente, a farmácia do posto não tem os 
remédios que ela usa.” 
Hábitos – sedentária ( “não tem tempo para praticar exercícios”); nunca se preocupou com o peso 
(“é gorda de família e come de tudo”). Usa cerveja dada por seu patrão com freqüência (“pelo 
menos 3 vezes por semana”) e fuma cigarros há mais de 20 anos, em média 30 cigarros por dia. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR – Pai falecido aos 52 anos, por “enfarte”. Mãe viva, 65 anos, com diabetes e 
“pressão alta”, com seqüela de “derrame”. Três irmãs, mais velhas, todas com diabetes e “pressão 
alta”. Vários casos de diabetes na família materna. Vários casos de HAS na família paterna e 
materna. 
 
HISTÓRIA PSICO-SOCIAL – Marido com 48 anos, desempregado, “vive de biscates”, filhos com 
boa saúde, seu grau de instrução é 1º grau incompleto, sempre trabalhou como empregada 
doméstica, desde os 18 anos, e recreação não tem (“ é coisa para ricos”). 
 
IMPRESSÃO DA PACIENTE – Desconhece a importância de seus problemas de saúde (HAS, DM, 
obesidade) e a relação entre eles. Acha que “não são problemas sérios, porque muita gente tem os 
mesmos problemas e a maioria não trata regularmente “ 
 
EXAME FÍSICO – Altura: 1,64 m, peso: 88,5 kg, IMC – 32,89, Circunferência abdominal: 102 cm, 
Tax – 36,2 ºC, PR – 74 ppm, FC – 76 bpm, FR – 20 mpm, PA – 170/110 mm Hg, sentada, 175/115 
mm Hg, deitada, 160/110 mm Hg, em pé ( 5 min). 
Aspecto geral – obesa, com distribuição centrípeta da gordura, especialmente ventral. Pele – 
Intertrigo blastomicético nos 2ºs e 3ºs espaços interdigitais, em ambas as mãos. 
Anexos da pele – onicólise em várias unhas das mãos e pés. 
Olhos – diminuição da acuidade visual para longe. Fundoscopia: estreitamento arteriolar 
generalizado; entrecruzamentos patológicos de 1º e 2º graus; microaneurismas longe da mácula. 
Boca e orofaringe – ausência de várias peças dentárias (molares e pré-molares); incisivos centrais 
inferiores e superiores frouxos. 
Pescoço– tireóide impalpável. Sem sopro carotídeo, bilateralmente. 
Tórax – mamas sem alterações. 
Aparelho respiratório sem alterações. 
Aparelho cardiovascular – ictus invisível, palpável, propulsivo, para fora da linha hemiclavicular 
esquerda. Ritmo regular, dois tempos, 72 bpm, com sopro sistólico 1+/4 em foco mitral, sem 
irradiação. 
Abdômen – globoso; sem alterações detectáveis ao exame. 
Membros inferiores – edema 1+/4, bilateral. Varizes em ambos os MsIs. Pulsos arteriais palpáveis, 
simétricos, 2+/4. Exame do monofilamento de 10g: normal. 
Demais sistemas sem alterações. 
A paciente traz consigo os seguintes exames, recentes, solicitados por seu médico generalista: 
Hemograma: Ht – 46%, Hb – 15,0 g%, Eritrócitos – 5 milhões/mm3, Leucócitos – 5.500mm3, com 
diferencial normal. 
EQU: d= 1.014, pH 6,0, glicosúria ++, algumas hifas. 
Colesterol Total - 264 mg/dl. 
Colesterol HDL – 28 mg/dl. 
Triglicerídeos – 320 mg/dl. 
Ácido úrico plasmático: 7,5 mg/dl. 
Creatinina sérica – 1,0 mg/dl. 
Potássio sérico – 3,0 mEq/l. 
 
PROCESSO DE DISCUSSÃO 
 
1. Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da alteração glicêmica apresentada pelo 
paciente, considerando os dados de história clínica, exame físico e exames laboratoriais? 
2. O agrupamento das patologias apresentadas por esta paciente leva a pensar na possibilidade de 
alguma síndrome? Por quê? 
3. Qual a importância de usar o monofilamento de 10g no exame físico? 
4. Qual a importância da medida da circunferência abdominal? 
5. Com os exames disponíveis como você classificaria a alteração glicêmica apresentada pela 
paciente? 
6. Definir as metas de tratamento para esta paciente em relação aos seguintes parâmentros: IMC, 
pressão arterial, glicemia de jejum e 2hs pós-prandial, Hemoglobina glicosilada e lipídios séricos. 
7. Entre os grupos de fármacos disponíveis para tratamento desta alteração glicêmica, qual você 
indicaria? Por quê? 
8. Quais drogas você utilizaria para tratamento das comorbidades associadas neste caso? Justifique 
cada uma das indicações. 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 16th ed. McGraw-Hill, New York, 2005. 
2. Endocrinologia Clínica. Lúcio Vilar. 3ª ed.. Medsi, Guanabara Koogan, 2006. 
3. Cecil. Textbooks of Medicine. 22th.WB Saunders, Elsevier, 2004. 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: 56 anos, masculino, branco. 
QUEIXA PRINCIPAL: Dor retroesternal. 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
Veio à emergência muito assustado, referindo que há cerca de 06 meses passou a apresentar 
episódios esporádicos de dor retroesternal em aperto, de moderada intensidade, que costumavam 
surgir à noite, com duração variando desde alguns segundos até algumas horas. Há cerca de 01h 
havia tido um episódio de dor retroesternal muito intensa, em aperto, sem irradiação, sendo 
socorrido pelo seu avô, o qual é portador de cardiopatia isquêmica, e que lhe administrou um 
comprimido de Isordil (dinitrato de isossorbida) de 5 mg sublingual. Obteve alívio do quadro cerca de 
15 minutos após ter sido medicado. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA 
Refere episódios freqüentes de pirose, os quais costumavam ocorrer à noite, principalmente quando 
se deitava, logo após a refeição, para assistir televisão. 
Referia não praticar atividades físicas regulares, no entanto, subia até 04 andares de escada várias 
vezes ao dia sem sintomas. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR 
Negava HAS, diabetes mellitus, dislipidemia, ou tabagismo. 
Seu pai era portador de diabetes mellitus e HAS, tendo morrido por infarto agudo do miocárdio aos 
70 anos. Demais familiares eram hígidos. 
 
EXAME FÍSICO 
BEG, LOC, MUC, hidratado, eupnéico 
AR: Murmúrios vesiculares uniformemente distribuídos, sem ruídos adventícios. 
ACV: Bulhas normofonéticas, ritmo regular, 2 tempos, FC=102 bpm, 
PA= 140/80mmHg. Ictus cordis não visível ou palpável. 
Sem turgêngia jugular. Sem dor à compressão ântero-posterior ou látero-lateral do tórax. 
Abdome: RHA (+), flácido, sem dor ou visceromegalias à palpação. 
Extremidades: Desinfiltradas, pulsos periféricos amplos e simétricos. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Realizou eletrocardiograma de repouso, apresentava alterado, apresentando infra-desnivelamento do 
segmento st na parede anterior 
Glicemia: 112 mg/dl, Creatinina: 0,9, Potássio: 4,5 mEq/l Colesterol total 268 mg/dl, HDL colesterol: 
30 mg/dl, Triglicerídeos: 250 mg/dl. Hemograma e EQU normais 
Troponina:1 
 
PROCESSO DE DISCUSSÃO EM PEQUENOS GRUPOS 
1. Qual é o diagnóstico compatível com o quadro descrito? 
2. Você acha que cardiopatia isquêmica seria uma hipótese provável para o quadro? Justifique. 
3. Qual seria a explicação para a dor desaparecer com o uso de dinitrato de isossorbida sublingual? 
4. Qual seria a sua orientação para o manejo deste paciente? 
 
CONSENSO EM GRANDE GRUPO 
- Aspectos fisiopatológicos da SCA 
- Caracterização clínica da SCA 
- Abordagem diagnóstica 
- Rotina de investigação 
- Orientação terapêutica 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Selwin AP, Braunwald E. In: Harrison´s Principles of Internal Medicine – Cardiopatia Isquêmica, New 
York, McGraw-Hill Compnies, Inc. 15ª ed. P. 1480-1495,2002. 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA 
 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: masculino, 56 anos, branco, casado, natural e residente em Porto 
Alegre, funcionário público, vem à consulta no Ambulatório do HSL encaminhado do Posto de Saúde. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Dor no Peito 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
Refere que há 1 ano observou o aparecimento de desconforto retroesternal após grandes esforços, 
como jogar futebol, o que faz eventualmente nos finais de semana. Nos últimos meses, tal 
desconforto também se manifesta após atividades como subir lombas ou escadas e ocasionalmente 
após refeições, desaparecendo com o repouso. Tabagista crônico, fuma 20 cigarros por dia, nega 
etilismo e não pratica atividade física regular. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA 
História prévia de Hipertensão Arterial, (com diagnóstico há aproximadamente 6 anos, em uso 
regular de hidroclortiazida 25 mg ao dia) e de ¨gastrite¨ (sic). 
 
HISTÓRIA FAMILIAR 
Pai falecido aos 50 anos por ¨problema cardíaco¨ e mãe diabética . Dois irmãos hígidos. 
 
EXAME FÍSICO 
Ao exame físico está em bom estado geral, hidratado, eupneico, apirético, acianótico, sem 
sinais congestivos e com boa perfusão periférica. Pulsos periféricos simétricos. IMC= 30 Kg/cm2 PA: 
154X106 mmHg, FV: 92 bpm. Ausculta cardíaca com B2 hiperfonética em foco aórtico, sem sopros 
ou bulhas acessórias. Pulmões com alguns roncos esparços. Abdomem sem particularidades. Fundo 
de olho normal. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Eletrocardiograma: ritmo sinusal e alterações inexpecíficas de repolarização ventricular em 
parede antero-lateral do VE. 
Glicemia: 112 mg/dl, Creatinina: 0,9, Potássio: 3,5 mEq/l Colesterol total 268 mg/dl, HDL 
colesterol: 30 mg/dl, Triglicerídeos: 250 mg/dl. Hemograma e EQU normais 
 
PROCESSO DE DISCUSSÃO EM PEQUENOS GRUPOS 
1- Estabelecer lista de problemas 
2- Formular as hipóteses diagnósticas 
3- Estabelecer os diagnósticos diferenciais 
4- Identificar os fatores de risco coronarianos 
5- Discutir os métodos de investigação diagnóstica não invasivos e invasivos 
6- Propor a conduta terapêutica não farmacológica e farmacológica 
7- Avaliar o prognóstico 
 
CONSENSO EM GRANDE GRUPO 
- Aspectos fisiopatológicos da DAC 
- Caracterização clínica da DAC 
- Abordagem diagnóstica 
- Rotina de investigação 
- Orientação terapêutica 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Selwin AP, Braunwald E. In: Harrison´s Principles of Internal Medicine – Cardiopatia Isquêmica, New 
York, McGraw-Hill Compnies, Inc. 15ª ed. P. 1480-1495,2002. 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICOIDENTIFICAÇÃO: Masculino, 65 anos, branco, natural e residente em Porto Alegre, casado, 
aposentado, chegou à emergência do Hospital da PUCRS às 7h15min do dia 15/07/2007, trazido 
por sua esposa em um táxi. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: falta de força do lado direito e fala arrastada 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: esposa relata que, no dia 15/12, por volta das 6h30min da 
manhã, foi acordada por seu esposo, referindo dificuldade para movimentar o lado direito ao 
acordar para ir ao banheiro. Neste instante, observou que o mesmo estava falando de forma 
enrolada. O paciente conseguia ficar em pé sem apoio, mas precisava de ajuda para caminhar. 
Havia também diminuição da força do braço e mão direita, deixando cair objetos. Sua esposa 
observou que a boca estava puxada para o lado esquerdo. Após ajudá-lo a vestir-se, trouxe-o ao 
Prontopuc. 
Quando indagado, o paciente referiu estar com uma cefaléia de leve intensidade, holocraniana, mas 
sem náuseas. Negou parestesias, alterações visuais ou de deglutição. Foi a primeira vez que 
aconteceu algo semelhante, exceto por ter apresentado, há poucos meses, episódio de dormências 
no braço esquerdo, ao acordar, que aliviaram em 2 a 3 minutos. Dia 14/12 tinha apresentado 
elevação de sua pressão arterial para 160x100mmHg, mensurada por vizinha que é auxiliar de 
enfermagem. Vinha em uso irregular de propranolol 40 mg, duas vezes ao dia, para o diagnóstico 
de hipertensão arterial há 10 anos. Sua última consulta cardiológica tinha sido há 6 meses. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS: palpitações episódicas tendo negado dor precordial; tosse com relativa 
freqüência e escarro eventual, transparente; pirose freqüente nos últimos dois meses. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: além da história de hipertensão arterial sistêmica, foi 
identificada, há mais de um ano, dislipidemia para a qual não aceitou a orientação dietética. Ë 
fumante há mais de 40 anos, consumindo em torno de 1 carteira de cigarros por dia. Consome 
álcool de forma moderada apenas em ocasiões festivas. Não pratica exercícios ou esportes. Há 3 
anos foi submetido à cirurgia por fratura em fêmur direito após queda, sem complicações pré ou 
pós operatórias. Prostatectomia há 8 meses por provável hiperplasia benigna de próstata. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: mãe com 85 anos de idade, com história de artrose, osteoporose, 
hipertensão arterial em acompanhamento médico. Pai faleceu aos 68 anos por acidente vascular 
cerebral. Tem duas irmãs e um irmão sendo que a mais velha, com 67 anos, também tem história 
de hipertensão arterial. O irmão, com 62 anos, já teve infarto do miocárdio. Tem um tio paterno e 
outro materno com história de falecimento por câncer. 
 
HISTÓRIA PSICOSOCIAL: mora apenas com a esposa em um apartamento de dois dormitórios, 
na Chácara das Pedras. Tem dos filhos casados, hígidos, um morando em Caxias do Sul e o outro 
em Canoas. Estudou até o 2º grau e trabalhou como bancário. A renda familiar atual vem de sua 
aposentadoria, dos trabalhos de sua esposa como costureira e do auxílio dos filhos, quando 
necessário. Não tem tido grandes dificuldades em manter suas necessidades e da esposa com 
relação ao seu padrão de vida atual. Passa a maior parte do tempo em casa lendo ou assistindo 
televisão, mas gosta de visitar os filhos e seus dois netos, e, eventualmente, irmãos e alguns 
amigos. É católico, mas não praticante. Tem resistência ao uso de medicamentos e consultas aos 
médicos. Tem consciência que não vinha cuidando adequadamente de sua saúde. 
 
IMPRESSÃO DO PACIENTE: paciente mostrou-se um informante confiável, assustado com o seu 
problema atual (risco de vida) e indicando desconforto pelo desleixo com sua saúde. Preocupado 
com as conseqüências do seu problema para consigo, esposa e família. Parece ter potencial para 
aceitar as orientações médicas a partir deste momento. 
 
 
EXAME FÍSICO 
No setor de emergência do HSL foram observados os seguintes sinais vitais: 
Pressão arterial: 200/100 mmHg FC: 104bpm, irregular 
FR: 20 mrpm Ta: 36,9 oC Peso e altura: não mensurados. 
Bom aspecto geral com estado nutricional e de hidratação adequados. Alerta e cooperativo. Sem 
anormalidades significativas perceptíveis em pele, anexos, gânglios linfáticos, cabeça, olhos, 
ouvidos, nariz, boca, orofaringe e pescoço. 
O exame do aparelho respiratório mostra aumento do diâmetro anteroposterior da caixa torácica, 
amplitude pulmonar normal, bilateral, sem frêmito, com diminuição do murmúrio vesicular e roncos 
bilaterais. 
Ao exame do aparelho cardiovascular não foi palpado ictus, as bulhas eram hipofonéticas, ritmo 
irregular, sem sopros. Sem turgência jugular. Pulsos periféricos femorais e carotídeos palpáveis e 
simétricos. Presença de sopro à ausculta carotídea direita. Extremidades sem cianose ou edema. 
Sem anormalidades identificáveis no exame do abdômen e músculo-esquelético. 
 
Ao exame neurológico: 
Fundoscopia: KWII. Isocórico com reflexos fotomotores presentes. Paralisia facial central à direita. 
Sem alterações significativas nos demais pares cranianos. Disartria. 
Tônus muscular preservado bilateralmente. Hemiparesia direita com força muscular grau 3-4 
(MRC) em membro superior, com fraqueza predominantemente extensora, e grau 4-5 em membro 
inferior, com fraqueza predominantemente flexora. Reflexos profundos simétricos, observando-se 
cutâneo-plantar extensor à direita. 
Equilíbrio: Romberg com queda para direita. Coordenação: prejudicada pela redução de força à 
direita. Marcha hemiparética à direita. Sem alterações de sensibilidade. Sem sinais meningo-
radiculares. 
Linguagem adequada, sem dispraxias ou agnosias. Orientado no tempo, espaço e pessoa. Sem 
deficits de memória imediata ou recente. Mini-exame do estado mental: 28 pontos. Escala de Coma 
de Glasgow: 15 pontos. Escala de Rankin Modificada: 4 pontos. 
 
OBJETIVOS 
A partir da história e exames clínico e neurológico discutir: 
a) Hipóteses diagnósticas. 
b) Diagnóstico diferencial, topográfico e Fisiopatogênico. 
c) Plano de investigação complementar. 
d) Manejo terapêutico geral inicial. 
e) Terapêutica específica. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
L. Goldman et al Cecil. Textbook of Medicine. 21th ed. Wb Sauders. Doenças cerebrovasculares. 
A Fauci et al. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 14th ed. Doenças cerebrovasculares. 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
EMAGRECIMENTO E IMUNODEPRESSÃO 
 
IDENTIFICAÇÃO: Josineide S. V., feminina, 29 anos, branca, auxiliar de enfermagem, natural e 
procedente de Porto Alegre. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: diarréia e emagrecimento. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente interna no HSL-PUCRS referindo que há 60 dias iniciou 
com diarréia, descrita como evacuações aquosas de pequeno volume, com vários episódios diurnos e 
noturnos. Relata episódios de urgência e também eliminação de material muco-sanguinolento. 
Acompanhando o quadro apresentou alguns episódios febris de até 38° C. Refere emagrecimento de 
6 Kg nos últimos 60 dias. 
Foi encaminhada a este hospital após ter sido avaliada em posto de atendimento primário, onde 
entre outros exames realizados, sem seu conhecimento, foi realizada uma pesquisa do HIV que foi 
positiva. 
REVISÃO DOS SISTEMAS 
Geral: emagrecimento e sensação de fadiga. 
Cardiovascular: nega dispnéia ou dor torácica. 
Respiratório: nega tosse ou expectoração. 
Gastrointestinal: refere pirose nos últimos 20 dias: diurna e noturna com alguns episódios de 
odinofagia. 
Geniturinário: nega sintomas urinários. Refere atraso menstrual ( 3 meses) e traz consigo teste de 
gravidez positivo. Nulípara. 
Endocrino: nega intolerância ao frio ou ao calor, tremores, agitação, sudorese, polidipsia, poliúria, 
polifagia. 
Demais sistemas: sem queixas. 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA 
Doenças da infância: somente lembra catapora. 
Imunizações: não sabe informar. Cirurgias: nenhuma. 
Traumatismo: nenhum. Hospitalizações prévias:nenhuma. 
Medicações em uso: loperamida eventualmente. 
Hábitos alimentares: três refeições por dia (café, almoço e janta). Sem intolerâncias alimentares. 
Sono normal, interferido por evacuações noturnas. Nega alergias. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pais vivos e sadios. Irmã mais velha sadia. 
 
HISTÓRIA PSICOSSOCIAL: Internação na FEBEM na sua adolescência por envolvimento com 
tóxicos e pequenos furtos. Refere ter tido vários namorados nesta instituição. Relações sexuais 
desde os 16 anos de idade, sem proteção de barreira, com pessoas de grupo de risco para o HIV. 
Vive nos últimos 10 anos com ex-drogadito. Não sabe o status HIV de seu companheiro. No 
momento ele é gerente de uma microempresa e diz que os “dois se regeneraram e nunca mais 
usaram qualquer tipo de tóxico graças à sua igreja”. Exerce suas atividades profissionais em um 
hospital desta capital (internação cirúrgica). Refere que não gostaria que seus pais soubessem de 
seu diagnóstico (HIV). Diz que não quer se tratar da doença porque “ela já está muito adiantada, vai 
sofrer demais e sabe que ela não tem cura”. 
 
EXAME FÍSICO 
Alerta, lúcida, orientada e coerente. Mucosas úmidas, pouco descoradas e anictéricas. Sinais de 
emagrecimento, mas em bom estado geral. 
Temperatura=37,5°C, pulso=95bpm, respiração=19mpm, peso=45Kg, altura=1,68m, 
TA=100/80mmHg. 
Pele e anexos: sp. Cabeça: sp. Ouvidos e nariz: sp. 
Gânglios linfáticos: micropoliadenopatia cervical bilateral com gânglios macios e móveis. 
Olhos: visão normal. Pupilas isocóricas e isoreagentes. Fundo de olho normal. 
Boca e faringe: placas brancas circundadas por halo hiperemiado na orofaringe. Dentes em mal 
estado de conservação. Pescoço: sp 
Ausculta pulmonar: pulmões claros à ausculta. Percussão torácica normal. Ausência de ruídos 
adventícios. 
Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, sem sopros. 
Abdômen: dor à palpação superficial e profunda difusamente. Ausência de dor a descompressão 
súbita. Fígado e baço impalpáveis. Ruídos hidroaéreos aumentados. 
Músculo-esquelético: normal 
Neurológico: pares cranianos, função motora e reflexos profundos sp. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Hematócrito=30 %, Hemoglobina=10g%, Creatinina=0,8mg%, Glicose=85mg%, Na=130mEq%, 
K=3mEq%, CO2=20mEq%. 
Exame parasitológico de fezes (6 amostras): negativo. 
Coprocultura: ausência de bactérias patogênicas. 
Colonoscopia: úlceras difusas ao longo do cólon com características sugestivas de colite por 
citomegalovírus. Biópsias confirmaram esta impressão. 
Endoscopia digestiva alta: esôfago recoberto por membranas esbranquiçadas com halo hiperemiado 
sugestivo de esofagite por Candida. Estômago e duodeno: normais. 
Teste de gravidez (HCG): > 50000. 
Ecografia abdominal: gravidez compatível com 12 semanas. Ausência de outros achados 
significativos. 
 
EVOLUÇÃO 
A paciente alguns meses após apresenta febre, tosse produtiva com expectoração hemática e 
purulenta. Procura a Sala de Emergência de um hospital. O plantonista alegando que a sala de 
observação esta lotada recusa-se a admitir a paciente para realização de exames e recomendar que 
ela se dirija para outro hospital da rede, já por ele contatado e com disponibilidade de oferecer 
atendimento. 
O companheiro ser recusa em remover a paciente para outro hospital e ameaça chamar jornais e 
televisão para denunciar que ela não está sendo corretamente atendida “porque ela tem AIDS”. 
Diante da ameaça o médico cria uma vaga para a paciente a passando na frente de outros pacientes 
que aguardavam internação para fins de observação. 
 
OBJETIVOS 
Pequenos grupos deverão discutir as seguintes questões, tentando elaborar uma justificativa moral 
para suas respostas. Redigir estas respostas para posterior leitura em público frente ao grande 
grupo. 
1. É adequada a forma de identificação da paciente no caso clínico em discussão? 
2. Foi correta a iniciativa da equipe de saúde de colocar o teste do HIV dentro da mesma coleta de 
sangue para outros exames sem conhecimento do paciente? 
3. Qual a obrigação da equipe médica com relação ao companheiro da paciente? E a seus pais? 
4. Esta paciente deverá ter um tratamento diferenciado no momento do parto em relação às demais 
gestantes no que diz respeito a isolamento de outras parturientes, ambiente especial no Centro 
Obstétrico e na enfermaria? 
5. É adequado identificar a capa de seu prontuário com adesivo contento o aviso “paciente HIV +” 
durante sua hospitalização ? 
6. Deve o hospital em que a paciente trabalha ser informado de sua situação clínica? 
A equipe médica estaria correta em tentar persuadir a paciente a seguir o tratamento indicado para 
sua situação clínica? 
Em relação à evolução do caso. 
7. O médico ser portou de maneira eticamente correta nesta situação? 
8. Como você colocaria este problema numa perspectiva ética? 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
1. http://www.bioetica.ufrgs.br 
2. Livro: Iniciação à Bioética - Conselho Federal de Medicina) 
3. Bioética Vol. 1 nº 1, 1993 
4. Texto: AIDS e Bioética. 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Feminina, 44 anos, branca, natural de Encruzilhada do Sul, 
procedente de Porto Alegre, casada, costureira, encaminhada pelo Posto de Saúde do Partenon. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Pressão Alta 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
Encaminhada pelo posto de saúde para o Ambulatório de Cardiologia por apresentar níveis 
pressóricos elevados em duas ocasiões (145/98 e 150/96 mmHg). Não referia sintomas 
significativos, à exceção de cefaléia compatível com enxaqueca, que teve início quando tinha 25 anos 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA 
Doenças da infância: sarampo e rubéola 
 
HISTÓRIA FAMILIAR 
Pai e tio paterno hipertensos; mãe hipertensa e com diabetes tipo 2. Avô paterno falecido e uma tia 
tiveram diagnóstico de Câncer de Cólon. 
 
EXAME FÍSICO 
Peso: 72 Kg, Altura: 1,58 m, IMC: 28.8 Kg/m2 , PA: 145/95mmHg deitada, 150/95 mmHg sentada 
e 140/100 mmHg em pé. FC: 88bpm, FR: 20mrpm. Ictus palpável no quinto espaço intercostal 
propulsivo. 
Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, hiperfonese de B2 em área aórtica, sem sopros. 
Abdômen: sp. Extremidades: Pulsos palpáveis e simétricos. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Glicemia- 109 mg/dL, Creatinina- 0,9 mg/dL, Sódio-138 mEq/L, Potássio- 3,9 mEq/L, Ácido Úrico – 
7,1 mg/dL, Colesterol total – 212 mg/dL, HDL-colesterol - 34 mg/dL, Triglicerídeos - 211 mg/dL. 
Exame qualitativo de urina normal. ECG: ritmo sinusal, FC: 74 bpm, crescimento atrial esquerdo. 
Fundo de olho: estreitamento arteriolar. 
PROCESSO DE DISCUSSÃO EM PEQUENOS GRUPOS 
1- Como podemos classificar a H.A.S. desta paciente? 
2- Em relação ao diagnóstico, como se faz em geral? 
3- Existem formas curáveis de hipertensão? Esta paciente sugere ter? 
4- Como proceder a investigação complementar. 
6- Como avaliar dano em órgãos-alvo. 
7- Qual a melhor orientação terapêutica 
CONSENSO EM GRANDE GRUPO 
- Epidemiologia da HAS 
- Aspectos fisiopatológicos 
- Principais causas: primária e secundárias 
- Rotina de investigação 
- Abordagem terapêutica 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. JNC 7 - Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, 
and Treatment of High Blood Pressure, Hypertension 2003:42:1206-1252. 
2. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Rev Bras Hipertens 2006;13:243-330. 
3. Lewington S, Clarke R, Qizilbash N et al. Age-specific relevance of usual blood pressure to 
vascular mortality: a meta-analysis of individual data for one million adults in 61 prospective 
studies. Lancet 2002;360:1903-1913. 
4. The Task Force for the Management of Arterial Hypertension of the European Society of 
Hypertension (ESH) and of the European Society of cardiology (ESC). J Hypertens 
2007;25:1105-1187. 
5. Williams GH. In: Harrison´s Principles of Internal Medicine – Doença VascularHipertensiva, New 
York, McGraw-Hill Compnies, Inc. 15ª ed. P. 1495-1511, 2002.

Continue navegando

Outros materiais